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Desde o dia 31 de Outubro de 2007 até ao final do mão, truta e ostras e que são o Decreto-Lei n.º 548/99,
mês de Maio de 2009 já se constituíram cerca de 1600 de 14 de Dezembro, que estabelece as condições de
«associações na hora». Em Maio de 2009, 44 % das as- polícia sanitária que regem a introdução no mercado
sociações constituídas em Portugal foram «Associações de animais e produtos de aquicultura, o Decreto-Lei
na Hora». n.º 149/97, de 12 de Junho, alterado pelo Decreto-Lei
Tendo em conta que o balanço do serviço «Associa- n.º 175/2001, de 1 de Junho, relativo a medidas mínimas
ção na Hora» é bastante positivo e que estão reunidas as de combate a certas doenças dos peixes, e o Decreto-Lei
necessárias condições técnicas e humanas para o efeito, n.º 191/97, de 29 de Julho, que estabelece as medidas
disponibiliza-se a «Associação na Hora» em oito novos de controlo de certas doenças dos moluscos bivalves
serviços. Com esta expansão, a «Associação na Hora» vivos, estabelecendo também regras a aplicar em caso de
passa a estar disponível em 87 postos de atendimento es- aparecimento das doenças mais importantes dos peixes
palhados por Portugal continental e na Região Autónoma e moluscos.
dos Açores. Posteriormente, a aquicultura desenvolveu-se de forma
Assim: expressiva, tendo passado a ser utilizadas outras espécies
Manda o Governo, pelo Ministro da Justiça, ao abrigo do de peixes, particularmente espécies marinhas e, parale-
disposto no artigo 3.º da Lei n.º 40/2007, de 24 de Agosto, lamente, tem vindo a assumir uma cada vez maior im-
o seguinte: portância a criação de crustáceos, mexilhões, amêijoas e
orelhas-do-mar.
Artigo 1.º As medidas de combate às doenças têm um impacte
Competência económico significativo na aquicultura, dado que a pro-
pagação dos agentes patogénicos é susceptível de causar
A competência para a tramitação do regime especial de perdas importantes àquela actividade, comprometendo
constituição imediata de associações é alargada às seguin- o estatuto sanitário dos peixes, moluscos e crustáceos
tes conservatórias: utilizados.
a) Conservatória do Registo Comercial da Azambuja; O desenvolvimento sustentável da aquicultura, que im-
b) Conservatória do Registo Comercial do Cadaval; porta promover, depende da aplicação, neste sector, de
c) Conservatória do Registo Comercial de Fafe; normas mais exigentes em matéria de saúde e bem-estar
d) Conservatória do Registo Comercial de Ílhavo; animal, e o aumento da respectiva produtividade depende
e) Conservatória do Registo Comercial de Loures; de regras sanitárias comuns que, para além de serem rele-
f) Conservatória do Registo Comercial de Resende; vantes para a concretização do mercado interno, impedem
g) Conservatória do Registo Comercial de Santiago a propagação de doenças infecciosas.
do Cacém; Por estes motivos, os citados diplomas comunitários
h) Conservatória do Registo Comercial de Sobral de foram revogados pela Directiva n.º 2006/88/CE, do Con-
Monte Agraço. selho, de 24 de Outubro, que estabelece os requisitos zoo-
sanitários aplicáveis aos animais de aquicultura e produtos
Artigo 2.º derivados, assim como à prevenção e ao combate a certas
doenças dos animais aquáticos, a qual foi, entretanto, al-
Início de vigência
terada pela Directiva n.º 2008/53/CE, do Conselho, de 30
A presente portaria entra em vigor no dia seguinte ao de Abril.
da sua publicação. A Directiva n.º 2006/88/CE, do Conselho, de 24 de
Outubro, é aplicável aos animais de aquicultura e aos
Pelo Ministro da Justiça, João Tiago Valente Almeida ambientes susceptíveis de afectar o estatuto sanitário
da Silveira, Secretário de Estado da Justiça, em 29 de desses animais. Para alcançar os objectivos já enuncia-
Junho de 2009. dos, a referida directiva permite o recurso a técnicas e
conhecimentos avançados no domínio da análise dos
riscos e da epidemiologia, introduz um sistema de au-
torização das explorações deste sector, aperfeiçoa os
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, DO DESENVOLVIMENTO sistemas necessários para assegurar a rastreabilidade,
RURAL E DAS PESCAS obriga a uma monitorização cuidadosa das deslocações
dos animais de aquicultura vivos, produtos derivados
Decreto-Lei n.º 152/2009 e equipamento susceptível de estar contaminado em
caso de surto de doença e assegura que as remessas de
de 2 de Julho
animais da aquicultura vivos em trânsito na Comuni-
As regras zoossanitárias específicas para a colocação dade cumprem os requistos zoosanitários aplicáveis às
no mercado e a importação de países terceiros dos pro- espécies em causa.
dutos da aquicultura, bem como as medidas comunitárias O presente decreto-lei transpõe para a ordem jurídica
minímas de combate a certas doenças dos peixes e dos interna a Directiva n.º 2006/88/CE, do Conselho, de 24
moluscos bivalves, encontram-se fixadas nas Directivas de Outubro, com a alteração que lhe foi introduzida pela
n.os 91/67/CEE, do Conselho, de 28 de Janeiro, 93/53/CE, Directiva n.º 2008/53/CE, do Conselho, de 30 de Abril,
do Conselho, de 24 de Junho, e 95/70/CE, do Conselho, e revoga os Decretos-Leis n.os 191/97, de 29 de Julho,
de 22 de Dezembro. 149/97, de 12 de Junho, 548/99, de 14 de Dezembro, e
Aquelas directivas foram transpostas para a ordem 175/2001, de 1 de Junho.
jurídica interna através de diversos diplomas que visam Foram ouvidos os órgãos de governo próprio das Re-
regular, especialmente, a criação em explorações de sal- giões Autónomas.
Diário da República, 1.ª série — N.º 126 — 2 de Julho de 2009 4251
o) «Espécie sensível» a espécie na qual foi diagnosticada cc) «Vazio sanitário» a operação de profilaxia zoossani-
uma infecção por um agente patogénico, pela ocorrência de tária que consiste em evacuar uma exploração dos animais
casos naturais ou por uma infecção experimental simulando de aquicultura sensíveis a uma doença ou que se saiba
o processo infeccioso natural; poderem transferir o agente patogénico dessa doença e,
p) «Espécie vectora» a espécie que não é sensível a se possível, esvaziar as águas em que vivem;
uma doença mas que é susceptível de propagar a infecção dd) «Zona» a área geográfica precisa com um sistema
por transportar os agentes patogénicos de um hospedeiro hidrológico homogéneo, que compreende parte de uma
para outro; bacia hidrográfica desde a nascente, ou as nascentes, até
q) «Estabelecimento de transformação autorizado» uma barreira natural ou artificial que impeça a migração,
qualquer empresa do sector alimentar aprovada nos ter- para montante, dos animais aquáticos, a partir de zonas
mos do artigo 4.º do Regulamento (CE) n.º 853/2004, do inferiores da bacia hidrográfica completa desde a nascente,
Parlamento Europeu e do Conselho, de 29 de Abril, que ou as nascentes, até ao respectivo estuário ou ainda mais de
estabelece regras específicas de higiene aplicáveis aos gé- uma bacia hidrográfica, incluindo os respectivos estuários,
neros alimentícios de origem animal, para a transformação devido ao nexo epidemiológico entre bacias hidrográficas
de animais de aquicultura que se destinem ao consumo através do estuário;
humano e autorizada nos termos dos artigos 5.º e 6.º do ee) «Zona de produção de moluscos» qualquer zona
presente decreto-lei; de produção ou de afinação em que todas as empresas de
r) «Exploração» ou «estabelecimento aquícola» qual- produção aquícola funcionam sob um sistema de biosse-
quer local, zona vedada ou instalação de funcionamento gurança comum;
de uma empresa de produção aquícola em que se criem ff) «Zona de confinamento» a zona envolvente a uma
animais de aquicultura com vista à sua colocação no mer- exploração ou a uma zona de produção de moluscos infec-
cado, à excepção daqueles em que os animais aquáticos tada, em que são aplicadas medidas de combate a doença
selvagens colhidos ou capturados para fins de consumo com vista a evitar a sua propagação;
gg) «Zona de produção» qualquer zona de água doce,
humano permaneçam temporariamente sem ser alimenta-
marinha, estuarina, continental ou lagunar, que contenha
dos, aguardando o abate; bancos naturais de moluscos ou áreas utilizadas para a
s) «Infecção» a presença de um agente patogénico, em cultura de moluscos, em que são colhidos moluscos;
fase de desenvolvimento ou de multiplicação, ou latente, hh) «Zona de afinação» qualquer zona de água doce,
numa espécie hospedeira; marinha, estuarina ou lagunar, claramente delimitada e as-
t) «Operador de um estabelecimento de transformação sinalada por balizas, estacas ou qualquer outro dispositivo
autorizado» a pessoa singular ou colectiva responsável, fixo e exclusivamente consagrada à depuração natural de
no estabelecimento de transformação autorizado sob o moluscos vivos;
seu controlo, pelo cumprimento dos requisitos do presente ii) «Zona ou compartimento indemne» a zona ou com-
decreto-lei; partimento declarado indemne de uma doença, nos termos
u) «Operador de uma empresa de produção aquícola» dos artigos 50.º ou 51.º;
a pessoa singular ou colectiva responsável, na empresa de jj) «Zona ou compartimento infectado» a zona ou com-
produção aquícola sob o seu controlo, pelo cumprimento partimento onde se sabe que a infecção ocorre.
dos requisitos do presente decreto-lei;
v) «Parque de pesca» o estabelecimento aquícola em 2 — Para efeitos do presente decreto-lei, aplicam-se
que a captura dos exemplares é exercida por processos e sempre que necessário as definições constantes das dis-
métodos normalmente utilizados na pesca lúdica; posições seguintes:
x) «Quarentena» a operação que consiste em manter um
grupo de animais aquáticos em isolamento, sem contacto a) Artigos 2.º e 3.º do Regulamento (CE) n.º 178/2002,
directo ou indirecto com outros animais aquáticos, a fim do Parlamento Europeu e do Conselho, de 28 de Janeiro;
de serem observados durante um período específico de b) Artigo 2.º do Regulamento (CE) n.º 852/2004, do
tempo e, quando necessário, testados e tratados, incluindo Parlamento Europeu e do Conselho, de 29 de Abril;
o tratamento adequado do efluentes; c) Artigo 2.º do Regulamento (CE) n.º 853/2004, do
z) «Sistema de biossegurança comum» o sistema dentro Parlamento Europeu e do Conselho, de 29 de Abril;
do qual são aplicadas as mesmas medidas de vigilância d) Artigo 2.º do Regulamento (CE) n.º 882/2004, do
sanitária, de prevenção e de combate a doenças dos ani- Parlamento Europeu e do Conselho, de 29 de Abril.
mais aquáticos;
aa) «Transformação subsequente» a transformação dos CAPÍTULO II
animais de aquicultura antes do consumo humano, por Empresas de produção aquícola e estabelecimentos
meio de qualquer tipo de medidas e técnicas que afectem a de transformação autorizados
integridade anatómica, tais como a sangria, a estripação ou
evisceração, o descabeçamento, o corte e a filetagem, que Artigo 5.º
produza desperdícios ou subprodutos e possa representar
Autorização dos estabelecimentos
um risco de propagação de doenças;
bb) «Unidade epidemiológica» o grupo de animais 1 — A instalação e exploração dos estabelecimentos de
aquáticos que compartilham aproximadamente o mesmo culturas marinhas estão sujeitas ao procedimento previsto
risco de exposição a um agente patogénico num deter- no Decreto Regulamentar n.º 14/2000, de 21 de Setembro,
minado lugar, podendo esse risco ser devido ao facto com as especificidades constantes do artigo 6.º do presente
de partilharem um ambiente aquático comum, ou ser decreto-lei.
decorrente de práticas de gestão que propiciam a rápida 2 — Para efeitos do disposto no número anterior, a DGV
propagação de um agente patogénico de um grupo de passa a integrar sempre a comissão de vistoria prevista no
animais para outro; diploma ali citado.
Diário da República, 1.ª série — N.º 126 — 2 de Julho de 2009 4253
a) Da mortalidade durante o transporte, na medida do 2 — A DGV pode autorizar, sob a sua supervisão, a colo-
possível tendo em conta o tipo de transporte e as espécies cação no mercado, para fins científicos, de animais de aqui-
transportadas; cultura e produtos derivados que não cumpram o disposto
b) Das explorações, zonas de exploração de moluscos no presente capítulo, desde que essa colocação no mercado
e estabelecimentos de transformação visitados pelo meio não comprometa o estatuto sanitário dos animais aquáticos
de transporte; no local de destino ou nos locais de trânsito, no que diz
c) De qualquer troca de água durante o transporte, em parti- respeito às doenças incluídas na lista da parte II do ane-
cular da origem da água nova e do local de evacuação de água. xo III do presente decreto-lei, do qual faz parte integrante.
3 — As deslocações de animais de aquicultura e pro-
4 — Sem prejuízo de disposições específicas em matéria dutos derivados devem ser antecedidas de notificação
de rastreabilidade, todas as deslocações de animais regista- prévia à DGV, nos termos e prazos fixados em despacho
das pelos operadores das empresas de produção aquícola, do director-geral de Veterinária, publicado na 2.ª série do
nos termos da alínea a) do n.º 1, são registadas de forma a Diário da República.
garantir o rastreio do local de origem e de destino, sendo Artigo 13.º
conservadas electronicamente.
Requisitos gerais aplicáveis à colocação de animais
Artigo 10.º de aquicultura no mercado
Boas práticas de higiene A colocação no mercado de animais de aquicultura e
As empresas de produção aquícola e os estabelecimentos produtos derivados não pode comprometer o estatuto sa-
de transformação autorizados aplicam as boas práticas de nitário dos animais aquáticos no local de destino, no que
higiene, de acordo com a actividade em questão, de modo diz respeito às doenças incluídas na lista da parte II do ane-
a impedir a introdução e a propagação de doenças. xo III do presente decreto-lei, do qual faz parte integrante.
c) No que diz respeito aos peixes, serem abatidos e durante um período de tempo suficiente para reduzir para
eviscerados antes da expedição; um nível aceitável o risco de transmissão da doença, antes
d) No que diz respeito aos moluscos e crustáceos, serem de poderem ser libertados numa exploração ou numa zona
expedidos como produtos não transformados ou transfor- de produção de moluscos, numa zona ou num comparti-
mados. mento declarados indemnes dessa doença, nos termos dos
artigos 50.º ou 51.º
2 — Os animais de aquicultura vivos pertencentes às 2 — A DGV pode admitir a prática tradicional de aqui-
espécies sensíveis a uma ou mais doenças não exóticas cultura extensiva em laguna sem a quarentena prevista no
incluídas na lista da parte II do anexo III do presente decreto- número anterior, mediante a realização de uma avaliação
lei, do qual faz parte integrante, colocados no mercado dos riscos que indique que o risco não é mais elevado do
para transformação subsequente no território nacional, que o previsto, na sequência da aplicação daquela dispo-
numa zona ou num compartimento declarados indemnes sição.
dessas doenças, nos termos dos artigos 50.º ou 51.º, ape-
nas podem ser temporariamente armazenados no local de SECÇÃO V
transformação se: Animais aquáticos ornamentais
a) Forem originários de outro Estado membro da União
Europeia, outra zona ou outro compartimento declarados Artigo 22.º
indemnes da doença em questão; Colocação de animais aquáticos ornamentais no mercado
b) Forem mantidos temporariamente em centros de
expedição, centros de depuração ou estabelecimentos simi- 1 — A colocação no mercado de animais aquáticos or-
lares, equipados com um sistema de tratamento de efluentes namentais não pode comprometer o estatuto sanitário dos
que inactive os agentes patogénicos em questão, ou em animais aquáticos no que diz respeito às doenças incluídas
que o efluente seja objecto de outro tipo de tratamento que na lista da parte II do anexo III do presente decreto-lei, do
reduza para um nível aceitável o risco de transmissão de qual faz parte integrante.
doenças às águas naturais. 2 — O disposto no número anterior é igualmente aplicá-
vel em relação às doenças não incluídas na lista da parte II
Artigo 20.º do anexo III do presente decreto-lei, do qual faz parte in-
tegrante.
Animais de aquicultura e produtos derivados colocados
no mercado para consumo
humano sem transformação subsequente CAPÍTULO IV
1 — A presente secção não é aplicável sempre que os Introdução na comunidade de animais
animais de aquicultura das espécies sensíveis a uma ou de aquicultura e produtos
mais doenças incluídas na lista da parte II do anexo III do derivados provenientes de países terceiros
presente decreto-lei, do qual faz parte integrante, ou os
seus produtos derivados, sejam colocados no mercado Artigo 23.º
para consumo humano sem transformação subsequente, na Requisitos gerais aplicáveis à introdução de animais
condição de estarem acondicionados em embalagens para de aquicultura e produtos
venda a retalho que cumpram as disposições em matéria de derivados provenientes de países terceiros
embalagem e rotulagem previstas no Regulamento (CE) Os animais de aquicultura e produtos derivados só po-
n.º 853/2004, do Parlamento Europeu e do Conselho, de dem ser introduzidos no território nacional desde que sejam
29 de Abril. provenientes de países terceiros ou de partes de países
2 — Os moluscos e crustáceos vivos das espécies sen- terceiros que se encontrem incluídos numa lista elaborada
síveis a uma ou mais doenças incluídas na lista da parte II nos termos do procedimento comunitariamente previsto.
do anexo IV do presente decreto-lei, do qual faz parte in-
tegrante, que sejam temporariamente afinados em águas
Artigo 24.º
comunitárias ou introduzidos em centros de expedição,
centros de depuração ou estabelecimentos similares devem Listas dos países terceiros e partes de países terceiros
obedecer ao disposto no n.º 2 do artigo 19.º a partir dos quais é permitida a introdução
de animais de aquicultura e produtos derivados
3 — O documento pode incluir informações exigidas Em caso de suspeita da existência, no território nacio-
em conformidade com outras disposições da legislação nal, de uma doença exótica incluída na lista da parte II do
comunitária em matéria de saúde pública e de saúde animal. anexo III do presente decreto-lei, do qual faz parte inte-
grante, ou de suspeita da existência, no território nacional,
Artigo 26.º de uma doença não exótica incluída na lista da parte II do
anexo III do presente decreto-lei, do qual faz parte inte-
Normas de execução grante, zonas ou compartimentos com um estatuto sanitário
As normas de execução deste capítulo são fixadas nos das categorias I ou III, como referidas na parte A do anexo II
termos do procedimento comunitariamente previsto. do presente decreto-lei, do qual faz parte integrante, para
essa doença, são tomadas as seguintes medidas:
a) Recolha de amostras adequadas para análise num
CAPÍTULO V
laboratório designado nos termos comunitariamente pre-
Notificação e medidas mínimas de combate vistos;
às doenças dos animais aquáticos b) Na pendência do resultado da análise prevista na
alínea anterior:
SECÇÃO I i) A exploração ou a zona de produção de moluscos
suspeita de se encontrar infectada é colocada sob vigilância
Notificação de doenças oficial e são aplicadas as medidas de combate pertinentes
para impedir a propagação da doença a outros animais
Artigo 27.º aquáticos;
Notificação nacional ii) Nenhum animal de aquicultura pode sair ou entrar na
exploração ou na zona de produção de moluscos suspeita de
1 — Devem ser de imediato notificadas à DGV: se encontrar infectada a menos que exista uma autorização
a) A suspeita da presença de uma doença incluída na da autoridade competente nesse sentido;
lista da parte II do anexo III do presente decreto-lei, do qual iii) É iniciada a investigação epizoótica prevista no
faz parte integrante, ou a confirmação da presença dessa artigo seguinte.
doença em animais aquáticos;
b) Um aumento de mortalidade nos animais de aqui- Artigo 30.º
cultura. Investigação epizoótica
2 — A notificação da DGV, a que se refere o número 1 — A investigação epizoótica iniciada nos termos da
anterior, deve ser efectuada por: subalínea iii) da alínea b) do artigo anterior é levada a
cabo caso a análise prevista na alínea a) do artigo anterior
a) Proprietário e pessoa que se ocupe dos animais aquá- revele a presença de:
ticos;
b) Pessoa que acompanhe os animais de aquicultura a) Uma doença exótica incluída na lista da parte II do
durante o transporte; anexo IV do presente decreto-lei, do qual faz parte in-
c) Médicos veterinários e outros profissionais envolvi- tegrante, em qualquer dos Estados membros da União
dos nos serviços de saúde dos animais aquáticos; Europeia;
b) Uma doença não exótica incluída na lista da parte II
d) Veterinários oficiais e responsáveis pelos labora-
do anexo III do presente decreto-lei, do qual faz parte inte-
tórios veterinários ou de outros laboratórios oficiais ou
grante, em Estados membros da União Europeia, zonas ou
privados;
compartimentos com um estatuto sanitário das categorias I
e) Qualquer outra pessoa relacionada profissionalmente
ou III, como referidas na parte A do anexo II do presente
com animais aquáticos das espécies sensíveis ou com pro- decreto-lei, do qual faz parte integrante, para a doença
dutos desses animais. em questão.
Artigo 28.º 2 — A investigação epizoótica prevista no número an-
Notificação dos demais Estados membros, da Comissão terior tem por objectivo:
Europeia e dos Estados membros da EFTA
a) Determinar a possível origem e os possíveis meios
Em caso de confirmação de uma doença, a DGV no- de contaminação;
tifica a Comissão Europeia, os outros Estados membros b) Averiguar se os animais de aquicultura saíram da
da União Europeia e os Estados membros da Associação exploração ou da zona de produção de moluscos durante o
Europeia de Comércio Livre (EFTA) nos termos e con- período pertinente que antecedeu a notificação da suspeita
dições fixados de acordo com o procedimento comuni- prevista no n.º 1 do artigo 27.º;
tariamente previsto. c) Averiguar se foram infectadas outras explorações.
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tado, em condições adequadas à situação epidemiológica, apresentar esse programa para aprovação, nos termos do
caso: procedimento comunitariamente previsto.
4 — A partir da data de aprovação dos programas referi-
a) As medidas previstas no presente capítulo não sejam
adaptadas à situação epidemiológica; dos no presente artigo, os requisitos e as medidas previstos
b) Se afigurar que a doença se propaga apesar das me- no artigo 15.º, nas secções II, III, IV e V do capítulo III, na
didas tomadas nos termos do presente capítulo. secção II do capítulo V e no n.º 1 do artigo 39.º, relativa-
mente às zonas declaradas indemnes, são aplicáveis às
2 — Sempre que a situação epidemiológica justifique, zonas abrangidas pelos programas.
pode ser fixada por despacho do director-geral de Veteri-
nária a aplicação das necessárias medidas sanitárias. Artigo 46.º
Conteúdo dos programas
Artigo 44.º
Os programas devem incluir o seguinte:
Disposições destinadas a limitar o impacte de doenças
não incluídas na lista da parte II do anexo III a) Uma descrição da situação epidemiológica da doença
antes da data de início do programa;
1 — Se uma doença não incluída na lista da parte II do b) Uma análise dos custos estimados e dos benefícios
anexo III do presente decreto-lei, do qual faz parte inte- esperados do programa;
grante, constituir um risco significativo para a situação c) A duração prevista do programa, bem como o objec-
sanitária dos animais de aquicultura ou dos animais aquáti- tivo a atingir no seu termo;
cos selvagens, a DGV pode adoptar medidas para impedir d) A descrição e a delimitação da zona geográfica e
a introdução ou combater essa doença, não devendo essas administrativa em que o programa deve ser aplicado.
medidas exceder os limites do que se considera ser ade-
quado e necessário para impedir a introdução ou combater Artigo 47.º
a doença.
2 — A DGV notifica a Comissão Europeia de quaisquer Período de aplicação dos programas
medidas referidas no número anterior susceptíveis de afec- 1 — Os programas continuam a ser aplicados até:
tar as trocas comerciais entre Estados membros da União
Europeia, as quais são sujeitas a aprovação nos termos do a) Terem sido cumpridos os requisitos fixados no anexo V
procedimento comunitariamente previsto. do presente decreto-lei, do qual faz parte integrante, e
3 — A aprovação referida no número anterior só deve Portugal, a zona ou o compartimento serem declarados
ser concedida quando o estabelecimento de restrições ao indemnes da doença;
comércio intracomunitário seja necessário para impedir a b) O programa ser retirado, nomeadamente quando
introdução ou combater a doença e deve ter em conta o deixar de cumprir o seu objectivo, pela DGV ou pela Co-
disposto nos capítulos II, III, IV e V. missão Europeia.
3 — Os planos de emergência devem cumprir os crité- c) Se estiverem reunidas as condições fixadas na parte I
rios e os requisitos fixados no anexo V do presente decreto- do anexo IV do presente decreto-lei, do qual faz parte in-
lei, do qual faz parte integrante. tegrante.
4 — Os planos de emergência são submetidos para
aprovação nos termos do procedimento comunitariamente 2 — Se os Estados membros da União Europeia limí-
previsto e devem ser actualizados quinquenalmente, pela trofes ou as bacias hidrográficas partilhadas com Estados
DGV, estando os planos actualizados e também submetidos membros da União Europeia limítrofes não foram declara-
a aprovação pelo mesmo procedimento. dos indemnes, são estabelecidas zonas tampão adequadas,
5 — O plano de emergência é aplicável no caso de um devendo a delimitação das zonas tampão ser efectuada
surto de doenças emergentes e de doenças exóticas inclu- de forma a proteger o território nacional da introdução
ídas na lista da parte II do anexo III do presente decreto-lei, passiva da doença.
do qual faz parte integrante. 3 — Os requisitos específicos em matéria de vigilân-
cia, zonas tampão, amostragem e métodos de diagnóstico
utilizados para conceder o estatuto de indemnidade nos
SECÇÃO III
termos do presente artigo são adoptados pelo procedimento
Vacinação comunitariamente previsto.
1 — É proibida a vacinação contra as doenças exóticas 1 — Pode ser declarada uma zona ou um compartimento
incluídas na lista da parte II do anexo III do presente decreto- no território nacional indemne de uma ou mais doenças
lei, do qual faz parte integrante, a menos que essa vacina- não exóticas incluídas na lista da parte II do anexo III do
ção seja aprovada nos termos dos artigos 42.º, 43.º ou 48.º presente decreto-lei, do qual faz parte integrante, se:
2 — É proibida a vacinação contra as doenças não a) Nenhuma das espécies sensíveis à doença ou doenças
exóticas incluídas na lista da parte II do anexo III do pre- em causa estiver presente na zona ou no compartimento
sente decreto-lei, do qual faz parte integrante, em todas as nem, se for caso disso, nas suas fontes de água; ou
partes do território nacional declaradas indemnes dessas b) Se souber que o agente patogénico não consegue
doenças, nos termos dos artigos 50.º ou 51.º, ou abrangi- sobreviver na zona ou no compartimento nem, se for caso
das por um programa de vigilância aprovado nos termos disso, nas suas fontes de água;
do n.º 1 do artigo 45.º, podendo ser permitida a vacinação c) A zona ou o compartimento cumprir as condições
em partes do território nacional não declaradas indemnes fixadas na parte II do anexo IV do presente decreto-lei, do
dessas doenças ou onde a vacinação esteja integrada num qual faz parte integrante.
programa de erradicação aprovado nos termos do n.º 2
do artigo 45.º 2 — Se a zona, ou zonas, ou o compartimento, ou com-
3 — Apenas podem ser utilizadas vacinas autori- partimentos, referidos no número anterior cobrirem mais de
zadas nos termos da legislação vigente em matéria de 75% do território nacional ou se a zona ou o compartimento
medicamentos veterinários e do Regulamento (CE) forem constituídos por uma bacia hidrográfica partilhada
n.º 726/2004, do Parlamento Europeu e do Conselho, com outro Estado membro, o procedimento referido no
de 31 de Março. n.º 2 do artigo anterior deve ser substituído pelo procedi-
4 — Os n.os 1 e 2 não são aplicáveis a estudos científicos mento comunitariamente previsto.
para fins de elaboração e teste de vacinas em condições 3 — Os requisitos específicos em matéria de vigilân-
controladas. cia, amostragem e métodos de diagnóstico utilizados para
5 — Durante os estudos referidos no número anterior, obter o estatuto de indemnidade nos termos do presente
são adoptadas as medidas adequadas para proteger os de- artigo são adoptados pelo procedimento comunitariamente
mais animais aquáticos de qualquer efeito negativo da previsto.
vacinação realizada no âmbito dos estudos.
Artigo 52.º
CAPÍTULO VII Listas dos Estados membros da União Europeia,
zonas ou compartimentos indemnes
Estatuto de indemnidade
1 — A DGV elabora a lista das zonas e compartimentos
Artigo 50.º declarados indemnes nos termos do n.º 2 do artigo anterior,
sendo aquelas divulgadas no sítio na Internet da DGV.
Estado membro da União Europeia indemne 2 — A Comissão Europeia elabora uma lista dos Estados
1 — A indemnidade de uma ou mais doenças não exó- membros da União Europeia, zonas ou compartimentos
ticas incluídas na lista da parte II do anexo III do presente declarados indemnes nos termos do artigo 50.º ou do n.º 3
decreto-lei, do qual faz parte integrante, é declarada nos do artigo anterior, a qual é publicitada nos termos do pro-
termos do procedimento comunitariamente previsto se for cedimento comunitariamente previsto.
cumprido o disposto no número seguinte e se:
Artigo 53.º
a) Nenhuma das espécies sensíveis à doença ou doenças
Manutenção do estatuto de indemnidade
em causa estiver presente no território nacional;
b) Se souber que o agente patogénico não consegue 1 — A declaração de indemnidade de uma ou mais
sobreviver no território nacional nem nas fontes de água; ou doenças não exóticas incluídas na lista da parte II do
4262 Diário da República, 1.ª série — N.º 126 — 2 de Julho de 2009
anexo III do presente decreto-lei, do qual faz parte in- c) O incumprimento das normas relativas à introdução,
tegrante, nos termos do artigo 50.º, pode determinar a no território nacional, de animais de aquicultura e produtos
interrupção da vigilância orientada e a manutenção do derivados provenientes de países terceiros, a que se referem
estatuto de indemnidade desde que existam condições os artigos 23.º a 25.º;
propícias à manifestação clínica da doença em questão d) O não cumprimento das medidas determinadas, em
e sejam aplicadas as disposições pertinentes do presente caso de suspeita de uma doença, a que se referem os ar-
decreto-lei. tigos 29.º a 31.º;
2 — No caso de zonas ou compartimentos indemnes, e) A violação das medidas determinadas, em caso de con-
no caso em que o estatuto nacional não é indemne, e firmação de uma doença, a que se referem os artigos 33.º
sempre que as condições não sejam propícias à mani- a 40.º
festação clínica da doença em questão, deve manter-se a
vigilância orientada, em conformidade com os métodos 2 — A tentativa e a negligência são punidas, sendo os
previstos no n.º 3 do artigo 50.º ou no n.º 4 do artigo limites máximos e mínimos das coimas reduzidos a metade.
51.º, conforme adequado, mas a um nível proporcional
ao grau de risco. Artigo 57.º
Artigo 54.º Sanções acessórias
organismos da Administração do Estado serem exer- dução específicas e qualquer outro aspecto pertinente para
cidas pelos correspondentes serviços e organismos das a(s) autorização(ões)];
administrações regionais com idênticas atribuições e c) Posição geográfica do estabelecimento aquícola defi-
competências. nida por um sistema adequado de coordenadas (se possível,
2 — O disposto no número anterior não prejudica as coordenadas SIG);
competências atribuídas à DGV na qualidade de autoridade d) Objectivo, tipo (isto é, tipo de sistema de cultura
sanitária veterinária nacional. ou instalações, como instalações terrestres, gaiolas mari-
nhas, lagoas) e volume máximo da produção, se estiver
Artigo 61.º estabelecido;
Norma revogatória e) Para explorações continentais, centros de expedição
e centros de depuração: pormenores relativos ao abasteci-
1 — São revogados os Decretos-Leis n.os 149/97, de mento e às descargas de água da exploração;
12 de Junho, 191/97, de 29 de Julho, 216/99, de 15 de f) Espécies de animais de aquicultura criadas na ex-
Junho, 548/99, de 14 de Dezembro, e 175/2001, de 1 de ploração (para explorações multiespécies ou explorações
Junho. de animais ornamentais, deve registar-se, no mínimo, se
2 — Até à adopção das disposições necessárias relativas
existem espécies reconhecidamente sensíveis a doenças
a limitar o impacte de doenças não incluídas na lista da
incluídas na lista da parte II do anexo III do presente decreto-
parte II do anexo IV do presente decreto-lei, do qual faz
parte integrante, a Decisão n.º 2004/453/CE, da Comissão, lei, do qual faz parte integrante, ou que se saiba serem ser
de 29 de Abril, continua a ser aplicável para efeitos do vectoras dessas doenças);
presente decreto-lei. g) Informação actualizada sobre o estatuto sanitário
(isto é, se a exploração está localizada numa zona ou num
compartimento indemne, se a exploração está inserida
Artigo 62.º
num programa destinado a obter esse estatuto ou se a ex-
Entrada em vigor ploração foi declarada infectada por uma doença referida
O presente decreto-lei entra em vigor no dia seguinte no anexo III).
ao da sua publicação.
2 — Se a autorização for concedida a uma zona de pro-
Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 16 de dução de moluscos nos termos do segundo parágrafo do
Abril de 2009. — José Sócrates Carvalho Pinto de Sou- n.º 1 do artigo 5.º, os dados exigidos na alínea a) do número
sa — João Titterington Gomes Cravinho — Fernando anterior são registados em relação a todos os estabeleci-
Teixeira dos Santos — Jaime de Jesus Lopes Silva. mentos aquícolas que funcionem na zona de produção de
Promulgado em 25 de Junho de 2009. moluscos, sendo os dados exigidos nas alíneas b) a g) do
Publique-se. número anterior registados a nível da zona de produção
de moluscos.
O Presidente da República, ANÍBAL CAVACO SILVA.
Referendado em 29 de Junho de 2009.
PARTE II
O Primeiro-Ministro, José Sócrates Carvalho Pinto
de Sousa. Estabelecimentos de transformação autorizados
A autoridade competente mantém um registo, como
ANEXO I previsto no artigo 7.º, com as informações mínimas que
se seguem, relativas a cada estabelecimento de transfor-
(a que se refere o artigo 7.º)
mação autorizado:
Informações exigidas no registo oficial a) Nome e endereços do estabelecimento de transfor-
dos estabelecimentos
aquícolas e de transformação autorizados
mação autorizado e respectivos contactos (telefone, fax e
correio electrónico);
b) Número de registo e dados sobre a autorização emi-
PARTE I tida [nomeadamente, datas de autorizações específicas,
Estabelecimentos aquícolas autorizados códigos ou números de identificação, condições de pro-
dução específicas e qualquer outro aspecto pertinente para
1 — A autoridade competente mantém um registo, como a(s) autorização(ões)];
previsto no artigo 7.º, com as informações mínimas que se c) Posição geográfica do estabelecimento de transfor-
seguem, relativas a cada estabelecimento aquícola: mação autorizado definida por um sistema adequado de
a) Nome e endereços da empresa titular dos estabele- coordenadas (se possível, coordenadas SIG);
cimentos aquícolas e respectivos contactos (telefone, fax d) Pormenores relativos aos sistemas de tratamento
e correio electrónico); de efluentes do estabelecimento de transformação auto-
b) Número de registo e dados sobre a autorização emi- rizado;
tida [nomeadamente, datas de autorizações específicas, e) Espécies de animais de aquicultura manipuladas no
códigos ou números de identificação, condições de pro- estabelecimento de transformação autorizado.
4264 Diário da República, 1.ª série — N.º 126 — 2 de Julho de 2009
ANEXO II
PARTE A
Estatuto sanitário das zonas ou dos compartimentos de aquicultura a considerar
para a aplicação do artigo 13.º
I Indemne (artigos 50.º ou 51.º) . . . . . . . Só da categoria I . . . . . . Sim . . . . . . . . Não, se expedição Todas as categorias.
para as categorias III
ou V.
Sim, se expedição para
as categorias I, II ou
IV.
III Indeterminado (desconhecimento de Das categorias I, II ou III Não. . . . . . . . Não. . . . . . . . . . . . . . . As categorias III e V.
infecção mas não sujeito a um pro-
grama para obtenção do estatuto de
indemnidade).
PARTE B
Requisitos específicos
Frequência recomen- Frequência recomendada das
para as inspecções,
Estatuto sanitário dada das inspec- inspecções pelos serviços
amostragem e vigi-
Espécies presentes como referido Nível de risco Vigilância ções pela autori- competentes em matéria Observações
lância necessárias à
na parte A dade competente de saúde dos animais
manutenção do esta-
(artigo 7.º). aquáticos (artigo 10.º).
tuto sanitário.
Não existem es- Categoria I, decla- Baixo Passiva Uma vez de qua- Uma vez de quatro em Requisitos específi- As frequências de
pécies sensí- rado indemne tro em quatro quatro anos. cos para a manu- inspecção reco-
veis às doen- nos termos das anos. tenção do estatuto mendadas são
ças incluídas alíneas a) ou de indemnidade aplicáveis sem
na lista do b) do n.º 1 do nos termos do prejuízo dos re-
anexo III. artigo 50.º ou artigo 53.º quisitos específi-
das alíneas a) cos referidos para
ou b) do n.º 1 cada estatuto sa-
do artigo 51.º nitário.
Todavia, sempre que
Espécies sensí- Categoria I, decla- Alto Activa, Uma vez por Uma vez por ano. . . . possível, essas ins-
veis a uma ou rado indemne orientada ano. pecções e amos-
mais doenças nos termos da ou passiva tragem devem ser
incluídas alínea c) do n.º 1 Médio Uma vez de Uma vez de dois em combinadas com
na lista do do artigo 50.º ou dois em dois dois anos. as inspecções exi-
anexo III. da alínea c) do anos. gidas nos termos
n.º 1 do artigo 51.º dos artigos 8.º e
Baixo Uma vez de qua- Uma vez de dois em 11.º
tro em quatro dois anos. O objectivo das
anos. inspecções pela
autoridade com-
Categoria II, não de- Alto Orientada Uma vez por Uma vez por ano. . . . Requisitos espe- petente consiste
clarado indemne ano. cíficos nos ter- em verificar o
mas sujeito a mos do n.º 1 do cumprimento da
um programa de artigo 45.º presente direc-
vigilância apro- tiva nos termos
vado nos ter- Médio Uma vez de Uma vez de dois em do artigo 8.º
mos do n.º 1 do dois em dois dois anos. O objectivo das
artigo 45.º anos. inspecções pelos
serviços compe-
Baixo Uma vez de qua- Uma vez de dois em tentes em maté-
tro em quatro dois anos. ria de saúde dos
anos. animais aquáticos
Diário da República, 1.ª série — N.º 126 — 2 de Julho de 2009 4265
Requisitos específicos
Frequência recomen- Frequência recomendada das
para as inspecções,
Estatuto sanitário dada das inspec- inspecções pelos serviços
amostragem e vigi-
Espécies presentes como referido Nível de risco Vigilância ções pela autori- competentes em matéria Observações
lância necessárias à
na parte A dade competente de saúde dos animais
manutenção do esta-
(artigo 7.º). aquáticos (artigo 10.º).
tuto sanitário.
Categoria III . . . . Alto Activa Uma vez por Três vezes por ano consiste em ve-
ano. rificar o estatuto
sanitário dos ani-
Médio Uma vez por Duas vezes por ano mais, aconselhar
ano. o operador da
empresa de pro-
Baixo Uma vez de Uma vez por ano. . . . dução aquícola
dois em dois sobre questões
anos. de saúde dos ani-
mais aquáticos e,
Categoria IV. . . . Alto Orientada Uma vez por Uma vez por ano. . . . Requisitos espe- se for caso disso,
ano. cíficos nos ter- tomar as medi-
mos do n.º 2 do das veterinárias
artigo 45.º necessárias.
Médio Uma vez de Uma vez de dois em
dois em dois dois anos.
anos.
Categoria V . . . . Alto Passiva Uma vez de qua- Uma vez por ano. . . . Requisitos especí-
tro em quatro ficos nos termos
anos. do capítulo V.
Vigilância e inspecções recomendadas nas explorações c) Vende animais aquáticos vivos principalmente para
e zonas de exploração de moluscos consumo humano.
Níveis de risco 3 — Uma exploração ou uma zona de produção de mo-
1 — Uma exploração ou uma zona de produção de luscos de baixo risco é uma exploração ou uma zona de
moluscos de alto risco é uma exploração ou uma zona de produção de moluscos que:
produção de moluscos que: a) Possui um risco baixo de propagação ou contracção
a) Possui um risco alto de propagação de doenças a de doenças a outras explorações ou populações selvagens
outras explorações ou populações selvagens ou de con- ou de contracção de doenças provenientes de outras ex-
tracção de doenças provenientes de outras explorações ou plorações ou populações selvagens;
populações selvagens; b) Funciona em condições de criação que não são sus-
b) Funciona em condições de criação susceptíveis de ceptíveis de aumentar o risco de surtos de doença (bio-
aumentar o risco de surtos de doença (biomassa elevada, massa baixa, água de qualidade elevada), tendo em conta
água de baixa qualidade), tendo em conta as espécies pre- as espécies presentes;
sentes; c) Vende animais aquáticos vivos exclusivamente para
c) Vende animais aquáticos vivos para fins de criação consumo humano.
ou repovoamento.
Tipos de vigilância sanitária
2 — Uma exploração ou uma zona de produção de mo- A vigilância passiva inclui a notificação imediata e obri-
luscos de médio risco é uma exploração ou uma zona de gatória da ocorrência ou suspeita de doenças especificadas
produção de moluscos que: ou de quaisquer aumentos da mortalidade, exigindo-se nestes
casos uma investigação nos termos da secção II do capítulo V.
a) Possui um risco médio de propagação ou contracção
1 — A vigilância activa inclui:
de doenças a outras explorações ou populações selvagens
ou de contracção de doenças provenientes de outras ex- a) Inspecção regular pela autoridade competente ou
plorações ou populações selvagens; por outros serviços de saúde qualificados, em nome das
b) Funciona em condições de criação não necessaria- autoridades competentes;
mente susceptíveis de aumentar o risco de surtos de doença b) Análise das populações de animais de aquicultura na
(biomassa média, água de qualidade média), tendo em exploração ou na zona de produção de moluscos, tendo
conta as espécies presentes; em vista a detecção da doença clínica;
4266 Diário da República, 1.ª série — N.º 126 — 2 de Julho de 2009
c) Recolha de amostras para diagnóstico, em caso de 3 — Se for introduzida na Comunidade, pode ter efeitos
suspeita de uma doença incluída na lista ou de aumento da ambientais prejudiciais para as populações de animais
mortalidade, observado durante a inspecção; aquáticos selvagens pertencentes a espécies que façam
d) Notificação imediata e obrigatória da ocorrência ou parte do património que deve ser protegido pelo direito
suspeita de doenças especificadas ou de quaisquer aumen- comunitário ou por disposições do direito internacional.
tos da mortalidade. B — As doenças não exóticas preenchem os seguintes
critérios fixados nos n.os 1, 4, 5, 6 e 7 e nos n.os 2 ou 3.
2 — A vigilância orientada inclui: 1 — Diversos Estados membros ou regiões de diversos
a) Inspecção regular pela autoridade competente ou Estados membros estão indemnes da doença em causa.
por outros serviços de saúde qualificados, em nome das 2 — Se for introduzida num Estado membro indemne,
autoridades competentes; pode ter repercussões económicas importantes pelo facto
b) Recolha das amostras de animais de aquicultura de poder ocasionar perdas de produção e custos anuais
prescritas, que são testadas tendo em vista a detecção de associados à doença e ao respectivo combate superiores a
agente(s) patogénico(s) específico(s) através de métodos 5 % do valor da produção de animais de aquicultura das
especificados; espécies sensíveis na região, ou restringir as possibilidades
c) Notificação imediata e obrigatória da ocorrência ou de trocas comerciais internacionais de animais de aquicul-
suspeita de doenças especificadas ou de quaisquer aumen- tura e produtos derivados.
tos da mortalidade. 3 — Se for introduzida num Estado membro indemne,
ANEXO III
sabe-se que a doença, onde surge, tem efeitos ambientais
prejudiciais para as populações de animais aquáticos selva-
(a que se refere o artigo 12.º) gens pertencentes a espécies que façam parte do património
que deve ser protegido pelo direito comunitário ou por
Lista de doenças disposições de direito internacional.
4 — É difícil combater a doença e confiná-la a nível
da exploração ou da zona de produção de moluscos, sem
PARTE I adoptar medidas de combate rigorosas e restrições em
Critérios aplicáveis à inclusão de doenças na lista matéria de trocas comerciais.
5 — É possível combater a doença a nível do Estado
A — As doenças exóticas cumprem os seguintes crité-
membro, tendo a experiência mostrado que se podem es-
rios fixados no n.º 1 e nos n.os 2 ou 3.
1 — Uma doença é exótica na Comunidade quando não tabelecer e manter zonas ou compartimentos indemnes, e
se encontra estabelecida na aquicultura comunitária e não que essa manutenção é economicamente vantajosa.
se tem conhecimento da presença do agente patogénico 6 — Durante a colocação de animais de aquicultura no
nas águas comunitárias. mercado, existe um risco de que a doença se estabeleça
2 — Se for introduzida na Comunidade, pode ter re- numa zona previamente não infectada.
percussões económicas importantes, pelo facto de poder 7 — Existem testes fiáveis e simples para os animais
ocasionar perdas de produção na aquicultura comunitária aquáticos infectados. Os testes devem ser específicos e
ou restringir as potenciais trocas comerciais de animais de sensíveis e o método de ensaio deve ser harmonizado a
aquicultura e produtos derivados. nível comunitário.
PARTE II
Doenças incluídas na lista
Doenças exóticas
Peixes . . . . . . . . . . . . . . . . . Septicémia hemorrágica viral (SHV). . . . . . Arenque (Clupea spp.), espadilha (Sprattus sprattus), corégonos
(Coregonus spp.), lúcio-comum (Esox lucius), arinca (Gadus ae-
glefinus), bacalhau-do-pacífico (G. macrocephalus), bacalhau-do-
atlântico (G. morhua), salmões-do-pacífico (Oncorhyncus spp.),
truta-arco-íris (O. mykiss), laibeque-de-cinco-barbilhos (Onos
mustelus), truta-marisca (Salmo truta), pregado (Scophtalmus
maximus), peixe-sombra (Thymallus thymallus).
Necrose hematopoiética infecciosa (NHI) Salmão-cão (Onchrhynchus keta), salmão-prateado (O. kisutch),
salmão-japonês (O. masou), truta-arco-íris (O. mykiss), salmão-
vermelho (O. nerka), salmão-de-biwa (O. rhodurus), salmão-real
(O. tshawytscha) e salmão-do-atlântico (Salmo salar).
Herpes virose da carpa-koi. . . . . . . . . . . . . . Carpa-koi e carpa-comum (Cyprinus carpio).
Anemia infecciosa do salmão (AIS) . . . . . . Truta-arco-íris (Onchorhynchus mykiss), salmão-do-atlântico (Salmo
salar) e truta-marisca (S. trutta).
Moluscos . . . . . . . . . . . . . . Infecção por Martelia perfringens . . . . . . . . Ostra-plana-australiana (Ostrea angasi), ostra-plana-chilena (O.
chilensis), ostra-plana-europeia (O. edulis), ostra-plana-argentina
(O. puelchana), mexilhão-vulgar (Mytilus edulis), mexilhão-do-
mediterrâneo (M. galloprovincialis).
Infecção por Bonamia ostreae . . . . . . . . . . . Ostra-plana-australiana (Ostrea angasi), Ostra-plana-chilena (O.
chilensis), ostra-plana-do-pacífico (O. conchaphila), ostra-plana-
asiática (O. denselamellosa), ostra-plana-europeia (O.edulis), e
ostra-plana-argentina (O.puelchana).
Crustáceos . . . . . . . . . . . . . Doença da «mancha branca» . . . . . . . . . . . . Todos os crustáceos decápodes (ordem Decapoda).
explorações ou nas zonas de exploração de moluscos que localização geográfica e à distância relativamente a outros
criem qualquer uma das espécies sensíveis; grupos ou agregados de explorações ou zonas de explora-
c) Se existirem partes do território nacional em que ção de moluscos, desde que todas as explorações integradas
o número de explorações ou de zonas de exploração de no compartimento sejam abrangidas por um sistema de
moluscos seja limitado e em que, consequentemente, os biossegurança comum, devendo a delimitação geográfica
dados epidemiológicos fornecidos pela vigilância orientada de um compartimento ser identificada claramente num
não sejam suficientes, mas existam populações selvagens mapa.
de qualquer uma das espécies sensíveis, essas populações 2.2 — Um compartimento em que estejam presentes
são incluídas na vigilância orientada. espécies sensíveis, mas em que não se tenha registado
qualquer ocorrência de uma doença durante um período
mínimo de 10 anos antes da data de apresentação do pedido
PARTE II de estatuto de indemnidade, apesar de existirem condições
Zona ou compartimento indemne propícias à sua manifestação clínica, pode ser conside-
rado indemne dessa doença se obedecer, com as devidas
1 — Zonas: adaptações, aos requisitos do n.º 1 da parte I do presente
1.1 — Uma zona pode incluir: anexo, devendo ser concedido o estatuto de indemnidade
a) Uma bacia hidrográfica completa desde a sua nas- nos termos do n.º 2 da parte I.
cente até ao respectivo estuário; ou 2.3 — Um compartimento no qual a última ocorrência
b) Parte de uma bacia hidrográfica desde a(s) nascente(s) clínica conhecida se tenha registado durante o período de
até uma barreira natural ou artificial que impeça a migra- 10 anos antes da data de apresentação do pedido de estatuto
ção, para montante, dos animais aquáticos, a partir de zonas de indemnidade, ou em que se desconheça o estatuto da
inferiores da bacia hidrográfica; infecção no compartimento ou nas águas que o circundam
c) Mais de uma bacia hidrográfica, incluindo os res- antes da vigilância orientada, por exemplo devido à au-
pectivos estuários, devido ao nexo epidemiológico entre sência de condições propícias à manifestação clínica, pode
bacias hidrográficas através do estuário, devendo a deli- ser considerado indemne da doença se obedecer, com as
mitação geográfica da zona ser identificada claramente devidas adaptações, aos requisitos do n.º 2 da parte I.
num mapa. 2.4 — Cada exploração ou zona de produção de molus-
cos num compartimento é objecto de medidas adicionais
1.2 — Se uma zona abranger mais de um Estado mem- impostas pela autoridade competente, se tal for consi-
bro, só pode ser declarada zona indemne se as condições derado necessário para impedir a introdução da doença,
previstas nos n.os 1.3, 1.4 e 1.5 forem aplicáveis a todas as medidas essas que podem incluir a criação de uma zona
áreas dessa zona, e nesse caso ambos os Estados membros tampão envolvente ao compartimento, na qual se execute
envolvidos solicitam uma aprovação relativa à parte da um programa de monitorização, e, ou, o estabelecimento
zona situada no seu território. de uma protecção adicional contra a intrusão de possíveis
1.3 — Uma zona em que estejam presentes espécies portadores ou vectores de agentes patogénicos.
sensíveis, mas em que não se tenha registado qualquer 3 — Compartimentos que abranjam uma ou mais ex-
ocorrência de uma doença durante um período mínimo de plorações individuais, em que o estatuto sanitário relati-
10 anos antes da data de apresentação do pedido de estatuto vamente a uma doença específica seja independente do
de indemnidade, apesar de existirem condições propícias estatuto sanitário relativamente a essa doença nas águas
à sua manifestação clínica, pode ser considerada indemne naturais circundantes.
dessa doença se obedecer, com as devidas adaptações, aos 3.1 — Um compartimento pode incluir:
requisitos do n.º 1 da parte I, devendo o estatuto de indem-
nidade ser concedido nos termos do n.º 2 da parte I. a) Uma exploração individual, que pode ser conside-
1.4 — Uma zona na qual a última ocorrência clínica rada como uma só unidade epidemiológica, uma vez que
conhecida se tenha registado durante o período de 10 anos não é influenciada pelo estatuto zoossanitário nas águas
antes da data de apresentação do pedido de estatuto de circundantes;
indemnidade, ou em que se desconheça o estatuto da in- b) Mais de uma exploração, sendo que cada uma das
fecção antes da vigilância orientada, por exemplo devido explorações do compartimento cumpre os critérios fixados
à ausência de condições propícias à manifestação clínica, na alínea anterior e nos n.os 3.2 a 3.6, devendo, porém,
pode ser considerada indemne da doença se obedecer, com ser considerado como uma única unidade epidemiológica
as devidas adaptações, aos requisitos do n.º 2 da parte I. devido à intensidade das deslocações de animais entre
1.5 — Se for caso disso, deve ser estabelecida uma zona explorações, desde que todas as explorações funcionem
tampão na qual se execute um programa de monitorização. sob um sistema de biossegurança comum.
A delimitação das zonas tampão deve ser efectuada de
forma a proteger a zona indemne da introdução passiva 3.2 — Um compartimento deve ser abastecido de
da doença. água:
2 — Compartimentos que abranjam uma ou mais ex-
plorações ou zonas de exploração de moluscos, em que o a) Através de uma unidade de tratamento da água que
estatuto sanitário relativamente a uma doença específica inactive o agente patogénico pertinente, a fim de reduzir o
dependa do estatuto sanitário relativamente a essa doença risco de introdução da doença para um nível aceitável; ou
nas águas naturais circundantes b) Directamente por um poço, um furo ou uma fonte,
2.1 — Um compartimento pode abranger uma ou mais devendo a água, se esse ponto de abastecimento estiver
explorações, um grupo ou agregado de explorações ou situado fora das instalações da exploração, ser fornecida
uma zona de produção de moluscos, que podem ser con- directamente à exploração e transportada por uma cana-
siderados como uma só unidade epidemiológica devido à lização.
Diário da República, 1.ª série — N.º 126 — 2 de Julho de 2009 4269
3.3 — Deve haver barreiras naturais ou artificiais que para enfrentar as doenças exóticas incluídas na lista do
impeçam os animais aquáticos dos cursos de água circun- anexo IV ao presente decreto-lei e do qual faz parte inte-
dantes de entrarem em cada uma das explorações de um grante ou as doenças emergentes, sendo a direcção global
compartimento. das estratégias de combate atribuída a uma unidade central
3.4 — Se necessário, o compartimento deve estar pro- de tomada de decisão.
tegido contra as enchentes e a infiltração dos cursos de 4 — Devem estabelecer planos pormenorizados, de
água circundantes. modo a preparar as condições para o estabelecimento
3.5 — O compartimento deve obedecer, com as devidas imediato de centros locais de combate em caso de surto
adaptações, aos requisitos fixados no n.º 2 da parte I do de uma das doenças exóticas incluídas na lista da parte II
presente anexo. do anexo III ao presente decreto-lei e do qual faz parte
3.6 — Um compartimento é objecto de medidas adicio- integrante ou de uma doença emergente, e aplicação de
nais impostas pela autoridade competente, se tal for consi- medidas de combate à doença e protecção do ambiente
derado necessário, para impedir a introdução de doenças, a nível local.
que podem incluir o estabelecimento de uma protecção 5 — Devem assegurar a cooperação entre as autoridades
adicional contra a intrusão de possíveis portadores ou competentes e os organismos e autoridades competentes
vectores de agentes patogénicos. em matéria de ambiente, a fim de garantir que as acções
3.7 — As normas de execução da alínea a) do n.º 3.2 relativas a questões de segurança veterinária e ambiental
são estabelecidas pelo procedimento comunitariamente sejam devidamente coordenadas.
previsto. 6 — Devem prever disposições que disponibilizem os
4 — Disposições especiais aplicáveis a explorações recursos adequados para assegurar uma campanha rápida e
individuais que iniciam ou reiniciam as suas actividades: eficaz, nomeadamente em termos de pessoal, equipamento
4.1 — Uma exploração nova que obedeça aos requisitos e capacidade laboratorial.
referidos na alínea a) do n.º 3.1 e nos n.os 3.2 a 3.6 e que 7 — Devem instituir um manual de operações actua-
inicie as suas actividades com animais de aquicultura pro- lizado, com uma descrição pormenorizada, exaustiva e
venientes de um compartimento declarado indemne pode prática de todas as acções, procedimentos, instruções e
ser considerada indemne sem ser submetida às colheitas medidas de combate a empregar no que diz respeito às
de amostras exigidas para obter a aprovação. doenças exóticas incluídas na lista da parte II do anexo IV
4.2 — Uma exploração que, após uma interrupção, ao presente decreto-lei e do qual faz parte integrante ou
reinicie as suas actividades com animais de aquicultura às doenças emergentes.
provenientes de um compartimento declarado indemne e 8 — Devem estabelecer planos pormenorizados de va-
obedeça aos requisitos referidos na alínea a) do n.º 3.1 e cinação de emergência, quando necessário.
nos n.os 3.2 a 3.6 da presente parte pode ser considerada 9 — Devem prever participação regular em formação
indemne sem ser submetida às colheitas de amostras exi- específica em domínios como sinais clínicos, inquérito
gidas para obter a aprovação, desde que: epidemiológico e combate a doenças epizoóticas, em exer-
a) A autoridade competente conheça os antecedentes sa- cícios de alerta em tempo real, e em formação no domínio
nitários da exploração durante os seus últimos quatro anos das técnicas de comunicação a fim de organizar campanhas
de actividade, mas, no entanto, se o período de actividade de sensibilização sobre a epizootia em curso, destinadas a
da exploração em causa for inferior a quatro anos, ter-se-á autoridades, agricultores e médicos veterinários.
em conta o período de actividade efectiva da exploração; 10 — Devem prever planos de emergência que tenham
b) No que diz respeito às doenças incluídas na lista da em conta os recursos necessários para combater um grande
parte II do anexo III, a exploração não tenha sido objecto número de surtos que ocorram durante um período de
de medidas zoossanitárias e nela não existam antecedentes tempo curto.
das referida doenças; 11 — Sem prejuízo dos requisitos veterinários estabele-
c) Antes da introdução de animais de aquicultura, ovos cidos no Regulamento (CE) n.º 1774/2002, do Parlamento
ou gâmetas, a exploração seja objecto de uma limpeza e Europeu e do Conselho, de 3 de Outubro, os planos de
desinfecção seguidas, se necessário, de um período de emergência são elaborados de modo a assegurar que, em
vazio sanitário. caso de surto de doenças, qualquer eliminação em massa
de cadáveres e desperdícios de animais aquáticos seja
ANEXO V realizada sem pôr em perigo a saúde animal e humana,
(a que se refere o artigo 48.º) utilizando processos ou métodos que evitem danos para o
ambiente e, nomeadamente:
Critérios e requisitos aplicáveis aos planos de emergência
i) Constituam um risco mínimo para os solos, o ar, as
Os planos de emergência obedecem, pelo menos, aos águas de superfície e as águas subterrâneas, assim como
seguintes requisitos: para as plantas e os animais;
1 — Devem conter disposições que concedam os pode- ii) Causem um mínimo de incómodos sonoros ou ol-
res legais necessários para executar planos de emergência factivos;
e instaurar uma campanha de erradicação rápida e bem- iii) Tenham um mínimo de efeitos negativos sobre a
sucedida. natureza ou os locais de interesse especial.
2 — Devem assegurar o acesso a fundos de emergência
e a recursos orçamentais e financeiros, a fim de abranger 12 — Esses planos incluem a identificação dos sítios e
todos os aspectos da combate às doenças exóticas incluídas das empresas adequadas para o tratamento ou a eliminação
na lista da parte II do anexo III ao presente decreto-lei e do dos cadáveres e desperdícios de animais em caso de surto
qual faz parte integrante. de uma doença em conformidade com o Regulamento (CE)
3 — Devem estabelecer uma cadeia de comando que n.º 1774/2002, do Parlamento Europeu e do Conselho, de
garanta um processo de tomada de decisão rápido e eficaz 3 de Outubro de 2002.