A sucumbência nada mais é do que o reconhecimento do êxito nas demandas judiciais.
Equivale a uma parcela do ganho que o advogado vitorioso proporcionou a seu cliente e devem ser pagos pela parte vencida. O Código de Processo Civil (CPC) estabelece que a sentença condenará o vencido a pagar ao vencedor os honorários advocatícios, até mesmo quando o advogado funcionar em causa prória. O limite foi fixado entre 10% e 20%, sobre o valor da condenação. Para alguns juristas, parte do problema seria resolvida com uma alteração no Código de Processo Civil (CPC), permitindo que os honorários sucumbenciais fossem calculados sobre o valor da causa em caso de improcedência do PEDIDO. Senhores advogados, de que forma podemos garantir uma porcentagem compatível com o trabalho realizado ? Tem havido quebra dos preceitos legais em muitos julgados, quando atribuem aos honorários do advogado valores irrisórios, bem abaixo do que a lei estabelece. (Matéria publicada no Jornal do Advogado)
Parte que desiste de ação deve arcar com
o ônus da sucumbência Extraído de: Jus Vigilantibus - 12 de Fevereiro de 2009 A Primeira Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Mato Grosso acatou recurso interposto por um cidadão contra sentença proferida pelo juízo da comarca de Cuiabá que o condenara a pagar custas processuais e honorários advocatícios em ação cautelar preparatória, com pedido de liminar contra o banco Itaú, que tinha como objeto a suspensão de um leilão extrajudicial. O banco havia desistido da ação. Na sentença, o relator, juiz substituto de Segundo Grau, José Mauro Bianchini Fernandes, entendeu que, por perda do objeto, o ônus da sucumbência deveria ser invertido ante a aplicação do princípio da causalidade (Recurso de Apelação nº 93955/2007).
A ação cautelar preparatória tramitava em Belo Horizonte, e objetivava a suspensão do
leilão extrajudicial, bem como a suspensão do registro da carta de arrematação do leilão levada a efeito em dezembro de 2001, cuja liminar foi concedida. Em setembro de 2005, o banco informou que desistiu da execução extrajudicial, e que o fato teria acarretado a perda do objeto da ação. Porém, em seguida foi prolatada a sentença de improcedência da ação cautelar, como conseqüência da improcedência da ação principal, da qual era dependente.
O cidadão/apelante se insurgiu contra a sua condenação em pagar o total do ônus de
sucumbência, uma vez que em parte do seu pedido foi reconhecida a perda do objeto devido à desistência do banco-réu, na execução extrajudicial, razão pela qual deveria ser reciprocamente distribuída a sucumbência. Requereu para que fosse mantida a cautelar para garantir o direito do recorrente nos autos da ação principal, e, alternativamente, se mantida a extinção com base na perda do objeto, que esta fosse atribuída ao réu, por ter dado causa, invertendo-se o ônus da sucumbência.