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TERÇA-FEIRA
– A verdadeira paz é fruto do Espírito Santo. Missão de pacificar o mundo, a começar pela
nossa própria alma, pela família, pelo lugar do trabalho...
Nos nossos dias, parece que se vai perdendo esse reflexo de Deus nas
nossas saudações costumeiras. Não obstante, pode ser-nos de grande
utilidade para a vida espiritual pôr um especial empenho em preservar e
vivificar o sentido cristão nessas ocasiões, pois isso contribuirá para
experimentarmos uma presença de Deus mais intensa no nosso
relacionamento.
“Pois assim que a voz da tua saudação chegou aos meus ouvidos, a
criança estremeceu de alegria no meu seio (Lc 1, 44) [...]. O sobressalto de
alegria sentido por Isabel sublinha o dom que pode estar contido numa
simples saudação, quando parte de um coração cheio de Deus. Quantas
vezes as trevas da solidão, que oprimem uma alma, podem desfazer-se sob o
raio luminoso de um sorriso ou de uma palavra amável!”7
Sabermo-nos filhos de Deus dar-nos-á uma paz firme, não sujeita aos
vaivéns do sentimento ou dos incidentes de cada dia. Manter essa disposição
aberta e amistosa perante os outros exigirá de nós que lutemos seriamente
contra as possíveis antipatias, que têm a sua origem num relacionamento
pouco sobrenatural; contra as asperezas do carácter, que destroem a paz do
ambiente e que são indício de falta de espírito de sacrifício; contra o egoísmo
e o comodismo, que são sérios obstáculos para a amizade e para a acção
apostólica.
Recorramos à Virgem, nossa Mãe, para não perdermos nunca a alegria e a
serenidade. “Santa Maria é – assim a invoca a Igreja – a Rainha da paz. Por
isso, quando se conturba a alma – ou o ambiente familiar ou profissional, ou a
convivência na sociedade ou entre os povos –, não cesses de aclamá-la com
esse título: Regina pacis, ora pro nobis! Rainha da paz, rogai por nós!
Experimentaste fazê-lo, ao menos, quando perdes a tranquilidade?... –
Ficarás surpreso com a sua eficácia imediata”22.
(1) Jo 14, 27; (2) Jo 16, 33; (3) Jo 20, 19-21; (4) cfr. 1 Pe 1, 3; Rom 1, 7; (5) cfr. Mt 5, 23; (6)
São Gregório Nazianceno, Catena Aurea, VI; (7) João Paulo II, Hom. em Roma, 11-II-1981;
(8) cfr. Is 9, 7; Miq 5, 5; (9) cfr. Lc 7, 50; 8, 48; (10) Lc 10, 6; (11) Gal 5, 22; (12) 2 Cor 13, 11;
(13) cfr. São Tomás, Suma Teológica, 1-2, q. 70, a. 1; (14) Fil 4, 7; (15) São Josemaría
Escrivá, Caminho, n. 258; (16) Santo Agostinho, A cidade de Deus, 19, 13, 1; (17) Is 32, 17;
(18) A. del Portillo, Homilia, 30-III-1985; (19) Ef 2, 14; (20) São Josemaría Escrivá, Sulco, n.
92; (21) ib., n. 59; (22) ib., n. 874.