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Tecnologia
14 • CORREIO BRAZILIENSE • Brasília, segunda-feira, 3 de agosto de 2009
Dell amplia portfólio de
produtos com novo
netbook, além de
apresentar desktops e
portáteis voltados para
consumidores mais
exigentes
Para
todos os
gostos
» FERNANDO BRAGA
ENVIADO ESPECIAL
iami (EUA) — UItracompactos
M ou espalhafatosos; modestos
ou para lá de potentes; acessí-
veis ou restritos a um seleto
grupo. Ter um portfólio completo, que
agrade aos mais diferentes tipos de con-
sumidores, é a nova ordem da fabricante
de computadores Dell. Muito diferente da
marca que ficou conhecida na sua histó-
ria por focar apenas o mercado corporati-
vo, a companhia viu no consumidor final
uma oportunidade inevitável para cresci-
mento e vem apostando na diversificação
de modelos para angariar um número ca-
da vez maior de clientes. E uma das re-
giões que mais chama a atenção da fabri-
cante é a América Latina. “Esse é um mer-
cado que tem muita oportunidade de
crescimento e, nele, o Brasil é o nosso lí-
der”, comentou o gerente geral da Dell pa-
ra a América Latina, Hans Erickson, no
Dell Suites Miami 09, um evento realizado
somente para jornalistas da região.
Se há pouco mais de um ano a em-
presa não tinha um modelo sequer para
oferecer ao consumidor doméstico, ho-
je são pelo menos 20 (somente nas Amé-
ricas do Sul, Central e México), entre
notebooks e desktops, voltados para os
mais diferentes tipos de necessidades.
Além dos tradicionais computadores da
linha Inspiron (voltada para o público
doméstico) e Vostro (corporativo), as
novidades agora vêm das famílias Stu-
dio e da recém-chegada Adamo.
Conhecida por atender muito bem aos
profissionais que trabalham com recursos
multimídia, a linha Studio deu às boas-vin-
das aos Studios XPS 13 e XPS 16. Os note-
books aliam tecnologia de ponta e um vi-
sual arrojado, que atende aqueles que pro-
curam design diferenciado e alta configu-
ração. Os dois contam com detalhes em
couro e em alumínio escovado, sobre um
acabamento preto brilhante. O Studio XPS
13 já está disponível no Brasil, pelo valor de
R$ 4.999 (com processador Intel Core 2 Duo
2.4 GHz, 4GB de memória RAM, disco rígido
de 320GB e placa de vídeo Nvidia 9400). Já o
modelo maior, de 16 polegadas, ainda não
tem previsão de aterrissar por aqui.
A Dell também aposta no segmento de
alto padrão, com a recém-criada família
AS-14
Divulgação
Fotos: Dell/
Adamo — palavra derivada do latim que
significa “enamorar-se”. A intenção da
marca é concorrer num segmento seleto,
onde quesitos como elegância e portabi-
lidade falam mais alto. “Vamos competir
com notebooks de marcas como Apple e
Sony”, prevê a gerente de consumo móvel
da América Latina, Ada Cleghorn. Tido
como o portátil mais fino do mundo (ten-
do apenas 1,64 cm de espessura), ele tem
display de alta definição de 13,4 polega-
das Edge-to-edge — igual ao utilizado no
Mac —, corpo em alumínio e teclado re-
troiluminado.
Completos
Além dos portáteis, a empresa apre-
sentou o desktop Studio One 19, seu all-
in-one (tudo em um, como são chamadas
as máquinas que integram monitor e
CPU), que vem para emparelhar-se com
o iMac, da Apple; o Touchsmart, da HP; e
o JS170AE, da Sony. O PC tem tela sensí-
vel a múltiplos toques, processador Intel
Core 2 Quad de 2.33GHz (ou então um
Celeron 450 de 2.2GHz), até 4GB de me-
mória, um HD de 750GB, placa gráfica
NVIDIA GeForce 9400, drive blu-ray, we-
bcam de 1.3 megapixels, leitor de cartões
de memória e seis portas USB 2.0. A tela
de 18,5 polegadas tem uma resolução de
1.366 x 768 pixels, e também pode ser
comprada em uma versão convencional,
se o consumidor não fizer questão de um
monitor touchscreen. O modelo chega
em meados de agosto ao país, mas ainda
não tem preço definido.
A fabricante também mostrou o pri-
meiro desktop feito exclusivamente para o
mercado brasileiro. Trata-se do Dimen-
sion 1000, um PC fabricado sob medida no
país para concorrer no concorrido seg-
mento das máquinas populares. Equipado
com um processador AMD Sempron, Win-
dows Vista Starter, 1 GB de RAM e 160 GB
de HD, o modelo é ideal para o consumi-
dor que pensa em comprar o primeiro
computador. “É a primeira vez que vende-
mos um micro abaixo dos R$ 1 mil e isso
nos deixa bastante entusiasmados”, disse
Hans Erickson. O modelo custa R$ 899.
Com um monitor de LCD de 17 polegadas,
o preço sobe para R$ 1.199.
O repórter viajou a convite da Dell
cotações: ✭✭✭✭✭ excelente » ✭✭✭✭ muito bom » ✭✭✭ bom » ✭✭ regular » ✭ ruim
CMYK
Tudo em um
De olho no Windows 7, o computador Studio One
19, que chega em agosto ao Brasil, tem monitor
sensível a múltiplos toques
Tupiniquim
Desenvolvido exclusivamente para o Brasil, o
Dimension 1000 é ideal para consumidores que
procuram o primeiro PC
Multimídia
Além do modelo de 13 polegadas, a linha Studio
XPS ganha uma opção maior, com 16 polegadas,
para profissionais multimídia
AS-14
Editora: Ana Paula Macedo //
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Veja galeria de fotos dos computadores
apresentados pela Dell
Premium
Tido como o notebook mais fino do
mundo, o Adamo agrada aos
amantes do design e chega para
concorrer com portáteis de luxo
Ficha técnica: Avaliação:
Mini 10 Design: ✰✰✰
Processador: Intel Atom 270 1.60GHz Tela: ✰✰✰✰
Memória: 1GB Teclado: ✰✰✰✰✰
Tela: 10,1” (16:9) Configuração: ✰✰✰
HD: 120GB Custo/benefício: ✰✰✰
Conexões: USB (3), bluetooth, VGA,
Wi-Fi, leitor de cartão e ethernet Preço: R$ 1.699
Peso: 1,3kg
Mini 10:bom
de navegação
Depois de lançar, no início do ano, o Mini 9 e entrar de vez
na disputa pelo mercado de netbooks, a Dell traz ao Brasil o
seu sucessor: o Mini 10, testado em primeira mão pelo Cor-
reio. O novo ultraportátil tem algumas importantes mudan-
ças quando comparado com a versão anterior, como uma tela
maior (de 10,1 polegadas, contra 8,9 polegadas) e um disco rí-
gido mais espaçoso (160GB frente aos 8GB). Por dentro, o pro-
cessador Intel Atom 270 1.60 GHz combinado com um chip
gráfico da Intel não deixa por menos em quesitos que devem
ser levados em consideração — principalmente quando fala-
mos de netbooks. O primeiro deles se refere, justamente, à fi-
losofia que deu origem a essa classe de computador móvel: a
mobilidade. Com um pouco mais de 1kg, o Mini 10 é ideal pa-
ra ser carregado para cima e para baixo. Mesmo compacto, ele
tem um teclado confortável, com 92% do tamanho de um
convencional, não causando incômodos na hora de trabalhar
por longos períodos. A bateria, de três células, tem um desem-
penho razoável e alcançou uma autonomia de 2h40.
Ao realizar mais de uma tarefa simultaneamente, como
navegar na internet, escutar música e gerenciar arquivos no
diretório central, não foi notada nenhuma lentidão na ma-
quininha. E grande parte disso se deve à escolha acertada de
integrar o ligeiro sistema operacional Windows XP Home Edi-
tion, em vez do pesado Vista.
No entanto, o Mini 10 — se não peca — não traz nenhum
mimo no acabamento, que segue a linha do pretinho bási-
co, tanto na tampa, quanto na parte de dentro, sem espaço
para muitos detalhes como linhas cromadas ou cores dife-
renciadas. Outro ponto contra o Mini 10 é a quantidade de
memória RAM que acompanha o modelo (1GB), umas vez
que os nets mais recentes estão chegando às vitrines com
pelo menos 2GB.
É claro que a memória extra serviria para dar um rendi-
mento melhor à máquina, mas vale lembrar que o propósito
original dos ultraportáteis é de serem um segundo computa-
dor pessoal, que pode ser levado, com mais facilidade, para ci-
ma e para baixo e utilizado para tarefas que não exigem tanto
de um portátil como checar e-mail, visitar alguns sites e digi-
tar documentos. O que acaba sendo um contrassenso, pois a
maquininha chega ao país com o preço sugerido de R$ 1.699,
o que a deixa próxima do patamar dos noteboks de entrada.
De acordo com a Dell, o culpado disso são os elevados im-
postos que atingem em cheio as fabricantes do setor. Quem
perde é o consumidor. Para se ter uma ideia do peso da carga
tributária tupiniquim, basta comparar o valor cobrado em ou-
tros países pelo mesmo modelo. Nos Estados Unidos, por
exemplo, ele está sendo comercializado por US$ 349 (R$ 690);
já no México, um país com características bastantes parecidas
com a realidade verde-e-amarela, ele sai por US$ 415 (R$ 820).