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Sebastião Carvalho
mahabhutani@yahoo.com.br
Rio de Janeiro – RJ
Março de 2010
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À guisa de Introdução...
As crônicas que compõem este livreto foram escritas para serem divulgadas
por um jornal de Minas Gerais, no ano de 2007. Seu autor inspirou-se em um
poema, aqui transcrito e traduzido de H.W. Longfellow, que passa a idéia do
lançamento ao mundo, de idéias e exemplos que possam servir para melhorar a
qualidade da vida humana. Esse o objetivo e a inspiração! Que este trabalho seja
útil, no alcance de seus objetivos!
A flecha e a canção
The Arrow and the Song
Henry Wadsworth Longfellow (1807-1882)
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ÍNDICE
Página Título
07 Felicidade!
11 A Superação Humana
13 O Conde Misterioso
15 A Luz do Merecimento
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Felicidade!...
Paulo, Pedro e João eram três amigos que moravam numa
cidade de médio porte, no interior do Brasil.
Reuniam-se freqüentemente naquela praça, para prosearem,
trocando idéias sobre fatos do cotidiano, especulando sobre o futuro...
E até filosofando...
Insatisfação diante das condições de vida na cidade era a tônica
da conversa. Lamentavam pelas modestas condições em que viviam,
reconhecendo suas deficiências pessoais, mas acentuando, sempre,
as limitações do lugar onde moravam.
Paulo trabalhava para uma firma de representação comercial.
Ganhava comissões que variavam de acordo com as vendas. Tais
oscilações nos ganhos angustiavam-no, e ele não via como resolver o
problema.
Pedro, tendo trabalhado para várias empresas, foi despedido de
um armazém, que faliu.
João trabalhava em modesto cargo, numa agência bancária.
Naquele feriado de Sete de Setembro – Independência ou Morte!
– eles tomaram as decisões!
Paulo, recebendo indenização do emprego, resolveu tentar a
vida nos Estados Unidos da América do Norte.
Pedro, tendo conhecido uma jovem mulher de família rica, que
por ele se apaixonou, foi morar com eles, no nordeste do país.
João, diferentemente, recusou oferta de um tio para trabalhar em
São Paulo. Dispôs-se a pesquisar para saber, de suas potencialidades
naturais, quais poderia ele desenvolver, aprimorar, tendo em vista
aplicá-las em sua cidade.
Os que buscaram em outras plagas a realização de seus
sonhos, não foram bem sucedidos.
Paulo, por falta de qualificação, teve de contentar-se com
atividades subalternas. A saudade da família só aumentava! E acabou
sendo expulso do país pela Imigração.
Pedro, que no princípio, tinha do bom e do melhor, fartura,
conforto, viagens... acabou sofrendo o desgaste da relação, passando
a ser humilhado pela família rica de sua mulher!...
João, por sua vez, tendo permanecido na velha terrinha, formou-
se em advocacia, exerceu a profissão e, submetendo-se a concurso
para o Ministério Público, ingressou numa carreira fascinante e
proveitosa.
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OBSERVAÇÃO: Os personagens desta composição são fictícios. Qualquer semelhança com seres
reais terá sido mera coincidência.
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A Superação Humana
Amigos de longa data, Antonio e Jerônimo conversavam, quase
diariamente, naquela praça, sobre os mais variados assuntos, -- das
simples ocorrências cotidianas, às especulações filosóficas.
Hoje, entraram a trocar idéias sobre o destino do homem, e
como a religião trata do assunto. Buscam uma conclusão que os
ajude, de modo prático e eficiente, nesta existência, que é tão sofrida
e penosa para muitos!
Antonio, cristão declarado, defende a tese de que tudo está
sintetizado pelo Mestre Jesus, que é Deus, e que, segundo as
escrituras sagradas, é “O Caminho, a Verdade e a Vida”.
Pautar a conduta no respeito aos mandamentos proclamados
pelo cristianismo, e nos ensinamentos do Mestre, é a única via para a
felicidade duradoura e plena.
Jerônimo, cientista da área tecnológica, retruca, apontando
algumas “incongruências” existentes na Bíblia, e põe em dúvida a
validade de dogmas como a história de Adão e Eva e a virgindade de
Maria, a mãe de Jesus. Coloca também que o cristianismo, que é
muito mais recente do que o budismo e o hinduísmo, não pode ser
considerado como a única religião verdadeira.
Estabelece-se uma respeitosa, porém acirrada discussão.
Antonio procura defender a postura da igreja, que coloca os
dogmas como questão de fé, não de conhecimento, devido à
incapacidade de o ser humano penetrar e entender as verdades que
eles encerram.
Jerônimo argumenta que o homem, evoluído intelectualmente a
ponto de realizar verdadeiras maravilhas nos diversos campos do
conhecimento, pode e deve desvendar todos os mistérios, dos quais a
religião deveria dar as chaves, e não ocultá-las, deixando margem a
que se pense que a intenção de seus líderes seja dominar a massa
ignorante!
A discussão estava nesse pé, quando deles se aproximou um
homem de meia-idade, que pediu licença para se apresentar e
participar da conversa. Era um estudante de filosofia, com
especialização em religião, e praticante de meditação transcendental.
Seu nome: Teófilo.
Surpresos e curiosos, os dois amigos admitiram Teófilo na
conversa, e foram logo pedindo que se manifestasse sobre alguns dos
pontos polemizados.
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O Conde Misterioso
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*A Santíssima Trinosofia – Conde de Saint Germain – Editora Mercuryo, São Paulo, 2003
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A Luz do Merecimento
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