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O ESTADO E SUA TRANSFORMAÇÃO NOS DIAS ATUAIS

Maria Thereza Tosta Camillo


Pós-Graduanda em Direito Constitucional
Trabalho apresentado como exigência para
a disciplina Teoria Jurídica do Estado.

1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho pretende efetuar um estudo das transformações


que sofre o atual modelo de Estado, em especial desde o fim da bipolaridade entre
o capitalismo americano e o comunismo da antiga União Soviética (URSS), que
trouxe consigo a política neoliberal, que tem influenciado o período que se
convencionou chamar pós-modernidade.
Tal modelo prega a valorização da iniciativa privada e a isonomia do
Estado com outras organizações, no que se refere à produção de fontes
normativas, bem como um esvaziamento axiológico da Constituição, que deve ser
apenas uma garantidora dos direitos individuais.
De outro lado, a proposta neoconstitucionalista oferece um estado
menos intervencionista, sem, no entanto, abrir mão das garantias já conquistadas e
da tutela dos interesses dos menos favorecidos.
Com essa finalidade, será empreendida pesquisa bibliográfica, com
destaque para o material estudado durante a disciplina de Teoria Jurídica do
Estado, a fim de se efetuar uma análise crítica do tema.
A relevância do estudo se explica pela necessidade de delinear os
contornos da pós-modernidade, para então estabelecer as bases do estudo,
posterior, dos novos rumos do Direito constitucional, traçando o papel da
Constituição e do Poder Judiciário no novo modelo de Estado Democrático de
Direito.

2. UMA BREVE ANÁLISE HISTÓRICA: OS CICLOS ESTATAIS.

Para compreender as atuais mudanças pelas quais passa o atual


modelo de Estado, mister se faz o estudo das diversas fases atravessadas, desde a
pré-modernidade até o chamado Estado Social (welfare state).
2

O primeiro ciclo relevante na evolução do Estado é a polis grega. A


nota dominante desse período é a democracia direta, não-representativa, na qual as
decisões fundamentais são tomadas pelos cidadãos direta e pessoalmente no
Ágora, praça pública em que se realizavam as assembléias11.
A celebrada democracia da polis, no entanto, guardava algumas
contradições, como a legitimação da escravidão e a exclusão do voto de mulheres,
escravos e estrangeiros. No modelo de democracia direta, que foi Atenas, todo
cidadão tinha o direito de usar da palavra e votar na assembléia onde se tomava as
decisões políticas. No entanto, a qualidade de cidadão era hereditária, não
cabendo senão a filhos de atenienses, exceto atribuição a determinados
estrangeiros por decisão expressa da assembléia.2
A função política não era vista como um privilégio, e sim como um
dever inerente à cidadania. Dessa forma, pode-se dizer que o modelo de
participação da Cidade-Estado se aproxima mais de uma aristocracia democrática
do que de uma democracia pura propriamente dita, sendo os cargos e funções
públicas distribuídos por sorteio entre os cidadãos.
O próximo ciclo estatal relevante para estudo é o Estado Medieval,
cuja tônica é o fundamento teológico, consistente na doutrina da supremacia do
poder espiritual sobre o poder temporal.
Nesse período, não se pode ainda falar em Estado nacional, pois
faltava a noção de soberania, una e indivisível. A unidade é feita em torno do
poder eclesiástico. O teórico do Estado Medieval é Santo Tomás de Aquino, que
ensina a coexistência harmônica dos poderes temporal e eclesiástico, com
supremacia da autoridade espiritual.3

1 OS CICLOS ESTATAIS DA PRÉ-MODERNIDADE: DA POLIS GREGA AO


ESTADO MEDIEVAL, Artigo Científico. Disponível, pela diretoria de educação
a distância da Universidade Estádio de Sá, da disciplina Teoria do Estado, do
Curso de Pós-Graduação em Direito Constitucional, acesso em 16.05.2009.
2
FERREIRA FILHO, Manoel Gonçalves; Curso de Direito Constitucional. 30°
Ed. São Paulo: Saraiva, 2003, p.82.
3
OS CICLOS ESTATAIS DA PRÉ-MODERNIDADE: DA POLIS GREGA AO
ESTADO MEDIEVAL, op. cit.
3

Sobre a coexistência dos poderes, a encíclica Immortale Dei, embora


bem posterior à Idade Média, retrata bem o pensamento da época: a religião
Católica gozava, então, do “favor dos príncipes e da proteção legítima dos
Magistrados”, estando o sacerdócio e o poder real ligados entre si. Podia-se
verificar a influência cristã nas leis, nas instituições, nos costumes dos povos,
enfim, nas relações da sociedade civil.4
Como reações ao absolutismo surgiram as idéias de liberdade e de
limitação do Estado. O Estado jurídico, guardião das liberdades individuais,
alcançou sua primeira experimentação histórica na Revolução Francesa. A
burguesia, classe que passou de dominada a dominante, formulou os princípios
filosóficos de sua revolta social, generalizando-os doutrinariamente como ideais
comuns a todos. 5
Era necessário contrapor ao poder do rei um sistema de garantias;
decompondo a soberania na pluralidade dos poderes, garantia-se a liberdade.
Surgiu a teoria tripartida dos poderes como princípio de organização do Estado
Constitucional, contribuição de Locke e Montesquieu.6 Nascia o Estado Liberal,
que lança as bases do Estado Constitucional de Direito, quais sejam: a limitação
do poder estatal e a declaração de direitos fundamentais acima do próprio Estado.7
O direito, nesse paradigma, é visto como um sistema normativo no
qual as regras, gerais e abstratas, são válidas universalmente para todos os
membros da sociedade, e tão-somente a ele, incumbe a tarefa de pautar a atuação
do leviatã.8

4
SUA SANTIDADE, O PAPA LEÃO XIII. Encíclica Immortale Dei, de 1 de
novembro de 1885, in “AAS”, vol. XVIII, p. 169.
5
BONAVIDES, Paulo. Do Estado Liberal ao Estado Social. 1ed. São Paulo:
Saraiva, 1961, p.5
6
Idem, p. 9
7
APOSTILA DE TEORIA JURÍDICA DO ESTADO (Aula 2). Artigo Científico.
Disponível, pela diretoria de educação a distância da Universidade Estádio de Sá,
da disciplina Teoria do Estado, do Curso de Pós-Graduação em Direito
Constitucional, acesso em 16.05.2009, p. 27.
8
MAULAZ, Ralph Batista de. Os paradigmas do Estado de Direito - o Estado
Liberal, o Estado Social (socialista) e o Estado Democrático de Direito.
4

O modelo constitucional negativo do Estado liberal, não-


intervencionista, mostra-se insuficiente para promover a igualdade material e a
justiça distributiva, pelo que entra em crise, dando lugar à segunda versão do
Estado Constitucional de Direito, qual seja o welfare state, entre nós, denominado
de Estado do bem-estar social ou simplesmente Estado social.9
Neste novo modelo, o antigo cidadão-proprietário do Estado liberal é
substituído pela visão do cidadão como o cliente de uma Administração Pública
garantidora de bens e serviços. 10 Além disso, o novo paradigma estatal busca
superar a contradição entre a igualdade política e a desigualdade social, por meio
de prestações positivas.11A constituição passa a conferir normatividade aos
direitos sociais, do trabalho, da previdência, etc, através de disposições de
natureza essencialmente programática, destinadas a promover a proteção dos
hipossuficientes.12
No entanto, a multiplicidade de tarefas acaba por tornar o Estado
social lento, burocrático, ineficiente e perdulário, o que faz com que as tarefas que
ele se propõe a realizar acabem descumpridas13.
Do ponto de vista do poder tripartido, a função executiva, modeladora
do estado interventor e garantidora de direitos à igualdade real, diante da
impossibilidade de atender à demanda, se reduziu à posição inferior. É tempo de
busca de um novo modelo, a pós-modernidade. O Poder Judiciário, em especial a

Disponível em: <http://www.atame-df.com.br/material/doc/mat06032401.doc>.


Acesso em: 04 jul. 2009.
9
APOSTILA DE TEORIA JURÍDICA DO ESTADO (Aula 2), p. 28.
10
MAULAZ, Op. Cit.
11
BONAVIDES, Op. Cit., p. 207.
12
DA SILVA, José Afonso; Curso de Direito Constitucional Positivo. 31ed. São
Paulo: Malheiros, 07.2008, p. 465.
13
BRANDÃO, Luiz Carlos Kopes. Estado e Justiça. Concepções e correlações.
Jus Navigandi, Teresina, ano 12, n. 1852, 27 jul. 2008. Disponível em:
<http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=11528>. Acesso em: 04 jul. 2009.
5

Suprema Corte, assume o protagonismo desse período de transição, que


estudaremos a seguir14.

3. O ESTADO E SUA TRANSFORMAÇÃO NOS DIAS ATUAIS: A PÓS-


MODERNIDADE.

Convivem, na chamada pós-modernidade, diversos elementos


dispostos a representá-la. Trata-se, portanto, de um “cenário nebuloso que coloca
no mesmo campo a grandeza ética do neoconstitucionalismo [...] com a perigosa
tendência de desconstrução do Estado nacional, patrocinada pela doxa
neoliberal”.15
Além do retorno dos ideais liberais, sob a forma de neoliberalismo, na
seara do direito constitucional o Estado pós-moderno lida com a dificuldade de
materializar as garantias sociais. A realização das prestações jurisidicionais
reclamadas demanda recursos, dependendo da conjuntura econômica. A limitação
dos recursos implica em um limite fático à efetivação dos direitos sociais. A partir
daí, alguns passam a sustentar o condicionamento da efetivação da garantia das
prestações sob o que se denominou “reserva do possível” 16.
Um dos grandes riscos que corre o Estado pós-moderno é o de
neutralização axiológica da constituição, ou seja, o seu esvaziamento ético, bem
como a perda de sua força normativa. Tal perigo advém da concepção de
estatalidade mínima e da tentativa de reconstrução do modelo constitucional pré-
weimariano, bem como da sensação de fracasso do Estado Social, que, em
dificuldades e limitado pelo orçamento, falha em cumprir com o seu papel de
garantidor.

14
APOSTILA DE TEORIA JURÍDICA DO ESTADO (Aula 7), p. 75
15
O ESTADO PÓS-MODERNO, Artigo Científico. Disponível, pela diretoria de
educação a distância da Universidade Estádio de Sá, da disciplina Teoria do
Estado, do Curso de Pós-Graduação em Direito Constitucional, acesso em
09.06.2009, p. 2
16
SARLET, Ingo Wolfgang. A Eficácia dos Direitos Fundamentais. Uma Teoria
Geral dos Direitos Fundamentais na Perspectiva Constitucional. 10ed. Porto
Alegre: Do Advogado, 2009, p.285-287.
6

Tal esvaziamento reduziria a constituição a esquemas procedimentais


de estruturação do Estado e de exercício do poder político, não incluindo a
proteção dos hipossuficientes nem esforços para atenuar as desigualdades,
aumentando o rol dos excluídos.17
O que se percebe na pós-modernidade é precisamente a ausência de
fundamentos e de determinações racionais fortes, capazes de assegurar coesão
social. Os subsistemas culturais tradicionais que legitimavam o capitalismo
(política, religião, moral) dão lugar, na pós-modernidade, a uma ideologia de
consumismo globalizado18.
Ao mesmo tempo, o Estado dito pós-moderno sofre a ação de
processos supranacionais irrefreáveis, que minam o seu controle em diversos
pontos, ou seja, restrigem a sua soberania19. Diversas organizações compartilham
com o Estado a função de produtoras de fontes normativas, tais como instituições
multinacionais, tribunais internacionais, e até mesmo um parlamento
supranacional. No entanto, essas forças de ação supranacionais ainda se revelam
incapazes de atingir consensos em torno de questões essenciais, como o problema
ecológico20.
Contra esse prognóstico sombrio se levanta a proposta do
neoconstitucionalismo, que abandona o positivismo jurídico pelo pós-positivismo,
que propõe a normatização dos princípios, com a teoria dos direitos fundamentais
apontando para uma priorização da dignidade humana, do desenvolvimento
nacional e da justiça social21.

17
Ibidem.
18
HABERMAS apud LIMA, Newton de Oliveira. Direito e diversidade na Pós-
Modernidade. Jus Vigilantibus, 29.09.2008. Disponível em
<http://jusvi.com/artigos/36268>. Acesso em 05.07.2009.
19
HABERMAS, Jürgen. A Inclusão do Outro: estudos de teoria política. 2ed. São
Paulo: Loyola, 2004, p. 144.
20
Ibidem.
21
NEOCONSTITUCIONALISMO, Artigo Científico. Disponível, pela diretoria
de educação a distância da Universidade Estádio de Sá, da disciplina Teoria do
Estado, do Curso de Pós-Graduação em Direito Constitucional, acesso em
09.06.2009, p.4.
7

Dentre as características do neoconstitucionalismo, podemos citar,


resumidamente, o pragmatismo, que consiste na seleção de conceitos de direito
conforme a sua utilidade; um pós-positivismo, que reestabelece o lugar do juízo
de valor na análise do direito; a inclusão de conteúdos morais na norma
fundamental (Grundnorm) e um judicialismo ético-jurídico, que exige dos
operadores do direito a elaboração de juízos de adequação e juízos de justificação
de natureza ética22.
Nesse contexto, o papel do Judiciário, e, em especial, das cortes
constitucionais deve ser o de resguardar os valores fundamentais e os
procedimentos democráticos, assim como assegurar a estabilidade institucional.23
A proposta do Estado pós-moderno, é, portanto, segundo os
neoconstitucionalistas, de uma estatalidade positiva, porém sem excessos
intervencionistas, e de equilíbrio entre, de um lado, livre iniciativa e expansão
mundial do comércio, e de outro, a dignidade da pessoa humana, o
desenvolvimento nacional e, por fim, a justiça social24.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS.

Os modelos de Estado Liberal e de Estado Social não se mostraram


suficientes à satisfação dos interesses e valores que informam a sociedade na
presente era. Se de um lado, o liberalismo consagra apenas liberdades formais,
abandonando o cidadão à própria sorte, o welfare state se revelou incapaz de
solucionar as questões referentes à exclusão e à desigualdade social, mormente
pela limitação de sua política assistencialista, extremamente dispendiosa.
Os dias atuais têm testemunhado transformações no modelo estatal,
devido à crise do Estado social. Tais mudanças, se efetivadas sem uma reflexão

22
Ibidem.
23
BARROSO, Luís Roberto. Neoconstitucionalismo e constitucionalização do
Direito. O triunfo tardio do Direito Constitucional no Brasil. Jus Navigandi,
Teresina, ano 9, n. 851, 1 nov. 2005. Disponível em:
<http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=7547>. Acesso em: 05 jul. 2009.
24
v. nota 21.
8

crítica, traduzir-se-ão em mero retorno do Estado liberal, com o perigo de


retrocesso e perda de conquistas históricas: direitos e garantias hoje
constitucionalmente consagrados.
O neoconstitucionalismo, proposta pautada na re-inserção de conteúdo
ético no direito, na valorização da dignidade humana, na qual os princípios
adquiram força normativa, pode ser a resposta para se atingir uma estatalidade na
medida certa: sem excessos, mas ao mesmo tempo sem descuidar dos
hipossuficientes.

5. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

APOSTILA DE TEORIA JURÍDICA DO ESTADO. Artigo Científico.


Disponível, pela diretoria de educação a distância da Universidade Estádio de
Sá, da disciplina Teoria do Estado, do Curso de Pós-Graduação em Direito
Constitucional, acesso em 16.05.2009.

BARROSO, Luís Roberto. Neoconstitucionalismo e constitucionalização do


Direito. O triunfo tardio do Direito Constitucional no Brasil. Jus Navigandi,
Teresina, ano 9, n. 851, 1 nov. 2005. Disponível em:
<http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=7547>. Acesso em: 05 jul. 2009.

BONAVIDES, Paulo. Do Estado Liberal ao Estado Social. 1ed. São Paulo:


Saraiva, 1961.

BRANDÃO, Luiz Carlos Kopes. Estado e Justiça. Concepções e correlações.


Jus Navigandi, Teresina, ano 12, n. 1852, 27 jul. 2008. Disponível em:
<http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=11528>. Acesso em: 04 jul.
2009.

DA SILVA, José Afonso; Curso de Direito Constitucional Positivo. 31ed. São


Paulo: Malheiros, 07.2008.

FERREIRA FILHO, Manoel Gonçalves; Curso de Direito Constitucional. 30°


Ed. São Paulo: Saraiva, 2003.

HABERMAS, Jürgen. A Inclusão do Outro: estudos de teoria política. 2ed.


São Paulo: Loyola, 2004.

LIMA, Newton de Oliveira. Direito e diversidade na Pós-Modernidade. Jus


Vigilantibus, 29.09.2008. Disponível em <http://jusvi.com/artigos/36268>.
Acesso em 05.07.2009.
9

MAULAZ, Ralph Batista de. Os paradigmas do Estado de Direito - o Estado


Liberal, o Estado Social (socialista) e o Estado Democrático de Direito.
Disponível em: <http://www.atame-
df.com.br/material/doc/mat06032401.doc>. Acesso em: 04 jul. 2009.

NEOCONSTITUCIONALISMO, Artigo Científico. Disponível, pela diretoria


de educação a distância da Universidade Estádio de Sá, da disciplina Teoria
do Estado, do Curso de Pós-Graduação em Direito Constitucional, acesso em
09.06.2009.

O ESTADO PÓS-MODERNO, Artigo Científico. Disponível, pela diretoria


de educação a distância da Universidade Estádio de Sá, da disciplina Teoria
do Estado, do Curso de Pós-Graduação em Direito Constitucional, acesso em
09.06.2009.

OS CICLOS ESTATAIS DA PRÉ-MODERNIDADE: DA POLIS GREGA


AO ESTADO MEDIEVAL, Artigo Científico. Disponível, pela diretoria de
educação a distância da Universidade Estádio de Sá, da disciplina Teoria do
Estado, do Curso de Pós-Graduação em Direito Constitucional, acesso em
16.05.2009.

SARLET, Ingo Wolfgang. A Eficácia dos Direitos Fundamentais. Uma Teoria


Geral dos Direitos Fundamentais na Perspectiva Constitucional. 10ed. Porto
Alegre: Do Advogado, 2009.

SUA SANTIDADE, O PAPA LEÃO XIII. Encíclica Immortale Dei, de 1 de


novembro de 1885, in “AAS”, vol. XVIII.

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