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UNP – UNIVERSIDADE POTIGUAR

CURSO DE LETRAS
TURMA: 4NB
DISCIPLINA: PRÁTICA EM ESTUDOS DA LINGUAGEM
PROFESSORAS: JULIANA PEREIRA SOUTO BARRETO/
MARIA DAS NEVES

FICHAMENTO : OS PARÂMETROS CURRICULARES PARA O ENSINO


FUNDAMENTAL

Maria das Vitórias Amaro de Lima

NATAL-RN
2008
Apostila de prática em Estudos da Linguagem. In: Os Parâmetros
Curriculares para o ensino fundamental. (PCNEF). Brasil, MEC/ SEF, 1998.

Resumo

O texto fala da importância da implementação dos PCN´s como diretrizes que


norteiam o ensino, em especial da Língua Portuguesa, tratando dos aspectos
essenciais à implementação dos PCN´s, como a forma com que o professor
deve tratar a questão do aprendizado da Língua Portuguesa, não se atendo
somente a gramática normativa de forma descontextualizada da realidade do
aluno, mas inserindo questões relativas a sua realidade para que haja a
compreensão da linguagem de forma eficiente, e para que isso aconteça é
necessário que o professor discuta e apresente diversos gêneros textuais, afim
de, desenvolver capacidades orais e escritas de modo a evitar preconceitos
lingüísticos e culturais que estão inseridos em nossa sociedade de modo que
os alunos estejam aptos a usar a língua de maneira adequada, e que estes
saibam discutir e entender as questões que permeiam a sua vida, questões
essas que são abordadas através dos temas transversais.

Palavras-chave : PCN´s, Língua Portuguesa, Linguagem, Gêneros Textuais,


Temas Transversais.

1.Discussão

1.1 Condições para o tratamento do objeto de ensino : o texto como


unidade e a diversidade de gêneros

A educação deve criar situações para que o aluno desenvolva suas


competências, seus discursos, de modo que seja capaz de utilizar a língua de
maneira diversa, afim de adquirir competências lingüísticas e estilísticas,
adequando seus textos as situações de comunicação tanto escrita como oral.
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais da Língua Portuguesa (PCN´s)
(p.23) “ Um dos aspectos da competência discursiva é o sujeito ser capaz de
utilizar a língua de modo variado, para produzir diferentes efeitos de sentido e
adequar o texto a diferentes situações de interlocução oral e escrita”
Dessa forma a escola deve organizar as atividades nesse sentido.
Para que se atenda essas perspectivas não se pode fazer análises de estratos
como letras, fonemas, sílabas, frases ,etc.
1.2 A Seleção de textos

Pois essas quando não contextualizadas só servem para o estudo


gramatical não possibilitando ao aluno ter uma visão crítica e ampliada da
sociedade da qual faz parte, além disso, deve se levar em conta as
necessidades dos alunos, os PCN´s (p.24 ) falando sobre o ensino da língua
portuguesa cita que “ Os textos a serem selecionados são aqueles que, por
suas características e usos podem favorecer a reflexão crítica.”

1.3 Os textos Orais , os textos escritos e a especificidade do texto


literário

Conforme os PCN´s (p.24) “ ao ingressarem na escola, os alunos já


dispõem de competência discursiva e lingüística para comunicar-se em
interações que envolvam relações sociais do seu dia-a-dia” , desse modo a
escola tem que propiciar uma variedade de gêneros e adequá-los a realidade
do aluno, que já ingressa no âmbito escolar com uma bagagem cultural e
lingüística.
O texto será então a unidade do ensino, e este tem que se organizar
de acordo com sua natureza temática, de composição e estilística, desse modo
os gêneros devem ser o objeto do ensino, pois há a necessidade de se
contemplar nas escolas a diversidade dos textos e gêneros, e para que haja a
compreensão e produção tanto oral como escrita, é preciso que haja o
desenvolvimento de diversas capacidades que devem pertencer as situações
de ensino, além disso a produção de textos orais e escritos permitem ao aluno
a ampliação da competência discursiva.

1.4 A reflexão sobre a linguagem

os PCN´s (p.27) falando sobre a escuta de textos orais e leitura dos


textos escritos , coloca que “ devem permitir por meio da reflexão sobre os
múltiplos aspectos envolvidos, a expansão e construção de instrumentos que
permitam ao aluno, progressivamente, ampliar sua competência discursiva.” A
atividade primordial então no ensino da língua Portuguesa seria a de
possibilitar ao aluno a compreensão da própria língua, ou seja, saber usá-la , “
A atividade mais importante , pois, é a de criar situações em que os alunos
possam operar sobre sua própria linguagem, construindo pouco a pouco, no
curso dos vários anos de escolaridade, paradigmas próprios da fala de sua
comunidade.” O professor então, deve trabalhar de modo que leve o aluno a
construir seu conhecimento , “O modo de ensinar, por sua vez, não reproduz a
clássica metodologia de definição, classificação e exercitação, mas
corresponde a uma prática que parte da reflexão produzida pelos alunos
mediante a utilização de uma terminologia simples e se aproxima,
progressivamente, pela mediação do professor, do conhecimento gramatical
produzido”.PCN´s (p.29)
A variações lingüísticas ocorrem em todo Brasil e isso não deve ser
motivo de preconceito pelos professores, apesar de muitos considerarem a fala
mais aproximada da escrita como a forma correta de falar, e corrigirem os
alunos, como explicita os PCN´s ( p.31) :
Para cumprir bem a função de ensinar a escrita e a língua padrão, a
escola precisa livrar-se de vários mitos: o de que existe uma forma
“correta” de falar, o de que a fala de uma região é melhor de que a
de outras, o de que a fala “ correta” é a que se aproxima da língua
escrita, o de que o brasileiro fala mal o português, o de que o
português é uma língua difícil, o de que é preciso “ consertar” a fala
do aluno para evitar que ele escreva errado.

Porém não existe o correto partindo do ponto que todos nós somos
falantes do português, existe sim o que é adequado e inadequado a cada
situação, “dado o contexto e os interlocutores a quem o texto se dirige. A
questão não é de erro, mas de adequação às circunstâncias de uso, de
utilização adequada da linguagem.” PCN´s (p.31)

1.5 Língua Portuguesa e as diversas áreas

Como o Português é a nossa língua mãe, consequentemente ela


estará presente nos diversos textos de outras disciplinas como ciências, textos
acadêmicos, etc. Por isso, é importante ter o conhecimento da língua e dos
gêneros como já citados anteriormente. “Não é possível esperar que os textos
que subsidiam o trabalho das diversas disciplinas sejam auto-explicativos. Sua
compreensão depende necessariamente do conhecimento prévio que o leitor
tiver sobre o tema e da familiaridade que tiver construído com a leitura de
textos do gênero.” PCN´s (p.32). São Essas competências que se esperam dos
alunos e para isso os professores tem que trabalhar de forma a direcionar os
alunos a adquirirem-na através da prática de escuta e leitura de textos além de
prática de análises lingüísticas e “constituição do contexto de produção,
representações de mundo e interações sociais : sujeito enunciador; interlocutor;
finalidade da interação; lugar e momento da produção. ” PCN´s (p.35).
Os temas transversais norteiam os PCN´s em todas as disciplinas
inclusive em relação a Língua Portuguesa , abrangem questões atuais nas
quais os alunos estão inseridos como : Ética, Pluralidade Cultural, Meio
Ambiente, Saúde, Orientação Social, Trabalho e Consumo. Dentre as
articulações como a Língua Portuguesa há “A possibilidade de poder
expressar-se autenticamente sobre questões efetivas; a diversidade dos pontos
de vista e as formas de enunciá-los ; a convivência com outras posições
ideológicas, permitindo o exercício democrático; os domínios lexicais
articulados às diversas temáticas”. PCN´s (p.40).

2. Conclusão

De acordo com o estudado pode-se perceber a importância dos PCN´s


não somente em relação a Língua Portuguesa, mas todas as demais
disciplinas, pois são esses passos que norteiam os professores para o
desenvolvimento de uma educação eficiente , pelo fato dos parâmetros
inserirem um modo de pensar a educação de forma coletiva e participativa,
interligando temas, como é o caso dos temas transversais, possibilitando ao
aluno o contato com questões do seu dia-a-dia, levando –o ao conhecimento
dos diversos tipos de gêneros e adequações, que produzirá nesse o não
preconceito em relação as diversas variantes no Brasil.
O que acontece hoje no Brasil é um ensino aleatório, apesar da
existência dos PCN´s , cada escola, cada professor na maioria das vezes
ensina da forma que lhe convém , Schleicher (2008) falando sobre a educação
no Brasil salienta que “Os professores ainda conduzem suas aulas guiados
muito mais pelas suas próprias ideologias do que por conhecimento científico.
Na prática eles escolhem seguir linhas pedagógicas motivados por nada além
de crenças pessoais e deixam de enxergar aquilo que as pesquisas apontam
como verdadeiramente eficaz.” Ou seja, há os PCN´s entretanto muitas vezes
eles não são utilizados, ou são utilizados de forma superficial, vê-se os
Parâmetros nos Sebos , e quem os vende? As regras são burladas e a maioria
dos professores segue a linha tradicional, apenas ministrando suas aulas sem
tanto esforço na tentativa de fazer com que seus discentes tenham uma visão
ampliada da sociedade relacionando-a com sua disciplina. E quando existe
uma ferramenta de auxilio esta é tratada com desdém pelos docentes, talvez
por falta de iniciativa da própria escola, ou Estado em mostrar a importância
dessa ferramenta, o fato é que ensinar seguindo essas diretrizes somente irá
beneficiar a educação, é desse modo que se tem a visão global, é assim que
os alunos construirão o próprio conhecimento e não através de fórmulas ou
regras que não coadunam com o seu universo, como bem cita os PCN´s (41) “
“Procurando desenvolver no aluno a capacidade de compreender textos orais e
escritos e de assumir a palavra, produzindo textos em situações de
participação social, o que se propõe ao ensinar os diferentes usos da
linguagem é o desenvolvimento da capacidade construtiva e transformadora.”

3. Referências

SCHLEICHER, Andreas. Medir para avançar rápido. Veja. São Paulo, n.31, 6
ago. 2008. Entrevista concedida a Mônica Weinberg.

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