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CIA DOCAS DE IMBITUBA

CNPJ: 84.208.123/0001-02

DRI: NILTON GARCIA DE ARAÚJO


EMAIL: ngdearaujo@yahoo.com.br

SITE INTERNET: www.cdiport.com.br

Código de Negociação na BOVESPA: IMBI3 (ON) e IMBI4 (PN). Apenas a


IMBI4 (PN) apresenta uma liquidez razóavel na BOVESPA

1. A EMPRESA

1.1 PERFIL CORPORATIVO

O Porto de Imbituba é administrado pela Companhia Docas de Imbituba,


empresa de Capital Aberto que detém a concessão para exploração comercial
do Porto de Imbituba até o ano 2012, através do DECRETO Nº 7.842, DE 13
DE SETEMBRO DE 1941. Constituindo-se, assim, o único porto Público do
país administrado por uma empresa privada.

Situado no centro sul do litoral do estado de Santa Catarina, o Porto de


Imbituba foi construído em uma enseada aberta ao mar, possuindo águas
abrigadas e profundas. Sua bacia de evolução tem condição invejável de
profundidade e dimensões. O canal de acesso ao porto é igualmente profundo,
permitindo a navegação de navios de grande porte a qualquer hora do dia e da
noite. Possui grande capacidade de crescimento devido ao tamanho de sua
retaguarda.

Atualmente conta com quatro Berços de Atracação com 9,5m de calado cada
um. Por estes berços movimentam-se granéis sólidos e líquidos, congelados,
contêineres e carga geral. Com destaque nas importações de fertilizantes,
coque, milho, sal e barrilha e nas exportações de congelados, açúcar e
contêineres.

Além disso, você irá encontrar no porto de Imbituba terminais e vias


pavimentadas, equipamentos modernos e armazéns próprios para os diversos
tipos de carga.

O atual quadro vivenciado no sul do país onde se verifica o congestionamento


nos berços, pátios e armazéns dos portos e ainda nas estruturas de apoio de
retaguarda portuária, têm exigido do setor produtivo novas alternativas para
movimentação de suas mercadorias.

Atento às exigências do mercado e cumprindo o seu papel como instrumento


do comércio exterior, o Porto de Imbituba está desenvolvendo arrendamentos
de terminais de cargas especializados, com a finalidade de oferecer melhores
condições e estruturas para atender a esta demanda. Apoiando-se em preços
competitivos e serviços de qualidade, busca se impor como a melhor opção na
movimentação de cargas do sul do Brasil.

1.2 HISTÓRICO

Em 1870, foram descobertas jazidas de carvão no sul de Santa Catarina, nas


vertentes do rio Tubarão. Estudos realizados na época apontavam Imbituba
como o local ideal para a construção de um porto para a movimentação desse
minério.
Ao mesmo tempo, foi iniciada a construção da estrada de ferro Dona Tereza
Cristina que ligaria o Porto - ainda inexistente - às minas de carvão.

Mas as obras de construção do Porto só se efetivaram mesmo a partir de 1919,


com o pioneirismo do empresário carioca Henrique Lage.

A obra foi iniciada com a construção do molhe de proteção, dos escritórios e


dos armazéns.

Na época, Henrique Lage obteve ajuda do Engº. Álvaro Monteiro de Barros


Catão,então Diretor da Estrada de Ferro Dona Tereza Cristina. Este iniciou um
processo de modernização das instalações para embarque mecanizado de
carvão. Catão foi responsável também por várias outras obras no porto, entre
elas a construção de um quebra-mar para a proteção das instalações.

Em 03/11/1922 foi criada a CDI - Companhia Docas de Imbituba, tendo Álvaro


Catão como diretor. Todos os navios de carga ou passageiros da Companhia
Nacional de Navegação Costeira passaram a fazer escala no Porto de Imbituba.

Pelo Decreto nº. 7.842 de 13/09/1941 foi feita a ordenação do registro de


concessão à Companhia Docas de Imbituba para exploração comercial do
Porto, tendo término previsto para o ano de 2012.

Em 1942, foi concedida a permissão para realizar obras de aparelhamento e


exploração de tráfego do Porto de Imbituba.

Em 1981, Foi construída uma rampa para navios Ro-Ro, com 24 m de


comprimento.

Durante décadas o Porto de Imbituba esteve vinculado a mineração do carvão,


chegando a movimentar na década de 80, cerca de 4 milhões de toneladas
anuais daquele produto.

A redução das alíquotas de importação e a retirada do subsídio do carvão, em


1990, acarretou o colapso da indústria do carvão catarinense. Nesta nova
conjuntura, o Porto de Imbituba se viu obrigado a se transformar de mero
terminal exportador de carvão para um porto polivalente.
1.3 LOCALIZAÇÃO E DADOS GERAIS

1.3.1 LOCALIZAÇÃO

O Porto de Imbituba está localizado no litoral sul do estado de Santa Catarina a


cerca de 90 Km da capital Florianópolis. Além disso, através de dois acessos
pavimentados, um ao norte e outro ao sul, o Porto de Imbituba está conectado
à BR-101, uma das mais importantes rodovias do país, permitindo o
deslocamento acessível a todas as regiões do Brasil e países do Mercosul. Por
mar, está a 286 milhas marítimas do Porto de Santos e 322 milhas marítimas
do Porto de Rio Grande.

O Porto de Imbituba tem a sua disposição 229 Km de linhas ferroviárias que


compõem a malha da Ferrovia Dona Tereza Cristina, interligando-o aos
municípios de Tubarão, Siderópolis e Criciúma.

1.3.2 DADOS GERAIS

BACIA DE EVOLUÇÃO

- EXTENSÃO: 300 m

- PROFUNDIDADE (DNH): 10,5 m

ÁREA PORTUÁRIA

- ÁREA TERRESTRE: 1.550.000 m²

- AQUÁTICA: 750.000 m²

- TOTAL: 2.300.000 m²

CONDIÇÕES CLIMÁTICAS

- Temperatura no inverno: 17ºC

- Temperatura no verão: 25ºC

- Ventos dominantes

NE (37,6%)
S (15,6%)
SW (13,2%)

- Intensidade dos Ventos: 6 a 10 nós


- Correntes marítimas: porto abrigado, não existindo correntes marítimas de
valor apreciável

- Pluviosidade anual : 1.235mm

- Nebulosidade: 5,9

- Direção das ondas: 30º (20,2%), 60º (17,4%) e 90º (11,2%)

- Altura das ondas ao largo : 1,0m (40,1%) e de 1,0 a 2,0m (42%)

- Marés : 1,50m (max.) e 0,29(min.)


2. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

A empresa Royal Transportes e Serviços LTDA tem o controle acionário da


Companhia Docas de Imbituba.

2.1 CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Nome: NILTON GARCIA DE ARAÚJO


Cargo: PRESIDENTE

Nome: ROBERTO VILLA REAL JÚNIOR


Cargo: MEMBRO

Nome: GILBERTO BARRETO DA COSTA PEREIRA


Cargo: MEMBRO

2.2 DIRETORIA

Nome: NILTON GARCIA DE ARAÚJO


Cargo: DIRETOR PRESIDENTE

Nome: JOSÉ MANOEL JOAQUIM


Cargo: DIRETOR

2.3 ADMINISTRAÇÃO

Nome: JEZIEL PAMATO DE SOUZA


Cargo: ADMINISTRADOR DO PORTO

2.4 CONSELHO DE AUTORIDADE PORTUÁRIA DE IMBITUBA (CAPPI)

Nome: GILBERTO BARRETO DA COSTA PEREIRA


Cargo: PRESIDENTE DO CAPPI

2.5 ENDEREÇO

Av. Presidente Vargas, 100 - Imbituba/SC


CEP: 88780-000 - Caixa Portal 01
(48) 3255-0080 (48) 3255-0701
Email: docas@cdiport.com.br
3 INFORMAÇÕES ECONÔMICO-FINANCEIRAS

3.1 CAPITAL SOCIAL

O capital social subscrito e integralizado é de 59.993.060 ações escriturais,


dividido em 29.986.118 ações ordinárias e 30.006.942 ações preferenciais,
todas nominativas e sem valor nominal.

3.2 DIVIDENDOS

Aos acionistas é assegurado dividendo mínimo obrigatório de 25% sobre o


lucro líquido do exercício após dedução da parcela destinada à reserva legal.

Aos acionistas preferenciais (IMBI4), além da prioridade no reembolso do


capital, sem prêmio, em caso de liquidação da sociedade, é assegurado que os
dividendos sejam, no mínimo, 10% superiores aos distribuídos aos acionistas
ordinários.

3.3 COMPOSIÇÃO ACIONÁRIA

A participação dos acionistas na IMBI3 (ON) em 31.12.2008 era a seguinte

ROYAL TRANSPORTES E SERVIÇOS LTDA 81,78%


ROWIN GUSTAV VON REININGHAUS 12,44%
ERNANI CATALANI FILHO 0,38%
AÇÕES EM TESOURARIA 0,82%
OUTROS 4,58%

Ou seja um nível muito baixo de Free Float para as ações ON. Entende-se
agora o porque da baixa liquidez da IMBI3 na BOVESPA.

A participação dos acionistas na IMBI4 (PN) em 31.12.2008 era a seguinte

ROYAL TRANSPORTES E SERVIÇOS LTDA 10,49%


ERNANI CATALANI FILHO 32,51%
AÇÕES EM TESOURARIA 0,26%
OUTROS 56,74%

Ou seja um bom nível de Free Float para as ações PN.


4. ANÁLISE DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

Estaremos trabalhando com a análise de indicadores considerando os


seguintes aspectos

LIQUIDEZ

ENDIVIDAMENTO

RENTABILIDADE

Para comentar sobre as variações encontradas em cada um deles, estaremos


utilizando das seguintes ferramentas, quando necessário:

ANÁLISE HORIZONTAL (período a período)

ANÁLISE VERTICAL (peso porcentual do item dentro do mesmo período)

Em um primeiro momento faremos a análise comparativa utilizando as


informações do BALANÇO PATRIMONIAL e DRE, para os anos de 2006, 2007,
e 2008 (demonstrações contábies com data de 31.12 de cada um dos
respectivos anos).

Na sequencia, faremos o mesmo tipo de análise, comparando as informações


publicadas relativas no ultimo ITR, ou seja, relativas ao 3T de 2009 e 2T de
2009.

4.1 ANÁLISE DE LIQUIDEZ

4.1.1 LIQUIDEZ CORRENTE

O índice LC (Liquidez Corrente) é obtido pela divisão do ATIVO CIRCULANTE


pelo PASSIVO CIRCULANTE.

Significa o quanto a empresa possui de recursos de disponibilidade imediata


para cada R$ 1,00 de dívida de curto prazo.

LC (31.12.2006) = 0,02

LC (31.12.2007) = 0,02

LC (31.12.2008) = 0,10

LC (30.06.2009) = 0,12

LC (30.09.2009) = 0,07

Percebe-se que a CIA DOCAS de IMBITUBA apresenta um INDICE DE


LIQUIDEZ CORRENTE muito baixo.
Para entendermos um pouco mais sobre as razões subjacentes, evitando
conclusões precipitadas, lancemos mão dos recursos de ANÁLISE
HORIZONTAL (comparação porcentual entre períodos).

Entre 2006 e 2008, o ATIVO CIRCULANTE teve a seguinte variação:

ATIVO CIRCULANTE (31.12.2006): R$ 1.374 mil


ATIVO CIRCULANTE (31.12.2008): R$ 2.805 mil

Um aumento de 104% no período

Já no PASSIVO CIRCULANTE observamos a seguinte variação

PASSIVO CIRCULANTE (31.12.2006): R$ 73.907 mil


PASSIVO CIRCULANTE (31.12.2008): R$ 27.985 mil

Uma FANTÁSTICA REDUÇÃO de 62% no período

Esta é a razão matemática para a melhora do indice de liquidez corrente.


Entretanto, como o PASSIVO CIRCULANTE está num patamar de valor muito
maior que o ATIVO CIRCULANTE, a melhora no ÍNDICE DE LIQUIDEZ
CORRENTE é pífia em termos numéricos.

Entretanto, faz-se necessário observar que estamos falando de um negócio de


muito longo prazo (administração portuária), desta forma, é de se esperar que
os valores relevantes estejam concentrados no ATIVO NÃO CIRCULANTE e
PASSIVO NÃO CIRCULANTE.

De fato, se observamos as contas acima referidas em 31.12.2008, temos o


seguinte:

ATIVO NÃO CIRCULANTE (em 31.12.2008) = R$ 202.214 mil

PASSIVO NÃO CIRCULANTE (em 31.12.2008) = R$ 202.471 mil

4.1.2 LIQUIDEZ SECA

O Índice de Liquidez Seca é muito parecido com o índice de Liquidez Corrente

Toma-se o valor do ATIVO CIRCULANTE, subtrai-se o valor da conta


ESTOQUES e divide-se pelo valor do PASSIVO CIRCULANTE.

LS = (ATIVO CIRCULANTE – ESTOQUES)/PASSIVO CIRCULANTE

É uma medida de quanto a empresa possui de recursos de disponibilidade


imediata, excluindo os estoques, para cada R$ 1,00 de dívida de curto prazo.
Na prática é como se fosse um indice de Liquidez Corrente do qual se exclui o
efeito dos ESTOQUES.

Como no caso de um PORTO a conta ESTOQUES tem relevância quase nula,


é de se esperar que o ÍNDICE DE LIQUIDEZ SECA seja praticamente igual ao
ÍNDICE DE LIQUIDEZ CORRENTE.

De fato, temos o seguinte:

LS (31.12.2006) = 0,02

LS (31.12.2007) = 0,10

LS (31.12.2008) = 0,10

LS (30.06.2009) = 0,12

LS (30.09.2009) = 0,07

Os ÍNDICES DE LIQUIDEZ CORRENTE e LIQUIDEZ SECA são exatamente


iguais em cada um dos períodos analisados

Observando a conta ESTOQUES, entre 2006 e o 3T 2009, vemos que o


MAIOR VALOR observado deu-se em 30.06.2009, quando apresentou o valor
de R$ 20 mil (isso mesmo, a “exorbitância” de VINTE MIL REAIS).

Isso explica o motivo da igualdade entre os ÍNDICES DE LIQUIDEZ


CORRENTE e LIQUIDEZ SECA.

4.1.3 LIQUIDEZ GERAL

O ÍNDICE DE LIQUIDEZ GERAL é calculado da seguinte forma:

LG = (AC+RLP)/(PC+ELP), onde

AC = ATIVO CIRCULANTE

RLP = REALIZÁVEL A LONGO PRAZO

PC = PASSIVO CIRCULANTE

ELP = EXIGÍVEL A LONGO PRAZO

Este índice procura mostrar a capacidade de pagamento da empresa no Longo


Prazo, considerando tudo o que ela converterá em dinheiro (no Curto e no
Longo Prazo), relacionando-se com tudo o que já assumiu como dívida (no
Curto e no Longo Prazo)
No caso de uma empresa focada no muito longo prazo, como é o caso da CIA
DOCAS de IMBITUBA, este índice é algo que tem um peso maior na análise.

LG (31.12.2006) = 0,84

LG (31.12.2007) = 0,84

LG (31.12.2008) = 0,81

LG (30.06.2009) = 0,81

LG (30.09.2009) = 0,78

Percebe-se que este indicador permanece estável num intervalo entre 80% e
85%. Ou seja, para cada R$ 1,00 de Dívida Total (Curto e Longo Prazo), havia
entre R$ 0,80 e R$ 0,85 de recursos no Curto e Longo Prazo somado.

Não é uma maravilha, já que não estamos com um índice superior a 100%
como seria desejável, entretanto, não é um patamar que indique problemas
sérios.

4.1.4 FATOR DE INSOLVÊNCIA

Uma vez que os ÍNDICES DE LIQUIDEZ CORRENTE e LIQUIDEZ SECA


apresentaram valores muito baixos, e o ÍNDICE DE LIQUIDEZ GERAL também
não esteve num patamar de excelencia, nos parece adequado introduzir a
fórmula do FATOR DE INSOLVÊNCIA.

Esta fórmula, desenvolvida pelo Prof. Dr Setephen C. Kanitz, é calculada


conforme a seguir

FI = X1 + X2 + X3 - X4 – X5, onde

X1 = 0,05 * (LUCRO LÍQUIDO/PATRIMÔNIO LÍQUIDO)

X2 = LIQUIDEZ GERAL * 1,65

X3 = LIQUIDEZ SECA * 3,55

X4 = LIQUIDEZ CORRENTE * 1,06

X5 = 0,33 * (EXÍGIVEL TOTAL / PATRIMÔNIO LÍQUIDO)

Uma vez calculado o FATOR DE INSOLVÊNCIA, o mesmo deverá ser


comparado com os seguintes intervalos

ENTRE 0 e 7: REDUZIDAS POSSIBILIDADES DE FALÊNCIA


ENTRE -3 e 0: SITUAÇÃO INDEFINIDA (DEFINDA COMO “REGIÃO DE
PENUMBRA PELO PROF. KANITZ)

ENTRE -7 e -3: INSOLVÊNCIA

Ressalte-se que o FATOR DE INSOLVÊNCIA desenvolvido pelo Prof. Kanitz


foi apresentado ao público em geral pela primeira vez em artigo publicado em
dezembro de 1974 na Revista Exame, na primeira edição do agora consagrado
estudo anual de empresas basileiras conhecido com MAIORES E MELHORES.

FI da IMBI4 (em 31.12.2006) = 5,01

FI da IMBI4 (em 31.12.2007) = 5,02

FI da IMBI4 (em 31.12.2008) = 4,58

FI da IMBI4 (em 30.09.2009) = 4,06

Em resumo, apesar dos ÍNDICES DE LIQUIDEZ CORRENTE e LIQUIDEZ


SECA estarem em patamar muito baixo, o FATOR DE INSOLVÊNCIA
apresentou um resultado bom, o que coloca a CIA DOCAS DE IMBITUBA no
intervalo de “Reduzidas Possibilidades de Falência”, de acordo com a fórmula
desenvolvida pelo Prof. Kanitz

4.2 ANÁLISE DE ENDIVIDAMENTO

4.2.1 QUANTIDADE DE ENDIVIDAMENTO

O Índice de Quantidade de Endividamento procura medir o quanto dos


recursos totais disponíveis para a companhia se originam de capital de
terceiros.

QTDE ENDIV. = CT / PASSIVO TOTAL

Onde CT = CAPITAL DE TERCEIROS = PASSIVO CIRCULANTE + EXIGÍVEL


A LONGO PRAZO.

Abaixo estão os índices de QUANTIDADE DE ENDIVIDAMENTO para a CIA


DOCAS DE IMBITUBA:

QTDE ENDIV (31.12.2006) = 110,2 %

QTDE ENDIV (31.12.2007) = 110,1 %

QTDE ENDIV (31.12.2008) = 112,4%

QTDE ENDIV (30.06.2009) = 112,3 %

QTDE ENDIV (30.09.2009) = 114,6 %


A Companhia está num patamar constante e diria que PERIGOSO de 110 a
115% de endividamento, o que significa que mais de 100% dos recursos
disponíveis se originam de capital de terceiros.

Resta analisar em conjunto a qualidade deste endividamento, o que veremos


no próximo item.

4.2.2 QUALIDADE DE ENDIVIDAMENTO

O índice QUALIDADE DE ENDIVIDAMENTO, procura medir o quanto do


CAPTITAL DE TERCEIROS (ou seja, Passivo Circulante + Exigível a Longo
Prazo) irá vencer no curto prazo.

QLDE ENDIV. = PC / CT

Onde:

PC = PASSIVO CIRCULANTE

CT = CAPITAL DE TERCEIROS = PASSIVO CIRCULANTE + EXIGÍVEL A


LONGO PRAZO

Abaixo estão os índices de QUALIDADE DE ENDIVIDAMENTO para a CIA


DOCAS DE IMBITUBA:

QLDE ENDIV (31.12.2006) = 34 %

QLDE ENDIV (31.12.2007) = 37 %

QLDE ENDIV (31.12.2008) = 12%

QLDE ENDIV (30.06.2009) = 16 %

QLDE ENDIV (30.09.2009) = 17 %

No que se refere à QUALIDADE DE ENDIVIDAMENTO, além de estar num


patamar baixo, a evolução também é positiva, caindo 50%, de um patamar de
34% em 31.12.2006 para apenas 17% em 30.09.2009.

Isto significa que apesar da CIA DOCAS DE IMBITUBA estar com ÍNDICE DE
QUANTIDADE DE ENDIVIDAMENTO muito alto, a sua QUALIDADE é muito
boa, já que em 30.09.2009, apenas 17% das dívidas venceriam no Curto Prazo.

Uma estratégia inteligente quanto se está muito endividado: procurar rolar a


dívida para o maior prazo possível.

Entretanto, há que analisar-se o risco da permanência desta estratégia por


longos períodos.
4.2.3 ENDIVIDAMENTO EM RELAÇÃO AO PATRIMÔNIO LIQUIDO

O ÍNDICE DE ENDIVIDAMENTO em relação ao PATRIMÔNIO LÍQUIDO é


calculado da seguinte forma:

EPL = (PASSIVO CIRCULANTE + EXIGIVEL A LONGO


PRAZO)/PATRIMONIO LIQUIDO

Lembrando que a soma do PASSIVO CIRCULANTE com o EXIGIVEL A


LONGO PRAZO equivale ao CAPITAL DE TERCEIROS.

Desta Forma:

EPL = CT/PL

Este índice (EPL) mede a relação entre o total de dívida da CIA DOCAS DE
IMBITUBA (curto e longo prazo), em relação ao total do seu PATRIMONIO
LIQUIDO

EPL (31.12.2006) = -10,83

EPL (31.12.2007) = -10,87

EPL (31.12.2008) = -9,06

EPL (30.06.2009) = -9,10

EPL (30.09.2009) = -7,85

Neste índice, a CIA DOCAS DE IMBITUBA veio apresentando valores


negativos em todo o período analisado.

A razão deste fato é que a empresa vem apresentando PATRIMONIO


LÍQUIDO NEGATIVO em todo o período, conforme pode ser observado abaixo:

PATRIMÔNIO LÍQUIDO em 31.12.2006 = - R$ 20.113 mil

PATRIMÔNIO LÍQUIDO em 31.12.2007 = - R$ 20.979 mil

PATRIMÔNIO LÍQUIDO em 31.12.2008 = - R$ 25.437 mil

PATRIMÔNIO LÍQUIDO em 30.06.2009 = - R$ 25.501 mil

PATRIMÔNIO LÍQUIDO em 30.09.2009 = - R$ 29.661 mil


4.3 ANÁLISE DE RENTABILIDADE

Infelizmente deixaremos de fazer a análise de rentabilidade já que no período


analisado a CIA DOCAS DE IMBITUBA apresentou apenas PREJUÍZO
LÍQUIDO

PREJUÍZO LÍQUIDO em 31.12.2006 = - R$ 1.067 mil

PREJUÍZO LÍQUIDO em 31.12.2007 = - R$ 866 mil

PREJUÍZO LÍQUIDO em 31.12.2008 = -R$ 5.299 mil

LUCRO LÍQUIDO no 3T 2009 (entre 30.06 e 30.09) = R$ -4.162 mil

Estes números apontam que algo necessita mudar na CIA DOCAS de


IMBITUBA, de maneira a retomar o caminho do LUCRO.
5. NOTÍCIA SOBRE AMPLIAÇÃO DO PORTO DE IMBITUBA

AMPLIAÇÃO DO PORTO DE IMBITUBA DEVE FICAR PRONTA EM UM ANO

Imbituba, 02/12/2009

Matéria: Michele Cardoso


Krill COM - Assessoria de Comunicação CDI

OBRA AUMENTARÁ EM 47% A CAPACIDADE ATUAL DOS PORTOS


CATARINENSES

Com uma nova infraestrutura de 660 metros de comprimento de cais acostável


(410m em construção e 250m em recuperação), o Porto de Imbituba firma-se
como uma das principais molas propulsoras do desenvolvimento da região Sul
de Santa Catarina. No valor aproximado de R$ 153 milhões investidos pelo
Tecon Imbituba, a obra aumentará em 47% a capacidade atual dos portos
catarinenses. E as boas notícias não param por aí: a Construtora Andrade
Gutierrez pretende concluir a ampliação do cais dos berços 1 e 2 cinco meses
antes do prazo, que é abril de 2011.

De acordo com o engenheiro responsável pela obra, José Santos, todos os


esforços concentram-se na entrega da ampliação dos berços 1 e 2 em
aproximadamente um ano. “A obra iniciou em janeiro de 2009 e o nosso
objetivo é entregar o novo cais, com área total de 20.500 metros quadrados, no
final de 2010”, afirmou Santos, gerente de obras da Construtora Andrade
Gutierrez.

As obras civis iniciadas em janeiro de 2009 compreendem a ampliação dos


berços 1 e 2 do terminal, a qual inclui a construção de um novo cais com 410
metros de comprimento por 50 metros de largura e o alargamento dos berços
existentes com 250 metros de comprimento, em 12 metros de largura, assim
como a recuperação estrutural complementar.

Para o engenheiro, Imbituba reservou surpresas e muito aprendizado a todos


os envolvidos. “A paralisação em função do bate-estaca poderia ter
comprometido todo o cronograma da obra. Porém, após a implantação do
Programa de Monitoramento das Baleias Francas, percebemos que o
comprometimento de nossa equipe impulsionou ainda mais os trabalhos. Agora,
com o fim da temporada das baleias, precisamos contar com a estabilidade do
tempo para adiantarmos a cravação das estacas”, destacou Santos.

DESAFIO É CRIAR UMA ALTERNATIVA NA CADEIA LOGÍSTICA

O aumento da estrutura do Porto de Imbituba veio com a licitação do Terminal


de Contêineres, vencida por uma empresa do grupo Santos Brasil em março de
2008. A empresa subsidiária da Santos Brasil, Tecon Imbituba, é responsável
pelos investimentos de cerca de R$ 283 milhões para melhoria da
infraestrutura.
O objetivo é elevar a capacidade de movimentação para cerca de 700 mil
contêineres/ano. Com o término da obra, o Porto de Imbituba poderá receber
embarcações de maior porte, ou seja, navios da geração Post Panamax, com
até 300 metros de comprimento. A expectativa com relação à movimentação é
de que ocorra um aumento natural pela utilização do novo berço e pela
migração de carga da região Sul de Santa Catarina e Norte do Rio Grande do
Sul.

“O Sul de Santa Catarina tem um grande potencial de produção e precisa de


um Porto para alavancar o desenvolvimento da região, com instalações
compatíveis à nova demanda que se projeta. O desafio é criar uma alternativa
na cadeia logística, tornando o Terminal de Contêineres uma excelente opção
para o Sul do Brasil”, afirmou o superintendente do Tecon Imbituba, Bruno A. R.
Figurelli.

A fase final do projeto prevê uma nova estrutura com 660 metros de cais
acostável, 150 mil metros quadrados de retroárea operacional, 3 mil metros
quadrados de armazém coberto, quatro portêineres Super Post Panamax, com
60 metros de alcance e capacidade para 65 toneladas, dois guindastes móveis
sobre pneus Post Panamax, com 48 metros de alcance e 34 toneladas de
capacidade.

MEGACANTEIRO DE OBRAS

Para se ter uma idéia da dimensão de uma obra como esta, vale a pena
conhecer alguns dados quantitativos. “A ampliação do cais de atracação requer
a cravação de 1.200 estacas que são produzidas aqui mesmo, no canteiro de
obras da Construtora Andrade Gutierrez. São cerca de 6 mil peças pré-
moldadas (placas de cabeça, lajes, vigas e defenças) que pesam de 1 a 32
toneladas, feitas em 200 mil metros quadrados de formas. Além disso, é
necessária a produção de 40 mil metros cúbicos de concreto em uma usina
que também fica integrada ao pátio e utilizamos ainda 7 mil toneladas de aço”,
explicou Alberto Schifino, engenheiro de obras.
MÃO DE OBRA 80% REGIONAL

A Construtora Andrade Gutierrez, que é uma das maiores do país, teve boas
surpresas com os trabalhadores naturais de Imbituba e região. Dentre os 400
funcionários envolvidos na obra, 320 são de Santa Catarina. “Toda obra tem
suas peculiaridades. Aqui em Imbituba, além de aprendermos sobre a
realidade regional, no caso da cidade ser o berçário das baleias francas, outro
fator de destaque foi quanto às contratações. Tivemos em média 80% da mão-
de-obra local e ficamos impressionados com a força de vontade daqueles que
se integraram ao time da Construtora Andrade Gutierrez”, explicou Ricardo de
Freitas Kasper, gerente de Qualidade, Meio Ambiente, Segurança do Trabalho,
Saúde Ocupacional e Responsabilidade Social (QMSSRS).
GOVERNO FEDERAL TAMBÉM INVESTE

Além dos investimentos da iniciativa privada no Porto de Imbituba, o Governo


Federal já injetou R$ 23 milhões - outros R$ 17 milhões devem ficar para o
próximo ano nas obras de recuperação do Molhe de Abrigo (obra que está em
execução pelo 10º Batalhão de Engenharia do Exército Brasileiro). Quanto à
dragagem, a primeira parte foi concluída em setembro pela Companhia Docas
de Imbituba e executada com recursos tarifários. Com isso, o Porto hoje
apresenta um calado de 11 metros. Agora, a intenção é buscar recursos para
uma segunda fase, que permita obter um calado de 15 metros.

6.CONVOCAÇÃO DE AGE (ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA)

Transcrevemos a seguir na íntegra, a Convocação de AGE a ser realizada em


08.02.2010, onde destaca-se o seguinte item na “ordem do dia” : Estudo para
estabelecimento do Plano de Metas para expansão e diversificação das
atividades da Cia Docas de Imbituba.

É muito positivo que a Diretoria da CIA esteja com este tipo de visão.
Considerando os indicadores atuais, torna-se necessária uma forte guinada,
um “choque de administração” de maneira a fazer a Companhia a voltar para o
caminho do Lucro. Especialmente quando se lembra que a concessão original
do Serviço de Administração Portuária está para vencer em apenas 02 anos
(2012).

“COMPANHIA DOCAS DE IMBITUBA


Companhia Aberta – CNPJ no 84.208.123/0001-02
ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA
Anúncio de Convocação

Ficam convocados os acionistas da COMPANHIA DOCAS DE IMBITUBA a


comparecer à Assembléia Geral Extraordinária da companhia, a realizar-se às
15:00 horas do dia 8 de Fevereiro de 2010, na sede social da companhia, no
Prédio da Administração do Porto, na Avenida Getúlio Vargas, s/no, cidade de
Imbituba, Estado de Santa Catarina, a fim de discutir e deliberar sobre a
seguinte ordem do dia: (i) Estudo para estabelecimento do Plano de Metas
para expansão e diversificação das atividades da Cia Docas de Imbituba; (ii)
Nomeação do Novo Diretor de Relações com Investidores; e, (iii) Instalação de
Escritório em São Paulo e contratação de equipe para suporte. Ficam
suspensas as transferências e conversões de ações durante os 8 (oito) dias
que precedem à data da realização da assembléia.

Imbituba (SC), 22 de janeiro de 2010


Nilton Garcia de Araújo”
7. RESUMO

No arquivo Excel a ser disponibilizado pela galera da “Diretoria Técnica” da


CENTRAL estão todos os indicadores fundamentalistas da CIA DOCAS DE
IMBITUBA.

Em termos fundamentalistas, a companhia necessita de melhora em muitos


índices. No entanto, deve ser ressaltado que não possui concorrentes na
região que atua (é concessionária de administração portuária) e que o perfil de
envidamento, ainda que muito alto, está equacionado para o Longo Prazo.

Além disso, o porto de Imbituba será ampliado durante 2010 e aliada à


disposição da Diretoria da companhia que nos parece estar ciente da
necessidade de um “choque de administração” para a retomada do caminho da
lucratividade, nos parece uma alternativa para permancer no “radar do
centraleiro”.

Em termos de negociação, trades no curto prazo sempre utilizando AT.

ESPERAMOS QUE AS INFORMAÇÕES SEJAM DE UTILIDADE NAS


DECISÕES DE INVESTIMENTO DAS CENTRALEIRAS E CENTRALEIROS.

UM ABRAÇO

Luizmira
PS. Na próxima página Excel
DATA ANÁLISE 03/02/2010
INFORMAÇÕES DO ATIVO
Papel IMBI4 Cotação 1,3
Tipo PN Data últ cot 03/02/2010
COMPANHIA DOCAS
Empresa DE IMBITUBA PN Min 52 sem 0,82
Setor Transporte Max 52 sem 1,33
Serviços de Apoio e
Subsetor Armazenagem Vol $ méd (2m) 543.503
Últ balanço
Valor de mercado 77.990.900 processado 30/09/2009
Valor da firma 99.784.900 Nro. Ações 59.993.000
Indicadores fundamentalistas
P/L (17,34) LPA (0,07)
P/VP (2,63) VPA (0,49)
P/EBIT (20,63) Marg. Bruta -
PSR 80,49 Marg. EBIT -390,09%
P/Ativos 0,38 Marg. Líquida -464,19%
P/Cap. Giro (2,14) EBIT / Ativo -1,86%
P/Ativ Circ Liq -0,31 ROIC -1,90%
Div. Yield 0,00% ROE 15,16%
EV / EBIT (26,40) Liquidez Corr 0,07
Giro Ativos 0,00 Div Br/ Patrim -0,75
Cres. Rec (5a) 4,70% P/L * P/VP 45,59
Dados Balanço Patrimonial
Ativo 203.056.000 Dív. Bruta 22.254.000
Disponibilidades 460.000 Dív. Líquida 21.794.000
Ativo Circulante 2.937.000 Patrim. Líq -29.661.000
Multiplicador
Passivo Circulante 39.341.000 Graham/Buffett 45,59
Dados demonstrativos de resultados
Últimos 12 meses Últimos 3 meses
Receita Líquida 969.000 Receita Líquida 216.000
EBIT -3.780.000 EBIT -4.077.000
Lucro Líquido -4.498.000 Lucro Líquido -4.162.000

CONCLUSÃO COLOCAR NO RADAR

UM ABRAÇO

Luizmira

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