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indústria naval como temos nesse momento no Rio de Janeiro, são quase 28 mil
empregos. Em 2002 nós tivemos cinco mil empregos na indústria naval. Hoje temos
28 mil, com enorme perspectiva. A gente costuma dizer, inclusive, que a política do
governo, diferente do governo anterior, não é a briga pela demanda e muito mais a
briga pela oferta. O que a gente precisa fazer no Rio de Janeiro é ofertar mais
estaleiros. É muito mais do que a briga pela demanda, que foi a grande briga do
governo anterior e na verdade é um grande avanço, é importante que se diga, do
Governo Lula.
O Governo Lula quando decidiu fazer navios, plataformas no
Brasil, fez com que a indústria naval do Rio tivesse esse tipo de resposta que, em
resumo, são 28 mil empregos que tendem a crescer.
Os investimentos da Petrobras, nós acabamos de ter um almoço
com o Primeiro Ministro da Holanda e o Governador Sérgio Cabral, os investimentos
da Petrobras são absolutamente espetaculares. São 174 bilhões de dólares nos
próximos cinco anos, um grande pedaço disso sendo feito no Rio de Janeiro. Enfim, a
situação do Rio é uma situação, dentro da dificuldade, de muito otimismo e muita
expectativa.
Outra coisa também importante é que o Rio de Janeiro ainda tem
um grande número de funcionários públicos. O funcionalismo público, em particular
na cidade do Rio de Janeiro, representa quase 30% da renda, o que significa,
portanto, que quando diminui a economia, este segmento continua consumindo da
mesma maneira, o que dá essa inelasticidade à economia do Rio de Janeiro.
Tem um problema, um problema importante que é o sul
fluminense. A gente precisa enfrentar isso com toda clareza e sem nenhum problema
de enfrentar, porque o sul fluminense exatamente é a economia talvez mais dinâmica
do Rio de Janeiro, que é a economia da indústria de transformação. Um dado
interessante que eu acabei passando é o seguinte: São Paulo tem 22% da economia
dele centrada na indústria de transformação, Minas 18%, e o Rio de Janeiro 10%. O
PIB do Rio de Janeiro, portanto, só 10% dele vem da indústria de transformação. São
Paulo, 22%. E essa indústria é que mais sofre o efeito da crise, que é a indústria
automobilística, siderurgia e tudo em torno dela.
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que nós temos. Os municípios se sentem inseguros em perder as empresas que ali
estão.
Outra coisa importante é o seguinte, um o lugar que deu certo, eu
queria chamar a atenção para um lugar que deu certo, talvez tenha sido o lugar que
mais tenha dado certo fora de Três Rios, que está fora do conceito, que é Sapucaia.
Sapucaia, efetivamente, conseguiu atrair e tomar algumas empresas, felizmente, de
Minas Gerais, ali houve uma virtude na atração de investimentos usando a legislação,
agora, o que acorre fundamentalmente, isso é que eu queria chamar a atenção, é que a
maioria dos municípios não se beneficiou da lei. Eu tenho o queridíssimo Prefeito,
amigo, irmão, o Riverton. O Riverton, toda a hora que me vê, ele fala: “Secretário,
Carapebus vai roubar as empresas de Macaé”, não vai roubar, não vai levar as
empresas de Macaé, por que isso? Porque o incentivo tributário é uma parcela da
questão, na verdade, a infraestrutura e muito mais outras questões, como a questão do
mercado, a logística, elas se somam à questão do incentivo tributário. Só o incentivo
tributário, é importante dizer isso, não resolve, e é por isso que Três Rios é tão bem
sucedido, eu estou dizendo, presidente, que Três Rios é o grande caso de sucesso, são
300 empresas.
Por fim, ainda no diagnóstico, já para passar para sugestões...
Bom, já falei de Macaé e Carapebus. Falei da infraestrutura, já falei que, na verdade,
poucos benefícios têm se dado às cidades que se beneficiaram
Queria sugerir, se eu puder, humildemente, aqui, com toda a
humildade. Se eu pudesse, faria três propostas de aperfeiçoamento. Proposta 1: não
tem jeito, essa história de incentivo tributário é discricionária, ela cabe ao Executivo
fazer. Aí está colocado, não tem jeito, é dado da realidade. Então, a sugestão que eu
queria dar é a seguinte, e aí vou ler: “deve caber ao Executivo deliberar pela fruição
da lei, levando em conta os interesses da sociedade, a concorrência justa, o
imediatismo da atividade e seu conteúdo tecnológico e de geração de empregos. Não
seria automático, embora a trilha para a atuação do Executivo estivesse estabelecida
pelo Legislativo.” O que eu estou dizendo é assim: vale 2%. Só que para fruir, para
ter fruição, o Executivo tinha que avaliar...
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reunião: - não, porque não melhorou o emprego em tal lugar. Mas tudo de boca. Aqui
não tem vendedor, aqui tem que tirar o pedido. Quer dizer, a lei é o pedido. Então, é
preciso que a gente tenha informações concretas e, em cima disso, possamos
trabalhar para que onde está havendo mais angústia, onde está havendo mais
sofrimento, Dr. Júlio, desculpa, estou tentando ajudar com o pedido de perdão de
quem chega atrasado, estou me habituando, Dr. Olavo, isso é um mau sinal, eu que
era tão pontual.
Mas, então, quero dizer isso, temos que ter a cautela e tentar hoje,
dentro das possibilidades, tirar um grupo de trabalho para situações específicas,
município a município. Existe esse medo. Quando você fala em Três Rios, mas aí, ao
inverso disso, não é a fuga. Mas quem está em Levy Gasparian, o prefeito diz: mas
porque Três Rios tem esse benefício e Levy e Areal não têm, São José do Rio Preto
não tem. É um exemplo, eu não sei nem o que tem ou que não tem. Então as situações
de distorções existem, esta é uma Casa política e quando isso foi votado o Deputado
André Corrêa, por exemplo, conseguiu incluir Valença. Por quê? Porque tem força
política, preside a Comissão de Desenvolvimento Econômico, tem articulação com os
outros partidos e outros deputados, é assim que funciona, a sociedade aperta pra cá,
pra lá. Já determinados municípios não têm essa mesma força política.
Então, é isso que nós precisamos aqui, encontrar uma forma de
verificar como é que nós corrigimos as distorções, como é que nós melhoramos essa
lei e como nós avançamos.
Desculpe, secretário.
O SR. JÚLIO BUENO - Deixa só eu complementar, eu tenho três
sugestões, presidente, a primeira portanto foi essa de que a fluição ela não se desse
automaticamente e fosse ao juízo e ao Poder Executivo mas com uma pequena mas
importante observação. Nós temos algumas coisas que foram votadas aqui pela
Assembleia e que têm sido tranquilamente operadas dentro do governo. Por exemplo,
o Fremf. A concessão do Fremf é uma concessão que depende do poder
discricionário e do Poder Executivo e tem sido votado de forma tranquila, todo
mundo que precisa do Fremf tem recebido. Por que isso? Porque a governança dentro
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do governo que foi estabelecida – é importante dizer – por esta Casa tem sido feita de
forma adequada.
Então, a minha proposta, reconhecendo e concordando com o que
o senhor falou, é que a gente estabeleça como é que se faça a governança para a
concessão. E como é que faz a governança? Aí sem querer puxar a brasa para a minha
sardinha, a coordenação tem que ser da Secretaria de Desenvolvimento Econômico
com os secretários. Isso não foi invenção minha, a Assembleia estabeleceu uma
comissão no âmbito do Poder Executivo que estabelece a forma de dar o Fremf. A
minha proposta é que esta comissão, que fica, na verdade, com a coordenação do
Secretário de Desenvolvimento Econômico que tem na verdade como diretriz e como
dever de ofício atrair empresas, assim o fazer. Então, só para a gente concordar,
convergir. Então essa é a primeira proposta que eu queria fazer, concordando com o
presidente dizendo que a governança não pode ser solta, ela tem que estar
estabelecida em lei e, portanto, pela Assembleia.
O segundo item que também é uma sugestão de reflexão é o
seguinte, eu acho que tem que ter, já tem entrado pelos municípios colocados mas
tem que ter mecanismo de saída. Então a minha sugestão é a seguinte: sabe por que,
Sr. Presidente Jorge Picciani? O caso de Três Rios é espetacular, Três Rios está
virando Campinas do Estado do Rio de Janeiro. Está virando a Campinas do Estado
do Rio de Janeiro porque a gente tem infraestrutura lá, tem um monte de coisas e tem
também incentivo tributário. Mas daqui a pouquinho Três Rios não precisa mais.
Então, tem que ter mecanismos de saída, os municípios entraram na lei, mas têm que
sair. Como é que sai? Eu tenho aqui uma proposta para fazer, pode não ser a melhor,
mas pelo menos o conceito tem que ficar. Por exemplo, se o valor adicionado do
município dobrar, não é mais 2%, vale o que vale para todo mundo. Então, estou
propondo que a gente estude um mecanismo de saída. Essa é a segunda sugestão.
A terceira sugestão também vai ao encontro do que o Deputado
Jorge Picciani falou. O Executivo deve propiciar benefícios idênticos às empresas
instaladas anteriormente a vigência da lei nos municípios que não gozam da lei e que
estão sofrendo concorrência assimétrica. Eu estou dizendo que tem que dar ao Poder
Legislativo e, portanto, a esta comissão, a esta governança, o poder de dar o poder de
concorrência. Talvez não o mesmo valor de alíquota. Se você for em Três Rios, um
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pouco mais. Mas tem que dar ao Poder Executivo o poder de propiciar à empresa que
está sendo atacada esse mecanismo.
É isso, Sr. Presidente, o que eu queria falar. Acho que a gente
concorda com isso...
O SR. PRESIDENTE (JORGE PICCIANI) – Não há dúvida.
Obrigado secretário, Dr. Júlio.
Nós temos inscritos os deputados André Corrêa e Luiz Paulo. Está
aberta a inscrição.
Sr. Deputado André Corrêa.
O SR. ANDRÉ CORRÊA – É rápido. Primeiro, presidente, é pra
falar da oportunidade deste debate: nós fizemos aqui aquela discussão do fórum, onde
estiveram aqui os secretários Júlio Bueno e Joaquim Levi, e, naquele debate, ficou
claro para mim que a questão central não é o incentivo fiscal.
Os problemas de arrecadação que eventualmente o estado tem são
outros e são estruturantes.
O SR. JÚLIO BUENO – Concordamos.
O SR. ANDRÉ CORRÊA – Ou seja, a questão não é o incentivo
fiscal. Mesmo porque há um movimento – e eu até entendo – o Secretário de Fazenda
é contra o incentivo fiscal.
Eu até entendo essa posição, que é muito forte nesse setor do
governo, e, obviamente, trabalha no sentido de lançar informações que desestabilizem
políticas de incentivos fiscais que são corretas. Aí, secretário, vem o espírito da lei.
Nós debatemos muito isso aqui, o Deputado Jorge Picciani lembra disso, como foi
difícil a aprovação da Lei Rosinha aqui nesta Casa, mas quero lembrar aos senhores
que todos os municípios da Lei Rosinha representam menos de 3% do PIB do Estado
do Rio de Janeiro! Nós estamos falando daqueles pequeninhos, não estamos falando
de uma questão significativa. E esta Casa agiu com muito o cuidado – num trabalho
importante da Deputada Aparecida Gama. Por exemplo, Cantagalo, presidente.
Cantagalo tem uma grande empresa cimenteira e que nós excluímos. E mais,
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presidente, para mim é como uma vaca com carrapato e para matar o carrapato,
querem matar a vaca.
Tenho uma informação da Secretaria de Estado de Fazenda, sabem
quantas empresas, Presidente, depois de tanto tempo, estão se beneficiando da Lei
Rosinha? 50 e poucas empresas. Tenho essa relação aqui comigo e posso apresentar.
Muito poucas! Muito poucas empresas!
Sr. Secretário Júlio, o que nós temos que cobrar é que a Secretaria
de Estado de Fazenda faça seu papel e fiscalize. A lei é clara: impede qualquer
movimento de empresa dentro do estado. Não precisa ser município vizinho não. Se
tiver uma empresa aqui do Rio de Janeiro que queira ir para minha Valença, ela não
pode. A lei é clara; se alguém burla a lei, cabe à Secretaria fiscalizar. E é muito fácil
fiscalizar: são só 50 empresas. É muito fácil fiscalizar qualquer tipo de manobra de
sonegação fiscal. Não é possível uma empresa sair de nenhum município e ir para o
outro. A lei é clara! Estabelece limites de arrecadação, é diferente de ampliação. É
um trabalho mínimo, é só a Secretaria de Estado de Fazenda pegar as 50 e poucas
empresas, ver se porventura houve algum movimento dentro do estado e compor a
arrecadação.
Agora, eu concordo, prefeito, que tem alguns setores com os quais
temos que ter ainda maior atenção, por exemplo, o setor farmacêutico não possa ter o
benefício dessa lei. Porque, veja bem, as micro e pequenas empresas estão muito bem
atendidas. Acho que o País avançou muito com o Simples.
As grandes empresas têm o regime especial do Estado. Nós
estamos falando de médias empresas. Então, o foco aqui é o potencial de benefícios –
e esse foi o objetivo – foi apoiar as economias com menor índice de desenvolvimento
humano.
Talvez esse seja o outro critério: qual o índice de desenvolvimento
humano? Se quer fazer uma discussão ampla, vamos fazer através do IDH e vamos
calibrar uma diferenciação dessas alíquotas pelo IDH dos municípios.
Agora, o que não pode, secretário Júlio Bueno – e eu sou
testemunha de seu esforço, aliás, sou seu admirador e, mesmo não sendo da base do
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pelo Espírito Santo. Levei o assunto ao Governador: “não, Picciani, não é só pelo
Espírito Santo por Santa Catarina e, também, por Paranaguá, no Paraná. Falei: então,
mais grave ainda. Não arrecadamos nada, encarece o custo da nossa indústria e
engarrafa ainda mais o trânsito. Aumenta imensamente a questão da logística. Essa
foi mais uma questão a ser tratada.
O Prefeito de Itatiaia explanou sobre a questão do risco de perda
de empregos até de fechamento da indústria. O Governador também conhecia o caso.
Falei com o Júlio Bueno, que também conhecia o caso. Com a lei, instalou-se uma
indústria muito mais recente, em Campos. Automaticamente, seu diferencial de preço
da ordem de 10%. Ora, uma situação dessa é impossível competir.
Então, além de discutir como um todo a lei, que esta Casa está
disposta a revisar, o que me disse o governador, Dr. Júlio, porque iríamos ter uma
reunião e acabamos não tendo porque o senhor tinha que ir a Brasília, “olha, faça esse
debate, convoque as entidades da sociedade civil, convoque o Júlio e veja que tipo de
solução é melhor. Estou disposto a ajudar no que for possível para avançar para que
venhamos a manter empregos, venhamos a gerar mais empregos, venhamos a
equilibrar isso.” Foi a minha conversa com o governador. Ele mesmo achava que o
caminho bom era esse tipo de reunião mais ampla para daqui sair.
Para não ficarmos só no aspecto da lei, porque sempre haverá
conflitos, mas também poder avançar. André, dentro disso é a proposta do Júlio.
Evidentemente, que tem que encontrar o ponto certo para o fortalecimento. O que
queremos é o desenvolvimento econômico. Está visto que nem sempre quando se
reduz a carga tributária está se diminuindo a arrecadação, muitas vezes está
aumentando o nível de geração de emprego e de renda, com isso, aumentando a
arrecadação de impostos. O nosso sentido aqui é o de fortalecer a posição da
Secretaria de Desenvolvimento Econômico e a economia estadual. Aí está em
consonância com a associação comercial. Então, queria dar este relato para que não
ficássemos restritos à questão da lei, se é boa ou ruim, se muda aqui ou ali.
Deputado Luiz Paulo.
O SR. LUIZ PAULO – Boa-tarde a todos, invertendo a ordem,
primeiro, cumprimento o Deputado Nelson Gonçalves, feliz autor da ideia de se fazer
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está bem, está indo fazer um check up etc., mas o acidente foi muito feio. Por isso,
aqui estou me representando e representando a ele.
Acho que a primeira questão é relativa à carga tributária. Nesse
sentido, acho que o Estado está bastante inerte ainda. O Presidente Lula, há mais ou
menos um mês, fez uma reunião no nordeste e suscitou a todos os governadores de
estado que postergassem o recolhimento do ICMS para fazer caixa para as empresas
reinvestirem etc. Muitos estados fizeram, inclusive São Paulo, como noticiado nos
jornais – o Estado do Rio de Janeiro passou batido. Sobre a alíquota de 5% do Fundo
Estadual de Combate à Pobreza em cima de energia e telecomunicações, base para a
indústria de transformação do Médio Paraíba, podia postergar também o
recolhimento – há um Projeto de Lei, do qual sou autor juntamente com os Deputados
Comte Bittencourt e João Pedro, tramitando nesta Casa. Mas nada acontece, o Estado
está inerte.
Acho que essa questão de diminuir carga tributária, pelo menos
postergando o recolhimento na crise, é fundamental. Os prefeitos – e essa é uma das
propostas do Deputado Ademir – podem, junto com o Estado, também botar seus
ISSs para essas indústrias na média de 2%, sem haver competitividade. Acho que é
um outro tipo de caminho a se tomar, o Estado e os municípios terem uma ação
conjunta.
A terceira questão – aqui tem uma listagem de onze em que nove
versam sobre esse tema, que o Ademir Melo – diz respeito a investimento em
infraestrutura, porque uma das questões de você melhorar os investimentos ou mantê-
los é a logística, é a questão da infraestrutura. Então, teria que ter, para usar a palavra
da moda de que gosta o Deputado Rodrigo Neves, um PAC para o Médio Paraíba
para segurar o emprego ali. A Deputada Inês Pandeló fala cotidianamente daquele
pátio de Barra Mansa que não termina.
Essas são as três questões centrais: a carga tributária; a associação
do Estado com os municípios para juntar a questão do ICMS em cadeia com o ISS,
ou até algum outro tributo federal que possa caber nessa cadeia produtiva, como o
IPI, por exemplo; e a terceira questão é a infraestrutura, aí as demandas são imensas.
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aparência formal. Nós temos, no nosso Estado, 58.800 unidades de produção rural. Só
no sul fluminense chega perto de 7.500 unidades de produção rural, que geram
emprego, que geram riqueza, mas que sofreram o desconhecimento do estado, o
estado lato sensu, durante muitos anos. A atenção é ao petróleo, a atenção é à capital,
a atenção são para as obras viárias nos centros urbanos no Estado do Rio de Janeiro,
que são muito importantes, mas o interior precisa, efetivamente, que tenhamos uma
participação nas políticas públicas e no orçamento do governo do Estado de maneira
adequada. Volto a afirmar que o nosso PIB agropecuário está subavaliado em, pelo
menos, 300%. Não tenho dúvida disso e isso será provado em muito breve tempo,
com uma parceria que haveremos de construir com o Sebrae, a Secretaria de
Agricultura e uma universidade do Estado do Rio de Janeiro, que ainda não posso
declinar o nome, que fará o levantamento sistemático desse PIB agropecuário, para
que nós possamos ter um pouco mais de atenção do Estado e da própria sociedade,
mostrar o que efetivamente o Estado do Rio de Janeiro produz.
Quanto a esse assunto ainda, Presidente, eu me permito convidar
os Srs. Prefeitos que estão aqui presentes para um evento do Fazenda Legal, no dia 14
de março, sábado, o outro que vem, na Associação Rural Sul Fluminense, onde
estaremos tratando exatamente da agropecuária do Estado e temas como esse do meio
ambiente, com a presença já confirmada do Senador Dornelles e, tenho a esperança,
que o nosso governador haverá de encontrar um espaço na sua agenda para também
estar presente.
Quanto ao Sebrae,senhor Presidente, eu quero garantir, em nome
do nosso diretor superintendente, Sérgio Malta, e dos conselheiros que estão aqui
presentes, Olavo Monteiro de Carvalho, Antônio Melo Alvarenga, Chacur, se eu não
vi outros, por favor, me perdoem, Júlio Bueno, que está aqui, enfim, que o Sebrae irá
participar intensamente, através da capilaridade dos seus balcões e da capacidade
gerencial que reúne, para incentivar e focar cadeias produtivas no interior para que
efetivamente nós tenhamos resultados de geração de emprego e renda. Tenha certeza,
Presidente, que nós vamos estreitar cada vez mais a parceria com a nossa Associação
dos Prefeitos do Estado do Rio de Janeiro, com nosso prefeito Vicente Guedes e
todos os prefeitos, fazendo harmonicamente uma reunião de inteligência do poder
público municipal, da sociedade civil organizada e das instituições que o Estado do
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Rio dispõe. E me permito, como presidente do Sebrae, afirmar que o Sebrae é uma
das mais importantes, junto com as instituições que compõem o seu Conselho
Deliberativo.
Então, quero aqui registrar os agradecimentos aos senhores
deputados pela recente medida no caso da pecuária de leite que modificou a posição
tributária do leite, o UHT, e que também, a partir desse mês, começa a gerar imensos
interesses da Parmalat, já posso registrar que vai potencializar a sua produção no
noroeste fluminense, da nossa Cooperativa Agropecuária da Barra Mansa, que
receberá um grande incentivo para a comercialização da produção fluminense, e não
só ela como Macuco e outras cooperativas.
Então, senhores, muito obrigado. Obrigado, senhores deputados,
pela atenção que nós merecemos na agricultura, pela atenção ao nosso Sebrae, e
vamos entregar aos senhores, brevemente, esse levantamento sistemático do PIB
agropecuário do Estado do Rio de Janeiro. Muito obrigado.
O SR. PRESIDENTE (JORGE PICCIANI) – Agradeço ao Dr.
Rodolfo Tavares.
Consultar o Bispo D. João se gostaria de fazer uso da palavra.
(Pausa) Por enquanto não.
O nosso prefeito Luiz Carlos Ipê, de Itatiaia.
O SR. LUIZ CARLOS IPÊ – Boa tarde, Deputado Jorge Picciani,
Deputada Inês Pandeló, e outros deputados, Nelson Gonçalves, prefeitos aqui
presentes.
Eu assumi o município, dia 1º de janeiro, estagnado. A gente que
está lá na ponta, Deputado André Correia, estamos sentindo o problema, e o nosso
município com 20% da mão-de-obra ativa desempregada. Tive uma alegria inicial,
através do secretário Júlio Bueno, da implantação da Michelin em Itatiaia. Mas a
manutenção das empresas em Itatiaia seria importante, porque nós passamos
praticamente 15 anos sem investimento privado lá. E ao visitar uma das empresas, e
uma informação do nosso secretário de Desenvolvimento Denílson, vimos que ela
estava passando por situação difícil. Eu não sou contra o incentivo, mas o problema é
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que nós começamos a ser prejudicados a partir da hora em que uma empresa, nos
últimos dois anos, ela deixa de ter 50% em termos de mão-de-obra. Foram 50% de
funcionários demitidos. Isso é preocupante numa cidade com tantos desempregados.
Por isso que, na reunião dos prefeitos, procurei uma aliança com o Neto, com o
Rechuam, procurei o Deputado Noel de Carvalho na fazenda dele, almocei com ele
lá, levando esse problema. Porque a partir da hora que eu assumi a direção do meu
município, eu tenho que me unir os outros para fortalecer meu município. Itatiaia está
numa situação estratégica, é um município no meio da via Dutra, numa situação
logística especial, mas a diferença do CDS é muito grande, gente! Esse empresário,
por exemplo, está lá há praticamente há 40 anos, e ele falou:”Olha, Luiz Carlos, eu
não quero igual, eu quero pelo menos próximo.” E ele está lá com previsão de dobrar
a empresa dele, mas numa condição em que ele possa concorrer.
Então, o que precisamos é de uma atenção especial do presidente
Jorge Picciani, do governador Sérgio Cabral, do secretário Júlio Bueno, que está nos
apoiando lá, porque hoje Itatiaia tem um prefeito, que até pelo nome do partido dele,
o Partido Progressista, e com o apoio do senador Dornelles, com a minha ideia é que
eu diminua, pelo menos em dois anos, a metade dos desempregados de lá. E essa é a
nossa missão. Então, preciso de uma atenção especial desta Casa, e através do
Presidente Jorge Picciani, através do Deputado Nelson Gonçalves, da Deputada Inês
Pandeló, que tem nos visitado lá e está vendo o nosso problema lá, eu vou estar lá.
Como a gente está na ponta, eu recebo lá, eu fico até as 10, 11 horas da noite no meu
gabinete recebendo as pessoas procurando um emprego, não me pedem nada. Então,
eu vou ser uma pessoa que sempre vou estar aqui, de alguma maneira, procurando
caminhos para desenvolver o meu município.
Era essa a colocação que eu queria falar. Eu não sou contra
incentivo, eu sou a favor. Porque nós não vamos inclusive desenvolver muito o
turismo, mas nós precisamos o apoio dos senhores.
O SR. PRESIDENTE (JORGE PICCIANI) – Obrigado Prefeito
Luiz Carlos. Pode ter certeza que tem o apoio integral não do Presidente em si, mas
de todo parlamento, o governador acabou de telefonar, está interessado no resultado
desta reunião, por isso eu atendi ao telefone. O Dr. Júlio vai transmitir isso, nós
vamos tentar sintetizar isso num documento. Eu falarei também. Acredito que nós
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dominó, acaba atingindo outros setores e outras cidades. Então, uma das questões que
a gente vem solicitando é que os diversos atores do Estado possam ajudar, o sindicato
vai falar, possam ajudar a abrir esse diálogo com a CSN.
Uma outra questão colocada para minimizar os efeitos da crise na
região foi a execução de obras, obras de infraestrutura que geram empregos imediatos
e não é perdido, é a infraestrutura para que quando passar a crise possa ter mais infra-
estrutura para trazer investimentos, inclusive, de outros estados.
Aqui foram citados alguns empreendimentos que já são do
governo federal. O Presidente Lula tem dito: “ O Estado vai investir mais ainda nesse
momento de crise”. E as obras do PAC, lá o pátio de manobras o Luiz Paulo falou
que não termina – na verdade, não começa – mas agora está iniciando, está na fase de
assinatura do contrato. Temos lá a Avenida do Contorno, que tem problemas de
licença ambiental, que precisa ser resolvido. O Deputado Rodrigo Neves, da nossa
bancada, abriu uma negociação, uma conversa, com o Ministro Luiz Dulci, para que a
gente possa levar também essa situação. Então, eu penso que o Estado deveria abrir
algumas frentes de obras lá na região fluminense. Acho, por exemplo, a estrada que
liga Rio Claro à Mangaratiba é muito importante, ainda mais agora nesses dias em
que na Dutra caiu tudo quanto é barreira. Eu estava chegando do Fórum Social
Mundial e fiquei quatro horas no aeroporto porque o meu motorista não conseguia
descer a Dutra. Então, a Estrada de Mangaratiba é essencial.
Outra estrada que o Prefeito José Laerte fala muito é a ligação de
Minas com o Estado do Rio, ali por Falcão. Temos lutado, já há algum tempo, para o
asfaltamento da estrada que liga o bairro de Colônia a Rialto, em Barra Mansa, assim
como o de Vila Nova ao distrito de Amparo, que vão ligar aos distritos e, com
certeza, o meio rural também. E aí quero fazer minhas as palavras da Federação da
Agricultura, sobre o ICMS Verde, que é um potencial importante para a arrecadação
dos municípios também. E quero convidar, porque aqui a Casa instalou uma
comissão especial de acompanhamento da implementação do ICMS Verde – sou
presidente desta comissão – vai ter a primeira reunião com a presença da Secretária
de Ambiente. Será dia 1º de abril, mas é verdade. Depois queremos fazer outras
também nos municípios para levar informação e para estar à disposição dos prefeitos
também. Obrigada.
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que nos conscientizar que temos uma situação, hoje, privilegiada, no mundo. Então,
nós, empresários, antes de tudo, como sempre foi uma das preocupações minhas na
Associação Comercial, temos que olhar para o ambiente de negócios. Ambiente de
negócio que, para as empresas grandes e médias, sinto que existe uma
conscientização muito grande.
Mas, nessa reunião com o presidente Lula, eu disse da importância
dos dados que me impressionam muito, da geração de empregos da pequena e média
empresa. Fazendo parte do Sebrae, que eu tenho a honra de participar, estou muito a
par e acompanhando isso. Tivemos a lei do Simples, que foi muito importante, mas
ela precisa ainda de um aperfeiçoamento. É uma coisa que se precisa regulamentar, é
fundamental.
Apoiando essa pequena e média empresa, vamos conseguir uma
geração importante de negócios. Presidente, só para concluir, sem querer entrar numa
seara que eu não domino, não conheço, tenho conscientização da importância do
incentivo, mas também tenho medo dele.
Como o presidente mostrou muito bem, quando um companheiro
sofre uma concorrência, estabelecido ali a não sei quantos anos, de repente, é
surpreendido com o concorrente que entra e que tem aí dez por cento a menos de
imposto, vou lhe dizer, é uma situação difícil. Então, se eu posso deixar aqui só uma
sugestão, uma lembrança, quem sabe esse incentivo pode, secretário, ter um período
fixo, por um prazo delimitado? Entendeu? Não pode ser para o resto da vida. (pausa)
É vinte e cinco anos? Então, bota isso mais curto; manda eles trabalharem rápido: dez
anos.
E a outra coisa é ligar o incentivo a certos objetivos, porque tem
metas que têm que ser alcançadas. Quer dizer, não é só dar o incentivo, o cara vem lá
e fica lá gozando, se aproveitando durante 25 anos. Acho que poderiam ser criadas
algumas metas e objetivos. Quem não cumprir aquilo, perde.
Desculpe-me tomar tanto tempo. Muito obrigado. É um honra
muito grande estar aqui com vocês.
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caso a CSN, a empresa beneficiada, onde são colocadas obrigações das partes. E a
CSN, como bem disse o presidente, é de difícil negociação. Foi uma negociação
demorada, inclusive o Neto não está aqui, mas o prefeito Neto, então secretário de
fazenda, negociamos em conjunto, e nós chegamos ao final com quatro, cinco pontos
em aberto, três eram passíveis de serem ultrapassados; e teve um ponto que pegou, e,
por causa disso, nós não assinamos nenhum contrato, quer dizer que ela tem mas não
tem o benefício, ou seja, se não assinar o contrato ela não pode usufruir. E esse ponto
justamente foi a manutenção dos empregos, que a gente queria fixar esse número e
eles não quiseram fixar esse número. Esse foi o ponto principal pelo qual nós não
assinamos o contrato com a empresa e hoje ela não faz jus, ou seja, ela tem o direito
ao benefício, pelo enquadramento que teve na assembleia, mas ela não pode usufruir
se não assinar esse contrato. É só um esclarecimento e dizer que nós, o estado sim
tem uma preocupação.
Teve o item de índice de compras dentro do estado, teve o índice
do prazo que nós discutimos, tudo nós poderíamos ajustar. O que não abrimos mão e
eles não quiseram incluir no contrato, por isso não foi assinado, foi justamente a
questão dos empregos. Esse é o primeiro ponto.
Na questão da Lei Rosinha, acho que já foi bem discutido. Só
dizer que realmente ela precisa ser aperfeiçoada como tudo na vida. Nós passamos já
três anos, enfim, tem que ser realmente re-estudada, aperfeiçoada, mas isso me parece
já há um consenso na Casa.
E o objetivo principal que eu solicitei a fala é para dizer aos
senhores: a crise financeira, que foi o início de toda essa crise que estamos
vivenciando, se alastrou, atingiu outros setores de economia, inclusive a indústria de
transformação. Uma das consequências é a falta de crédito para as empresas,
principalmente as micro, pequenas e médias empresas.
Eu queria dar a notícia aos senhores de que a Investe Rio tem
condições de suprir as micro, pequenas e médias empresas de capital, inclusive
capital de giro. Hoje, por exemplo, não teria condições há pouco tempo, mas o Bndes
abriu uma linha de capital de giro, com condições bastante favoráveis, que nós
podemos repassar.
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com isso, mesmo com as dificuldades, com as suas diferenças com o máximo de
responsabilidade.
É importante quando se resgata aqui o outro incentivo, e eu me
lembro bem que nós tivemos que alterar esta lei da CSN, deputada Inês, deputada
Cida, na época, deputado Nelson, deputado Albertassi e o deputado Noel, porque ele
exigia a redução dos juros de 6% para 3%. Nós tivemos que voltar novamente e nem
assim ele fez a tal da indústria. São oito anos. Nem assim.
Então é importante verificar. Por que digo que tem que o
governador entrar? Porque é uma negociação difícil. Então, só para ilustrar, já que
estamos aqui falando desses assuntos todos.
Vamos ouvir o prefeito Jorge Serfiotis, de Porto Real. Logo a
seguir, o deputado Rodrigo Neves e o padre Juarez.
O SR. JORGE SERFIOTIS – Boa-tarde, deputados, prefeitos,
secretários, vereadores, vice-prefeitos, todos os presentes. O sul fluminense tem dois
parâmetros: a grande indústria e a pequena e média indústria. Certo? A grande
indústria emprega, realmente, uma quantidade enorme de pessoas, mas tem muitos
serviços terceirizados. Quando você fala em grande indústria, a maioria dos serviços
é terceirizada. Às vezes tem uma demissão na indústria que não afeta o terceirizado
porque vai para a terceirizada dos funcionários.
Agora, o grande problema nosso hoje é a implantação de pequenas
e médias empresas na região. Isso é importantíssimo. A Lei Rosinha seria
interessante no sul fluminense no sentido de implantar pequenas e médias empresas
na nossa região. Essas, sim, vão gerar emprego. Essas vão ser os laboratórios para
preparar mão-de-obra para a grande indústria, que é um outro problema que nós
temos na região - a mão-de-obra qualificada – porque é cara para se preparar, Senai,
Pandiá Calógeras... É um custo altíssimo para preparar essa pessoa para a gente
indústria; e a pessoa para se preparar tem que estar trabalhando, senão não consegue
se preparar; e a pequena e média indústrias são os laboratórios.
Por exemplo, Porto Real, eu tinha uma área de 100 mil metros,
transformei em um pólo empresarial de empresas de 2.000 metros, 3.000 metros,
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5.000 metros, 10.000 metros. Está pronto. Peguei a infraestrutura toda, dividi pelas
14 empresas que se instalaram, que adquiriram a área, por 5,50 o m2, ou seja, com
esse dinheiro, nós fizemos a infraestrutura de água, esgoto, meio-fio, drenagem, etc.,
só não fizemos o asfalto.
Aí que gostaria de contar com a presença do Dr. Maurício Chacur,
Dr. Fernando, a Codin e a Investe Rio no sentido de incentivar essas pequenas e
médias empresas se instalarem o mais rápido possível.
Hoje, nós temos um problema sério nesse polo empresarial, por
incrível que pareça: Ampla. É outro problema gravíssimo na nossa região, primeiro
que a energia é caríssima, aí sim, deputado, presidente, poderia haver um ajuste com
a Ampla na redução dessa tarifa para a indústria, para a pequena e média indústrias,
porque é altíssimo o custo. Para vocês terem uma ideia, estou com o polo empresarial
pronto, as indústrias desesperadas para se instalar, gera-se ali 300, 400 empregos; e a
Ampla está me dificultando porque não tem como colocar ampliação de energia para
atender o polo empresarial! Isso é uma vergonha no Estado do Rio de Janeiro! E uma
Ampla que cobra uma luz caríssima, tanto da indústria como domiciliar. É muito
maior o custo da Ampla do que da própria Light.
Então, tem que haver um consenso nesta Casa, presidente - que aí,
sim, depende desta Casa esse monopólio acabar; você poder adquirir energia de onde
for mais fácil e mais rápido para a região.
O SR. PRESIDENTE (JORGE PICCIANI) – Hoje, isso não é
possível e não depende desta Casa. Mas, o presidente Lula mandou uma medida
provisória ao Congresso Nacional, que trata do setor de energia, o que vai permitir
comprar de pequenas distribuidoras, de Furnas, de outras; isso vai permitir modificar
essa situação.
O segundo pior empresariado para negociar no estado é a Ampla.
Nós já abrimos CPI, eles são terríveis. O que nós poderíamos é votar re-estatizar, o
que seria uma coisa muito complexa, muito difícil e contra o sentido; mas, há, no
residente Lula, um movimento nesse sentido que você coloca.
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Então, é para isso que nós temos que estar preparados, é para o
desemprego feminino, é coisa muito séria mesmo, não estou aqui de demagogia não.
Hoje, no meu município, eu atendo 100 pessoas por dia, atendo todo mundo, entro 8
horas da manhã e saio 8 horas da noite, atendo todo mundo, eu atendo, empresário.
Não interessa, são 90% de mulheres desempregadas.
Obrigado, boa-tarde.
O SR. PRESIDENTE (JORGE PICCIANI) – Deputado Rodrigo
Neves; logo a seguir, o Padre Juarez.
O SR. RODRIGO NEVES – Bem, presidente, primeiro, eu
gostaria de parabenizar o deputado Nelson Gonçalves pela proposição, pela
sensibilidade de S. Exa. de trazer para o fórum permanente o debate sobre a crise.
Nós já havíamos feito em dezembro, com o deputado André Corrêa, presidente da
Comissão de Economia, Indústria e Comércio, e eu na condição de presidente da
Comissão de Assuntos Municipais e de Desenvolvimento Regional, um debate sobre
a crise, debate este que fez menção a Júlio Bueno; e o secretário esteve aqui conosco,
junto com alguns economistas importantes, como Maria da Conceição Tavares,
Mauro Osório, economistas da Firjan e também o senador Aloizio Mercadante,
presidente da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado.
E é muito importante, presidente, que V. Exa. assuma, como
sempre, com a sensibilidade política que tem, os temas relevantes para o estado,
porque já naquele momento, em dezembro, quando fizemos aquela audiência, a gente
já observava a necessidade do Estado do Rio ter um programa de enfrentamento da
crise.
Eu não vou entrar aqui no debate sobre a crise, até porque a
audiência já está muito extensa, mas é importante dizer que o Brasil está mais
preparado, não por obra do acaso, porque quando resistimos, por exemplo, à proposta
de implantação da Área de Livre Comércio das Américas, a Alca, éramos
questionados como “dinossáuricos”. E nós estamos vendo o que está acontecendo
com o México, que hoje depende basicamente da economia americana.
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nas obras do PAC aqui no Estado do Rio para dar agilidade as obras, para cumprir o
cronograma de obras do PAC, algumas obras estão atrasadas como é o caso do arco
metropolitano. E a implantação do terceiro turno é fundamental para agilizar o
cronograma e gerar empregos nesse momento transitório de crise que o Brasil
evidentemente está passando.
Temos outras discussões que nós vamos precisar fazer com
relação ao enquadramento da redução do ICMS dos produtos da economia popular
para manter o consumo aquecido. Portanto são questões que eu acho que V. Exa. tem
tratado com muito carinho, com muita prioridade; e acho que esta Casa pode
contribuir junto ao governo do estado para construir uma agenda de enfrentamento da
crise por parte do Rio de Janeiro.
Por último, para concluir, nesse caso específico do sul fluminense,
eu não vou entrar no debate de duas questões que nós vamos ter que aprofundar em
outros fóruns. Primeiro, é o debate da Lei Rosinha. Evidentemente eu como
presidente da Comissão de Assuntos Municipais e de Desenvolvimento Regional
acho que a guerra fiscal não ajuda ninguém, presidente. Nós temos que ter uma
reforma tributária no Brasil que reduza a carga tributária, evidentemente, mas que
acabe definitivamente com a guerra fiscal porque ela não é boa para o empresário, ela
não é boa para as prefeituras, para os governos estaduais nem para a população.
Realmente, presidente, tem distorções, como que a Cidade de
Campos é contemplada nessa lei e uma cidade como Itatiaia está excluída dos
benefícios dessa lei? Nós precisamos discutir essa lei, presidente, do ponto de vista da
governança, do ponto de vista dos critérios, porque evidentemente, como o deputado
André Corrêa pontuou bem, existem municípios do noroeste fluminense, que foi a
primeira justificativa para essa lei que precisam de incentivos e estratégia de
desenvolvimento bem posicionadas por parte do estado. Agora, do jeito que a coisa
está caminhando, nós vamos desvirtuando o objetivo inicial. Evidente que nós vamos
fazer esse debate de maneira franca, o secretário Júlio Bueno pontuou essa questão
mas nós vamos fazer esse debate e o presidente Jorge Picciani como sempre com
sabedoria vai conduzir esse debate.
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bispo diocesano D. João Maria Messi, por ter, através da cúria, plantado essa semente
e ela ter chega a este fórum permanente. V. Exa. disse que esta iniciativa poderia se
estender para todo o Brasil, e quero creditar ao bispo essa conquista e ao povo de
Volta Redonda por tê-lo como bispo diocesano; e o deputado Noel de Carvalho.
Queria falar com sobre Fernando Barros, presidente da Codin, que
não está presente, mas a companhia, com certeza, está ouvindo bem isto aqui para
que o estado, através dela e através do Maurício Chacur, nos socorra.
Falar do Jorge Serfiotis, meu vizinho do outro lado do Rio
Paraíba, que é um privilegiado. Quando Deus planejou aquela região, de que o Noel
fala muito, que tem o pico de Itatiaia como referência e aquela baixada do Rio
Paraíba para receber os incentivos do governo do estado, instalar lá a Volkswagen e a
Peugeot, ela veio planejada antes pelo Mercovale, pelo planejamento estratégico de
uma empresa contratada por municípios, antes mesmo de Porto Velho e Quatis
surgirem; e aos sindicatos, na pessoa do Campanaro que veementemente defende a
classe trabalhadora. Dizer que a nossa região, com 850 mil habitantes, com 600 mil
eleitores; tem o Ademir de Melo, o Nelson Gonçalves, o Edson Albertassi, a Inês
Pandeló, o Noel de Carvalho, o deputado federal Deley e a Cida Diogo. Uma força
tamanha, e o André Correa, deputado de Valença, o senhor citou como a força
política que levou os incentivos políticos para lá. E nós ficamos sem eles.
E Quatis está sendo lembrado! E eu quero dizer: água mole em
pedra dura tanto bate até que fura, porque a Inês disse que eu estou cansado de falar
numa estrada. E agora eu queria, então, aproveitar a deixa da deputada, porque só ela
disse sobre Quatis. E Quatis não recebeu, nem pode reclamar, incentivo algum,
empresa nenhuma do estado se instalou lá, incentivo nenhum do estado se instalou lá
por causa de uma ponte sobre o Rio Paraíba que não se constrói e uma outra que cai.
Eu aproveito para ler um ofício – vou cometer a irreverência de ler
um ofício dirigido ao Luís Pezão, nosso vice-governador que, de vez em quando, é
governador – e ele está lá me esperando levar esse ofício. Senhor vice-governador –
isso fala da crise e fala da solução que pode acontecer, se o vice-governador, o
Maurício Chacur e a Assembleia Legislativa nos ajudarem nisso que eu vou dizer -,
em continuidade aos nossos entendimentos verbais, solicito gestões de V. Exa. com
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demais prefeitos para que tenha um escritório do Bndes em Quatis. Quem sabe com
isso Quatis é lembrado.
Muito obrigado.
O SR. PRESIDENTE (JORGE PICCIANI) – Obrigado, prefeito
José Laerte.
Dr. Roberto Monzo.
O SR. ROBERTO MONZO – Boa-tarde a todos. Senhor
presidente, a região do médio Paraíba vem trabalhando, a partir, como foi dito aqui,
da iniciativa do nosso bispo, na discussão do desenvolvimento, no enfrentamento da
crise, de maneira integrada, que é o que nós precisamos, de outra forma a gente não
combate esses efeitos.
O prefeito José Renato, que teve que se ausentar, entregou ao
deputado Nelson Gonçalves uma carta que a região sul fluminense traz para a Alerj e
para o governo do estado com as reivindicações a partir desses encontros.
Então, eu me permito falar mais detidamente em relação a Barra
do Piraí, porque Barra do Piraí já vem sendo prejudicada em relação a esses
incentivos desde o Plast-Rio, quando ele foi concedido para a Baixada Fluminense,
uma empresa de Barra do Piraí, que ia implantar um novo parque industrial acabou
tendo que optar pela Baixada e, depois de vendida essa empresa, ela passou a
transferir sua produção para a Baixada Fluminense. Isso tem ocorrido.
Depois, com a Lei Rosinha, que nós entendemos a importância
dela e a concepção dela para aquela região norte-noroeste, talvez se ela não tivesse
sido alterada, se esse benefício não tivesse sido estendido a outros municípios, nós
não estaríamos falando tanto da lei Rosinha aqui, hoje, porque ninguém reclamava
dessa lei para o norte-noroeste. A partir do momento que essa lei foi estendida a Três
Rios e Paraíba do Sul, Barra do Piraí começou a sentir os efeitos porque empresas
que estavam negociando, em fase final de negociação com Barra do Piraí, passaram,
então, a optar por Três Rios. E, agora, para piorar a situação, essa lei é estendida para
Valença, um município vizinho, que faz parte da microrregião de Barra do Piraí. Veja
bem, é necessário se analisar, quando se olha para uma região e fala-se do sul
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se tem alguém que quer investir naquela região, nosso presidente, jamais vai investir
– jamais vai investir – pela situação que estamos passando. O nosso prefeito Tuca
Jordão já esteve numa reunião, quinze dias atrás, com o senhor, teve também com o
secretário de transportes Júlio Lopes, esteve com o representante do Ministério dos
Transportes, mas não temos ainda nenhuma decisão.
É o pedido aqui, o nosso prefeito não pôde estar presente por
causa de um compromisso que já tinha agendado anteriormente em nosso município,
estou aqui então o representando, e é um pedido que estamos fazendo ao senhor,
como nosso presidente, aos nossos deputados, ao nosso secretário, para que realmente
tome uma providência, cobre de quem é devido pela situação que está acontecendo na
nossa região da Costa Verde, que é um grande prejuízo para todos, não é só para a
região da Costa Verde, é para todos. É para todos! Esse é um pedido que faço aqui
para os senhores.
Quero também aqui falar, e o nosso secretário Júlio Bueno
conhece já o assunto, é sobre o incentivo à cevada para nosso porto de Angra dos
Reis, que há mais de dois anos já está isso na Secretaria de Fazenda; o secretário tem
conhecimento do assunto, e onde temos hoje em torno de 1.200 famílias, que são
portuários, e que hoje passam por um momento difícil em nosso município,
justamente por causa da... É um dos produtos que iriam embarcar pelo nosso porto.
O nosso porto tem calado para atender essas necessidades, e até agora, não foi
também resolvido esse assunto.
Até esse terceiro item, presidente, eu queria aqui é fazer, e aí eu
entro no quorum dos outros representantes dos municípios que não foram
beneficiados pela Lei Rosinha, é que diminua o prazo da lei que é de 25 anos, mas
atendam os outros municípios que não foram atendidos até hoje. Porque, como o
Roberto Monzo fez a colocação aqui, o município dele está sendo prejudicado pelo
vizinho. Então, nós precisamos também desses incentivos, ou que diminuam o prazo,
então, da lei. Mas atendam todos os municípios do Estado do Rio de Janeiro, por que
para uns sim, e para outros não? Acho que ninguém é melhor do que o outro. Nós
defendemos os mesmos interesses que é o desenvolvimento do Estado do Rio de
Janeiro.
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que gera emprego e renda por conta de um detalhe, é preciso que se façam ajustes,
não é isso? Pois bem, por outro lado, a resistência do secretário de fazenda, cuja
tarefa é produzir o superávit etc. e tal, apresentar um dinheiro em caixa no final do
ano.
Então, é preciso que alguém, presidente Picciani, assuma essa
responsabilidade que, em primeiro lugar, dá muito trabalho e, em segundo lugar,
representa alguns desgastes, porque vai representar algum tipo de enfrentamento. Por
exemplo, assisti o esforço do Fernando Barros e do Chacur e do Júlio Bueno num
esforço hercúleo para trazer para o Estado do Rio de Janeiro, especialmente para essa
região, os fornecedores de auto-peças das montadoras, porque é um absurdo você
apenas montar, ali em Porto Real ou em Rezende, o caminhão Volkswagen, ou o
automóvel Peugeot e comprar todas as peças, gerando milhares de empregos e
milhões de ICMS para o Estado de São Paulo.
Por outro lado, o nosso querido Estado de São Paulo não merece a
nossa consideração, e sou testemunha disso há 50 anos. Assisti a uma discussão pelos
grandes jornais, que começou com o governador Garotinho e o governador Covas.
Depois, observei que essa discussão estava se travando entre o governador Garotinho
e o secretário Nakano, e, mais adiante, a discussão era entre o governador Garotinho
e o Clóvis Panzarini, superintendente de tributação. Aí, não agüentei aquele negócio,
peguei meu automóvel e, como moro entre Rio e São Paulo, em vez de vir para o Rio,
fui para São Paulo e forcei uma audiência com o Clóvis Panzarini. Ele foi muito
educado – o Júlio Bueno fez uma revolução no Espírito Santo, ele sabe tudo como faz
isso, Picciani pode orientar bem. Agora, precisa do prestígio do presidente da
Assembleia, da competência e da experiência política que o Picciani tem.
Lembro-me que o Clóvis Panzarini disse educadamente que ele só
tinha tirado, da questão da substituição tributária, pilha, lâmpada e não sei o quê. “Só
tirei isso para dar um susto no seu governador, porque se eu quiser eu quebro a
Economia do Rio de Janeiro.” O superintendente de tributação do Estado de São
Paulo disse isso para mim, ninguém me contou não. Aí eu disse assim: “O senhor
acha justo que o superintendente de tributação de um estado tenha o poder de quebrar
a economia de outro estado?” Ele respondeu para mim, sorrindo, educadamente, o
seguinte: “Justo não é não. Mas, se eu quiser quebrar, eu quebro.”
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E isso faço sem nenhum tipo de picuinha ou de mesquinharia. Aqueles que lidam
comigo sabem que eu procuro sempre lidar da forma mais franca e aberta possível.
Sou incapaz de não lidar de frente com as adversidades que se apresentam. Mas, no
intuito de colaborar, eu acho que o estado precisa avançar, ninguém é dono do estado.
Nós vivemos num país que nós temos dois temas que são
fundamentais, nós queremos a fraternidade entre os povos, o que nós queremos é um
regime democrático rigorosamente consolidado, o que nós queremos são, e suma, é o
direito das pessoas e das famílias poderem viver dignamente. E para isso é preciso
desenvolvimento, para isso é preciso distribuir a riqueza. Para isso é preciso gerar
oportunidade. Então, não há vilão nem no empresariado nem no trabalhador. O que
nós temos que buscar é enfrentar isso e o estado é para isso. O estado não é para ser
paternalista, mas o estado é para buscar o equilíbrio e permitir um desenvolvimento
justo na sociedade.
E esta Casa tem esse sentimento. Esta Casa, de uma forma geral,
não é compreendida porque é muito difícil conseguir passar de uma forma mais
ampla pelos meios de comunicação o que ocorre no Parlamento. Uma coisa eu tenho
certeza, o Parlamento do Rio, com as suas dificuldades, com o seu extrato da
sociedade, portanto, com defeitos, com virtudes, com generosidades ou não, é um
Parlamento que é de vanguarda no país. Aqui as coisas têm avançado. A oposição
que é muito forte, e muito qualificada, de partidos que não são da base do governo,
são de uma generosidade muito grande com o estado. Estado lato sensu. Votam aqui
as matérias do governo mesmo que isso venha favorecer do ponto de vista político o
partido do governador. Não sem antes discutir nem sem antes modificar, não sem
antes melhorar. Porque muitas das vezes é esse o sentimento.
Hoje, o governador sancionou uma lei e regulamentou, que esta
Casa tinha aprovado, que o Gabinete Civil, com um conjunto de procuradores
levaram ele a vetar, esta Casa derrubou o veto e ele num gesto de grandeza, de
humildade, sancionou o veto, depois de derrubado. Em vez de considerar uma ofensa
pessoal, um enfrentamento desta Casa, ele considerou que aquilo era bom para o
estado, que a lei aqui aprovada era para agilizar mecanismo de arrecadação a favor do
estado, portanto, da população. Ele recuou e modificou. E hoje comunicou a esta
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está dando certo, governança essa semelhante àquela que esta Assembleia aqui
propôs no Fremf.
Então, é só isso, é só encontrar um ajuste. Eu acho que na questão
da dotação de investimento a gente tem todas as armas, e que precisamos fazer um
ajuste nessa lei que ajude o secretário de estado de desenvolvimento, queria dizer,
muito.
Três questões pontuais para encerrar: CSN eu já me referi; Ampla.
Ampla, é uma coisa importante vocês saberem: a Ampla não está sobre a supervisão
direta do governo do estado. A Ampla, sua supervisão é da Aneel e do governo
federal. Nós estamos em processo de mudança. A nossa Agenersa acabou de fazer,
por influência da secretaria, um convênio com a Aneel para que ela repasse para a
Agenersa as tarefas de fiscalização da Ampla, o que vai dar para o estado um poder
muito maior nessa área de energia elétrica.
De qualquer maneira, eu queria chamar a atenção e pedir para
vocês o seguinte: quem tiver problema com a Ampla, pode falar comigo. Porque a
gente tem operado bem a Ampla, eu e a Renata. Então, é isso, o prefeito não está
mais aqui, mas eu queria ficar à disposição para poder discutir, influenciar, que é o
que temos feito.
Uma última observação com relação a Quatis. O prefeito esqueceu
uma coisa: nós estamos levando a Wirex Cable para Quatis, que é uma empresa
importante. A Wirex Cable, até onde eu saiba, independe da ponte. Nós vamos fazer
a ponte. Eu acho que a ponte é importantíssima. Mas eu só queria chamar a atenção,
que nós temos feito um esforço para colocar coisa em Quatis. O Fernando até ganhou
um título de cidadão de Quatis pelo esforço que nós temos feito.
E para concluir definitivamente que a Investe Rio é uma
construção que foi feita não no nosso governo, mas que está ganhando músculo em
nosso governo, e que é espetacular. Hoje nós temos na verdade 100 milhões de
patrimônio que implica a possibilidade de emprestar um milhão de reais. Até o final
do ano se Deus ajudar, nós vamos ter 200 milhões para podermos emprestar, até dois
bilhões. E só para lhe dizer, na mudança da legislação aqui nós demos a
possibilidade de fazer empréstimo para construir galpão. E por inspiração, também é
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importante dizer, do nosso Pezão, que teve uma experiência muito grande e muito
boa com isso.
Então, é isso. Muito obrigado, eu me sinto muito honrado de estar
aqui Sr. Presidente. Muito obrigado. (Palmas)
O SR. PRESIDENTE (JORGE PICCIANI) – Dr. Júlio, queria
agradecer. E ao fazê-lo, agradeço ao governador Sérgio Cabral, o qual, tenho certeza,
vai ajudar no que puder.
Queria passar a palavra ao deputado Nelson Gonçalves para, em
nome da Assembleia Legislativa, fazer os agradecimentos finais.
O SR. NELSON GONÇALVES - Senhor presidente, eu queria
agradecer em nome de toda a nossa região sul do estado. V. Exa., desde o primeiro
momento, quando nós estivemos reunidos em janeiro, imediatamente colocou à
disposição toda a Assembleia Legislativa. E chegamos hoje aqui a participar deste
Fórum de Desenvolvimento Estratégico do Estado do Rio de Janeiro.
Dizer também da importância da realização do fórum em Volta
Redonda no final de dezembro, iniciado na cúria sob a liderança de D. João, dos
líderes sindicais, prefeitos, da Câmara de Volta Redonda. E aqui presente o vereador
Paiva, que fez a primeira audiência pública.
Agradecer a participação de todos, do nosso secretário Júlio
Bueno, empresários, da Associação Comercial, do CDL, sindicatos, os prefeitos, que
estão nessa luta desde dezembro. Eu acredito que hoje nós saímos daqui com um
avanço. E tenho certeza de que não vamos parar aqui, nós vamos discutir nas
comissões. O secretário já se colocou à disposição.
Temos uma questão direta e que preocupa muito a cidade da nossa
região, que é a questão da CSN. V. Exa. já colocou a possível participação do
governador. Acho que isso é importantíssimo, o governador participar conosco nessa
questão.
E dizer também, como a deputada Inês Pandeló falou, sobre
algumas coisas específicas. A Estrada de Mangaratiba já está no programa de
governo, talvez para esse ano, e precisamos também agilizar, deputado Rodrigo, a
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