Sie sind auf Seite 1von 5

 

  
 
  

                               
 
 

CHAMADA PARA APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS 

Conferência Internacional da Rede WATERLAT 

“Tensão entre justiça ambiental e justiça social   
na América Latina: 
o caso da gestão da água” 
  

PRIMEIRA CIRCULAR (MARÇO DE 2010) 

Local do Evento 

Memorial da América Latina 

São Paulo, 25‐27 de outubro de 2010 
Chamada de trabalhos

A Comissão Organizadora da Conferência Internacional da Rede WATERLAT “Tensão entre justiça


ambiental e justiça social na América Latina: o caso da gestão da agua” tem a satisfação de lançar
essa chamada para apresentação de trabalhos. A conferência é uma realização da rede WATERLAT
(www.waterlat.org), com apoio do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo
(http://www.iea.usp.br) e do Centro de Estudos Brasileiros para América Latina da Fundação
Memorial (http://www.memorial.sp.gov.br/memorial/index.jsp). O encontro terá lugar nas
instalações do Memorial da América Latina, em São Paulo
(http://www.sp360.com.br/passeios/pass_centros-culturais_mem-al.html).

A Conferência está organizada em torno a três temas centrais que estruturam as atividades de cada
dia do evento (Temas 1 a 3 da estrutura). Além disso, foram identificados três temáticas transversais
que se articulam aos temas centrais:

25 DE OUTUBRO 26 DE OUTUBRO 27 DE OUTUBRO

TEMA 1 TEMA 2 TEMA 3

A tensão entre justiça social e Conflitos ecológicos Confrontando a vulnerabilidade


justiça ambiental na gestão da água distributivos relacionados à e indefensabilidade social
água relacionadas às ameaças
hídricas

TEMAS TRANSVERSAIS

i. Geopolítica da água, gestão de águas transfronteiriças

ii. Grandes obras de infraestrutura hídrica

iii. Riscos, ameças hídricas e vulnerabilidade

Essa chamada convida à apresentação de comunicações orais e posteres situados dentro do marco
temático e orientados pelas prioridades de investigação da Rede WATERLAT, que descrevemos nas
páginas seguintes.

Modalidades de Inscrição:

Preencher o formulário e enviar por correio eletrônico para o endereço waterlat@ncl.ac.uk,


seguindo as indicações do mesmo (enviar apenas o resumo para inscrição). Data limite para
apresentação de propostas: 30 de abril de 2010. A aprovação dos trabalhos selecionados será
divulgada em maio de 2010. Serão aceitos trabalhos em espanhol, inglês e português.

O valor da inscrição é R$ 150,00 para professores e profissionais e de R$ 75,00 para estudantes. Os


detalhes da forma de pagamento da inscrição serão enviados diretamente aos proponentes por
mensagem eletrônico e estarão disponíveis também no endereço www.waterlat.org.

2
Temas gerais que abrangem as prioridades de pesquisa da Rede WATERLAT
1) O caráter capitalista do governo e a gestão da água. A dinâmica central que estrutura
majoritariamente as ações de governo e gestão da água no âmbito mundial ocorre de acordo com o
processo de acumulação do capital. Considerações como a insustentabilidade e a justiça ambiental
ficam subordinadas à dinâmica dominante do processo de acumulação.

2) A gênese da indefensabilidade 1 em relação à água. Os seres humanos estão expostos a uma


ampla gama de perigos e danos relacionados com o governo e gestão da água, que se derivam de
uma série de causas como a falta de acesso à água e a seus serviços ou a exposição a fenômenos
naturais ou antrópicos como inundações, secas ou a contaminação hídrica. A percepção desses
perigos e danos potenciais e a crescente capacidade humana de antecipação, previsão e medição
destes, são encapsuladas no conceito de risco, que poderíamos denominar de “risco hídrico”. Na
WATERLET nos interessa não somente o estudo da vulnerabilidade e da fragilidade humana em
relação a esses perigos e danos potenciais, mas fundamentalmente o processo de gênesis da
indefensabilidade que afeta amplos setores da população que convive com ameaças à vida.

3) Confrontando a indefensabilidade social: a construção de alternativas para o uso, a gestão e o


controle da água. A construção de alternativas entendida como um complexo processo social que
resulta tanto de iniciativas planificadas, intencionais, como de dinâmicas “cegas”, não planejadas e
frequentemente aleatórias. A construção de alternativas não consubstancia em si mesma um valor
positivo ou negativo, nem é concebida como um processo mecânico ou linear, já que as alternativas
podem ter efeitos não esperados e fracassar, bem como, tornar-se exitosas e produzir as
transformações esperadas.

Prioridades de investigação da REDE WATERLAT:

1. A dimensão política e os conflitos por água

A necessidade de questionar e repolitizar os discursos dominantes relacionados com o governo e a


gestão da água. Por exemplo, o discurso da “adaptação as mudanças climáticas” (por que são os
pobres os que devem adaptar-se?), ou o “pagamento por serviços ambientais”

O conflito entre soberania alimentar e o avanço das monoculturas (conflitos sobre usos da água,
solo, biota, etc).

1
Enquanto que a “vulnerabilidade” implica na susceptibilidade a sofrer feridas ou ataques e a
“fragilidade é a qualidade ou estado de uma coisa que pode ser quebrada ou destruída com facilidade, a
“indefensabilidade” incorpora a dimensão social do problema, corresponde a propriedade de carecer de meios
para defender-se, estar desarmado.

3
A relação entre o conflito e governança participativa da água (por exemplo, a contradição entre
empoderamento e desmobilização resultante dos processos participativos). Um mapeamento
empírico desses conflitos.

Os conflitos existentes ou potenciais por água entre os países.

O estudo da infraestrutura hídrica como ator (a infraestrutura como obra antropológica, social, que
encarna normas sociais de poder).

A organização de alternativas de governo e gestão da água e sua co-gestão. Formas de


multiculturalidade resistentes e dominantes.

Examinar as tendências da política hidráulica e os conflitos que estas geram.

O paradoxo que surge do reconhecimento crescente da “politização” do ambiente aquático, ao


mesmo tempo em que este se despolitiza na prática.

Estudo dos conflitos pela água. Temas de justiça ambiental (linguagens de valoração), relações de
poder, causas dos conflitos.

2. A dimensão das políticas públicas e a legislação/ administração

As consequências sociais e ambientais dos instrumentos de “governabilidade” da água (leis,


mecanismos administrativos, etc.).

A gestão pública e comunitária da água (o papel do estado, os processos de participação e controle


social democrático).

As iniciativas locais como formas de descentralização “de fato”, como é o exemplo dos serviços locais
da água no Paraguai.

O papel e a incidência (estratégias, etc.) dos movimentos sociais na formulação e implementação de


políticas de água e saneamento.

Os desafios e oportunidades que confronta a criação ou recuperação de empresas públicas de água e


saneamento.

O impacto social do financiamento no setor da água. Está ocorrendo uma transição da gestão do
recurso água à gestão de empresas da água?

A grande variedade de experiências de auto-governo da água, buscando uma descrição rigorosa das
alternativas “reais”.

Monitoramento e acompanhamento de leis e políticas públicas (ex. observatórios dos serviços


públicos de água, etc.).

Monitoramento e acompanhamento de eventos extremos relacionados com a água (ex. Impactos da


mudança climática).

4
Planificação no setor da água a nível nacional e local.

Estudos comparativos da “linguagem” utilizada pelas instituições internacionais em relação ao


governo e gestão da água.

Estudos de diagnóstico dos riscos hídricos e identificação do “interlocutor” neste processo.

Os problemas do assentamento de populações em zonas ecológicas frágeis.

O governo e gestão de águas transfronteiriças.

A segurança hídrica.

3. A dimensão da produção e controle do conhecimento sobre a água

O papel da ciência, especialmente as ciências de gestão da água. Como se desenvolvem e aplicam


estes conhecimentos (crítica da pretendida neutralidade dos mesmos).

A crítica da “tecnocracia” da água.

A presença dos acadêmicos na formulação e implementação de políticas da água a nível local.

A relação entre a academia e os atores sociais no tocante à água.

O registro sistemático de experiências e de produção de conhecimento original sobre a resolução de


problemas relacionados com a gestão da água.

O desenvolvimento de uma ecologia política da água que transcenda as divisões disciplinares


natureza-sociedade.

Das könnte Ihnen auch gefallen