Sie sind auf Seite 1von 10

Historicamente, geólogos e geofísicos sempre acreditaram que poderia ser encontrado

petróleo nas camadas do pré-sal, embora existissem dúvidas sobre os volumes


existentes. As reservas descobertas na Bacia de Sergipe-Alagoas propiciaram produção
no Campo de Carmópolis, que completou 45 anos de atividade ininterrupta e ainda paga
participação especial.

Em áreas exploratórias offshore, a Petrobras perfurou poços em águas rasas que


alcançaram o pré-sal nas bacias de Sergipe-Alagoas (Campo de Camorim) e de Campos.
Entretanto, as descobertas confirmadas ao longo dos primeiros anos da década de 80 se
revelaram viáveis comercialmente, porém pouco significativas, principalmente por conta
das limitações tecnológicas da época.

Com o avanço tecnológico, os esforços de exploração se intensificaram, fazendo com que


a Petrobras buscasse águas cada vez mais profundas, tendo perfurado, desde 2005, 15
poços exploratórios que tinham como objetivo atingir o pré-sal nas bacias de Campos e
de Santos. Desse total, nove poços já foram testados em Santos, com indicações de
presença de petróleo leve de alto valor comercial (28o API) e grande quantidade de gás
natural associado. Os investimentos destinados a esses esforços superaram a marca de
US$ 1,5 bilhão.

Essas descobertas encontram-se ainda em fase de avaliação para comprovar seu caráter
comercial. Entretanto, os resultados obtidos até o momento apontam para uma nova
província exploratória de dimensões gigantescas. Somente no caso do Campo de Tupi, na
Bacia de Santos, por exemplo, os volumes divulgados pelo consórcio formado por
Petrobras, BG Group e Galp indicam a presença de 5 a 8 bilhões de barris de petróleo
recuperáveis - que correspondem a uma faixa entre 30% e mais de 50% das reservas
totais da Petrobras. Estes recursos elevarão as reservas - de 14 bilhões de barris de
petróleo equivalente (ou BBOE, da sigla em inglês) - para mais de 25 bilhões de barris de
petróleo equivalente.

Um poço do Campo de Tupi foi colocado em teste de longa duração para que seja
observado o comportamento da produção e outras características do reservatório ao
longo do tempo. Após três meses de teste (iniciado em 1º de maio) o poço vem
correspondendo às expectativas.

Recentemente a Petrobras descobriu significativas reservas no pré-sal, na Bacia do


Espírito Santo, tendo sido colocado um poço no Campo de Jubarte em teste de longa
duração para verificar o comportamento da produção e outras características do
reservatório.

1) O QUE É O PRÉ-SAL?

O termo pré-sal refere-se a um conjunto de rochas localizadas nas porções marinhas de grande
parte do litoral brasileiro, com potencial para a geração e acúmulo de petróleo.
Convencionou-se chamar de pré-sal porque forma um intervalo de rochas que se estende por
baixo de uma extensa camada de sal, que em certas áreas da costa atinge espessuras de até
2.000m. O termo pré é utilizado porque, ao longo do tempo, essas rochas foram sendo
depositadas antes da camada de sal. A profundidade total dessas rochas, que é a distância
entre a superfície do mar e os reservatórios de petróleo abaixo da camada de sal, pode chegar
a mais de 7 mil metros.
As maiores descobertas de petróleo, no Brasil, foram feitas recentemente pela Petrobras na
camada pré-sal localizada entre os estados de Santa Catarina e Espírito Santo, onde se
encontrou grandes volumes de óleo leve. Na Bacia de Santos, por exemplo, o óleo já
identificado no pré-sal tem uma densidade de 28,5º API, baixa acidez e baixo teor de enxofre.
São características de um petróleo de alta qualidade e maior valor de mercado.

2) QUAL O VOLUME ESTIMADO DE OLEO ENCONTADO ATÉ AGORA?

Para se ter uma ideia, só a acumulação de Tupi, na Bacia de Santos, tem volumes
recuperáveis estimados entre 5 e 8 bilhões de barris de óleo equivalente (óleo mais
gás). Já o poço de Guará, também na Bacia de Santos, tem volumes de 1,1 a 2
bilhões de barris de petróleo leve e gás natural, com densidade em torno de 30º API.

3) SÃO ECONOMICAMENTE VIAVEIS?

Com base no resultado dos poços até agora perfurados e testados, não há dúvida sobre a
viabilidade técnica e econômica do desenvolvimento comercial das acumulações descobertas.
Os estudos técnicos já feitos para o desenvolvimento do pré-sal, associados à mobilização de
recursos de serviços e equipamentos especializados e de logística, nos permitem garantir o
sucesso dessa empreitada. Algumas etapas importantes dessa tarefa já foram vencidas: em
maio deste ano a Petrobras iniciou o teste de longa duração da área de Tupi, com capacidade
para processar até 30 mil barris diários de petróleo. Um mês depois a Refinaria de Capuava
(Recap), em São Paulo, refinou o primeiro volume de petróleo extraído da camada pré-sal da
Bacia de Santos. É um marco histórico na indústria petrolífera mundial.

4) COMO COMEÇOU ESSA HISTORIA?

Em 2004 foram perfurados alguns poços em busca de óleo na Bacia de Santos. É que ali
haviam sido identificadas, acima da camada de sal, rochas arenosas depositadas em águas
profundas, que já eram conhecidas. Se fosse encontrado óleo, a ideia era aprofundar a
perfuração até chegar ao pré-sal, onde os técnicos acreditavam que seriam encontrados
grandes reservatórios de petróleo.
Em 2006, quando a perfuração já havia alcançado 7.600m de profundidade a partir do nível
do mar, foi encontrada uma acumulação gigante de gás e reservatórios de condensado de
petróleo, um componente leve do petróleo. No mesmo ano, em outra perfuração feita na Bacia
de Santos, a Companhia e seus parceiros fizeram nova descoberta, que mudaria
definitivamente os rumos da exploração no Brasil. A pouco mais de 5 mil metros de
profundidade, a partir da superfície do mar, veio a grande notícia: o poço, hoje batizado de
Tupi, apresentava indícios de óleo abaixo da camada de sal. O sucesso levou à perfuração de
mais sete poços e em todos encontrou-se petróleo. O investimento valeu a pena.

5) O QUE MUDA NA PETROBRAS?

Essas descobertas elevarão a empresa, ao longo dos próximos anos, a um novo patamar de
reservas e produção de petróleo, colocando-a em posição de destaque no ranking das grandes
companhias operadoras. Com a experiência adquirida no desenvolvimento de campos em
águas profundas da Bacia de Campos, os técnicos da Petrobras estão preparados, hoje, para
desenvolver as acumulações descobertas no pré-sal. Para isso, já estão promovendo
adaptações da tecnologia e da logística desenvolvidas pela empresa ao longo dos anos.
6) QUAL A CONTIBUIÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO NACIONAL?

Diante do grande crescimento previsto das atividades da companhia para os próximos anos,
tanto no pré-sal quanto nas demais áreas onde ela já opera, a Petrobras aumentou
substancialmente os recursos programados em seu Plano de Negócios. São investimentos
robustos, que garantirão a execução de uma das mais consistentes carteiras de projetos da
indústria do petróleo no mundo. Serão novas plataformas de produção, mais de uma centena
de embarcações de apoio, além da maior frota de sondas de perfuração a entrar em atividade
nos próximos anos.
A construção das plataformas P-55 e P-57, entre outros projetos já encomendados à indústria
naval, garantirá a ocupação dos estaleiros nacionais e de boa parte da cadeia de bens e
serviços offshore do país. Só o Plano de Renovação de Barcos de Apoio, lançado em maio de
2008, prevê a construção de 146 novas embarcações, com a exigência de 70% a 80% de
conteúdo nacional, a um custo total orçado em US$ 5 bilhões. A construção de cada
embarcação vai gerar cerca de 500 novos empregos diretos e um total de 3.800 vagas para
tripulantes para operar a nova frota.

7) A PETROBRAS ESTÁ PREPARADA TECNOLOGICAMENTE PARA


DESENVOLVER O PRE-SAL?

Sim. Ela está direcionando grande parte de seus esforços para a pesquisa e o desenvolvimento
tecnológico que garantirão, nos próximos anos, a produção dessa nova fronteira exploratória.
Um exemplo é o Programa Tecnológico para o Desenvolvimento da Produção dos
Reservatórios Pré-sal (Prosal), a exemplo dos bem-sucedidos programas desenvolvidos pelo
seu Centro de Pesquisas (Cenpes), como o Procap, que viabilizou a produção em águas
profundas. Além de desenvolver tecnologia própria, a empresa trabalha em sintonia com uma
rede de universidades que contribuem para a formação de um sólido portfólio tecnológico
nacional. Em dezembro o Cenpes já havia concluído a modelagem integrada em 3D das
Bacias de Santos, Espírito Santo e Campos, que será fundamental na exploração das novas
descobertas.

8) PARALELO BACIA DE CAMPO, ANOS 80, AGUAS PROFUNDAS:

De fato, as descobertas no pré-sal deixam a Petrobras em situação semelhante à vivida na


década de 80, quando foram descobertos os campos de Albacora e Marlim, em águas
profundas da Bacia de Campos. Com aqueles campos, a Companhia identificava um modelo
exploratório de rochas que inauguraria um novo ciclo de importantes descobertas. Foi a era
dos turbiditos, rochas-reservatórios que abriram novas perspectivas à produção de petróleo no
Brasil. Com o pré-sal da Bacia de Santos, inaugura-se, agora, novo modelo, assentado na
descoberta de óleo e gás em reservatórios carbonáticos, com características geológicas
diferentes. É o início de um novo e promissor horizonte exploratório.
1. O que é o novo marco regulatório?
São as novas regras para exploração e produção de petróleo e gás natural na área de
ocorrência da camada Pré-Sal e em áreas que venham a ser consideradas estratégicas,
enviadas pelo governo para apreciação do Poder Legislativo no dia 31 de agosto de 2009, na
forma de quatro projetos de lei (PL).
Os projetos de lei definem o sistema de partilha de produção para a exploração e a produção
nas áreas ainda não licitadas do Pré-Sal; a criação de uma nova estatal (Petro-Sal); a formação
de um Fundo Social; e a cessão onerosa à Petrobras do direito de exercer atividades de
exploração e produção (E&P) de petróleo e gás natural em determinadas áreas do Pré-Sal, até
o limite de 5 bilhões de barris, além de uma capitalização da Companhia. Se a proposta do
governo for aprovada, o País passará a ter três sistemas para as atividades de E&P de petróleo
e gás natural: concessão, partilha de produção e cessão onerosa.
2. Como funcionam os diferentes sistemas no mundo?
Cada país adota um diferente sistema ou sistemas que agregam características específicas, de
acordo com as peculiaridades e necessidades de cada nação. Há três sistemas mais utilizados:
concessão, partilha de produção e prestação de serviços.
A principal característica do sistema de concessão é que as atividades são realizadas por conta
e risco do concessionário, sem interferência ou maior controle dos governos nos projetos de
exploração e produção, respeitada a regulação existente. Caso haja uma descoberta e ela seja
desenvolvida, o petróleo e gás natural, uma vez extraídos, passam a pertencer aos
concessionários após o pagamento de royalties e outras participações governamentais.
O sistema de partilha costuma ser usado por países com reservas abundantes e baixo risco
exploratório. Nesses contratos, a companhia ou consórcio que executa as atividades assume o
risco exploratório. Em caso de sucesso, tem os seus investimentos e custos ressarcidos em
óleo (o chamado óleo-custo). O lucro da atividade resulta da dedução dos investimentos e
custos de produção da receita total. Convertido em óleo, esse valor é chamado de óleo-lucro,
que passa a ser repartido entre a companhia (ou consórcio) e o governo, em porcentagens
variáveis.
No sistema de prestação de serviços, uma empresa é contratada para realizar as atividades de
exploração e produção e tem seus serviços pagos segundo metodologias contratuais
predefinidas. Nesse modelo, toda a produção normalmente é de propriedade do Estado.
Cerca de 80% das reservas mundiais estão em países que adotam o modelo de partilha ou
sistemas mistos, que misturam características de mais de um modelo, mas com maior controle
do Estado sobre as atividades de exploração e produção.
3. Por que o marco regulatório está sendo modificado?
Quando a atual legislação que regula o setor de petróleo foi criada, em 1997, o Brasil e a
Petrobras estavam inseridos num contexto de instabilidade econômica, e o preço do petróleo
estava em baixa (US$ 19 o barril). Além disso, os blocos exploratórios tinham alto risco,
perspectiva de baixa rentabilidade, e o País era grande importador de petróleo. O marco
regulatório que adotou o sistema de concessão foi criado, à época, para possibilitar retorno
àqueles que assumiriam esse alto risco.
Hoje, o contexto é outro. O Brasil alcançou estabilidade econômica, foi atingida a
autossuficiência, os preços do petróleo estão significativamente mais elevados, e as
descobertas no Pré- Sal, uma das maiores províncias petrolíferas do mundo, poderão, apenas
com as áreas de Tupi, Iara, Guará e Jubarte, dobrar o volume de reservas brasileiras. Pelos
testes realizados, sabe-se que o risco exploratório é baixo e a produtividade é alta nas
descobertas localizadas na camada Pré-Sal.
Com o regime de partilha, o governo pretende obter maior controle da exploração dessa
riqueza e fazer com que os recursos obtidos sejam revertidos de maneira mais equânime para
a sociedade brasileira. Portanto, esse modelo é mais apropriado ao contexto atual e ao
desenvolvimento social, econômico e ambiental do País.
4. Como funcionará o sistema de partilha?
O sistema de partilha de produção será vigente nas áreas ainda não licitadas do Pré-Sal e
naquelas que venham a ser definidas como estratégicas pelo Conselho Nacional de Política
Energética (CNPE).
Na partilha de produção, os riscos das atividades são assumidos pelos contratados, que serão
ressarcidos apenas se fizerem descobertas comerciais. Esse pagamento é feito com o custo em
óleo (chamado de óleo-custo), em valor suficiente para ressarcir as despesas da(s) empresa(s)
contratada(s). O restante da produção (excedente em óleo, chamado de óleo-lucro) é dividido
entre a União e a(s) contratada(s).
Segundo esse projeto de lei, a União poderá celebrar os contratos de duas formas:
exclusivamente com a Petrobras (100%) ou a partir de licitações, com livre participação das
empresas, atribuindo-se à Petrobras tanto a operação como um percentual mínimo de 30% em
todos os consórcios.
Os contratos, até que seja publicada legislação específica, terão que pagar royalties, na forma
da Lei 9.478/97, e bônus de assinatura fixo, definido contrato a contrato, que não será critério
de licitação. O projeto prevê ainda que, até a edição de regulamento específico, será devida a
participação especial, na forma da Lei 9.478/97, a ser paga a partir da receita obtida pela
venda da produção que couber à União.
5. Como funciona o sistema de cessão onerosa de direitos?
A cessão onerosa de direitos prevê que a União poderá ceder à Petrobras o direito de exercer
atividades de E&P, por sua conta e risco, em determinadas áreas do Pré-Sal, sem licitação, no
limite de até 5 bilhões de barris de petróleo e gás natural.
O valor desta cessão onerosa será avaliado segundo as melhores práticas da indústria do
petróleo, e a Petrobras pagará à União este valor. Segundo o projeto de lei, o pagamento da
Petrobras ao governo poderá ser feito por meio de títulos da dívida pública mobiliária federal,
cujo preço será fixado segundo o valor de mercado.
Quanto aos critérios para definir o valor dos direitos de produção da cessão onerosa, serão
estabelecidos por meio de negociações entre a União e a Petrobras, a partir de laudos técnicos
elaborados por entidades certificadoras internacionais, observadas as melhores práticas da
indústria do petróleo. Caberá à ANP e à Petrobras obter os citados laudos técnicos.
6. O que é o Fundo Social?
Nos termos previstos no projeto de lei, o Fundo Social será um fundo financeiro constituído
por recursos gerados pela partilha de produção, destinados às seguintes atividades prioritárias:
combate à pobreza, educação, cultura, ciência e tecnologia, e sustentabilidade ambiental.
A receita do Fundo Social será proveniente da comercialização da parcela do excedente em
óleo da União proveniente dos contratos de partilha, do bônus de assinatura e dos royalties
que forem destinados à União.
7. O que é a capitalização da Petrobras?
Trata-se de uma operação típica do mercado de capitais, que significa aumentar o capital
social da Companhia por meio da emissão de novas ações. Seu objetivo será ampliar a
capacidade de investimentos da Petrobras. O projeto de lei da cessão onerosa também autoriza
a União a subscrever ações do capital social da Companhia e integralizá-las com títulos da
dívida pública mobiliária federal, cujo preço seguirá o valor de mercado.
8. De que forma a capitalização afeta os acionistas minoritários?
Quando a Petrobras tiver seu capital aumentado, os acionistas minoritários poderão exercer o
direito previsto na lei das Sociedades Anônimas de manter a proporção da participação que já
possuem na empresa por meio da compra de novas ações. O governo e outros acionistas que
exercerem o seu direito de subscrição no aumento de capital poderão comprar as ações que
não forem adquiridas pelos acionistas minoritários (que não exercerem seus direitos). No final
da operação, é possível que a União aumente sua participação na Petrobras.
9. As áreas do pré-sal já licitadas também serão regidas pelo novo sistema?
Não. Nas áreas já concedidas, mesmo que incluam o Pré-Sal, os contratos anteriormente
firmados serão respeitados, permanecendo o regime de contrato de concessão.
A província do Pré-Sal tem 149 mil km². Destes, 41.772 km² (28% do total) já foram
concedidos. A nova legislação valerá, portanto, para os 107.228 km² (72%) ainda não
licitados, descontadas as áreas que vierem a ser objeto da cessão onerosa para a Petrobras.
10. O que faz uma operadora? Por que o projeto de lei propõe que a Petrobras seja a
operadora exclusiva dos blocos licitados no pré-sal?
A operadora conduz as atividades de E&P, providenciando os recursos humanos e materiais
para a execução das atividades. Além de ter acesso a informação estratégica, a operadora tem
controle sobre a produção e os custos e promove o desenvolvimento de tecnologia.
Segundo a proposta, a Petrobras será designada para operar todos os blocos sob o novo
sistema porque, com 56 anos de experiência acumulada, foi a responsável pela descoberta do
petróleo na camada Pré-Sal no Brasil. Trata-se da maior operadora em águas profundas do
mundo, com a maior frota de sistemas flutuantes de produção. Além disso, a Petrobras detém
informações fundamentais sobre as bacias sedimentares brasileiras, fruto de seus
investimentos no País ao longo de mais de cinco décadas.
Mais ainda, é interessante que as informações estratégicas permaneçam com a Petrobras
porque, como a União é acionista majoritária da Companhia, esse fortalecimento oferece
vantagens competitivas para a atuação nacional e internacional da Companhia, privilegiando o
desenvolvimento do País.
Deve-se ressaltar ainda que, como a Petrobras será a operadora exclusiva e a responsável por
providenciar os recursos para a execução das atividades do consórcio, será potencializada a
preferência que a Companhia sempre concede aos fornecedores nacionais nas suas
contratações de bens e serviços. Com isso, a cadeia de fornecedores desse segmento crescerá
e será fortalecida, repercutindo seus efeitos em toda a indústria nacional, que poderá ocupar
espaço relevante no mercado internacional de bens e serviços para a indústria de petróleo e
gás.
11. Outras empresas poderão se associar à Petrobras para a exploração no pré-sal?
Sim. O projeto de lei prevê que a Petrobras terá participação de pelo menos 30% nos
consórcios investidores.
Outras empresas, inclusive a Petrobras, poderão concorrer ao percentual restante em cada
caso. A vencedora será a empresa que oferecer a maior parcela de excedente em óleo para a
União, e a Petrobras estará obrigada a repassar para o governo o mesmo percentual da oferta
vencedora na licitação.
12. A Petro-Sal fará investimentos? Poderá ser sócia ou competir com a Petrobras?
Não. Todos os investimentos serão feitos pela Petrobras e por eventuais sócios. A Petro-Sal
não será responsável pela execução direta ou indireta das atividades de exploração,
desenvolvimento, produção e comercialização de petróleo e gás natural e, por isso, não
concorrerá com a Petrobras nem compartilhará com a Companhia recursos humanos ou
financeiros.

9) NOVO MARCO REGULATORIO:

São as novas regras para exploração e produção de petróleo e gás natural na área de
ocorrência da camada Pré-Sal e em áreas que venham a ser consideradas estratégicas,
enviadas pelo governo para apreciação do Poder Legislativo no dia 31 de agosto de 2009, na
forma de quatro projetos de lei (PL).

Os projetos de lei definem o sistema de partilha de produção para a exploração e a produção


nas áreas ainda não licitadas do Pré-Sal; a criação de uma nova estatal (Petro-Sal); a formação
de um Fundo Social; e a cessão onerosa à Petrobras do direito de exercer atividades de
exploração e produção (E&P) de petróleo e gás natural em determinadas áreas do Pré-Sal, até
o limite de 5 bilhões de barris, além de uma capitalização da Companhia. Se a proposta do
governo for aprovada, o País passará a ter três sistemas para as atividades de E&P de petróleo
e gás natural: concessão, partilha de produção e cessão onerosa.

10 ) POR QUE O MARCO REGULATORIO PRECISA SER MUDADO:

Quando a atual legislação que regula o setor de petróleo foi criada, em 1997, o Brasil e a
Petrobras estavam inseridos num contexto de instabilidade econômica, e o preço do petróleo
estava em baixa (US$ 19 o barril). Além disso, os blocos exploratórios tinham alto risco,
perspectiva de baixa rentabilidade, e o País era grande importador de petróleo. O marco
regulatório que adotou o sistema de concessão foi criado, à época, para possibilitar retorno
àqueles que assumiriam esse alto risco.
Hoje, o contexto é outro. O Brasil alcançou estabilidade econômica, foi atingida a
autossuficiência, os preços do petróleo estão significativamente mais elevados, e as
descobertas no Pré- Sal, uma das maiores províncias petrolíferas do mundo, poderão, apenas
com as áreas de Tupi, Iara, Guará e Jubarte, dobrar o volume de reservas brasileiras. Pelos
testes realizados, sabe-se que o risco exploratório é baixo e a produtividade é alta nas
descobertas localizadas na camada Pré-Sal.
Com o regime de partilha, o governo pretende obter maior controle da exploração dessa
riqueza e fazer com que os recursos obtidos sejam revertidos de maneira mais equânime para
a sociedade brasileira. Portanto, esse modelo é mais apropriado ao contexto atual e ao
desenvolvimento social, econômico e ambiental do País.
MODELO VIGENTE NO BRASIL:
Modelo de Concessões. Trata-se de um modelo bem-sucedido, que
acomodou os interesses dos agentes, do governo e da sociedade e
permitiu um desenvolvimento extraordinário da indústria do petróleo
nacional. A indústria brasileira do petróleo praticamente teve seu tamanho
triplicado desde a edição da Lei do Petróleo, em 1997. A produção anual
de petróleo cresceu de 306 milhões de barris para 629 milhões de barris
no período, contribuindo decisivamente para o Brasil alcançar a
autosuficiência na oferta da commodity. Houve também um aumento das
reservas provadas brasileiras de petróleo de 7,1 bilhões para 12,6 bilhões
de barris, ao passo em que as reservas provadas de gás natural
apresentaram um salto de 228 bilhões de m³ para 348 bilhões de m³. A
licitação de blocos exploratórios pela ANP contribuiu decisivamente para o
avanço das empresas rumo a novas fronteiras de exploração e produção,
em um processo que resultou nas recentes descobertas de megacampos
na camada do pré-sal brasileira.

11) SISTEMAS DE EXPLORAÇÃO VIGENTES NO MUNDO (ATUAL):

Cada país adota um diferente sistema ou sistemas que agregam características específicas, de
acordo com as peculiaridades e necessidades de cada nação. Há três sistemas mais utilizados:
concessão, partilha de produção e prestação de serviços.
A principal característica do sistema de concessão é que as atividades são realizadas por conta
e risco do concessionário, sem interferência ou maior controle dos governos nos projetos de
exploração e produção, respeitada a regulação existente. Caso haja uma descoberta e ela seja
desenvolvida, o petróleo e gás natural, uma vez extraídos, passam a pertencer aos
concessionários após o pagamento de royalties e outras participações governamentais.
O sistema de partilha costuma ser usado por países com reservas abundantes e baixo risco
exploratório. Nesses contratos, a companhia ou consórcio que executa as atividades assume o
risco exploratório. Em caso de sucesso, tem os seus investimentos e custos ressarcidos em
óleo (o chamado óleo-custo). O lucro da atividade resulta da dedução dos investimentos e
custos de produção da receita total. Convertido em óleo, esse valor é chamado de óleo-lucro,
que passa a ser repartido entre a companhia (ou consórcio) e o governo, em porcentagens
variáveis.
No sistema de prestação de serviços, uma empresa é contratada para realizar as atividades de
exploração e produção e tem seus serviços pagos segundo metodologias contratuais
predefinidas. Nesse modelo, toda a produção normalmente é de propriedade do Estado.
Cerca de 80% das reservas mundiais estão em países que adotam o modelo de partilha ou
sistemas mistos, que misturam características de mais de um modelo, mas com maior controle
do Estado sobre as atividades de exploração e produção
12) COMO FUNCIONA O SITEMA DE PARTILJHA?
O sistema de partilha de produção será vigente nas áreas ainda não licitadas do Pré-Sal e
naquelas que venham a ser definidas como estratégicas pelo Conselho Nacional de Política
Energética (CNPE).
Na partilha de produção, os riscos das atividades são assumidos pelos contratados, que serão
ressarcidos apenas se fizerem descobertas comerciais. Esse pagamento é feito com o custo em
óleo (chamado de óleo-custo), em valor suficiente para ressarcir as despesas da(s) empresa(s)
contratada(s). O restante da produção (excedente em óleo, chamado de óleo-lucro) é dividido
entre a União e a(s) contratada(s).
Segundo esse projeto de lei, a União poderá celebrar os contratos de duas formas:
exclusivamente com a Petrobras (100%) ou a partir de licitações, com livre participação das
empresas, atribuindo-se à Petrobras tanto a operação como um percentual mínimo de 30% em
todos os consórcios.
Os contratos, até que seja publicada legislação específica, terão que pagar royalties, na forma
da Lei 9.478/97, e bônus de assinatura fixo, definido contrato a contrato, que não será critério
de licitação. O projeto prevê ainda que, até a edição de regulamento específico, será devida a
participação especial, na forma da Lei 9.478/97, a ser paga a partir da receita obtida pela
venda da produção que couber à União.
13) E O DE CESSÃO ONEROSA?
A cessão onerosa de direitos prevê que a União poderá ceder à Petrobras o direito de exercer
atividades de E&P, por sua conta e risco, em determinadas áreas do Pré-Sal, sem licitação, no
limite de até 5 bilhões de barris de petróleo e gás natural.
O valor desta cessão onerosa será avaliado segundo as melhores práticas da indústria do
petróleo, e a Petrobras pagará à União este valor. Segundo o projeto de lei, o pagamento da
Petrobras ao governo poderá ser feito por meio de títulos da dívida pública mobiliária federal,
cujo preço será fixado segundo o valor de mercado.
Quanto aos critérios para definir o valor dos direitos de produção da cessão onerosa, serão
estabelecidos por meio de negociações entre a União e a Petrobras, a partir de laudos técnicos
elaborados por entidades certificadoras internacionais, observadas as melhores práticas da
indústria do petróleo. Caberá à ANP e à Petrobras obter os citados laudos técnicos.
14 ) O QUE É O FUNDO SOCIAL?
Nos termos previstos no projeto de lei, o Fundo Social será um fundo financeiro constituído
por recursos gerados pela partilha de produção, destinados às seguintes atividades prioritárias:
combate à pobreza, educação, cultura, ciência e tecnologia, e sustentabilidade ambiental.
A receita do Fundo Social será proveniente da comercialização da parcela do excedente em
óleo da União proveniente dos contratos de partilha, do bônus de assinatura e dos royalties
que forem destinados à União.

15) AS AREAS DO PRE-SAL JÁ LICITADA TAMBEM SERAO REGIDAS PELO NOVO


SISTEMA?
Nos termos previstos no projeto de lei, o Fundo Social será um fundo financeiro constituído
por recursos gerados pela partilha de produção, destinados às seguintes atividades prioritárias:
combate à pobreza, educação, cultura, ciência e tecnologia, e sustentabilidade ambiental.
A receita do Fundo Social será proveniente da comercialização da parcela do excedente em
óleo da União proveniente dos contratos de partilha, do bônus de assinatura e dos royalties
que forem destinados à União.
16) POR QUE O PROJETO DE LEI PREVÊ QUE A PETROBRASSEJA A OPERADORA
EXCLUSIVA DOS BLOCOS LICITADOS DO PRE-SAL?
A operadora conduz as atividades de E&P, providenciando os recursos humanos e materiais
para a execução das atividades. Além de ter acesso a informação estratégica, a operadora tem
controle sobre a produção e os custos e promove o desenvolvimento de tecnologia.
Segundo a proposta, a Petrobras será designada para operar todos os blocos sob o novo
sistema porque, com 56 anos de experiência acumulada, foi a responsável pela descoberta do
petróleo na camada Pré-Sal no Brasil. Trata-se da maior operadora em águas profundas do
mundo, com a maior frota de sistemas flutuantes de produção. Além disso, a Petrobras detém
informações fundamentais sobre as bacias sedimentares brasileiras, fruto de seus
investimentos no País ao longo de mais de cinco décadas.
Mais ainda, é interessante que as informações estratégicas permaneçam com a Petrobras
porque, como a União é acionista majoritária da Companhia, esse fortalecimento oferece
vantagens competitivas para a atuação nacional e internacional da Companhia, privilegiando o
desenvolvimento do País.
Deve-se ressaltar ainda que, como a Petrobras será a operadora exclusiva e a responsável por
providenciar os recursos para a execução das atividades do consórcio, será potencializada a
preferência que a Companhia sempre concede aos fornecedores nacionais nas suas
contratações de bens e serviços. Com isso, a cadeia de fornecedores desse segmento crescerá
e será fortalecida, repercutindo seus efeitos em toda a indústria nacional, que poderá ocupar
espaço relevante no mercado internacional de bens e serviços para a indústria de petróleo e
gás.
11) OUTRAS EMPRESAS PODERÃO SE ASSOCIAR À PETROBRAS?
Sim. O projeto de lei prevê que a Petrobras terá participação de pelo menos 30% nos
consórcios investidores.
Outras empresas, inclusive a Petrobras, poderão concorrer ao percentual restante em cada
caso. A vencedora será a empresa que oferecer a maior parcela de excedente em óleo para a
União, e a Petrobras estará obrigada a repassar para o governo o mesmo percentual da oferta
vencedora na licitação
DESAFIOS TECOLOGICOS:
Extensão: 800 KM, de Santa Cataria até o Espirito Santos;
Largura: 200 km
Distância da costa: 340 km
Profundidade: 7.000m (2km de oceano, 1 km de rocha da camada pos-sal; 2 km de camada de
sal.
INVESTIMENTO/CADEIA PRODUTIVA: Petroquimics, Refinarias, Industria Naval, novas
plataformas, novas tecologias, malhas de gasoduto, malhas de escoamente, Pesquisa,
empregos.
POTENCIAL DE EXPANSAO (PRODUÇAO): Tupi, 70% da produção diária atual;
Expectativa de 8 bilhoes de barris
QUAL A MELHOR MANEIRA DA SOCIEDADE AUFERIR OS LUCROS DA RENDA
PETROLEIRA?
Todas as reservas de petróleo em território brasileiro pertencem à União.
Existem, contudo, divergências sobre como a sociedade deve participar na
renda gerada pela exploração e produção dessas áreas. A União pode
participar na renda petroleira de duas formas. A primeira, sem qualquer
risco, por meio de diversas taxas, impostos (diretos e indiretos) e
contribuições aplicáveis à atividade petroleira (conjuntamente conhecidas
por participações governamentais), tais como royalties, participações
especiais, bônus de assinatura e imposto de renda. A segunda,
envolvendo riscos e investimentos de recursos públicos, é como acionista
dos projetos. Se desejar obter maior participação na renda petroleira, o
governo pode fazê-lo sem assumir qualquer risco por meio do aumento
das participações governamentais, bastando para tal modificar o Decreto
Presidencial 2705/98 e as portarias da ANP associadas ao tema. Caso
queira assumir os riscos e os investimentos vultosos necessários à sua
participação como acionista, pode fazê-lo por intermédio dos veículos já
existentes (atualmente o governo participa como acionista por intermédio
da Petrobras e do BNDES), ou mesmo criar uma nova estatal. Deve-se,
contudo, ter em mente que os vultosos investimentos necessários só
darão retorno em uma década ou mais.

Das könnte Ihnen auch gefallen