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PÓS‐GRADUAÇÃO EM DIREITO 

PROCESSUAL CIVIL 
  A U L A   1:   T E O R I A   G E R A L   D O   P R O C E S S O –   10/5/2008 
Prof.  Ronaldo Cramer 

TEMA DA AULA: FECHAMENTO DE TEORIA GERAL DO PROCESSO.
   

I – Síntese de Teoria Geral do Processo – Jurisdição, Ação e Processo. 

Surgida  uma  lide,  tendo  em  vista  que  não  se  pode  resolvê‐la  pessoalmente,  provoca‐se  a  jurisdição 
através  de  ação  que  se  materializa  através  do  processo,  sendo  este  mais  ou  menos  rápido  de  acordo 
com o procedimento a ser aplicado e no final será dada a tutela jurisdicional. 

I.1 – Procedimento 

É  a  forma  e  o  modo  (tempo  e  lugar)  como  o  processo  se  realiza  na  prática.  Talvez  a  conceituação  de 
procedimento  seja  um  dos  grandes  desafios  atualmente,  tendo  em  vista  a  permissão  que  os  Estados 
possuem de se organizar e legislar acerca do procedimento. 

I.2 – Sujeitos do Processo 

I.2.1 – Comportamentos Processuais 

a. Faculdades:  quando  exercido  não  gera  prejuízos  para  ninguém,  nem  para  a  outra  parte  nem 
para quem a exerce;  

b. Deveres: o dever, ao contrário da obrigação, não se cumpre, se observa. Ex: dever de lealdade 
processual não é cumprido, mas sim observado durante todo o processo; 

c. Poderes: poder se exerce e pode ser exercido enquanto durar a situação jurídica que o gerou, 
tal como o dever. Ambos são idéias perenes. Por isso fala‐se em poder de recorrer e não direito 
de recorrer; 

d. Ônus: comportamento que se não for observado trará prejuízos apenas aquela parte. Ex: ônus 
de contestar. 

I.2.1 – Juiz, Partes, Terceiros, Advogados, MP, etc. 

Juiz só possui poderes e deveres. 

I.3 – Objetos do Processo 

a. Objeto: pedido de tutela jurisdicional pelo Autor ou Réu. 

b. Objeto da cognição judicial. 

I.4    ‐  Pressupostos  Processuais  de  Existência,  Pressupostos  Processuais  de  Validade  e  Pressupostos 
Processuais Negativos. 

a. PPE: Jurisdição, Capacidade Postulatória, Petição Inicial e Citação (falta de); 

Thiago Graça Couto 
thiagocouto@gmail.com  
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Sem  os  PPE’s  existem  os autos  mas  juridicamente  não existe  o  processo.  No  entendimento  de Tereza 
Arruda Alvim Wambier, a forma de ser alegada em caso de eventual trânsito em julgado não é a Ação 
Rescisória mas a Ação Declaratória de Inexistência. 

b. PPV: Incompetência Absoluta, Impedimento, Capacidade de Ser Parte, Capacidade de Estar em 
Juízo, Petição Inicial Válida e Citação Válida 

c. PPN: Perempção, Litispendência e Coisa Julgada. 

I.5 – Classificação dos Processos 

As tendências indicam que não existirão classificações processuais no futuro, tendo em vista o chamado 
processo  sincrético  (conhecimento  +  execução).  O  processo  de  execução  hoje  só  existe  nos  casos  de 
títulos  executivos  extrajudiciais,  que  são  considerados  menos  eficientes  do  os  processo  de 
conhecimento dos Artigos 461 e 461‐A1 do CPC, em função da possibilidade de embargos e suspensão 
da execução. 

                                                                 
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  Art.  461.  Na  ação  que  tenha  por  objeto  o  cumprimento  de  obrigação  de  fazer  ou  não  fazer,  o  juiz 
concederá  a  tutela  específica  da  obrigação  ou,  se  procedente  o  pedido,  determinará  providências  que 
assegurem o resultado prático equivalente ao do adimplemento.  
§  1o  A  obrigação  somente  se  converterá  em  perdas  e  danos  se  o  autor  o  requerer  ou  se  impossível  a 
tutela específica ou a obtenção do resultado prático correspondente.  
o
§ 2  A indenização por perdas e danos dar‐se‐á sem prejuízo da multa (art. 287). 
§  3o  Sendo  relevante  o  fundamento  da  demanda  e  havendo  justificado  receio  de  ineficácia  do 
provimento final, é lícito ao juiz conceder a tutela liminarmente ou mediante justificação prévia, citado o 
réu.  A  medida  liminar  poderá  ser  revogada  ou  modificada,  a  qualquer  tempo,  em  decisão 
fundamentada.  
§  4o  O  juiz  poderá,  na  hipótese  do  parágrafo  anterior  ou  na  sentença,  impor  multa  diária  ao  réu, 
independentemente  de  pedido  do  autor,  se  for  suficiente  ou  compatível  com  a  obrigação,  fixando‐lhe 
prazo razoável para o cumprimento do preceito.  
§ 5o Para a efetivação da tutela específica ou a obtenção do resultado prático equivalente, poderá o juiz, 
de  ofício  ou  a  requerimento,  determinar  as  medidas  necessárias,  tais  como  a  imposição  de  multa  por 
tempo  de  atraso,  busca  e  apreensão,  remoção  de  pessoas  e  coisas,  desfazimento  de  obras  e 
impedimento de atividade nociva, se necessário com requisição de força policial. 
§ 6o O juiz poderá, de ofício, modificar o valor ou a periodicidade da multa, caso verifique que se tornou 
insuficiente ou excessiva. 
 
Art.  461‐A.  Na  ação  que  tenha  por  objeto  a  entrega  de  coisa,  o  juiz,  ao  conceder  a  tutela  específica, 
fixará o prazo para o cumprimento da obrigação.  
o
§ 1  Tratando‐se de entrega de coisa determinada pelo gênero e quantidade, o credor a individualizará 
na  petição  inicial,  se  lhe  couber  a  escolha;  cabendo  ao  devedor  escolher,  este  a  entregará 
individualizada, no prazo fixado pelo juiz.  
§  2o  Não  cumprida  a  obrigação  no  prazo  estabelecido,  expedir‐se‐á  em  favor  do  credor  mandado  de 
busca e apreensão ou de imissão na posse, conforme se tratar de coisa móvel ou imóvel. 
§ 3o Aplica‐se à ação prevista neste artigo o disposto nos §§ 1o a 6o do art. 461.  
 

Thiago Graça Couto 
thiagocouto@gmail.com  
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1.6 – Atos Processuais 

1.6.1 – Preclusão 

1.6.2 – Teoria da Nulidade dos Atos Processuais 

Nesta teoria, estuda‐se os atos processuais e seus vícios. 

1.6.2.1 – Inexistência 

É  o  ato  que  não  apresenta  algum  elemento  constitutivo  de  fato  ou  de  direito.  Ex:  sentença  sem  Comment [T1]: Quase todas as 
inexistências são jurídicas, eis que a 
dispositivo, petição sem assinatura de advogado, pressupostos processuais de existência. 
inexistência fática implicaria simplesmente 
na não materialidade de determinado ato, 
Nesta teoria, estuda‐se os atos processuais e seus vícios.  tal como a simples inexistência de sentença 
ou da inicial. 
Regime Jurídico: Insanável, Imprescritível, Alegada a Qualquer Tempo e Possibilidade de Conhecimento 
de Ofício pelo Juiz. 

Os vícios de inexistência transcendem a coisa julgada e nunca serão sanados, podendo ser combatidos 
pela  Ação  Declaratória  de  Inexistência.  São  os  vícios  mais  graves  e  caros  a  ordem  democrática,  ainda 
que durante o processo, estes possuem o mesmo regime jurídico das nulidades absolutas. 

1.6.2.2 – Nulidade Absoluta 

É  um  ato  que  infringe  uma  norma  de  interesse  público.  Ex:  sentença  sem  relatório,  sentença  sem 
fundamentação,  citação  irregular,  intimação  irregular,  processo  sem  contraditório,  incompetência 
absoluta, pressupostos processuais de validade, condição da ação.  

Regime Jurídico (mesmo dos vícios de inexistência): Insanável, Imprescritível, Alegada a Qualquer Tempo 
e Possibilidade de Conhecimento de Ofício pelo Juiz. 

1.6.2.3 – Nulidade Relativa 

Infrigem normas de interesse particular. Ex: irregularidade de representação (Art. 13 do CPC), ausência 
de requisitos da petição inicial (Art. 284 do CPC), Incompetência relativa. 

Regime Jurídico: Sanáveis (pelo tempo ou pelo juiz), Precluem, As Partes Devem Alegar no Prazo Legal ou 
na Primeira Oportunidade, O Juiz Não Pode Conhecer de Ofício. 

1.6.2.4 – Irregularidade 

Ato corrigido a qualquer tempo e que não causa prejuízos a ninguém.  

O  recurso  sem  assinatura  do  advogado  seria  inexistente  ou  irregularidade?  Existe  divergência 
doutrinária. 

Thiago Graça Couto 
thiagocouto@gmail.com  
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1.6.2.5 – Princípio da Liberdade das Formas 

Está previsto na parte inicial Art. 154 do CPC. 

Art.  154.  Os  atos  e  termos  processuais  não  dependem  de  forma  determinada 
senão  quando  a  lei  expressamente  a  exigir,  reputando‐se  válidos  os  que, 
realizados de outro modo, Ihe preencham a finalidade essencial. 

Não se consegue ver este princípio com tanta nitidez pois a lei quase sempre exige forma determinada.  

1.6.2.6 – Princípio da Instrumentalidade das Formas 

Previsto na parte final do Art. 154 do CPC, 244 e 249. 

Art. 154. Os atos e termos processuais não dependem de forma determinada senão 
quando  a  lei  expressamente  a  exigir,  reputando‐se  válidos  os  que,  realizados  de 
outro modo, Ihe preencham a finalidade essencial. 

Art. 244. Quando a lei prescrever determinada forma, sem cominação de nulidade, 
o  juiz  considerará  válido  o  ato  se,  realizado  de  outro  modo,  Ihe  alcançar  a 
finalidade. 

Art.  249.  O  juiz,  ao  pronunciar  a  nulidade,  declarará  que  atos  são  atingidos, 
ordenando  as  providências  necessárias,  a  fim  de  que  sejam  repetidos,  ou 
retificados. 

§ 1o O ato não se repetirá nem se Ihe suprirá a falta quando não prejudicar a parte. 

§  2o  Quando  puder  decidir  do  mérito  a  favor  da  parte  a  quem  aproveite  a 
declaração  da  nulidade,  o  juiz  não  a  pronunciará  nem  mandará  repetir  o  ato,  ou 
suprir‐lhe a falta. 

1.7 – Divisões do Processo 

1.7.1 – Ponto 

É uma alegação de fato ou de direito feita por uma das partes. 

1.7.2 – Questão 

Alegação de fato ou de direito questionada pela outra parte. 
Comment [T2]: Despacho: Não julga 
1.7.2.1 – Questão Principal  sentence, apenas dá andamento ao 
Processo. Decisão Interlocutória: Julga 
Alegação de fato ou de direito questionada pela outra parte que decorre do pedido principal. É julgado  questões incidentais, ou principais, mas 
sem dar a solução processual. Sentença: 
pela sentença. 
Pronunciamento judicial nas hipóteses dos 
Atigos 267 e 269 do CPC e dá a solução 
  processual, ou seja, julga as questões 
principais. 

Thiago Graça Couto 
thiagocouto@gmail.com  
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Prof.  Ronaldo Cramer 

1.7.2.1.1 – Pedido x Requerimento 

Pedido é apenas o de tutela jurisdicional, que está na petição inicial. Ex: Requerimento de Provas e não 
Pedido de Provas. 

1.7.2.2 – Questão Incidental 

Alegação de fato ou de direito questionada pela outra parte que decorre de requerimento da parte. É 
julgada  no  curso  do  processo,  após  contraditório,  sem  dilação  procedimental.  Poderá  ser  também 
Incidente Processual ou Processo Incidental. 

1.7.2.3 – Questão Prejudicial 

Questão  incidental  cuja  análise  é  pressuposto  da  questão  principal.  A  questão  prejudicial  é  sempre 
incidental,  mas  as  incidentais  não  são  sempre  prejudiciais,  só  serão  se  precisarem  ser  analisadas para 
julgar a questão principal. 

1.7.2.4 – Incidente Processual 

Questão incidental que exige, por força de lei ou da vontade do juiz, dilação procedimental. 

1.7.2.5 – Processo Incidental 

Questão incidental que exige, por força de lei, outro processo. 

Thiago Graça Couto 
thiagocouto@gmail.com  

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