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PSICOFARMACOLOGIA

Prof. J. Pinto da Costa


FÁRMACOS USADOS NAS ALTERAÇÕES
AFECTIVAS - ANTIDEPRESSORES
§ As alterações afectivas são caracterizadas por uma perturbação do estado
de espírito associada a alterações do comportamento, na energia, no apetite,
no sono e no peso corporal.

§ Os extremos vão desde excitação intensa e elação (mania) até estados


depressivos severos.

§ Na depressão (mais frequente do que a mania) a pessoa torna-se


persistentemente triste e infeliz.

§ A depressão é frequente e em geral tem um bom prognóstico, embora em


alguns casos possa levar ao suicídio.

§A maioria dos fármacos utilizados no tratamento da depressão inibe a


recaptação da norepinefrina (NE) e ou serotonina (5HT).

§ Apesar dos agentes tricíclicos (os fármacos mais antigos) terem uma
eficácia comprovada, são frequentemente sedativos e têm efeitos
secundários autonómicos que podem limitar o seu uso.
§ Em caso de sobredosagem os agentes tricíclicos são os mais perigosos,
devido à sua cardiotoxicidade e as convulsões são comuns.

§ Os inibidores selectivos da recaptação da serotonina (ISRS) são


fármacos novos que têm uma grande margem de segurança e um espectro
diferente de efeitos secundários (gastrointestinais)

§ Os inibidores da monoaminoxidase (IMAO) são de uso menos frequente


que outros antidepressores, devido à interacção perigosa com alguns
alimentos e outros fármacos.

§ Alguns antidepressores «atípicos» não são IMAO e não inibem a


captação de aminas.

§ Todos antidepressores podem provocar convulsões e nenhum fármaco é


seguro para o paciente epiléptico deprimido.

§ Característica marcante do tratamento com antidepressores: o benefício


não se torna aparente antes das 2 – 3 semanas. A razão para este
acontecimento é desconhecida, no entanto, pode estar relacionada com as
alterações graduais na sensibilidade dos receptores 5HT centrais e ou
adrenorreceptores
§ Cerca de 70% dos pacientes respondem satisfatoriamente ao tratamento
com fármacos antidepressores, no entanto, em casos severos ou refractários
de depressão, pode ser fundamental acrescentar a terapia electroconvulsiva
(TEC).

§ Nos pacientes que não respondem a este tipo de tratamento (fármacos


isolados e ou TEC), alguns psiquiatras combinam agentes tricíclicos com
IMAO ou lítio. Porém, pode ocorrer interacções perigosas com estas
combinações de fármacos.

§ A paragem abrupta da administração de fármacos antidepressores,


especialmente IMAO, pode causar náuseas, vómitos, pânico, ansiedade e
agitação motora.

§ A causa da depressão e o mecanismo de acção dos antidepressores são


desconhecidas.

§ A teoria das monoaminas foi baseada na ideia de que a depressão


resultava de uma diminuição da actividade dos sistemas noradrenégicos e
ou serotonérgicos centrais.
§ Na mania e nas alterações afectivas bipolares (em que a mania intercala
com a depressão), o lítio tem uma acção estabilizadora do estado de
espírito.

§ Os sais de lítio possuem uma taxa terapêutica/tóxica baixa e os efeitos


adversos são comuns. A carbamazepina e o valproato também possui
propriedades estabilizadoras do estado de espírito e podem ser usados nos
casos de ausência de resposta ou intolerância ao lítio.
A TEORIA DA DEPRESSÃO DAS
MONOAMINAS
• A reserpina, que esgota o cérebro de norepinefrina e da serotonina, causa
frequentemente depressão

• Os agentes tricíclicos e os compostos relacionados cingem a recaptação


da norepinefrina e/ou serotonina e os IMAO aumentam a concentração
do cérebro

• Ambas as acções aumentam a quantidade disponível de norepinefrina


e/ou de serotonina na fenda sináptica

• Estes efeitos farmacológicos sugerem que a depressão pode estar


associada a uma diminuição da função cerebral da norepinefrina e/ou da
serotonina, no entanto, tem sido difícil descobrir os defeitos esperados
nos sistemas noradrenérgicos e serotonérgicos centrais nos pacientes com
depressão
Problemas com a teoria da depressão das monoaminas:

ü Tem sido difícil compreender porque é que os fármacos tricíclicos


bloqueiam rapidamente a captação da norepinefrina/serotonina, mas
necessitam de semanas de administração para atingir um efeito
antidepressor

ü Alguns fármacos são antidepressores, mas não afectam a captação de


aminas (exemplo, trazodona), enquanto que a cocaína bloqueia a
captação, mas não é antidepressora
MECANISMOS DE ACÇÃO DOS
ANTIDEPRESSORES

• Os mecanismos envolvidos na acção antidepressora são mal


compreendidos.

• Pensa-se que os ISRS originam um aumento da serotonina extracelular,


que inicialmente activa os autorreceptores, acção esta que inibe a
libertação de serotonina e reduz a serotonina extracelular para o seu
nível anterior.

• Os fármacos que inibem a captação de norepinefrina talvez actuem


indirectamente, quer pela estimulação dos neurónios serotonérgicos
(que têm um input noradrenérgico excitatório) ou pela dessensibilização
dos receptores pré-sinápticos α₂ inibitórios no encéfalo anterior.
FÁRMACOS QUE INIBEM A CAPTAÇÃO
DE AMINAS
§ O termo fármaco tricíclico refere-se aos compostos baseados nas
estruturas em anel de dibenzazepina (imipramina) e de
dibenzocicloheptadieno (amitriptilina)

§ Nenhum fármaco tricíclico tem uma actividade antidepressora superior


a outro e a escolha é determinada pelos efeitos secundários mais
admissíveis ou desejados

§ Os fármacos com acção sedativa como a amitriptilina e a dosulepina


são aconselhados para paciente ansiosos e agitados. Quando
administrados à hora de deitar actuarão como hipnóticos

§ Os fármacos tricíclicos são semelhantes, na sua estrutura, às


fenotiazinas e têm uma acção bloqueadora semelhante nos receptores
muscarínicos colinérgicos, adrenorreceptores α e receptores da
histamina
Estas acções causam:
o Secura na boca
o Visão desfocada
o Obstipação
o Retenção urinária
o Taquicardia
o Hipotensão postural

Sobredosagem:
o A actividade anticolinérgica e a acção semelhante à da quinidina
dos fármacos tricíclicos sobre o coração pode causar arritmias e
morte súbita.

§ Estão contra-indicados na doença cardíaca

§ Os ISRS têm efeitos secundários diferentes, sendo os mais comuns


náusea, vómitos, diarreia e obstipação. Também podem causar
disfunções sexuais.
§ Na actualidade, os ISRS são aceites como fármacos de primeira linha,
particularmente em pacientes com doença cardiovascular, naqueles em que
se deve evitar qualquer tipo de sedação ou naqueles que não conseguem
tolerar qualquer efeito anticolinérgico dos fármacos tricíclicos.

§ Os ISRS não devem ser administrados a pacientes com menos de 18 anos


porque podem aumentar o risco de comportamentos suicidas.

§ A venlafaxina e a nefazodona são fármacos recentes que inibem a


recaptação quer da 5HT quer da norepinefrina. Estes não possuem a acção
bloqueadora dos receptores que têm os fármacos tricíclicos.
ü Os efeitos adversos são semelhantes aos dos ISRS, no entanto, a
nefazodona raramente causa disfunção sexual.
ANTIDEPRESSORES ATÍPICOS
§ São fármacos que têm pouca ou nenhuma actividade na captação das
aminas.

§ Causam menos efeitos secundários autonómicos e são menos


perigosos em casos de sobredosagem (são menos cardiotóxicos).

§ A mirtazapina e a trazodona são antidepressores sedativos.

§ A mirtazapina tem uma actividade bloqueadora adrenorreceptora α₂ e,


bloqueando os autoreceptores α₂ inibitórios nas terminações nervosas
noradrenérgicas centrais, pode aumentar a quantidade de norepinefrina
na fenda sináptica.
INIBIDORES DA MONOAMINOXIDASE
§ Os IMAO mais antigos (fenelzina) são inibidores não selectivos
irreversíveis da monoaminoxidase.

§ Hoje em dia, são raramente utilizados, devido aos seus efeitos adversos
(hipotensão postural, tonturas, efeitos anticolinérgicos e lesão hepática) e
pelas interacções com as aminas simpaticomiméticas (efedrina, presente
nos preparados para a tosse e descongestionamento) ou alimentos
contendo tiramina (exemplo, queijo, caça, bebidas alcoólicas), que
podem originar hipertensão grave.

§ A tiramina ingerida é normalmente metabolizada pela monoaminoxidade


na parede dos intestinos e do fígado, mas, quando a enzima é inibida, a
tiramina alcança a circulação sanguínea e provoca libertação de
norepinefrina nas terminações nervosas simpáticas (acção
simpaticomimética indirecta).

§ As IMAO não são específicas e reduzem o metabolismo de barbitúricos,


analgésicos opiáceos e álcool.
§ A petidina é especialmente perigosa em pacientes que estejam a receber IMAO,
causando hiperpirexia, hipotensão e coma.

§ A moclobemida é um inibidor reversível que inibe selectivamente a


monoaminoxidase A. É bem tolerada, os principais efeitos secundários: tonturas,
insónia e náusea.
ü Interage com menos fármacos que as outras IMAO, os efeitos da interacção
diminuem rapidamente quando se pára a administração do fármaco.
ü É considerada um fármaco de segunda linha usado na depressão, a seguir
aos fármacos tricíclicos e ISRS.

§ O lítio é usado na profilaxia da doença maníaco/depressiva. Também é usado


no tratamento da mania aguda, no entanto, demora vários dias até que se
desenvolva o efeito antimaníaco, daí ser preferível usar um fármaco
antipsicótico em vez deste.
ü É absorvido rapidamente pelo intestino.
ü As doses terapêutica e tóxica são análogas e as concentrações de lítio
séricas têm de ser medidas regularmente.
ü Efeitos adversos: náusea, vómito, diarreia, anorexia, tremor das mãos,
polidipsia e poliúrica, hipotiroidismo e aumento de peso.
ü Sintomas da toxicidade por lítio: sonolência, ataxia e confusão, podem
ocorrer convulsões mortais e coma (quando os níveis séricos são acima de
2-3mM).
MECANISMOS DE ACÇÃO

•Édesconhecido, mas talvez envolve interacções


com sistemas de mensageiro secundário.

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