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YAMIM

Estas senhoras conhecidas por Yamins, ou seja, minha mãe, são seres muito antigos da
mitologia africana. Segundo as lendas, foi graças a uma oferenda feita pela mãe de Odé,
a elas, que ele conseguiu matar com sua única flecha, o pavoroso pássaro que
assombrava determinado reino.

Sua forma mais antiga e mais temida é Oxorongá, antiga feiticeira, que da mesma forma
que suas irmãs, Abotô, e Alá, possuem cabeça, pés e asas de pássaro, e corpo de mulher.
Moram no mais profundo recanto das matas em cima de árvores. Jamais se socializam,
não suportam que as chamemos em vão, a não ser se desejamos guerrear contra alguém.

São mães de egum, e as Oxuns mais antigas que existem. O certo é que não devemos
pronunciar seus nomes sem um motivo justo ou mesmo proferirmos seu Oriki, palavras
litúrgicas, sagradas, que tem o poder de as invocar independente do local que estejamos.
Também não devemos pronunciar seus nomes, próximos de alguns elementos da
natureza, como a terra vermelha, por exemplo.

Um outro fator importante, é que antes de solicitarmos algum favor delas, devemos
estar muito ciente do que pedimos, pois que não poderemos mais tarde nos arrepender e
voltarmos atrás. Alguns dos zeladores mais antigos ensinavam que não se deviam
cultuar esses seres em residências onde houvesse crianças. Muitos deles, aliás, tinham
verdadeiro pavor até mesmo em proferir seus nomes. Isso era tabu. Seu culto sempre foi
um dos mais secretos no Candomblé e sua cerimônia de padê, somente é presenciado
pelos iniciados na casa e assim mesmo, que tenham certo tempo de feitos. Um abiã,
(iniciando), um cliente, jamais presenciam esta cerimônia.

Em sua cerimônia de padê, geralmente as mulheres é que participam, assim mesmo,


dependendo da Qualidade de seu santo. Uma pessoa de Oxalá, por exemplo, participa
da cerimônia, mas tão somente como observador e não como parte ativa.

Suas oferendas são entregues em primeiro lugar, para depois então agradarmos as
demais entidades, antes de iniciarmos os festejos de um terreiro de Candomblé. Ao que
se sabe, elas não possuem filhos, ou seja: não se raspa uma pessoa para Yamim, se por
ventura existe alguém que seja seu filho, é necessário que o sacerdote recorra a Ifá, e se
aconselhe sobre qual santo deve ser encantado, dado que não é qualquer outro santo que
pode ser feito em seu lugar. Somente algumas qualidades poderiam substituir as
mesmas.

Segundo antigos zeladores, elas seriam as Bruxas do Candomblé, e como tais, com
muito conhecimento tanto para o bem como para o mal. Dado a isso, esses antigos
sacerdotes sempre buscavam alternativas diversas antes de invocarem seus nomes e sua
presença. Também nos ensinavam que: “uma pessoa, sem o devido preparo e
conhecimento necessário, jamais deve se atrever a invocar essas poderosas feiticeiras”.

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