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Ao adotar tais remdios, cortes cumprem dois objetivos principais: superar bloqueios
polticos e institucionais, e aumentar a deliberao e o dilogo sobre causas e
solues do Estado de Coisas Inconstitucional. Cortes engajam em uma espcie de
ativismo judicial estrutural[4], justificado, no entanto, pela presena de bloqueios
polticos e institucionais. O Estado de Coisas Inconstitucional sempre o resultado de
situaes concretas de paralisia parlamentar ou administrativa sobre determinadas
matrias. Nesse cenrio de falhas estruturais e omisses legislativas e administrativas,
a atuao ativista das cortes acaba sendo o nico meio, ainda que longe do ideal em
uma democracia, para superar os desacordos polticos e institucionais, a falta de
coordenao entre rgos pblicos, temores de custos polticos, legislative blindspots,
sub-representao de grupos sociais minoritrios ou marginalizados.
No entanto, as cortes devem ser cientes das prprias limitaes. Devem saber que
no podem resolver o quadro atuando isoladamente, e que de nada adiantar
proferirem decises impossveis de serem cumpridas. Cortes devem adotar ordens
flexveis e monitorar a sua execuo, em vez de adotar ordens rgidas e se afastar da
fase de implementao das medidas. Em vez de supremacia judicial, as cortes devem
abrir e manter o dilogo com as demais instituies em torno das melhores solues.
O ativismo judicial estrutural, mas pode e deve ser dialgico[5].
Fonte: http://www.conjur.com.br/2015-set-01/carlos-campos-estado-coisasinconstitucional-litigio-estrutural
Novo texto
Como muitos assuntos do direito, o novo constitucionalismo latino-americano um
tema controvertido. Algumas correntes defendem uma ruptura do novo
constitucionalismo com a modernidade, que pode ter seu inicio datado em 1492 e
remete a colonizao da amrica, bem como uma predominncia de ideias europeias
que so uniformizadoras e hegemnicas, que teve como consequncia o extermnio
de populaes assim denominadas de indgenas. Matando junto com os ndios sua
cultura.