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ESCRITÓRIO DE ADVOCACIA
GILBERTO MARCELINO MIRANDA
Advogado OAB-CE 3205 - CE
Rua Floriano Peixoto, 735, Sala 206 – Edifício ACI -
Telefones: 085.3231.0380 – 8777.3861- 88238249
FORTALEZA-CEARÁ

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA...................


VARA DA COMARCA DE MARACANAÚ-CEARÁ.

DISTRIBUIÇÃO POR PREVENÇÃO


PEDIDO DE LIBERDADE PROVISÓRIA.
Requerente: FREDERICO DE OLIVEIRA XAVIER.
INQUÉRITO POLICIAL – FLAGRANTE. Numero do Processo: 6801-15.2009.8.06.0117/0 AUTO DE
PRISÃO EM FLAGRANTE - Localização: 3ª VARA DA COMARCA DE MARACANAÚ. Remetido
em: 15/12/2009, às 10h29min e Recebido em: 16/12/2009, às 12h36min, com uma observação: Foram
informados impedimentos para essa distribuição. DO AUTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE.

FREDERICO DE OLIVEIRA XAVIER,


qualificado no Inquérito Policial – Flagrante (Anexo Fls. 1/56) nascido em 08 de
dezembro de 1986, brasileiro, natural da cidade de MARACANAÚ-CE, solteiro, com
profissão definida: SERIGRAFISTA PROFISSIONAL, filho de ALOISIO RIBEIRO
XAVIER e CÉLIA MARIA FERREIRA DE OLIVEIRA, com residência fixa e
2

conhecida, à Rua Coronel Antonio Ludogero, n.o. 12, bairro Jaçanaú, cidade de
Maracanaú, Ceará, por seu advogado "in fine" assinado, GILBERTO MARCELINO
MIRANDA, Advogado OAB-CE 3205 - CE, com escritório profissional na Rua
Floriano Peixoto, 735, Sala 206 – Edifício ACI - Telefones: 085.3231.0380 –
8777.3861- 88238249, FORTALEZA-CEARÁ, onde recebe avisos e intimações em
geral, vem respeitosamente perante V. Exa, com fundamento no artigo 310,
PARÁGRAFO ÚNICO do Estatuto Processual Penal, requerer a sua LIBERDADE
PROVISÓRIA o que faz na forma do dispositivo citado e nas razões fáticas e jurídicas a
seguir aduzidas:

- Que o requerente teve contra si instaurado um PROCEDIMENTO POLICIAL


INVESTIGATIVO, em curso na circunscrição policial da 28.a. DELEGACIA
DISTRITAL DE POLÍCIA, onde lhe é imputado o cometimento do delito capitulado no
artigo 129, Parágrafo 3º, c/c o artigo 29 do CÓDIGO PENAL BRASILEIRO, figurando
como vítima CARLOS RAFAEL DA SILVA PAIVA;

- O requerente foi preso em data de 13 de dezembro do ano de dois mil e nove, embora
não tenha praticado o crime que lhe é imputado, foi considerado em estado-jurídico de
" flagrante", consoante se depreende do incluso auto de prisão em flagrante, às
fls.ANEXAS 1/56, lavrado naquela data pela autoridade policial, e atualmente encontra-
se recolhido a um dos cubículos da cela da DELEGACIA METROPOLITANA DE
MARACANAÚ;

- Que, em sendo entendimento corredio a pregação doutrinária de que a prisão só deve


se MANTER quando for de "incontrastável necessidade", evitando-se ao máximo o
comprometimento do direito de liberdade que o ordenamento jurídico tutela e ampara, o
acusado, enquanto não condenado, não é culpado, não podendo ser tratado como se o
fosse, gozando ele de um "status" de Inocência, porquanto as restrições à sua liberdade,
quaisquer que sejam elas, só se admitem se ditadas pela mais estrita necessidade, o que
"in casu" não ocorre;
DOUTRINA.

PROF. LUIZ BIVAR JR, em seu “DIREITO PROCESSUAL PENAL - “LIBERDADE


PROVISÓRIA EM BREVES CONSIDERAÇÕES”, diz que:
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“(...) A prisão, no direito brasileiro, é medida de exceção.


A regra é o acusado responder ao processo em liberdade,
somente devendo ser preso após o trânsito em julgado de
sentença condenatória em que se impôs pena privativa de
liberdade. É a chamada prisão definitiva, corolário lógico
do princípio da presunção de inocência ou da não
culpabilidade, previsto no art. 5º, LVII, da Constituição da
República”.

PROF. LUIZ BIVAR JR, pondera que:

“é Importante ressaltar, no entanto, que, por vezes, impõe-


se a prisão antes mesmo de existir uma sentença
definitiva. Tratando-se pois de prisão provisória,
processual ou cautelar, que ocorre antes do trânsito em
julgado da sentença...”.

Outro doutrinador, jurisconsulto é o professor Julio Fabbrini Mirabete:

“(...) Rigorosamente, no regime de liberdades individuais


que preside o nosso direito, a prisão só deveria ocorrer
para o cumprimento de uma sentença penal condenatória.
Entretanto, pode ela ocorrer antes do julgamento ou
mesmo na ausência do processo por razões de necessidade
e oportunidade(QUE NÃOÉO CASO DO SENHOR
FREDERICO DEOLIVEIRA XAVIER). MIRABETE,
Julio Fabbrini. Processo penal. 13ª ed. São Paulo: Atlas,
2002, pp. 359-360.

Sustenta a defesa jurídica neste expediente de LIBERDADE PROVISÓRIA: que se


pode perceber, a regra é a liberdade, a exceção é a sua privação nos termos da lei, que
só deve ocorrer em casos de absoluta necessidade. Tenta-se, assim, conciliar os
interesses sociais que, de um lado, exigem a aplicação de uma pena ao autor de um
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crime e, de outro, protegem o direito do acusado de não ser preso, senão quando
considerado culpado por sentença condenatória transitada em julgado. É nesse contexto
que surge o instituto da liberdade provisória, previsto no art. 5º, LXVI, da Constituição
da República.

Para o professor Paulo Rangel:

“(...) Assim, a Constituição, ao garantir como direito que


somente haja prisão em flagrante delito, ou por ordem
escrita e fundamentada do juiz competente, garante
também que ninguém será levado para ela se a lei admitir
liberdade provisória, com ou sem fiança (cf. art. 5º, LXI e
LXVI).”
RANGEL, Paulo. Direito Processual Penal. 8º ed. Rio de
Janeiro: Lumen Juris, 2004, p. 657.

De fato, ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade
provisória, com ou sem fiança. Trata-se de um direito constitucional que não pode ser
negado se estiverem presentes os motivos que a autorizam.

Segundo o professor Guilherme de Souza Nucci:

“(...) confirmando o fato de a autoridade policial dever


lavrar, sempre, o auto de prisão em flagrante tão logo
tome conhecimento da detenção ocorrida, realizando
apenas o juízo de tipicidade, sem adentrar nas demais
excludentes do crime, cabe ao magistrado, recebendo a
cópia do flagrante, deliberar sobre a liberdade provisória,
que é um direito do indiciado, desde que preencha os
requisitos legais... Falta nesse caso(do requerente
FREDERICO DE OLIVEIRA XAVIER, elementos de
convicção) para sustentação da medida cautelar, o fumus
boni juris. A única possibilidade de segurar o indiciado
preso é não acreditar na versão de qualquer excludente de
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ilicitude ofertada. Entretanto, havendo fortes indícios de


que alguma delas está presente, melhor colocar a pessoa
em liberdade do que segurá-la detida.” NUCCI,
Guilherme de Souza. Código de processo penal
comentado. 3º ed. São Paulo: RT, 2004.

A liberdade provisória encontra-se prevista na Constituição Federal e no Código de


Processo Penal, in verbis:

“Art. 5º, LXVI, da Constituição Federal – ninguém será


levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a
liberdade provisória, com ou sem fiança.”
“Art. 310, do Código de Processo Penal – Quando o juiz
verificar pelo auto de prisão em flagrante: Parágrafo único
– Igual procedimento será adotado quando o juiz verificar,
pelo auto de prisão em flagrante, a inocorrência de
qualquer das hipóteses que autorizam a prisão preventiva
(arts. 311 e 312).”

A liberdade provisória é uma contra cautela que substitui a custódia provisória, com ou
sem fiança.

Diz se contra cautela, pois a cautela é a prisão. Assim, a liberdade provisória é uma
contraposição, cujo antecedente lógico é a prisão cautelar. Por esse instituto o acusado
não é recolhido à prisão é posto em liberdade quando preso, vinculado ou não a certas
obrigações que o prendem ao processo e ao juízo, com o fim de assegurar a sua
presença ao processo sem o sacrifício da prisão cautelar. Diz-se que essa liberdade é
provisória, pois, a qualquer tempo, ocorrendo certas hipóteses previstas em lei, pode ser
revogada, sendo o acusado recolhido à prisão.

Novamente nas palavras do professor Mirabete:

“(...) É, pois, um estado de liberdade que pode estar


gravado nas condições e reservas que tornam precário e
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limitado o seu gozo. Tem a denominação de liberdade


‘provisória’ porque: a) pode ser revogada a qualquer
tempo, salvo no caso de não ser vinculada; b) vigora
apenas até o trânsito em julgado da sentença final que, se
condenatória, torna possível a execução da pena e, se
absolutória, transforma a liberdade em definitiva.”.
MIRABETE, Julio Fabbrini. Op. Cit., p. 402.

Importante ainda destacar que não se confundem os institutos da liberdade provisória,


revogação de prisão preventiva e o relaxamento da prisão em flagrante.

Na liberdade provisória subsistem os motivos da custódia, porém, desde que ausentes os


pressupostos autorizadores da prisão preventiva, poderá ser o acusado posto em
liberdade, sujeitando-o a determinadas condições, conforme o caso. Vê-se, portanto, que
a prisão é legal, porém desnecessária a PERMANÊNCIA DOACUSADO NO
CÁRCERE. Pois se não houver cumprimento de algumas deliberações o LIBERADO
PROVISORIAMENTE REGRESSARÁ AO CÁRCERE.

Como se vê, o legislador permite a concessão de liberdade provisória, porém sujeita o


acusado a certas condições. Nas palavras do professor Paulo Rangel:

“(...) Portanto, o réu fica livre, mas preso ao processo”.

Sustenta a defesa jurídica neste expediente de LIBERDADE PROVISÓRIA que se


aplica ao requerente a “LIBERDADE PROVISÓRIA PERMITIDA OU
VINCULADA”, hipótese em que o legislador ordinário federal admitiu a concessão
desse instituto, porém sujeitou o acusado ao cumprimento de certas condições, sob pena
de se revogar a liberdade e recolher-se o réu à prisão.

Assim, essa liberdade requerida, a liberdade provisória, também permitida ou vinculada,


impõe ao Sr. FREDERICO DE OLIVEIRA XAVIER o cumprimento as determinadas
condições às quais o réu estará sujeito, observam-se as regras previstas nos arts. 327 e
328 do Código de Processo Penal:
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Sr. FREDERICO DE OLIVEIRA XAVIER se obriga:


a) comparecer a todos os atos do processo (art. 327 do
CPP);
b) proibição de o réu mudar de residência, sem prévia
permissão da autoridade processante (art. 328, 1ª parte, do
CPP);
c) proibição de o réu ausentar-se por mais de 8 (oito) dias
de sua residência, sem comunicar à autoridade
processante o lugar onde será encontrado (art. 328, 2ª
parte, do CPP).
d) recolher-se às 18h00min horas ao seu domicílio
consignado nos autos, e estando trabalhando não
ultrapassar de 22h00min horas com esse mesmo
desiderato;
e) não ingerir bebidas alcoólicas de qualquer natureza, em
sua residência ou estabelecimento sujeito a vistoria
pública;
f) não portar arma de qualquer natureza, em sua
residência ou estabelecimento sujeito a vistoria pública;
g) apresentar-se de 15 em dias ao Fórum, na Secretária da
Vara onde tramita o Processo Crime, para informar seu
desenvolvimento pessoal na adaptação das regras;
h) se compromete a freqüentar uma escola de educação
regular ou formação ao trabalho;
i) se compromete a desenvolver atividade lícita que
assegure a sua manutenção e de seus pares.

JURISPRUDÊNCIA.

"Liberdade provisória. Concessão. Inexistência nos autos


de elementos que convençam da necessidade da
manutenção da prisão preventiva. Inteligência do art.
310, parágrafo único, do CPP." (RT 560/359)
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O SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA, no Diário da Justiça de 19 de fevereiro de


2001, publicou acórdão do RHC 10337/SP, que foi relatado pelo ministro HAMILTON
CARVALHIDO e em cuja ementa se lê, dentre outros assuntos pertinentes ao caso
concreto e desnecessários ao presente texto: “a inafiançabilidade do delito é expressão
legal, no sistema processual penal em vigor, de custódia cautelar presumida juris
tantum, cuja desconstituição admitida reclama prova efetiva da desnecessidade da
medida, a demonstrar segura a ordem pública, a instrução criminal e a aplicação da
norma penal, sendo desenganadamente do réu o ônus de sua produção (...) daí porque a
liberdade provisória, no caso de prisão em flagrante, está subordinada à certeza da
inocorrência de qualquer das hipóteses que autorizam a prisão preventiva (Código de
Processo Penal, artigo 310, caput e parágrafo único)”.

A Carta da República de 1988 estampa no inciso LVII de seu artigo 5º que “ninguém
será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória”.
Este dispositivo consagra o axioma de que a prisão-pena (na verdade, não só a prisão
mas qualquer pena), que é aquela egressa da condenação pela prática de alguma
infração penal, somente poderá ser imposta após o trânsito em julgado da sentença
condenatória. Até aí o indivíduo é presumido (presunção relativa) inocente e por isso a
ele não pode ser imposta execução de pena.

Assim pensam ANTÔNIO MAGALHÃES GOMES FILHO (“Presunção de Inocência e


Prisão Cautelar”, Saraiva, São Paulo, 1991, p. 43) e LUIZ FLÁVIO GOMES (“Sobre o
Conteúdo Processual Tridimensional de Princípio da Presunção de Inocência” in
“Estudos de Direito Penal e Processual Penal”, 1.ed. São Paulo, Revista dos Tribunais,
1999, p. 115).

No específico âmbito do Direito Processual Penal, o maior referencial que se tem para
aferir a questão da necessidade da aplicação de alguma medida cautelar constritiva da
liberdade é o art. 312 do Código de Processo Penal (CPP). Apreciando-se este
dispositivo se conclui que o fumus boni iuris está presente quando houver materialidade
comprovada e indícios suficientes de autoria. Superada afirmativamente esta etapa, o
mesmo artigo destaca que somente se necessário para garantia da ordem pública ou
econômica, para aplicação da lei penal ou por conveniência da instrução criminal é que
se pode entender configurado o periculum in mora. Ou, mais especificamente: somente
9

se a liberdade de alguém trouxer perigo a uma dessas situações é que se verá presente
aquilo que se chama de periculum libertatis.

É precisamente isto que dispõe o parágrafo único do art. 310 do CPP, ao estatuir que
quando o juiz verificar, pelo auto de prisão em flagrante, a inocorrência de qualquer das
hipóteses que autorizam a prisão preventiva, concederá ao réu liberdade provisória,
mediante termo de comparecimento a todos os atos do processo, sob pena de revogação.
Por este dispositivo, se, em caso de prisão em flagrante, não se evidenciarem os
elementos que autorizam a prisão preventiva, será concedida liberdade provisória.
Lavra-se o auto de prisão em flagrante, colhendo-se o que for necessário à prova da
materialidade e autoria da infração e, feito isto, a prisão só será mantida pela autoridade
judicial se necessária, o que será decidido conforme os critérios estabelecidos pelo art.
312 do CPP. O normal, pois, é que aquele que for preso em flagrante seja posto em
liberdade (que é sempre a regra), salvo se presentes os elementos que autorizariam a
prisão processual preventiva (que é sempre a exceção).

Manter a prisão em flagrante pelo simples fato de o crime ser inafiançável agride
também os arts. 5º, LXI e 93, IX, da Carta Magna, que condicionam as decisões que
retirem a liberdade dos indivíduos à escrita fundamentação. Veja-se que com relação à
prisão a Constituição não se satisfez com a regra geral de que as decisões judiciais têm
que ser motivadas e ascendeu à categoria de direito individual a necessidade de
fundamentação das decisões constritivas da liberdade. Daí deriva que a decisão que
mantém prisão em flagrante não pode simplesmente adotar como fundamentação, como
entende o STJ, o fato de não ter o preso comprovado à desnecessidade da prisão ou a
presunção da necessidade da prisão porque isso seria, por vias transversas, não
fundamentar, na medida em que a necessidade concreta da prisão não estaria
demonstrada. Neste sentido, ANTÔNIO MAGALHÃES GOMES FILHO, ob. cit., p. 81
e também, do mesmo autor, “A Motivação das Decisões Penais”, , São Paulo, Revista
dos Tribunais, 2001, p. 226 e ss.

POR FIM OS FATOS... apurados no FLAGRANTE POLICIAL não dão a certeza de


que o indiciado foi autor material de uma lesão corporal.
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Assim, a defesa se postura na análise dos artigos que levou a autoridade policial a
decidir pelo indiciamento do acusado.

VEJAMOS (Fls. 2/3 dos ANEXOS):

Diz o INQUÉRITO POLICIAL:

“(...) CONDUZINDO PRESO FREDERICO DE


OLIVEIRA XAVIER... surpreendido logo após ter
agredido fisicamente a vítima quando estava sangrando no
chão após ser atingida por um gargalho de garrafa na
virilha...”

MM Juiz, não foi o indiciado aqui requerente da LIBERDADE PROVISÓRIA que


desfechou golpes mortais na vítima.

FREDERICO DE OLIVEIRA XAVIER ouvido pela autoridade policial às folhas 11 e


12, anexos, nega ter agredido fisicamente a vítima quando esta estava sangrando no
chão após ser atingida por um gargalho de garrafa na virilha.

Não se tem notícias se a autoridade policial do FLAGRANTE viu o cadáver do Senhor


CARLOS RAFAEL DA SILVA PAIVA, logo após o ocorrido, ou recebeu informações
técnicas, MÉDICAS, em torno da CAUSA APARENTE DA MORTE.

MM Juiz, chutes, “porradas” e perfurações a faca deixam “corpo delito”. Segundo


informações coletadas pelo advogado do requerente não existiram lesões externas no
cadáver, as LESOES QUE CAUSARAM A MORTE FORAM INTERNAS, e se repete:
não foi o indiciado aqui requerente da LIBERDADE PROVISÓRIA que desfechou
golpes mortais na vítima, esta morreu por hemorragia, não existe prova das LESOES
CORPORAIS em desfavor do Sr. FREDERICO DE OLIVEIRA XAVIER.

FREDERICO DE OLIVEIRA XAVIER só poderia ter sido indiciado em flagrante com


provas robustas da lesão apontada, em um cadáver que nem o INQUÉRITO o arrolou
através de laudos técnicos.
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A douta autoridade policial anuncia nos autos apenas:

GUIA POLICIAL DE EXAME CADAVÉRICO da


lamentável vítima jovem: Senhor CARLOS RAFAEL DA
SILVA PAIVA, fls 15 dos Anexos;
GUIA POLICIAL DE EXAME CORPO DELITO “ad
cautelam” do indiciado, FREDERICO DE OLIVEIRA
XAVIER, fls 16 dos Anexos.

Daí, Excelência, desde o início, a prisão do Denunciado tem se mostrado iníqua e


desnecessária, por não se amoldar a seu comportamento quaisquer das situações que
autorize sua segregação, eis que se trata como brota cristalinamente dos próprios autos,
de trabalhador, com raízes neste Município, possuidor de residência fixa e domicílio
certo.

Assim, vê-se que inexiste razão a que se perdure sua prisão, e assim sendo, cessando a
necessidade, que cesse a medida.

ANÁLISE PARA REFLEXÃO VINCULADA A PRETENSÃO LIBERATÓRIA DO


SR. FREDERICO DE OLIVEIRA XAVIER.
PRISÃO EM FLAGRANTE.
(Art. 301 e seguintes do CPP)
DA PRISÃO EM FLAGRANTE.

É uma prisão que consiste na restrição da liberdade de alguém, independente de ordem


judicial, possuindo natureza cautelar, desde que esse alguém esteja cometendo ou tenha
acabado de cometer uma infração penal ou esteja em situação semelhante prevista nos
incisos III e IV, do Art. 302, do CPP. É uma forma de autodefesa da sociedade.

A expressão flagrante vem da expressão FLAGARE, que significa queimar, arder. É o


que está acontecendo ou acabou de acontecer. É o evidente.
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No caso presente, a prisão em flagrante do Sr. FREDERICO DE OLIVEIRA XAVIER


é ilegal.

Não existiram elementos materiais para a PRISÃO EM QUESTÃO, a autoridade se


baseou em depoimentos de pessoas que se envolveram na confusão. Acompanharam a
polícia militar no flagrante e disseram: “o indiciado chutou a vítima...”.

Diz o CPPB:
“Art. 301. Qualquer do povo poderá e as autoridades
policiais e seus agentes deverão prender quem quer que
seja encontrado em flagrante delito”.

Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem:


I - está cometendo a infração penal;
II - acaba de cometê-la;
III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em
situação que faça presumir ser autor da infração;
IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam
presumir ser ele autor da infração.
A natureza jurídica da prisão em flagrante é de um ato administrativo, pois independe
de manifestação jurídica. No entanto, consoante o Art. 5º, LXV, da CF a prisão deverá
ser comunicada imediatamente ao juiz, para que verifique a sua legalidade. E caso não
seja, irá ocorrer o relaxamento da mesma. Com a comunicação ao juiz, o ato irá se
aperfeiçoar.

TECNICAMENTE temos as seguintes espécies de Flagrante:

I- Próprio ou Real:
Art. 302, incisos I e II do CPP.
É o flagrante propriamente dito.
Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem:
I - está cometendo a infração penal;
II - acaba de cometê-la;
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II- Impróprio ou Quase Flagrante:


Art. 302, III do CPP. Irá ocorrer naquela hipótese em que o agente é perseguido logo
após o crime em situação que faça presumir ser ele o autor da infração penal.
A expressão logo após não significa 24 horas, mas sim um período de tempo.
(jurisprudência entende que é até 6 a 8 horas após o crime) razoável para haver a
colheita de provas sobre quem é o autor e iniciar a perseguição. Tempo e lugar
próximos da infração penal. OBS. Perseguição contínua 6 a 8 horas para iniciar a
perseguição. A perseguição após ser iniciada tem que ser contínua, não podendo ser
interrompida. Deve ser destacado que a perseguição deve ser iniciada até seis a oito
horas após o crime.
Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem:
I - está cometendo a infração penal;
II - acaba de cometê-la;
III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em
situação que faça presumir ser autor da infração;
IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam
presumir ser ele autor da infração.

III- Flagrante Presumido:


Art. 302 IV do CPP. Irão ocorrer no caso em que o agente é encontrado logo depois
com objetos, armas, que façam presumir ser ele o autor da infração penal. Nesse caso, o
agente não é perseguido, mas encontrado logo depois, sendo que, segundo a
jurisprudência, essa expressão significa até 10, 12 horas após o crime, havendo um
maior elastério de horas. Neste caso Não houve perseguição, sendo que o agente é
encontrado logo depois.
Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem:
I - está cometendo a infração penal;
II - acaba de cometê-la;
III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em
situação que faça presumir ser autor da infração;
IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam
presumir ser ele autor da infração.
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Na prisão em flagrante é extremamente importante a observância processual PENAL. E


neste inquérito policial onde é indiciado FREDERICO DE OLIVEIRA XAVIER, no
que pese a integridade moral e técnica da autoridade policial, o INDICIADO foi preso
sem provas materiais do FLAGRANTE. É importante a observância da formalidade
LEGAL, sob pena de ilegalidade do A.P.F (auto de prisão em flagrante) e conseqüente
relaxamento da prisão. INTELIGÊNCIA do Art. 5º, LXV da CF/88.

Na hipótese de haver prisão em flagrante ilegal haverá o relaxamento da mesma, sendo


que se o juiz não relaxar será cabível o Habeas Corpus, junto ao tribunal.

Salienta-se que o presente A.P.F. (auto de Prisão em flagrante) deverá perder sua força
coercitiva, mas servindo apenas como peça de informação para possibilitar o
ajuizamento da ação penal, onde o INDICIADO terá a oportunidade de promover sua
defesa.

Ressalte-se que no caso presente a prisão em flagrante é legal em tese, a SUA


ILEGALIDADE SERÁ DECRETADA COM A ABSOLVIÇÃO DO INDICIADO, se
denunciado.

MM. Juiz, a defesa do Sr. FREDERICO DE OLIVEIRA XAVIER não pode ser
considerada confusa. A PRISÃO FOI ILEGAL, e em tese estar dentro da legalidade no
momento. No curso da instrução criminal o indiciado terá a oportunidade de provar sua
inocência. NO MOMENTO o que se objetiva é a sua liberdade provisória.

DA FALTA DE CORPO DELITO PARA O INDICIAMENTO DO SR. FREDERICO


DE OLIVEIRA XAVIER.
ANÁLISE PARA REFLEXÃO VINCULADA A PRETENSÃO LIBERATÓRIA DO
INDICIADO.
ASPECTOS MÉDICOS LEGAIS.
CORPO DELITO.

O corpo de delito é, em essência, o próprio fato criminal, sobre cuja análise é realizada a
perícia criminal a fim de determinar fatores como autoria, temporalidade, extensão de
danos, etc., através do exame de corpo de delito.
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A realização de perícia nos fatos que deixam vestígios é legalmente obrigatória. O


corpo de delito pode ser compreendido em duas categorias, conforme sua durabilidade:
Permanente - quando os vestígios têm durabilidade extensa ou perene (p. ex.:
perfuração à bala); Transeunte - quando estes vestígios são efêmeros (p. ex.:
enquimoses); Quanto à forma de sua verificação, pode ser: Direto: Quando é feito
diretamente no vestígio. Indireto: Quando é feito indiretamente (ex. por imagens, fotos
etc.). Corpo de delito é expressão usada quase exclusivamente para os casos em que há
lesão corporal, e não apenas neste tipo de delito, como em outros que deixam marcas no
organismo, tais como o estupro, aborto, etc. O corpo de delito, porém, pode ser o objeto
num cadáver, mediante autópsia, quando se trata de lesão corporal seguida de morte.
Aplica-se a expressão, contudo, para os exames cadavéricos, e para outros como de
verificação da idade.

Na espécie processual em questão não houve Exame de Lesão Corporal prévio no


cadáver do Sr. CARLOS RAFAEL DA SILVA PAIVA para dar à autoridade policial a
segurança jurídica da tipificação penal que levou ao indiciamento em flagrante do
FREDERICO DE OLIVEIRA XAVIER.

Era imperiosa a feitura do Exame de Lesão Corporal Prévio no Sr. CARLOS RAFAEL
DA SILVA PAIVA.

Que exame é esse? O Exame de Lesão Corporal?

Esse exame é feito quando envolve um episódio de violência e classifica em que ponto a
integridade física foi afetada. A vítima relata o ocorrido e o legista procura sinais que
comprovem ou não o que foi dito. No caso em questão a evidência médica legal da
existência das agressões promovidas segundo o IPL, pelo Sr. FREDERICO DE
OLIVEIRA XAVIER daria em tese uma fundamentação para a acusação no flagrante.
Mais isso não existe. NÃO TEM PROVAS NOS AUTOS. Sim declarações dos
adversários do acusado.

Nos autos existe o pedido de exame cautelar promovido no indiciado (Feito por
precaução para a verificação de lesões recentes no preso. Neste caso o legista examina
se a integridade física do indivíduo foi mantida durante seu transporte a caminho da
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delegacia, tribunal ou em uma transferência de presídio, por exemplo. É realizado


sempre que os presos entram e saem da prisão) e a requisição de EXAME
CADAVÉRICO que não foi noticiado nos autos até a presente data.

INEXISTE NO PROCESSO INVESTIGATÓRIO POLICIAL em desfavor do Sr.


FREDERICO DE OLIVEIRA XAVIER, qualquer evidência de corpo de delito
Transeunte (quando estes vestígios são efêmeros - p. ex.: enquimoses). Logo não existia
prova material para a PRISÃO EM FLAGRANTE do Sr. FREDERICO DE OLIVEIRA
XAVIER.

MM. Juiz, não se pode falar em LESOES CORPORAIS sem provas MÉDICAS
LEGAIS.

CLASSIFICAÇÃO DAS LESÕES CORPORAIS SEGUNDO A QUANTIDADE DO


DANO:

- LEVES – são as lesões corporais que não determinam as conseqüências previstas nos
§§ 1°, 2° e 3°, do art. 129 do CP; são representadas freqüentemente por danos
superficiais comprometendo a pele, a hipoderme, os vasos arteriais e venosos capilares
ou pouco calibrosos - ex.: o desnudamento da pele ou escoriação, o hematoma, a
equimose, ferida contusa, luxação, edema, torcicolo traumático; choque nervoso,
convulsões ou outras alterações patológicas congêneres obtidas à custa de reiteradas
ameaças.

- GRAVES – são os danos corporais resultantes das conseqüências previstas pelo § 1°:
- incapacidade para as ocupações habituais por + de 30 dias – é quando o ofendido não
pode retornar a todas as suas comuns atividades corporais antes de transcorridos 30
dias, contados da data da lesão; a incapacidade não precisa ser absoluta, basta que a
lesão caracterize perigo ou imprudência no exercício das ocupações habituais por mais
de 30 dias.

- Exame complementar – é um segundo exame pericial que se faz logo que decorra o
prazo de 30 dias, contado da data do crime e não da respectiva lavratura do corpo de
delito, para avaliar o tempo de duração da incapacidade; quando procedido antes do
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trintídio é suposto imprestável, pois aberra do texto legal; se realizado muito tempo
depois de expirado o prazo de 30 dias ele será imprestável, impondo-se, por isso, a
desclassificação para o dano corporal mais leve (exceção: quando os peritos puderem
verificar permanência da incapacidade da vítima para as suas ocupações habituais - ex.:
detecção radiológica de calo de fratura assestado em osso longo, posto que essa
modalidade de lesão traumática sempre demande mais de 30 dias para consolidar);
existem outras formas de exame complementar que não a que se faz para verificar a
permanência da inabilitação por mais de 30 dias, como a investigação levada a efeito a
qualquer tempo, para corrigir ou complementar laudo anterior, ou logo após um ano da
data da lesão, objetivando pesquisar permanência da mesma.

- Perigo de vida – é a probabilidade concreta e objetiva de morte (não pode nunca ser
suposto, nem presumido, mas real, clínica e obrigatoriamente diagnosticado); é a
situação clínica em que resultará a morte do ofendido se não for socorrido
adequadamente, em tempo hábil; ele se apresenta como um relâmpago, num átimo, ou
no curso evolutivo do dano, desde que seja antes do trintídio - ex.: hemorragia por seção
de vaso calibroso, prontamente coibida; traumatismo crânio-encefálico, feridas
penetrantes do abdome, lesão de lobo hepático, comoção medular, queimaduras em
áreas extensas corporais, colapso total de um pulmão etc.

- Debilidade permanente de membro, sentido (são as funções perceptivas que permitem


ao indivíduo contatar os objetos do mundo exterior) ou função (é o modo de ação de um
órgão, aparelho ou sistema do corpo) – é a lesão conseqüente à fraqueza, à debilitação,
ao enfraquecimento duradouro, mas não perpétuo ou impossível de tratamento
ortopédico, do uso da energia de membro, sentido ou função, sem comprometimento do
bem-estar do organismo, de origem traumática; por permanente entende-se a fixação
definitiva da incapacidade parcial, após tratamento rotineiro que não logra o resultado
almejado, resultando, portanto, verdadeira enfermidade; a ablação ou inutilização de um
órgão duplo, mantido o outro íntegro e não abolida a função, constitui lesão grave
(debilidade permanente); a ablação ou inutilização de um órgão duplo e debilitação da
forma do órgão remanescente, trata-se de lesão gravíssima (perda de membro, sentido
ou função); a eliminação ou inutilização total de um órgão ímpar que tenham suas
funções compensadas por outros órgãos, bem como a diminuição da função genésica
peniana conseqüente a um traumatismo, tratam-se de lesão grave (debilidade
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permanente); a perda de dente, em princípio, não é considerada lesão grave, nem


gravíssima, compete aos peritos odontólogos apurar e afirmar, de forma inconteste, a
debilidade da função mastigadora; a perda de dente poderá eventualmente integrar a
qualificadora deformidade permanente se complexar o ofendido a ponto de interferir
negativamente em seu relacionamento econômico e social.

- Aceleração de parto – consiste na antecipação quanto à data ou ocasião do parto, mas


necessariamente depois do tempo mínimo para a possibilidade de vida extra-uterina e
desencadeada por traumatismos físicos ou psíquicos; na aceleração do parto, o concepto
deve nascer vivo e continuar com vida, dado o seu grau de maturação; no aborto, o
concepto é expulso morto, ou sem viabilidade, se sobreviver.

- GRAVÍSSIMAS - são os danos corporais resultantes das conseqüências previstas pelo


§ 2°:

- Incapacidade permanente para o trabalho – é caracterizada pela inabilitação ou


invalidez de duração incalculável, mas não perpétua, para todo e qualquer trabalho.

- Enfermidade incurável – é a ausência ou o exercício imperfeito ou irregular de


determinadas funções em indivíduo que goza de aparente saúde.

- Deformidade permanente – é o dano estético irreparável pelos meios comuns, ou por si


mesmo, capaz de provocar sensação de repulsa no observador, sem, contudo atingir o
aspecto de coisa horripilante, mas que causa complexo ou interfira negativamente na
vida social ou econômica do ofendido; se o portador de deformidade permanente se
submeta, de bom grado, à cirurgia plástica corretora, a atuação do réu, amiúde, será
considerada gravíssima, todavia, será desclassificada para lesão corporal menos grave,
se ainda não foi prolatada a sentença.

TRAUMATISMO.
Traumatismo Arterial de Membros Inferiores.
Não se pode afirmar por falta de provas materiais nos autos do INQUÉRITO
POLICIAL que a morte do Sr. CARLOS RAFAEL DA SILVA PAIVA tenha sido por
hemorragia FEMURAL.
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Porém examinado as peças em anexos (Inquérito Policial fls 1/56) observamos o


seguinte depoimentos:
Fls 7 - Armado com um gargalho de garrafa... atingindo-o
na virilha;
Fls 9 - atingindo-o na virilha;
Fls 11 - lesionado na virilha;
Fls 31 - Vindo a atingi-lo na virilha;

Destes depoimentos podemos presumir, até posterior junção do laudo cadavérico, que a
morte foi provocada por HEMORRAGIA. Lesões a estruturas vasculares dos membros
inferiores possuem um alto risco de vida e de perda de membro, em função do grande
fluxo de sangue para as extremidades inferiores, e a relativa escassez de vasos colaterais
ativos na vítima de trauma. A natureza superficial da vascularização nesta região
usualmente torna estas lesões dramáticas e evidentes. Freqüentemente, estão associadas
ao choque. A extremidade distal apresenta-se fria, sem pulso e pálida. Sob estas
circunstâncias o diagnóstico e indicação para cirurgia são prontamente óbvios.
Considerações diagnósticas iniciais dependem da avaliação da vítima de trauma quanto
a outras lesões que tragam risco de vida potencial, que atinjam vias aéreas, cabeça, peito
e abdome, do controle de eventuais hemorragias e da execução de manobras de
ressuscitação antes do reparo definitivo. Freqüentemente, em lesões de artéria femoral
comum, uma completa recuperação não será conseguida até que o controle da
hemorragia seja obtido no pré-operatório. CONSTA QUE HOUVE DEMORA NO
SOCORRO. PORÉM NÃO SE TEM NOTÍCIAS TÉCNICAS DE AGRESSÃO POR
PARTE DO INDICIADO.

Assim, douto Magistrado ante ao exposto, conforme cabalmente demonstrado, desde o


início inexistiram motivos para a segregação do denunciado, e ora inexistem motivos a
que ela perdure, pelas razões fáticas e jurídicas aduzidas, considerando-se ainda tudo
mais que milita em favor do mesmo e que por certo o alto saber jurídico e senso de
eqüidade de V. Exa, haverá de suprir, com fundamento no dispositivo anteriormente
citado, roga o denunciado que no sublime exercício de seu mister, V. Exa, se digne em
conceder a LIBERDADE PROVISÓRIA do denunciado, para o fim de restabelecer-lhe
a liberdade, para que solto se livre da imputação que lhe pesa, se comprometendo, via
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de conseqüência, a se submeter às imposições estilares, observadas as formalidades


legais.

Nestes Termos.
Pede e Espera Deferimento.
Maracanaú, 19 de dezembro de 2009.

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GILBERTO MARCELINO MIRANDA
Advogado OAB-CE 3205 – CE,

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Conselheiro César Venâncio
Assistente

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