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NOSSA COMUNICACAO © cenanio presidente ditingulu entre dois modos de onhesimento: 0 objetivo, ¢ 0 itersubjetien, © primeiro fala sobre objeto, ¢discursivo, O outro fla com os outros, @ dialigico, No caso da medicine: 20 moto objetivo, © rédico decor aobre a doenca, no medo intersubjetivo 0 ‘médica dialoga com 0 doente, O que ditingue discurso o didlogo € sobretudo o lima: o dialogo ne G4 em cima de responsablidade, Reeponsobilldade 6 aBertura para reapostas. HS sintomas de ume reformulaglo da clncia 4e dioarso em dislogo. No caso d4 medicina a psicanélise ‘um exemplo, Para captar 0 impacto de tal reformulacto, precoo cosederar a estruturn da comuneagio humana, (© homem possui expacidade de armazenar experién- cas adquiridas, HE de transmitilas, Isto ¢: 0 bomem & ‘ents histrico, Em outros termos: o homiem prod, arma= ena e transmiteinformages novas, Aumenta a soma das Informagées disponiveis Histria & lato. Isto esth em contradiio com o segundo prinipio da termodinamica que firma a diminulgdo progressiva da soma das informagées fem sistema fechado (no mundo). histria 6 ontinatural tora, entre “spirit” « "matéria”. A histéria nfo invalida sein da mature, Rtas continuam valides para a cul a tura: as informagies acumuladas 0 longo da histéria cabario esqueidas, Paptis cbertos de smboloe ve decom- oro em pb, cides ruiro, clvlizages inteiras desape- ‘cero em trago. Mas isto justifin a distingSo dialtica entre nature e cultur, A comunieagio humana se opbe Glialeticamente & tendénsia natural ramo & entropla. A Ilstéria ¢ epilelo negativamente entrdpleo que ve sobre le sobre « tendéncia da natures, sua antitse De mado que a comunleagto tem dols aspetos dite rentes. O aspecto predutivo de informagio, © 0 aspecto ‘cumadativ A prodvgaa de informagies nfo & eiagdo "ex nihil": informagies novas slo produidas por sntese de Informagies dispenivels, Tal metodo sintético ¢ chamado “aldlogo™. A ncumulagdo de informacbes ve dA gragas & ‘ranumiedo de informagéet rumo a memdrlas (humanas 02 ‘ovtras), nas quaiss informacio & depositads. Tal método Gistrbutive 6 chamado “discurso”. Todo dscarso pressu- ple dloge, porque presaupte informagdo elaboreds dlalo- Slcamente, Todo didlogo pressupfe discurso, porque pres- supde reeepedo de informarées a serem sintetizdas. A socledade humana se revel destarte teeido comunieativo, ‘ho qual dacursos didlogosinteragem dinamicamente. ‘ dinimica du hiséria, Quando um doe doin métodos de ‘omunleago prevalece sobre 0 outro, a socledade est em perio, Exige equilbric, sempre precéro, entre didlogo © isereo ‘A socledade ceidental & teelo comuniativo muito ceepectco, Nao @ caracterinda apenas pelot axtuntor fomunieados, mas sobretudo pelos métofos yragas aot ‘qaia of comuniea, Grosso medo, 9 Ocidenteelaborou dois ‘por de didloge,¢ quatro tipas ‘de diseurse. Os dialoges so cireulares (exemples: esas redondas, parlamente), ‘ou redes (cxemploe: sistema telelénico,opinito piblica). (0s discurses aio teatrais (exemplos: aulas, concertos), pivomides (exemploe:exéretes, igreas), Arvores (exem- los! elénla, artes), e anfitentrais (exemplos: rio, im- ‘prens). A histria ocidental pode ser vista enquanto Joo ‘comuniativo que val aplienndo tais métodos de eomunia- ‘plo como estratégias. O propésito dessasestratégia todas (© de produsir e acumularinformagies novas, ‘A situagdo atual dt socledade ocldental € mareuda pelo predominio das discursoe sobre cs dilogos. A. quelxa foneralizads de "falta de comunicego foi mal formulads. ‘A soliddo na mas, que 0 fundamento da queixa, nfo 6 ‘eonseqinein da pobress do tecido camunicative, Pelo fontriro: jamais os disurene oidentas funclonaram tio bem quanto atialmente,e sobretudo jamais funcionaram to bem a drvore da léncla eo anfitatro das comunicagoes de mane, A solddo na masse 6 consegncia da difcu- ‘dade ereeente pare entrarmo em comunicagto dialégicn lune com o- outron, Sob 0 bembardelo quotidian pelos Aiseurss extremimente bem dstribuids dispomos, todos, (dar mermat informagies,e todo intereimbio diakigico de tals Informagées eeth eo tornando pols redundante. A roten aenaagho de aoidio ae deve # nossa tncapacidade frescente de einborarmet informaces uovas em dislogo fom outros. Sob o dominio dav discursos 0 teido socal ‘do Ooidente vai se decompondo. Urge pois analsar tals Aiscurmon ( disourso tetra 0 mais antigo, « antcede histo ria, ele o dlscurao do patrarea que tranamite 08 mitos 4a tibo & gerugdo nova, 6 o disurso da avé que conta as lena aoa netoe. © que caraterizn este tipo de discurso 6 fato dos reeptoresereararem 0 emlssorformam semi- ‘irculo em forme dele, Baldo ei ponigho de contestilo ‘com pergunts,o cle ests em posigio de responssbiidade: ‘vee obrignd a repontet 0 teatro ¢dlacurso aberto para Gidlogos, A cantestaglo, a revirvolte de discurso em Aisogo, a “revolugio", esti no programs do teatro, Revo- Jugs edo poslven em torno da fogucira e dt lareira ‘A parte do neottic taro isto pana ser devant. ‘gem. Quando oe trata de emprecndimenteseoletivos como ‘© slo as construgden de cana ede cdades, o que ae pre- unde iio & didloge, mas obediénela. A sociedade dove ouvir as menaagens sem poder contests-ia. A fim de con- seguir tal método de discurso, € precto que o emissor se {orn inacssivel para ot reeptores, #9 matodo do dieu ‘0 piramidal que vai net introdusido, O qual vai formar 8 bnge comunicoligien de histria do Oeidente. Consste cle ‘a introdugto de reais blerarquicamenteonganizador entre ‘© emistor eos receptores, O primeiro exemplo de pirdmi- {6 0 reno macerdotal. Nele aa mensagens partem de um "autor" inucesivel (um deus), © pastam por "autora es", rele cuja fungdo @ a de manterem tal menaagen ‘pura de ruldos, ede barrarem o acest ao emissor para of receptors. O clima de responsabilidad, prevaleente ‘no teatro, @ substltuldo peo lima da tradgo eda relgio- sade Tradicdo, porque os relia tra-dtem, ¢ "relgito” porque relignm os receptores com o autor da mensagem, ‘Tal clime do neotitzo taniio continan earasterizindo as Piramidesatuals, como sejam Tgreia, 0 Estado, oexéreito, ‘os partidos politico, ax empresas A desvantagem de tal estratega comuniativa 6 que torna dif o dilogo, A cetratégia & bos para o srmaze- rmamento de informagoes, mas mi para a claboragéo de informagées novas. O tecido social eatagna, Dab terem do empreendidas reformas na plrémide durante renas- ‘lmento, © propisito era o de preservar a efiiénia da Plrmide, ¢ simultancamente abrila para dldlogos, Os ‘enie foram transfermados om sirculce disligices, mae ‘couservaram sus orpanizagio em hierargsia, O resultado foi 0 diwurao em droore, B ele-o discurso caracteristico ® (4s modernidade. A subattulgfo das autoridades por ctr ‘le daligicon aubdividyo discureo piramidal em ramon (Gepecialidades), que tendiam a se sub-ramificarem e 4 we ntreorvzarem, Tal reestrturagio 0 revelou extrema: Imente fértil "Todo ramo do diseurso yassou a produsir Informagées novas em progreslo crescent, A. dinimica do dacurao em drvore inundou a sociedade com verdadeia fenchente de Informagies novas, Mas hava eonseqléncia Imprevista, Todo ereulo dialogico elaborou cig expec- fieo no qual a ova informaglo ern sinetizada, As ifor- rmagées destarte codificadas passaram a ser deciriveis spenes para ca “erpecialistas” (partiipantes do ramc). Destarte as mensagens do discurso em drvore tendiam a sor indecitrivein ara a nciodade como tm todo. que “reaacerdatisou” ¢ “reautorizou” 0 dlacurso. Os “eiges” ‘ato mais eaptavam as mensagens provindas das vérias Arvoree: nem asda fsca nuclear ou da mlerobologia, nem ss dae (dnicas avangudas, nem ae da arte de vanguard ‘De modo que «parti do século 20, os discursos em arvore dleizavam de ter recepedo geal, epassaram i ser absurdoe ‘enguunto métodos comunicatives, ‘A solugéo do problema ¢ tradualr 26 mensagens dos Aiscurss em irvore para cigs socalmente decifraveis CConstrur aparelhoe que “transcodam". O resultado disto 6 odiscurso onfteatral & ele earacteriatico da atunliade. Os aparehos da comunicagio de masta so caixas pretax aque transcodam as mensegens provindas das irvores da flénela, da téerea, da arte, da politoogia, para édigos ‘extramamente simples © pobres, Assim transcodadas, as Imenaagens aio iradiadas rumo a0 espaso, «quem fltuar fem tal eapago estiver sncronizao, sintonizado, progra- mado para tanto, captard aa mensagens irradiadas, A “cultura de massa” € 0 resultado dente método de eomi- siengio dacursiva, A transcodagio e irradiaglo de men- a saagens resulta em transformagio da us estruturacrgins ‘As drvores funcionam linearmente, os media multidimen- sonamente, Se admitirmos que & lneeridade 6 a estru- {ura da hstira, os media se apresentam como comunica- lo pe histéricn. Sio cunas pretas que tém a histria por ‘ngut, ¢ posriatéria por output, Sio programados para ‘ranscodarem histérla em péshltéra, eventos em ro grams, Na situagdo atual as quatro formas de discurso co- existe. Mas os discursos teatrals (escola, teatros et.), ‘© 0s diocurscsplramidais (Estado, partido ete), estdo em rise; sto anseronismes eomunloldgicas dfieimenteass- niliveis eo tsido da comunicegdo dominante. 0 exemplo mais 6bvio do problema ¢ 0 da familia, «qual 6 pirdmide f teatro. Or discureos em arvore contivam se ramifi- cando, ¢ estio acoplados aos discursos anfiteatrais que ‘ranacodam suas mensagens. Destarte os mass media extdo se tornando fontes proferenciais das informagiendispont- ‘i. Sto eles os que codificam o nosso mundo, Vivemos cm clima pés-histrieo, (© lscurso teatral programs didogos oirearee. © Aiscureo piremidal ven excuir ddlogo de todo tipo. 0 Aiscurvo em frvore programa didlogos ereulares pars cspeclalistas, O dscurao anflteatral programa didlogos om rede, O tentro exige que te dialogue» mensagem, «fim de produsirintormagho nova. A pirkaide prolbe dldlogo. ‘A Grvore exize competéncia expects elitéia, para ae po- der participar da elaboragio de informagio nova. O anf teatro exige que a informacsoirriada ae tratormada ialogicamente em mulngau amor, em “opin pills ‘fim de servi de feedback aos aparehos emlssores, A ‘meta dos dilogos em rede nio ¢ a produgdo de informa: 1 nova, mas 0 feedback. Os aparelhos elaboraram méto- ou especitins (publimetrias, marketing, pesquis da op- cies politica ete.); para reeaptarem o feedback, “Democracia” no sentido de didlogo produtor de informa ‘go que no seja elitrio épossivel semente no teatro, Na ‘Stuaglo atual democracia € impomivel. A sensagho da toido na masta 6 consoqlincia dito. demooracie ndo ‘std no programa. Pole rformiar a einen em sentido dalégco implica ‘eformularo tec comunicobgico da sociedade, Democra- Unkle, Mais que tarefa epistemolégice, 6 pois tarefa po ‘ea, Trata-se de torn a cicia plitieamente responsh- ‘vel. Transformar em método a conaciéecla que o saber 6 sigifintivo apenas ae for ponto de partida para a acto republicnna Max, para que tal reformulegdo posta ser fetta, & preciso que's repiblien exista, He replica 6 0 expago piblico dos didloges circulares. Atualmente tal ‘xpago nlo existe, Todo expago est ccupado peas irradia- fet anfiteatrais ¢ pelo didlogo em rede. Vista interna- ‘mente, a crise de cineia se apreseata como crise epitem0- logics, mas viet & partir da aocidade, apreventare como ‘rio estruturl: no & possivel dialogisurse 0 combed rmento, te nfo if eapaco politico para tanto. O cariter iscurivo e elitalamente dilégico da clfncia se deve, tetruturalmente, a0 seu asoplamento com os meics de fimunieagio de masia, Para que se faga nova teoria de fonheclmento ntersubjetvo, ¢ preciso que se disponha de fapaco para a intersubjetividade, A erie atual da clincla Adve ser pois vista no contexto da sltuaglo comunicelé- tion du atualdade, Enquanto nfo houver espaco para pales, para dilogos ecules néo elitrio, © erie da ‘lincia se apresnta inolivel.

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