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A contestação apresenta duas preliminares: (1) incompetência absoluta do juízo, uma vez que a ação versa sobre direito real de imóvel, devendo ser remetida para a comarca de Uberlândia; (2) ilegitimidade ativa da autora, pois está pleiteando direito alheio sem autorização legal. No mérito, alega a validade do contrato de compra e venda celebrado entre as partes e, subsidiariamente, pede indenização pelas benfeitorias realizadas de boa-fé no imóvel.
A contestação apresenta duas preliminares: (1) incompetência absoluta do juízo, uma vez que a ação versa sobre direito real de imóvel, devendo ser remetida para a comarca de Uberlândia; (2) ilegitimidade ativa da autora, pois está pleiteando direito alheio sem autorização legal. No mérito, alega a validade do contrato de compra e venda celebrado entre as partes e, subsidiariamente, pede indenização pelas benfeitorias realizadas de boa-fé no imóvel.
A contestação apresenta duas preliminares: (1) incompetência absoluta do juízo, uma vez que a ação versa sobre direito real de imóvel, devendo ser remetida para a comarca de Uberlândia; (2) ilegitimidade ativa da autora, pois está pleiteando direito alheio sem autorização legal. No mérito, alega a validade do contrato de compra e venda celebrado entre as partes e, subsidiariamente, pede indenização pelas benfeitorias realizadas de boa-fé no imóvel.
COMARCA DE BELOHORIZONTE/MG Autos n .... JOS.., nacionalidade..., estado civil..., profisso..., portador da carteira de identidade ...,inscrito no CPF sob o n..., residente e domiciliado em..., vem, por seu procurador abaixo assinado(procurao anexa), nos autos da ao ordinria que lhe move CONCEIO, j devidamente qualificada, vem, perante V. Exa., apresentar CONTESTAO, pelos motivos fticos e jurdicos a seguir. I - SNTESE DA INICIAL Alega a autora que, em 01/04/2003, requereu, em juzo, a interdio de seu filho Pablo(qualificao), nascido em 15/03/1973, por anomalia psquica, sendo, em 10/04/2003, nomeada, por este juzo, curadora provisria de Pablo. Esclarece que, em 02/05/2005, tomou conhecimento de que, em 01/09/2003, quando, ainda, em trmite a referida ao de interdio, Pablo vendeu, conforme escritura anexa, ao ru, o terreno que havia herdado do pai. Informa, ainda, que, no dia 02/05/2004, terminou o processo de interdio de seu filho com a sentena de improcedncia, motivo pelo qual Pablo no foi interditado e ela, Conceio, deixou de ser sua curadora. Tendo em vista a realizao do contrato de compra e venda no perodo em que ainda estava em trmite a ao de interdio de seu filho, pretende a autora, na presente ao, a declarao de nulidade do referido contrato em razo da incapacidade absoluta do primitivo alienante, Pablo; o cancelamento dos registros imobilirios efetivados aps a venda e a restituio do imvel. II. DAS PRELIMINARES II.1 DA PRELIMINAR DE INCOMPETNCIA ABSOLUTA Nos termos do art. 91 do Cdigo de Processo Civil, as normas de organizao judiciria, ressalvados os casos expressos no mesmo cdigo, regem a competncia em razo do valor e da matria. Relativamente a Belo Horizonte, cumpre salientar que, pela norma de organizao judiciria, as varas de famlia so varas especializadas em lides relacionadas ao direito de famlia, no julgando litgios referentes a direito real sobre imvel. Assim, no caso em voga, por versar a ao sobre direito real sobre imvel, este douto juzo da 2Vara de Famlia da comarca de Belo Horizonte, absolutamente incompetente para processar
e julgar apresente lide, devendo ser o processo remetido para o juzo
competente (artigo 113, 2, do CPC).Diz-se absolutamente incompetente, pois, quando a lide se funda em direito real sobre imveis e recai sobre direito de propriedade, vizinhana, servido, posse, diviso e demarcao de terras e nunciao de obras novas, por fora de lei, mais propriamente do art. 95 do CPC, a competncia territorial, que relativa, passa a ser absoluta. Como competncia absoluta, inderrogvel por conveno das partes, (artigo 111, CPC), sendo inaplicvel o princpio da perpetuatio jurisdictionis. Em consequncia tambm, todos os atos decisrios que venham a ser praticados por juzo incompetente sero nulos. Desse modo, mais uma vez, tendo em vista que a presente ao versa sobre direito de propriedade referente a imvel sito em Uberlndia, uma vez proposta na comarca de Belo Horizonte, este juzo absolutamente incompetente em razo do territrio. Assim, requer a remessa dos autos para a Comarca de Uberlndia, e a distribuio, por sorteio, para uma de suas varas cveis, haja vista ser este o juzo competente para processar e julgar a presente lide(art. 113, 2, CPC). II.2 DA PRELIMINAR DE ILEGITIMIDADE ATIVA AD CAUSAM Nos termos do art. 3 do CPC, para propor ou contestar ao necessrio ter interesse e legitimidade. A legitimidade a titularidade ou aparncia de titularidade do direito pleiteado. Excepcionalmente, desde que haja autorizao em lei, possvel a substituio processual (art. 6, CPC). In casu, a autora ajuizou, em seu prprio nome, a presente ao, onde pretende resguardar possvel direito de seu filho, declarado capaz por sentena prolatada em 2004.Percebe-se que ela est a pleitear suposto direito alheio (mais propriamente de seu filho) em nome prprio. Como no h, nesse caso, autorizao legal para a substituio processual, a autora, pois, parte ilegtima para figurar no polo ativo da presente ao. Assim, requer a extino do processo sem resoluo do mrito, por ilegitimidade ativa, nos termos do art. 267, inciso VI, do CPC, com a condenao nos nus da sucumbncia. III. DO MRITO Caso no seja acatada a preliminar arguida, ainda assim, no mrito, os pedidos devem ser julgados improcedentes, pelos fatos e fundamentos que se seguem. Nos termos do art. 104 do Cdigo Civil, a validade do negcio jurdico requer agente capaz, objeto lcito, possvel, determinado ou determinvel; e forma prescrita ou no defesa em lei.
In casu, consoante mencionado acima, o ru adquiriu, em 01/09/2003, do
Sr. Pablo, filho da autora, o terreno objeto da presente lide, localizado na Rua ......, lote n........., registrado no livro de Registro de Imveis n........ do Cartrio de Registro de Imveis de Uberlndia, MG, mediante o pagamento de R$......... (documentos anexos).Consoante se extrai dos documentos carreados aos autos, a aquisio do referido bem foi feita por agentes capazes, no havendo vcio no negcio jurdico celebrado entre eles. Ressalte-se que, embora, poca, estivesse em trmite ao de interdio contra Pablo, foi ela sentenciada em 2004, onde se reconheceu a plena capacidade de Pablo para os atos da vida civil Portanto, plenamente vlido o contrato de compra e venda entre eles celebrado. Ademais, no lote, o ru, que sempre esteve de boa-f, construiu imvel destinado moradia prpria, estando a construo, hoje, avaliada em R$............. Assim, caso V. Exa. no entenda pela validade do negcio jurdico celebrado entre o ru e o Sr.Pablo, o que se admite s por argumentar (princpio da eventualidade), ainda persiste direito dele, ru, de permanecer com a propriedade do imvel ou, no mnimo, de ser indenizado pela construo que realizou de boa-f. Nos termos do art. 1.255 do Cdigo Civil, aquele que edifica em terreno alheio, em proveito do proprietrio, ter direito indenizao se as construes se procederam de boa f. O pargrafo nico do referido dispositivo legal garante, ainda, aquisio da propriedade do solo quele que edificou de boa-f em terreno alheio, desde que a construo exceda consideravelmente o valor do terreno e haja o pagamento de indenizao fixada judicialmente, se no houver acordo. In casu, consoante j dito, o ru adquirente de boa-f, sendo pblica e notria a construo realizada no imvel e com isto a valorizao dada ao lote alienado no ano de 2003. Assim, na eventualidade de no ser julgado improcedente o pleito autoral nos termos retro mencionados, deve este douto juzo, levando em considerao o valor da construo e que a ela excedeu, em muito, o valor do solo, determinar que a propriedade permanea em nome do ru, e arbitrar o valor da indenizao devida autora. Ainda com base no princpio da eventualidade, caso o ru seja condenado a devolver o terreno autora, deve ser indenizado pela construo e pelas benfeitorias realizadas no imvel, devendo os valores serem apurados em posterior fase de liquidao. Pretende, ainda, seja assegurado o direito de reteno do bem at a percepo da indenizao. IV. CONCLUSO
Diante do exposto, requer a intimao do autor para impugnar a presente
contestao. Requer PRELIMINARMENTE: a) seja acolhida a preliminar de incompetncia absoluta, determinando-se a remessa dos autos para a Comarca de Uberlndia, e a sua distribuio, por sorteio, para uma de suas varas cveis, posto ser este o juzo competente para processar e julgar a presente lide. b) seja acolhida a preliminar de ilegitimidade ativa ad causam arguida, extinguindo-se, consequentemente, o processo sem resoluo do mrito, nos termos art. 267, inciso VI, do CPC, com a condenao da autora nos nus de sucumbncia. Caso no sejam acatadas as preliminares acima, pede, no MRITO, seja julgado improcedente o pedido inicial Na EVENTUALIDADE de ser julgado procedente o pedido inicial, declarando a nulidade do contrato de compra e venda, cancelando o registro imobilirio e condenando o ru a restituir o imvel, tudo em respeito ao princpio da eventualidade, pede: a) seja levado em considerao o valor da construo e que ela excedeu consideravelmente o valor do solo, para determinar que a propriedade permanea em nome do ru, arbitrando, desde j, o valor da indenizao devida autora (1.255, pargrafo nico, do CC); b) no sendo este o entendimento de V. Exa., pede seja indenizado o demandado dos valores relativos construo e s benfeitorias realizadas no lote (art. 1.255 do CC), valores estes a serem apurado sem posterior fase de liquidao, bem como seja assegurado o direito de reteno do bem. Por fim, pede a condenao da parte contrria aos nus de sucumbncia. Requer provar o alegado por todos os meios de prova admitidos em lei, notadamente prova documental, testemunhal, pericial e depoimento pessoal da autora. Nestes termos, pede deferimento. Local e data... Advogado......OAB.......Assinatura Endereo completo do advogado para intimaes (art. 39, I, CPC)...