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O documento discute o materialismo dialético e o anarquismo de acordo com Vladimir Lenin. Ele afirma que os anarquistas são inimigos do marxismo e que é necessário examinar criticamente suas doutrinas. Ele explica os princípios do materialismo dialético, incluindo que a vida está em constante movimento e transformação através da evolução e revolução.
O documento discute o materialismo dialético e o anarquismo de acordo com Vladimir Lenin. Ele afirma que os anarquistas são inimigos do marxismo e que é necessário examinar criticamente suas doutrinas. Ele explica os princípios do materialismo dialético, incluindo que a vida está em constante movimento e transformação através da evolução e revolução.
O documento discute o materialismo dialético e o anarquismo de acordo com Vladimir Lenin. Ele afirma que os anarquistas são inimigos do marxismo e que é necessário examinar criticamente suas doutrinas. Ele explica os princípios do materialismo dialético, incluindo que a vida está em constante movimento e transformação através da evolução e revolução.
"anarquismo" viram com desdm as costas e, com um gesto de repulsa, dizem: "Tendes a liberdade de ocupar-vos disso; mas no vale sequer a pena falar no assunto!" Julgamos que semelhante "critica" barata indigna e infecunda. No somos tampouco dos que se consolam pensando que os anarquistas "no tem apoio de massa" e por isso no so, afinal, to "perigosos". No se trata de saber quem a seguido por "massa" maior ou menor", trata-se da substncia da doutrina. Se a "doutrina" dos anarquistas exprimir a verdade obvio ento que ela necessariamente abrir o caminho para si e reunir em torno de si a massa. Se, pelo contrario, for inconsistente e alicerada numa base falsa, no subsistir por muito tempo ou ficar suspensa no ar. A inconsistncia do anarquismo deve, portanto, ser demonstrada. Julgamos que os anarquista so verdadeiros inimigos do marxismo. Por conseguinte, reconhecemos tambm que, contra inimigos verdadeiros, preciso travar uma luta verdadeira. E por isso necessrio examinar a "doutrina" dos anarquistas de alto a baixo e coloc-la prova sistematicamente em todos os aspectos. Mas alem da critica dos anarquistas necessria uma explicao da nossa posio e, portanto, uma exposio sumria da doutrina de Marx e Engels. Isso tanto mais necessrio quanto alguns anarquistas difundem uma falsa verso do marxismo e causam confuso na cabea dos leitores. Metamos, pois, mo obra. No mundo tudo se move... transforma-se a vida, crescem as forcas produtivas, as velhas relaes sociais so destrudas... O eterno movimento e a eterna destruio-criao: tal a essncia da vida. Karl Marx (Misria da filosofia). O marxismo no s a teoria do socialismo; uma concepo completa do mundo, um sistema filosfico do qual emana logicamente o socialismo proletrio de Marx. Esse sistema filosfico chama-se materialismo dialtico. Por que esse sistema se chama materialismo dialtico ? Porque o seu mtodo dialtico e a sua teoria materialista. Que o mtodo dialtico?
Que a teoria materialista? Diz-se que a vida consiste num
incessante crescimento e desenvolvimento, e isso verdadeiro: a vida social no algo de imutvel e cristalizado, no se detm nunca no mesmo nvel, est em eterno movimento, num eterno processo de destruio e de criao. No era por acaso que Marx dizia que o eterno movimento e a eterna destruio-criao so a substncia da vida. Por isso na vida existe sempre o novo e o velho, o que cresce e o que morre e, ao mesmo tempo, incessantemente, sempre, algo nasce... O mtodo dialtico diz que preciso considerar a vida como ela na realidade. A vida encontra-se em incessante movimento, por conseguinte devemos tambm considerar a vida no seu movimento, na sua destruio e criao. para onde vai a vida, que que morre, que que nasce na vida, que que se destri, que que se cria, eis que espcie de questes devem antes de mais nada interessar-nos. Tal a primeira concluso do mtodo dialtico. O que na vida nasce e cresce dia a dia invencvel; deter seu movimento para a frente impossvel; sua vitoria inelutvel. isto , se, por exemplo, na vida, o proletariado nasce e cresce dia a dia, ento, por mais dbil e pouco numeroso que seja hoje, acabar vencendo afinal. Ao contrario, o que na vida morre e vai em direo ao tmulo, deve ser inevitavelmente derrotado, isto , se, por exemplo, a burguesia sente faltar-lhe o cho debaixo dos ps e recua dia a dia, ento por mais forte e numerosa que ela seja hoje, acabar sendo afinal derrotada e baixar ao tmulo. Surge da a conhecida tese da dialtica: tudo o que real, isto , tudo o que de dia para dia se desenvolve, racional. Tal a segunda concluso do mtodo dialtico. No penltimo decnio do sculo passado, entre os intelectuais revolucionrios russos travou-se uma polmica importante. Os populistas diziam que a forca principal que pode executar a tarefa da "libertao da Rssia" so os camponeses pobres. Por que? - perguntavam os marxistas. Porque, diziam eles, os camponeses so os mais numerosos de todos e, ao mesmo tempo, os mais pobres de todos na sociedade russa. Os marxistas respondiam: verdade que os camponeses, hoje, constituem a maioria e so muito pobres, mas ser acaso esse o problema? J de h muito constituem os camponeses a maioria, mas at agora, sem o auxilio do proletariado, eles no
tomaram nenhuma iniciativa na luta pela "liberdade". E por que?
Porque o campesinato, como camada social, desagrega-se dia a dia, subdividem-se em proletariado e burguesia, ao passo que o proletariado, como classe, "dia a dia se desenvolve" e se fortalece. E aqui neste caso a pobreza no tem uma importncia decisiva: os "vagabundos" so mais pobres que os camponeses, mas ningum dir que possam executar a tarefa da "libertao da Rssia". A questo somente ver quem cresce e quem envelhece na vida. E uma vez que o proletrio a nica classe que cresce e se fortalece ininterruptamente, nosso dever colocarmo-nos a seu lado e reconhec-lo como fora principal na revoluo russa; assim respondiam os marxistas. Como vedes, os marxistas consideravam a questo de um ponto de vista dialtico, ao passo que os populistas raciocinavam metafisicamente, porque consideravam os fenmenos da vida "imutveis, cristalizados de uma vez para sempre" (vide Engels, Filosofia, economia poltica, socialismo). Assim o mtodo dialtico considera o movimento da vida. Mas h movimento e movimento. Havia um movimento social nas "jornadas de dezembro", quando o proletariado ergueu a cabea, assaltou os depsitos de armas e atacou a reao. Mas, se deve chamar movimento social tambm o movimento dos anos anteriores, quando o proletariado, num perodo de desenvolvimento "pacifico", limitava-se a greves parciais e fundao de pequenos sindicatos. evidente que o movimento possui diversas formas. E o mtodo dialtico diz que o movimento tem uma forma dupla: evoluo e revoluo. O movimento tem a forma de evoluo quando os elementos progressistas continuam espontaneamente seu trabalho cotidiano e introduzem na velha ordem pequenas modificaes "quantitativas". O movimento revolucionrio quando esses mesmos elementos, dominados por uma s idia, unem-se e lanam-se contra o campo inimigo, para destruir pela raiz a velha ordem com as suas caratersticas "qualitativas" e instaurar uma nova ordem. A evoluo prepara a revoluo e cria o terreno para esta, e a revoluo coroa a evoluo e contribui para o seu trabalho ulterior. O mesmos processos ocorrem tambm na vida da natureza. A histria da cincia demonstra que o mtodo dialtico um mtodo efetivamente cientifico: por toda a parte - da astronomia
sociologia - encontra confirmao a idia de que no mundo no
h nada de eterno, que tudo se modifica, tudo se desenvolve. Por conseguinte, na natureza, tudo deve ser considerado do ponto de vista do movimento, do desenvolvimento. E isso significa que o espirito da dialtica penetra toda a cincia moderna. No que diz respeito s formas do movimento, no que diz respeito ao fato de que, de conformidade com a dialtica, as pequenas mudanas "quantitativas" conduzem no final a grandes mudanas "qualitativas", essa lei possui igual valor tambm na histria natural. O "sistema peridico dos elementos" de Mendeleiev demonstra claramente a grande importncia que tem na historia natural o fato de surgirem das mudanas quantitativas, mudanas qualitativas. Na biologia, a teoria do neolamarckismo, a que cede lugar o neodarwinismo, atesta a mesma coisa. Dispensamo-nos de referir outros fatos esclarecidos de maneira assaz exaustiva por F. Engels no seu "Anti-Duhring". Assim, conhecemos agora o mtodo dialtico. Sabemos que, segundo esse mtodo, o mundo se encontra em perptuo movimento, num perptuo processo de destruio e de criao e que, por conseguinte, todo fenmeno, seja na natureza como na sociedade, deve ser considerado no seu movimento, no processo de destruio e de criao e no como algo cristalizado e imvel. Sabemos tambm que esse mesmo movimento possui uma forma dupla: evoluo e revoluo... Como consideram, porem, os anarquistas, o mtodo dialtico? O fundador do mtodo dialtico, como se sabe, foi Hegel. Marx somente depurou e melhorou esse mtodo. Essa circunstancia tambm conhecida pelos anarquistas; sabem eles tambm que Hegel era conservador e, aproveitando a "ocasio", atacam furiosamente Hegel, arrastamno na lama como reacionrio e partidrio da "restaurao"; demonstram com ardor que "Hegel ... o filosofo da restaurao... que ele exalta o constitucionalismo burocrtico na sua forma absoluta, que a idia geral da sua filosofia da historia serve tendncia filosfica da poca da restaurao e subordinada a esta" e assim por diante (vide Nobati, n. 6, artigo de V. Tcheerkezichvili). Para dizer a verdade, neste ponto ningum diverge deles, antes todos convm em que Hegel no era um revolucionrio, mas partidrio da monarquia, porem os
anarquistas, apesar disso, "demonstram" e julgam necessrio
"demonstrar" interminavelmente que Hegel era partidrio da "restaurao". Com que objetivo? Provavelmente, com o objetivo de desacreditar Hegel com tudo isso e dar a entender ao leitor que tambm o mtodo do "reacionrio" Hegel reprovvel e no cientifico. Se assim se passam efetivamente as coisas, se os senhores anarquistas pensam refutar por esse meio o mtodo dialtico, devo dizer que eles por esse meio no demonstram outra coisa seno a sua prpria ignorncia. Pascal e Leibnitz no eram revolucionrios, mas o mtodo matemtico descoberto por eles agora reconhecido como mtodo cientifico; Mayer e Helmholtz no eram revolucionrios, mas suas descobertas no campo da fsica tornaram-se uma base da cincia; nem tampouco Lamarck e Darwin eram revolucionrios, mas seu mtodo evolucionista criou o fundamento da cincia biolgica. Sim, por esse meio os anarquistas demonstraram somente sua prpria ignorncia. Continuemos. Segundo os anarquistas, "a dialtica metafsica" (vide Nobati, n. 9 Ch. G.) e uma vez que "desejam libertar a cincia da metafsica, a filosofia da teologia" (vide Nobati, n. 3, Ch. G.), repelem tambm o mtodo dialtico. Ah, os anarquistas! Como se costuma dizer, confundem alhos com bugalhos. A dialtica amadureceu na luta contra a metafsica, nessa luta cobriu-se de gloria, e segundo os anarquistas segue-se da que "a dialtica metafsica"! Proudhon, "pai" do anarquismo, acreditava que no mundo existisse uma "justia imutvel" estabelecida de uma vez para sempre (vide o Anarquismo de Eltzbcher, pags. 64-68, edio estrangeira) e por isso Proudhon era chamado de metafsico. Marx lutou contra Proudhon valendose do mtodo dialtico e demonstrou que se no mundo tudo muda, deve mudar tambm a "justia", e por conseguinte a "justia imutvel" uma fantasia metafsica (vide Misria da Filosofia, de Marx). E os discpulos georgianos do metafsico Proudhon tomam posio e "demonstram" que "a dialtica metafsica", que a metafsica admite o "incognoscvel" e a "coisa em si" e, em ltima anlise, no passa de uma teologia privada de contedo. Em contraposio a Proudhon e a Spencer, Engels, valendo-se do mtodo dialtico, lutou quer contra a metafsica quer contra a teologia (vide Ludwig Feuerbach e Anti-Duhring de
Engels) e demonstrou a ridcula vacuidade delas. Ao contrario,
nossos anarquistas "demonstram" que Proudhon e Spencer eram cientistas e Marx e Engels metafsicos. Das duas uma: ou os senhores anarquistas enganam a si mesmos ou no compreendem o que a metafsica. Em todo o caso, o mtodo dialtico a no desempenha nenhum papel. Que outra acusao movem os senhores anarquistas contra o mtodo dialtico? Dizem eles que o mtodo dialtico eh um "artificio", um "mtodo de sofismas", um "salto mortal mental e lgico" (vide Nobati, n. 8, Ch. G.), "mediante o qual igualmente fcil demonstrar o verdadeiro e o falso" (vide nobati, n. 4, V. Tcherkezichvili). primeira vista, pode parecer que a acusao lanada pelos anarquistas seja justa. Escutai o que diz Engels sobre o adepto do mtodo metafsico: "O seu discurso se sim, sim, se no, no; tudo quanto ultrapassa isso pertence ao diabo". Para ele uma coisa existe ou no existe; igualmente impossvel que uma coisa ao mesmo tempo ser boa e m?! Isso, na verdade, uma "sofisma", um "jogo de palavras"; isso significa que "desejais com igual facilidade demonstrar o verdadeiro e o falso..." Consideremos contudo a essncia da questo. hoje reivindicamos a republica democrtica; e a republica democrtica refora a propriedade burguesa; pode-se dizer que a republica burguesa boa sempre e por toda a parte? No, no se pode. Por qu? Porque a republica democrtica boa somente "hoje", enquanto destrumos a propriedade feudal, mas "amanha", quando iniciarmos a destruio da propriedade burguesa e a instaurao da propriedade socialista, a republica democrtica j no ser mais boa; pelo contrrio, se transformar num impecilho que despedaaremos e repeliremos; e uma vez que a vida est em continuo movimento, uma vez que no se pode operar uma ruptura entre o passado e o presente, uma vez que lutamos simultaneamente no s contra os elementos feudais, como tambm contra a burguesia, dizemos: na medida em que destri a propriedade feudal, a republica democrtica boa e nos apoiamos; mas na medida em que refora a propriedade burguesa, ela m e por isso a criticamos. Segue-se da que a republica democrtica ao mesmo tempo "boa" e "m" e por isso, pergunta feita, pode-se responder "sim" e "no".
Justamente a esses fatos referia-se Engels quando, com as
palavras acima, demonstrava a validade do mtodo dialtico. Os anarquistas, porem, no compreenderam isso e tomaram-no po um "sofisma"! Por certo, os anarquistas podem ressaltar ou no ressaltar esses fatos. podem tambm no notar a areia em uma praia arenosa: direito seu. mas o fato que aqui entra o mtodo dialtico que, diferentemente dos anarquistas, no olha a vida com os olhos fechados, escuta o pulsar da vida e diz explicitamente: uma vez que a vida muda, uma vez que a vida est em movimento, todo fenmeno vital tem dois aspectos: positivo e negativo. devemos sustentar o primeiro e rejeitar o segundo? Que estranha gente os anarquistas: invocam continuamente a "justia", porm com o mtodo dialtico comportam-se de modo muito diferente do justo! Prossigamos. Segundo os nossos anarquistas, "o desenvolvimento dialtico um desenvolvimento catastrfico, atravs do qual, em primeiro lugar, se destri completamente o passado, e depois, de maneira completamente isolada, constri-se o futuro... Os cataclismas de Cuvier eram gerados por causas desconhecidas, as catstrofes de Marx e de Engels so, ao invs, geradas pela dialtica" (vide Nobati, n. 8, Ch. G.). Mas, noutro trecho, o mesmo autor diz que "o marxismo se apoia no darwinismo e tem para este uma atitude acrtica (vide Nobati, n. 6). Atentai bem nisso, leitor! Cuvier nega a evoluo darwiniana, admite somente os cataclismos, e o cataclismo uma exploso inesperada, "gerada por causas desconhecidas". os anarquistas nos dizem que os marxistas se acusam a Cuvier e por conseguinte rejeitam o darwinismo. Darwin rejeita os cataclismos de Cuvier; admite a evoluo gradual. E eis aqueles mesmos anarquistas a afirmar que "o marxismo apia-se no darwinismo e tem uma atitude acrtica para com este": por conseguinte, os marxistas no so partidrios dos cataclismos de Cuvier. Eis o que o anarquismo! Isso significa, como se costuma dizer, bater com o martelo no prprio dedo! claro que o Ch. G. do nmero oito do Nobati esqueceu-se do que havia dito o Ch. G. do nmero seis. Qual dos dois tem razo? O do sexto ou o do oitavo nmero? Ou mentem ambos? Consideremos os fatos. Marx diz: "Num determinado grau de seu desenvolvimento, as foras produtivas materiais da
sociedade entram em contradio com as relaes de produo
existentes, isto , com as relaes de propriedade (o que o equivalente jurdico de tal expresso)..., ento sobrevem uma poca de revoluo social". Mas "uma formao social no perece enquanto no estejam desenvolvidas todas as foras produtivas que nela se contm..." (vide K. Marx, Contribuio critica da economia poltica, Prefcio). Se aplicarmos essa idia de Marx vida social contempornea, veremos que entre as modernas forcas produtivas, que tem carter social, e a apropriao dos produtos, que tem carter privado, existe um conflito fundamental que deve resolver-se com a revoluo socialista (vide F. Engels, Anti-Duhring, segundo capitulo da terceira parte). Como vedes, segundo Marx e Engels, a "revoluo" (a "catstrofe") no gerada pelas "causas desconhecidas" de Cuvier, mas por causas sociais totalmente determinadas, que operam na vida e chamadas "desenvolvimento das forcas produtivas". como vedes, segundo Marx e Engels, a revoluo se efetua somente quando as foras produtivas esto bastante maduras e no inesperadamente, como parecia a Cuvier. claro que entre os cataclismos de Cuvier, como tambm a concepo dialtica da revoluo, a mudana quantitativa e a qualitativa so duas formas necessrias de um s e mesmo movimento. evidente que no se pode sequer dizer de maneira alguma que "o marxismo"... tem uma atitude acrtica para com o darwinismo". Segue-se da que o Nobati mente em ambos os casos, tanto no nmero seis quanto no nmero oito. E eis esses "crticos" mentirosos a repetir monotonamente e com insistncia: queirais ou no, nossa mentira melhor que vossa verdade. Eles, provavelmente, supem que aos anarquistas tudo perdovel. Uma outra coisa os senhores anarquistas no podem perdoar ao mtodo dialtico: "A dialtica... no oferece a possibilidade nem de sair ou pular para fora de si, nem de saltar por cima de si mesmo" (vide Nobati, n. 8, Ch. G.). Eis que, senhores, tendes totalmente razo: o mtodo dialtico no d essa possibilidade. Mas por que no a d? Porque "pular para fora de si mesmo e saltar por cima de si mesmo", so ocupaes prprias de cabras monteses, e o mtodo dialtico, ao invs, feito para os homens. Eis onde est o segredo! Essas so, de modo geral, as opinies
dos nossos anarquistas sobre o mtodo dialtico. claro que os
anarquistas no compreendem o mtodo dialtico de Marx e de Engels; elaboraram uma dialtica prpria e justamente contra ela combatem to implacavelmente. No nos resta seno rir diante desse espetculo, porque como no rir quando se v um homem que luta contra as prprias fantasias, aniquila suas invenes e ao mesmo tempo afirma com ardor que derrotou o adversrio?
A Administração Enquanto Ciência Social: Limites e Possibilidades de Superação Da Dicotomia Empirismo Versus Racionalismo Por Meio Do Materialismo Dialético - Sidnei Silva Suerdieck