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momento falharmos e nos apontarem o dedo sem termos conteúdo de
razão para poder argumentar.
Consideramos também ser imprescindível uma avaliação justa do
desempenho docente, que valorize efectivamente as boas práticas e
permita melhorar outras, mas entendemos que o processo apresentado
pelo Ministério da Educação não reúne tais requisitos e potencia
conflituosidades. Não deve a avaliação ser transformada numa mera
competição por quotas.
Decidimos elaborar este documento para dar prova da nossa
esperança em sustentar na escola um clima favorável ao
desenvolvimento de trabalho com qualidade, no qual a avaliação só faz
sentido se contribuir para esse desenvolvimento e não apenas para
medir sem critério. Consequentemente a avaliação do desempenho
docente não pode nem deve ser entendida como sinónimo de medida. O
bom funcionamento da vida escolar, visando o sucesso educativo, deve
prevalecer em relação a qualquer medida sem benefícios para o
processo de ensino-aprendizagem.
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240/2001 de 30 de Agosto (Perfis Gerais de Competência para a
Docência).
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modo, os resultados de avaliação, através dos mesmos instrumentos
mas obtidos por diferentes avaliadores, deverão ser os mesmos.
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A alínea a) do artigo 44º do Código do Procedimento
Administrativo determina que constitui impedimento para qualquer
titular de órgão ou agente da Administração Pública poder intervir em
procedimento administrativo ou em acto ou contrato de direito público
ou privado da Administração Pública, o facto de nele ter interesse.
Havendo quotas estabelecidas por despacho governamental para
menções de Excelente e Muito Bom, e estando o avaliador e o avaliado
a competirem para "entrarem" nessa quota, não é possível afirmar que
há imparcialidade no processo de avaliação. Tanto o coordenador de
departamento ao qual pertence o avaliado, como os membros da
Comissão Coordenadora da Avaliação de Desempenho têm interesse na
atribuição destas menções classificativas, podendo este conflito de
interesses levantar um caso de suspeição.
Por outro lado, a questão da legalidade e da
(in)constitucionalidade relativamente à avaliação de alunos ser um
indicador na avaliação do professor é susceptível de violar o Princípio da
Imparcialidade previsto no artigo 6.º do Código de Procedimento
Administrativo e no n.º 2 do artigo 266.º da Constituição da República
Portuguesa. A questão da imparcialidade tem consequências directas no
regime de impedimentos que consta nos artigos 44.º e seguintes do
Código de Procedimento Administrativo, pois nada impede que um
docente possa atribuir, em determinado momento, classificações
inferiores à situação real dos alunos para criar, deste modo, a
possibilidade de apresentar em futuros momentos de avaliação um nível
de evolução/sucesso educativo mais acentuado.
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incongruentes, na medida em que conduzem a classificações finais
dúbias. Assim, se assumirmos um total de dezasseis parâmetros de
avaliação, quatro por cada item, vejamos:
- a um professor que, dos dezasseis parâmetros de avaliação,
revele 8 classificações no nível Bom e as restantes oito no nível Regular,
é atribuída a menção qualitativa de Bom (8x7+8x6=104; 104:16=6,5);
contudo, a um professor que tenha 14 classificações no nível Muito
Bom e apenas duas no nível Bom, é-lhe atribuída a menção
qualitativa de Bom (14x8+2x7=126; 126:16=7,9). Esta última
situação é perfeitamente absurda e injusta pois um professor que é
Muito Bom em 87,5% dos parâmetros, deveria ser Muito Bom
qualitativamente.
- a um professor que, dos dezasseis parâmetros de avaliação,
revele 8 classificações no nível Excelente e as restantes oito no nível
Muito Bom, é atribuída a menção qualitativa de Excelente
(8x10+8x8=144; 144:16=9); este resultado é discordante do anterior,
pois neste caso apenas oito parâmetros de nível Excelente (ou seja,
50%) permitem ao docente atingir a menção qualitativa máxima.
- a um professor que, dos dezasseis parâmetros de avaliação,
revele 10 classificações no nível Regular e as restantes seis no nível
Insuficiente, é atribuída a menção qualitativa de Insuficiente
(10x6+6x3=78; 78:16=4,9); ora, se a maioria das classificações é
Regular (67,5%), entendemos que o professor deveria atingir essa
menção qualitativa.
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O presente documento foi lido e aprovado por unanimidade em
Reunião de Departamento de Ciências Físicas e Naturais no dia
dezasseis de Abril de dois mil e oito.
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(Maria Helena Salsinha, coordenadora)
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