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O DESENVOLVIMENTO DO AGRONEGÓCIO
AGRONEGÓCIO E SUAS IMPLICAÇÕES
SOCIOECONÔMICAS:
MICAS: o caso do município de Sertanópolis - PR
Curitiba
2008
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AGRADECIMENTOS
SUMÁRIO
1 . INTRODUÇÃO ................................................................................................... 9
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .............................................................................. 12
2.1 A Globalização do Agronegócio .................................................................. 123
2.2 As pressões para se manter no agronegócio e suas implicações ambientais16
3. METODOLOGIA................................................................................................ 18
4. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ................................................................... 19
4.1 O município de Sertanópolis ......................................................................... 19
4.2 Transformações em relação ao uso do solo.................................................. 21
4.2.1 Preços médios máximos praticados no núcleo regional de Londrina........ 22
4.2.2 Milho e Soja .............................................................................................. 23
4.2.3 Trigo .......................................................................................................... 26
4.2.4 Café .......................................................................................................... 27
4.2.5 Cana de Açúcar ........................................................................................ 29
4.2.6 O processo de especialização .................................................................. 29
4.3 Transformações sociais................................................................................. 32
4.3.1 Indicadores do mercado de trabalho ......................................................... 37
4.3.2 Especificidades do município de Sertanópolis. ......................................... 39
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................. 44
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................. 45
IV
5
FIGURA
V
6
GRÁFICO
VI
7
QUADRO
VII
8
RESUMO
VIII
9
1 . INTRODUÇÃO
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Há uma divisão internacional de trabalho, de acordo com a qual cada país se especializa
na produção de determinadas mercadorias para o comércio internacional. Durante algum
tempo se supôs que a base desta especialização fosse a diferente dotação de recursos
naturais - sol, clima depósitos minerais - de cada país. Mas, a divisão internacional do
trabalho, que acabou sendo produzida pela revolução industrial a partir do século XIX,
baseou se na verdade muito mais nos diferentes níveis de desenvolvimento das forças
produtivas atingidas pelos diversos países. Se determinados países se especializaram
na produção agro - mineral, não foi porque seus recursos fossem propícios, mas porque
o insuficiente desenvolvimento de suas forças produtivas os impedia de produzir artigos
industriais.(SINGER, 1977, p.51).
1
O secretário da Agricultura do Estado do Paraná, Valter Bianchini, lembra que a
produção paranaense de grãos e alimentos em geral está centrada na Agricultura
Familiar, sistema que está presente em quase 90% das propriedades existentes no
Estado. Das 360 mil propriedades 321 mil delas têm menos de 50 hectares.
(http://www.seab.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=3727) acesso 20/06/2008
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Se esta lógica ocorre em um mundo mais interativo, tais intercâmbios, longe de significar
homogeneidade, estão pautados pela desigualdade, sendo o alcance das decisões dos
agentes regional bastante limitado, uma vez que, no que se refere a agricultura moderna,
por exemplo, a pauta referente ao que, de que modo, com que qualidade produzir e,
sobretudo, a que preço, são decisões orientadas por bolsas de valores (Chicago,
Londres e Nova York).(ENDLICH, 2006, p-105).
[...] na agricultura moderna, a diversificação dos sistemas produtivos foi substituída pela
especialização. Muitos agrônomos e economistas acreditaram que a lógica de produção
em escala, que fizera sucesso no setor industrial, poderia ser facilmente aplicada na
agricultura. As monoculturas, altamente mecanizadas e baseadas no emprego intensivo
de insumos químicos e genéticos, funcionariam como verdadeiras fabricas a céu aberto,
capazes de produzir alimentos em quantidades suficientes para abastecer toda a
humanidade. Mas logo se percebeu que ao contrário da industria, a agricultura é
totalmente dependente de limites naturais, os quais não podem ser facilmente
controlados. A substituição de ecossistemas complexos e diversificados, particularmente
nas regiões tropicais, por sistemas produtivos extremamente simplificados, como são as
monoculturas, provocou uma série de impactos econômicos e ambientais. (Veiga e
Ehlers, 2003, p. 282).
3. METODOLOGIA
Fonte: SEAB.
Org. Krüger
Fonte: SEAB.
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Fonte: SEAB.
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Fonte: SEAB.
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4.2.3 Trigo
Fonte: SEAB.
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4.2.4 Café
Fonte: SEAB.
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Fonte: SEAB.
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cultivo de soja e de milho safrinha. Por outro lado, as culturas de trigo e de café
apresentaram redução da área de plantio. Desta forma podemos verificar a
especialização da cadeia produtiva, em função de poucos produtos os quais
propiciam maiores rendimentos econômicos.
Nesta microrregião observou-se um padrão de produção diferenciado nos
municípios de Porecatu, Florestópolis e Alvorada do Sul. Esse padrão ocorre em
função do cultivo de cana-de-açúcar.
Na microrregião o plantio de soja e de milho, é tido como prioritário pois,
os rendimentos obtidos com essas culturas se demonstraram mais atrativo no
período em questão, e por mais que o trigo seja uma cultura de inverno e não
concorra com a soja e o milho a redução de sua área de plantio é justificada pela
baixa rentabilidade deste produto e pela adoção de plantio de milho safrinha.
A introdução de novas tecnologias, como o plantio de milho safrinha,
também propiciou está alteração do processo produtivo.
Como foi relatado anteriormente, foram verificadas trocas em relação aos
cultivos agrícolas, ou seja, a queda das lavouras de cultivo permanente de café e o
acréscimo do plantio das lavouras temporárias.
Este fato apresenta implicações e mudanças tanto nas paisagens rurais
como em relação aos aspectos sociais, pois com a expansão das lavouras
temporárias conforme demonstra o gráfico n.° 8, igualmente ocorreu à expansão da
mecanização e substituição do trabalho braçal pelos tratores, como conseqüência
ocorreu o êxodo do campo para a sede dos municípios, e para cidade médias.
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Fonte: IPEA
Org. Krüger
Fonte: IPEA
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Pode-se
se observar uma tendência entre todos os municípios no acréscimo
de cultivo de lavouras temporárias no período de 1970, e 1985, e posteriormente um
recuo nas áreas de cultivo, entre o período de 1985 e 1995. Apresentado como
exceção, o município
ípio de Sertanópolis, no qual foi verificado acréscimo constante de
cultivos temporários entre o período de 1985 a 1995.
Os gráficos anteriores
anteriores apontaram Sertanópolis como detentora das
maiores áreas de plantio de soja e milho safrinha da microrregião de Porecatu.
Já os municípios de Porecatu, Alvorada do Sul, Prado Ferreira e
Miraselva demonstraram influência do cultivo de cana de açúcar.
açúcar
Essas
as alterações no sistema de produção geraram reflexos que
repercutiram sobre a sociedade, acarretado inúmeras transformações sociais.
Fonte: IPEA
Org. Krüger
Fonte: IPEA
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Fonte: IPEA
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De acordo com a análise do gráfico n.° 12,, pode se constatar que a maior
parte dos empregos ofertados são temporários, pois verifica-se que a quantidade de
empregados admitidos
dos e semelhante a quantidades de desligamentos.
Uma prática comum realizada nestes municípios é a contratação de
empregados temporários para serviços gerais na safra de grãos, operadores de
maquinas e dos armazéns, classificadores entre outros.
Já nos municípios
unicípios que possuem áreas de cana de açúcar como Porecatu,
Alvorada do sul e Florestópolis, ocorrem contratações de bóias frias para realizar a
colheita de Cana de açúcar.
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Fonte: IPEA
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50.00%
40.00%
30.00%
20.00%
10.00%
0.00%
AREA 9495 AREA 9596 AREA 9697 AREA9798 AREA9899 AREA0001 AREA0102 AREA0203 AREA0304 AREA0405
FONTE: SEAB
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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
LUPI, André Lipp Pinto Basto; CARVALHO, Leonardo Arquimimo de. Agricultura. In:
WEBER; BARRAL (org). O Brasil e a OMC. 2. ed. Curitiba: Juruá, 2006.
MOURA, Rosa. Notas sobre a rede urbana da região Sul. In: GONÇALVES, Maria
Flora; BRANDÃO, Carlos Antonio; GALVÃO, Antonio Carlos. Regiões e cidades,
cidades nas regiões: O desafio urbano-regional. São Paulo: ANPUR, 2003.