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I DOS FATOS
Alcebades foi preso preventivamente por acusao da prtica do
crime de apropriao indbita. Devido pluralidade de acusaes em que este j foi
acusado, porm em nenhum deles foi condenado com sentena transitada em julgado, o
Delegado desta Comarca decidiu por estes motivos representar pela priso preventiva de
meu cliente Alcebades, que fora acatada por esta Douta Juza, aps parecer favorvel do
Ministrio Pblico.
II DO DIREITO
A priso cautelar uma medida excepcional, regida pelo princpio da
necessidade, mediante a demonstrao do fumus boni iuris e do periculum in mora,
porquanto restringe o estado de liberdade de uma pessoa, que ainda no foi julgada e tem a
seu favor a presuno constitucional da inocncia, nos termos do art. 5 da Constituio
Federal.
A manuteno da priso do acusado no merece prosperar, uma vez
que este no preenche os requisitos da priso preventiva, elencados no Art. 312, do Cdigo
de Processo Penal, onde dispe:
Poder ser decretada como garantia da ordem pblica, da
ordem econmica, por convenincia da instruo criminal, ou
para assegurar a aplicao da lei penal, quando houver
prova da existncia do crime e indcio suficiente de autoria;
a qual tambm ser decretada em caso de descumprimento
de qualquer das obrigaes impostas por fora de outras
medidas cautelares.
e tampouco aos possveis envolvidos na persecuo penal, razo pela qual no justifica a
priso preventiva do mesmo. Vivemos num Estado Democrtico de Direito, respaldado no
Princpio Constitucional da Inocncia, at que seja transitado em julgado a sua condenao
por sentena devidamente prolatada, por um juiz de direito natural e nos termos legais. A
mera acusao da prtica de tal crime, baseando-se em fatos passados, cujo faz-se
importante relembrar, no fora em nenhum deles condenado, no pode servir para que o ora
acusado Alcebades, seja preso em carter preventivo, sendo tal medida aviltante, e assim,
ferindo princpios constitucionais que so norteadores de um processo justo e eficiente.
ISTO POSTO, pede-se pela revogao da priso preventiva com
fulcro no Art. 316, do CPP, que assim dispe:
O juiz poder revogar a priso preventiva se, no correr do processo,
verificar a falta de motivo para que subsista, bem como de novo
decret-la, se sobrevierem razes que a justifiquem.
Termos em que,
Pede deferimento.