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o 59 — 11 de Março de 2002 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 2129

são devidas taxas à Direcção-Geral do Turismo de mon- Artigo 70.o


tante a fixar por portaria conjunta dos Ministros das Regiões Autónomas
Finanças e da Economia.
O regime previsto no presente diploma é aplicável
Artigo 65.o às Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, sem
prejuízo das adaptações decorrentes da estrutura pró-
Registo pria da administração regional autónoma, a introduzir
1 — É organizado pela Direcção-Geral do Turismo, por diploma regional adequado.
em colaboração com o Instituto da Conservação da
Natureza, o registo central de todas as casas de natureza, Artigo 71.o
nos termos a estabelecer em portaria do membro do
Entrada em vigor
Governo responsável pela área do turismo.
2 — As entidades exploradoras das casas de natureza O presente diploma entra em vigor no dia imedia-
devem comunicar à Direcção-Geral do Turismo a alte- tamente a seguir ao da sua publicação.
ração de qualquer dos elementos do registo previstos
na portaria a que se refere o número anterior, no prazo Decreto-Lei n.o 57/2002
de 30 dias a contar da data em que tenha lugar essa
alteração. de 11 de Março
Artigo 66.o O regime jurídico da instalação e do funcionamento
Sistema de informações dos estabelecimentos de restauração ou de bebidas regu-
lado pelo Decreto-Lei n.o 168/97, de 4 de Julho, e alte-
A Direcção-Geral do Turismo, em colaboração com
rado pelos Decretos-Leis n.os 139/99, de 24 de Abril,
o Instituto da Conservação da Natureza, providenciará
e 222/2000, de 9 de Setembro, necessita de ser alterado
no sentido de garantir um sistema de informações eficaz.
por forma a compatibilizá-lo com o novo regime jurídico
da urbanização e edificação, aprovado pelo Decreto-Lei
Artigo 67.o n.o 555/99, de 16 de Dezembro, com as alterações intro-
Placa identificativa de turismo de natureza duzidas pelo Decreto-Lei n.o 177/2001, de 4 de Junho.
O Decreto-Lei n.o 555/99, de 16 de Dezembro, revoga,
1 — O modelo da placa identificativa do turismo de entre outros, o Decreto-Lei n.o 445/91, de 20 de Novem-
natureza e das modalidades de alojamento e animação bro, que estabelecia o regime jurídico do licenciamento
ambiental é aprovado por portaria conjunta dos mem-
municipal de obras particulares.
bros do Governo responsáveis pelas áreas do turismo
e do ambiente. Tendo em consideração que o artigo 3.o do Decre-
2 — É obrigatória a afixação da placa referida no to-Lei n.o 168/97, de 4 de Julho, estabelece que os pro-
número anterior em todos os serviços de alojamento cessos respeitantes à instalação de estabelecimentos de
e de animação ambiental previstos no artigo 2.o do pre- restauração ou de bebidas são organizados pelas câma-
sente diploma. ras municipais e regulam-se pelo regime jurídico do
licenciamento municipal de obras particulares, com as
Artigo 68.o especificidades estabelecidas naquele diploma, a revo-
Regime aplicável às casas existentes gação daquele regime e a sua alteração implica, neces-
sariamente, que o regime jurídico da instalação e do
1 — O disposto no presente diploma aplica-se às casas
funcionamento dos estabelecimentos de restauração ou
exploradas pelo Instituto da Conservação da Natureza
à data da sua entrada em vigor, sem prejuízo do disposto de bebidas se adapte ao novo regime jurídico da urba-
no número seguinte. nização e da edificação.
2 — As casas referidas no número anterior devem Aproveita-se ainda esta oportunidade para tornar
satisfazer os requisitos relativos às suas instalações, de obrigatória a menção à existência de alvará de licença
acordo com o presente diploma e o regulamento a que de utilização para serviços de restauração ou de bebidas
refere o n.o 3 do artigo 2.o, no prazo de dois anos a concedido ao abrigo do presente diploma ou à existência
contar da data da entrada em vigor do presente diploma, da autorização de abertura, no caso dos estabelecimen-
excepto quando esse cumprimento determinar a rea- tos de restauração ou de bebidas existentes à data da
lização de obras que se revelem materialmente impos- entrada em vigor do presente diploma, concedida pela
síveis ou que comprometam a rendibilidade do projecto, Direcção-Geral do Turismo ou pelas câmaras municipais
como tal reconhecidas pela Direcção-Geral do Turismo. ao abrigo de legislação anterior, ou ainda a abertura
dos estabelecimentos com base num deferimento tácito,
Artigo 69.o nos contratos de transmissão ou nos contratos-promessa
de transmissão, sob qualquer forma jurídica, relativos
Dinamização e apoio a estabelecimentos ou a imóveis ou suas fracções onde
Os Ministérios da Economia e do Ambiente, nomea- estejam instalados estabelecimentos de restauração ou
damente através dos seus serviços regionais e dos órgãos de bebidas, que venham a ser celebrados em data pos-
regionais ou locais de turismo, dinamizarão acções de terior à entrada em vigor do presente diploma, sob pena
divulgação do turismo de natureza e prestarão apoio de nulidade e recusa do registo dos mesmos.
técnico à formulação e apresentação do requerimento Foram ouvidos os órgãos de governo próprio das
previsto no artigo 14.o, bem como os necessários ao Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, a Asso-
licenciamento da construção e da utilização, bem como ciação Nacional de Municípios Portugueses e as asso-
das actividades de animação ambiental previstas, revistas ciações patronais do sector com interesse e represen-
no n.o 2 do artigo 2.o do presente diploma. tatividade na matéria.
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Assim: 3 — Para os efeitos do disposto nos n.os 2 e 3 do


Nos termos da alínea a) do n.o 1 do artigo 198.o da artigo 19.o do Decreto-Lei n.o 555/99, de 16 de Dezem-
Constituição, o Governo decreta, para valer como lei bro, os pareceres do Serviço Nacional de Bombeiros,
geral da República, o seguinte: do governador civil, da entidade competente no âmbito
das instalações eléctricas e das autoridades de saúde
emitidos ao abrigo do disposto nos artigos 4.o e 6.o a
CAPÍTULO I 9.o são obrigatoriamente comunicados por aquelas enti-
dades à câmara municipal competente.
Alterações

Artigo 1.o Artigo 4.o


Alterações Consulta ao governador civil

Os artigos 1.o, 2.o, 3.o, 4.o, 6.o a 19.o, 23.o, 26.o, 28.o 1 — No caso de todos os estabelecimentos de bebidas
a 38.o, 41.o, 44.o e 46.o a 54.o do Decreto-Lei n.o 168/97, e dos estabelecimentos de restauração que disponham
de 4 de Julho, com as alterações introduzidas pelos de salas ou espaços destinados a dança, a câmara muni-
Decretos-Leis n.os 139/99, de 24 de Abril, 222/2000, de cipal, no âmbito da apreciação do pedido de informação
9 de Setembro, e 9/2002, de 24 de Janeiro, passam a prévia, deve consultar o governador civil do distrito em
ter a seguinte redacção: que o estabelecimento se localiza a fim de este se pro-
nunciar, quanto à sua localização e aos aspectos de segu-
rança e de ordem pública que o funcionamento do esta-
«Artigo 1.o belecimento possa implicar, remetendo-lhe para o efeito
Estabelecimentos de restauração ou de bebidas os elementos necessários, nomeadamente a identifica-
ção da entidade requerente e a localização do esta-
1 — São estabelecimentos de restauração, qualquer belecimento.
que seja a sua denominação, os estabelecimentos des- 2 — À consulta prevista no número anterior aplica-se
tinados a prestar, mediante remuneração, serviços de o disposto no artigo 19.o do Decreto-Lei n.o 555/99,
alimentação e de bebidas no próprio estabelecimento de 16 de Dezembro, com excepção do prazo previsto
ou fora dele. no n.o 8 daquele artigo, que é alargado para 30 dias.
2 — São estabelecimentos de bebidas, qualquer que 3 — O parecer emitido pelo governador civil no
seja a sua denominação, os estabelecimentos destinados âmbito do pedido de informação prévia é vinculativo
a prestar, mediante remuneração, serviços de bebidas para um eventual pedido de licenciamento ou de auto-
e cafetaria no próprio estabelecimento ou fora dele. rização de obras de edificação do estabelecimento de
3—.......................................... restauração ou de bebidas, desde que este seja apre-
4—.......................................... sentado no prazo de um ano relativamente à data da
5—.......................................... comunicação ao requerente, pela câmara municipal, da
6 — Para efeito do disposto no presente diploma, não decisão que haja recaído sobre aquele pedido.
se consideram estabelecimentos de restauração ou de 4—..........................................
bebidas as cantinas, os refeitórios e os bares de entidades
públicas, de empresas e de estabelecimentos de ensino,
destinados a fornecer serviços de alimentação e de bebi- SECÇÃO III
das exclusivamente ao respectivo pessoal e alunos, Licenciamento ou autorização de operações urbanísticas
devendo este condicionamento ser devidamente publi-
citado.
Artigo 6.o
Artigo 2.o
Parecer do Serviço Nacional de Bombeiros
Instalação
1 — O deferimento pela câmara municipal do pedido
Para efeitos do presente diploma, considera-se ins- do licenciamento ou de autorização para a realização
talação de estabelecimentos de restauração ou de bebi- de obras de edificação referentes a estabelecimentos
das o processo de licenciamento ou de autorização para de restauração ou de bebidas carece de parecer do Ser-
a realização de operações urbanísticas relativas à cons- viço Nacional de Bombeiros.
trução e ou utilização de edifícios ou suas fracções des- 2 — À consulta e à emissão de parecer do Serviço
tinados ao funcionamento daqueles estabelecimentos. Nacional de Bombeiros no âmbito do processo de licen-
ciamento ou de autorização aplica-se o disposto no
Artigo 3.o artigo 19.o do Decreto-Lei n.o 555/99, de 16 de Dezem-
bro, com excepção do prazo previsto no n.o 8 daquele
Regime aplicável artigo, que é alargado para 30 dias.
1 — Os processos respeitantes à instalação de esta- 3—..........................................
belecimentos de restauração ou de bebidas são orga- 4—..........................................
nizados pelas câmaras municipais e regulam-se pelo
regime jurídico da urbanização e da edificação, com Artigo 7.o
as especificidades estabelecidas nos artigos seguintes. Parecer do governador civil
2 — Nos pedidos de informação prévia, de licencia-
mento ou de autorização relativos à instalação dos esta- 1 — No caso de todos os estabelecimentos de bebidas
belecimentos de restauração ou de bebidas, o interes- e dos estabelecimentos de restauração que disponham
sado deve indicar no pedido o tipo de estabelecimento de salas ou espaços destinados a dança, o deferimento
pretendido. pela câmara municipal do pedido do licenciamento ou
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de autorização para a realização de obras de edificação 2 — Para efeito do disposto no número anterior, o
referentes a estabelecimentos de restauração ou de bebi- interessado deve dirigir ao Serviço Nacional de Bom-
das carece de parecer favorável a emitir pelo governador beiros um requerimento instruído nos termos da portaria
civil do distrito em que o estabelecimento se localiza, referida no n.o 3 do artigo 6.o
salvo se já tiver sido emitido parecer favorável nos ter- 3 — A autorização a que se refere o n.o 1 deve ser
mos do artigo 4.o e ainda não tiver decorrido o prazo emitida no prazo de 15 dias a contar da data da recepção
previsto no n.o 3 do mesmo artigo, no que diz respeito da documentação, sob pena de o requerimento se enten-
à sua localização, sobre os aspectos de segurança e de der tacitamente deferido.
ordem públicas que o funcionamento do estabeleci- 4 — O Serviço Nacional de Bombeiros deve dar
mento possa implicar. conhecimento à câmara municipal das obras que auto-
2 — À consulta prevista no número anterior aplica-se rize nos termos do n.o 1.
o disposto no artigo 19.o do Decreto-Lei n.o 555/99,
de 16 de Dezembro, com excepção do prazo previsto
no n.o 8 daquele artigo, que é alargado para 30 dias. SECÇÃO IV
3—.......................................... Licenciamento ou autorização da utilização
4—..........................................
Artigo 11.o
Artigo 8.o
Licença ou autorização de utilização
Parecer da entidade competente para serviços de restauração ou de bebidas
no âmbito das instalações eléctricas
1 — Concluída a obra e equipado o estabelecimento
1 — No caso dos estabelecimentos previstos no n.o 4 em condições de iniciar o seu funcionamento, o inte-
do artigo 1.o, a emissão do alvará de licença ou de auto- ressado requer a concessão da licença ou da autorização
rização para a realização de obras de edificação carece de utilização para serviços de restauração ou de bebidas
de parecer favorável a emitir pela associação inspectora dos edifícios novos, reconstruídos, reparados, ampliados
de instalações eléctricas, para as de serviço particular ou alterados, ou das fracções autónomas cujas obras
de 5.a categoria, nos termos do disposto no Decreto-Lei tenham sido licenciadas ou autorizadas nos termos do
n.o 272/92, de 3 de Dezembro, ou pelas delegações regio- presente diploma.
nais do Ministério da Economia para todas as outras 2 — A licença ou a autorização de utilização para
instalações. serviços de restauração ou de bebidas destina-se a com-
2 — À consulta e à emissão do parecer da entidade provar, para além do disposto no artigo 62.o do Decre-
competente aplica-se o disposto no artigo 19.o do Decre- to-Lei n.o 555/99, de 16 de Dezembro, a observância
to-Lei n.o 555/99, de 16 de Dezembro, com excepção das normas relativas às condições sanitárias e à segu-
do prazo previsto no n.o 8 daquele artigo, que é alargado rança contra riscos de incêndio.
para 30 dias. 3 — A licença ou a autorização de utilização para
3—.......................................... serviços de restauração ou de bebidas é sempre pre-
4—.......................................... cedida da vistoria a que se refere o artigo seguinte,
a qual substitui a vistoria prevista no artigo 64.o do
Artigo 9.o Decreto-Lei n.o 555/99, de 16 de Dezembro.
4 — O prazo para deliberação sobre a concessão da
Parecer das autoridades de saúde licença ou autorização de utilização é o constante da
1 — O deferimento pela câmara municipal do pedido alínea b) do n.o 1 do artigo 30.o do Decreto-Lei
de licenciamento para a realização de obras de edifi- n.o 555/99, de 16 de Dezembro, no caso de se tratar
cação em estabelecimentos de restauração ou de bebidas de procedimento de autorização, e o previsto na alí-
carece de parecer das autoridades de saúde a emitir nea d) do n.o 1 do artigo 23.o do mesmo diploma, no
pelo delegado concelhio de saúde ou adjunto do dele- caso de se tratar de procedimento de licenciamento,
gado concelhio de saúde. a contar em ambos os casos a partir da data da realização
2 — À emissão de parecer das autoridades de saúde da vistoria ou do termo do prazo para a sua realização.
aplica-se o disposto no artigo 19.o do Decreto-Lei
n.o 555/99, de 16 de Dezembro, com excepção do prazo Artigo 12.o
previsto no n.o 8 daquele artigo, que é alargado para Vistoria
30 dias.
3 — O parecer das autoridades de saúde destina-se 1 — A vistoria deve realizar-se no prazo de 30 dias
a verificar o cumprimento das normas de higiene e saúde a contar da data da apresentação do requerimento refe-
públicas previstas no Decreto-Lei n.o 336/93, de 29 de rido no n.o 1 do artigo anterior e, sempre que possível,
Setembro. em data a acordar com o interessado.
4 — Quando desfavorável, o parecer das autoridades 2 — A vistoria é efectuada por uma comissão com-
de saúde é vinculativo. posta por:
a) Três técnicos a designar pela câmara municipal,
Artigo 10.o dos quais, pelo menos, dois devem ter formação
Autorização do Serviço Nacional de Bombeiros
e habilitação legal para assinar projectos cor-
respondentes à obra objecto de vistoria;
1 — Carecem de autorização do Serviço Nacional de b) O delegado concelhio de saúde ou o adjunto
Bombeiros as obras previstas nas alíneas a) e b) do do delegado concelhio de saúde;
n.o 1 do artigo 6.o do Decreto-Lei n.o 555/99, de 16 c) Um representante do Serviço Nacional de
de Dezembro. Bombeiros;
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d) Um representante da associação inspectora de 2 — Sem prejuízo do disposto no número seguinte,


instalações eléctricas, quando se tratar dos esta- a existência de alvará de licença ou de autorização de
belecimentos previstos no n.o 4 do artigo 1.o, utilização para serviços de restauração ou de bebidas
se os mesmos dispuserem de instalações de ser- concedido ao abrigo do presente diploma ou a existência
viço particular de 5.a categoria, nos termos pre- da autorização de abertura, no caso dos estabelecimen-
vistos no Decreto-Lei n.o 517/80, de 31 de Outu- tos de restauração ou de bebidas existentes à data da
bro, na redacção que lhe foi dada pelo Decre- entrada em vigor do presente diploma, concedida pela
to-Lei n.o 272/92, de 3 de Dezembro, ou um Direcção-Geral do Turismo ou pelas câmaras munici-
representante das delegações regionais do pais, nos termos do artigo 36.o do Decreto-Lei n.o 328/86,
Ministério da Economia, se os mesmos esta- de 30 de Setembro, ou de legislação anterior, ou ainda
belecimentos dispuserem de quaisquer outros a abertura dos estabelecimentos com base num defe-
tipos de instalações; rimento tácito do pedido de emissão do alvará de licença
e) Um representante da FERECA — Federação ou de autorização para serviços de restauração ou de
da Restauração, Cafés, Pastelarias e Similares bebidas deve ser obrigatoriamente mencionado nos con-
de Portugal; tratos de transmissão, ou nos contratos-promessa de
f) Um representante de outra associação patronal transmissão, sob qualquer forma jurídica, relativos a
do sector, no caso de o requerente o indicar estabelecimentos ou a imóveis ou suas fracções onde
no pedido de vistoria. estejam instalados estabelecimentos de restauração ou
de bebidas, que venham a ser celebrados em data pos-
3 — O requerente da licença ou da autorização de terior à entrada em vigor do presente diploma, sob pena
utilização, os autores dos projectos e o técnico respon- de nulidade dos mesmos.
sável pela direcção técnica da obra participam na vistoria 3 — Aos contratos de arrendamento relativos a imó-
sem direito a voto. veis, ou suas fracções, onde se pretendam instalar esta-
4 — Compete ao presidente da câmara municipal a belecimentos de restauração ou de bebidas aplica-se,
convocação das entidades referidas nas alíneas b) a f) com as necessárias adaptações, o disposto no artigo 9.o
do n.o 2 e as pessoas referidas no número anterior com do Regime do Arrendamento Urbano, aprovado pelo
a antecedência mínima de oito dias. Decreto-Lei n.o 321-B/90, de 15 de Outubro.
5 — A ausência das entidades referidas nas alíneas 4 — A falta da menção referida no n.o 2 no título
b) a f) do n.o 2 e das pessoas referidas no n.o 3, desde de transmissão constitui fundamento de recusa do
que regularmente convocadas, não é impeditiva nem registo da mesma.
constitui justificação da não realização da vistoria, nem 5 — A transmissão ou promessa de transmissão, sob
da concessão da licença ou da autorização de utilização. qualquer forma, de direitos relativos a estabelecimentos
6 — A comissão referida no n.o 2 depois de proceder ou a imóveis ou suas fracções, onde estejam instalados
à vistoria elabora o respectivo auto, devendo entregar estabelecimentos de restauração ou de bebidas, deve
uma cópia ao requerente. ser comunicada à câmara municipal competente, nos
7 — Quando o auto de vistoria conclua em sentido termos e para os efeitos previstos no n.o 3 do artigo
desfavorável ou quando seja desfavorável o voto, fun- seguinte.
damentado, de um dos elementos referidos nas alíneas
b), c) e d) do n.o 2, não pode ser concedida a licença Artigo 15.o
ou a autorização de utilização. Especificações do alvará

1 — O alvará de licença ou de autorização de uti-


Artigo 13.o
lização para serviços de restauração ou de bebidas deve
Alvará de licença ou de autorização de utilização especificar, para além dos elementos referidos no n.o 5
para serviços de restauração ou de bebidas do artigo 77.o do Decreto-Lei n.o 555/99, de 16 de
1 — Concedida a licença ou a autorização de utili- Dezembro, a identificação da entidade exploradora, o
zação para serviços de restauração ou de bebidas, o nome, o tipo e a capacidade máxima do estabelecimento.
titular requer ao presidente da câmara municipal a emis- 2 — Os tipos a que se refere o número anterior são
são do alvará que a titula, o qual deve ser emitido no os seguintes:
prazo de 30 dias a contar da data da recepção do res- a) Estabelecimento de restauração;
pectivo requerimento. b) Estabelecimento de restauração com sala ou
2 — A emissão do alvará deve ser notificada ao reque- espaços destinados a dança;
rente, por correio registado, no prazo de oito dias a c) Estabelecimento de restauração com fabrico
contar da data da sua decisão. próprio de pastelaria, panificação e gelados
enquadrados na classe D do Decreto Regula-
Artigo 14.o mentar n.o 25/93, de 17 de Agosto;
Funcionamento dos estabelecimentos de restauração ou de bebidas
d) Estabelecimento de bebidas;
e) Estabelecimento de bebidas com sala ou espaços
1 — O funcionamento dos estabelecimentos de res- destinados a dança;
tauração ou de bebidas depende apenas da titularidade f) Estabelecimento de bebidas com fabrico próprio
do alvará de licença ou de autorização de utilização de pastelaria, panificação e gelados enquadra-
para serviços de restauração ou de bebidas, emitido nos dos na classe D do Decreto Regulamentar
termos do disposto no artigo anterior, o qual constitui, n.o 25/93, de 17 de Agosto.
relativamente a estes estabelecimentos, o alvará de
licença ou autorização de utilização previsto nos artigos 3 — Sempre que haja alteração de qualquer dos ele-
62.o e 74.o do Decreto-Lei n.o 555/99, de 16 de mentos constantes do alvará, a entidade titular do alvará
Dezembro. de licença ou de autorização de utilização ou a entidade
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exploradora do estabelecimento deve, para efeitos de 2 — Caducada a licença ou a autorização de utilização


averbamento, comunicar o facto à câmara municipal no para serviços de restauração ou de bebidas, o alvará
prazo de 30 dias a contar da data do mesmo. respectivo é cassado e apreendido pela câmara muni-
cipal, na sequência de notificação ao respectivo titular,
devendo ser encerrado o estabelecimento.
Artigo 16.o
Modelo de alvará de licença ou autorização
de utilização para serviços de restauração e de bebidas Artigo 19.o
Intimação judicial para a prática de acto legalmente devido
O modelo de alvará de licença ou de autorização
de utilização para serviços de restauração ou de bebidas 1 — Decorridos os prazos para a prática de qualquer
é aprovado por portaria conjunta dos membros do acto especialmente regulado no presente diploma sem
Governo responsáveis pelas áreas do ordenamento do que o mesmo se mostre praticado, aplica-se aos esta-
território e do turismo. belecimentos de restauração ou de bebidas, com as
necessárias adaptações, o disposto nos artigos 111.o,
Artigo 17.o 112.o e 113.o do Decreto-Lei n.o 555/99, de 16 de
Dezembro.
Alteração da utilização e concessão de licença ou autorização 2 — As associações patronais do sector do turismo
de utilização em edifícios sem anterior título de utilização
que tenham personalidade jurídica podem intentar, em
1 — Se for requerida a alteração ao uso fixado em nome dos seus associados, os pedidos de intimação pre-
anterior licença ou autorização de utilização para per- vistos no número anterior.
mitir que o edifício, ou sua fracção, se destine à ins-
talação dos estabelecimentos referidos no artigo 1.o, a Artigo 23.o
câmara municipal deve consultar o Serviço Nacional de
Bombeiros e as autoridades de saúde nos termos pre- Revisão da classificação e desclassificação
vistos nos artigos 6.o e 9.o 1— .........................................
2 — Quando as operações urbanísticas previstas no 2— .........................................
número anterior envolverem a realização das obras pre- 3 — Sempre que as obras necessitem de licença ou
vistas na alínea b) do n.o 1 do artigo 6.o do Decreto-Lei de autorização camarária, o prazo para a sua realização
n.o 555/99, de 16 de Dezembro, os pareceres referidos é o fixado pela câmara municipal no respectivo alvará
no número anterior englobam a autorização prevista de licença ou de autorização.
no artigo 10.o
4— .........................................
3 — O prazo para a realização da vistoria prevista
5 — No caso previsto no número anterior, o presi-
no artigo 12.o conta-se a partir da recepção dos pareceres
referidos no n.o 1 ou do termo do prazo para a emissão dente da câmara municipal, oficiosamente ou a soli-
dos mesmos. citação da Direcção-Geral do Turismo, deve apreender
4 — O prazo para deliberação sobre a concessão da o respectivo alvará de licença ou de autorização de uti-
licença ou autorização de utilização ou de alteração da lização enquanto não for atribuída ao estabelecimento
utilização é o constante da alínea b) do n.o 1 do artigo nova classificação.
30.o do Decreto-Lei n.o 555/99, de 16 de Dezembro, Artigo 26.o
no caso de se tratar de procedimento de autorização, Nomes dos estabelecimentos
e o previsto na alínea d) do n.o 1 do artigo 23.o do
mesmo diploma, no caso de se tratar de procedimento 1 — O nome dos estabelecimentos não pode sugerir
de licenciamento, a contar em ambos os casos a partir um tipo diferente daquele para que foi licenciado ou
da data da realização da vistoria ou do termo do prazo autorizado, uma classificação que não lhe tenha sido
para a sua realização. atribuída ou características que não possuam.
Artigo 18.o 2 — Salvo quando pertencem à mesma organização,
aos estabelecimentos de restauração ou de bebidas não
Caducidade da licença ou da autorização de utilização podem ser atribuídos nomes iguais ou por tal forma
para serviços de restauração ou de bebidas
semelhantes a outros já existentes ou requeridos que
1 — A licença ou a autorização de utilização para possam induzir em erro ou serem susceptíveis de
serviços de restauração ou de bebidas caduca nos seguin- confusão.
tes casos: Artigo 28.o
a) Se o estabelecimento não iniciar o seu funcio- Exploração de serviços de restauração ou de bebidas
namento no prazo de um ano a contar da data
da emissão do alvará de licença ou de auto- 1 — A exploração de serviços de restauração ou de
rização de utilização ou do termo do prazo para bebidas apenas é permitida em edifício ou parte de edi-
a sua emissão; fício que seja titular de licença ou de autorização de
b) Se o estabelecimento se mantiver encerrado por utilização destinada ao funcionamento de um dos esta-
período superior a um ano, salvo por motivo belecimentos referidos nos n.os 1 e 2 do artigo 1.o, ou
de obras; nos locais referidos no n.o 6 do mesmo artigo.
c) Quando seja dada ao estabelecimento uma uti- 2 — Para efeito do disposto no número anterior, con-
lização diferente da prevista no respectivo sidera-se também exploração de serviços de restauração
alvará; e bebidas a actividade de catering e a de serviço de
d) Quando, por qualquer motivo, o estabeleci- banquetes.
mento não preencher os requisitos mínimos exi- 3 — Presume-se que existe exploração de serviços de
gidos para qualquer dos tipos previstos no regu- restauração ou de bebidas quando os edifícios ou as
lamento a que se refere o n.o 5 do artigo 1.o suas partes estejam mobilados e equipados em condições
2134 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 59 — 11 de Março de 2002

de poderem ser normalmente utilizados por pessoas para salvo se a entidade exploradora comunicar à respectiva
neles tomar ou adquirir refeições ou tomar bebidas câmara municipal ou à Direcção-Geral do Turismo, no
acompanhadas ou não de alimentos ou produtos de cafe- caso dos estabelecimentos classificados, qualificados
taria, mediante remuneração, ainda que esses serviços como típicos ou declarados de interesse para o turismo,
não constituam a actividade principal de quem os presta nos termos previstos no artigo 57.o do Decreto-Lei
e ainda quando os mesmos sejam, por qualquer meio, n.o 167/97, de 4 de Julho, até ao dia 1 de Outubro
anunciados ao público, directamente ou através dos de cada ano, em que período pretende encerrar o esta-
meios de comunicação social. belecimento no ano seguinte.
4 — A presunção prevista no número anterior veri-
fica-se ainda que se trate de serviços prestados em cons- Artigo 32.o
truções amovíveis ou pré-fabricadas e mesmo que não
possam ser legalmente consideradas como edifícios ou Estado das instalações e do equipamento
parte destes. 1 — As estruturas, as instalações e o equipamento
5 — Sempre que se verifique alguma das situações dos estabelecimentos de restauração ou de bebidas
previstas nos n.os 3 e 4 deste artigo, as câmaras muni- devem funcionar em boas condições e ser mantidas em
cipais podem, oficiosamente ou a pedido dos órgãos perfeito estado de conservação e higiene, por forma
regionais ou locais de turismo, da FERECA — Fede- a evitar que seja posta em perigo a saúde dos seus
ração da Restauração, Cafés, Pastelarias e Similares de utentes.
Portugal ou das associações patronais do sector, qua- 2 — Os estabelecimentos de restauração ou de bebi-
lificar aquelas instalações como estabelecimentos de res- das devem estar dotados dos meios adequados para pre-
tauração ou de bebidas, mediante vistoria às instalações, venção dos riscos de incêndio de acordo com as normas
a efectuar nos termos previstos no artigo 12.o técnicas estabelecidas em regulamento.
6 — Nos casos previstos no número anterior, a câmara 3— .........................................
municipal deve notificar os respectivos proprietários ou
exploradores para requererem a concessão da licença
Artigo 33.o
ou da autorização para serviços de restauração ou de
bebidas e do alvará respectivo nos termos previstos no Serviço
presente diploma.
1 — Nos estabelecimentos de restauração ou de bebi-
Artigo 29.o das deve ser prestado um serviço correspondente ao
Exploração dos estabelecimentos respectivo tipo, nos termos previstos no regulamento
a que se refere o n.o 5 do artigo 1.o
1 — A exploração de cada estabelecimento deve ser 2— .........................................
realizada por uma única entidade.
2 — A unidade de exploração do estabelecimento não
Artigo 34.o
é impeditiva de a propriedade das várias fracções imo-
biliárias que o compõem pertencer a mais de uma Responsável pelos estabelecimentos
pessoa. 1 — Em todos os estabelecimentos de restauração ou
Artigo 30.o de bebidas deve haver um responsável, a quem cabe
Acesso aos estabelecimentos zelar pelo seu funcionamento e nível de serviço e ainda
assegurar o cumprimento das disposições legais e regu-
1 — É livre o acesso aos estabelecimentos de restau- lamentares aplicáveis.
ração ou de bebidas, salvo o disposto nos números 2— .........................................
seguintes.
2— ......................................... Artigo 35.o
3 — Nos estabelecimentos de restauração ou de bebi-
das pode ser recusado o acesso às pessoas que se façam Competência de fiscalização
acompanhar por animais, desde que essas restrições 1 — Sem prejuízo do disposto no regime jurídico da
sejam devidamente publicitadas. urbanização e da edificação e nos números seguintes,
4 — O disposto no n.o 1 não prejudica, desde que compete às câmaras municipais:
devidamente publicitadas:
a) Fiscalizar o cumprimento do disposto no pre-
a) A possibilidade de afectação total ou parcial sente diploma e no regulamento previsto no
dos estabelecimentos de restauração ou de bebi- n.o 5 do artigo 1.o, relativamente a todos os
das à utilização exclusiva por associados ou estabelecimentos de restauração ou de bebidas;
beneficiários das entidades proprietárias ou da b) Fiscalizar a realização de operações urbanísticas
entidade exploradora; com vista a assegurar a conformidade daquelas
b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . operações com as disposições legais e regula-
mentares aplicáveis e a prevenir os perigos que
5 — As entidades exploradoras dos estabelecimentos da sua realização possam resultar para a saúde
de restauração ou de bebidas não podem permitir o e a segurança das pessoas em todos os edifícios
acesso a um número de utentes superior ao da respectiva onde estejam instalados estabelecimentos de
capacidade. restauração ou de bebidas;
Artigo 31.o c) Conhecer das reclamações apresentadas sobre
Período de funcionamento
o funcionamento e o serviço dos estabelecimen-
tos de restauração ou de bebidas, bem como
Os estabelecimentos de restauração ou de bebidas ordenar as providências necessárias para cor-
devem estar abertos ao público durante todo o ano, rigir as deficiências neles verificadas;
N.o 59 — 11 de Março de 2002 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 2135

d) Proceder à organização e instrução dos proces- mações sobre o estado e a apresentação das instalações
sos referentes às contra-ordenações previstas no e do equipamento, bem como sobre a qualidade dos
presente diploma e no regulamento previsto no serviços e o modo como foram prestados.
n.o 5 do artigo 1.o 2— .........................................
3— .........................................
2 — Sem prejuízo do disposto no número anterior 4— .........................................
e nos números seguintes, compete à Direcção-Geral do 5— .........................................
Turismo fiscalizar o cumprimento do disposto no pre-
sente diploma e seus regulamentos relativamente aos Artigo 38.o
requisitos que determinam a classificação dos estabe-
lecimentos de restauração ou de bebidas, a sua qua- Contra-ordenações
lificação como típicos ou a sua declaração de interesse 1 — Para além das previstas nos regulamentos a que
para o turismo, nos termos previstos no artigo 57.o do se refere o n.o 5 do artigo 1.o e das estabelecidas no
Decreto-Lei n.o 167/97, de 4 de Julho, e ainda exercer, artigo 98.o do Decreto-Lei n.o 555/99, de 16 de Dezem-
relativamente aos mesmos estabelecimentos, as compe- bro, constituem contra-ordenações:
tências previstas nas alíneas c) e d) do número anterior,
quando estiver em causa o cumprimento dos requisitos a) A falta de apresentação do requerimento pre-
supra-referidos. visto no n.o 2 do artigo 10.o;
3 — A Direcção-Geral do Turismo pode delegar nos b) A realização das obras sem autorização do Ser-
órgãos regionais ou locais de turismo a competência viço Nacional de Bombeiros prevista no n.o 1
para a fiscalização do funcionamento e serviço dos esta- do artigo 10.o;
belecimentos de restauração ou de bebidas referidos c) A não comunicação à câmara municipal da
no número anterior. transmissão ou promessa de transmissão, sob
4 — Sem prejuízo do disposto nos números anteriores qualquer forma, de direitos relativos a estabe-
e no número seguinte, compete às autoridades de saúde lecimentos ou a imóveis ou suas fracções onde
fiscalizar, relativamente a todos os estabelecimentos de estejam instalados estabelecimentos de restau-
restauração ou de bebidas, o cumprimento das regras ração ou de bebidas, nos termos previstos no
de higiene e saúde pública previstas no presente diploma n.o 5 do artigo 14.o;
e no regulamento previsto no n.o 5 do artigo 1.o e no d) A violação do disposto no n.o 3 do artigo 15.o;
Decreto-Lei n.o 336/93, de 29 de Setembro. e) A violação do disposto nos n.os 1 e 2 do
5 — Sem prejuízo do disposto nos números anteriores artigo 26.o;
e no número seguinte, compete à Direcção-Geral do f) A violação do disposto no artigo 27.o;
Controlo e Fiscalização da Qualidade Alimentar a fis- g) A utilização, directa ou indirecta, de edifício
calização das normas gerais de higiene a que devem ou parte de edifício para a exploração de ser-
estar sujeitos os géneros alimentícios utilizados nos esta- viços de restauração ou de bebidas sem o res-
belecimentos de restauração ou de bebidas, nos termos pectivo alvará de licença ou de autorização de
previstos no presente diploma e no regulamento previsto utilização para serviços de restauração ou de
no n.o 5 do artigo 1.o e no Decreto-Lei n.o 67/98, de bebidas emitido nos termos do presente diploma
18 de Março. ou autorização de abertura emitida nos termos
6 — Sem prejuízo do disposto nos números anterio- do artigo 36.o do Decreto-Lei n.o 328/86, de
res, compete ao Serviço Nacional de Bombeiros fisca- 30 de Setembro, ou de legislação anterior, nos
lizar o cumprimento das regras de segurança contra ris- termos previstos no artigo 28.o;
cos de incêndio previstas no regulamento referido no h) A violação do disposto no artigo 29.o;
n.o 3 do artigo 6.o i) A violação do disposto no n.o 1 do artigo 30.o;
7 — As acções de fiscalização efectuadas nos termos j) A não publicitação das restrições de acesso pre-
previstos nos números anteriores podem ser feitas ofi- vistas nos n.os 3 e 4 do artigo 30.o;
ciosamente ou a pedido dos órgãos regionais ou locais l) A violação do disposto no n.o 5 do artigo 30.o;
de turismo, da FERECA — Federação da Restauração, m) A violação do disposto no artigo 31.o;
Cafés, Pastelarias e Similares de Portugal ou das asso- n) A violação do disposto no n.o 1 do artigo 32.o;
ciações patronais do sector. o) A violação do disposto no n.o 2 do artigo 32.o;
p) O não cumprimento do prazo fixado nos termos
do n.o 3 do artigo 32.o;
Artigo 36.o q) A violação do disposto no artigo 34.o;
Serviços de inspecção r) Impedir ou dificultar o acesso dos funcionários
da Direcção-Geral do Turismo, das câmaras
Aos funcionários da Direcção-Geral do Turismo, das municipais ou dos órgãos regionais ou locais
câmaras municipais e, quando for caso disso, dos órgãos de turismo em serviço de inspecção aos esta-
regionais ou locais em serviço de inspecção deve ser belecimentos de restauração ou de bebidas nos
facultado o acesso aos estabelecimentos de restauração termos do artigo 36.o;
ou de bebidas e apresentados os documentos justifi- s) Recusar a apresentação dos documentos soli-
cadamente solicitados. citados nos termos do artigo 36.o;
t) A violação do disposto nos n.os 1, 2, 3 e 4 do
Artigo 37.o artigo 37.o;
Livro de reclamações
u) A violação do disposto no n.o 2 do artigo 49.o

1 — Em todos os estabelecimentos de restauração ou 2 — As contra-ordenações previstas nas alíneas c), f)


de bebidas deve existir um livro destinado aos utentes e s) do número anterior são puníveis com coima de
para que estes possam formular observações e recla- E 50 ou 10 024$ a E 250 ou 50 120$, no caso de se tratar
2136 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 59 — 11 de Março de 2002

de pessoa singular, e de E 125 ou 25 060$ a E 1250 dos estabelecimentos de restauração ou de bebidas, a


ou 250 603$, no caso de se tratar de pessoa colectiva. sua qualificação como típicos ou a sua declaração de
3 — As contra-ordenações previstas nas alíneas a), interesse para o turismo, nos termos previstos no
d), e), m), n), p), q), r) e t) do n.o 1 são puníveis com artigo 57.o do Decreto-Lei n.o 167/97, de 4 de Julho,
coima de E 125 ou 25 060$ a E 1000 ou 200 482$, no é da competência do director-geral do Turismo.
caso de se tratar de pessoa singular, e de E 500 ou
100 241$ a E 5000 ou 1 002 410$, no caso de se tratar Artigo 44.o
de pessoa colectiva.
Interdição de utilização
4 — As contra-ordenações previstas nas alíneas h),
i), j), l), o) e u) do n.o 1 são puníveis com coima de Os presidentes das câmaras municipais, por sua ini-
E 250 ou 50 121$ a E 2500 ou 501 205$, no caso de ciativa ou a pedido do director-geral do Turismo, no
se tratar de pessoa singular, e de E 1250 ou 250 603$ caso dos estabelecimentos de restauração ou de bebidas
a E 15 000 ou 3 007 230$, no caso de se tratar de pessoa classificados, dos qualificados como típicos ou decla-
colectiva. rados de interesse para o turismo, nos termos previstos
5 — As contra-ordenações previstas nas alíneas b) e no artigo 57.o do Decreto-Lei n.o 167/97, de 4 de Julho,
g) do n.o 1 são puníveis com coima de E 500 ou 100 241$ são competentes para determinar a interdição tempo-
a E 3740,90 ou 750 000$, no caso de se tratar de pessoa rária da utilização de partes individualizadas, instalações
singular, e de E 2500 ou 501 205$ a E 30 000 ou ou equipamentos dos estabelecimentos de restauração
6 001 460$, no caso de se tratar de pessoa colectiva. ou de bebidas, sem prejuízo das competências atribuídas
6 — Nos casos previstos nas alíneas b), e), f), g), h), às autoridades de saúde e às autoridades responsáveis
i), j), l), r), s) e t) do n.o 1 a tentativa é punível. pela fiscalização e controlo da qualidade alimentar,
7— ......................................... nessa matéria, respectivamente pelos Decretos-Leis
n.os 336/93, de 29 de Setembro, e 67/98, de 18 de Março,
Artigo 39.o que, pelo seu deficiente estado de conservação ou pela
falta de cumprimento do disposto no presente diploma
Sanções acessórias e no regulamento a que se refere o n.o 5 do artigo 1.o,
1— ......................................... sejam susceptíveis de pôr em perigo a saúde pública
2 — O encerramento do estabelecimento só pode ser ou a segurança dos utentes, ouvidas as autoridades de
determinado, para além dos casos expressamente pre- saúde pública com competência territorial.
vistos na alínea c) do n.o 2 do artigo 5.o do Decreto-Lei
n.o 336/93, de 29 de Setembro, na alínea f) do n.o 1 Artigo 46.o
do artigo 9.o do Decreto-Lei n.o 67/98, de 18 de Março, Registo
e nos regulamentos a que se refere o n.o 5 do artigo 1.o,
com base nos comportamentos referidos nas alíneas b), 1 — É organizado pela Direcção-Geral do Turismo,
g), n), o) e r) do n.o 1 do artigo anterior. em colaboração com as câmaras municipais e a
3 — Quando forem aplicadas as sanções acessórias FERECA — Federação da Restauração, Cafés, Paste-
de interdição e encerramento do estabelecimento, o pre- larias e Similares de Portugal, o registo central de todos
sidente da câmara municipal, oficiosamente ou a soli- os estabelecimentos de restauração ou de bebidas, nos
citação da Direcção-Geral do Turismo, deve apreender termos, prazos e condições a estabelecer em portaria
o respectivo alvará de licença ou de autorização de uti- do membro do Governo responsável pela área do
lização para serviços de restauração ou de bebidas pelo turismo.
período de duração daquela sanção. 2 — As entidades exploradoras dos estabelecimentos
4 — Pode ser determinada a publicidade da aplicação de restauração ou de bebidas devem comunicar à Direc-
das sanções previstas nas alíneas b) e c) do n.o 1 ção-Geral do Turismo a alteração de qualquer dos ele-
mediante: mentos do registo previstos na portaria a que se refere
o número anterior, no prazo de 30 dias a contar da
a) A fixação de cópia da decisão, pelo período de data em que tenha lugar essa alteração.
30 dias, no próprio estabelecimento, em lugar 3 — As câmaras municipais devem enviar à Direc-
e por forma bem visíveis; e ção-Geral do Turismo, no prazo de 30 dias após ter
b) A sua publicação, a expensas do infractor, pela sido emitido o alvará de licença ou de autorização de
Direcção-Geral do Turismo ou pela câmara utilização previsto no artigo 14.o, cópia do mesmo, bem
municipal, consoante os casos, em jornal de difu- como os elementos necessários à elaboração do registo
são nacional, regional ou local, de acordo com central dos estabelecimentos de restauração ou de bebi-
o lugar, a importância e os efeitos da infracção. das previstos na portaria referida no n.o 1.

5 — A cópia da decisão publicada nos termos da alí- Artigo 47.o


nea b) do número anterior não pode ter dimensão supe-
rior a tamanho A6. Estabelecimentos de restauração ou de bebidas
integrados em empreendimentos turísticos
Artigo 41.o
À instalação e ao funcionamento dos estabelecimen-
Competência sancionatória tos de restauração ou de bebidas que sejam partes inte-
1 — Sem prejuízo do disposto no número seguinte, grantes de empreendimentos turísticos aplica-se o dis-
a aplicação das coimas e das sanções acessórias previstas posto no Decreto-Lei n.o 167/97, de 4 de Julho.
no presente diploma e no regulamento a que se refere
o n.o 5 do artigo 1.o compete às câmaras municipais. Artigo 48.o
2 — A aplicação das coimas e das sanções acessórias Obras e benfeitorias
previstas no presente diploma e no regulamento a que
se refere o n.o 5 do artigo 1.o resultantes do não cum- 1 — Quando, para dar cumprimento ao disposto no
primento dos requisitos que determinam a classificação presente diploma e aos seus regulamentos, for necessária
N.o 59 — 11 de Março de 2002 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 2137

a realização de obras e benfeitorias nos estabelecimentos Artigo 52.o


de restauração ou de bebidas, aplica-se a estes esta- Processos pendentes respeitantes à construção de novos
belecimentos o disposto no artigo 34.o do Decreto-Lei estabelecimentos de restauração ou de bebidas
n.o 328/86, de 30 de Setembro, que para esse efeito
se mantém em vigor, na parte respeitante aos estabe- 1 — Aos processos pendentes à data da entrada em
lecimentos similares, independentemente da data da vigor do presente diploma, respeitantes à apreciação
celebração do respectivo contrato de locação. dos projectos de arquitectura de novos estabelecimentos
2 — O regime previsto no número anterior também de restauração ou de bebidas aplica-se igualmente o
se aplica nos casos em que a realização de obras e ben- disposto no presente diploma e no regulamento a que
feitorias for determinada por lei ou por entidade da se refere o n.o 5 do artigo 1.o
Administração com competência para o efeito. 2 — Nos casos previstos no número anterior, a câmara
municipal, se for caso disso, deve consultar o governo
civil do distrito em que o estabelecimento se localiza,
Artigo 49.o
nos termos do artigo 7.o, no prazo de oito dias contado
Regime aplicável aos estabelecimentos de restauração da data da entrada em vigor do presente diploma, sus-
ou de bebidas existentes pendendo-se o prazo fixado para a decisão camarária
1 — O disposto no presente diploma aplica-se aos até à recepção daquele parecer ou, na falta de parecer,
estabelecimentos de restauração ou de bebidas existen- até ao termo do prazo para a sua emissão.
tes à data da sua entrada em vigor, sem prejuízo do
disposto no número seguinte. Artigo 53.o
2 — Os estabelecimentos referidos no número ante- Processos pendentes respeitantes à autorização
rior devem satisfazer os requisitos previstos para o res- de abertura de novos estabelecimentos
pectivo tipo, de acordo com o presente diploma e o
regulamento a que refere o n.o 5 do artigo 1.o, no prazo 1 — Aos processos pendentes à data da entrada em
de dois anos a contar da data da entrada em vigor vigor do presente diploma, respeitantes à autorização
daquele regulamento. de abertura de estabelecimentos de restauração ou de
3 — Quando, por razões de ordem arquitectónica ou bebidas, aplica-se o disposto no presente diploma para
técnica, não possam ser integralmente cumpridos os a emissão do alvará de licença ou de autorização de
requisitos exigíveis para o tipo de estabelecimento em utilização para serviços de restauração ou de bebidas.
causa, deve o seu titular propor soluções alternativas, 2 — No caso dos estabelecimentos de restauração ou
as quais serão apreciadas pela câmara municipal ou pela de bebidas que estiverem em construção à data da
Direcção-Geral do Turismo, no caso dos estabelecimen- entrada em vigor do presente diploma, o início do seu
tos de restauração ou de bebidas classificados, dos qua- funcionamento depende igualmente de licença ou de
lificados como típicos ou declarados de interesse para autorização de utilização para serviços de restauração
o turismo, nos termos previstos no artigo 57.o do Decre- ou de bebidas.
to-Lei n.o 167/97, de 4 de Julho. Artigo 54.o
Processos pendentes respeitantes a estabelecimentos
Artigo 50.o de restauração ou de bebidas existentes
Alvará de licença ou de autorização de utilização
para serviços de restauração ou de bebidas
1 — Aos processos pendentes à data da entrada em
vigor do presente diploma, respeitantes a obras de
1 — O alvará de licença ou de autorização de uti- ampliação, reconstrução ou alteração a realizar em esta-
lização para serviços de restauração ou de bebidas, emi- belecimentos de restauração ou de bebidas existentes
tido na sequência de obras de ampliação, reconstrução e em funcionamento, aplica-se o disposto no artigo 51.o,
ou alteração, a realizar em estabelecimentos de restau- com as necessárias adaptações.
ração ou de bebidas existentes e em funcionamento à 2 — Aos processos pendentes à data da entrada em
data da entrada em vigor do presente diploma, respeita vigor do presente diploma, respeitantes à entrada em
a todo o estabelecimento, incluindo as partes não abran- funcionamento de parte ou totalidade de estabelecimen-
gidas pelas obras. tos de restauração ou de bebidas existentes, resultante
2 — Às obras previstas no número anterior, ainda que de obras neles realizadas, aplica-se o disposto no n.o 1
isentas ou dispensadas de licença municipal, aplica-se, do artigo anterior.
com as necessárias adaptações, o disposto no artigo 17.o 3— .........................................
4 — Ao alvará de licença ou de autorização de uti-
Artigo 51.o lização para serviços de restauração ou de bebidas que
vier a ser emitido na sequência dos casos previstos nos
Autorização de abertura números anteriores aplica-se o disposto no artigo 49.o»
1 — A autorização de abertura dos estabelecimentos
de restauração ou de bebidas existentes à data da
entrada em vigor do presente diploma, concedida pela CAPÍTULO II
Direcção-Geral do Turismo ou pelas câmaras municipais Disposições finais e transitórias
nos termos do artigo 36.o do Decreto-Lei n.o 328/86,
de 30 de Setembro, ou de legislação anterior, mantém-se Artigo 2.o
válida, só sendo substituída pelo alvará de licença ou
Prorrogação do prazo para o cumprimento dos requisitos
de autorização de utilização para serviços de restauração pelos estabelecimentos de restauração ou de bebidas existentes
ou de bebidas previsto no presente diploma, na sequên-
cia de obras de ampliação, reconstrução ou alteração. 1 — O prazo previsto no n.o 2 do artigo 49.o do Decre-
2— ......................................... to-Lei n.o 168/97, de 4 de Julho, com as alterações intro-
2138 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 59 — 11 de Março de 2002

duzidas pelo Decreto-Lei n.o 139/99, de 24 de Abril, Fernando Correia de Campos — José Sócrates Carvalho
é prorrogado por mais dois anos, a contar da data da Pinto de Sousa.
entrada em vigor do presente diploma.
2 — Quando, por razões de ordem arquitectónica ou Promulgado em 14 de Fevereiro de 2002.
técnica, não possam ser integralmente cumpridos os Publique-se.
requisitos exigíveis para o tipo de estabelecimento em
causa, deve o seu titular propor soluções alternativas, O Presidente da República, JORGE SAMPAIO.
as quais serão apreciadas pela câmara municipal ou pela
Direcção-Geral do Turismo, no caso dos estabelecimen- Referendado em 22 de Fevereiro de 2002.
tos de restauração ou de bebidas classificados, dos qua- O Primeiro-Ministro, António Manuel de Oliveira
lificados como típicos ou declarados de interesse para Guterres.
o turismo nos termos previstos no artigo 57.o do Decre- ANEXO
to-Lei n.o 167/97, de 4 de Julho.
CAPÍTULO I
o
Artigo 3. Âmbito
Comissão arbitral
Artigo 1.o
1 — Para a resolução de conflitos resultantes da apli- Estabelecimentos de restauração ou de bebidas
cação do disposto no artigo anterior, os interessados
podem recorrer à intervenção de uma comissão arbitral. 1 — São estabelecimentos de restauração, qualquer
2 — A comissão arbitral é constituída por um repre- que seja a sua denominação, os estabelecimentos des-
sentante da câmara municipal, um representante da tinados a prestar, mediante remuneração, serviços de
Direcção-Geral do Turismo, quando se tratar de um alimentação e de bebidas no próprio estabelecimento
estabelecimento classificado, qualificado como típico ou ou fora dele.
declarado de interesse para o turismo, um representante 2 — São estabelecimentos de bebidas, qualquer que
da FERECA — Federação da Restauração, Cafés, Pas- seja a sua denominação, os estabelecimentos destinados
telarias e Similares de Portugal, um representante do a prestar, mediante remuneração, serviços de bebidas
interessado e um técnico designado por cooptação, espe- e cafetaria no próprio estabelecimento ou fora dele.
cialista na matéria sobre que incide o litígio, o qual 3 — Os estabelecimentos referidos nos números ante-
preside. riores podem dispor de salas ou espaços destinados a
dança.
3 — Na falta de acordo, o técnico é nomeado pelo
4 — Os estabelecimentos referidos nos n.os 1 e 2
presidente do tribunal administrativo de círculo com-
podem dispor de instalações destinadas ao fabrico pró-
petente na circunscrição administrativa do município. prio de pastelaria, panificação e gelados enquadrados
4 — À constituição e funcionamento das comissões na classe D do Decreto Regulamentar n.o 25/93, de 17
arbitrais aplica-se o disposto na lei sobre arbitragem de Agosto, ficando assim sujeitos não ao regime do licen-
voluntária. ciamento do exercício da actividade industrial previsto
Artigo 4.o naquele diploma, mas ao regime da instalação previsto
no presente diploma.
Segurança contra riscos de incêndio 5 — Os requisitos das instalações, classificação e fun-
cionamento de cada um dos tipo de estabelecimentos
Enquanto não for publicada a portaria prevista no referidos nos números anteriores são definidos em regu-
n.o 3 do artigo 6.o, aplica-se aos estabelecimentos de lamento próprio.
restauração e de bebidas as regras de segurança contra 6 — Para efeito do disposto no presente diploma, não
riscos de incêndios previstas na portaria referida no n.o 3 se consideram estabelecimentos de restauração ou de
do artigo 22.o do Decreto-Lei n.o 167/97, de 4 de Julho, bebidas as cantinas, os refeitórios e os bares de entidades
devendo os requerimentos dirigidos ao Serviço Nacional públicas, de empresas e de estabelecimentos de ensino,
de Bombeiros ser instruídos nos termos previstos nessa destinados a fornecer serviços de alimentação e de bebi-
portaria. das exclusivamente ao respectivo pessoal e alunos,
Artigo 5.o devendo este condicionamento ser devidamente publi-
citado.
Republicação
CAPÍTULO II
o
O Decreto-Lei n. 168/97, de 4 de Julho, é republicado
Instalação
em anexo com as devidas alterações.
SECÇÃO I
o
Artigo 6. Regime aplicável
Entrada em vigor
Artigo 2.o
O presente diploma entra em vigor no dia imedia- Instalação
tamente a seguir ao da sua publicação.
Para efeitos do presente diploma, considera-se ins-
Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 13 de talação de estabelecimentos de restauração ou de bebi-
Dezembro de 2001. — António Manuel de Oliveira Guter- das o processo de licenciamento ou de autorização para
res — Guilherme d’Oliveira Martins — Henrique Nuno a realização de operações urbanísticas relativas à cons-
Pires Severiano Teixeira — Eduardo Arménio do Nasci- trução e ou utilização de edifícios ou suas fracções des-
mento Cabrita — Luís Garcia Braga da Cruz — António tinados ao funcionamento daqueles estabelecimentos.
N.o 59 — 11 de Março de 2002 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 2139

Artigo 2.o-A Artigo 5.o


Proibição de instalação Prazo para a deliberação

1 — É proibida a instalação de estabelecimentos de No caso previsto no artigo anterior, o prazo para a


bebidas onde se vendam bebidas alcoólicas para con- deliberação da câmara municipal sobre o pedido de
sumo no próprio estabelecimento ou fora dele junto informação prévia conta-se a partir da data da recepção
de estabelecimentos escolares do ensino básico e secun- do parecer ou do termo do prazo estabelecido para a
dário. sua emissão.
2 — As áreas relativas à proibição referida no número SECÇÃO III
anterior são delimitadas, caso a caso, pelos municípios,
em colaboração com a direcção regional de educação. Licenciamento ou autorização de operações urbanísticas

Artigo 6.o
Artigo 3.o
Parecer do Serviço Nacional de Bombeiros
Regime aplicável
1 — O deferimento pela câmara municipal do pedido
1 — Os processos respeitantes à instalação de esta- de licenciamento ou de autorização para a realização
belecimentos de restauração ou de bebidas são orga- de obras de edificação referentes a estabelecimentos
nizados pelas câmaras municipais e regulam-se pelo de restauração ou de bebidas carece de parecer do Ser-
regime jurídico da urbanização e edificação, com as viço Nacional de Bombeiros.
especificidades estabelecidas nos artigos seguintes. 2 — À consulta e à emissão de parecer, do Serviço
2 — Nos pedidos de informação prévia e de licen- Nacional de Bombeiros no âmbito de um processo de
ciamento ou de autorização relativos à instalação dos licenciamento ou de autorização, aplica-se o disposto
estabelecimentos de restauração ou de bebidas, o inte- no artigo 19.o do Decreto-Lei n.o 555/99, de 16 de
ressado deve indicar no pedido o tipo de estabeleci- Dezembro, com excepção do prazo previsto no n.o 8
mento pretendido. daquele artigo, que é alargado para 30 dias.
3 — Para os efeitos do disposto nos n.os 2 e 3 do 3 — O parecer do Serviço Nacional de Bombeiros
destina-se a verificar o cumprimento das regras de segu-
artigo 19.o do Decreto-Lei n.o 555/99, de 16 de Dezem- rança contra riscos de incêndio constantes de regula-
bro, os pareceres do Serviço Nacional de Bombeiros, mento aprovado por portaria conjunta dos membros do
do governador civil, da entidade competente no âmbito Governo responsáveis pelas áreas da administração
das instalações eléctricas e das autoridades de saúde interna e do turismo.
emitidos ao abrigo do disposto nos artigos 4.o e 6.o a 4 — Quando desfavorável, o parecer do Serviço
9.o são obrigatoriamente comunicados por aquelas enti- Nacional de Bombeiros é vinculativo.
dades à câmara municipal competente.
Artigo 7.o
SECÇÃO II Parecer do governador civil
Pedido de informação prévia 1 — No caso de todos os estabelecimentos de bebidas
e dos estabelecimentos de restauração que disponham
Artigo 4.o de salas ou espaços destinados a dança, o deferimento
Consulta ao governador civil pela câmara municipal do pedido de licenciamento ou
de autorização para a realização de obras de edificação
1 — No caso de todos os estabelecimentos de bebidas referentes a estabelecimentos de restauração ou de bebi-
e dos estabelecimentos de restauração que disponham das carece de parecer favorável a emitir pelo governador
de salas ou espaços destinados a dança, a câmara muni- civil do distrito em que o estabelecimento se localiza,
cipal, no âmbito da apreciação do pedido de informação salvo se já tiver sido emitido parecer favorável nos ter-
prévia, deve consultar o governador civil do distrito em mos do artigo 4.o e ainda não tiver decorrido o prazo
que o estabelecimento se localiza afim de este se pro- previsto no n.o 3 do mesmo artigo, no que diz respeito
nunciar, quanto à sua localização e aos aspectos de segu- à sua localização, sobre os aspectos de segurança e de
rança e de ordem pública que o funcionamento do esta- ordem públicas que o funcionamento do estabeleci-
belecimento possa implicar, remetendo-lhe para o efeito mento possa implicar.
os elementos necessários, nomeadamente a identifica- 2 — À consulta prevista no número anterior aplica-se
ção da entidade requerente e a localização do esta- o disposto no artigo 19.o do Decreto-Lei n.o 555/99,
de 16 de Dezembro, com excepção do prazo previsto
belecimento.
no n.o 8 daquele artigo, que é alargado para 30 dias.
2 — À consulta prevista no número anterior aplica-se 3 — O parecer do governador civil, a emitir no prazo
o disposto no artigo 19.o do Decreto-Lei n.o 555/99, de 30 dias a contar da solicitação referida no número
de 16 de Dezembro, com excepção do prazo previsto anterior, incide exclusivamente sobre os aspectos de
no n.o 8 daquele artigo, que é alargado para 30 dias. segurança e ordem públicas que o funcionamento do
3 — O parecer emitido pelo governador civil no estabelecimento possa implicar.
âmbito do pedido de informação prévia é vinculativo 4 — A não recepção do parecer dentro do prazo
para um eventual pedido de licenciamento ou de auto- fixado no número anterior entende-se como parecer
rização de obras de edificação do estabelecimento de favorável.
restauração ou de bebidas, desde que este seja apre- Artigo 8.o
sentado no prazo de um ano relativamente à data da
comunicação ao requerente, pela câmara municipal, da Parecer da entidade competente no âmbito das instalações eléctricas
decisão que haja recaído sobre aquele pedido. 1 — No caso dos estabelecimentos previstos no n.o 4
4 — A não emissão de parecer dentro do prazo fixado do artigo 1.o, a emissão da licença ou da autorização
no n.o 2 entende-se como parecer favorável. de obras de edificação carece de parecer favorável a
2140 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 59 — 11 de Março de 2002

emitir pela associação inspectora de instalações eléc- ressado requer a concessão da licença ou da autorização
tricas, para as de serviço particular de 5.a categoria, de utilização para serviços de restauração ou de bebidas
nos termos do disposto no Decreto-Lei n.o 272/92, de dos edifícios novos, reconstruídos, reparados, ampliados
3 de Dezembro, ou pelas delegações regionais do Minis- ou alterados, ou das fracções autónomas cujas obras
tério da Economia para todas as outras instalações. tenham sido licenciadas ou autorizadas nos termos do
2 — À consulta e à emissão do parecer da entidade presente diploma.
competente aplica-se o disposto no artigo 19.o do Decre-
to-Lei n.o 555/99, de 16 de Dezembro, com excepção 2 — A licença ou a autorização de utilização para
do prazo previsto no n.o 8 daquele artigo, que é alargado serviços de restauração ou de bebidas destina-se a com-
para 30 dias. provar, para além do disposto no artigo 62.o do Decre-
3 — O parecer da entidade competente destina-se a to-Lei n.o 555/99, de 16 de Dezembro, a observância
verificar o cumprimento das regras relativas à instalação das normas relativas às condições sanitárias e à segu-
eléctrica dos estabelecimentos, constantes do Decreto- rança contra riscos de incêndio.
-Lei n.o 517/80, de 31 de Outubro, com as alterações 3 — A licença ou a autorização de utilização para
introduzidas pelo Decreto-Lei n.o 272/92, de 3 de serviços de restauração ou de bebidas é sempre pre-
Dezembro. cedida da vistoria a que se refere o artigo seguinte,
4 — Para os efeitos do disposto no número anterior, a qual substitui a vistoria prevista no artigo 64.o do
o requerente deverá apresentar juntamente com o pro- Decreto-Lei n.o 555/99, de 16 de Dezembro.
jecto de arquitectura o projecto de instalação eléctrica, 4 — O prazo para deliberação sobre a concessão da
excepto se for de 5.a categoria de potência inferior a
50 kVA, nos termos do disposto no Decreto-Lei licença ou autorização de utilização é o constante da
n.o 272/92, de 3 de Dezembro. alínea b) do n.o 1 do artigo 30.o do Decreto-Lei
n.o 555/99, de 16 de Dezembro, no caso de se tratar
Artigo 9.o de procedimento de autorização, e o previsto na alí-
nea d) do n.o 1 do artigo 23.o do mesmo diploma, no
Parecer das autoridades de saúde caso de se tratar de procedimento de licenciamento,
1 — O deferimento pela câmara municipal do pedido a contar em ambos os casos a partir da data da realização
de licenciamento para a realização de obras de edifi- da vistoria ou do termo do prazo para a sua realização.
cação em estabelecimentos de restauração ou de bebidas
carece de parecer das autoridades de saúde a emitir Artigo 12.o
pelo delegado concelhio de saúde ou adjunto do dele-
gado concelhio de saúde. Vistoria
2 — À emissão de parecer das autoridades de saúde
aplica-se o disposto no artigo 19.o do Decreto-Lei 1 — A vistoria deve realizar-se no prazo de 30 dias
n.o 555/99, de 16 de Dezembro, com excepção do prazo a contar da data da apresentação do requerimento refe-
previsto no n.o 8 daquele artigo que é alargado para rido no n.o 1 do artigo anterior e, sempre que possível,
30 dias. em data a acordar com o interessado.
3 — O parecer das autoridades de saúde destina-se 2 — A vistoria é efectuada por uma comissão com-
a verificar o cumprimento das normas de higiene e saúde posta por:
públicas previstas no Decreto-Lei n.o 336/93, de 29 de
Setembro. a) Três técnicos a designar pela câmara municipal,
4 — Quando desfavorável o parecer das autoridades dos quais pelo menos dois devem ter formação
de saúde é vinculativo. e habilitação legal para assinar projectos cor-
respondentes à obra objecto de vistoria;
Artigo 10.o b) O delegado concelhio de saúde ou o adjunto
do delegado concelhio de saúde;
Autorização do Serviço Nacional de Bombeiros c) Um representante do Serviço Nacional de Bom-
1 — Carecem de autorização do Serviço Nacional de beiros;
Bombeiros as obras previstas nas alíneas a) e b) do d) Um representante da associação inspectora das
n.o 1 do artigo 6.o do Decreto-Lei n.o 555/99, de 16 instalações eléctricas, quando se tratar dos esta-
de Dezembro. belecimentos previstos no n.o 4 do artigo 1.o,
2 — Para efeito do disposto no número anterior, o se os mesmos dispuserem de instalações de ser-
interessado deve dirigir ao Serviço Nacional de Bom- viço particular de 5.a categoria, nos termos pre-
beiros um requerimento instruído nos termos do regu- vistos no Decreto-Lei n.o 517/80, de 31 de Outu-
lamento da portaria referida no n.o 3 do artigo 6.o bro, na redacção que lhe foi dada pelo Decre-
3 — A autorização a que se refere o n.o 1 deve ser to-Lei n.o 272/92, de 3 de Dezembro, ou um
emitida no prazo de 15 dias a contar da data da recepção
da documentação, sob pena de o requerimento se enten- representante das delegações regionais do
der tacitamente deferido. Ministério da Economia, se os mesmos esta-
4 — O Serviço Nacional de Bombeiros deve dar belecimentos dispuserem de quaisquer outros
conhecimento à câmara municipal das obras que auto- tipos de instalações;
rize nos termos do n.o 1. e) Um representante da FERECA — Federação
da Restauração, Cafés, Pastelarias e Similares
SECÇÃO IV
de Portugal;
f) Um representante de outra associação patronal
Licenciamento ou autorização da utilização do sector, no caso do requerente o indicar no
pedido de vistoria.
Artigo 11.o
Licença ou autorização de utilização para serviços 3 — O requerente da licença ou da autorização de
de restauração ou de bebidas utilização, os autores dos projectos e o técnico respon-
1 — Concluída a obra e equipado o estabelecimento sável pela direcção técnica da obra participam na vistoria
em condições de iniciar o seu funcionamento, o inte- sem direito a voto.
N.o 59 — 11 de Março de 2002 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 2141

4 — Compete ao presidente da câmara municipal a belecimentos de restauração ou de bebidas aplica-se,


convocação das entidades referidas nas alíneas b) a f) com as necessárias adaptações, o disposto no artigo 9.o
do n.o 2 e as pessoas referidas no número anterior com do Regime do Arrendamento Urbano, aprovado pelo
a antecedência mínima de oito dias. Decreto-Lei n.o 321-B/90, de 15 de Outubro.
5 — A ausência das entidades referidas nas alíneas b) 4 — A falta da menção referida no n.o 2 no título
a f) do n.o 2 e das pessoas referidas no n.o 3, desde de transmissão constitui fundamento de recusa do
que regularmente convocadas, não é impeditiva nem registo da mesma.
constitui justificação da não realização da vistoria, nem 5 — A transmissão ou promessa de transmissão, sob
da concessão da licença ou da autorização de utilização. qualquer forma, de direitos relativos a estabelecimentos
6 — A comissão referida no n.o 2 depois de proceder ou a imóveis ou suas fracções, onde estejam instalados
à vistoria elabora o respectivo auto, devendo entregar estabelecimentos de restauração ou de bebidas, deve
uma cópia ao requerente. ser comunicada à câmara municipal competente, nos
7 — Quando o auto de vistoria conclua em sentido termos e para os efeitos previstos no n.o 3 do artigo
desfavorável ou quando seja desfavorável o voto, fun- seguinte.
damentado, de um dos elementos referidos nas alí- Artigo 15.o
neas b), c) e d) do n.o 2, não pode ser concedida a Especificações do alvará
licença ou a autorização de utilização.
1 — O alvará de licença ou de autorização de uti-
o lização para serviços de restauração ou de bebidas deve
Artigo 13. especificar, para além dos elementos referidos no n.o 5
Alvará de licença ou de autorização de utilização do artigo 77.o do Decreto-Lei n.o 555/99, de 16 de
para serviços de restauração ou de bebidas Dezembro, a identificação da entidade exploradora, o
nome, o tipo e a capacidade máxima do estabelecimento.
1 — Concedida a licença ou a autorização de utili-
2 — Os tipos a que se refere o número anterior são
zação para serviços de restauração ou de bebidas, o os seguintes:
titular requer ao presidente da câmara municipal a emis-
são do alvará que a titula, o qual deve ser emitido no a) Estabelecimento de restauração;
prazo de 30 dias a contar da data da recepção do res- b) Estabelecimento de restauração com sala ou
pectivo requerimento. espaços destinados a dança;
2 — A emissão do alvará deve ser notificada ao reque- c) Estabelecimento de restauração com fabrico
rente, por correio registado, no prazo de oito dias a próprio de pastelaria, panificação e gelados
contar da data da sua decisão. enquadrados na classe D do Decreto Regula-
mentar n.o 25/93, de 17 de Agosto;
Artigo 14.o d) Estabelecimento de bebidas;
e) Estabelecimento de bebidas com sala ou espaços
Funcionamento dos estabelecimentos de restauração ou de bebidas destinados a dança;
1 — O funcionamento dos estabelecimentos de res- f) Estabelecimento de bebidas com fabrico próprio
tauração ou de bebidas depende apenas da titularidade de pastelaria, panificação e gelados enquadra-
dos na classe D do Decreto Regulamentar
do alvará de licença ou de autorização de utilização
n.o 25/93, de 17 de Agosto.
para serviços de restauração ou de bebidas, emitido nos
termos do disposto no artigo anterior, o qual constitui, 3 — Sempre que haja alteração de qualquer dos ele-
relativamente a estes estabelecimentos, o alvará de mentos constantes do alvará, a entidade titular do alvará
licença ou autorização de utilização previsto nos arti- de licença ou de autorização de utilização ou a entidade
gos 62.o e 74.o do Decreto-Lei n.o 555/99, de 16 de exploradora do estabelecimento deve, para efeitos de
Dezembro. averbamento, comunicar o facto à câmara municipal no
2 — Sem prejuízo do disposto no número seguinte, prazo de 30 dias a contar da data do mesmo.
a existência de alvará de licença ou de autorização de
utilização para serviços de restauração ou de bebidas
concedido ao abrigo do presente diploma, ou à existência Artigo 16.o
da autorização de abertura no caso dos estabelecimentos Modelo de alvará de licença ou autorização de utilização
de restauração ou de bebidas existentes à data da para serviços de restauração e de bebidas
entrada em vigor do presente diploma, concedida pela O modelo de alvará de licença ou de autorização
Direcção-Geral do Turismo ou pelas câmaras municipais de utilização para serviços de restauração ou de bebidas
nos termos do artigo 36.o do Decreto-Lei n.o 328/86, é aprovado por portaria conjunta dos membros do
de 30 de Setembro, ou de legislação anterior, ou ainda Governo responsáveis pelas áreas do ordenamento do
a abertura dos estabelecimentos com base num defe- território e do turismo.
rimento tácito do pedido de emissão do alvará de licença
ou de autorização para serviços de restauração ou de Artigo 17.o
bebidas deve ser obrigatoriamente mencionado nos con-
tratos de transmissão ou nos contratos-promessa de Alteração da utilização e concessão de licença ou autorização
de utilização em edifícios sem anterior título de utilização
transmissão, sob qualquer forma jurídica, relativos a
estabelecimentos ou a imóveis ou suas fracções onde 1 — Se for requerida a alteração ao uso fixado em
estejam instalados estabelecimentos de restauração ou anterior licença ou autorização de utilização para per-
de bebidas, que venham a ser celebrados em data pos- mitir que o edifício, ou sua fracção, se destine à ins-
terior à entrada em vigor do presente diploma, sob pena talação dos estabelecimentos referidos no artigo 1.o, a
de nulidade dos mesmos. câmara municipal deve consultar o Serviço Nacional de
3 — Aos contratos de arrendamento relativos a imó- Bombeiros e as autoridades de saúde nos termos pre-
veis, ou suas fracções, onde se pretenda instalar esta- vistos nos artigos 6.o e 9.o
2142 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 59 — 11 de Março de 2002

2 — Quando as operações urbanísticas previstas no SECÇÃO V


número anterior envolverem a realização das obras pre-
Classificação
vistas nas alíneas a) e b) do n.o 1 do artigo 6.o do Decre-
to-Lei n.o 555/99, de 16 de Dezembro, os pareceres refe-
ridos no número anterior englobam a autorização prevista Artigo 20.o
no artigo 10.o Requerimento
3 — O prazo para a realização da vistoria prevista
no artigo 12.o conta-se a partir da recepção dos pareceres 1 — Os estabelecimentos de restauração ou de bebi-
referidos no n.o 1 ou do termo do prazo para a emissão das podem ser classificados de luxo pela Direcção-Geral
dos mesmos. do Turismo, de acordo com o estabelecido no regu-
4 — O prazo para deliberação sobre a concessão da lamento a que se refere o n.o 5 do artigo 1.o
licença ou autorização de utilização ou de alteração da 2 — Para efeito do disposto no número anterior, o
utilização é o constante da alínea b) do n.o 1 do interessado deve dirigir à Direcção-Geral do Turismo
artigo 30.o do Decreto-Lei n.o 555/99, de 16 de Dezem- um requerimento instruído nos termos de portaria do
bro, no caso de se tratar de procedimento de autori- membro do Governo responsável pela área do turismo.
3 — A classificação é sempre precedida de vistoria
zação, e o previsto na alínea d) do n.o 1 do artigo 23.o
a efectuar pela Direcção-Geral do Turismo, nos termos
do mesmo diploma, no caso de se tratar de procedimento
do artigo seguinte.
de licenciamento, a contar em ambos os casos a partir
da data da realização da vistoria ou do termo do prazo Artigo 21.o
para a sua realização.
Vistoria para efeitos de classificação
Artigo 18.o
1 — A vistoria a realizar pela Direcção-Geral do
Caducidade da licença ou da autorização de utilização Turismo para a classificação do estabelecimento des-
para serviços de restauração ou de bebidas tina-se a verificar a observância das normas e dos requi-
sitos relativos à classificação pretendida, estabelecidos
1 — A licença ou a autorização de utilização para nos regulamentos a que se refere o n.o 5 do artigo 1.o
serviços de restauração ou de bebidas caduca nos seguin- 2 — A vistoria deve realizar-se no prazo de 45 dias
tes casos: a contar da data da apresentação do comprovativo do
a) Se o estabelecimento não iniciar o seu funcio- pagamento das taxas a que se refere o artigo 45.o e,
namento no prazo de um ano a contar da data sempre que possível, em data a acordar com o inte-
da emissão do alvará de licença ou de auto- ressado.
3 — A vistoria é efectuada por uma comissão com-
rização de utilização ou do termo do prazo para
posta por:
a sua emissão;
b) Se o estabelecimento se mantiver encerrado por a) Três técnicos da Direcção-Geral do Turismo;
período superior a um ano, salvo por motivo b) Um representante do órgão regional ou local
de obras; de turismo;
c) Quando seja dada ao estabelecimento uma uti- c) Um representante da FERECA — Federação
lização diferente da prevista no respectivo da Restauração, Cafés, Pastelarias e Similares
alvará; de Portugal;
d) Quando, por qualquer motivo, o estabeleci- d) Um representante de outra associação patronal
mento não preencher os requisitos mínimos exi- do sector, no caso do requerente o indicar no
gidos para qualquer dos tipos previstos no regu- pedido de vistoria.
lamento a que se refere o n.o 5 do artigo 1.o
4 — O requerente participa na vistoria sem direito
2 — Caducada a licença ou a autorização de utilização a voto.
para serviços de restauração ou de bebidas, o alvará 5 — Compete ao director-geral do Turismo convocar
respectivo é cassado e apreendido pela câmara muni- as entidades referidas nas alíneas b) a d) do n.o 3 e
cipal, na sequência de notificação ao respectivo titular, o requerente com a antecedência mínima de oito dias.
6 — A ausência dos representantes referidos nas alí-
devendo ser encerrado o estabelecimento.
neas b) a d) do n.o 3 e do requerente, desde que regu-
larmente convocados, não é impeditiva nem constitui
Artigo 19.o justificação da não realização da vistoria.
7 — Depois de proceder à vistoria, a comissão refe-
Intimação judicial para a prática de acto legalmente devido rida no número anterior elabora o respectivo auto, do
qual deve constar a posição de cada um dos interve-
1 — Decorridos os prazos para a prática de qualquer
nientes, devendo entregar uma cópia ao requerente.
acto especialmente regulado no presente diploma sem
que o mesmo se mostre praticado, aplica-se aos esta-
belecimentos de restauração ou de bebidas, com as Artigo 22.o
necessárias adaptações, o disposto nos artigos 111.o,
Classificação
112.o e 113.o do Decreto-Lei n.o 555/99, de 16 de
Dezembro. No prazo de 15 dias a contar da realização da vistoria
2 — As associações patronais do sector do turismo referida no artigo anterior ou, não tendo havido vistoria,
que tenham personalidade jurídica podem intentar, em do termo do prazo para a sua realização, a Direcção-
nome dos seus associados, os pedidos de intimação pre- -Geral do Turismo deve decidir sobre a classificação
vistos no número anterior. requerida.
N.o 59 — 11 de Março de 2002 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 2143

Artigo 23.o 4 — Compete ao presidente da comissão convocar os


Revisão da classificação e desclassificação
restantes membros com uma antecedência mínima de
oito dias, devendo para tal solicitar previamente às diver-
1 — Um estabelecimento pode ser desclassificado sas entidades a indicação dos seus representantes.
pela Direcção-Geral do Turismo, a todo o tempo, ofi- 5 — A ausência dos representantes das entidades
ciosamente, a solicitação do respectivo órgão regional referidas nas alíneas b) a d) do n.o 2, desde que regu-
ou local de turismo ou a requerimento dos interessados, larmente convocados, não é impeditiva nem constitui
nos seguintes casos: justificação do não funcionamento da comissão nem da
emissão do parecer.
a) Verificada a alteração dos pressupostos que
determinaram a classificação ao abrigo das nor- Artigo 25.o
mas e dos requisitos previstos no regulamento Dispensa de requisitos
a que se refere o n.o 5 do artigo 1.o;
b) Se o interessado, na sequência de vistoria efec- 1 — Os requisitos exigidos para a atribuição da clas-
tuada ao estabelecimento, não realizar as obras sificação pretendida ou para o funcionamento do esta-
ou não eliminar as deficiências para que foi noti- belecimento podem ser dispensados quando a sua estrita
ficado num prazo não superior a 18 meses, que observância comprometer a rendibilidade do empreen-
lhe tiver sido fixado pela Direcção-Geral do dimento e for susceptível de afectar as características
Turismo, sem prejuízo do disposto no n.o 3. arquitectónicas ou estruturais dos edifícios que:
a) Sejam classificados a nível nacional, regional ou
2 — Em casos excepcionais, devidamente fundamen- local; ou
tados na complexidade e morosidade da execução dos b) Possuam reconhecido valor histórico, arquitec-
trabalhos, o prazo previsto no número anterior pode tónico, artístico ou cultural.
ser prorrogado por um período não superior a 12 meses,
a requerimento do interessado. 2 — A verificação do disposto no número anterior
3 — Sempre que as obras necessitem de licença ou é feita pela Direcção-Geral do Turismo ou pelo pre-
autorização camarária, o prazo para a sua realização sidente da câmara municipal, consoante os casos.
é o fixado pela câmara municipal no respectivo alvará
de licença ou de autorização.
4 — Se, na sequência de vistoria efectuada ao esta- CAPÍTULO III
belecimento, se verificar que o mesmo não reúne os
requisitos mínimos para poder funcionar como estabe- Exploração e funcionamento
lecimento de restauração ou de bebidas, deve ser deter-
minado o seu imediato encerramento temporário até Artigo 26.o
que sejam realizadas as obras ou eliminadas as defi- Nomes dos estabelecimentos
ciências verificadas.
5 — No caso previsto no número anterior, o presi- 1 — O nome dos estabelecimentos não pode sugerir
dente da câmara municipal, oficiosamente ou a soli- um tipo diferente daquele para que foi licenciado ou
citação da Direcção-Geral do Turismo, deve apreender autorizado, uma classificação que não lhe tenha sido
o respectivo alvará de licença ou de autorização de uti- atribuída ou características que não possuam.
lização enquanto não for atribuída ao estabelecimento 2 — Salvo quando pertencem à mesma organização,
nova classificação. aos estabelecimentos de restauração ou de bebidas não
Artigo 24.o podem ser atribuídos nomes iguais ou por tal forma
semelhantes a outros já existentes ou requeridos que
Recurso hierárquico possam induzir em erro ou serem susceptíveis de
1 — Quando for indeferida pela Direcção-Geral do confusão.
Turismo a classificação pretendida, o estabelecimento Artigo 27.o
for desclassificado, o interessado não concorde com a
Referência à classificação
necessidade de proceder a obras para manter a clas-
sificação ou com o prazo fixado para a realização destas, Em toda a publicidade, correspondência, documen-
pode interpor recurso hierárquico para o membro do tação e, de um modo geral, em toda a actividade externa
Governo responsável pela área do turismo. do estabelecimento não podem ser sugeridas caracte-
2 — Logo que interposto o recurso, o membro do rísticas que este não possua ou classificação que não
Governo referido no número anterior pode determinar lhe tenha sido atribuída, sendo obrigatória a referência
a intervenção de uma comissão composta por: ao tipo de estabelecimento licenciado ou autorizado.
a) Um perito por ele nomeado, que presidirá;
b) Dois representantes da Direcção-Geral do Artigo 28.o
Turismo; Exploração de serviços de restauração ou de bebidas
c) Um representante do órgão regional ou local
de turismo; 1 — A exploração de serviços de restauração ou de
d) Um representante da FERECA — Federação bebidas apenas é permitida em edifício ou parte de edi-
da Restauração, Cafés, Pastelarias e Similares fício que seja objecto de licença ou de autorização de
de Portugal. utilização destinada ao funcionamento de um dos esta-
belecimentos referidos nos n.os 1 e 2 do artigo 1.o ou
3 — A comissão emite um parecer sobre o recurso nos locais referidos no n.o 6 do mesmo artigo.
interposto no prazo de 45 dias a contar da data do 2 — Para efeito do disposto no número anterior, con-
despacho da sua constituição. sidera-se também exploração de serviços de restauração
2144 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 59 — 11 de Março de 2002

e bebidas a actividade de catering e a de serviço de das à utilização exclusiva por associados ou


banquetes. beneficiários das entidades proprietárias ou da
3 — Presume-se que existe exploração de serviços de entidade exploradora;
restauração ou de bebidas quando os edifícios ou as b) A reserva temporária de parte ou da totalidade
suas partes estejam mobilados e equipados em condições dos estabelecimentos.
de poderem ser normalmente utilizados por pessoas para
neles tomar ou adquirir refeições ou tomar bebidas 5 — As entidades exploradoras dos estabelecimentos
acompanhadas ou não de alimentos ou produtos de pas- de restauração ou de bebidas não podem permitir o
telaria, mediante remuneração, ainda que esses serviços acesso a um número de utentes superior ao da respectiva
não constituam a actividade principal de quem os presta capacidade.
e ainda quando os mesmos sejam, por qualquer meio, Artigo 31.o
anunciados ao público, directamente ou através dos
Período de funcionamento
meios de comunicação social.
4 — A presunção prevista no número anterior veri- Os estabelecimentos de restauração ou de bebidas
fica-se ainda que se trate de serviços prestados em cons- devem estar abertos ao público durante todo o ano,
truções amovíveis ou pré-fabricadas e mesmo que não salvo se a entidade exploradora comunicar à respectiva
possam ser legalmente consideradas como edifícios ou câmara municipal ou à Direcção-Geral do Turismo, no
parte destes. caso dos estabelecimentos classificados, qualificados
5 — Sempre que se verifique alguma das situações como típicos ou declarados de interesse para o turismo,
previstas nos n.os 3 e 4 deste artigo, as câmaras muni- nos termos previstos no artigo 57.o do Decreto-Lei
cipais podem, oficiosamente ou a pedido dos órgãos n.o 167/97, de 4 de Julho, até ao dia 1 de Outubro
regionais ou locais de turismo, da FERECA — Fede- de cada ano, em que período pretende encerrar o esta-
ração da Restauração, Cafés, Pastelarias e Similares de belecimento no ano seguinte.
Portugal ou das associações patronais do sector, qua-
lificar aquelas instalações como estabelecimentos de res- Artigo 32.o
tauração ou de bebidas, mediante vistoria às instalações,
a efectuar nos termos previstos no artigo 12.o Estado das instalações e do equipamento
6 — Nos casos previstos no número anterior, a câmara 1 — As estruturas, as instalações e o equipamento
municipal deve notificar os respectivos proprietários ou dos estabelecimentos de restauração ou de bebidas
exploradores para requererem a concessão da licença devem funcionar em boas condições e ser mantidas em
ou da autorização para serviços de restauração ou de perfeito estado de conservação e higiene, por forma
bebidas e do alvará respectivo nos termos previstos no a evitar que seja posta em perigo a saúde dos seus
presente diploma. utentes.
Artigo 29.o 2 — Os estabelecimentos de restauração ou de bebi-
Exploração dos estabelecimentos
das devem estar dotados dos meios adequados para pre-
venção dos riscos de incêndio de acordo com as normas
1 — A exploração de cada estabelecimento deve ser técnicas estabelecidas em regulamento.
realizada por uma única entidade. 3 — A câmara municipal ou a Direcção-Geral do
2 — A unidade de exploração do estabelecimento não Turismo, no caso dos estabelecimentos classificados,
é impeditiva de a propriedade das várias fracções imo- qualificados como típicos ou declarados de interesse
biliárias que o compõem pertencer a mais de uma para o turismo nos termos previstos no artigo 57.o do
pessoa. Decreto-Lei n.o 167/97, de 4 de Julho, pode determinar
Artigo 30.o a reparação das deteriorações e avarias verificadas,
fixando prazo para o efeito, consultando as autoridades
Acesso aos estabelecimentos de saúde quando estiverem em causa o cumprimento
1 — É livre o acesso aos estabelecimentos de restau- de requisitos de instalação e funcionamento relativos
ração ou de bebidas, salvo o disposto nos números à higiene e saúde pública e as entidades responsáveis
seguintes. pelo controlo oficial da higiene dos géneros alimentícios,
2 — Pode ser recusado o acesso ou a permanência nos termos previstos no Decreto-Lei n.o 67/98, de 18
de Março.
nos estabelecimentos a quem perturbe o seu funcio-
namento normal, designadamente por: Artigo 33.o
a) Não manifestar a intenção de utilizar os serviços Serviço
neles prestados; 1 — Nos estabelecimentos de restauração ou de bebi-
b) Se recusar a cumprir as normas de funciona- das deve ser prestado um serviço correspondente ao
mento privativas do estabelecimento, desde que respectivo tipo, nos termos previstos no regulamento
devidamente publicitadas; a que se refere o n.o 5 do artigo 1.o
c) Penetrar nas áreas de acesso vedado. 2 — A entidade exploradora de um estabelecimento
de restauração ou de bebidas pode contratar com ter-
3 — Nos estabelecimentos de restauração ou de bebi- ceiros a prestação de serviços próprios do estabeleci-
das pode ser recusado o acesso às pessoas que se façam mento, mantendo-se responsável pelo seu funciona-
acompanhar por animais, desde que essas restrições mento.
sejam devidamente publicitadas.
4 — O disposto no n.o 1 não prejudica, desde que Artigo 34.o
devidamente publicitadas: Responsável pelos estabelecimentos

a) A possibilidade de afectação total ou parcial 1 — Em todos os estabelecimentos de restauração ou


dos estabelecimentos de restauração ou de bebi- de bebidas deve haver um responsável, a quem cabe
N.o 59 — 11 de Março de 2002 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 2145

zelar pelo seu funcionamento e nível de serviço e ainda de higiene e saúde pública previstas no presente diploma
assegurar o cumprimento das disposições legais e regu- e no regulamento previsto no n.o 5 do artigo 1.o e no
lamentares aplicáveis. Decreto-Lei n.o 336/93, de 29 de Setembro.
2 — Para efeito do disposto no número anterior, a 5 — Sem prejuízo do disposto nos números anteriores
entidade exploradora deve comunicar à câmara muni- e no número seguinte, compete à Direcção-Geral do
cipal ou à Direcção-Geral do Turismo, no caso dos esta- Controlo e Fiscalização da Qualidade Alimentar a fis-
belecimentos classificados, qualificados como típicos ou calização das normas gerais de higiene a que devem
declarados de interesse para o turismo, nos termos pre- estar sujeitos os géneros alimentícios utilizados nos esta-
vistos no artigo 57.o do Decreto-Lei n.o 167/97, de 4 belecimentos de restauração ou de bebidas, nos termos
de Julho, o nome da pessoa ou das pessoas que asse- previstos no presente diploma e no regulamento previsto
guram permanentemente aquelas funções. no n.o 5 do artigo 1.o e no Decreto-Lei n.o 67/98, de
18 de Março.
6 — Sem prejuízo do disposto nos números anterio-
CAPÍTULO IV res, compete ao Serviço Nacional de Bombeiros fisca-
lizar o cumprimento das regras de segurança contra ris-
Fiscalização e sanções cos de incêndio previstas no regulamento referido no
n.o 3 do artigo 6.o
Artigo 35.o 7 — As acções de fiscalização efectuadas nos termos
previstos nos números anteriores podem ser feitas ofi-
Competência de fiscalização
ciosamente ou a pedido dos órgãos regionais ou locais
1 — Sem prejuízo do disposto no regime jurídico da de turismo, da FERECA — Federação da Restauração,
urbanização e da edificação e nos números seguintes, Cafés, Pastelarias e Similares de Portugal ou das asso-
compete às câmaras municipais: ciações patronais do sector.
8 — Quando as acções de fiscalização forem efectua-
a) Fiscalizar o cumprimento do disposto no pre- das a pedido dos órgãos regionais ou locais de turismo,
sente diploma e no regulamento previsto no da FERECA — Federação da Restauração, Cafés, Pas-
n.o 5 do artigo 1.o, relativamente a todos os telarias e Similares de Portugal ou das associações patro-
estabelecimentos de restauração ou de bebidas; nais do sector, as autoridades fiscalizadoras devem
b) Fiscalizar a realização de operações urbanísticas enviar àquelas entidades, no prazo de oito dias a contar
com vista a assegurar a conformidade daquelas da data da sua realização, cópia do auto de fiscalização.
operações com as disposições legais e regula-
mentares aplicáveis e a prevenir os perigos que
da sua realização possam resultar para a saúde Artigo 36.o
e a segurança das pessoas em todos os edifícios Serviços de inspecção
onde estejam instalados estabelecimentos de
restauração ou de bebidas; Aos funcionários da Direcção-Geral do Turismo, das
c) Conhecer das reclamações apresentadas sobre câmaras municipais e, quando for caso disso, dos órgãos
o funcionamento e o serviço dos estabelecimen- regionais ou locais em serviço de inspecção deve ser
tos de restauração ou de bebidas, bem como facultado o acesso aos estabelecimentos de restauração
ordenar as providências necessárias para cor- ou de bebidas e apresentados os documentos justifi-
rigir as deficiências neles verificadas; cadamente solicitados.
d) Proceder à organização e instrução dos proces-
sos referentes às contra-ordenações previstas no Artigo 37.o
presente diploma e no regulamento previsto no Livro de reclamações
n.o 5 do artigo 1.o
1 — Em todos os estabelecimentos de restauração ou
2 — Sem prejuízo do disposto no número anterior de bebidas deve existir um livro destinado aos utentes
e nos números seguintes, compete à Direcção-Geral do para que estes possam formular observações e recla-
Turismo fiscalizar o cumprimento do disposto no pre- mações sobre o estado e a apresentação das instalações
sente diploma e seus regulamentos relativamente aos e do equipamento, bem como sobre a qualidade dos
serviços e o modo como foram prestados.
requisitos que determinam a classificação dos estabe-
2 — O livro de reclamações deve ser obrigatória e
lecimentos de restauração ou de bebidas, a sua qua- imediatamente facultado ao utente que o solicite.
lificação como típicos, ou a sua declaração de interesse 3 — Um duplicado das observações e reclamações
para o turismo, nos termos previstos no artigo 57.o do deve ser enviado pelo responsável do estabelecimento
Decreto-Lei n.o 167/97, de 4 de Julho, e ainda exercer, de restauração ou de bebidas à Direcção-Geral do
relativamente aos mesmos estabelecimentos, as compe- Turismo ou à câmara municipal, consoante os casos.
tências previstas nas alíneas c) e d) do número anterior, 4 — Deve ser entregue ao utente o duplicado das
quando estiver em causa o cumprimento dos requisitos reclamações escritas no livro, o qual, se o entender,
supra-referidos. pode remetê-lo à Direcção-Geral do Turismo ou à
3 — A Direcção-Geral do Turismo pode delegar nos câmara municipal, consoante os casos, acompanhado
órgãos regionais ou locais de turismo a competência dos documentos e meios de prova necessários à apre-
para a fiscalização do funcionamento e serviço dos esta- ciação das mesmas.
belecimentos de restauração ou de bebidas referidos 5 — O livro de reclamações é editado e fornecido
no número anterior. pela Direcção-Geral do Turismo ou pelas entidades que
4 — Sem prejuízo do disposto nos números anteriores ela encarregar para o efeito, sendo o modelo, o preço,
e no número seguinte, compete às autoridades de saúde as condições de distribuição e utilização aprovados por
fiscalizar, relativamente a todos os estabelecimentos de portaria do membro do Governo responsável pela área
restauração ou de bebidas, o cumprimento das regras do turismo.
2146 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 59 — 11 de Março de 2002

Artigo 38.o 4 — As contra-ordenações previstas nas alíneas h),


Contra-ordenações
i), j), l), o) e u) do n.o 1 são puníveis com coima de
E 250 ou 50 120$ a E 2500 ou 501 205$, no caso de
1 — Para além das previstas nos regulamentos a que se tratar de pessoa singular, e de E 1250 ou 250 603$
se refere o n.o 5 do artigo 1.o e das estabelecidas no a E 15 000 ou 3 007 230$, no caso de se tratar de pessoa
artigo 98.o do Decreto-Lei n.o 555/99, de 16 de Dezem- colectiva.
bro, constituem contra-ordenações: 5 — As contra-ordenações previstas nas alíneas b) e
g) do n.o 1 são puníveis com coima de E 500 ou 100 241$
a) A falta de apresentação do requerimento pre-
a E 3740,90 ou 750 000$, no caso de se tratar de pessoa
visto no n.o 2 do artigo 10.o;
singular, e de E 2500 ou 501 205$ a E 30 000 ou
b) A realização das obras sem autorização do Ser-
6 001 460$, no caso de se tratar de pessoa colectiva.
viço Nacional de Bombeiros prevista no n.o 1
6 — Nos casos previstos nas alíneas b), e), f), g), h),
do artigo 10.o; i), j), l), r), s) e t) do n.o 1 a tentativa é punível.
c) A não comunicação à câmara municipal da 7 — A negligência é punível.
transmissão ou promessa de transmissão, sob
qualquer forma, de direitos relativos a estabe-
lecimentos ou a imóveis ou suas fracções onde Artigo 39.o
estejam instalados estabelecimentos de restau- Sanções acessórias
ração ou de bebidas, nos termos previstos no
n.o 5 do artigo 13.o; 1 — Em função da gravidade e da reiteração das con-
d) A violação do disposto no n.o 3 do artigo 14.o; tra-ordenações previstas no artigo anterior e no regu-
e) A violação do disposto nos n.os 1 e 2 do lamento nele referido, bem como da culpa do agente
artigo 26.o; e do tipo e classificação do estabelecimento, podem ser
f) A violação do disposto no artigo 27.o; aplicadas as seguintes sanções acessórias:
g) A utilização, directa ou indirecta, de edifício a) Perda do material através do qual se praticou
ou parte de edifício para a exploração de ser- a infracção;
viços de restauração ou de bebidas sem o res- b) Interdição, por um período até dois anos, do
pectivo alvará de licença ou de autorização de exercício de actividade directamente relacio-
utilização para serviços de restauração ou de nada com a infracção praticada;
bebidas emitido nos termos do presente diploma c) Encerramento do estabelecimento.
ou de autorização de abertura emitida nos ter-
mos do artigo 36.o do Decreto-Lei n.o 328/86, 2 — O encerramento do estabelecimento só pode ser
de 30 de Setembro, ou de legislação anterior, determinado, para além dos casos expressamente pre-
nos termos previstos no artigo 28.o; vistos na alínea c) do n.o 2 do artigo 5.o do Decreto-Lei
h) A violação do disposto no artigo 29.o; n.o 336/93, de 29 de Setembro, na alínea f) do n.o 1
i) A violação do disposto no n.o 1 do artigo 30.o; do artigo 9.o do Decreto-Lei n.o 67/98, de 18 de Março,
j) A não publicitação das restrições de acesso pre- e nos regulamentos a que se refere o n.o 5 do artigo 1.o,
vistas nos n.os 3 e 4 do artigo 30.o; com base nos comportamentos referidos nas alíneas b),
l) A violação do disposto no n.o 5 do artigo 30.o; g), n), o) e r) do n.o 1 do artigo anterior.
m) A violação do disposto no artigo 31.o; 3 — Quando forem aplicadas as sanções acessórias
n) A violação do disposto no n.o 1 do artigo 32.o; de interdição e encerramento do estabelecimento, o pre-
o) A violação do disposto no n.o 2 do artigo 32.o; sidente da câmara municipal, oficiosamente ou a soli-
p) O não cumprimento do prazo fixado nos termos citação da Direcção-Geral do Turismo, deve apreender
do n.o 3 do artigo 32.o; o respectivo alvará de licença ou de autorização de uti-
q) A violação do disposto no artigo 34.o; lização para serviços de restauração ou de bebidas pelo
r) Impedir ou dificultar o acesso dos funcionários período de duração daquela sanção.
da Direcção-Geral do Turismo, das câmaras 4 — Pode ser determinada a publicidade da aplicação
municipais ou dos órgãos regionais ou locais das sanções previstas nas alíneas b) e c) do n.o 1
de turismo em serviço de inspecção aos esta- mediante:
belecimentos de restauração ou de bebidas nos
termos do artigo 36.o; a) A fixação de cópia da decisão, pelo período de
s) Recusar a apresentação dos documentos soli- 30 dias, no próprio estabelecimento, em lugar
citados nos termos do artigo 36.o; e por forma bem visíveis; e
t) A violação do disposto nos n.os 1, 2, 3 e 4 do b) A sua publicação, a expensas do infractor, pela
artigo 37.o; Direcção-Geral do Turismo ou pela câmara
u) A violação do disposto no n.o 2 do artigo 49.o municipal, consoante os casos, em jornal de difu-
são nacional, regional ou local, de acordo com
2 — As contra-ordenações previstas nas alíneas c), f) o lugar, a importância e os efeitos da infracção.
e s) do número anterior são puníveis com coima de
E 50 ou 10 024$ a E 250 ou 50 120$, no caso de se tratar 5 — A cópia da decisão publicada nos termos da alí-
de pessoa singular, e de E 125 ou 25 060$ a E 1250 nea b) do número anterior não pode ter dimensão supe-
ou 250 603$, no caso de se tratar de pessoa colectiva. rior a tamanho A6.
3 — As contra-ordenações previstas nas alíneas a), Artigo 40.o
d), e), m), n), p), q), r) e t) do n.o 1 são puníveis com Limites da coima em caso de tentativa e de negligência
coima de E 125 ou 25 060$ a E 1000 ou 200 482$, no
caso de se tratar de pessoa singular, e de E 500 ou 1 — Em caso de punição da tentativa, os limites
100 241$ a E 5000 ou 1 002 410$, no caso de se tratar máximo e mínimo das coimas são reduzidos para um
de pessoa colectiva. terço.
N.o 59 — 11 de Março de 2002 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 2147

2 — Se a infracção for praticada por negligência, os e no regulamento a que se refere o n.o 5 do artigo 1.o,
limites máximo e mínimo das coimas são reduzidos para sejam susceptíveis de pôr em perigo a saúde pública
metade. ou a segurança dos utentes, ouvidas as autoridades de
Artigo 41.o saúde pública com competência territorial.
Competência sancionatória
CAPÍTULO V
1 — Sem prejuízo do disposto no número seguinte,
a aplicação das coimas e das sanções acessórias previstas Disposições finais e transitórias
no presente diploma e no regulamento a que se refere
o n.o 5 do artigo 1.o compete às câmaras municipais. Artigo 45.o
2 — A aplicação das coimas e das sanções acessórias
Taxas
previstas no presente diploma e no regulamento a que
se refere o n.o 5 do artigo 1.o resultantes do não cum- Pelas vistorias requeridas pelos interessados à Direc-
primento dos requisitos que determinam a classificação ção-Geral do Turismo são devidas taxas de montante
dos estabelecimentos de restauração ou de bebidas, a a fixar, bem como a repartição do mesmo pelas entidades
sua qualificação como típicos ou a sua declaração de envolvidas, por portaria conjunta dos Ministros das
interesse para o turismo, nos termos previstos no Finanças e da Economia.
artigo 57.o do Decreto-Lei n.o 167/97, de 4 de Julho,
é da competência do director-geral do Turismo. Artigo 46.o
Registo
Artigo 42.o
1 — É organizado pela Direcção-Geral do Turismo,
Produto das coimas
em colaboração com as câmaras municipais e a
1 — O produto das coimas aplicadas pela Direcção- FERECA — Federação da Restauração, Cafés, Paste-
-Geral do Turismo por infracção ao disposto no presente larias e Similares de Portugal, o registo central de todos
diploma e ao regulamento a que se refere o n.o 5 do os estabelecimentos de restauração ou de bebidas, nos
artigo 1.o reverte em 60 % para os cofres do Estado termos, prazos e condições a estabelecer em portaria
e em 40 % para a Direcção-Geral do Turismo. do membro do Governo responsável pela área do
2 — O produto das coimas aplicadas pelas câmaras turismo.
municipais por infracção ao disposto no presente 2 — As entidades exploradoras dos estabelecimentos
diploma e ao regulamento a que se refere o n.o 5 do de restauração ou de bebidas devem comunicar à Direc-
artigo 1.o constitui receita dos respectivos municípios. ção-Geral do Turismo a alteração de qualquer dos ele-
mentos do registo previstos na portaria a que se refere
o número anterior, no prazo de 30 dias a contar da
Artigo 43.o data em que tenha lugar essa alteração.
Embargo e demolição 3 — As câmaras municipais devem enviar à Direc-
ção-Geral do Turismo, no prazo de 30 dias após ter
Os presidentes das câmaras municipais são compe- sido emitido o alvará de licença de utilização previsto
tentes para embargar e ordenar a demolição das obras no artigo 14.o, cópia do mesmo, bem como os elementos
realizadas em violação do disposto no presente diploma necessários à elaboração do registo central dos esta-
e no regulamento a que se refere o n.o 5 do artigo 1.o, belecimentos de restauração ou de bebidas previstos na
por sua iniciativa ou mediante comunicação da Direc- portaria referida no n.o 1.
ção-Geral do Turismo, no caso dos estabelecimentos
de restauração e de bebidas classificados, dos qualifi-
Artigo 47.o
cados como típicos ou declarados de interesse para o
turismo, nos termos previstos no artigo 57.o do Decre- Estabelecimentos de restauração ou de bebidas
to-Lei n.o 167/97, de 4 de Julho, sem prejuízo das com- integrados em empreendimentos turísticos
petências atribuídas por lei a outras entidades. À instalação e ao funcionamento dos estabelecimen-
tos de restauração ou de bebidas que sejam partes inte-
Artigo 44.o grantes de empreendimentos turísticos aplica-se o dis-
posto no Decreto-Lei n.o 167/97, de 4 de Julho.
Interdição de utilização

Os presidentes das câmaras municipais, por sua ini- Artigo 48.o


ciativa ou a pedido do director-geral do Turismo, no
Obras e benfeitorias
caso dos estabelecimentos de restauração ou de bebidas
classificados, dos qualificados como típicos ou decla- 1 — Quando, para dar cumprimento ao disposto no
rados de interesse para o turismo, nos termos previstos presente diploma e aos seus regulamentos, for necessária
no artigo 57.o do Decreto-Lei n.o 167/97, de 4 de Julho, a realização de obras e benfeitorias nos estabelecimentos
são competentes para determinar a interdição tempo- de restauração ou de bebidas, aplica-se a estes esta-
rária da utilização de partes individualizadas, instalações belecimentos o disposto no artigo 34.o do Decreto-Lei
ou equipamentos dos estabelecimentos de restauração n.o 328/86, de 30 de Setembro, que para esse efeito
ou de bebidas, sem prejuízo das competências atribuídas se mantêm em vigor, na parte respeitante aos estabe-
às autoridades de saúde e às autoridades responsáveis lecimentos similares, independentemente da data da
pela fiscalização e controlo da qualidade alimentar, celebração do respectivo contrato de locação.
nessa matéria, respectivamente pelos Decretos-Leis 2 — O regime previsto no número anterior também
n.os 336/93, de 29 de Setembro, e 67/98, de 18 de Março, se aplica nos casos em que a realização de obras e ben-
que, pelo seu deficiente estado de conservação ou pela feitorias for determinada por lei ou por entidade da
falta de cumprimento do disposto no presente diploma Administração com competência para o efeito.
2148 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 59 — 11 de Março de 2002

Artigo 49.o 2 — Nos casos previstos no número anterior, a câmara


Regime aplicável aos estabelecimentos de restauração
municipal, se for caso disso, deve consultar o governo
ou de bebidas existentes civil do distrito em que o estabelecimento se localiza,
nos termos do artigo 7.o, no prazo de oito dias contado
1 — O disposto no presente diploma aplica-se aos da data da entrada em vigor do presente diploma, sus-
estabelecimentos de restauração ou de bebidas existen- pendendo-se o prazo fixado para a decisão camarária
tes à data da sua entrada em vigor, sem prejuízo do até à recepção daquele parecer ou, na falta de parecer,
disposto no número seguinte. até ao termo do prazo para a sua emissão.
2 — Os estabelecimentos referidos no número ante-
rior devem satisfazer os requisitos previstos para o res-
pectivo tipo, de acordo com o presente diploma e o Artigo 53.o
regulamento a que se refere o n.o 5 do artigo 1.o, no
Processos pendentes respeitantes à autorização
prazo de dois anos a contar da data da entrada em de abertura de novos estabelecimentos
vigor daquele regulamento.
3 — Quando, por razões de ordem arquitectónica ou 1 — Aos processos pendentes à data da entrada em
técnica, não possam ser integralmente cumpridos os vigor do presente diploma, respeitantes à autorização
requisitos exigíveis para o tipo de estabelecimento em de abertura de estabelecimentos de restauração ou de
causa, deve o seu titular propor soluções alternativas, bebidas, aplica-se o disposto no presente diploma para
as quais serão apreciadas pela câmara municipal ou pela a emissão do alvará de licença ou de autorização de
Direcção-Geral do Turismo no caso dos estabelecimen- utilização para serviços de restauração ou de bebidas.
tos de restauração ou de bebidas classificados, dos qua- 2 — No caso dos estabelecimentos de restauração ou
lificados como típicos ou declarados de interesse para de bebidas que estiverem em construção à data da
o turismo, nos termos previstos no artigo 57.o do Decre- entrada em vigor do presente diploma, o início do seu
to-Lei n.o 167/97, de 4 de Julho. funcionamento depende igualmente de licença ou de
autorização de utilização para serviços de restauração
Artigo 50.o ou de bebidas.
Alvará de licença ou de autorização de utilização Artigo 54.o
para serviços de restauração ou de bebidas
Processos pendentes respeitantes a estabelecimentos
1 — O alvará de licença ou de autorização de uti- de restauração ou de bebidas existentes
lização para serviços de restauração ou de bebidas, emi-
tido na sequência de obras de ampliação, reconstrução, 1 — Aos processos pendentes à data da entrada em
alteração, a realizar em estabelecimentos de restauração vigor do presente diploma, respeitantes a obras de
ou de bebidas existentes e em funcionamento à data ampliação, reconstrução ou alteração a realizar em esta-
da entrada em vigor do presente diploma, respeita a belecimentos de restauração ou de bebidas existentes
todo o estabelecimento, incluindo as partes não abran- e em funcionamento, aplica-se o disposto no artigo 51.o,
gidas pelas obras. com as necessárias adaptações.
2 — Às obras previstas no número anterior, ainda que 2 — Aos processos pendentes à data da entrada em
isentas ou dispensadas de licença municipal, aplica-se, vigor do presente diploma, respeitantes à entrada em
com as necessárias adaptações, o disposto no artigo 17.o funcionamento de parte ou totalidade de estabelecimen-
tos de restauração ou de bebidas existentes, resultante
Artigo 51.o de obras neles realizadas, aplica-se o disposto no n.o 1
do artigo anterior.
Autorização de abertura
3 — No caso das obras referidas no número anterior
1 — A autorização de abertura dos estabelecimentos que estiverem em curso à data da entrada em vigor
de restauração ou de bebidas existentes à data da do presente diploma aplica-se o n.o 2 do artigo anterior.
entrada em vigor do presente diploma, concedida pela 4 — Ao alvará de licença ou de autorização de uti-
Direcção-Geral do Turismo ou pelas câmaras municipais lização para serviços de restauração ou de bebidas que
nos termos do artigo 36.o do Decreto-Lei n.o 328/86, vier a ser emitido na sequência dos casos previstos nos
de 30 de Setembro, ou de legislação anterior, mantém-se números anteriores aplica-se o disposto no artigo 49.o
válida, só sendo substituída pelo alvará de licença ou
de autorização de utilização para serviços de restauração
ou de bebidas previsto no presente diploma na sequência Artigo 55.o
de obras de ampliação, reconstrução ou alteração. Regime relativo aos instrumentos de regulamentação
2 — À autorização de abertura referida no número colectiva de trabalho
anterior aplica-se o disposto no artigo 19.o, com as neces-
sárias adaptações. 1 — Continuam a aplicar-se aos restaurantes e simi-
Artigo 52.o lares existentes à data da entrada em vigor do presente
diploma as normas dos instrumentos de regulamentação
Processos pendentes respeitantes à construção de novos colectiva de trabalho que pressupõem a existência de
estabelecimentos de restauração ou de bebidas
categorias dos mesmos, enquanto aquelas não forem
1 — Aos processos pendentes à data da entrada em alteradas por forma a adaptarem-se ao disposto no pre-
vigor do presente diploma, respeitantes à apreciação sente diploma e ao regulamento a que se refere o n.o 5
dos projectos de arquitectura de novos estabelecimentos do artigo 1.o
de restauração ou de bebidas aplica-se igualmente o 2 — As categorias a que se refere o número anterior
disposto no presente diploma e no regulamento a que são as que os restaurantes e similares tinham à data
se refere o n.o 5 do artigo 1.o da entrada em vigor do presente diploma.
N.o 59 — 11 de Março de 2002 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 2149

Artigo 56.o das candidaturas, em termos, aliás, inovadores e que


Regiões Autónomas
permite corrigir algumas injustiças sociais. Procurou-se
assegurar, por um lado, uma maior responsabilização
O regime previsto no presente diploma é aplicável dos cidadãos destinatários do apoio, através de um leque
às Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, sem de obrigações mais alargado e, por outro, a existência
prejuízo das adaptações decorrentes da estrutura pró- de mecanismos jurídicos de controlo e fiscalização da
pria da administração regional autónoma e de espe- atribuição dos subsídios que possibilitem à Administra-
cificidades regionais, a introduzir por diploma regional ção realizar o interesse público de forma mais eficaz,
adequado. eficiente e rigorosa.
Decorre, também, naturalmente desse pressuposto a
Artigo 57.o necessidade de reforçar a fiscalização das obras, sobre-
Entrada em vigor tudo no que respeita ao cumprimento das normas de
prevenção sísmica.
O presente diploma entra em vigor no dia 1 de Julho Finalmente, como reforço da transparência da acção
de 1997. administrativa e do respeito pelos direitos e interesses
legítimos dos cidadãos, o presente diploma apresenta
uma melhor densificação conceptual.
Assim, a Assembleia Legislativa Regional dos Açores,
REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES ao abrigo da alínea a) do n.o 1 do artigo 227.o da Cons-
tituição da República e da alínea c) do n.o 1 do artigo 31.o
Assembleia Legislativa Regional da Lei n.o 61/98, de 27 de Agosto — Estatuto Políti-
co-Administrativo da Região Autónoma dos Açores,
Decreto Legislativo Regional n.o 6/2002/A decreta o seguinte:
Regime de comparticipação na recuperação Artigo 1.o
de habitação degradada Objecto

No presente diploma está patente a preocupação pela O presente diploma estabelece o regime jurídico da
recuperação das habitações sem condições mínimas de concessão dos apoios financeiros a obras de reabilitação,
habitabilidade, que não são condignas para o nosso reparação e beneficiação em habitações degradadas
tempo, propondo-se, assim, contribuir para a redução através de uma comparticipação financeira em materiais
significativa da sua expressão percentual nos Açores. e mão-de-obra.
Desde há muito que se tem por necessário uma inter- Artigo 2.o
venção no sentido de dotar as habitações de conforto,
Formas de apoio
salubridade e segurança, sendo esta uma condição sine
qua non para a salvaguarda da qualidade de vida das 1 — O apoio referido no artigo anterior reveste a
populações. Alia-se a este objectivo uma política de pre- forma de subsídio, concedido a fundo perdido, e de
servação do património arquitectónico e urbanístico, bonificação de juros dos empréstimos contraídos para
apostando-se na reabilitação urbana e conservação do esse fim e destina-se exclusivamente a pessoas singulares
tecido habitacional regional como um elemento de iden- constituídas em agregados familiares cuja situação
tificação cultural dos Açores. socioeconómica não lhes permita procederem às inter-
Por outro lado, a deterioração das edificações afectas venções necessárias à consecução dos fins previstos no
a fim habitacional em virtude da sua deficiente con- presente diploma.
servação e do seu envelhecimento diminui as condições 2 — Os apoios a conceder poderão ser integrados em
de habitabilidade reduzindo o valor do património indi- projectos de âmbito social plurissectoriais e que se diri-
vidual e comum, evidenciando-se como factor negativo jam aos agregados familiares em causa, podendo tais
quer do ponto de vista social, económico e urbanístico. acções ser desencadeadas até à concretização do sub-
Importa, pois, conferir a este tipo de situações um tra- sídio.
tamento diferenciado no universo dos apoios à habi- 3 — A administração regional poderá celebrar pro-
tocolos com as autarquias locais, bem como com ins-
tação, consubstanciando-o em diploma próprio e con-
tituições particulares de solidariedade social ou outras
ferindo-lhe a dignidade de um regime autónomo. pessoas colectivas de utilidade pública administrativa
A consciência que a recuperação do parque habita- que prossigam fins assistenciais.
cional degradado terá de ser fortemente intensificada, 4 — Os referidos protocolos implicarão necessaria-
dadas as condições de antiguidade e debilidade do par- mente que as entidades aí indicadas comparticipem
que habitacional dos Açores, é pungente. Só com um financeiramente ou em espécie na execução dos mesmos
parque consolidado e bem construído se podem evitar e que os destinatários do apoio satisfaçam as condições
os custos humanos, sociais e económicos que ocorrem de acesso ao regime contido no presente diploma.
sempre que se verifica uma catástrofe natural de alguma
intensidade. Assim, no que concerne à segurança sís- Artigo 3.o
mica, pretende-se aplicar um conjunto de medidas para
melhorar a resistência dos imóveis aos sismos, apro- Conceitos
ximando-os da resistência de uma construção nova, ten- Para efeitos do presente diploma considera-se:
do-se presente que os Açores constituem uma das zonas
de maior sismicidade do País. a) Beneficiário todo e qualquer indivíduo que
Assim, em traços gerais, a par do tratamento, que preencha os requisitos previstos no presente
se pretende equilibrado, dos objectivos a atingir com diploma para ser apoiado;
o presente diploma, nomeadamente no domínio da pre- b) Agregado familiar:
venção anti-sísmica como linha estratégica de longo i) Conjunto de pessoas constituído pelos
prazo, cria-se um regime de recandidaturas ou de segun- cônjuges ou por duas pessoas que vivam

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