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o 224 — 27 de Setembro de 2000 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 5207

Decreto-Lei n.o 244/2000 bubalus, ovino, caprino, suíno ou equídeo não


de 27 de Setembro abrangido pelo n.o 2 do presente artigo, des-
tinado à reprodução, à produção de leite ou
Portugal, à semelhança de outros Estados membros de carne, a trabalhar como animal de tiro, ou
da Comunidade Europeia e de alguns países terceiros, a exposições ou concursos, com excepção dos
é afectado pela brucelose, zoonose que constitui uma animais que participem em acontecimentos cul-
severa ameaça para a saúde humana, particularmente turais e desportivos;
nos países da bacia mediterrânea onde é endémica.
2) Animal para abate — bovino, incluindo as espé-
A persistência desta doença obsta à livre circulação
de animais, na medida em que o mercado único pres- cies Bison bison e Bubalus bubalus, ovino,
supõe um elevado e uniforme estatuto sanitário dos efec- caprino, suíno ou equídeo destinado a um
tivos pecuários na Comunidade, tendo em vista, nomea- matadouro;
damente, as suas trocas intracomunitárias. 3) Animal a rastrear — bovino, ovino, suíno ou
A Directiva n.o 97/12/CE, do Conselho, de 17 de caprino presente no efectivo com mais de
Março, a Directiva n.o 98/46/CE, do Conselho, de 24 6 meses de idade, no caso dos ovinos/caprinos,
de Junho, e a Directiva n.o 98/99/CE, do Conselho, de ou 12 meses de idade, no caso dos bovinos,
14 de Dezembro, que alteram e actualizam a Directiva quando não vacinados, ou com mais de
n.o 64/432/CE, relativa a problemas de fiscalização sani- 18 meses de idade, evidenciado pelo apareci-
tária em matéria de comércio intracomunitário de ani- mento do primeiro par de incisivos definitivos,
mais das espécies bovinas e suínas, que foram trans- quando vacinados em jovens, bem como os
postas para o direito nacional pelo Decreto-Lei equídeos e os canídeos conforme referido no
n.o 157/98, de 9 de Junho, com as alterações que lhe artigo 10.o;
foram introduzidas pelo Decreto-Lei n.o 378/99, de 21
de Setembro, prevêem medidas de controlo da brucelose 4) Animal negativo (Neg/ -) — qualquer animal
no que respeita ao comércio intracomunitário, bem das espécies referidas nos números anteriores
assim a classificação sanitária dos efectivos e das áreas, que apresente reacção serológica negativa;
cuja aplicação importa estender ao território nacional. 5) Animal reagente (Rg) — animal que apresenta
As Portarias n.os 1051/91, de 15 de Outubro, e 3/95, uma ou mais provas serológicas positivas ou
de 3 de Janeiro, não adaptaram na íntegra as disposições duvidosas;
da Directiva n.o 91/68/CEE, de 28 de Janeiro, relativa 6) Animal suspeito — todo o bovino, ovino, caprino,
às condições de polícia sanitária que regem as trocas equídeo, canídeo ou suíno clinicamente sus-
intracomunitárias de ovinos e caprinos, sendo que essas peito e com reacção sorológica positiva num
medidas devem ser idênticas às utilizadas na erradicação teste de diagnóstico;
da doença e devem merecer acolhimento na legislação 7) Animal positivo — aquele que apresenta reac-
nacional. ção sorológica positiva no teste de diagnóstico
Por último, haverá ainda que dar letra de lei às reco- decisivo para efeitos de abate sanitário;
mendações da Comissão Europeia após as recentes visi-
tas a Portugal de uma missão de fiscalização da evolução 8) Animal infectado — aquele a que tenham sido
do programa de erradicação da Brucella melitensis entre isolados e identificados organismos do género
8 e 12 de Fevereiro de 1999 e de uma missão de controlo Brucella;
da evolução do programa de erradicação da Brucella 9) Efectivo — animal ou conjunto de animais da
abortus entre 20 e 29 de Outubro de 1999. mesma espécie ou espécies diferentes, man-
Atento o exposto, entendeu-se oportuno coligir, tidos numa exploração, como unidade epide-
actualizar e sistematizar num só diploma a legislação miológica; se existir mais de um efectivo numa
existente que se encontra dispersa por vários diplomas exploração, devem formar uma unidade dis-
e necessita ser adaptada à realidade sanitária actual do tinta com o mesmo estatuto sanitário;
combate à doença, considerando na mesma as questões 10) Exploração — qualquer estabelecimento, cons-
supra-referidas. trução ou, no caso de uma criação ao ar livre,
Foram ouvidos os órgãos de governo próprio das qualquer local onde os animais sejam mantidos,
Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira. criados ou manipulados;
Nos termos da alínea a) do n.o 1 do artigo 198.o da
Constituição, o Governo decreta o seguinte: 11) Unidade epidemiológica — efectivo bovino, ovino,
caprino ou suíno ou conjunto de efectivos exis-
tentes em determinada área geográfica, com
Artigo 1.o técnicas de maneio idênticas e contactos fre-
Objecto quentes ou periódicos entre si, constituindo um
todo do ponto de vista epidemiológico;
O presente diploma estabelece as normas técnicas
de execução do Programa de Erradicação da Brucelose, 12) Área epidemiológica — zona geográfica con-
adiante designado por PEB, bem como os procedimen- tínua e definida administrativamente, com
tos relativos à classificação sanitária de efectivos e áreas características agrícolas, pecuárias e epidemio-
e à consequente epidemiovigilância da doença. lógicas idênticas, nas quais as estratégias do
combate à brucelose deverão ter uma abor-
Artigo 2.o dagem idêntica, podendo ser constituídas por:
Definições a) Freguesia ou grupo de freguesias;
b) Concelho ou grupo de concelhos;
Para efeitos do presente diploma entende-se por: c) Divisão de intervenção veterinária (DIV);
1) Animal para reprodução ou produção — bovino, d) Parque natural;
incluindo as espécies Bison bison e Bubalus e) Direcção regional de agricultura (DRA);
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13) Efectivo com suspeita de brucelose — um efec- 22) Auto-repovoamento — repovoamento com ani-
tivo considera-se suspeito sempre que: mais da própria exploração, devendo estes ani-
a) Tenham ocorrido abortos ou quaisquer mais ser vacinados em jovens;
outros sinais clínicos que possam levar 23) Plano individual de saneamento (PIS) — pro-
à suspeita de infecção por Brucella; tocolo escrito, celebrado entre a autoridade
b) Inquéritos epidemiológicos sobre casos sanitária veterinária regional e o proprietário
de brucelose humana ou animal indi- do efectivo ou exploração, com o concurso do
quem a possível existência de animais médico veterinário-coordenador ou do médico
suspeitos; veterinário responsável sanitário da explora-
c) Tenha havido contacto com rebanhos ou ção, devidamente aprovados pela autoridade
animais considerados positivos ou sus- sanitária veterinária nacional, no qual serão
peitos; estabelecidas as medidas a desenvolver no sen-
d) Os efectivos submetidos a controlo sero- tido de controlar a infecção brucélica do efec-
lógico se encontrem a aguardar resul- tivo ou unidade epidemiológica, prevenir a
tados laboratoriais concludentes; infecção de outros efectivos, bem como evitar
a sua reintrodução após a erradicação, devendo
14) Efectivo positivo à brucelose — aquele que o protocolo incluir a calendarização das tes-
contenha animais com reacção positiva no teste tagens, maneio sanitário, práticas sanitárias a
serológico decisivo para efeitos de abate sani- desenvolver (desinfecções), saídas e entradas
tário; de animais, identificação dos animais, estra-
15) Efectivo infectado com brucelose — aquele tégia de vacinação (jovens ou adultos), assim
que contenha pelo menos um animal no qual como quaisquer outros elementos julgados
tenham sido isoladas bactérias do género necessários;
Brucella; 24) Vazio sanitário — período de tempo que medeia
16) Classificação sanitária de efectivos — classifi- entre a saída dos animais para abate sanitário
cação obrigatória dos efectivos bovinos, ovinos e o repovoamento ou reutilização dos estábulos
e caprinos, relativamente à brucelose conforme ou outras instalações onde os animais tenham
condições definidas no anexo I, sendo os efec- sido isolados ou mantidos;
tivos com diferentes espécies animais classifi- 25) Vigilância sanitária — acção que implica a
cados em função da situação sanitária da espé- manutenção de um efectivo sob observação
cie animal com a classificação menos favorável; sanitária, em consequência de inquérito epi-
17) Classificação sanitária de áreas — classificação demiológico em curso, quando de quarentena,
do País ou determinadas áreas epidemiológicas ou inspecção, designadamente colheitas de san-
pela Direcção-Geral de Veterinária (DGV), gue, até à obtenção dos resultados laborato-
relativamente à brucelose bovina e à brucelose riais, consistindo, nomeadamente, na suspen-
ovina e caprina em oficialmente indemnes e são temporária da movimentação dos animais,
indemnes conforme requisitos preconizados no implicando, da parte do proprietário, a obri-
anexo II ao presente diploma; gatoriedade de comunicação à autoridade sani-
18) Inquérito epidemiológico — conjunto unifor- tária veterinária regional de qualquer alteração
mizado de informação sanitária recolhida em do estado de saúde dos animais;
impresso próprio fornecido pela DGV, que se 26) Certificado sanitário veterinário — documento
destina à avaliação epidemiológica de uma emitido por médico veterinário para efeitos de
ocorrência sanitária, sendo o inquérito epide- deslocação de animais, de onde constem as
miológico efectuado em todas as situações em medidas médicas e sanitárias determinadas
que há suspeita ou confirmação de brucelose
pela autoridade sanitária veterinária nacional,
em determinado efectivo ou unidade epide-
ficando a emissão do certificado dependente
miológica;
19) Abate sanitário — abate de todo o animal sus- da inspecção prévia dos animais a deslocar,
peito, reagente ou positivo, seguido de colheita bem como o conhecimento da classificação do
de material para diagnóstico laboratorial em efectivo a que pertencem e a do que virão a
conformidade com normativos definidos pela integrar;
DGV; 27) Sequestro sanitário — acção compulsiva, que
20) Abate sanitário na totalidade do efectivo — abate implica o cumprimento e a aceitação, por parte
de todos os bovinos, ovinos ou caprinos exis- do proprietário ou responsável pelo efectivo
tentes no efectivo com brucelose oficialmente em causa, de medidas de carácter sanitário,
confirmada ou infectado, seguido de um em consequência da confirmação da doença;
período de vazio sanitário a determinar pela 28) Quarentena — isolamento de animais, que foram
autoridade sanitária veterinária nacional, para ou vão ser alvo de transferência entre explo-
aplicação das medidas hígio-sanitárias previstas rações, sob vigilância sanitária, por um período
no n.o 4 do artigo 10.o; mínimo de seis semanas, com a obrigatoriedade
21) Repovoamento — reintrodução de animais pro- de realização de rastreios no início e no fim;
venientes de efectivos classificados de indem- 29) Laboratórios oficiais de brucelose: o labora-
nes ou oficialmente indemnes de brucelose tório de referência — Laboratório Nacional de
num efectivo sujeito a abate na totalidade, após Investigação Veterinária, adiante designado
cumprimento do período de vazio e das medi- por LNIV; e os laboratórios de diagnóstico,
das hígio-sanitárias determinadas pela autori- que são os laboratórios licenciados pelo Labo-
dade sanitária veterinária nacional; ratório de referência e autorizados pela DGV
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para realizar provas de diagnóstico serológico peitos ou que tenham abortado ou repe-
e bacteriológico numa determinada área de tição da colheita em animais vacinados
influência; e ou reagentes;
30) Teste sorológico oficial — aquele que for defi- e) Outros (O) — rastreio efectuado, nomea-
nido pela autoridade sanitária nacional para damente, sobre animais que perderam
cada espécie animal e efectivos; a identificação ou que se encontram em
31) Controlo bacteriológico — conjunto de méto- quarentena;
dos utilizados no diagnóstico bacteriológico
efectuados no sentido de isolar e classificar bac- 35) Vacinação — compreende a imunização de
térias do género Brucella ou outras; fêmeas da espécie bovina, ovina e caprina e
32) Controlo serológico — o conjunto de provas deverá ser realizada em efectivos considerados
serológicas efectuadas para avaliar o estatuto infectados ou em risco de infecção, com con-
sanitário dos animais e do efectivo; trolo sorológico simultâneo;
33) Provas serológicas — as provas descritas no 36) Autoridade sanitária veterinária nacional — a
anexo C do Decreto-Lei n.o 157/98, de 9 de DGV, que poderá delegar as competências que
Junho, nomeadamente a de rosa de Bengala, lhe são atribuídas pelo presente diploma;
fixação do complemento, seroaglutinação, plas- 37) Autoridade sanitária veterinária regional — as
moaglutinação, prova do anel em leite ou DRA.
plasma ou prova de Elisa individual em soro
ou outras que venham a ser definidas pela auto- Artigo 3.o
ridade sanitária veterinária nacional; Aplicação das medidas
34) Rastreio — colheita de sangue para detecção
de anticorpos brucélicos nos animais, que é As medidas de profilaxia previstas no presente
caracterizada do seguinte modo: diploma para a erradicação da brucelose aplicam-se a
1) Quanto ao tipo: todo o território nacional.
a) Total (Tt) — quando se efectua a colheita
de sangue a todos os animais existentes Artigo 4.o
no efectivo com mais de 6 meses de Entidades executoras
idade no caso dos ovinos e caprinos e
com mais de 12 meses nos bovinos ou, A execução do PEB compete:
no caso de animais vacinados em jovens,
quando tenham mais de 18 meses, evi- a) A DGV;
denciado com o aparecimento do pri- b) Às DRA;
meiro par de incisivos definitivos; c) Ao LNIV e aos laboratórios de diagnóstico da
b) Incompleto (I) — quando de efectivos DRA e das organizações de produtores pecuá-
grandes, o rastreio poderá ser feito em rios e de particulares devidamente licenciados
dias sucessivos, devendo esse facto ser e autorizados pela DGV;
mencionado nas respectivas folhas de d) Ao Instituto de Financiamento e Apoio ao
colheita como rastreio incompleto, Desenvolvimento da Agricultura e Pescas,
devendo a última colheita desta testa- adiante designado por IFADAP.
gem ser mencionada como rastreio
incompleto final (I — F); Artigo 5.o
c) Por amostragem representativa (A) —
Competências das entidades executoras
quando se efectua a colheita de sangue
a uma fracção representativa de animais, 1 — Compete à DGV:
conforme definido no anexo I.
a) A direcção, coordenação e controlo das acções
2) Quanto ao motivo: a desenvolver para a execução do presente
diploma;
a) Controlo (C) — rastreio para controlo b) Promover e assegurar, em colaboração com as
da doença, efectuado na sequência da DRA, a elaboração do PEB, bem como o neces-
detecção de anticorpos brucélicos na sário apoio técnico aos serviços envolvidos;
área; c) Preparar o plano anual de actividades e o res-
b) Saneamento (S) — rastreio realizado sobre pectivo orçamento, de acordo com as disposi-
os efectivos em função da sua classifi- ções vigentes para a elaboração e execução do
cação sanitária, conforme definido no Programa de Investimentos e Despesas de
anexo I; Desenvolvimento da Administração Central
c) Validação (V) — rastreio efectuado sobre (PIDDAC);
a totalidade dos animais do efectivo, no d) Promover e acompanhar a execução anual do
sentido de confirmar e classificar como PEB, fiscalizando o respectivo cumprimento.
indemne ou oficialmente indemne um
efectivo no qual não foi confirmado por 2 — Compete às DRA:
exame bacteriológico a presença de
Brucella; a) Executar, na respectiva região, as orientações
d) Diagnóstico (D) — quando a colheita da DGV;
tem como finalidade o diagnóstico de b) Coordenar, promover, executar e verificar, na
infecção por Brucella em animais sus- respectiva região, as medidas do PEB;
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c) Elaborar e enviar quadrimestralmente à DGV Artigo 7.o


os relatórios técnicos sobre a execução do PEB Obrigatoriedade da notificação dos abortos
na sua região;
d) Propor à DGV medidas sanitárias a adoptar na 1 — É obrigatória a notificação, por parte do detentor
respectiva região. dos animais, de todos os abortos ocorridos em fêmeas
das espécies bovina, ovina e caprina.
3 — Compete ao LNIV: 2 — Os abortos notificados deverão ser objecto de
inquérito epidemiológico e colheita de material para
a) Coordenar e efectuar estudos experimentais diagnóstico bacteriológico.
para implementação e validação de novas meto- 3 — As normas de procedimento para colheita e envio
dologias; de material aos laboratórios proveniente de abortos
b) Produzir, padronizar e distribuir os reagentes serão elaboradas pelo LNIV e difundidas por circular
utilizados nas provas de diagnóstico; da DGV, através das direcções regionais de agricultura.
c) Coordenar e supervisionar tecnicamente os
laboratórios de diagnóstico, promovendo o con- Artigo 8.o
trolo das suas actividades, mediante visitas
periódicas e a realização de ensaios interla- Proibição do tratamento e condicionalismos da imunoprofilaxia
boratoriais; 1 — É expressamente proibido o tratamento da
d) Assegurar a necessária formação do pessoal téc- brucelose.
nico dos laboratórios de diagnóstico; 2 — É expressamente proibido em todo o território
e) Fornecer e manter actualizados os procedimen- de Portugal, fora das condições previstas no número
tos analíticos; seguinte, a vacinação contra a brucelose bovina, bem
f) Prestar à DGV todas as informações no âmbito como a comercialização do respectivo imunogénio.
da sua competência. 3 — A autoridade sanitária veterinária nacional pode,
por sua iniciativa ou por proposta da autoridade sani-
4 — Compete aos laboratórios de diagnóstico: tária veterinária regional, conceder autorização para a
vacinação contra a brucelose bovina e a comercialização
a) Realizar as provas de diagnóstico sorológico e do respectivo imunogénio desde que factores de natu-
ou bacteriológico na sua área de influência; reza sanitária o justifiquem.
b) Assegurar que sejam utilizados nas provas de 4 — A comercialização de imunogénio contra a bru-
diagnóstico os reagentes e os procedimentos celose fica condicionada, nos casos referidos no n.o 3,
analíticos fornecidos pelo LNIV; à prévia emissão de credencial pela autoridade sanitária
c) Prestar à DGV e ao LNIV todas as informações veterinária nacional.
no âmbito da sua competência que lhes forem 5 — A autorização para a vacinação de bovinos obriga
solicitadas. à elaboração de um plano individual de saneamento,
em conformidade com o disposto no n.o 23 do artigo 2.o
5 — Compete ao IFADAP: 6 — A vacinação nas espécies ovina e caprina é efec-
tuada com a estirpe vacinal B. melitensis Rev 1, só sendo
a) Centralizar, como interlocutor do Fundo Euro- permitida a vacinação de fêmeas que cumpram os
peu de Orientação e Garantia Agrícola, Secção seguintes requisitos:
Orientação, a documentação necessária à obten- a) Fêmeas entre os 3 e os 6 meses de idade, em
ção do reembolso das despesas efectuadas no bom estado de desenvolvimento e sem sinais
âmbito do presente diploma; evidentes de situação debilitante, designada-
b) Movimentar as verbas inscritas no PIDDAC, mente parasitismo, magreza ou actividade
adicionadas dos reembolsos ou antecipações, de sexual;
acordo com as condições estabelecidas no pre- b) Fêmeas adultas poderão ser vacinadas com
sente diploma; vacina Rev 1, devendo a mesma ser realizada
c) Efectuar o pagamento das despesas decorrentes em todas as fêmeas com mais de 6 meses;
do PEB; c) Todos os animais vacinados serão identificados
d) Proceder a quaisquer acções de fiscalização de por tatuagem aposta no meio da face interna
execução dos movimentos e de aplicação das do pavilhão auricular esquerdo ou na face
ajudas, devendo comunicar posteriormente à interna da prega da virilha esquerda para os
DGV qualquer incumprimento; animais sem orelha esquerda, conforme normas
e) Prestar todas as informações que, no âmbito difundidas pela DGV, e sujeitos a controlo sero-
da sua competência, lhe forem solicitadas pela lógico simultâneo ou efectuado há menos de
DGV; 30 dias;
d) Os animais vacinados deverão ser mantidos
f) Proceder, nos prazos fixados e de acordo com
durante 30 dias separados do restante efectivo,
as condições previstas na lei, ao pagamento das
nomeadamente dos machos.
indemnizações por abates sanitários de bovinos.

Artigo 9.o
Artigo 6.o
Classificação sanitária dos efectivos e áreas
Obrigatoriedade da declaração da doença
Os efectivos bovinos, ovinos e caprinos e as áreas
A brucelose é uma doença de declaração obrigatória. definidas no n.o 12 do artigo 2.o são objecto de clas-
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sificação sanitária obrigatória relativamente à brucelose, 4 — Sempre que um efectivo seja considerado infec-
em conformidade com os anexos I e II ao presente tado, a autoridade sanitária veterinária regional deve,
diploma. para além das medidas referidas nos n.os 1 e 3, deter-
Artigo 10.o minar o seguinte:

Medidas de profilaxia e polícia sanitária a) Limpeza e desinfecção dos estábulos e anexos,


das áreas e locais de carga, dos meios de trans-
1 — Sempre que um efectivo seja considerado como porte, das matérias ou substâncias provenientes
suspeito de brucelose, a autoridade sanitária veterinária dos animais ou que com eles estiveram em con-
regional deve colocar o mesmo sob vigilância sanitária, tacto, bem como dos recipientes, utensílios e
determinando: outros objectos utilizados pelos animais;
a) A elaboração de inquérito epidemiológico na b) Interdição de utilizar as pastagens onde per-
exploração suspeita no prazo máximo de uma maneceram os animais positivos durante pelo
semana; menos 60 dias no Inverno ou 30 dias no Verão;
b) A interdição do movimento de animais de espé- c) Considerar como suspeitos e submeter a testes
cies sensíveis de e para a exploração em causa, oficiais de diagnóstico todos os animais que:
excepto quando destinados a abate imediato, i) Tenham estado em contacto com um ani-
ou tenham obtido guia sanitária de trânsito emi- mal regressado da transumância e no qual
tida pela autoridade sanitária veterinária regio- seja diagnosticado brucelose;
nal; ii) Tenham estado em contacto regular com
c) O isolamento dos animais suspeitos na explo- animais sensíveis à brucelose provenien-
ração; tes de outros efectivos e nos quais tenha
d) A colheita do material considerado adequado, sido diagnosticada brucelose;
para diagnóstico laboratorial.
d) Providenciar para que o leite de animais posi-
2 — A decisão de aplicação das medidas referidas no tivos só possa ser utilizado por animais da
número anterior deve ser fundamentada e notificada mesma exploração após tratamento térmico
ao proprietário dos animais. adequado, de acordo com a Portaria n.o 861/84,
3 — Sempre que um efectivo seja considerado posi- de 15 de Novembro, e Portaria n.o 533/93, de
tivo à brucelose, deve ser colocado em sequestro pela 21 de Maio;
autoridade sanitária veterinária regional que determi-
e) Providenciar para que o leite de animais nega-
nará:
tivos seja impedido de sair da exploração,
a) O abate sanitário compulsivo dos animais rea- excepto no caso de vir a ser submetido a tra-
gentes, nos 30 dias subsequentes à data de noti- tamento térmico adequado, de acordo com a
ficação oficial do proprietário com colheita de Portaria n.o 861/84, de 15 de Novembro, e Por-
material para diagnóstico laboratorial; taria n.o 533/93, de 21 de Maio;
b) A proibição da movimentação de qualquer ani- f) Providenciar para que o leite de animais nega-
mal das espécies sensíveis de ou para o efectivo tivos, destinado a fabrico de queijo na explo-
atingido, excepto se destinado ao abate imediato ração, seja submetido a tratamento térmico ade-
ou a centro de agrupamento sob controlo oficial, quado antes do seu processamento, de acordo
ou tenham obtido previamente guia sanitária com a Portaria n.o 861/84, de 15 de Novembro,
de trânsito emitida pela autoridade sanitária e Portaria n.o 533/93, de 21 de Maio;
veterinária regional; g) Impor a destruição imediata por queima, após
c) O controlo sorológico conforme referido no tratamento com solução desinfectante oficial-
anexo I; mente aprovada, de fetos, nados-mortos, pla-
d) A guia sanitária de trânsito a que se refere a centas e animais jovens que tenham morrido,
alínea b) poderá ser passada pela autoridade a menos que se destinem a análise laboratorial;
sanitária veterinária regional, salvaguardando a h) Impor a destruição imediata, por queima ou
situação sanitária da área de destino, quando: enterramento, após tratamento com solução
i) Se trate da transferência de efectivos em desinfectante oficialmente aprovada, das palhas,
sequestro para outra exploração em camas e quaisquer outros materiais ou substân-
situação idêntica ou onde não exista efec- cias que tenham estado em contacto com os
tivo pecuário (transumância em seques- animais positivos ou com placentas;
tro sanitário); i) Impedir a utilização, sem tratamento adequado,
ii) For solicitado o isolamento de animais do estrume de estábulos infectados ou de quais-
reagentes ou positivos em instalações de quer outros alojamentos utilizados pelos ani-
outra exploração de condição sanitária mais, consistindo esse tratamento na utilização
idêntica, inferior ou sem efectivos pecuá- de um desinfectante adequado ou na retenção
rios; de estrume, coberto por uma camada de terra,
iii) Se trate de saída de animais seronega- durante pelo menos três semanas;
tivos para recria e acabamento com des- j) Determinar que o repovoamento ou introdução
tino ao abate, desde que devidamente de animais na exploração se faça com animais
identificados de modo indelével, e para provenientes da própria exploração ou de efec-
exploração em que o seu contacto com tivos indemnes, ou oficialmente indemnes,
efectivos reprodutores seja interdito. devendo estes animais ser vacinados em jovens.
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5 — Sempre que um efectivo seja considerado infec- d) Os efectivos suínos são objecto de classificação
tado de brucelose deve, para além das medidas previstas relativamente à brucelose, em conformidade
no n.o 4 do presente artigo, ser avaliada a hipótese do com o anexo IV;
seu abate na totalidade. e) O teste de diagnóstico decisivo é a prova de
6 — À população equídea nacional são aplicáveis as rosa de Bengala e deverá ser utilizado para todos
seguintes medidas de profilaxia sanitária: os animais como teste de rastreio.
a) O rastreio anual é obrigatório para os efectivos
equídeos dos organismos estatais que cedam e Artigo 11.o
ou vendam reprodutores, para os equídeos que Sequestro
coabitem em efectivos com ruminantes positi-
vos, para os efectivos existentes nos postos de 1 — O sequestro consiste nomeadamente em:
cobrição e para os efectivos beneficiados por a) Interdição da saída de animais para mercados
reprodutores cedidos por organismos estatais; ou outras explorações, devendo os animais ter
b) Todas as éguas a serem beneficiadas por gara- obrigatoriamente como destino directo o mata-
nhões do Serviço Nacional Coudélico devem ser douro ou centro de agrupamento, com auto-
sujeitas a rastreio nos 60 dias antecedentes; rização prévia da autoridade sanitária veteriná-
c) Todas as amostras de sangue deverão ser sujei- ria regional;
tas às provas de rosa de Bengala, fixação de b) Interdição da entrada na exploração de animais
complemento a realizar no LNIV; susceptíveis de estarem contaminados, salvo nos
d) Os animais considerados positivos serão sub- casos previstos e com autorização prévia;
metidos a marcação indelével, no casco c) Interdição do contacto com outros efectivos;
esquerdo e a pronto abate sanitário, com direito d) Manutenção do efectivo sob vigilância sanitária
a indemnização de acordo com a legislação em oficial e obrigatoriedade de comunicação à
vigor. autoridade sanitária veterinária regional de
qualquer alteração do estado de saúde dos
animais.
7 — O controlo e erradicação da epididimite conta-
giosa dos carneiros será efectuado da seguinte forma: 2 — Um sequestro sanitário, só deverá ser levantado
a) Em efectivos ovinos inscritos nos livros genea- quando:
lógicos das respectivas raças e nos efectivos pro- a) Tenham sido obtidos dois controlos serológicos
dutores de reprodutores, os carneiros inteiros consecutivos negativos, com um intervalo de
com mais de 6 meses de idade deverão ser sub- pelo menos 60 dias, sendo o primeiro efectuado
metidos a provas de rastreio da epididimite con- 30 dias após a remoção do ou dos animais rea-
tagiosa (Brucella ovis); gentes, conforme o disposto no anexo I;
b) Nos restantes efectivos, quando os proprietários b) Assim for determinado pela autoridade sanitá-
o solicitem ou a autoridade sanitária veterinária ria veterinária regional em consequência
assim o determine, os soros dos machos repro- nomeadamente da conclusão de processo de
dutores ovinos, com idade superior a 6 meses, contra-ordenação.
que forem sujeitos a rastreio de controlo da bru-
celose deverão igualmente ser sujeitos a rastreio Artigo 12.o
da epididimite contagiosa (Brucella ovis), no
sentido de se obter uma amostragem que per- Abate total
mita identificar efectivos infectados; 1 — A autoridade sanitária veterinária nacional pode
c) Os animais considerados positivos serão sujeitos determinar o abate total da unidade epidemiológica
a abate sanitário, obrigatório para os efectivos positiva ou infectada por proposta da autoridade sani-
referidos na alínea a) e voluntário para os efec- tária veterinária regional tendo em conta a proposta
tivos referidos na alínea b); da entidade executora das acções sanitárias.
d) Os efectivos ovinos são objecto de classificação 2 — O abate na totalidade pode ser determinado nas
relativamente à epididimite contagiosa dos car- seguintes situações:
neiros, em conformidade com o anexo III;
e) O teste de fixação do complemento deverá ser a) Quando não se verifique melhoria da classifi-
utilizado para todos os animais como teste de cação sanitária do efectivo ou da unidade epi-
demiológica nos últimos 12 meses;
rastreio e decisivo.
b) Quando tenham sido isoladas bactérias do
género Brucella;
8 — O controlo e erradicação da brucelose dos suínos c) Quando em certas condições epidemiológicas
será efectuado da seguinte forma: de uma área geográfica seja esta a medida mais
a) Quando os proprietários o solicitem ou a auto- adequada para melhorar a situação;
ridade sanitária veterinária assim o determine, d) Quando não seja possível implementar as medi-
os suínos com mais de 6 meses de idade deverão das de profilaxia e polícia sanitárias constantes
ser submetidos a provas de rastreio da brucelose do artigo 10.o e relativos à unidade em causa.
suína (Brucella suis);
b) Os animais considerados positivos serão sujeitos 3 — A proposta de abate total enviada à autoridade
a abate sanitário, obrigatório; sanitária veterinária nacional deve ser acompanhada dos
c) Se for confirmada a infecção, uma vez abatidos seguintes elementos:
todos os animais positivos, devem ser efectuados a) Inquérito epidemiológico;
dois controlos serológicos, com resultados nega- b) Compromisso expresso do proprietário, ou pro-
tivos, com seis ou mais semanas de intervalo; prietários de que vão cumprir o período de vazio
N.o 224 — 27 de Setembro de 2000 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 5213

que lhes for determinado pela autoridade sani- e) O incumprimento das restrições impostas ao
tária veterinária, e de que procederão ao repo- transporte a partir da exploração infectada ou
voamento com animais provenientes de efec- com destino a ela, ao sequestro e ao isolamento;
tivos indemnes ou oficialmente indemnes. f) O incumprimento das normas relativas à mar-
cação, embarque para abate, abate dos animais
Artigo 13.o positivos e tratamento e destruição dos alimen-
tos, dos objectos susceptíveis de estarem con-
Marcação dos animais a abater taminados e das desinfecções determinadas pela
1 — Os animais destinados ao abate sanitário devem autoridade competente;
ser marcados nos oito dias úteis seguintes à comunicação g) O incumprimento das regras determinadas para
dos resultados pelo fogo ou qualquer substância cáustica, o repovoamento pela autoridade sanitária vete-
em conformidade com o previsto na Portaria n.o 793/73, rinária regional;
de 13 de Novembro, e medidas sanitárias determinadas h) A violação das marcas auriculares oficiais, mar-
pela DGV. cas oficiais indeléveis e outras que impeçam a
2 — Nos bovinos a marca é colocada na parte média correcta identificação dos animais.
da região ântero-superior da tábua esquerda do pescoço.
3 — Nos ovinos e caprinos a marcação é colocada 2 — A tentativa e a negligência são puníveis.
na face externa média da coxa esquerda, conforme o
disposto na Portaria n.o 793/73, de 13 de Novembro,
ou por vazamento com marca triangular da orelha Artigo 17.o
esquerda, ou a fogo no chanfro. Sanções acessórias

Artigo 14.o Consoante a gravidade da contra-ordenação e a culpa


do agente, podem ser aplicadas, simultaneamente com
Transporte para abate a coima, e nos termos do disposto no regime geral das
Todos os animais destinados a abate sanitário deverão contra-ordenações as seguintes sanções acessórias:
ser acompanhados pelos documentos de circulação exi- a) Perda de objectos pertencentes ao agente;
gidos no Decreto-Lei n.o 338/99, de 24 de Agosto, b) Interdição do exercício de profissões ou acti-
aquando do transporte para os matadouros, que se efec- vidades cujo exercício dependa de título público
tuará sob a responsabilidade da autoridade sanitária ou de autorização ou homologação de autori-
veterinária regional. dade pública;
Artigo 15.o c) Privação do direito a subsídio ou benefício
outorgado por entidades ou serviços públicos;
Indemnização
d) Privação do direito de participar em feiras ou
1 — Os proprietários dos animais sujeitos a abate mercados;
sanitário devem ser indemnizados nos termos e nas con- e) Privação do direito de participar em arrema-
dições estabelecidas em diplomas legais específicos. tações ou concursos públicos que tenham por
2 — Sempre que por inquérito epidemiológico se veri- objecto a empreitada ou a concessão de obras
fique que o proprietário de animais sujeitos a abate públicas, o fornecimento de bens e serviços
sanitário total foi responsável pela reintrodução da públicos e a atribuição de licenças ou alvarás;
doença no efectivo, este perderá o direito a qualquer f) Encerramento de estabelecimento cujo funcio-
indemnização por abate sanitário por um período de namento esteja sujeito a autorização ou licença
dois anos. de autoridade administrativa;
Artigo 16.o g) Suspensão de autorizações, licenças e alvarás.
Contra-ordenações
Artigo 18.o
1 — Constitui contra-ordenação, punível com coima
de 50 000$ a 750 000$ ou até 9 000 000$, consoante o Instrução e decisão dos processos de contra-ordenação
agente seja pessoa singular ou colectiva:
1 — Compete à DRA da área da prática da infracção
a) A recusa à apresentação dos animais ao sanea- a instrução dos processos de contra-ordenação.
mento e obstrução por parte do proprietário 2 — Compete ao director-geral de veterinária a apli-
ou do detentor dos animais durante a realização cação da coima e das sanções acessórias.
de inspecções ou colheitas de amostras para a
aplicação das acções do PEB;
b) O incumprimento da obrigação de notificação Artigo 19.o
dos casos suspeitos ou confirmados de brucelose Afectação do produto das coimas
à autoridade sanitária veterinária;
c) A inobservância das medidas determinadas pela A afectação dos produtos das coimas cobradas em
autoridade sanitária veterinária após a notifi- aplicação do presente diploma faz-se da seguinte forma:
cação de suspeita ou de confirmação oficial da
existência da doença; a) 10 % para a entidade que levantou o auto;
d) A oposição ou a criação de obstáculos à rea- b) 10 % para a entidade que instruiu o processo;
lização das medidas sanitárias previstas ou dos c) 20 % para a entidade que aplicou a coima;
inquéritos; d) 60 % para o Estado.
5214 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 224 — 27 de Setembro de 2000

Artigo 20.o outra prova aprovada de acordo com o


Regiões Autónomas
procedimento comunitário e definida no
n.o 33 do artigo 2.o;
Nas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, ii) Três provas a amostras de leite, com
a execução administrativa do presente diploma cabe aos intervalos de três meses, seguidas de uma
serviços competentes das respectivas administrações prova sorológica especificada no n.o 33
regionais, sem prejuízo das competências atribuídas à do artigo 2.o, efectuada pelo menos seis
DGV, na qualidade de autoridade veterinária nacional, semanas depois;
constituindo receita das Regiões Autónomas o produto
das coimas aí cobradas. d) Todos os bovinos que tiverem entrado no efec-
tivo provenientes de outro efectivo com estatuto
Artigo 21.o de oficialmente indemne de brucelose e, no caso
dos animais com mais de 12 meses de idade,
Revogações apresentarem uma reacção serológica negativa
São revogadas: no teste de fixação de complemento ou a qual-
quer outra prova aprovada de acordo com o
a) A Portaria n.o 3/95, de 3 de Janeiro; procedimento comunitário e definida no n.o 33
b) A Portaria n.o 233/91, de 22 de Março; do artigo 2.o, até prova de reacção negativa.
c) A Portaria n.o 427/91, de 24 de Maio;
d) A Portaria n.o 1051/91, de 15 de Outubro. 2 — Um efectivo bovino conservará o estatuto de ofi-
Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 10 cialmente indemne de brucelose se:
de Agosto de 2000. — António Manuel de Oliveira Guter- a) For realizado anualmente com resultados nega-
res — António do Pranto Nogueira Leite — Vítor Manuel tivos um dos seguintes programas de provas:
Sampaio Caetano Ramalho — António Luís Santos
Costa — Luís Manuel Capoulas Santos. i) Três provas do anel em leite realizadas
com intervalos de pelo menos três meses;
Promulgado em 11 de Setembro de 2000. ii) Três provas Elisa em leite, realizadas com
intervalos de, pelo menos, três meses;
Publique-se.
iii) Três provas do anel em leite realizadas
O Presidente da República, JORGE SAMPAIO. com um intervalo de, pelo menos, três
meses, seguidas de uma das prova soro-
Referendado em 14 de Setembro de 2000. lógicas referidas no n.o 33 do artigo 2.o;
iv) Duas provas Elisa em leite, realizadas
O Primeiro-Ministro, António Manuel de Oliveira
com um intervalo de, pelo menos, três
Guterres.
meses, seguidas de uma das provas defi-
ANEXO I nidas no n.o 33 do artigo 2.o, realizada,
Classificação sanitária de efectivos
pelo menos, seis semanas depois;
v) Duas provas sorológicas realizadas com
Normas para classificação sanitária de efectivos bovinos um intervalo de, pelo menos, 3 meses e
Para efeitos do presente anexo entende-se por bovinos não superior a 12 meses;
todos os animais daquela espécie com excepção dos
machos destinados a engorda, desde que sejam prove- b) No entanto é possível, quer em todo o país,
nientes de um efectivo oficialmente indemne. Os machos quer em zonas definidas não oficialmente
referidos não poderão vir a ser utilizados na reprodução, indemnes de brucelose, mas em que todos os
destinando-se apenas ao abate. efectivos bovinos estejam sujeitos a um pro-
grama oficial de combate à brucelose, alterar
A) Efectivo bovino oficialmente indemne de brucelose a frequência das provas de rotina do seguinte
modo:
1 — Um efectivo bovino considera-se oficialmente
indemne de brucelose se: i) Se a percentagem de efectivos bovinos
infectados não for superior a 1 %, é sufi-
a) Não incluir bovinos vacinados contra a bruce- ciente realizar, anualmente, duas provas
lose com excepção de fêmeas vacinadas há pelo do anel em leite ou duas provas de Elisa
menos três anos; em leite com um intervalo de pelo menos
b) Todos os bovinos estejam isentos de sinais clí- três meses, ou uma prova sorológica;
nicos de brucelose há pelo menos seis meses; ii) Se pelo menos 99,8 % dos efectivos bovi-
c) Todos os bovinos com mais de 12 meses de idade nos tiverem sido declarados oficialmente
tenham sido sujeitos a um dos seguintes pro- indemnes de brucelose durante, pelo
gramas de provas com resultados negativos: menos, quatro anos, o intervalo entre os
i) Duas provas sorológicas, efectuadas com controlos pode ser alargado para dois
intervalos superiores a 3 meses e infe- anos se forem controlados todos os ani-
riores a 12 meses, nomeadamente uma mais com mais de 12 meses de idade,
prova de aglutinação com o antigénio ou o controlo pode limitar-se aos animais
rosa de Bengala, uma prova de fixação com mais de 24 meses de idade se os
do complemento ou uma prova de Elisa efectivos continuarem a ser controlados
individual em soro, e ainda qualquer todos os anos; os controlos devem ser
N.o 224 — 27 de Setembro de 2000 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 5215

realizados utilizando uma das provas efectivo com mais de 12 meses de idade apre-
sorológicas referidas no n.o 33 do sentem um resultado negativo; a primeira prova
artigo 2.o; deve ser realizada pelo menos 30 dias após o
abate do animal e a segunda pelo menos 60 dias
c) Todos os bovinos que entrarem no efectivo pro- depois;
venientes de outros efectivos com o estatuto de ii) Se o animal tiver sido isolado em relação aos
oficialmente indemnes de brucelose e, no caso outros animais do efectivo, pode proceder-se
dos bovinos com mais de 12 meses de idade: à sua reintrodução no efectivo, e o estatuto deste
último pode ser restabelecido, se posterior-
i) Deverão apresentar um resultado nega- mente:
tivo na prova de fixação do complemento
ou a qualquer outra prova aprovada nos 1) Apresentar resultado negativo na prova
termos do procedimento previsto comu- de fixação de complemento; ou
nitariamente, durante os 30 dias anterio- 2) Apresentar resultado negativo em qual-
res ou os 30 dias posteriores à introdução quer outra prova aprovada definida no
no efectivo, devendo, neste último caso, n.o 33 do artigo 2.o
os animais em causa permanecer isolados
fisicamente dos outros animais do efec- 4 — O estatuto de um efectivo oficialmente indemne
tivo de uma forma que evite qualquer de brucelose será retirado se for confirmada no efectivo,
contacto directo ou indirecto com os infecção por Brucella.
outros animais até prova de reacção 5 — O estatuto do efectivo só poderá ser restabe-
negativa; lecido quando todos os bovinos presentes no efectivo
ii) Esta prova poderá não ser exigida nas no momento da primeira manifestação da doença tive-
regiões em que, desde há pelo menos dois rem sido abatidos ou, em alternativa, o efectivo tiver
anos, a percentagem de efectivos bovinos sido sujeito a uma prova de controlo e todos os animais
positivos com brucelose não seja superior com mais de 12 meses de idade tiverem apresentado
a 0,2 % e se os animais forem provenien- resultados negativos em duas provas consecutivas com
tes de um efectivo oficialmente indemne intervalos de 60 dias, sendo a primeira efectuada pelo
de brucelose nessa região e não tiverem menos 30 dias após a retirada do ou dos animais positivos
estado em contacto, durante o transporte, e, no caso das fêmeas que se encontravam prenhes no
com bovinos de estatuto inferior; momento da primeira manifestação da doença, o con-
trolo final será obrigatoriamente realizado a partir do
d) No entanto, bovinos provenientes de um efec- 21.o dia após o parto do último animal prenhe no
tivo bovino indemne de brucelose podem ser momento da primeira manifestação da doença.
introduzidos num efectivo oficialmente
indemne de brucelose se tiverem, pelo menos, B) Efectivo bovino indemne de brucelose
18 meses de idade e, no caso de terem sido 1 — Um efectivo bovino é indemne de brucelose se:
vacinados contra a brucelose, a vacina tiver sido
efectuada há mais de um ano, devendo esses a) Todos os bovinos estiverem isentos de sinais clí-
animais ter apresentado nos 30 dias anteriores nicos de brucelose há pelo menos seis meses;
à introdução no efectivo, resultado negativo na b) Todos os bovinos com mais de 12 meses de idade
prova de fixação de complemento, ou a qualquer tiverem sido sujeitos a um dos seguintes pro-
outra prova aprovada nos termos do procedi- gramas de provas, com resultados negativos:
mento previsto comunitariamente e definido no i) Duas provas serológicas efectuadas com
n.o 33 do artigo 2.o, até prova de reacção intervalos superiores a 3 meses e infe-
negativa; riores a 12 meses, nomeadamente uma
e) No entanto, se uma fêmea proveniente de um prova de aglutinação com o antigénio
efectivo indemne de brucelose for introduzida rosa de Bengala, uma prova de fixação
num efectivo bovino oficialmente indemne de do complemento ou uma prova de Elisa
brucelose, nos termos do disposto na alínea individual a partir do soro, e ainda qual-
anterior, esse efectivo será considerado quer outra prova aprovada de acordo
indemne de brucelose durante dois anos a con- com o procedimento comunitário e defi-
tar da data de introdução do último animal nida no n.o 33 do artigo 2.o;
vacinado. ii) Três provas a amostras de leite com inter-
valos de três meses, seguidas de uma
3 — O estatuto de um efectivo oficialmente indemne prova serológica definida no n.o 33 do
de brucelose será suspenso se: artigo 2.o, efectuada pelo menos seis
a) As condições referidas nos n.os 1 e 2 não forem semanas depois;
respeitadas; ou
b) Na sequência de provas laboratoriais ou por moti- c) As fêmeas tiverem sido vacinadas:
vos clínicos se suspeitar de que um ou mais bovinos
i) Antes dos 6 meses de idade com uma
tem brucelose e os animais suspeitos tiverem sido aba-
vacina viva com a estirpe B19; ou
tidos ou isolados de uma forma que evite qualquer con-
ii) Com outra vacina aprovada de acordo
tacto directo ou indirecto com os outros animais:
com o procedimento comunitariamente
i) Se o animal tiver sido abatido, e já não puder previsto;
ser submetido a provas, a suspensão pode ser
levantada caso duas provas de fixação do com- d) As fêmeas com menos de 30 meses que tenham
plemento realizadas em todos os bovinos do sido vacinadas com a vacina viva com a estirpe
5216 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 224 — 27 de Setembro de 2000

B19 podem apresentar na prova de fixação do indirecto com os outros animais até prova de
complemento um resultado inferior a 30 uni- reacção negativa;
dades USCEE no caso das fêmeas vacinadas d) A prova referida na alínea anterior poderá não
há menos de 12 meses e nos restantes casos ser exigida nas regiões em que, há pelo menos
um resultado negativo (inferior a 20 USCEE) dois anos, a percentagem de efectivos bovinos
na prova de fixação do complemento. infectados com brucelose não seja superior a
0,2 % e se os animais forem provenientes de
2 — Um efectivo bovino conservará o estatuto de um efectivo oficialmente indemne de brucelose
indemne de brucelose se: nessa região e não tiverem estado em contacto,
durante o transporte, com bovinos de estatuto
a) For realizado anualmente com resultados nega-
inferior;
tivos um dos seguintes programas de provas:
e) Forem provenientes de efectivos com o estatuto
i) Três provas do anel em leite com inter- de indemnes de brucelose e, no caso dos bovinos
valos de pelo menos três meses; com mais de 12 meses de idade, apresentarem,
ii) Três provas Elisa em leite, realizadas com nos 30 dias anteriores à introdução no efectivo,
intervalos de, pelo menos, três meses; ou durante o período de quarentena na explo-
iii) Três provas do anel em leite realizadas ração, um resultado negativo numa prova de
com um intervalo de, pelo menos, três fixação do complemento, ou outra prova apro-
meses, seguidas de uma das provas soro- vada de acordo com o procedimento comuni-
lógicas descritas no n.o 33 do artigo 2.o; tariamente definido;
iv) Duas provas Elisa em leite realizadas com f) Forem provenientes de efectivos com estatuto
um intervalo de, pelo menos, três meses, de indemne de brucelose, a sua idade for inferior
seguidas de uma das provas sorológicas a 30 meses e tenham sido vacinados com a vacina
descritas no n.o 33 do artigo 2.o; viva com a estirpe B19, podem apresentar na
v) Duas provas sorológicas realizadas com prova de fixação do complemento um resultado
um intervalo de, pelo menos, 3 meses e inferior a 30 USCEE no caso das fêmeas vaci-
não superior a 12 meses; nadas há menos de 12 meses e nos restantes
casos um resultado negativo (inferior a 20 uni-
b) Numa região não oficialmente indemne de bru- dades USCEE) na prova de fixação do com-
celose mas em que todos os efectivos bovinos plemento.
estejam sujeitos a um programa oficial de com-
bate à brucelose, pode ser alterada a frequência 3 — O estatuto de efectivo indemne de brucelose será
das provas de rotina do seguinte modo: suspenso se:
i) Se a percentagem de efectivos bovinos a) As condições definidas nos n.os 1 e 2 do B do
infectados não for superior a 1 %, pode presente anexo não forem respeitadas; ou
ser suficiente realizar, anualmente, duas b) Na sequência de provas laboratoriais ou por
provas do anel ou duas provas de Elisa motivos clínicos se suspeitar de que um ou mais
em leite com um intervalo de pelo menos bovinos têm brucelose e os animais suspeitos
três meses, ou uma prova sorológica; tenham sido abatidos ou isolados de forma que
ii) Se pelo menos 99,8 % dos efectivos bovi- evite qualquer contacto directo ou indirecto com
nos tiverem sido declarados oficialmente os outros animais:
indemnes de brucelose durante, pelo
menos, quatro anos, o intervalo entre os i) Se o animal tiver sido isolado, pode pro-
controlos pode ser alargado para dois ceder-se à sua reintrodução no efectivo
anos, se forem controlados todos os ani- e o estatuto deste último pode ser res-
mais com mais de 12 meses de idade, tabelecido se, posteriormente, o animal
ou o controlo pode limitar-se aos animais tiver apresentado um resultado negativo
com mais de 24 meses de idade, se os numa prova de fixação do complemento
efectivos continuarem a ser controlados ou noutra prova aprovada, de acordo com
todos os anos, devendo esses controlos o procedimento previsto comunitaria-
ser realizados utilizando uma das provas mente;
sorológicas descritas no n.o 33 do ii) Se o animal tiver sido abatido e já não
artigo 2.o; puder ser submetido a provas, a suspen-
são pode ser levantada caso duas provas
c) Todos os bovinos que entrarem no efectivo pro- de fixação de complemento, em todos os
venientes de outros efectivos com o estatuto de bovinos do efectivo com mais de 12 meses
oficialmente indemnes de brucelose e, no caso de idade, apresentem resultado negativo,
dos bovinos com mais de 12 meses de idade, a primeira prova deve ser realizada pelo
apresentarem uma reacção negativa na prova menos 30 dias após a eliminação do ani-
de fixação do complemento ou a qualquer outra mal e a segunda pelo menos 60 dias
prova aprovada de acordo com o procedimento depois;
previsto comunitariamente, durante os 30 dias iii) Se os animais a controlar ao abrigo dos
anteriores ou os 30 dias posteriores à introdução dois parágrafos anteriores tiverem idade
no efectivo, neste último caso, o ou os animais inferior a 30 meses e tenham sido vaci-
em causa deverão permanecer isolados fisica- nados com a vacina viva com a estirpe
mente dos outros animais do efectivo de uma B19, podem apresentar na prova de fixa-
forma que evite qualquer contacto directo ou ção do complemento um resultado infe-
N.o 224 — 27 de Setembro de 2000 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 5217

rior a 30 USCEE no caso das fêmeas vaci- d) O efectivo possa considerar-se estável relativa-
nadas há menos de 12 meses, e nos res- mente à entrada e saída de animais.
tantes casos um resultado negativo (infe-
rior a 20 USCEE) na prova de fixação 3 — Condições para à introdução de animais em efec-
do complemento. tivo não indemne:

4 — O estatuto de efectivo indemne de brucelose será a) Só poderão ser introduzidos num efectivo não
retirado se na sequência de provas laboratoriais ou de indemne animais provenientes de efectivos
investigações epidemiológicas for confirmada no efec- indemnes, não gestantes, identificados indivi-
tivo uma infecção com Brucella. dualmente e acompanhados por um certificado
a) O estatuto só poderá ser restabelecido quando sanitário que ateste a situação do efectivo de
todos os bovinos presentes no efectivo no momento da origem;
primeira manifestação da doença tiverem sido abatidos b) Se um ou mais animais forem suspeitos ou con-
ou, em alternativa, o efectivo tiver sido sujeito a uma firmados como positivos à brucelose, o seques-
prova de controlo e todos os animais não vacinados tro sanitário será implementado e serão feitos
com mais de 12 meses de idade não tiverem apresentado rastreios de saneamento até se obterem dois
resultados negativos em duas provas consecutivas com controlos serológicos com resultados negativos,
intervalos de 60 dias, sendo a primeira efectuada pelo separados no mínimo por três meses de inter-
menos 30 dias após a eliminação do ou dos animais valo.
positivos.
b) Se todos os animais a controlar referidos na alínea Normas para classificação sanitária
anterior tiverem menos de 30 meses de idade e tiverem de efectivos ovinos e caprinos
sido vacinados com uma estirpe B19 da vacina viva, D) Efectivo ovino e ou caprino
podem ser considerados como negativos se apresenta- oficialmente indemne de brucelose
rem um título brucélico superior a 30 UI mas inferior
a 80 UI aglutinantes por mililitro na prova de seroa- 1 — Um efectivo de ovinos ou de caprinos conside-
glutinação, desde que apresentem, na prova de fixação ra-se oficialmente indemne de brucelose se:
do complemento, um título inferior a 30 unidades CE, a) Todos os animais das espécies sensíveis à bru-
no caso das fêmeas vacinadas à menos de 12 meses, celose estiverem isentos de sinais clínicos ou
ou um título inferior a 20 unidades CE, nos restantes de qualquer outra manifestação de brucelose
casos. há pelo menos 12 meses;
c) No caso das fêmeas que se encontravam prenhes b) Não existirem animais das espécies ovina ou
no momento da primeira manifestação da doença, o caprina vacinados com a vacina Rev 1 à pelo
controlo final deverá ser realizado pelo menos 21 dias menos dois anos;
após o parto do último animal prenhe no momento da c) Tiverem sido realizados dois controlos seroló-
primeira manifestação da doença. gicos com pelo menos seis meses de intervalo
em todos os ovinos e caprinos do efectivo com
C) Efectivo bovino não indemne de brucelose idade superior a 6 meses à data das colheitas
1 — Um efectivo bovino considera-se não indemne de sangue com resultados negativos na prova
de brucelose se: de rosa de Bengala;
d) Após a conclusão dos testes referidos na alínea
a) Não reunir as condições para ser classificado anterior, apenas se encontrem ovinos e caprinos
em indemne ou oficialmente indemne de bru- que tenham nascido no efectivo ou que sejam
celose; provenientes de um efectivo oficialmente
b) Todos os animais com idade superior a 6 meses indemne de brucelose nas condições definidas
tiverem sido sujeitos a controlo serológico regu- no n.o 4 e no qual, após a sua qualificação, con-
lar efectuado com intervalos mínimos de três tinuem a ser observadas as exigências previstas
meses, podendo evidenciar alguns resultados no n.o 2;
serológicos positivos; e) O efectivo situar-se numa região reconhecida
c) Foram isolados ou identificados organismos do como oficialmente indemne de brucelose de
género Brucella; acordo com o ponto B do anexo II.
d) O PEB não estiver a ser cumprido.
2 — Manutenção do estatuto de oficialmente
2 — Subida de estatuto para efectivo indemne. — Um indemne:
efectivo não indemne de brucelose poderá vir a ser clas-
sificado de indemne após um período mínimo de seis a) Os efectivos de ovinos ou caprinos oficialmente
meses, desde que: indemnes que não se situem numa região con-
siderada oficialmente indemne de brucelose
a) Não tenham sido observados casos clínicos nem ovina e caprina mantêm o estatuto desde que:
isolamentos de Brucella nos últimos 12 meses;
b) A totalidade dos animais a rastrear tenha sido i) A introdução de animais seja efectuada
sujeita a dois controlos serológicos separados de acordo com o disposto no n.o 4;
entre si por um período mínimo de três meses ii) Em cada efectivo, uma fracção represen-
com resultados negativos; tativa da população de ovinos e caprinos
c) Existam condições de isolamento do efectivo, com idade superior a 6 meses seja con-
no sentido de garantir que não se verifique con- trolada anualmente, com resultados
tacto com outros animais, ou partilha de áreas, negativos nos testes serológicos efectua-
forrageiras com efectivos não indemnes; dos;
5218 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 224 — 27 de Setembro de 2000

b) Em cada efectivo, a fracção representativa de b) Sejam provenientes de um efectivo indemne de


animais que deve ser controlada é composta por: brucelose:
i) Todos os animais machos não castrados, i) Sejam identificados individualmente em
com idade superior a 6 meses; conformidade com o Decreto-Lei
ii) Todos os animais introduzidos no efec- n.o 338/99, de 24 de Agosto;
tivo desde o controlo anterior; ii) Nunca tenham sido vacinados contra a
iii) 25 % das fêmeas em idade reprodutiva brucelose ou se tiverem sido que o
(sexualmente adultas) ou em lactação, tenham sido há mais de dois anos; toda-
sem que esse número possa ser inferior via, as fêmeas com idade superior a 2 anos
e que tenham sido vacinadas antes da
a 50 por efectivo, excepto nos efectivos
idade de 7 meses podem igualmente ser
onde existem menos de 50 destas fêmeas, introduzidas; e
devendo, neste caso, todas as fêmeas ser iii) Tenham sido isolados no efectivo de ori-
controladas; gem sob controlo oficial e durante esse
período tenham sido sujeitos a dois con-
c) Numa região não oficialmente indemne de bru- trolos serológicos, com um intervalo de
celose na qual mais de 99 % dos efectivos ovinos pelo menos seis semanas, com resultados
ou caprinos são oficialmente indemnes de bru- negativos na prova de rosa de Bengala.
celose, a periodicidade do controlo pode ser
alargada para três anos, desde que os efectivos E) Efectivo ovino ou caprino indemne de brucelose
não oficialmente indemnes estejam submetidos
a um programa de erradicação. 1 — Um efectivo de ovinos ou caprinos considera-se
indemne de brucelose se:
3 — Suspeita ou aparecimento de brucelose num efec- a) Todos os animais das espécies sensíveis à bru-
tivo oficialmente indemne de brucelose: celose estiverem isentos de sinais clínicos ou
de qualquer outra manifestação de brucelose
a) Sempre que haja suspeita de brucelose num ou pelo menos há 12 meses;
mais ovinos ou caprinos pertencentes a um efec- b) Existirem animais vacinados com vacina Rev 1,
tivo oficialmente indemne, a qualificação desse antes da idade dos 6 meses;
efectivo é retirada; no entanto, o estatuto pode c) Os animais vacinados com idade superior a
não ser retirado mas antes ser suspenso pro- 18 meses tenham sido submetidos a dois con-
visoriamente, se o animal ou animais forem de trolos serológicos, com pelo menos seis meses
imediato abatidos ou isolados, enquanto se de intervalo, com resultados negativos na prova
aguarda a confirmação oficial da infecção por de rosa de Bengala;
Brucella; d) Os animais não vacinados com idade superior
b) Sempre que a brucelose seja oficialmente con- a 6 meses tenham sido submetidos a dois con-
firmada, a suspensão da classificação só pode trolos serológicos, com pelo menos seis meses
ser retirada pela autoridade competente desde de intervalo, com resultados negativos na prova
que todos os animais positivos sejam abatidos de rosa de Bengala;
e até que, em dois controlos serológicos, efec- e) Após a realização dos testes referidos nas alí-
tuados com um intervalo de pelo menos três neas c) ou d), só se encontrem presentes ovinos
meses, em todos os animais do efectivo com ou caprinos nascidos no efectivo ou provenien-
idade superior a 6 meses, as provas de rosa de tes de um efectivo nas condições previstas no
Bengala e fixação do complemento dêem resul- n.o 4; e
tados negativos; f) Na qual, após qualificação, se mantenham as
exigências previstas no n.o 2.
c) Sempre que os efectivos referidos em a) e b)
se situem numa região considerada oficialmente 2 — Um efectivo ovino ou caprino manterá o estatuto
indemne de brucelose, deverão todos os animais de indemne de brucelose se:
positivos desses efectivos ser abatidos, bem
como todos os outros animais no efectivo de a) For efectuado um controlo serológico numa
espécies susceptíveis de estarem infectados; fracção representativa da população animal com
d) Deverá ainda ser efectuado um inquérito epi- resultados negativos na prova de rosa de Ben-
demiológico e os efectivos em contacto com o gala;
efectivo infectado serão submetidos aos testes b) A fracção representativa dos animais a controlar
serológicos de diagnóstico; é constituída por:
e) A confirmação de brucelose nos efectivos refe- i) Todos os animais machos não castrados
ridos na alínea anterior podem determinar a e não vacinados, com idade superior a
suspensão ou a perda do estatuto sanitário da 6 meses;
região. ii) Todos os animais machos não castrados
e vacinados, com idade superior a
4 — Num efectivo ovino ou caprino oficialmente 18 meses;
indemne de brucelose, apenas podem ser introduzidos iii) Todos os animais introduzidos recente-
ovinos ou caprinos que: mente no efectivo desde o controlo
anterior;
a) Sejam provenientes de um efectivo ovino ou iv) 25 % das fêmeas em idade de reprodução
caprino oficialmente indemne de brucelose; ou sexualmente adultas ou em lactação, sem
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que o seu número possa ser inferior a ou caprino oficialmente indemne de brucelose após um
50 por efectivo, excepto nos efectivos período mínimo de dois anos se:
onde existam menos de 50 destas fêmeas,
a) Nele não existir qualquer animal vacinado con-
neste caso, todas estas fêmeas devem ser
tra a brucelose desde há pelo menos dois anos;
controladas. b) As condições previstas nas alíneas b), c) e d)
do n.o 4 tiverem sido respeitadas sem interrup-
3 — Suspeita ou aparecimento de brucelose num efec- ção durante este período;
tivo de ovinos ou caprinos indemne de brucelose: c) No final do segundo ano, os animais com idade
a) Sempre que haja suspeita de brucelose num ou superior a 6 meses tiverem apresentado um
mais ovinos ou caprinos pertencentes a um efec- resultado negativo num teste serológico de
tivo oficialmente, a qualificação do mesmo é diagnóstico.
retirada; no entanto, o estatuto pode não ser
retirado, sendo suspenso provisoriamente se o F) Efectivo ovino ou caprino não indemne de brucelose
animal ou os animais forem imediatamente aba-
1 — Um efectivo ovino ou caprino considera-se não
tidos ou isolados, enquanto se aguarda a con- indemne de brucelose se:
firmação oficial da infecção por Brucella;
b) Num efectivo com classificação suspensa, sem- a) Não reunir as condições para ser classificado
pre que a brucelose seja oficialmente confir- em indemne ou oficialmente indemne de bru-
mada, a classificação mantém-se, desde que celose;
todos os animais positivos sejam abatidos e até b) Todos os animais com idade superior a 6 meses
que em dois controlos serológicos efectuados são sujeitos a controlo serológico regular efec-
com um intervalo de pelo menos três meses, tuado com intervalos mínimos de três meses,
em todos os animais do efectivo não vacinados, podendo evidenciar alguns resultados serológi-
com idade superior a 6 meses, e vacinados com cos positivos;
idade superior a 18 meses, a prova de rosa de c) Foram isolados ou identificados organismos do
Bengala der resultados negativos. género Brucella;
d) O PEB não estiver a ser cumprido.
4 — Condições para a introdução de animais num
efectivo ovino ou caprino indemne de brucelose: 2 — Subida de estatuto para efectivo indemne. — Um
efectivo não indemne de brucelose poderá vir a ser clas-
a) Poderão ser introduzidos num efectivo ovino ou sificado de indemne após um período mínimo de
caprino indemne de brucelose os ovinos ou 12 meses desde que:
caprinos que sejam provenientes de um efectivo
ovino ou caprino oficialmente indemne ou a) A totalidade dos animais a rastrear tenha sido
indemne de brucelose; sujeita a dois controlos serológicos separados
b) Poderão ainda ser introduzidos num efectivo entre si por um período mínimo de seis meses,
ovino ou caprino indemne de brucelose os ovi- com resultados negativos nas provas de rosa de
nos ou caprinos que sejam provenientes de efec- Bengala e fixação de complemento;
tivos que satisfaçam as seguintes condições: b) Não tenham sido observados casos clínicos nem
i) Os ovinos e caprinos estejam identifica- isolamento de Brucella nos últimos 12 meses;
dos individualmente, em conformidade c) Existam condições de isolamento do efectivo,
com o Decreto-Lei n.o 338/99, de 24 de no sentido de garantir que não se verifique con-
Agosto; tacto com outros animais ou partilha de áreas
ii) Os ovinos e caprinos sejam provenientes forrageiras com efectivos não indemnes;
de um efectivo no qual todos os animais d) O efectivo possa considerar-se como estável
das espécies sensíveis à brucelose estejam relativamente à entrada e saída de animais.
isentos de sinais clínicos ou qualquer
outra manifestação de brucelose, desde 3 — Condições para a introdução de animais num
há pelo menos 12 meses; efectivo não indemne:
a) Poderão ser introduzidos num efectivo não
c) Poderão ainda ser introduzidos num efectivo indemne animais provenientes de efectivos
ovino ou caprino indemne de brucelose os ovi- indemnes oficialmente vacinados, não gestantes,
nos ou caprinos que não tenham sido vacinados identificados individualmente e acompanhados
no decurso dos últimos dois anos, tenham sido por um certificado sanitário que ateste a situa-
isolados no efectivo de origem sob controlo vete- ção do efectivo de origem;
rinário e durante esse período tenham sido sujei- b) Poderão ainda ser introduzidos num efectivo
tos a dois testes serológicos de diagnóstico com não indemne:
resultados negativos, realizados com um inter-
valo de pelo menos seis semanas, em casos i) Animais provenientes de efectivos não
excepcionais, devidamente autorizados pela indemnes, desde que estejam identifica-
autoridade sanitária veterinária nacional; dos individualmente, não tenham sido
d) Os ovinos ou caprinos que tenham sido vaci- constatados casos clínicos ou excreção
nados com a vacina Rev 1 antes da idade de activa de Brucella no efectivo de origem
6 meses e um mês antes da introdução no efec- em todos os animais susceptíveis nos
tivo de destino. 12 meses anteriores e não se encontrem
na situação de gestantes;
5 — Um efectivo ovino ou caprino indemne de bru- ii) Animais que, não sendo oficialmente
celose pode adquirir a qualificação de efectivo ovino vacinados, tenham sido mantidos isolados
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na efectivo de origem sob vigilância vete- c) Forem notificados à autoridade sanitária vete-
rinária e tenham sido sujeitos a dois con- rinária nacional todos os casos de bovinos sus-
trolos serológicos negativos separados de peitos de estarem infectados com Brucella,
seis ou mais semanas, desde que auto- sendo esses animais submetidos a uma inves-
rizados pela autoridade sanitária veteri- tigação epidemiológica oficial relativamente à
nária regional; brucelose, que deverá incluir, pelo menos, duas
iii) Animais que tenham sido vacinados com provas sorológicas de sangue, incluindo uma
a vacina Rev 1 até à idade de 6 meses prova de fixação de complemento, bem como
e há pelo menos 30 dias aquando da um exame microbiológico de amostras ade-
entrada na efectivo de destino; e sejam quadas;
acompanhados por um certificado sani- d) Durante o período de suspeita, que se manterá
tário que ateste que as condições ante- até à obtenção de resultados negativos nas pro-
riores foram satisfeitas. vas previstas na alínea anterior, for suspenso
o estatuto de oficialmente indemne de brucelose
ANEXO II do efectivo de origem ou de trânsito do bovino
suspeito e dos efectivos epidemiologicamente
Classificação sanitária de áreas
associados;
A) Estado membro ou região oficialmente indemne e) Em caso de um foco de brucelose evolutiva,
de brucelose bovina todos os bovinos tiverem sido abatidos e os res-
1 — O território nacional ou uma região pode ser tantes animais de espécies sensíveis forem sub-
declarada oficialmente indemne de brucelose, de acordo metidos às provas adequadas e as instalações
com o procedimento comunitariamente previsto, se: e o material forem limpos e desinfectados.

a) Não tiver sido registado qualquer caso de aborto 3 — a) O território nacional ou uma região declarada
devido à infecção por Brucella nem tenha havido oficialmente indemne de brucelose bovina notificará
isolamento de B. abortus pelo menos nos últimos todas as ocorrências de casos de brucelose.
três anos e, no mínimo, 99,8 % dos efectivos b) Caso existam indícios de uma mudança significativa
tenham conseguido alcançar o estatuto de ofi- da situação no que se refere à brucelose numa região
cialmente indemne de brucelose todos os anos, que tenha sido reconhecida como oficialmente indemne
durante cinco anos consecutivos, devendo o cál- de brucelose, pode ser decidido, de acordo com pro-
culo desta percentagem efectuar-se a 31 de cedimento previsto comunitariamente, propor a suspen-
Dezembro de cada ano civil; são ou revogação do estatuto até que sejam satisfeitos
b) For adoptada uma política de abate de todo os requisitos da decisão.
o efectivo. Os incidentes isolados evidenciados 4 — a) Para efeitos do presente anexo, entende-se
por inquérito epidemiológico que se devam à por prova sorológica uma prova de seroaglutinação, uma
introdução de animais de fora da região e os prova de antigénio brucélico tamponado, uma prova de
efectivos cujo estatuto de oficialmente indemne fixação do complemento, uma prova de plasmoagluti-
de brucelose tenha sido suspenso ou retirado nação, uma prova do anel em plasma, uma prova de
por razões que não a suspeita de doença, pode- microaglutinação ou uma prova Elisa individual em san-
rão ser ignorados para efeitos do cálculo acima gue conforme descrito no n.o 33 do artigo 2.o
referido, desde que a autoridade nacional com- b) Para os mesmos efeitos, será igualmente aceite
petente elabore um registo anual e o envie à qualquer outra prova diagnóstica aprovada de acordo
Comissão; com o procedimento comunitariamente previsto e
c) Todos os bovinos estejam identificados ao descrita no n.o 33 do artigo 2.o
abrigo do Decreto-Lei n.o 338/99, de 24 de c) Por prova do anel entende-se uma prova do anel
Agosto, por forma a permitir a identificação dos do leite ou uma prova Elisa em leite de acordo com
efectivos de origem e de trânsito de cada bovino; o n.o 33 do artigo 2.o
d) Todos os casos de aborto sejam obrigatoria-
mente notificados à autoridade sanitária vete- B) Estado membro ou região oficialmente indemne
rinária conforme o disposto no artigo 7.o de brucelose ovina e caprina

1 — O território nacional ou uma região pode ser


2 — Sem prejuízo do disposto no n.o 3, o território reconhecida como oficialmente indemne de brucelose
nacional ou uma região declarados oficialmente indem- ovina e caprina, de acordo com o procedimento previsto
nes de brucelose manterão este estatuto se: comunitariamente, se:
a) Continuarem a ser satisfeitas as condições fixa-
a) Pelo menos 99,8 % das explorações ovinas e
das nas alíneas a) e b) do n.o 1 e se os casos caprinas sejam explorações oficialmente indem-
de aborto suspeitos de serem devidos à bru- nes de brucelose;
celose forem notificados ao abrigo do artigo 7.o b) Forem satisfeitas simultaneamente as seguintes
e objecto de investigação pela autoridade com- condições:
petente;
b) Todos os anos, durante os cinco primeiros anos i) A brucelose ovina ou caprina é uma
após obtenção do estatuto, todos os bovinos com doença de declaração obrigatória há pelo
mais de 24 meses de idade em pelo menos 20 % menos cinco anos;
dos efectivos tiverem sido sujeitos e tiverem tido ii) Nenhum caso de brucelose ovina ou
reacção negativa a uma das provas sorológicas caprina foi oficialmente confirmada há
especificadas no n.o 33 do artigo 2.o, ou, no caso pelo menos cinco anos;
dos efectivos leiteiros, por análise de amostras iii) A vacinação deve estar proibida há pelo
de leite de acordo com a mesma disposição legal; menos três anos;
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c) Estas condições forem constatadas e aprovadas nhados de um certificado sanitário comprova-


de acordo com o procedimento previsto comu- tivo, que poderá ser dispensado se o movimento
nitariamente. de animais se fizer entre áreas que estejam ofi-
cialmente indemnes de epididimite contagiosa;
2 — Podem ainda ser reconhecidos o território nacio- b) Podem ainda ser introduzidos nestes efectivos
nal ou região nos quais, estando satisfeitas as condições animais provenientes de um efectivo não reco-
previstas no n.o 1: nhecido como oficialmente indemne de epidi-
dimite contagiosa desde que:
a) Todos os anos, os controlos aleatórios pratica-
dos ao nível do efectivo ou ao nível do mata- i) Estejam devidamente identificados, não
douro demonstrem, com um índice de certeza tenham sido constatados casos clínicos ou
de 99 %, que menos de 0,2 % das explorações outros de epididimite contagiosa no efec-
estão infectadas ou pelo menos 10 % dos ovinos tivo de origem em todos os animais da
e dos caprinos com mais de 6 meses foram sub- espécie ovina pelo menos nos últimos
metidos aos testes referidos no n.o 25 do 12 meses;
artigo 2.o; ii) Os machos a introduzir não tenham sido
b) As condições de qualificação se mantêm. vacinados com Rev 1;
iii) Nas oito semanas anteriores à movimen-
ANEXO III tação tenha sido realizado no efectivo de
Normas para classificação sanitária de efectivos ovinos origem um controlo serológico com resul-
relativamente à epididimite contagiosa tados negativos, abrangendo a totalidade
dos machos inteiros;
Efectivo ovino oficialmente indemne de epididimite contagiosa
iv) Os ovinos a introduzir tenham sido man-
1 — Um efectivo ovino considera-se oficialmente tidos em quarentena durante as qua-
indemne de epididimite contagiosa (Brucella ovis) se: tro semanas anteriores à movimentação
e submetidos a controlo serológico com
a) A totalidade dos ovinos presentes no efectivo resultados negativos nos últimos 15 dias;
não apresentarem sinais clínicos ou outros de v) Sejam acompanhados de um certificado
epididimite contagiosa há pelo menos 12 meses; sanitário, emitido para o efeito, onde se
b) Não possuir carneiros inteiros que tenham sido mencione que foram satisfeitas as con-
vacinados com qualquer vacina contra as bru- dições anteriormente referidas;
celoses animais;
c) Forem realizados dois controlos serológicos c) Os machos castrados há mais de dois anos, pro-
separados por intervalo de 6 a 12 meses com venientes de efectivos não oficialmente indem-
resultados negativos em todos os carneiros do nes de epididimite contagiosa.
efectivo.
ANEXO IV
2 — Manutenção da classificação. — Todos os
machos inteiros do efectivo com mais de 6 meses de Normas para classificação sanitária de efectivos suínos
idade deverão ser rastreados anualmente; se todos os Efectivo suíno indemne de brucelose
resultados forem negativos a classificação será mantida.
3 — Suspeita de casos de epididimite contagiosa em 1 — Um efectivo suíno considera-se indemne de bru-
carneiros: celose suína se:
a) Se em efectivos oficialmente indemnes de epi- a) Estiver sob controlo oficial;
didimite contagiosa se levantar a suspeita de b) Não existir no efectivo nenhum animal com
brucelose, a classificação dos efectivos não será reacção positiva ao teste de rosa de Bengala
retirada, ficando provisoriamente suspensa caso nos últimos três anos, e qualquer suspeita de
os animais suspeitos sejam imediatamente iso- brucelose deve dar lugar à realização de dois
lados ou eliminados até à confirmação da controlos serológicos com resultados negativos
infecção; realizados com seis ou mais semanas de inter-
b) Os animais isolados podem ser reintroduzidos valo.
no efectivo se, com intervalo de seis a oito sema-
nas, apresentarem um resultado negativo na 2 — Um efectivo suíno manterá o estatuto de
prova de fixação do complemento; indemne de brucelose se todos os reprodutores do efec-
c) Se for confirmada a infecção, e uma vez abatidos tivo com mais de 6 meses de idade forem rastreados
todos os animais positivos, a suspensão tempo- anualmente com todos os resultados negativos.
rária poderá ser retirada caso se realizem dois 3 — Suspeita ou aparecimento de brucelose num efec-
testes com resultados negativos com seis ou mais tivo suíno indemne de brucelose:
semanas de intervalo sobre todos os machos a) Se num efectivo oficialmente indemne de bru-
inteiros com 6 ou mais meses de idade. celose suína se levantar a suspeita de brucelose,
a classificação do efectivo não será retirada,
4 — Condições para a introdução de animais em efec- ficando provisoriamente suspensa desde que os
tivo oficialmente indemne de epididimite contagiosa animais suspeitos sejam imediatamente isolados
(Brucella ovis): ou eliminados até à confirmação da infecção;
a) Podem ser introduzidos em efectivo oficial- b) Os animais isolados podem ser reintroduzidos
mente indemne de epididimite contagiosa ani- no efectivo se, com intervalo de seis a oito sema-
mais provenientes de efectivo oficialmente nas, apresentarem um resultado negativo na
indemne de epididimite contagiosa e acompa- prova de rosa de Bengala;
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c) Se for confirmada a infecção, e uma vez abatidos casos clínicos ou outros de brucelose no
todos os animais positivos, a suspensão tempo- efectivo de origem em todos os animais
rária poderá ser retirada caso se realizem dois da espécie suína pelo menos nos últimos
testes com resultados negativos com seis ou mais 12 meses;
semanas de intervalo sobre todos os reprodu- ii) Nas oito semanas anteriores à movimen-
tores com 6 ou mais meses de idade. tação tenha sido realizado no efectivo de
origem um controlo serológico com resul-
4 — Condições para a introdução de animais em efec- tados negativos, abrangendo a totalidade
tivo indemne de brucelose suína: dos reprodutores;
a) Podem ser introduzidos num efectivo indemne iii) Os reprodutores a introduzir tenham sido
de brucelose suína animais provenientes de efec- mantidos em quarentena durante as qua-
tivo indemne acompanhados de um certificado tro semanas anteriores à movimentação
sanitário comprovativo; e submetidos a controlo serológico com
b) Podem ainda ser introduzidos nestes efectivos resultados negativos nos últimos 15 dias;
animais provenientes de um efectivo não reco- iv) Sejam acompanhados de um certificado
nhecido como indemne desde que: sanitário, emitido para o efeito, onde se
i) Os animais estejam devidamente identi- mencione que foram satisfeitas as con-
ficados, não tenham sido constatados dições anteriormente referidas.

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