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Daniel 9
26 – E depois das sessenta e duas semanas será cortado o Messias, mas não para si
mesmo; e o povo do príncipe, que há de vir, destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim
será com uma inundação; e até ao fim haverá guerra; estão determinadas as assolações.
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Não há, de maneira alguma, chances para que transformemos essa expressão em “O
MESSIAS, O PRÍNCIPE” ou ainda, “O UNGIDO, O PRINCIPE” como uma possível
referência ao Messias dos judeus ou qualquer outro que se tenha apresentado como tal.
Por que? A razão é pura e simples: Esta passagem de Daniel 9:25-27 NÃO é uma
“profecia messiânica”;
a) A expressão MASHIACH NAGID não vem acompanhada pelo ARTIGO DEFINIDO (ה
“há”). Assim, não temos no original HA-MASHIACH como se estivesse identificando o
redentor escatológico de Israel. Sabemos que a palavra MASHIACH é usada nas
Escrituras em relação a príncipes, sacerdotes e reis (1 Sam. 24:6, Lev. 16:32, Is. 45:1);
b) Há dois MASHIACH (ungido) no texto: o primeiro, que viria após as sete semanas
chamado de MASHIACH NAGID e o segundo, que viria após as sessenta e duas
semanas, chamado simplesmente de MASHIACH. Mas, importante: Observe que NÃO se
trata d’O MASHIACH, mas sim, de [um] príncipe ungido e de outro ungido, uma vez que a
simples ausência do artigo definido já deixa a palavra indefinida.
O fraseado original de Dan 9:25 mostra que há uma PAUSA após a expressão “sete
semanas” (shavu’im shiv’a). Esta pausa é facilmente demonstrada pela presença do sinal
“atnach”, logo abaixo da palavra ( שבעהsete).
Sabe portanto, e discerne, que desde a saída da palavra para restaurar e reconstruir
Jerusalém até um ungido, um príncipe, sete semanas; e por sessenta e duas semanas ela
será reconstruída de novo, com as ruas e as circunvalações, mas em tempos de angústia”
(Dan 9:25, Jewish Press Bible) A tradução da JPB demonstra o que foi afirmado
anteriormente: os períodos são distintos, mas tem em comum o mesmo ponto de partida, a
saber, a saída da PALAVRA profética para a reconstrução e restauração da cidade. (Dan
9:25)
SETE SEMANAS:
“Sabe portanto, e discerne, que desde a saída da palavra para restaurar e reconstruir
Jerusalém até um ungido, um príncipe, sete semanas”
Sabemos, pois que Daniel examinava as profecias de Jeremias quando proferiu essas
palavras, ou seja, temos que tomar por base o relato de Jeremias. Daniel disse que desde
a palavra para restaurar e reconstruir Jerusalém até “um ungido, um prícipe, sete
semanas”
A palavra que veio a Jeremias da parte do SENHOR, no ano décimo de Zedequias, rei de
Judá, o qual foi o décimo oitavo de Nabucodonosor.
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Jeremias 32:1
Sabemois, pois que Zedequias começou seu reinado em 605-606. Então uma conta
simples nos revela quem é o “mashiach nagid”. Esse “príncipe ungido” deveria então
aparecer em 556-557. Temos então a pista de quem é essa pessoa:
(notem que aqui também a história laica acrescenta dois anos, ou seja, tanto pela história
judaica como pela laica Ciro II aparece 49 anos após a palavra de Jeremias)
Que digo de Ciro: É meu pastor, e cumprirá tudo o que me apraz, dizendo também a
Jerusalém: Tu serás edificada; e ao templo: Tu serás fundado.
Isaías 44:28
Assim diz o SENHOR ao seu ungido, a Ciro, a quem tomo pela mão direita, para abater as
nações diante de sua face, e descingir os lombos dos reis, para abrir diante dele as portas,
e as portas não se fecharão.
Isaías 45:1
Mas será que Ciro II era mesmo um “príncipe ungido”? Será que ele realmente edificou
Jerusalém e o Templo?
Para que se cumprisse a palavra do SENHOR, pela boca de Jeremias, até que a terra se
agradasse dos seus sábados; todos os dias da assolação repousou, até que os setenta
anos se cumpriram.
Porém, no primeiro ano de Ciro, rei da Pérsia (para que se cumprisse a palavra do
SENHOR pela boca de Jeremias), despertou o SENHOR o espírito de Ciro, rei da Pérsia, o
qual fez passar pregão por todo o seu reino, como também por escrito, dizendo:
Assim diz Ciro, rei da Pérsia: O SENHOR Deus dos céus me deu todos os reinos da terra,
e me encarregou de lhe edificar uma casa em Jerusalém, que está em Judá. Quem há
entre vós, de todo o seu povo, o SENHOR seu Deus seja com ele, e suba.
2 Crônicas 36:21-23
No primeiro ano de Ciro, rei da Pérsia (para que se cumprisse a palavra do SENHOR, pela
boca de Jeremias), despertou o SENHOR o espírito de Ciro, rei da Pérsia, o qual fez
passar pregão por todo o seu reino, como também por escrito, dizendo:
Assim diz Ciro, rei da Pérsia: O SENHOR Deus dos céus me deu todos os reinos da terra,
e me encarregou de lhe edificar uma casa em Jerusalém, que está em Judá.
Quem há entre vós, de todo o seu povo, seja seu Deus com ele, e suba a Jerusalém, que
está em Judá, e edifique a casa do SENHOR Deus de Israel (ele é o Deus) que está em
Jerusalém.
Esdras 1:1-3
Porém, no primeiro ano de Ciro, rei de babilônia, o rei Ciro deu ordem para que esta casa
de Deus(o Templo) se reedificasse.
Esdras 5:13
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Ao diminuirmos 434 de 605/6, chegamos a 172/1 aEC, o ano em que Onias III, o último
sumo sacerdote legítimo foi assassinado após ter sido exonerado do ofício sagrado por
ordem de Antíoco IV Epífanes. Diz o texto hebraico: ואחרי השבועים ששים ושנים יכרת משיח
(vê-acharei há-shav’uim shishim u-shnaim yikaret MASHIACH) — “e depois das sessenta e
duas semanas, será morto [um] ungido” — cumprindo a profecia à risca, Onias III, após ter
sido deposto por Antíoco Epífanes em favor de Jason é assassinado num complô armado
por Menelau que fora denunciado publicamente por Onias devido à práticas ilícitas com
relação aos tesouros do Templo. De acordo com Josefo, Jasão passa a servir como
sumo-sacerdote após a morte de Onias (Antig. XII, 5/1). Assim, UM UNGIDO chamado
Onias III, descendente de Aharon, foi “cortado” (yikaret), ou seja, morto como vítima de
seu testemunho fiel “al kiddush há-shem”.
Sabemos, pois que o relato dos livros de Macabeus não é considerado por cristãos
protestantes ou mesmo judeus como Escritura Sagrada. Mas todos nós sabemos que é
uma boa fonte histórica, vamos então nos servir do relato histórico dos livros de I e II
Macabeus. Para os mais críticos é recomendado “Antiguidades Judaicas XII 5/1 – Flávio
Josefo”.
No início do estudo das sessenta e duas semanas foi afirmado que Onias III morreu no
ano 172-171 aEC. Pois veremos se essa informação tem base:
2 Macabeus 4:7
Após a morte de Seleuco e tendo subido ao trono Antíoco Epífanes, Jasão, irmão de
Onias, usurpou fraudulentamente o cargo de sumo sacerdote.(ano 175 aEC)
2 Macabeus 4:23
Três anos mais tarde…(ano 172)
2 Macabeus 4:34
Por causa disso, Menelau tomou à parte Andrônico, e induziu-o a matar Onias. Andrônico
dirigiu-se, pois, para junto dele, enganou-o com astúcia, deu-lhe garantias, que confirmou
por juramento, levou-o a deixar seu esconderijo e matou-o no mesmo instante, sem
nenhuma atenção à justiça.(ano 172)
Vemos, pois que Onias cumpriu arisca a profecia quando falava que após 62 semanas
seria um um “ungido”. Mais uma vez eis a pergunta que não quer calar: “Será que Onias
era um homem assim tão digno? Pois foi depois dele que houve a profanação do Templo.
Será que ele é de fato o ‘ungido’ que o anjo de Daniel fala que após dele viria tão grande
profanação ao Templo?”. É uma ótima pergunta e eis a resposta:
2 Macabeus 3:1-3
Enquanto os habitantes de Jerusalém gozavam de uma perfeita paz, por causa da retidão
e da piedade do sumo sacerdote Onias, na exata observância das leis, o Templo era
respeitado até mesmo pelos reis estrangeiros. Estes honravam o Templo com os mais
ricos presentes, a tal ponto que o rei Seleuco, rei da Ásia, subministrava com suas rendas
pessoais toda a despesa necessária à liturgia dos sacrifícios.
Concluímos então que sim, Onias III além do último sumo sacerdote legítimo da linhagem
de Arão era um homem justo, um exemplo de tzadik.
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1 Macabeus 1:11
Desses reis originou-se a raiz do pecado: Antíoco Epífanes, filho do rei Antíoco, que havia
estado em Roma, como refém, e que reinou no ano cento e trinta e sete do reino dos
grego.
(Antes de analisar essas próximas duas passagens, analisemos o contexto sobre quem
fala o capítulo 8 de 1 Mc)
1 Macabeus 1:1
Pela voz da fama soube Judas Macabeu que os romanos eram extremamente
poderosos…
(Então após entendermos que o cap. 8 refere-se aos romanos, analisemos as seguintes
passagens para compreender que os gregos já estavam sob tutela romana no período de
Antíoco Epífanes).
1 Macabeus 8:6-7
Antíoco, o Grande, rei da Ásia, lhes tinha movido guerra com cento e vinte elefantes,
cavalaria carros e um numeroso exército, mas havia sido aniquilado por eles.
1 Macabeus 8:9-10
Os gregos haviam querido atacá-los para exterminá-los, mas eles o souberam e enviaram
um general que os atacou, levando a perecer um grande número, arrastou ao cativeiro
suas mulheres e seus filhos, saqueou e tornou-se senhor do país, destruiu suas praças
fortes e os reduziu à servidão, que ainda durava.
Analisemos também que essa servidão dos gregos aos romanos persistia no tempo de
Antíoco Epífanes, vejamos esses dois versos seguintes:
1 Macabeus 7:26
O rei enviou Nicanor, general eminente, que detestava e odiava Israel, com a ordem de
exterminar esse povo.
2 Macabeus 8:10
Nicanor (general grego) esperava obter, com a venda dos judeus que fossem
aprisionados, os dois mil talentos que o rei devia como tributo aos romanos.
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“E seu fim será como numa inundação” — fala-se aqui explicitamente do fim daquele
poder que destruiria o santuário. “Inundação” é um símbolo profético para “invasão(vide Is
8:7-8/28:18); todos sabemos o que aconteceu com o Império Romano em 476 EC –
hordas bárbaras INVADIRAM o império (germanos, hunos, visigodos, etc) e deram um
golpe mortal naquele que teria sido o maior poder político da história.
Explicações:
E fará aliança com muitos por uma semana” — o verbo usado no português nas versões
tradicionais não transmitem a força de ( הגבירhigbir). O hebraico demonstra que a tal
“aliança” seria um tanto que “forçada” a muitos. É importante notar também que não temos
aqui o verbo normalmente usado nas alianças de D´us com Seu povo ( כרתkarat) — logo,
o contexto e o vocabulário impossibilitam uma aliança divina aqui.
O que temos é um acordo humano, feito quase por imposição da força. Mais uma vez,
voltamos a Antíoco e a sua aliança estabelecida com os Tobíadas que se opunham aos
Oníadas (partidários do legítimo sumo-sacerdote Onias). Com a deposição de Onias III em
171 aEC, Antíoco conquista a simpatia dos Tobíadas e de outros partidários judeus
favoráveis ao helenismo.
Em 167 aEC, Antíoco instala um ídolo pagão no Templo (provavelmente Baal Shomem,
equivalente ao Zeus Olimpo) e ordena a interrupção dos sacrifícios contínuos (tamid) e
assim, cumpre a parte final da profecia: “E na metade da semana (167 aEC) fará cessar o
sacrifício (zevach, i.e. tamid).
Há provas/evidências para esses feitos de Antíoco? Sim, veja foi feito com o Templo e com
os holocaustos sob ordem de Antíoco:
2 Macabeus 6:2
macularam o Templo de Jerusalém, dedicaram-no a Júpiter Olímpico e consagram o
monte Garizim, segundo o caráter dos habitantes do lugar, a Júpiter Hospitaleiro.
1 Macabeus 1: 44-45
Por intermédio de mensageiros, o rei enviou, a Jerusalém e às cidades de Judá, cartas
prescrevendo que aceitassem os costumes dos outros povos da terra, suspendessem os
holocaustos no Templo, violassem os sábados e as festas.
Continuação:
1 Macabeus 1: 44-45
Por intermédio de mensageiros, o rei enviou, a Jerusalém e às cidades de Judá, cartas
prescrevendo que aceitassem os costumes dos outros povos da terra, suspendessem os
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Então não nos resta dúvidas, o abominador aqui em questão é indubitavelmente Antíoco!
“terminar com o pecado (le-chatem chataat)” — Daniel disse em sua oração: “Pecamos!”
(9:5) – e isso o afligia ao extremo; nesse ponto, ele entende que há solução para o pecado
de SEU POVO.
Expiar a iniquidade (chaper avon) – a “iniquidade” que o profeta espera ver expiada é a de
seu povo, pois afirmou: “cometemos iniquidade” (Dan 9:5) Logo, o contexto é judaico e não
há lugar para conjecturas externas acerca de uma suposta “expiação” universal.
Trazer a justiça eterna (lehavi tsedeq olamim) – A justiça seria feita primeiramente sobre o
ofensor babilônio (Is 45:1-5) e também depois sobre o inimigo selêucida (Zac 9:13).
e) Selar visão e profeta (lachtom chazon vê-navi) – confirmadas as palavras dos profetas,
especialmente de Jeremias (25:8-14) e de Isaías (45:1-5).
f) Ungir o Santo dos Santos (limshoach qodesh há-qodashim) – este termo NUNCA
refere-se a uma PESSOA, e sim, a um LUGAR, a saber, o LUGAR DOS LUGARES, o
recinto mais sagrado do Beit Há-Mikdash, o Santo dos Santos — e isso foi feito quando da
expulsão dos inimigos estrangeiros e da reconsagração do santuário após a profanação do
arrogante monarca selêucida.
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Mas o ano 606 AEC não foi o ano do exílio, como vc diz que foi o da
restauração e edificação de Jerusalém? O ano de restauração e
edificação de Jerusalém não deveria ser contado a partir de 538 AEC com
Ciro? E foi justamente nesse ano em que a palavra veio do anjo a
Daniel:No princípio das tuas súplicas, saiu a PALAVRA, e eu vim, para to
declarar, porque és mui amado; considera, pois, a palavra, e entende a
visão. (Daniel 9:23). O exilio começou em 608 AEC e durou até 538 AEC.
Daniel sabia que os 70 anos de Exilio estavam chegando ao fim. Da parte
de Deus através de Gabriel foi em 538 que saiu a PALAVRA que
restauração que históricamente o instrumento humano foi Ciro. Setenta
semanas são decretadas para o teu povo e sua santa cidade, esta palavra
veio no ano 538 AEC.
Resposta
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