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O documento descreve uma aula de sociologia do ensino médio sobre o conhecimento sociológico. A aula usou um texto sobre experiência de Jorge Larrosa Bondía e incluiu exemplos do cotidiano dos alunos e músicas do MST para tornar o conteúdo mais relevante. A aula terminou com uma dinâmica de contar histórias pessoais para enfatizar a construção conjunta do conhecimento entre alunos e professores.
O documento descreve uma aula de sociologia do ensino médio sobre o conhecimento sociológico. A aula usou um texto sobre experiência de Jorge Larrosa Bondía e incluiu exemplos do cotidiano dos alunos e músicas do MST para tornar o conteúdo mais relevante. A aula terminou com uma dinâmica de contar histórias pessoais para enfatizar a construção conjunta do conhecimento entre alunos e professores.
O documento descreve uma aula de sociologia do ensino médio sobre o conhecimento sociológico. A aula usou um texto sobre experiência de Jorge Larrosa Bondía e incluiu exemplos do cotidiano dos alunos e músicas do MST para tornar o conteúdo mais relevante. A aula terminou com uma dinâmica de contar histórias pessoais para enfatizar a construção conjunta do conhecimento entre alunos e professores.
CONHECIMENTO SOCIOLGICO: PRIMEIRA AULA DE SOCIOLOGIA DO ENSINO MDIO, A PARTIR DO CONCEITO DE EXPERINCIA DE JORGE LARROSA BONDA
ALUNXS GIULIA DE VITO NUNES RODRIGUES E JOO GUILHERME MOREIRA CERQUEIRA
Niteri 2016
Gilles Deleuze, um filsofo da imanncia, que tinha como principais
influncias Nietzsche, Henri Bergson e Spinoza, d uma entrevista sobre o que dar aula:
Para mim, dar aula no tem como objetivo ser entendida
totalmente. Uma aula uma espcie de matria em movimento. por isso que musical. Numa aula, cada grupo ou cada estudante pega o que lhe convm. Uma aula ruim a que no convm a ningum. No possvel dizer que tudo convm a todos. As pessoas tem de esperar. Obviamente, tem algum meio adormecido. Por que ele acorda misteriosamente no momento que lhe diz respeito? No h uma lei que diz o que diz respeito a algum. O assunto de seu interesse outra coisa. Uma aula uma emoo. tanto emoo quanto inteligncia. Sem emoo, no h nada, no h interesse algum. No uma questo de entender e ouvir tudo, mas de acordar em tempo de captar o que lhe convm pessoalmente. por isso que um pblico variado muito importante. Sentimos o deslocamento dos centros de interesse, que pulam de um para o outro. Isso forma uma espcie de tecido esplndido, uma espcie de textura.
A primeira aula de sociologia para o ensino mdio, de acordo com o
currculo mnimo, comea com o tema do conhecimento sociolgico. Esse tema tem como habilidades e competncias projetadas para o primeiro bimestre, a diferena entre senso comum e conhecimento cientfico e a sociologia como o estudo das relaes sociais. No livro didtico Tempos Modernos, Tempos de Sociologia, coordenado por Helena Bomeny e Bianca Freire-Medeiros, apresenta-se a sociologia, a partir da Revoluo Cientfica, passando pelo Iluminismo at chegar no Capitalismo. Ou seja, a histria em linha reta, a histria ocidental e um elogio razo. Na verdade, todos os livros didticos em geral, fazem este caminho. um caminho, no a nica verdade, nem a nica histria. O curso de sociologia, at pouco tempo, permaneceu como parte do curso de cincias sociais, o que significa que sua formao no apenas sociolgica, mas antropolgica e poltica tambm. Alm dos possveis outros caminhos dentro das cincias sociais e humanas, como a filosofia, a histria, a literatura, a geografia. Portanto, possvel fazer muitos outros caminhos, ao dar uma aula de sociologia, no preciso nem prudente nem interessante rejeitar as contribuies que essas outras reas, com as quais a disciplina tem afinidade e potncia. O caminho elegido pelo grupo foi o da experincia. A experincia tema, objeto e caracterstica da Antropologia, tendo em vista o trabalho
de campo, prtica irrecusvel da antropologia mas de outras disciplinas
tambm, e autores da experincia como John Dewey e Jean Rouch. O texto usado para construir a aula se chama Notas sobre a experincia e o saber da experincia, de Jorge Larrosa Bonda, doutor em pedagogia pela Universidade de Barcelona, Espanha, onde atualmente professor titular de filosofia da educao. O texto tem as palavras como mtodo e jogo. a partir de o desmonte delas, das brincadeiras delas em poema, que o texto se constri. A prpria leitura dele j , em si, uma experincia e, por isso, que o grupo decidiu ler o texto, para a turma, na tentativa de que houvesse uma experincia com aquelas palavras, que fossem tocados, mais do que adquirissem um conhecimento, o conhecimento, nesse caso, em termos acumulativos. Essa aula j havia sido realizada antes, para a mesma disciplina, mas Prtica e Pesquisa de Ensino III, para o professor Paulo Pires, como avaliao final do curso. Sua avaliao foi positiva juntamente com a proposta que trabalhssemos a transposio didtica, com a finalidade de que a aula se aproximasse um pouco mais aos alunos. Portanto, o grupo enxertou pequenas interrupes com exemplos do nosso cotidiano e do cotidiano dos alunos, sobre mdias que tem uma aderncia significativa na vida deles, como o facebook, o instagram, o pinterest. Houve tambm enxertos musicais de rap e canes do grupo WAVE, do MST. Essas estratgias no eram apenas uma tentaiva de aderncia aula, mas fazia parte da linha temtica da aula, o conhecimento vinculado vida. Ao final, propomos uma dinmica de contao de histrias, a histria do nome de cada um. Essa uma dinmica usada pela professora Eliany Salvatierra Machado, uma facilitadora do Projeto de Extenso Vdeo e Transmisso de conhecimento entre os povos Mby, Nhandeva e Kaiow. Essa dinmica teve o intuito de ser um convite a trocarmos histrias de nossas vidas, pensando a importncia de frisar que o espao da sala de aula pode ser construdo horizontalmente e conjuntamente entre alunos e professores. A fim de no reproduzir um estilo de aula bancria, em que os corpos que ali esto so vazos vazios, sem conhecimento.
Formação universitária de professores para o ensino da linguagem escrita na infância: um estudo a partir dos discursos didático-formadores: da aprendizagem ao ensino