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INTRODUÇÃO
Estudar a teoria de Rogers é muito importante para o educador, pois este
perceberá, através dela, que há um grande trajeto a ser percorrido por todos. Um
caminho repleto de esperança, conquistas, respeito, desafios, ousadia e,
principalmente, muito trabalho.
Sua teoria convida a todos a refletir sobre as mudanças necessárias e que
devem ser buscadas, tanto dentro como fora da sala de aula. Ela aponta para uma
profunda mudança no relacionamento entre professor e aluno, relacionamento esse
capaz de provocar transformações intensas, tanto no comportamento de ambos como
na busca dos saberes.
Suas observações são instigantes e levam o professor a repensar a educação que
é imposta atualmente (de cima para baixo, de acordo com o próximo plano político).
Apesar de toda intransigência do sistema educacional, essa teoria pode, sim, ser
implementada dentro da sala de aula.
Os relatos das escolas que adotaram esta teoria vêem para comprovar a sua
importância para o futuro da educação. Escolas que romperam com a escola
tradicional, enfrentaram as incertezas e ousaram, apesar do medo, construir a escola
do futuro.
O aluno não tem que se preocupar em ser avaliado pelo professor, pois faz
parte do processo de aprendizagem a auto-avaliação responsável. Lembramos que, na
aprendizagem centrada na pessoa, o aluno torna-se gestor de seu próprio processo de
busca do conhecimento. Ele aprende também a estabelecer critérios, a determinar os
objetivos a serem alcançados e verifica se foram alcançados. Dentro desse critério é
que se embasa a auto-avaliação do aluno e a avaliação do professor.
Todo conteúdo a ser ministrado aos educandos será executado por projetos,
que tem a duração de três meses. Os projetos são interdisciplinares e elaborados por
mestres que tenham, naquele ofício uma grande paixão. E com esta mesma paixão ele
instiga os educandos, o que favorecerá a sua aprendizagem. Esses projetos são feitos
para respeitar a ritmo de cada educando, já que os grupos não são definidos por faixa
etária e sim por grupo de afinidade.
O aluno não é obrigado a participar dos projetos. Ele será despertado para a
importância de cada projeto em sua vida estudantil, mas nunca obrigado a freqüentá-
lo. A escolha não vem dos pais, nem dos professores e sim dele mesmo. Mas ao
escolhê-lo ele terá que seguir regras pré-definidas. Terão direitos e obrigações a
serem cumpridos. Dessa forma, eles estão sendo preparados para assumirem
responsabilidades.
Os alunos podem transitar por toda escolha e usar suas dependências quando
quiserem. Em alguns espaços, devem seguir algumas regras que facilitam a
convivência. Um bom exemplo dessas regras são os laboratórios de informática e
ciências. Ambos são pequenos, porém bem compartilhados. Esse é o objetivo:
compartilhar e respeitar o direito do outro!
A cada dois meses é realizada uma assembléia com todos os que colaboram
para o desenvolvimento da escola: funcionários, educadores, mestres, parceiros e pais
dos educandos. O objetivo desta reunião é que todos possam interferir no processo de
gestão.
A Lumiar e a Escola da Ponte são escolas democráticas, que preparam as
crianças para a vida pessoal e profissional. As crianças são ensinadas: o respeito
mútuo, a paciência e o compartilhar das vidas. Essas crianças sentem-se capazes de
tomar decisões importantes em suas vidas e aprendem a ser responsável por essas
decisões, dando certo ou não.
VI – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
___________. “A escola com que sempre sonhei sem imaginar que pudesse
existir.” CAMPINAS, SP: Papirus, 2000.
Revista Plural: v.4, n.2 (dezembro 2002). São Paulo: Editora São Judas Tadeu,
2002.