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Por Victor H.

Guidini | Em 22/11/04

Falae galera! Nesta coluna começaremos a entrar num campo muito interessante:
a improvisação. Para início de conversa, veremos algumas considerações sobre os
modos gregos, que são as escalas básicas para qualquer improvisador. Como este
assunto é bem extenso, vamos dividi-lo em 3 colunas.

A escala maior natural

Para entrarmos este assunto, primeiro precisamos entender a escala maior natural. No
exemplo abaixo, temos a escala de dó maior:

Essa é formada por sete notas, e a distância entre cada uma dessas notas e a nota
seguinte pode ser de um tom ou meio. O intervalo de meio tom ocorre apenas entre o
III-IV graus e entre o VII e I. Vimos assim que a escala maior natural é formadas por T
T ST T T T ST, gerando os intervalos de 2M, 3M, 4J, 5J, 6M e 7M em relação à tônica
da escala.

Os modos gregos

Os modos gregos são uma espécie de inversões da escala maior. Se tocarmos a escala de
dó maior, a partir da nota dó, teremos o modo dó jônio, que nada mais é do que a
própria escala natural em seu estado fundamental (continuaremos com a configuração
de T T ST T T T ST). Se tocarmos essa mesma escala a partir do segundo grau, a nota
ré, teremos o modo ré dórico, e obteremos assim uma nova configuração de escala T ST
T T T ST T (e conseqüentemente novos intervalos) , conforme mostra a figura abaixo:

Se quisermos montar o modo de Dó Dórico, por exemplo, basta seguir esta seqüência de
intervalos T ST T T T ST T a partir da nota dó:
Outra maneira de pensar no dó dórico é você imaginar a escala de Bb maior natural
começando no segundo grau.

Veremos na tabela abaixo a seqüência dos sete modos da escala maior natural.

Para uma análise prática, podemos dividir estes 7 modos em 2 grupos, os modos
maiores e os menores. Os modos maiores possuem uma terça maior (3M) e os menores
uma terça menor (3m).

A escala maior natural é o modo jônio e a menor natural é o modo eólio. Usaremos
estas duas escalas para comparar as diferenças entre os modos:
O quadro acima mostra as diferenças entre os modos e as escalas naturais. Os intervalos
diferentes caracterizam a sonoridade de cada modo, estas são as famosas “notas
características”. Ex: A única diferença entre a escala de Sol maior (jônio) e Sol Lídio
vai ser a quarta aumentada, que vem a ser o dó# no modo de Sol Lídio, substituindo o
dó natural em Sol maior / jônio. Dizemos assim que a quarta aumentada é a nota
característica do modo lídio. O mesmo raciocínio vale para os outros modos, com um
pequeno porém para o lócrio, que vai apresentar duas notas diferentes da menor natural
(eólio). Consideramos estas duas notas características, porém a 5º possui maior
importância que a 2m.

Pegando a guitarra...

Transpor essa teoria para a guitarra é muito simples, e pode ser feita de várias maneiras.
Para guitarristas de rock/metal proponho utilizar sete “shapes” dos modos, cada um com
uma digitação começando com a tônica de um modo na 6ª corda. Os números indicados
são a digitação

Todos estes shapes são formados por 3 notas por corda, para facilitar a execução da
palhetada. Você pode optar por duas maneiras de palhetar estes shapes. A primeira é
alternando todas. A segunda é fazendo um sweep, cada vez que mudar de corda, para
aproveitar o sentido da palhetada.

A seguir veremos como estes modos ficam dispostos por todo o braço da guitarra,
utilizando a escala de dó maior como exemplo.

da mão esquerda que utilizo para tocar cada shapes:


É importante ter na ponta dos dedos estes sete shapes e conseguir tocá-los com fluência
em todos os 12 tons.

Praticando...

O exercício que proponho para esta etapa, é tocar todos os modos sobre a nota dó (Dó
jônio, Dó dórico, Dó Frígio, Dó Lídio, Dó Mixolídio, Dó Eólio e Dó lócrio), começando
pela sexta corda. Localize a nota dó na sexta corda (casa 8), e toque o modo de dó jônio,
subindo e descendo a escala.

Agora toque o modo dó dórico, e em seqüência o frígio, lídio, mixolídio, eólio e lócrio.
Se você realmente quiser assimilar esta etapa, pratique em todos os 12 tons:

C – G – D – A – E – B – F# - Db – Ab – Eb – Bb – F

Lembre-se sempre de manter a clareza e definição das notas, assim como praticar com o
metrônomo.

Na próxima coluna, veremos como improvisar sobre uma harmonia utilizando esses
modos.
Continuem escrevendo e mandando suas dúvidas.
Abraços, bom estudo e até!

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Guitar Shred é uma coluna com licks, dicas, truques e mágicas para guitarristas. Volte
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Sobre o autor: Victor H. Guidini

Músico, guitarrista e professor de música formado pela UDESC. Começou a


ouvir rock quando descobriu os vinis do AC/DC de seu irmão. Aos 13 conheceu o Van
Halen e começa a incomodar os vizinhos com sua primeira guitarra. Tocou em várias
bandas de Florianópolis. Atualmente, mora em São Paulo e segue como professor de
música e tocando por ai. Entre muitos outros, curte Hermeto

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