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No evento, apresentei uma conferncia sobre um instigante autor, Eduardo Silvrio Abranches
de Soveral (1927-2003). surpreendente a profundidade e a extenso dos temas tratados por
este autor, que permaneceu no Brasil, por mais de uma dcada, entre os anos 70 e os anos 80,
do sculo passado e, neste perodo, muito contribuiu para a filosofia pensada entre ns sendo,
por muitos, considerado um filsofo luso-brasileiro.
Dentre os muitos temas tratados por Soveral, que tentarei apresentar nesta coluna, um merece
destaque, por ser uma demanda atual, na verdade um desafio sempre enfrentado por todos
aqueles que se dedicam educao. Trata-se do papel a ser desempenhado pelo educador.
Neste particular, as lies de Soveral so aptas a elevar o nimo de tantos educadores que,
creio, a seu exemplo, procuram pensar o papel que representam na ao educativa, sem
transform-la em uma cansativa e inspida tarefa de repetio de informaes. Alis, recordese, saber e sabor so vocbulos de mesma raiz, o saber h de ter sabor. O educador, aqui, deve
cuidar para que o sabor agrade. Do contrrio...
Destaca-se, neste contexto a compreenso de Soveral acerca do papel diretivo e criador do
mestre, contra os dogmatismos e, ainda, o relevante papel da filosofia como crtica das
ideologias.
o que se pode ver nesta lcida passagem: [...] para que, na ao docente, se no verifiquem
um dogmatismo pedaggico nem a imposio de uma determinada ordem de valores,
necessrio que o mestre comece por criar, socraticamente, um saudvel e estimulante clima de
Ao final da conferncia, ouvi dos alunos de Soveral ali presentes manifestaes que, sem
dvida me fazem afirmar: Soveral, mais que dizer e escrever sobre a educao, foi um real e
entusiasmado educador. A ele minha homenagem.