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o trabalhador

da CM
L

A Luta Continua!

4 de Março
Greve Nacional
da Administração Pública
Março/Abril 2010

Comemorações dos 100 Anos da Proclamação



Nº 138

do Dia Internacional da Mulher Pág. 8



ANO XXVI

26 de Março: Dia Nacional da Juventude Pág. 9


Editorial

A Luta Continua!
A
intransigência do governo face às justas reivin- com a tão propalada "reforma da administração pública"
dicações dos trabalhadores da Administração da maioria PS, nos retirem o direito à progressão na car-
Pública conduz, inevitavelmente, ao continuar da reira, à valorização profissional e salarial, nos precarizem
luta de forma firme e inflexível. o vinculo de trabalho, nos submetam a um sistema de
A Jornada de Luta Nacional do passado dia 5 de Fe- avaliação injusto, arbitrário e castrador.
vereiro, convocada pela Frente Comum dos Sindicatos Após a Jornada de Luta Nacional de 5 de Fevereiro e
da Administração Pública, onde o STML está inserido, como muitas vezes referimos, a luta tem que continuar
teve a participação de milhares de trabalhadores. Re- até que este governo perceba que tem que arrepiar ca-
flexo desta grandiosa manifestação é a crescente e minho.
profunda indignação que grassa no seio dos trabalha- A sua intolerância face às justas aspirações e interes-
dores do Estado. ses dos trabalhadores da Administração Pública merece
A teimosia deste governo PS em insistir nas mesmas a resposta de todos aqueles que não aceitam o papel de
políticas que o levaram a perder cerca de meio milhão de "sacrificados" em prol dos interesses de uma minoria,
votos em Setembro ultimo, só pode ter uma resposta da verdadeiros co-responsáveis pela crise que atraves-
nossa parte: a contestação, a luta organizada, sempre samos.
com o nosso sindicato, o STML e integrado na luta mais Face a esta intransigência do governo, no dia 4 de
geral da Frente Comum dos Sindicatos da Administração Março, a luta continua, com uma Greve Nacional de
Pública da CGTP-IN. todos os trabalhadores da Administração Pública.
Não podemos aceitar mais um ano com congelamento Na defesa dos nossos direitos, do aumento real dos
de salários depois de 10 (dez) anos a perder poder de nossos salários e pela defesa dos serviços públicos en-
compra, excepção a 2009 em que, pelo facto de ter sido quanto conquistas de Abril, 4 de Março, todos fazemos
ano de eleições, o governo de Sócrates ter decidido con- greve!
ceder uns míseros 0,5% acima da taxa de inflação!
Não podemos aceitar que, após a mais violenta ofen- A Luta Continua!
siva aos direitos dos trabalhadores do sector público, Não desarmamos, não desistimos! ■

Director: Delfino Serras ■ Corpo Redactorial: Luís Dias, Vítor Reis, Mário Rosa, Mário Souto, Francisco Raposo,
o trabalhador
da C M L
Frederico Bernardino ■ Propriedade: Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa ■ Administração e
Redacção: Rua de São Lázaro, 66 - 1º Dtº 1150-333 Lisboa - Telfs. 218 885 430 / 5 / 8 - Fax 218 885 429 - Email:
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Gráficas, Lda ■ Periodicidade: Bimestral ■ NIF: 500850194 ■ Distribuição: Gratuita aos sócios do STML ■ Tiragem:
http://www.stml.pt 4.500 exs. ■ Depósito Legal: 17274/87 ■

2 O TRABALHADOR DA CML
ORÇAMENTO DO ESTADO 2010

Adensa-se o ataque
aos trabalhadores
O
Orçamento do Estado (OE) exemplo, o obsceno favorecimento
para 2010 representa mais fiscal ao sector bancário -, o governo
um ultraje aos trabalhadores propõe, uma vez mais, combater o
portugueses, nomeadamente aos da défice à custa dos trabalhadores da
Administração Pública. Ao propor o Administração Pública.
congelamento de salários e o agrava- Após ter "presenteado" os traba-
mento da penalização anual da an- lhadores do Estado com um aumen-
tecipação da aposentação, o go - to real de salários em 2009 (ou não
verno PS, com o apoio da direita par- fosse um ano com três actos eleito-
la mentar, prossegue o ataque às rais), este OE vai contribuir para que
condições de vida dos trabalhadores, o poder de compra dos salários dos
prosseguindo o trabalhadores da Administração Pú-
mesmo rumo po- blica venha a ser inferior ao de 2000.
lítico que levou ao De facto, ao longo de uma década
agudizar da crise. os salários deterioraram-se em qua-
Não é um pro - se 7%, independentemente do au-
blema dos traba- mento do ano passado.
lha dores da Ad - Como se não bastasse, analisan-
mi nistração Pú - do dados de 2005 (altura em que Só-
bli ca. É um pro - crates chegou ao poder), o valor das
blema de todos remunerações certas e permanentes
os trabalhadores recebidas pelos trabalhadores do Es-
portugueses! Ao tado rondavam os 8.557,6 milhões
propor o con ge - de euros. Este ano, o OE prevê me-
lamento de salá- nos 300 milhões de euros, números
rios, suplementos que demonstram mais uma vez o de-
e subsídios, ao sinvestimento no valor do trabalho
reforçar a percen- na Administração Pública, seja pela
tagem de penali- redução de postos de trabalho, seja
zação aos futuros aposentados, ao e a retracção do mercado interno, pela falta de aumen tos reais nos
diminuir o investi mento público e principais causas de desemprego, o salários dos trabalhadores.
criar artificialmente receitas com OE responde com mais do mesmo, Nada de novo, portanto, na políti-
operações de privatização, o gover- agravando levianamente a situação ca de direita que o PS sempre prati-
no Sócrates demonstra que não tem já de si periclitante da economia na- cou despudoradamente em cada
qualquer perspectiva política para cional. Mantendo intocáveis os inte- governo que forma, ousando tantas
inverter o cenário de crise. resses instalados, parasitários do vezes ir mais longe que a própria di-
Perante a conjuntura internacional desenvolvimento do País - como por reita! ■

A luta dos trabalhadores gregos


e as falácias que nos impõem
C entenas de milhar de trabalhadores gregos saíram
à rua no passado dia 10 de Fevereiro, paralisando
por completo o país. A luta dos trabalhadores gregos
ceiras e políticas.
Há um par de anos atrás, vendia-se em Portugal a
ideia dos paradigmas de desenvolvimento de países
contra o congelamento dos salários e a redução da des- como a Irlanda ou, até mesmo, da própria Grécia. O go-
pesa social imposta pelo governo grego, a reboque de verno Sócrates até fazia gala em imitar grotescamente
recomendações da União Europeia, demonstra a tensão medidas "nórdicas" em nome da modernização do País
social e política que se vive na Europa. É também um - agora, temos uma Islândia falida! A nossa estirpe de
sinal de que os trabalhadores estão cansados de serem comentadores citava à boca cheia as virtudes destes
o bode expiatório de um sistema capitalista depredador paradigmas citando os "melhores jornais de economia
que empurra os povos para o empobrecimento, em no- do mundo". Meras falácias como, agora, os factos de-
me da concentração de riqueza na posse de elites finan- monstram. ■
O TRABALHADOR DA CML 3
Reunião com o Governo
Governo realizou um simulacro de negociações com a Frente
Comum dos Sindicatos da Administração Pública (FCSAP)

D
ecorreu, no passado Nunca negando a necessidade de
dia 9 de Fevereiro, no haver avaliação, defendeu a suspen-
Ministério das Finanças são do SIADAP, no sentido de se en-
a primeira reunião entre o go- contrar um sistema de avaliação jus-
verno, representado pelos se- to e sem quotas.
cretários de Estado da Admi- Ao exposto, os representantes do
nistração Pública e do Orça- governo responderam com arrogân-
mento e a FCSAP, que o STML cia e prepotência chegando a roçar a
integra. má educação, procurando motivos
O governo agendou esta para abandonar a reunião, como o
reunião com alguns objectivos, secretário de Estado do Orçamento
A FCSAP, reafirmou todas as rei-
anunciados no âmbito da apresen- chegou a ameaçar.
vindicações que constam da Propos-
tação do Orçamento de Estado para Foi neste clima que ficou agenda-
ta Reinvindicativa Comum para
2010, nomeadamente, no congela- do o calendário de "negociações"
2010, justificando a perda do vínculo
mento dos salários dos trabalhado- que terminam a 10 de Março.
público, a destruição das carreiras, a
res da Administração Pública, assim Em relação ao SIADAP, tudo a que
introdução da mobilidade especial
como o agravamento das regras de o governo se dispõe a fazer, é um
(quadro de excedentes), a aplicação
aposentação já a partir deste ano. balanço. Pretendem iniciar a revisão
do SIADAP e as condições da apo-
Os representantes do governo das carreiras especiais conforme es-
sentação por um lado e o congela-
confirmaram totalmente, pelo seu mento dos salários por outro, além de tá previsto na lei do Orçamento de
discurso e postura, que não estavam medidas injustas, são nefastas e só Estado para 2010. Aspiram concreti-
presentes para negociar, mas sim podem implicar a desmotivação dos zar a formação para os trabalhado-
para justificar aquilo que não é justi- trabalhadores, em nada contribuindo res em mobilidade especial e final-
ficável. para o aumento de produtividade. mente a "cenoura", ou seja, o gover-
Utilizando a ladainha da crise, da Desmontou as falácias da falta de no quer fazer uma parceria com a
necessidade da redução do défice, verbas para os aumentos, quando Frente Comum para a formação pro-
da contenção da despesa, justificam no Orçamento de Estado para 2010, fissional para a qual diz ter disponí-
a necessidade de aumentos zero estão previstas despesas com a vel 100 milhões de euros!
dos salários e a equiparação com as contratação de serviços a privados Como o governo nesse dia reuniu
regras da segurança social para as (parcerias público-privadas, consul- com outras representações "sindi-
condições de aposentação dos tra- tadoria, assistência técnica, etc) de cais", deve ter feito confusão com as
balhadores da Administração Públi- mais de 1300 milhões de euros, ser- propostas a apresentar, é que a nós
ca, conduzindo ao seu agravamento viços estes que podem ser desem- não nos compram com negócios
em relação ao que está legislado. penhados pelos serviços públicos. destes. ■

Dia 4 de Março serviços públicos, colocando os serviços de interesse


económico ao dispor do sector privado e dos exorbi-
tantes lucros que pode gerar, além de reduzir ou suprimir
avançamos para os serviços sem interesse económico, atirando para o
desemprego trabalhadores.
uma Greve Nacional Já percebemos que o congelamento é sinal para o pa-
tronato desencadear processo idêntico no sector privado.
da Administração É cada vez mais claro que o SIADAP mostra clara-
mente a sua verdadeira natureza de reduzir as possi-
bilidades dos trabalhadores evoluírem naturalmente nas
Pública carreiras e remunerações.
Face a tudo isto a Manifestação Nacional, as milhares
O único caminho que nos resta é a luta. Depois do dia de reuniões sindicais e contactos com os trabalhadores
5 de Fevereiro e da grande jornada de luta que envolveu da Função Pública mostraram que há vontade de agir.
milhares de trabalhadores da Administração Pública, a Daí a Greve Nacional da Administração Pública, dia
GREVE é o próximo passo. 4 de Março.
Basta ler os jornais e ouvir as TV para percebermos Basta! O governo tem que arrepiar caminho e imple-
que o governo e os partidos da direita estão dispostos a mentar políticas que defendam os interesses dos tra-
manter a velha receita de ataques aos trabalhadores da balhadores e dos próprios serviços públicos como garan-
Administração Pública, congelando salários, atacando o te de progresso e desenvolvimento social.
direito à aposentação, prosseguindo na destruição dos 4 de Março, todos fazemos greve! ■

4 O TRABALHADOR DA CML
SIADAP 2009
Alteração remuneratória
Deliberações 839/CML/2009 e 1248/CML/2009

- STML envia proposta à Vereadora

A
pesar de globalmente positi-
vas e de terem proporcionado
a subida de posição remune-
ratória a cerca de 4000 trabalhado-
res pela pressão do STML, estas
deliberações excluíram injustamen-
te vários trabalhadores.
O STML enviou à Vereadora dos
Recursos Humanos uma proposta
para discussão, no sentido de resol-
ver da melhor forma a situação dos
trabalhadores excluídos destas
duas deliberações.

O STML exige à CML:

1. Que as situações de opção ges-


tionária abrangidas na deliberação
de 23 de Dezembro de 2009, con-
templem em todos os seus efeitos
os trabalhadores, que já após 01
de Janeiro de 2009, haviam obtido
alteração de posicionamento re- Dezembro de 2009, os trabalha- balhadores em situações de mo-
muneratório decorrente de con- dores que tenham sido objecto de bilidade, bem como aqueles que,
curso anterior, nos mesmos ter- sanção disciplinar, pois nada le- in dependentemente do tipo de
mos em que foram abrangidos os galmente admite tal discrimina - vínculo jurídico, já satisfaziam ne-
trabalhadores em idênticas situa- ção, antes a proíbe. cessidades permanentes dos ser-
ções pela delibe ração n.º 839/ viços.
2009. 3. Que não sejam excluídos dos
efeitos das deliberações da CML, Iremos aguardar a resposta da
2. Que não sejam excluídos dos n.º 839/CML/2009 e 1248/CML/ CML a estas propostas do STML
efeitos da deliberação de 23 de 2009, de 23 de Dezembro, os tra- que se revestem de toda a justiça ■

SIADAP: Opção Gestionária 2010


O SIADAP foi criado com ob - impulso na posição remuneratória, gerais anuais.
jectivos puramente economicistas, pelo menos após o decurso de cin- O STML exige à CML que dote o
tendo como principal consequência co anos.Existe um conjunto de orçamento camarário com verbas
a estagnação na mesma posição trabalhadores que, prestando ser- adequadas à aplicação de uma
remuneratória da grande maioria viço no Município de Lisboa desde opção gestionária, conforme prevê
dos trabalhadores por 10 anos. data anterior a 2005, independente- a lei12 A/2008.
Como a CML já reconheceu na mente do vínculo, além de outros Uma proposta neste sentido foi já
sua deliberação n.º 1248/CML/ trabalhadores que desde 2005, não enviada pelo STML à Vereadora
2009, é de elementar justiça que obtiveram nenhum impulso remu- dos Recursos Humanos desta au-
qualquer trabalhador beneficie dum neratório, para além dos aumentos tarquia. ■

O TRABALHADOR DA CML 5
Reorganização dos serviços
da CML já está em marcha
N
uma conjuntura tão desfavo-
rável para os trabalhadores da
Administração Pública e Local,
o ano de 2010 depara-se com um de-
safio acrescido: o da reorganização
es trutural e de funcionamento dos
serviços da Câmara de Lisboa. Ape-
sar das boas intenções subjacentes,
o processo abre caminho a muitas
dúvidas a que é essencial estarmos
atentos.
Proximidade, eficiência, rigor, parti-
cipação e transparência dão o mote
àquilo que o actual Executivo munici-
pal considera essencial para "a refor-
ma do modelo de governação da ci-
dade". Para o STML, enquanto estru-
tura sindical mais representativa dos
trabalhadores do Município de Lis-
boa, nada há a opor neste conjunto
de intenções a que a Deliberação n.º
1/CML/2010, que constituiu a Equipa
de Missão para os trabalhos, deu eco.
Porém, e perante o cenário de ata-
que aos serviços públicos e aos seus trabalhadores de- balhos - por decorrência legal (decreto-lei n.º 305/2009),
sencadeado ao nível do poder central (como demonstra o STML afirma desde já a sua oposição a qualquer ten-
o Orçamento do Estado para 2010 e toda a reforma da tativa de utilizar uma reorganização de serviços para eli-
Administração Pública), esta reorganização exige da minar postos de trabalho.
parte de todos nós a máxima atenção. Até porque ainda Procuraremos ainda que esta reorganização prime por
não foram dadas indicações concretas de que esta reor- dignificar o desempenho do serviço público, sublinhando
ganização venha valorizar o trabalho desenvolvido pelos desde já que o actual Executivo tem à sua disposição um
serviços da CML e seus trabalhadores. instrumento capaz de valorizar os recursos humanos ao
Um dos desafios mais prementes passa por saber que dispor da CML e os serviços prestados aos cidadãos.
efeitos terá a substituição do antigo "quadro de pessoal" Dessa forma, só há um caminho a seguir: dizer basta ao
pelo actual "mapa de pessoal", sabendo de antemão da esvaziamento de atribuições e competências a que te-
volatilidade ou flexibilidade a que um trabalhador pode mos assistido nos últimos anos, seja pelo recurso à con-
estar sujeito num cenário de reestruturação, bem maior cessão e prestação de serviços a privados, seja pelo de-
no actual quadro legal. Deste modo, e como as estrutu- lapidar de meios e recursos por via de empresas muni-
ras sindicais devem acompanhar e participar nestes tra- cipais e participadas. ■

Termo aos contratos a termo!


O presidente António Costa envolveu o STML no en- O STML está ao corrente das movimentações que a
quadramento (que não era o pretendido por este Sin- actual vereação tem vindo a perspectivar com vista à
dicato) dos muitos trabalhadores que a "recibo verde" ou realização de vários contratos com pessoas e empresas
com contrato de prestação de serviços, realizavam tra- para a realização de trabalhos que podem e devem
balho na autarquia com sujeição hierárquica e cumpri- estar conferidos aos trabalhadores da autarquia.
mento de horário há vários anos. Em época de crise, a "música" tem de mudar e não
Nessa altura, o que prometeu, foi um "fim" a este tipo podem ser esquecidas as palavras do então e actual
de contratações. Todos sabemos que muitas vezes es- presidente que aludia à justiça no acto de colocar os tra-
sas contratações existem com vagas não preenchidas balhadores num "quadro paralelo" por há vários anos
no quadro de pessoal. Mas também sabemos que, boa desempenharem trabalho útil à cidade. Isso foi há pouco
parte das vezes, essas contratações, mais não são que tempo! O STML denunciará as novas contratações na
uma resposta cara aos depauperados cofres da Câ- Câmara Municipal de Lisboa que se revistam de con-
mara, por favorecimentos políticos. tornos pouco claros!!! ■

6 O TRABALHADOR DA CML
Jornada de Luta Nacional de 5 de Fevereiro de 2010

Cerca de 50 mil trabalhadores


saíram à rua!
O
s trabalhadores da Câmara Municipal
de Lisboa estiveram em número consi-
derável na Jornada de Luta Nacional
convocada pela Frente Comum dos Sindicatos
da Administração Pública, do passado dia 5 de
Fevereiro.
Mais de 1000 trabalhadores de diversos ser-
viços e departamentos da autarquia de Lisboa
marcaram presença nesta grandiosa manifes-
tação nacional. Trabalhadores da Limpeza Ur-
bana, dos Jardins, da Divisão de Informação e
Atendimento, das Oficinas dos Olivais II, do De-
partamento de Desporto, do Departamento de
Gestão do Espaço Público, da Metrologia, do
sector informático, DMAGI, dos Cemitérios, e
muitos outros, demonstraram a sua indignação
e protesto contra as políticas retrógradas que A destruição do vinculo efectivo de trabalho para um
este governo insiste em prosseguir. regime de Contrato de Trabalho em Funções Públicas, a
As notícias que surgiram na comunicação social, dias destruição das carreiras e do perfil funcional, a imple-
antes desta Jornada de Luta, em que o governo assumia mentação do SIADAP, o regime de mobilidade especial,
a intenção de congelar os salários na administração Pú- a Lei da reestruturação dos serviços autárquicos, foram
blica, motivaram ainda mais os trabalhadores para a par- alguns dos meios e instrumentos que o PS implementou
ticipação no dia 5 de Fevereiro. visando o propósito de, através da aniquilação dos direi-
Após 10 anos de perda de poder de compra, excepção tos dos trabalhadores da Administração Pública, simulta-
feita a 2009, os trabalhadores da Administração Pública neamente atacar e destruir os serviços públicos, desvir-
em geral e os trabalhadores da Câmara Municipal de tuando-os, esvaziando-os e permitindo a justificação que
Lisboa em particular, recusam-se a aceitar o fardo da cri- o sector privado faz mais barato e melhor. Sabemos que
se ou do défice, para o qual não contribuíram em nada, esta afirmação é uma falácia!
mas que o governo, os seus comentadores e econo- Foram estas as razões mais importantes que estiveram
mistas encartados com a complacência da comunicação na génese da mobilização para o dia 5 de Fevereiro, mas
social, insistem em transformar no bode expiatório para o STML relembra, tal como o afirmou nos cerca de 60 ple-
a solução dos problemas que as políticas de direita cau- nários e visitas realizados, que a luta não iria acabar neste
saram e continuam a aprofundar. dia. O próximo passo é já 4 de Março, dia distinguido para
A destruição do Serviço Público, enquanto conquista a Greve Nacional da Administração Pública.
de Abril, atacando os direitos dos trabalhadores tornou- A luta continua, sempre por melhores salários, pela
se no principal objectivo do PS (D) com o CDS atrelado defesa dos nossos Direitos e dos Serviços Públicos
ou não. A razão está do nosso lado! ■
O TRABALHADOR DA CML 7
8 de Março
100 anos!
E
m 1910, numa Conferência de Mulheres em Cope-
nhaga, a revolucionária alemã Clara Zetkin, pro-
põe a proclamação de um dia internacional da
mulher:
"Em acordo com as organizações politicas e sindicais
do proletariado nos seus respectivos países, as
mulheres de todos os países organizarão todos os
anos um dia das mulheres. Este dia das mulheres
deve ter carácter internacional e ser cuidadosamente
preparado."
Um ano depois, em vários países da Europa e nos
Estados Unidos, mais de um milhão de mulheres saíram
às ruas para se manifestarem dando início a um grandio-
so movimento reivindicativo à escala mundial que chega
aos nosso dias como expressão simbólica de mobiliza-
ção das trabalhadoras de todo o mundo pela sua eman-
cipação económica, social e política.
Portugal não foi excepção. Nesse período histórico, a Clara Zetkin e Rosa Luxemburgo
luta das mulheres também se torna um factor incontor-
nável face às brutais desigualdades e injustiças a que A lei do contrato individual do trabalho permitia que o
eram sujeitas. marido pudesse proibir a mulher de trabalhar fora de
A título de exemplo, a taxa de analfabetismo era de casa. Uma mulher apanhada em flagrante adultério era
75% e, destes, 81% eram mulheres. Apesar da luta e dos quase condenada à morte mas se o marido a assassi-
resultados conseguidos no sentido de conquistarem o nasse cumpriria apenas uma pena de prisão nunca su-
direito a salário igual para trabalho igual aos homens, as perior a 6 meses. A mulher não podia viajar para o estran-
mulheres ganham apenas 50% dos salários destes. geiro sem a autorização do marido, o casamento era
Com a implantação da República, em 1910, adopta- interdito a mulheres que exerciam profissões como en-
ram-se importantes medidas progressistas a favor da fermeiras ou professoras. O aborto era proibido e punido,
mulher que em alguns casos, não passaram de direitos em qualquer circunstância, com pena de prisão!
formais. As mulheres continuaram a ser discriminadas no A Revolução do 25 de Abril representou para as mulhe-
plano político e social, inclusive sendo-lhes vedado o res portuguesas um acontecimento histórico marcante. É
direito de voto, discriminações que se acentuaram com a fruto da revolução dos cravos que as mulheres vêem
crise económica, a instabilidade política e o levantar reconhecidos os direitos fundamentais, a participação em
cabeça das forças mais reaccionárias. massa no trabalho, na vida politica e sindical, na gestão
A implantação do fascismo em Portugal leva à liqui- das escolas e de cooperativas, no acesso às profissões
dação das liberdades, à repressão contra o movimento e carreiras.
operário e as organizações democráticas, e também à Hoje, após 34 anos de políticas de direita, continuam a
liquidação das principais transformações progressistas existir razões para comemorar esta data. Subsistem dis-
operadas na sociedade e na família. Com a instauração criminações, desigualdades que recaem sobre as mu-
do fascismo, em 1926, perdem-se conquistas e direitos e lheres e novas formas de obscurantismo que é neces-
inicia-se o período mais sombrio da nossa história. A sário denunciar e combater.
repressão, a censura, a perseguição e o assassinato de Com preocupação, verificamos a gravidade das políti-
mulheres pela PIDE, onde o exemplo da Catarina Eu- cas do actual governo geradoras de desemprego mas-
fémia é um dos mais emblemáticos, tornam-se as faces sivo e de aumento da precariedade que todos os dias se
e expressões de uma ditadura impiedosa e cruel. alarga a milhares de famílias. As políticas de direita
atingem particularmente as mulheres, impondo condi-
ções de vida e de trabalho cada vez mais adversas,
O STML irá realizar, como em anos anteriores, limitando o seu estatuto social e participação política.
uma reunião magna de mulheres trabalhadoras da Cem anos depois, o caminho continua a ser de luta!
CML no dia 8 de Março, às 10h00, no Fórum Lisboa,
Pela igualdade.
na Av. de Roma.
Pelo direito ao trabalho com direitos.
Haverá lugar à exibição de um filme alusivo aos Cem
Anos da Proclamação do Dia Internacional da Pelo direito a ser tra ba lhadora e mãe, sem pe na -
Mulher, com ênfase para as várias profissões que as lizações.
mulheres desempenhem na Câmara de Lisboa, a sua Pelo direito a viver a velhice com dignidade.
realidade e os seus problemas específicos. ■ Viva o Dia Internacional da Mulher!
Viva o 8 de Março! ■
8 O TRABALHADO
DIA NACIONAL DA JUVENTUDE
TRABALHADORA
Jornada
de Luta Nacional
Geração com Direitos!
Garantia de Futuro!

O
STML integrará novamente Esta manifestação, que se realiza jovens funcionários públicos são con-
este ano a Manifestação Na- sob o lema "Geração com direitos! frontados com uma nova realidade,
cional da Juventude que, e Garantia de futuro!", quer alertar pa- os mapas de pessoal, que por força
como já se tornou um hábito enraiza- ra os direitos perdidos ao longo dos da sua revisão anual, tornam o con-
do no movimento sindical unitário, anos, desde as grandes conquistas trato de funções públicas num con-
comemora o Dia Nacional da Juven- em termos de legislação laboral, con- trato a prazo anual, e com a chama-
tude (28 de Março) e que este ano te- seguidas com a revolução de Abril, da adaptabilidade que quer apenas
rá lugar no dia 26 de Março em virtu- até à situação que vivemos hoje. dizer flexibilização de horários à von-
de da data comemorativa calhar a Se no sector privado os jovens são tade de quem dirige os serviços.
um domingo. cada vez mais o alvo da precarieda- Para além disto, na CML a preca-
A Interjovem/CGTP espera a de (recibos verdes e contratos a pra- riedade que se considerava resol-
maior manifestação de jovens traba- zo) e da desregulamentação de ho- vida, por via do tribunal arbitral, volta
lhado res de sempre realizada em rários, também no sector público os agora a estar contemplada com 221
Portugal porque, cada vez mais, exis- trabalhadores previstos com contrato
te um maior número de jovens a sen- para funções públicas por tempo de-
tir efectivamente as normas gravosas terminado, na previsão de mapa de
que a legislação laboral veio trazer, pessoal para 2010.
consequência das políticas de direita O STML pedirá dispensa, ao abrigo
seguidas por que tem governado o da lei sindical, para o dia 26 de Mar-
país nos últimos anos, ou seja, PS, ço, para os trabalhadores da CML
PSD com CDS atrelado ou não. até 35 anos de idade, a partir das 13
A política de desenvolvimento eco- horas, para que todos os jovens pos-
nómico implementada pelo governo sam estar na manifestação, que par-
de Sócrates, cuja matriz de baseia, tirá da Praça do Município às 15 ho-
além de outras matérias, nos baixos ras, e juntarem-se ao coro de vozes
salários e na promoção da precarie- que reafirmarão que esta é uma Ge-
dade é cada vez mais sentida pela ração com direitos e para reivindi-
população em geral, e nos jovens em carem uma real garantia de futuro.
particular. É difícil, com estas polí- O presente é de Luta para que o
ticas, ter uma vida pessoal, familiar futuro seja nosso! Junta-te a nós!
ou profissional com a necessária es- Os nossos Direitos defendemo-
tabilidade e dignidade. los, exercendo-os! ■

Visita à Tapada de Mafra


A Área dos Jovens do STML promove uma visita à tocarro disponibilizado pelo STML.
Tapada de Mafra dirigida aos nossos associados jovens A inscrição será limitada a 50 participantes e terá de
trabalhadores da CML, até aos 35 anos de idade, e ser efectuada na sede do STML até ao dia 11 de Mar-
aberta a cônjuges e filhos, com o objectivo de promover ço, mediante o pagamento de 5,00e por participante,
o convívio e a criação de um espírito de grupo. sendo o restante efectuado no dia do passeio.
A visita consiste num itinerário em comboio O preço por adulto é de 11,00e; por crianças (4
articulado com passagem pelos locais de maior aos 10) de 6,00e.
interesse: núcleos museológicos, cercados de O STML comparticipará 50% do bilhete de
ani mais (lobos, veados, gamos, gi netos e entrada do associado(a) com menos de 35
saca-rabos) e demonstração de falcoaria, com anos na Tapada de Mafra. Almoço (à responsa-
duas paragens no total. bilidade de cada participante).
A visita será no dia 21 de Março, com partida às Para qualquer esclarecimento contactar Nuno
08H30, na Gare do Oriente, junto ao AKI, em au- Almeida, para o n.º 916 896 195. ■

HADOR DA CML 9
Reunião com Vereador Sá Fernandes

De Boas Intenções…

O
STML reuniu com o Vereador
Sá Fernandes, no passado dia
1 de Fevereiro, para abordar
questões ur gentes na área da Se -
gurança Higiene e Saúde nos sectores
da Limpeza Urbana, Cemitérios, Jar-
dins, Iluminação Pública e Canil-Gatil.
Algumas questões pontuais, nomea-
damente a falta de ferramentas na
Limpeza Urbana, já tiveram resposta
positiva na prática e junto dos respec-
tivos locais de trabalho, mas nas ques-
tões centrais o Vereador manifestou
total compreensão sobre os problemas
colocados, mas foi adiantando que a
maioria dos casos estão dependentes
de decisão política em agendar algu-
mas dessas intervenções ou que, uni-
camente poderão ser resolvidos, após
a aprovação do Orçamento da CML,
que acontecerá, provavelmente só du-
rante o mês de Abril.
Não nos podemos esquecer, contu-
do, que o Sr. Vereador Sá Fernandes
é também um dos responsáveis po-
líticos desta autarquia.
O STML foi firme na necessidade de
intervenção urgente nos locais de tra-
balho onde a integridade física dos tra-
balhadores está em causa – Postos de
Limpeza de Marvila (risco de derroca-
da), de Alcântara (queda de objectos
da Ponte 25 de Abril), Iluminação Pú-
blica e todo o Complexo de Alcântara).
Apesar das boas intenções mani -
festadas pelo Vereador, o STML e os
trabalhadores sabem que apenas a sua mobilização e graves problemas que afectam largas centenas de tra-
acção podem forçar a que a CML respeite o nosso direito balhadores desta autarquia sejam resolvidos o mais
a trabalhar em Segurança e Dignidade. pronto possível.
Neste sentido, continuaremos a trabalhar para que os A luta continua! ■

Bibliotecas de Bairro inseguras para os funcionários


São constantes as tentativas de agressão de que são que foram ameaçados por frequentadores desta Bi-
alvo os colegas que trabalham em Bibliotecas Munici- blioteca enquanto cumpriam as funções que lhes estão
pais em Bairros da cidade de Lisboa. adstritas. Segundo os funcionários que contactaram o
Os relatos que o STML tem vindo a receber levam- STML, este tipo de situações, repete-se inúmeras
nos a considerar que tem de existir segurança efectiva vezes.
aos funcionários das bibliotecas. Considerando a reincidência neste tipo de situação
No passado dia 12 de Fevereiro foi, mais uma vez, que pode um dia ter um desfecho pior, o STML tenciona
chamada a PSP à Biblioteca do Bairro Padre Cruz para questionar a Vereadora do Pelouro da Cultura sobre
acompanhar os funcionários aos seus veículos e trans- medidas urgentes a adoptar para colocar um fim a este
portes públicos no fim de um dia de trabalho, uma vez tipo de situações. ■

10 O TRABALHADOR DA CML
Semana de Luta
descentralizada da CGTP-IN
O STML integrado na acção descentralizada de luta
da CGTP-IN - União dos Sindicatos de Lisboa,
desenvolveu, na semana de 22 a 26 de Fevereiro,
várias acções em torno de questões concretas que
necessitam de uma resposta urgente por parte do
actual executivo camarário.

RIP - Subsídio Exclusão dos Trabalhadores do Ex-Quadro


de Insalubridade, Privado e trabalhadores com pena disciplinar
Penosidade e Risco no âmbito do SIADAP
Concretamente, exigimos ao exe- No âmbito do SIADAP e do pro- ca, que a CML, se assim o enten-
cu tivo chefiado pelo Sr. António cesso concluído pela CML em De- der, pode efectivar.
Costa a actualização do Subsídio zembro último, tal como o STML Nesta linha, o STML exigiu com a
de In sa lu bri dade, Penosidade e denunciou na altura, continuamos a mesma firmeza, que da opção ges-
Risco (RIP), situação que se arrasta exigir que os trabalhadores excluí- tionária aprovada pela CML em 23
desde 2002 e que continua por re- dos deste procedimento, nomeada- de Dezembro do ano passado, seja
solver apesar das inúmeras acções mente, os trabalhadores do ex- retirado o ponto que excluiu os tra-
e protestos desta estrutura sindical Quadro Privado, os mesmos que balhadores com penas disciplina-
e dos trabalhadores que são direc- es tive ram, na sua esmagadora res. Somos da opinião que se os
tamente afectados por este pro - maioria, anos a fio a recibos verdes, trabalhadores abrangidos por esta
blema. a desempenhar tarefas imprescin- medida, já cumpriram a pena relati-
Neste sentido, realizou-se no dia díveis e permanentes de serviço, va aos processos disciplinares que
23 de Fevereiro, nos Paços do com horário de trabalho definido e lhes foram aplicados, não podem
Concelho, um plenário geral para com sujeição hierárquica, lhes seja, ser agora duplamente penalizados
os trabalhadores da limpeza urbana efectivamente, contado o tempo de por um erro que cometeram no pas-
do período nocturno. serviço de forma a terem direito à sado e pelo qual já tiveram o devido
No dia 24 de Fevereiro, no perío- justa e merecida progressão na car- castigo. O SIADAP já é um sistema
do da manhã, igualmente nos Pa- reira, com a consequente valoriza- pe nalizador para a esmagadora
ços do Concelho, efectuou-se um ção salarial. maioria dos trabalhadores, não po-
plenário para TODOS os trabalha- Foi com esta reivindicação pre- dem estes, fruto de estratagemas
dores que recebem este subsídio. sente, que se realizou no dia 24 de do poder político da CML, serem
Tentámos desta forma pressionar Fevereiro, no período da tarde, uma ainda mais prejudicados.
o executivo da Câmara Municipal concentração nos Paços do Con- É por estas razões que exigimos
de Lisboa na resolução de um dos celho. a retirada deste ponto, infelizmente
problemas que há mais tempo se Não podemos aceitar que o introduzido e os trabalhadores ex-
arrasta e que, relembramos, o pre- actual executivo promova soluções cluídos, vejam a sua situação regu-
sidente desta edilidade prometeu em que a situação de desigualdade larizada de forma justa. Conjunta-
resolver na reunião efectuada em entre trabalhadores do município mente, pers pectivamos desde já
Novembro do ano passado com o seja uma realidade. Exigimos, os salvaguardar os trabalhadores de
STML. trabalhadores e o seu sindicato, o futuras opções gestionárias que
Sabemos que só lutando os nos- STML, uma opção gestionária sem sejam aprovadas no âmbito do
sos problemas se resolvem. ■ discriminações, justa e democráti- SIADAP. ■

As reivindicações em torno do trabalho com direitos,


salários dignos, no combate efectivo à precariedade e ao
desemprego, pela defesa do aparelho produtivo nacio-
nal, foram alguns dos problemas denunciados perante a
tutela do Ministério.
Por políticas económicas, sociais, culturais e desporti-
No término desta semana de luta e dando corpo às
vas que sustentem um verdadeiro progresso do nosso
acções descentralizadas da CGTP-IN, a União dos Sin- país, pela defesa dos direitos e interesses dos trabalha-
dicatos de Lisboa realizou uma acção de protesto em dores e do Povo Português, a União dos Sindicatos de
frente ao Ministério do Trabalho e da Segurança Social, Lisboa - CGTP-IN, os sindicatos da CGTP-IN e em par-
no dia 25 de Fevereiro. Nesta jornada de luta, a mobili- ticular, o STML, continuarão a lutar até que o rumo que
zação e participação da estrutura sindical do STML, diri- nos impõem há mais de três décadas seja invertido.
gentes e delegados foi um objectivo conseguido. A luta é o único caminho! ■
O TRABALHADOR DA CML 11
RSB
CML reconhece credibilidade
nas posições do STML
O
STML e o seu Departamento de Bombeiros, tem
sido um parceiro privilegiado nas negociações
com a CML. A credibilidade nas posições assumi-
das e a fundamentação das propostas apresentadas
têm-se demonstrado determinantes neste relaciona -
mento.
Com esta postura, que continuaremos a manter, quem
ganha são os trabalhadores Bombeiros.
No último ano, vários foram os direitos conquistados
em prol dos bombeiros. Resolvemos os processos de
aposentação indeferidos pela C.G.A., negociamos com
êxito as progressões (ESCALÕES) pagas com retroac-
tividade a Janeiro de 2009, conseguimos a aplicação do
descanso compensatório com garantia de retroactivos
a Janeiro de 2009 e, conseguimos ainda a abertura de
um concurso para ingresso de 160 efectivos no RSB.
Agora, está consagrado mais um direito. O Departa-
mento de Bombeiros do STML exigiu o pagamento dos
serviços efectuados em dias feriados conforme enten-
dimento da legislação em vigor. A CML, fundamentada
nos pareceres dos seus juristas, reconheceu credibilida-
de às posições do STML. O processo recebeu parecer STML, ou seja, a manutenção das percentagens de 25%.
favorável, o comando já tem conhecimento e os serviços Abordamos, também, a situação dos acidentados em
terão que lançar nas notas de ocorrência. Foi dado mais serviço e doenças profissionais .
um passo positivo mas, recordamos, está ainda em falta Ficou ainda acordado que, assim que existirem novi-
a retroactividade desta medida. dades em matéria de propostas, elas serão remetidas ao
sindicato para parecer e posterior agendamento de
reunião. ■
AS NOSSAS LUTAS NÃO TERMINAM AQUI!

Vamos negociar a proposta da CML para o quadro de


pessoal RSB, vamos exigir o pagamento do trabalho
extraordinário aos acidentados em serviço (suplemento Dia 4 de Março
de carácter permanente), vamos exigir a reposição do
título de transporte e vamos defender a aplicação das
tolerâncias de ponto aos trabalhadores bombeiros que A LUTA TAMBÉM
efectuem serviço no período das 24 horas em que a
mesma é concedida. É DOS BOMBEIROS
Mais uma vez se prova que o STML é o único sin-
dicato a defender os Bombeiros. A Frente Comum dos Sindicatos da Administração
Pública, afecta à CGTP, convocou uma greve nacional
para o próximo dia 4 de Março. Os trabalhadores da
STML REUNIU
Administração Pública vão continuar a luta contra as
COM O SECRETÁRIO DE ESTADO políticas deste Governo que nos quer impor o conge-
lamento dos salários, manter o sistema de quotas na
O Departamento de Bombeiros do STML reuniu, no dia avaliação e retirar mais direitos na aposentação.
20 de Fevereiro, com o Senhor Vasco Franco, secretário Porque também somos trabalhadores da Administra-
de Estado da Protecção Civil. ção Pública, porque ainda não vimos a nossa carreira
Nesta reunião foi entregue o nosso projecto de regime negociada, porque temos bombeiros que, com este
jurídico da carreira de bombeiros profissionais. SIADAP, estão impedidos de ascender ao último es-
Foram abordadas, também, algumas matérias como a calão, porque estamos a ver as nossas expectativas
percentagem de bonificação de tempo para efeitos de
reforma, o qual nos adiantou que iria regulamentar o para a apo sentação a desmoronarem-se, dia 4 de
Decreto Lei n.º 241/2007. Igual entendimento teve o Março, vamos todos fazer greve! ■

12 O TRABALHADOR DA CML
Cemitérios de Lisboa
Um trabalho árduo e penoso!
F
oi entregue, pelo STML, ao Sr. prestar um serviço público de quali-
presidente da Câmara Munici- dade e sem sobrecarga de trabalho
pal de Lisboa um abaixo-as- para aqueles que nele permanecem.
sinado, com 85 assinaturas de pes- A realidade que hoje se verifica nos
soal a desempenhar as denomina- cemitérios de Lisboa é o resultado
das funções de campo nos 7 cemité- das políticas que o PS e PSD-CDS
rios de Lisboa, ou seja, de trabalha- tem desenvolvido na autarquia ao
dores coveiros da autarquia. Neste longo dos últimos anos. O desinvesti-
abaixo-assinado exige-se a rápida mento nos meios humanos e técnicos
intervenção do actual executivo ca- é prática habitual, para mais tarde
marário para que se proceda à aber- justificar a entrega ao sector privado
tura de procedimento concursal de dos serviços públicos municipais.
ingresso para esta categoria. Exemplo paradigmático do que
Os trabalhadores e o STML afir- afirmamos: nos cemitérios é habi- fruto deste trabalho árduo e penoso.
mam que existe um claro desfasa- tual ver homens de 50 e 60 anos a É realmente revoltante, inominá-
mento entre as necessidades de ser- ele var caixões - urnas de jazigos vel, o que verificamos nos cemité-
subterrâneos, alguns com 20 mt. de rios de Lisboa!
viço e o quadro de pessoal existente,
profundidade, na maior parte das O reforço de trabalhadores covei-
facto agora confirmado com a apre-
vezes com envolvimentos de zinco
sentação do projecto de mapa de ros, para os cemitérios de Lisboa é
ou chumbo, que faz com que esses
pessoal apresentado ao STML para uma exigência que deve merecer a
caixões - urnas possam pesar até
emissão de parecer e que contempla atenção pronta e urgente do actual
250 quilos ou mais. Estes homens já
24 vagas para esta categoria. desenvolvem este tipo de trabalho executivo da CML.
O STML subscreve a pretensão há 30, 35 ou 40 anos! Todos, têm de O STML trabalhará, sempre com
dos trabalhadores deste grupo pro- alguma forma, problemas físicos os trabalhadores deste sector profis-
fissional, porque só com o número sional, até à resolução efectiva des-
total de funcionários previstos para te grave problema. A nossa indigna-
estes locais de trabalho, mas actual-
Urgente reforçar ção é proporcional à falta de vergo-
mente não correspondendo a postos o número nha dos actuais governantes desta
de trabalho efectivos, será possível de trabalhadores! autarquia. ■

lhadores, concretamente, com o projecto de obras que


se prevê efectuar. É obrigatório, na opinião do STML e
dos trabalhadores, existir uma separação física real entre
os balneários e refeitório o local de acolhimento dos ani-
mais. A situação actual que hoje infelizmente se verifica,
é a existência de uma parede, de fraca resistência entre
um espaço e outro. O respeito pelos direitos e pela digni-
dade dos trabalhadores deve ser uma questão prioritária!
O actual executivo tem, tristemente, demonstrado o con-
trário.
Desde da mudança de instalações do Campo Grande
para o Monsanto, que estes trabalhadores e o STML têm
Canil-Gatil Municipal reclamado o imprescindível distanciamento entre o espa-
ço dos homens e mulheres que aqui laboram e o espaço
Trabalhadores têm sido destinado aos animais.
No âmbito do orçamento participativo, ideia e iniciativa
menosprezados do executivo chefiado pelo presidente António Costa, o
Canil-Gatil Municipal ficou contemplado com verbas ex-
pelo executivo da CML! traordinárias destinadas à melhoria destas instalações.
Neste sentido, o STML e os trabalhadores esperam

R
ealizou-se um plenário nas instalações do Canil- que, desta vez, as obras que se irão realizar tenham em
Gatil Municipal, no dia 4 de Fevereiro, onde se consideração não só, as condições de alojamento dos
dis cutiram os principais problemas que preo - animais, mas igualmente, as condições de saúde, higie-
cupam os trabalhadores desta instalação municipal. ne e segurança dos próprios trabalhadores.
O plenário concluiu com a aprovação de uma moção, No plenário efectuado, foram discutidos outros proble-
cujo principal objectivo é a exigência aos responsáveis mas, sobre os quais esperamos dar uma resposta aos
da Autarquia da necessidade de respeitarem a dignidade trabalhadores, após a reunião que iremos realizar com o
e as condições de saúde, higiene e segurança dos traba- Sr. Director Municipal da DMAU. ■
O TRABALHADOR DA CML 13
Espaço dos Reformados

O ataque aos trabalhadores


com especial incidência nos da
Função Pública, não pára!
V
iolando o princípio da segu-
rança jurídica – o que é acor-
dado hoje é posto em causa
no ano seguinte – o Governo prepa-
ra-se para alterar novamente o Es-
ta tuto da Aposen tação, criando
grande instabilidade e insegurança
na Administração Pública. Vejamos:
● Em 2005 foi a Lei n.º 60 em
que o trabalhador, para ter direito à
aposentação, viu aumentados em 4
anos o tempo de serviço e em 5 a
idade, além de se ter modificado
igualmente a fórmula de cálculo,
reduzindo na prática o seu valor.
● Em 2007 a Lei n.º 52 introduziu
o chamado "factor de sustentabili-
dade", que mais não é, do que um lário recebido à data da aposenta- cipada, a redução de 4,5% por
instrumento para reduzir, ainda cada ano de idade a menos (que
ção;
mais, o valor das pensões. deveria vigorar até 31/12/2014)
● Em 2008 a Lei n.º 11 alterou as 2. na bonificação concedida aos
passa para 6%, ou seja, mais 1,5%
condições da aposentação anteci- trabalhadores com carreiras
de penalização.
pada. longas, só contam os anos de
Para além do congelamento dos
Passado pouco mais de um ano, descontos a mais que o
salários dos trabalhadores no activo,
aí estão mais três alterações: trabalhador tivesse quando tinha Sócrates assegura também a redu-
1. para a fórmula de cálculo, a 55 anos de idade; ção drástica nas pensões dos futu-
pensão deixa de se reportar ao sa- 3. no valor da aposentação ante- ros aposentados! ■

A vida de “João Semedo”


continua num contentor
J
á vem sendo um "triste" hábito É um facto que a Câmara apro- Câmara Municipal de Lisboa, que
encontrar nestas páginas umas vou um novo regulamento de atri- agora o obriga a ir para uma fila pa-
linhas sobre a situação em que buição de fogos municipais para pôr ra voltar a ter a dignidade perdida.
se encontra o nosso colega João um travão à dádiva, muitas vezes, Se nos lembrarmos dos mean -
Semedo. pouco clara (ou clara de mais) de dros desta história, lembramos-nos
Os poucos desenvolvimentos que casas da autarquia. Ora conside- que tentámos (STML) falar (sem su-
sofreu o processo de devolução de rando este novo regulamento, o co- cesso) com a Vereadora Ana Sara
uma digna condição humana a este lega "João Semedo" que há mais Brito (ainda terá a casa da CML?),
nosso colega, que há mais de seis de quinze anos habitava a casa de quando este regulamento ainda não
meses reside num contentor, numa guarda desta escola, terá de se tinha entrado em vigor. Agora, com
escola detida pela Câmara de Lis- candidatar a uma casa, como faz o regulamento de atribuição de ca-
boa, depois de lhe terem demolido qualquer ou tra pessoa que com - sas em vigor, o que vai a Câmara
a casa de função de guarda desta, provadamente o mereça. Mu ni ci pal de Lisboa fazer com a
esbarram no novo regulamento de O que difere na situação deste vida do nosso colega?
atribuição de casas da Câmara Mu- nosso colega é que quem lhe de- O STML estará sempre ao lado
nicipal de Lisboa. moliu a casa onde vivia foi a própria do colega "João Semedo". ■

14 O TRABALHADOR DA CML
Entretenimento proporcionado
pela Câmara Municipal de Lisboa
É
curioso verificar que até ao nível ceira (como o país), porque é que a
do entretenimento, as gestões Câmara vai pagar à "Red Bull",
au tárquicas do PS são si - quando incita os seus funcionários
milares às do PSD. que produzem iniciativas de índole
Atentemos no tão propalado "Red social, desportiva e cultural (logo,
Bull Air Race". Trata-se de um even- úteis aos munícipes!) a procurarem
to que proporciona "torcicolos" à au- patrocínios?
diência e que nada de positivo trás à O que é que a Renault deu à ci-
vida dos munícipes das cidades que dade, quando um Fórmula 1 passou
recebem o evento. No en tanto, é uma tardinha a poluir e a conges-
sem dúvida alguma, uma iniciativa tionar a Avenida da Liberdade? O
cara aos cofres dos municípios que que ganharam os lisboetas com is-
ambicionam tal evento, que de des- so? (Esperamos que os radares te-
portivo nada tem. nham funcionado nesse dia!!!)
Tem sido pitoresco verificar a luta Há muita coisa errada na gestão
que António Costa tem travado para da edilidade lisboeta! Estes eventos,
trazer tal iniciativa para Lisboa (reti- por exemplo, envolvem inúmeros
rando-a ao Porto e Gaia). Seria er- trabalhadores da autarquia, que sa-
rado falar unicamente em Lisboa. Afi- bem o custo do seu trabalho, que sa-
nal, os velozes "teco-tecos" dão a vol- bem os valores que a Câmara des-
ta no Bugio e assim, cola-se Oeiras à pende para colar o seu nome a estas
organização do evento (de Isaltino actividades dispendiosas a troco do
que já não é do PSD!!!), o que chateia aperto dos seus cintos!
ainda mais o PSD!!!
Não será já tempo do Sr. António
Ao nível da edilidade de Lisboa,
Costa distinguir o que é supérfluo do
que tanta dificuldade de ordem fi-
que é necessário?
nanceira possui, parece estranho,
Um coisa é certa; a RedBull e as
tanto interesse em trazer para a ca-
pital, mais um evento que não me- empresas que estão por de trás des-
lhora a vida de quem mora ou traba- te evento, encontraram no Sr. presi-
lha na cidade. É de facto estranho! dente da Câmara Municipal de Lis-
É tão estranho como o anunciar de boa um seu intransigente defensor.
mais um artista para o "Rock in Rio – As contrapartidas para o Município
Lisboa", quando os moradores de são irrisórias e os ganhos para as
Marvila e das Olaias, gostavam de ver empresas promotoras do evento cal-
construída a "prometida" ponte pedo- Se o retorno que a organização do culam-se em milhões de euros! Se o
nal entre estes dois pontos da cidade "Rock in Rio" oferecia à cidade (na presidente da CML defendesse da
e que foi tão "badalada" pelo Verea- última edição), era a construção de mesma forma obstinada os lisboe-
dor Sá Fernandes, na última edição uma ponte pedonal, porque é que tas, a cidade de Lisboa e os próprios
do evento, que dura seis dias e veda esta ainda não está feita, nem inicia- trabalhadores desta autarquia, está-
um parque às pessoas da cidade, o da (será culpa da Câmara)? vamos todos, sem dúvida, muito me-
ano inteiro. É tudo muito estranho! Se a Câmara está em crise finan- lhor. Infelizmente, não é caso... ■

Casa onde não há toner...


Os trabalhadores do município de Lisboa têm central telefónica com poucos e subcarregados
revelado ao STML, a manifesta falta de meios para funcionários que, por exemplo, no Edifício do Campo
desenvolverem o seu trabalho. Grande, efectuam todas as chamadas necessárias para
Impressoras e máquinas de fotocopiar, estão há muito telemóveis (todas, menos as chamadas efectuadas por
tempo paradas por falta de toner ou manutenção, uma Chefes e Directores).
vez que, há Departamentos e Divisões do município de Num momento, em que os trabalhadores da Câmara
Lisboa que não têm dinheiro para resolver esses Municipal de Lisboa, são alvo de um mau e injusto
problemas. sistema de avaliação, vêem ainda a própria entidade
Há cada vez mais meios informáticos obsoletos e a empregadora a dificultar o seu trabalho.
gestão da autarquia insiste na "moralização" das É tempo de mudar estas situações injustas! O STML
comunicações telefónicas móveis, através de uma está atento e reivindicativo! ■

O TRABALHADOR DA CML 15
Breves
Pic-nic STML 2010 em Constância
O STML realizará, como ha bi -
tualmente, o já tradicional pic-nic,
no dia 16 de Maio.
Contudo, este ano teremos uma
inovação! Será fora de Lisboa! Ire-
mos até Constância (Vila Poema),
num passeio que esperamos que
agrade a todos que nele partici -
pem.
Brevemente serão anunciados
(internet, comunicado, jornal, etc.)
os moldes em que se concretizará
esta iniciativa do STML. ■

Recolhas de sangue
NÚCLEO DE DADORES DE SANGUE DO STML

O Núcleo de Dadores de Sangue do STML em bem estar de todos.


parceria com o Instituto Português de Sangue, Ninguém sabe se não será o próximo a neces-
dando continuidade ao trabalho realizado pela sitar dele, ou algum seu familiar. Por esta razão
Direcção vai novamente realizar uma recolha de devemos todos contribuir.
sangue, na sua sede, no dia 23 de Abril de 2010, Uma vez mais apelamos a todos os sócios para
das 9H30 às 12H30. que de, forma voluntária e benevolente, efectuem
Nunca é de mais relembrar que o sangue es- a sua dádiva.
casseia cada vez mais nos nossos hospitais,
sendo a dádiva uma forma de contribuir para o DAR SANGUE É DAR VIDA! ■

Protocolos do STML - 2009


● ISLA – Instituto Superior de Línguas e Administração - Instituto Superior D. Dinis
● ISG – Instituto Superior de Gestão - Instituto Superior Manuel Teixeira Gomes
● Universidade Internacional
- Escola Superior de Educação Almeida Garrett
● Lancaster College
● IPES – Instituto Português de Estudos Superiores
● Universidade Lusíada
● IESC – Instituto de Estudos Superiores de
● Universidade Autónoma
Contabilidade ● Viaggiatore – Companhia de Lazer e Turismo
● Escola Superior de Educação João de Deus ● Campiférias – Centro de Férias e Turismo
● ISTEC – Instituto Superior de Tecnologias Avançadas ● Millenium BCP
● COFAC – Universidade Lusófona Lisboa/Porto ● ENAL – Escola Nacional de Automobilismo
- Instituto Superior de Humanidade e Tecnologias de ● Mind – Project – Psicologia, Psicoterapia e Medicina
Lisboa ● Sagres – Companhia de Seguros
- Instituto Superior Politécnico do Oeste ● Aldeamento Turístico de Palmela ■

16 ■ O TRABALHADOR DA CML

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