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ora
resistimos
presso
imposta
ao
pesquisador
da
contemporaneidade.
Agora, aqui estou. Contando a vocs partes da minha histria. Alis, de
uma histria que no minha, de muitos outros, com muitos outros.
Penso que devem estar se perguntando do porqu estou a compartilhar
isso com vocs. Simples! Para falar sobre a vida e da vida.
barbries todos os dias. Negamos o direito vida com qualidade a todos. Nos
acostumamos com a ideia de que h misria aceitvel, de que h violncia
aceitvel, de que h explorao aceitvel, de que h morte aceitvel. Por mais
que os ideais da sociedade justa e igualitria permeiem uma minoria, esta
mesma minoria atravessada por conflitos que geram necessidades, desejos,
vontades, sentimentos trazidos pela histria, pela cultura, sendo quase
impossvel no comungar com as barbries do dia a dia.
Sem que haja uma ruptura nos modos de pensar e agir do homem
contemporneo, no h como pensar numa sociedade justa e igualitria.
Enquanto isso, comungamos, seja no nvel que for, com as atrocidades do
humano, que tm se tornado to vitais como a necessidade do ar e da gua.
Bom, chega de ser pessimista. Afinal, eu no estaria aqui se no
acreditasse na vida no aprisionada.
Peter fala da biopotncia, capacidade que temos, mesmo em meio a
fora do biopoder, de resistir, de criar, de inventar, de romper com um modelo
de vida predominante.
A vida, em potncia, capaz, em meio a todo um sistema opressor e
produtor de subjetividades prontas para consumo, de se reinventar. Esse o
momento que a vida vira arte.
O conceito de arte tem a ver com as novas possibilidades de vida. Tem
a ver com uma esttica que a vida adquire, na qual a fora do viver, do querer
viver, transborda, escapa.