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LLIIN

NHHA
AÇÇA
A

Silvia de Souza Rolim


Acadêmica de Nutrição da FSP-USP, estagiária curricular em marketing da
NUTROCIÊNCIA ASSESSORIA EM NUTROLOGIA

A semente linhaça é oval e achatada, ligeiramente maior que a semente


de gergelim e com uma coloração marrom que pode variar do avermelhado ao
amarelado. É uma semente oleaginosa, proveniente da planta do linho (Linum
usitatissimim L.), inicialmente destinada à indústria para fabricação de óleo a
ser usado em pinturas e como purgativo para ovelhas e cavalos.
Muito utilizada hoje em dia na alimentação humana, ela está presente
em pães, bolos, biscoitos, tortas, vitaminas e molhos, sendo cada vez mais
criadas novas receitas que se beneficiem de suas propriedades.
As suas características nutricionais permitem a atribuição de alimento
funcional à linhaça, ou seja, além das funções nutricionais, o seu consumo
pode produzir efeitos benéficos à saúde. Essas características colocam a
linhaça como um potencial diminuidor dos riscos de doenças cardiovasculares
e de alguns cânceres.
A linhaça contém de 30 a 40% de gordura, de 20 a 25% de proteína e de
20 a 28% de fibra em sua composição. São as principais fontes vegetais dos
ácidos graxos conhecidos como ômega 3, constituindo cerca de 50% do total
de gordura encontrado na semente.
A proteína presente na linhaça é semelhante à da soja, caracterizando-a
como uma proteína completa. Já as fibras alimentares encontradas apresentam
uma boa proporção entre a fibra solúvel e a insolúvel, auxiliando, portanto,
tanto na diminuição do colesterol como no bom funcionamento do intestino.
A linhaça é também rica em lignana, com 75 a 800 vezes mais do que
qualquer outro alimento. As lignanas são compostos fenólicos que se
assemelham ao estrogênio, podendo, portanto, melhorar os sintomas da
menopausa, uma vez que as mulheres nessa fase da vida possuem níveis
reduzidos deste hormônio. Podem também inibir o crescimento de tumores que
respondem a alterações hormonais.
Estudos relacionaram o efeito anticancerígeno em animais
suplementados com linhaça, atribuindo também esses resultados às fibras e à
composição lipídica. Os tipos de cânceres estudados que apresentaram
benefícios foram os de mama e de cólon, entretanto, um estudo observou
diminuição de proliferação celular em câncer de próstata através de uma ação
hormonal.
A redução dos riscos de doenças cardiovasculares ocorre devido a
grande quantidade de ácidos graxos poliinsaturados ômega 3. Nas últimas
décadas tem sido comprovada a importância do ômega 3 na prevenção e
tratamento de diversas doenças devido a sua ação antiinflamatória. Esses
ácidos graxos também diminuem os níveis de triglicérides e de colesterol e
reduzem a pressão arterial.
A utilização da linhaça como fonte de ômega 3 ocorre até mesmo
indiretamente. Galinhas alimentadas com rações acrescidas de 7% a 35% de
linhaça forneceram ovos com níveis aumentados de ômega 3 em suas gemas.
Fica clara a qualidade nutricional dessa semente, devendo ser
incorporada a receitas do dia-a-dia para aumentar a freqüência de seu
consumo e a difusão de suas propriedades.

Referências

Bombo AJ. Obtenção e caracterização nutricional de snacks de milho (Zea


mays L.) e linhaça (Linum usitatissimun L.). São Paulo, 2006, 97p.
[Dissertação Mestrado, Faculdade de Saúde Pública, USP]

Coskuner Y, Karababa E. Some physical properties of flaxseed (Linum


usitatissimum L.). Journal of Food Engineering 2007; 78 (3): 1067-73.

Demark-Wahnefried W, Price DT, Polascik TJ et al. Pilot study of dietary fat


restriction and flaxseed supplementation in men with prostate cancer before
surgery: exploring the effects on hormonal levels, prostate-specific antigen, and
histopathologic features. Urology 2001; 58 (1): 47-52.
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