Sie sind auf Seite 1von 4

A MOTIVAÇÃO

Se reflectirmos sobre alguns dos nossos comportamentos, será mais fácil compreender o conceito de motivação: comemos, bebemos,
dormimos, procuramos a companhia dos outros e o seu afecto. No local de trabalho, nas aulas ou no grupo de amigos, esperamos que nos
apreciem e que as nossas opiniões e comportamentos sejam aprovados e reconhecidos.

Estes e outros comportamentos têm origem numa força interna que


predispõe, que leva as pessoas a desenvolver uma acção com
vista a um objectivo: o alimento, a bebida, o sexo, o prestígio, a
informação, a aprovação social, o afecto, etc.

Tarefa 1 - Partindo da palavra central, MOTIVAR(-SE) escreve, no


quadro aqui ao lado, todas as palavras que este termo te sugere.

Poderemos utilizar o termo motivação para designar o que envolve


movimento no comportamento dirigido a um objectivo.

Definição de motivação:
será um conjunto de forças internas que mobilizam e orientam a
acção de um organismo em direcção a determinados objectivos
como resposta a um estado de necessidade, carência ou dese-
quilíbrio. A motivação dirige a acção para uma categoria de objectos
que satisfazem a necessidade.

O que é então para ti motivar?

Tarefa 2 - Assinale o carácter verdadeiro ou falso das afirmações


seguintes.

Motivar é:
- 1. Manipular as pessoas levando-as a fazer o que queriam.
- 2. Dar recursos (como prendas ou dinheiro) às pessoas.
- 3. Fazer com que a outra pessoa faça, o que nós queremos.
- 4. Permitir que a outra pessoa se realize de acordo com as suas necessidades e desejos.
- 5. Levar ao conformismo, ou que as pessoas aceitem a opinião dos outros facilmente.
- 6. Estimular as pessoas para fazerem o que gostam.
- 7. Levantar obstáculos à actividade das pessoas.
- 8. Exercer o poder sobre outra pessoa.
- 9. Criar as condições que permitam as pessoas atingir os seus objectivos pessoais e colectivos.

O CICLO MOTIVACIONAL

O motivo é o estado do organismo pelo qual a energia corporal é mobilizada e dirigida a determinados elementos ou coisas do meio
ambiente ou do que rodeia as pessoas; é a razão que leva o organismo a agir. Ao falarmos de motivo, teremos de referir as suas
componentes: a necessidade e o impulso.

De um forma geral, os comportamentos motivados são um processo ou sequência motivacional que se traduz num ciclo constituído por 5
momentos:

1 - Necessidade (motivo da acção). O ponto de partida do processo motivacional é o surgimento de uma necessidade. Exemplo – “Estou
com muita sede! ”
2 - Impulso. A necessidade desperta um impulso ou pulsão que move o indivíduo impelindo-o a agir. Exemplo – “Tenho mesmo que ir beber
água se não fico muito mal, sinto uma força interior que me obriga a agir.”
3 - Acção ou resposta instrumental. Actividade ou comportamento orientado para um objectivo ou finalidade, isto é, acção desenvolvida ou
motivada para satisfazer a necessidade. Exemplo – “Vou ao bar pedir que me dêem um copo de água.”
4 - Objectivo ou meta alcançada. Apropriação do objecto que permite satisfazer a necessidade. Exemplo – “Bebo um copo de água.”
5 - Saciedade ou satisfação da necessidade. Eliminação da pulsão. Frequentemente o alívio da tensão provocada pela necessidade é
temporário (caso das necessidades fisiológicas), pelo que o ciclo pode começar de novo. Exemplo – “Estou saciado, já não sinto sede.”

Psicologia – Pedro Vitória - A motivação 1


Tarefa 3 – Constrói, a partir deste esquema, uma sequência motivacional para os seguintes comportamentos: 1. - Procurar comida; 2. - Ir ao
cinema, 3. - Ir à escola.

Vamos agora identificar e caracterizar os diferentes tipos de motivos

Presentemente, os psicólogos concordam todos em agrupar os diferentes motivos nas seguintes categorias:
1. Impulsos básicos (ou primários)
2. Motivos sociais
3. Motivo para estimulação sensorial
4. Motivos de crescimento
5. Ideias como motivos

1. Impulsos básicos

Os impulsos básicos são motivos que activam o comportamento. Este por sua vez, vai satisfazer uma necessidade.
Os impulsos surgem para satisfazer as necessidades de oxigénio (respirar), água (beber), alimento (comer), sono (dormir), sexo, evitação da
dor, etc.
O que caracteriza estes impulsos é o facto da sua satisfação ser fundamental para a sobrevivência
do indivíduo. Muitas vezes, porém, estes impulsos podem ser influenciados por factores ambientais,
pelas nossas experiências no mundo e modificados por aprendizagem.
Se a fome, se apresenta como uma necessidade básica, o que se come e como se come, são
determinados pela sociedade e pela aprendizagem.

A FOME visa atingir a ingestão de alimentos que contêm a energia necessária para a sobrevivência
do indivíduo.

Psicologia – Pedro Vitória - A motivação 2


O SONO, existem 3 fases distintas no sono: o sono leve, o sono profundo e o sono REM. Ao adormecer entra-
se na fase do sono leve, sono que não é totalmente inconsciente, entrando em seguida, no sono profundo.
Este surge, mais ou menos, após 50 minutos de ter adormecido.
Após 20 a 30 minutos do sono profundo, surge o sono REM, assim chamado porque os olhos se movimentam
rapidamente, com subida da tensão arterial e frequência cardíaca.
A percentagem de sono REM é, durante uma noite de sono, cerca de 30 a 35% nos jovens e de 20 a 30% nos
adultos.
O tempo total de sono profundo aumenta nas noites que se seguem a privações de sono anteriores ou após um
dia de trabalho predominantemente físico.

A necessidade de ELIMINAÇÃO DAS FEZES E DA URINA também exige prontamente a sua satisfação. Porém,
o modo como isso acontece está dependente das normas e das exigências da sociedade.

2. Motivos sociais

Estes motivos só se compreendem e explicam pelo facto do homem viver em sociedade. Estes motivos têm
por objectivo satisfazer as necessidades que o indivíduo tem de se sentir amado, respeitado, aprovado, etc.
Os seres humanos que se sentem amados e apoiados pelos que com eles convivem, têm mais facilidade em
enfrentar situações críticas ou períodos de crise.

As pessoas rejeitadas pela sociedade ou que se encontram socialmente isoladas, têm tendência para se
sentirem profundamente perturbadas: choram com frequência, negligenciam o seu asseio pessoal e tornam-se
apáticas. Muitas das necessidades sociais (também chamadas de secundárias) são veiculadas pela
publicidade que, através de cartazes e ideias-chave pretendem criar determinado tipo de necessidades.

3. Motivos para estimulação sensorial

As pessoas e muitos animais necessitam de estimulação sensorial. Várias investigações têm revelado que as pessoas com uma vida muito
rotineira têm tendência para o tédio, para a depressão e irritabilidade. Frequentemente, as pessoas privadas durante muito tempo de
estimulação sensorial, têm alucinações.
Muitas pessoas, nomeadamente os jovens, sentem uma forte necessidade de procurar excitação em
actividades arriscadas, como seja mergulhar, saltar de pára-quedas, etc.
O desejo de realizar experiências fora do comum, mesmo interditas, e a necessidade de jogar, beber c
conhecer muitas pessoas, inscreve-se nesta necessidade de estimulação sensorial. Normalmente, os jovens,
assim como os adultos, toleram pouco, as experiências repetitivas, monótonas e constantes.
A curiosidade parece estar associada a esta necessidade de estimulação sensorial, de manipular e explorar o
ambiente.
As pessoas sentem-se atraídas para o que é novo e desconhecido. Esta característica desde sempre esteve
ligada à sobrevivência do indivíduo. A procura de novas experiências desenvolve a sensibilidade perceptiva
aumentando a sua competência em termos de habilidade e de conhecimentos que lhe permitem adaptar-se mais eficazmente às novas
situações.

4. Motivos de crescimento

Estes motivos estão relacionados com a necessidade de realização pessoal e de competência. As pessoas
esforçam-se e trabalham no sentido de aumentar o seu nível de competência e por isso realizam tarefas com graus
de complexidade cada vez mais elevados.
As pessoas que fracassam frequentemente nos seus intentos de crescer e realizar-se em função dos seus
objectivos, baixam a sua auto-estima e sentem afectada a sua relação com os outros. Estas pessoas estão mal
consigo mesmas, não se aceitam muito bem e por isso, também não estão bem com os outros.
Através do esforço do empenhamento e valorizando as suas capacidades, o indivíduo tende a enfrentar situações
difíceis, visando o seu .sucesso e a sua realização.

5. Ideias como motivos

Todas as pessoas que vivem em sociedade agem, cm função de determinados valores crenças e metas, em suma de
IDEIAS. As ideias podem ser intensamente motivadoras quando se acredita nelas, profundamente. Há determinadas
crenças que conduzem a comportamentos por vezes estranhos e incompreensíveis. Por uma questão de fé, muitas
vezes, podem-se ingerir produtos que, sendo mortíferos, se pensa que não farão mal.
As ideias constituem uma grande força motivacional. Através delas o sujeito antevê o seu sucesso ou o seu fracasso.
As ideias orientam a sua conduta e determinam a força da sua persistência na sua consecução. O comportamento do
indivíduo varia na proporção directa da força e da convicção da sua ideia.

Psicologia – Pedro Vitória - A motivação 3


Tarefa 4
1. Os impulsos básicos também são chamados de individuais, em oposição aos sociais. Porque?
2. Como é regulada a fome?
3. O que são motivos sociais?
4. Porque é que a satisfação dos motivos sociais é importante para. o indivíduo?
5. Em que consiste a necessidade de estimulação sensorial?
6. O que são motivos de crescimento?
7. Quais as consequências, para o indivíduo, em não conseguir satisfazer a necessidade de crescimento?
8. Porque é que as ideias se apresentam como motivos?

A teoria da motivação apresentada por Maslow - A pirâmide motivacional

Segundo Maslow, as necessidades humanas estariam organizadas numa hierarquia, isto é, não têm todas a mesma
importância. Este autor representou a sua concepção através de uma pirâmide em que, na base, estariam as
necessidades fisiológicas, e, no cume, as necessidades mais elevadas, que seriam as de auto-realização.
As necessidades fundamentais seriam as necessidades básicas: as fisiológicas e as de segurança. Só depois de estas
necessidades estarem satisfeitas se ascende na hierarquia para satisfação de outras mais complexas e mais elevadas. No
decurso da sua existência, se não houvesse obstáculos, o ser humano progrediria na hierarquia até ao topo.
Vamos analisar sucintamente cada um dos níveis da hierarquia.

1 NECESSIDADES FISIOLÓGICAS
São consideradas necessidades fisiológicas a fome, a sede, o sono, o evitamento
da dor, o desejo sexual, a manutenção do estado interno do organismo. A
satisfação destas necessidades domina o comportamento humano. As
necessidades de segurança só surgem se estas forem satisfeitas. Assim se
explica que pessoas esfomeadas arrisquem a vida para conseguir alimento.
2 NECESSIDADES DE SEGURANÇA
As necessidades de .segurança manifestam-se na procura de protecção
relativamente ao meio (abrigo e vestuário), bem como na busca de um ambiente
estável e ordenado. O perigo físico provoca insegurança e ansiedade dominando
o comportamento do indivíduo. Uma pessoa com medo prescinde da relação com
os outros. Os motivos da estima surgem só quando a pessoa se sente segura.
3 NECESSIDADES DE AFECTO E DE PERTENÇA
As necessidades de afecto e de pertença manifestam o desejo de associação, participação e aceitação por parte dos outros. Nas relações
íntimas e nos grupos a que pertence, o indivíduo procura o afecto, a aprovação, procura dar e receber atenção.
4 NECESSIDADES DE ESTIMA
As necessidades de estima assumem duas expressões: o desejo de realização e de competência e o estatuto e desejo de reconhecimento.
Neste nível da hierarquia das necessidades o indivíduo procura a aceitação dos outros através da sua prática, da sua actuação.
As pessoas desejam ser competentes, isto é, desejam desenvolver actividades com qualidade e serem reconhecidas por isso. Daí se
relacionar com estas necessidades a procura do sucesso, do prestígio. A satisfação da necessidade de estima desenvolve nas pessoas
sentimentos de autoconfiança; a sua frustração gera sentimentos de inferioridade.
5 NECESSIDADES DE AUTO-REALIZAÇÃO
Se todas as necessidades estão satisfeitas, manifestar-se-á a necessidade de auto-realização, isto é. a realização do potencial de cada
um, a concretização das capacidades pessoais. Maslow considerava que esta necessidade seria inerente aos seres humanos. A sua
concretização varia de pessoa para pessoa: um indivíduo pode auto-realizar-se sendo um atleta de alta competição, outro através das artes
plásticas, da música, da investigação científica, da intervenção social, etc. Neste nível da hierarquia das necessidades o indivíduo procura a
aceitação dos outros através da sua prática, da sua actuação. As pessoas em procura de auto-realização (que corresponderia a um
crescimento pessoal) apresentam algumas características comuns de personalidade: são independentes, criadoras, resistem ao
conformismo, aceitam-se a si próprias e aos outros.

O que são, então, pessoas auto-realizadas? São pessoas que:

1 - Atingiram um alto nível de desenvolvimento moral e que se preocupam mais com o bem-estar das pessoas amigas e amadas, com a
humanidade, relegando para segundo plano a preocupação consigo próprias.
2 - São criativas, espontâneas e não conformistas, valorizando a independência e a privacidade, a amizade e a intimidade.
3 - Empenham-se numa actividade mais pelo valor próprio que esta possui do que pela perspectiva e expectativa de fama e dinheiro.
4 - Vivem a vida de forma absorvente, intensa, sendo dotadas de um sentido de unidade com a natureza. A este respeito Maslow fala
intensificação de experiências que podem conduzir a uma transcendência do eu, a um envolvimento tão completo que a pessoa se esquece
de si, dos seus interesses e egoísmos, do que a afasta da unidade com o todo. Não sendo um exclusivo dos auto-realizados estas
experiências são mais comuns nestes últimos.
5 - Têm uma visão realista mas positiva da vida como desafio constante que se deve enfrentar.
6 - Apreciam os valores democráticos mas não são convencionais, têm espírito crítico.

O número de pessoas que, segundo Maslow, atinge a auto-realização é muitíssimo reduzido. Largos milhões de pessoas estão a esse
respeito limitadas quer pelos padrões culturais do meio quer pela terrível luta pela sobrevivência.
Psicologia – Pedro Vitória - A motivação 4

Das könnte Ihnen auch gefallen