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TITULAR DA EMPRESA
TITULAR DA EMPRESA
A frente de uma empresa, nós temos: ou uma pessoa física, ou uma pessoa jurídica
(aqui nós temos uma ficção).
A pessoa jurídica pode ser de direito público (interno ou externo) ou de direito
privado. Mas para agente apenas vai interessa a pessoa jurídica de direito privado, mas
especificadamente a sociedade. Contudo ainda existem as associações, organizações
religiosas, partidos políticos; inclusive temos uma lei de FHC que estabelece as organizações
sociais, que também é pessoa jurídica de direito privado.
Assim, o titular da empresa pode ser ou a pessoa física – quando temos uma pessoa
física exercendo a empresa, temos a figura do empresário, ok? Quando temos a frente uma
sociedade, esta sociedade é empresária, ok?
Voltando aqui, se temos com titular da empresa uma pessoa física, você tem a figura
do empresário; se você tem como titular uma pessoa jurídica, teremos a figura da sociedade
empresária.
Olha, o que é que seria empresário? O conceito de empresário você vai encontrar no
art. 966 do CC: considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica
organizada para a produção, a circulação de bens ou a prestação de serviços.
Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a
produção ou a circulação de bens ou de serviços.
A primeira observação que agente faz é que juridicamente não encontramos o conceito
de empresa, nem no CC, nem em outra lei. Mas o conceito jurídico de empresário está
dizendo “quem exerce uma atividade”, mas que atividade é essa? ESSA ATIVIDADE É A
EMPRESA. Então podemos dizer que empresário é aquele que exerce a empresa
profissionalmente. Ok?
Mas o que é que seria empresa?
Empresa é a atividade econômica organizada que reúne capital e trabalho para a
produção, a circulação de bens ou a prestação de serviços. Cuidado: empresa não é pessoa
jurídica, empresa é uma atividade. O leigo sempre diz: minha empresa é pessoa jurídica, mas
empresa é atividade.
Empresário é pessoa física que está a frente da empresa. Vamos esmiuçar o conceito
de empresário:
“considera-se empresário” – empresário é pessoa física;
“quem exerce profissionalmente” – profissionalmente significa ter a empresa como
atividade principal com continuidade, mesmo que seja sazonal/periódica (ex.: vc pode locar
máquinas colheitadeiras, que vc só terá oportunidade de locá-las em determinado período, e
essa sazonalidade não retira o caráter profissional);
“atividade” – empresa;
“econômica” – que objetiva o lucro;
“organizada”- diz respeito a sua estrutura, conjugação de capital e trabalho (mão-de-
obra), à atribuição de funções a serem exercidas em nome do titular da empresa; essa
organização é justamente a organização desses fatores de produção, capital de um lado, mão-
de-obra de outro. Dessa forma, podemos concluir que uma única pessoa que sai de porta em
porta, com sua sacolinha, vendendo, mesmo que profissionalmente, não pode ser considerado
empresário, pois não há a junção do capital e trabalho.
“para a produção, a circulação de bens ou a prestação de serviços” – vemos a
ampliação do conceito de empresário, que antes comerciante era apenas quem circulava bens.
Essa produção é de quem, está agregando valores: se vc produz aço, monta uma bicicleta,
fabrica um tijolo, vc esta agregando valores. Quem circula bens: o distribuidor, vendedor etc,
também se enquadra no conceito de empresário. Como também quem circula serviços: a ex.
da agência de turismo que não possui aviões e ainda assim vende pacotes de turismo etc.
Pablo: Assim, se eu sou dono de um fiteiro eu não sou empresário. Mas se eu sou dono de
uma rede de fiteiros eu sou empresário.
Prof.: Certo. Quando vc passa a organizar capital e mão-de-obra.
Pablo: Mas para esta organização precisa ter um estatuto?
Prof.: Não. Pode ser informal. Só precisa ter a organização, a subordinação dos empregados a
vc. Agente vai ver isso ai mais na frente.
Art. 966
Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica,
literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da
profissão constituir elemento de empresa.
São exemplos: médico, contador, economista, advogado, artista plástico etc. Se você
exerce uma dessas funções sozinho, ou ainda com ajuda de auxiliares, você não é empresário.
A atividade pode ser organizada – atribuição de funções; e econômica – objetivar o lucro, mas
o legislador quis excluir, através desse parágrafo, que esses profissionais fossem considerados
empresários.
Agora presta atenção, “salvo se o exercício da profissão constituir elemento de
empresa”. Assim, se um médico contrata diversos auxiliares, mas ele sozinho é o responsável
pela atividade, ele não é empresário; mas caso passe a contratar outros médicos que passem a
trabalhar por conta em risco daquele, ai sim será considerado empresário. Ou seja, quando ele
passa a contratar outros para exercerem a profissão, passa a ser considerado empresário.
Art. 982. Salvo as exceções expressas, considera-se empresária a sociedade que tem por objeto o exercício
de atividade própria de empresário sujeito a registro (art. 967); e, simples, as demais.
2 – PODE SER EXERCIDO POR UMA 2 – É COMPOSTA POR MAIS DE UM SÓCIO (exceto em
PESSOA (empresário/pessoa física) OU situação temporária e incidentais - ex. morte ou exclusão do
VÁRIAS (sociedade empresária/pessoa outro sócio - condição que permanece por até 6 meses se
jurídica) contratual ou 1 ano se institucional - deve ser revertida)
Para terminar:
Para efeitos de tributação o empresário é equiparado à pessoa jurídica.
O sócio não é empresário, a sociedade que o é.