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sobre
a
discrepncia
entre
pardia
e
intertextualidade.
Para ela, essa discrepncia reside, justamente, na
maneira de encarar a posio do sujeito da
enunciao, seus atos intencionais: muita da teoria e
da crtica actuais que tratam da pardia optam por
continuar a ignorar essa posio, e fazem-no
geralmente em nome da intertextualidade
(Hutcheon, 1989: 110). Tanto que, ao tratar da
noo de intertextualidade de Kristeva, Hutcheon
pergunta: O dilogo intertextual no , antes, um
dilogo entre o leitor e a sua memria de outros
textos, conforme so evocados pelo texto em
questo? (Hutcheon, 1989, p.111); em seguida,
responde:
a partir da perspectiva de qualquer teoria da
intertextualidade, a experincia da literatura consiste apenas
num texto, num leitor e nas suas reaes, que tomam a forma
de sistemas de palavras, agrupados associativamente no
esprito do leitor. Dois textos poderiam, pois, partilhar estes
sistemas sem serem codificados parodicamente; o local da
apropriao textual reside aqui no leitor, e no no autor, real
ou inferido. Um intertexto no seria, pois, necessariamente o
mesmo que um texto parodiado (...) (Hutcheon, 1989,
p.111).
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Received on June 27, 2003.
Accepted on December 12, 2003.