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Edição Impressa A Página da Educação Arquivo - Artigo Autor do Artigo


Joaquim Luís Coimbra
Último jornal Professor associado da Fac. de
Psicologia e Ciências da
Stress e indisciplina na escola: Educação da Univ. do Porto.
Membro do Instituto de
Uma provocação da Psicologia Consulta Psicológica, Formação
e Desenvolvimento.

Inf. sobre o artigo


"Procura a flor que há na rosa"
Jornal "a Página"
Jorge Listopad Nº 112
Ano 11 | Maio 2002
Pag. 11
(como quem busca a pessoa vive no
aluno)
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Como diria na sua entusiasmante enormidade, um Abre uma nova janela com este
Nº 184 outro grande poeta de língua portuguesa, a questão artigo numa versão mais amiga
Dezembro 2008 da impressora.
é literal e metaforicamente de "cavalo
Nº 184 em Formato
marinho" (Carlos Drummond de Andrade), o que
PDF não impede a banalidade implícita em falar de
indisciplina agressividade e violência nas escolas.
PEDIDOS Para além da - amplificação da visibilidade social
de assinatura do jornal
( Portugal e que, incontornavelmente, alguma comunicação
estrangeiro ) social produz, dos dividendos políticos que certas
forças retiram de tal efeito, das dimensões laborais -
Arquivo
de desvalorização objectiva da função docente, que,
ARQUIVO de no entanto, não deve ser confundida nem diluída no LIVRARIA
jornais anteriores discurso, geralmente demagógico, da perda de
autoridade do professor, o qual obriga a uma
TEXTOS arquivados PUBLICIDADE EXTERNA
por autores reflexão cultural muito mais profunda e que
ultrapassa os limites da discussão puramente
HOJE: 6.508 educativa - e da anomia organizacional das nossas
textos on-line escolas (em processo ambivalente de construção da
sua autonomia), apetece dizer algo mais do que é
Pesquisar o arquivo
habitualmente reconhecido. Em primeiro lugar, que
todas as profissões cujo objecto de trabalho se situa
i
j
k
l
m
n Ou j
k
l
m
n Frase de um modo privilegiado, na relação com os outros
Pesquisar produz, invariavelmente um elevado nível de
desgaste emocional. Somos nós próprios que
Dos LEITORES constituímos a matéria-prima, a partir da qual se
constrói a arena dos conflitos, das expressões
Para submeter artigos, emocionais, das desregulações comportamentais e
ler regras aqui:
de toda a classe de riscos implicados nas relações
PROPOSTAS humanas. Bem fez o INAFOP, Instituto Nacional
de publicação
para a Acreditação da Formação de Professores em
INQUÉRITOS tornar explícita, através de uma forma
em votação juridicamente forte (Decreto-Lei do Conselho de
Ministros), a imposição da competência relacional

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INQUÉRITOS no reportório dos requisitos para um eficaz


em arquivo
desempenho profissional autónomo do papel de
CONTACTOS docente. Sabiamente, Freud, há cerca de um século,
e cartas à redacção ajudou-nos a compreender que as relações
interpessoais significativas, isto é, de proximidade
emocional, são o palco de um duplo processo que
nos caracteriza como sujeitos psicológicos (de
desejo, de conhecimento, de emoção, de acção, de
controle e de dominação): o da possibilidade de
deslocamento dos nossos conflitos (com dimensões
interpsíquicas e relacionais) para um outro objecto
(o que significa, no caso da relação professor-aluno
que o primeiro pode constituir o alvo de tais
revivências - que não se reduzem a uma mera
evocação mnésica) e que, mais importante, do
ponto de vista em que nos colocamos neste
raciocínio, é imprescindível o desenvolvimento
psicológico dos professores e, especificamente, nas
dimensões que directamente se referem à
capacitação para o estabelecimento de uma relação
de confiança, emocionalmente investida, que
funcione como base segura para os alunos para a
exploração de um mundo que, simultaneamente, se
apresenta como a possibilidade da sua
aprendizagem e crescimento, na mesma medida em
que, inevitavelmente, é um mundo em processo de
envelhecimento e carente de renovação.
Aparentemente, de um ponto de vista psicológico, o
desenvolvimento, quer de alunos quer de
professores, sugere como uma imposição, portanto.
O discurso do desencanto, que hoje encontra eco
dentro e fora das escolas, não passa de um sintoma
velho, mesmo que não faça esquecer as
especificidades dos desafios - muitos deles inéditos
- que a escola atravessa nas sociedades
contemporâneas. Convém não esquecer que, tal
como no período final da Idade Média, vivemos
uma época de transformações múltiplas e rápidas
que geram incerteza e sentimentos de insegurança
sem prejuízo da indispensabilidade de medidas
políticas (a todos os níveis incluindo o local), a
mensagem que pode ser transmitida é a de que
(embora nada seja susceptível de repetição, nem no
plano da história colectiva nem do desenvolvimento
ontogénico), baseada no processo que da Idade
Média conduziu a história humana ao esplendor do
Renascimento, a formação psicológica (relacional)
dos professores deveria (embora não tenha sido) ser
tomada como a dimensão central (insuficiente,
obviamente) do exercício eficaz, competente e
autónomo da profissão docente. E o problema não é
especificamnete português. Pelo menos neste caso.
Como sempre, o desenvolvimento e a evolução
podem afirmar-se como nas palavras do poeta "Não
como a adaptação da espécie a um novo ambiente,

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mas como o triunfo da memória sobre a


realidade" (Iosif Brodskii).

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