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Bachelard propõe uma quebra com as filosofias tradicionais do conhecimento para entender a ciência. Ele observa que a história da ciência é composta por rupturas causadas por novas teorias e descobertas que desafiam os conhecimentos anteriores. A ciência é um processo não linear e descontínuo de reconstrução do saber a partir dos erros do passado. Bachelard também destaca a importância do contexto histórico e social na produção do conhecimento científico.
Bachelard propõe uma quebra com as filosofias tradicionais do conhecimento para entender a ciência. Ele observa que a história da ciência é composta por rupturas causadas por novas teorias e descobertas que desafiam os conhecimentos anteriores. A ciência é um processo não linear e descontínuo de reconstrução do saber a partir dos erros do passado. Bachelard também destaca a importância do contexto histórico e social na produção do conhecimento científico.
Bachelard propõe uma quebra com as filosofias tradicionais do conhecimento para entender a ciência. Ele observa que a história da ciência é composta por rupturas causadas por novas teorias e descobertas que desafiam os conhecimentos anteriores. A ciência é um processo não linear e descontínuo de reconstrução do saber a partir dos erros do passado. Bachelard também destaca a importância do contexto histórico e social na produção do conhecimento científico.
A proposta de Bachelard para a epistemologia envolve uma quebra com o passado das filosofias do conhecimento e um novo olhar sobre o funcionamento da cincia. Ele se ope imposio de ideologias filosficas como o positivismo, o realismo, o idealismo, convencionalismo, fenomenalismo, etc. Para entender melhor o porqu, podemos situ-lo em seu contexto histrico. Ele presencia, na primeira metade do sculo XX, uma srie de rupturas intelectuais marcantes tais como os teoremas de Gdel ou a superao da mecnica clssica newtoniana pelas novas teorias da relatividade e mecnica quntica. A nova forma de fazer cincia na fsica tornou-se muito menos emprica, pois o objeto dessa nova cincia encontra-se em constante construo terica. No s o contedo cientfico muda como tambm a prpria epistemologia que o fundamenta. Bachelard, ento, observa que a histria da cincia composta fundamentalmente dessas rupturas. Cabe ressaltar que, com Bachelard, o campo da histria da cincia ganha importncia assim como a conscincia de cincia como fruto histrico. Em sua descrio de cincia (expressa em O Novo Esprito Cientfico, 1934), ele rejeita, consequentemente, a ideia de desenvolvimento cientifico contnuo, com acumulao gradual de conhecimento, em favor de uma cincia descontnua e com rupturas. O que poderia ser tomado como conhecimento certo, nada mais do que uma srie de reavaliaes e reinterpretaes. Uma srie descontinua e no linear de reorganizaes de erros. Para que possamos constantemente construir a cincia e seus
objetos,
necessrio
que
adotemos
essa
postura
de
ruptura
questionamento para com o corpo cientfico. Esse seria o esprito cientfico
bachelardiano: uma busca pela retificao do saber, um processo dialtico em que o conhecimento cientfico construdo em cima de runas (erros anteriores). A seguinte citao sintetiza: (...) resta, ento, a tarefa mais difcil: colocar a cultura cientfica em estado de mobilizao permanente, substituir o saber fechado e esttico por um conhecimento aberto e dinmico, dialetizar todas as variveis experimentais, oferecer enfim razo razes para evoluir. (pg. 24, 1996). Cincia prtica, trabalho humano, e no leitura do dado. O objeto , em primeiro lugar, criado por perguntas, problemas e hipteses e no autoevidente. Da se tem a ideia de construo na cincia: o cientista aplica racionalizaes a realidades criadas (ou definidas) por ele. Ele no lida com a matria, mas com partes manipuladas de matria; adequadas anteriormente a sistemas de medidas e
princpios tericos. Bachelard reconhece que a teoria pode sofrer resistncia da
matria. O que o leva o cientista a polemizar com o que fora pressuposto pela teoria. Cabe tambm ressaltar, na contribuio bachelardiana, o deslocamento do problema epistemolgico para as condies histricas/sociolgicas da produo do conhecimento. Com isso, joga-se luz na questo do trabalho do cientista, resoluo de problemas prticos pelo mesmo, a busca pelo erro e a ruptura decorrente como constituinte da cincia. Por fim, tem-se conscincia de que sem a constatao de problemas e, portanto, sem formulao de perguntas, no h cincia ou construo de conhecimento.