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Curso De Psicanálise
Curso De Psicanálise
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Curso De Psicanálise

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Freud afirmava que a família constitui uma restauração da antiga ordem primeva e devolve aos pais uma grande parte de seus antigos direitos. Pretendemos contribuir com o aluno o conhecimento e a construção de um vocabulário mínimo e comum a partir da teorização de conceitos técnicos. Abordaremos além de Freud, outros importantes autores como Melaine Klein, que trabalhou a família através das vivências edípicas dos primeiros meses de vida, focalizando as relações do sujeito com a mãe, como objeto parcial, demonstrando que a função paterna está presente desde os primeiros meses na relação mãe-filho, e também Lacan, que por outro lado, vê que a família desempenha um papel primordial na transmissão da cultura, prevalecendo na primeira educação. Lacan mostra a família organizada, segundo imagos paternas e maternas, reconhecendo que esta é responsável pela promoção do processo de humanização do indivíduo, pela criação da subjetividade. Traremos a construção do saber focada no indivíduo e sua subjetividade dentro do contexto familiar e a partir deste para construir o bem estar do sujeito e se possível, a sua cura. Através da e utilização da teoria e técnica psicanalítica e uma linguagem em interface com diversos discursos e outras abordagens como a psicologia clássica e a médica a fim de compreender o ser em suas dimensões biológica, psíquica, social e espiritual, uma vez que essa influência familiar não se finda com o passar do tempo.
LanguagePortuguês
Release dateMar 20, 2022
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    Curso De Psicanálise - Djanira Soares, Roberto Clementino

    MÓDULO 1

    ESTRUTURA FAMILIAR

    Este material foi elaborado a partir de pesquisas em livros, periódicos eletrônicos de psicanálise e psicologia, sites, blogs especializados e bibliotecas eletrônicas como Scielo, Google Acadêmico, Pepsic e Science-Research. O objetivo deste material é informar, despertar o interesse dos alunos e divulgar os textos, autores e a bibliografia necessária para que estes aprofundem seus estudos e pesquisas em cada tema apresentado ao longo do curso.

    O estudo da teoria e técnica psicanalítica é extenso, portanto, longe de pretender substituir a leitura dos originais, convidamos cada um a debruçar-se sobre eles, construindo, assim, o seu próprio saber.

    É proibida a reprodução parcial ou total do

    conteúdo desta pesquisa, por qualquer meio de

    impressão, em forma idêntica, resumida ou modificada, em língua portuguesa ou qualquer outro idioma sem a autorização do Instituto Cuidar.

    Copyright © 2022: Módulo 1: Estrutura Familiar Todos os direitos reservados pelos autores:

    Djanira Soaes e Roberto Clementino

    Título do original: Curso de Formação em Psicanálise

    – Módulo 1 — Estrutura Familiar

    3ª Edição: Março/ 2022

    Editoração e Diagramação:

    Fernando Casati

    dropflowerterapia@gmail.com

    A reprodução total ou parcial desta publicação literária seja por qual meio for sem a permissão escrita ou autorização do autor ou por citação desta obra, expressa nos moldes da lei é ilegal e configura apropriação indébita de Direitos Intelectuais e Patrimoniais (Artigo 184

    do Código Penal – Lei nº. 9.610 de 19 de fevereiro de 1.998). As ideias, a revisão ortográfica, os comentários e os conteúdos expressos neste livro são de total e exclusiva responsabilidade de seus autores.

    CLEMENTINO. Roberto; SOARES. Djanira

    Curso de Psicanálise – Módulo 1. Estrutura Familiar – 2ª Edição – São Paulo – SP: Edição dos Autores. 2021.

    – Psicanálise – Psicanálise – Estrutura Familiar

    IMAGENS

    Figura 1 Pirâmide Maslow

    60

    Figura 2 Breuer, Ana O e Freud

    95

    SUMÁRIO

    ESTRUTURA E DINÂMICA FAMILIAR

    14

    01

    O PSICANALISTA

    16

    1.1

    O que é psicanálise

    17

    1.2

    Funções do psicanalista

    19

    1.3

    Por que há tanta conversa?

    20

    1.4

    Quais são as abordagens utilizadas nas sessões? 21

    1.5

    O que o psicanalista pode tratar?

    23

    1.6

    Qual é a formação do psicanalista?

    24

    1.7

    Quando procurar um psicanalista?

    25

    1.8

    Psicanálise, psicoterapia, psiquiatria...

    25

    02

    A PSICANÁLISE ENTRE O SENSO COMUM, A 27

    IDEOLOGIA E A CIÊNCIA

    2.1

    A psicanálise enquanto senso comum

    28

    2.2

    A psicanálise enquanto ideologia

    34

    2.3

    A psicanálise enquanto ciência

    39

    03

    INSTINTOS HUMANOS

    47

    3.1

    Instintos Humanos

    48

    3.2

    Qual o conceito geral sobre instintos

    54

    3.3

    O que são instintos para Freud?

    55

    3.4

    Instintos Descontrolados

    56

    3.5

    Necessidades Humanas Básicas

    56

    3.6

    Teoria de Maslow

    58

    3.6.1 Etapas da Hierarquia de Necessidades de Maslow 59

    3.6.2 Importância e Usos da Pirâmide de Maslow 63

    3.6.3 Uso da Pirâmide de Maslow no processo 65

    terapêutico

    04

    PULSÕES

    66

    4.1

    Pulsão de vida

    68

    4.2

    Pulsão de morte

    69

    4.3

    A pressão (drang)

    72

    4.4

    A Finalidade ou Objetivo (ziel)

    72

    4.5

    O Objeto (objekt)

    73

    4.6

    A Fonte (quelle)

    73

    4.7

    Economia das Pulsões

    74

    4.8

    Equilíbrio e sobreposição

    76

    05

    PSICANÁLISE – UM NOVO PARADIGMA 78

    PROPOSTO POR SIGMUND FREUD

    5.1

    O inconsciente freudiano

    80

    5.2

    Um novo enigma exigia entendimento

    83

    5.3

    Comando parcial dos pensamentos

    86

    5.4

    Significado dos sonhos

    88

    5.5

    Prazer e desprazer

    91

    5.6

    Auto-análise

    93

    5.7

    O CASO ANNA O

    95

    5.7.1 Comunicação preliminar – Um capítulo escrito a 103

    quatro mãos

    5.7.2 O tratamento de Anna O.

    110

    5.7.3 Resumindo

    125

    06

    RELACIONAMENTOS AMOROSOS

    127

    6.1

    Desenvolvendo o Processo de Escolha do 130

    Parceiro Amoroso

    6.2

    A Identificação

    137

    6.3

    Complexo de Édipo

    144

    6.4

    A Identificação no Complexo de Édipo

    147

    07

    A FAMÍLIA NA TEORIA PSICANALÍTICA

    153

    08

    A

    FUNÇÃO

    MATERNA

    E

    O 172

    DESENVOLVIMENTO INFANTIL

    O

    COMPLEXO

    FRATERNO:

    REFLEXÕES

    09

    ACERCA DO CIÚME E DA INVEJA ENTRE 190

    IRMÃOS

    9.1

    Introdução e contextualização

    191

    9.2

    O complexo fraterno: o rival e o intruso

    194

    9.3

    CONCLUSÕES

    210

    10

    ADOLESCÊNCIA E PSICANÁLISE

    213

    10.1

    Adolescência como tempo do sujeito

    216

    10.2

    Declínio social da função paterna

    217

    10.3

    O termo adolescência e o reconhecimento dessa 226

    passagem pela cultura

    10.4

    Infância e adolescência na visão da psicanálise

    229

    11

    DEUS E PSICANÁLISE

    236

    11.1

    Freud e Religião

    238

    11.2

    Psicanálise e Religião

    241

    11.3

    Considerações finais

    247

    12

    GANHO SECUNDÁRIO

    249

    13

    COMPULSÃO À REPETIÇÃO

    256

    13.1

    A análise no compo transferencial

    258

    13.2

    A compulsão à repetição é a busca de uma 259

    satisfação que ficou em suspenso

    14

    NARCISISMO PRIMÁRIO E SECUNDÁRIO

    262

    14.1

    Narcisimo Primário

    263

    14.2

    Narcisimos Secundário

    264

    14.3

    O Ideal de Ego

    265

    14.4

    Escolha Objetal Narcísica

    266

    14.5

    O Narcisismo e a Teoria do Eu (Ego)

    267

    14.6

    Funcionamento

    Narcisista:

    Características 268

    Clínicas

    15

    LUTO E MELANCOLIA

    270

    15.1

    Luto

    271

    15.2

    Melancolia

    273

    16

    INTRODUÇÃO À TEORIA DE WINNICOTT

    277

    16.1

    Holding

    282

    16.2

    Self Verdadeiro e Falso Self

    283

    16.3

    Objeto Transicional

    285

    16.4

    Desenvolvimento Psíquico

    288

    16.5

    Integração e Personalisação

    288

    16.6

    Adaptação à Realidade

    290

    16.7

    Crueldade Primitiva (fase de pré-inquietude)

    293

    REFERÊNCIAS

    295

    ESTRUTURA E DINÂMICA FAMILIAR

    Neste semestre, através do estudo da história e da introdução de alguns dos conceitos fundamentais para construção do ser, abordaremos a família – estrutura e dinâmica familiar, pois está sempre foi objeto de estudo na psicanálise.

    Freud afirmava que a família constitui uma

    restauração da antiga ordem primeva e devolve aos pais uma grande parte de seus antigos direitos. Pretendemos contribuir com o aluno o conhecimento e a construção de um vocabulário mínimo e comum a partir da teorização de conceitos técnicos.

    Abordaremos além de Freud, outros importantes

    autores como Melaine Klein, que trabalhou a família através das vivências edípicas dos primeiros meses de vida, focalizando as relações do sujeito com a mãe, como objeto parcial, demonstrando que a função paterna está presente desde os primeiros meses na relação mãe-filho, e também Lacan, que por outro lado, vê que a família desempenha um papel primordial na transmissão da cultura, prevalecendo na primeira educação.

    14

    Lacan mostra a família organizada, segundo imagos paternas e maternas, reconhecendo que esta é responsável pela promoção do processo de humanização do indivíduo, pela criação da subjetividade. Traremos a construção do saber focada no indivíduo e sua subjetividade dentro do contexto familiar e a partir deste para construir o bem estar do sujeito e se possível, a sua cura.

    Através da e utilização da teoria e técnica

    psicanalítica e uma linguagem em interface com diversos discursos e outras abordagens como a psicologia clássica e a médica a fim de compreender o ser em suas dimensões biológica, psíquica, social e espiritual, uma vez que essa influência familiar não se finda com o passar do tempo.

    Você pode ter qualquer idade, mas quem você chama de família, seja pelo sangue ou por afinidade, te influência!

    Afinal de contas, somos crianças brincando de ser

    adultos!

    Talvez a força da influência seja diferente, mas o contexto em que nos inserimos induz nossa psique a se adaptar.

    15

    01 - O PSICANALISTA

    Um fotógrafo com uma boa técnica,

    uma boa câmera

    e uma boa lente

    pode registrar pérolas de beleza estética.

    Porém mais lindo e emocionante

    é quando consegue capturar a doçura de

    uma alma...

    Joezinho Gomes

    16

    Você sabe o que faz um psicanalista? Sabe aquela cena de uma pessoa deitada em um sofá conversando com um profissional sentado em uma cadeira próxima a sua cabeça em filmes e séries? É assim que funcionam as sessões de psicanálise, mas poucas pessoas sabem disso.

    O primeiro instinto ao ver esta representação é pensar em um psicólogo.

    Bem como o psicólogo e psiquiatra, este profissional

    cuida da saúde mental dos pacientes. Existe grande confusão, no entanto, em relação ao papel desempenhado por ele especificamente.

    Ao ouvir a palavra ‘psicanálise’ muitos logo pensam em Freud, mas não sabem quais são os passos para seguir esta área profissionalmente nem as suas características.

    1.1 O que é psicanálise?

    A psicanálise foi desenvolvida por Sigmund Freud

    no século XIX. Foi criada justamente porque nem todos os pacientes respondiam aos métodos de tratamento da

    saúde mental existente na época.

    O conceito principal é o desvendar do inconsciente, o 17

    qual Freud acreditava controlar o indivíduo. Logo, manifestações do conteúdo armazenado no inconsciente seriam as causas dos problemas que afligem as pessoas.

    Muitos

    dos

    estudos

    de

    Freud

    remetiam

    a

    acontecimentos da infância. Eles seriam os responsáveis por nossas atitudes incomuns. Outros fatores também influenciam nosso comportamento, como lembranças, desejos reprimidos e impulsos. Como permanecem no inconsciente, somos incapazes de ter uma compreensão completa deles.

    A partir daí surge o sofrimento e a necessidade de buscar respostas para se autoconhecer. Pode-se dizer que este método de terapia busca desvendar os mistérios intrínsecos de nosso ser.

    O psicanalista, então, tem como principal função nos

    ajudar a superar traumas, preocupações, medos e dores

    emocionais conforme a análise do inconsciente.

    Já um psicólogo aplica métodos para ajudar o paciente a quebrar ciclos de condutas prejudiciais através da construção de hábitos saudáveis. O trabalho é feito com muita repetição e tentativa e erro até o paciente encontrar a melhor maneira de substituir hábitos desfavoráveis por hábitos mais úteis.

    18

    1.2 Funções do psicanalista

    Embora a análise seja parecida com a feita na psicologia, na psicanálise o processo é mais longo. O

    profissional investiga a mente do paciente à procura de possíveis memórias e sentimentos reprimidos. Um padrão

    de comportamento negativo pode estar associado a um evento esquecido, por isso, é neces- sário descobrir o que realmente se passou.

    As sessões são geralmente de 50 minutos, uma vez por semana. Durante este tempo, o paciente fala sobre as suas tormentas enquanto o psicanalista toma nota de padrões em seu discurso, linguagem não verbal,

    esquecimentos e tópicos que despertam desconforto.

    Para garantir que o profissional aprofunde-se no inconsciente do paciente, os encontros não devem possuir maior intervalo entre si. As conexões entre a mente consciente e inconsciente do paciente, neste curto período de separação, continuam frescas para as próximas sessões.

    Além disso, o paciente pode falar sobre acontecimentos mais

    recentes

    do

    cotidiano,

    possibilitando

    um

    acompanhamento mais vigoroso.

    Durante a consulta, o profissional faz uma série de 19

    questionamentos

    para

    encorajar o paciente

    a ter

    consciência de seus sentimentos e compreender ações comandadas pelo inconsciente. Ao longo dos encontros, ele desenvolve a autopercepção, sendo capaz de perceber seus processos mentais com mais clareza.

    Não apenas situações, mas relacionamentos também

    possuem grande impacto em nossa percepção de vida e

    personalidade.

    Podemos carregar sequelas de uma relação

    prejudicial

    do

    passado

    e,

    assim,

    sabotar

    nossos

    relacionamentos atuais. Esta pode envolver pais, parentes, amigos, professores e diversas dinâmicas sociais, não apenas parceiros românticos.

    No fim do tratamento, o paciente deve ser capaz de lidar com acontecimentos do cotidiano com mais leveza e tranquilidade, sabendo que os aspectos que lhe perturbavam não são mais empecilhos no presente.

    1.3 Por que há tanta conversa?

    A psicanálise é conhecida como a "terapia da

    conversa ou a cura pela fala". Enquanto o paciente permanece deitado falando, no caso do uso do tradicional 20

    divã, mas não necessariamente, sobre diversos assuntos, inclusive temas aleatórios que nada tem a ver com seus problemas,

    o

    inconsciente

    se

    manifesta. Há

    um

    distanciamento mínimo do presente enquanto o paciente fala. É nesta pequena brecha que o conteúdo presente no inconsciente consegue chegar à superfície sem repressão.

    Por isso, o psicanalista passa a maior parte do tempo ouvindo com atenção. Ele precisa captar todos os detalhes da fala do paciente, inclusive os quase imperceptíveis. Só então ele faz a interpretação do que lhe foi dito.

    1.4 Quais são as abordagens utilizadas

    nas sessões?

    Há algumas técnicas específicas usadas durante os encontros, as quais foram criadas por Freud e perpetuadas por outros profissionais da área.

    A associação livre é utilizada para que o paciente fale a primeira coisa que vier à mente. O profissional lê uma lista de palavras aleatórias e o paciente responde com uma palavra que acredita ser correspondente. Dessa forma, é possível acessar memórias reprimidas.

    21

    A interpretação dos sonhos é feita para identificar pensamentos

    inconscientes.

    Como

    o

    conteúdo dos

    sonhos quase sempre é de difícil interpretação, o psicanalista procura encontrar símbolos e padrões que façam sentido em meio ao surreal.

    Outra prática é a transferência. Neste caso, o paciente transfere os sentimentos que possuía por uma pessoa do passado para outra do presente. Pode até ser feita entre o paciente e o profissional da psicanálise. Cabe a este identificar as características deste processo e quebrar o vínculo entre a memória e o presente.

    Por fim, o psicanalista utiliza a técnica da

    interpretação. Através dela, consegue identificar pedaços importantes de informação que o paciente deixa escapar durante a sessão ao falar sobre assuntos aleatórios. A escolha das palavras e da frase é, então, analisada para desvendar quais sentimentos estão atrelados a elas.

    Por exemplo, o paciente pode se referir ao trabalho como um inferno em vez de ruim, revelando um profundo sentimento negativo relacionado ao ambiente profissional.

    22

    1.5 O que o psicanalista pode tratar?

    São diversos os transtornos mentais e as queixas do paciente em relação à saúde mental passíveis de tratamento por meio da psicanálise, como:

    Depressão;

    Ansiedade;

    Síndrome do Estresse Pós-Traumático;

    Fobias;

    Crises de ansiedade;

    Ataques de pânico;

    Transtornos alimentares;

    Insatisfação com a vida;

    Baixa autoestima;

    Problemas no relacionamento (ou relacionamentos em geral);

    Problemas sexuais;

    Comportamentos autodestrutivos;

    Insônia;

    Pensamentos suicidas;

    Vícios.

    Ou seja, os problemas são os mesmos dos tratados pelo psicólogo e o psiquiatra. A diferença reside na abordagem utilizada.

    23

    1.5 Qual é a formação do psicanalista?

    É possível se tornar um profissional ao comple tar uma formação em uma instituição reconhecida. Como há diversas linhas da psicanálise, existem diversas instituições.

    Os cursos geralmente livres, pos- suem uma grade e variam entre 2/3 para formação.

    Durante o período do estudo, são estudados os

    conceitos teóricos de Freud e de psicanalistas que deram continuidade ao seu trabalho, desenvolvendo outras vertentes.

    Fazer análise também é parte do processo de

    aprendizado para compreender como o relacionamento entre profissional e paciente é desenvolvido. Por fim, chega a hora do estágio supervisionado por psicanalistas mais experientes.

    O requisito para iniciar o curso é uma formação minimamente de segundo grau, algumas instituições trabalhar com a exigência de curso superior. O curso livre de formação em Psicanálise, está amparado por: Constituição Federal artigo 5º incisos II e XIII, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº9394/96), decreto Federal nº 2.494/98 e Decreto nº2.208 de 17/04/97,

    na

    categoria

    "CURSO

    LIVRE"

    24

    1.6 Quando procurar um psicanalista?

    A qualquer momento!

    Pessoas que buscam compreender suas próprias

    motivações e comportamentos em um nível mais profundo geralmente preferem este método de terapia. Por exemplo, quem procura entender a raiz dos seus dilemas e não apenas as suas manifestações no dia a dia é um bom candidato para a psicanálise.

    A psicanálise pode ajudar, principalmente, pa-

    cientes que passaram por experiências traumáticas e desejam se afastar do acontecimento através da res-significação das memórias e emoções.

    1.7

    Psicanálise,

    psicoterapia,

    psiquiatria…

    Quando a abordagem da psicoterapia ou da psiquiatria

    não é do agrado, é provável que a psicanálise possa satisfazer as necessidades do paciente.

    Antes de tudo, é preciso estar ciente que memórias desagradáveis e dolorosas podem vir à tona, causando grande sofrimento. Talvez até os segredos familiares não 25

    notados pelo paciente enquanto criança, como casos de

    violência ou de vício na família, possam ressurgir e prejudicar o relacionamento com os familiares.

    Temos por hábito sugerir uma consulta para tirar suas dúvidas. Como qualquer aspecto da vida, existem prós e contas

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