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I- O recurso questiona se a decisão recorrida violou a lei ao não considerar nula a decisão administrativa por falta de fundamentação, nomeadamente por não ter indicado o número de série do radar utilizado para detectar a velocidade, impedindo a arguida de contraditar esse meio de prova.
II- A decisão recorrida manteve a condenação da arguida por excesso de velocidade com base no auto de notícia e pagamento voluntário da coima pela arguida.
III- O tribunal terá de decidir se a ausência do
Originalbeschreibung:
Excesso de velocidade, Radar, Comunicação à CNPD, Irregularidade.
I- O recurso questiona se a decisão recorrida violou a lei ao não considerar nula a decisão administrativa por falta de fundamentação, nomeadamente por não ter indicado o número de série do radar utilizado para detectar a velocidade, impedindo a arguida de contraditar esse meio de prova.
II- A decisão recorrida manteve a condenação da arguida por excesso de velocidade com base no auto de notícia e pagamento voluntário da coima pela arguida.
III- O tribunal terá de decidir se a ausência do
I- O recurso questiona se a decisão recorrida violou a lei ao não considerar nula a decisão administrativa por falta de fundamentação, nomeadamente por não ter indicado o número de série do radar utilizado para detectar a velocidade, impedindo a arguida de contraditar esse meio de prova.
II- A decisão recorrida manteve a condenação da arguida por excesso de velocidade com base no auto de notícia e pagamento voluntário da coima pela arguida.
III- O tribunal terá de decidir se a ausência do
Processo: N Convencional: Relator: Descritores: Data do Acordo: Votao: Tribunal Recurso: Texto Integral: Meio Processual: Deciso: Legislao Nacional: Sumrio:
Deciso Texto Integral:
Acrdo do Tribunal da Relao de Coimbra
1124/07.9TALRA.C1 JTRC ORLANDO GONALVES EXCESSO DE VELOCIDADE GRAVAO LCITA 12-12-2007 UNANIMIDADE LERIA 2 J S RECURSO CRIMINAL CONFIRMADA ARTIGOS 181. DO C.E. E 379., ALNEA A) DO C.P.P
I- A comunicao Comisso Nacional de Proteco de Dados(CNPD das
cmaras fixas e meios portteis utilizados pelas autoridades policiais permite apenas uma inventariao desses aparelhos e consequente conhecimento dos aparelhos utilizados pelas foras de segurana. II- A notificao CNPD em nada contende com os requisitos da aprovao e homologao do aparelho, e no h disposio legal que determine que um mtodo proibido de prova a obteno de registo atravs de aparelho aprovado e homologado, mas sem comunicao do mesmo CNPD nos termos do art.5. do DL n. 207/2005, de 29 de Novembro. III-A inobservncia deste art.5., do DL n. 207/2005, ser uma mera irregularidade. Acordam, em audincia, na Seco Criminal do Tribunal da Relao de Coimbra. Relatrio A..., portadora do BI n. 4975180, residente em Estrada de Martinela, Arrabal, Leiria, foi condenada em 13 de Junho de 2006, no processo de contra-ordenao n. 247478440, por deciso da D.G.V. - Leiria, pela prtica de uma contra-ordenao prevista e punida pelos art.27., n. 1, 2, a) 2., 28., n. 5,138. e 145., al. b), todos do Cdigo da Estrada, na sano acessria de inibio de conduzir, pelo perodo de 3o dias, suspensa na sua execuo pelo perodo de 180 dias, no condicionada a prestao de cauo de boa conduta, sendo que a coima respectiva fora antes objecto de pagamento voluntrio. Notificada de tal deciso, a arguida A... interps recurso de impugnao judicial em conformidade com o disposto no artigo 59 do Decreto-Lei n 433/82, de 27 de Outubro, pedindo que seja declarada a nulidade da deciso administrativa por falta de fundamentao. Recebidos os autos no 2. Juzo Criminal do Tribunal Judicial de Leiria , a Ex.ma Juza , por despacho de 30 de Abril de 2007, admitiu o recurso e ordenou que, nos termos do art.64., n. 2 do R.G.C.O.C., se notificasse a arguida e o Ministrio Pblico para , em dez dias, dizerem se se opem deciso por mero despacho. O Ministrio Pblico e a arguida nada disseram no prazo referido.
Por despacho de 18 de Junho de 2007, o Ex.mo Juiz julgou improcedente o
recurso de impugnao judicial apresentado pela arguida e manteve a deciso da autoridade administrativa que lhe aplicou a sano de inibio de conduzir ao arguido pelo perodo de 30 dias, suspensa na sua execuo pelo perodo de 180 dias , no condicionada a prestao de cauo de boa conduta. Inconformado com a deciso dela interps recurso para este Tribunal da Relao a arguida A..., concluindo a sua motivao do modo seguinte: 1. A recorrente impugnou judicialmente a deciso proferida pela DGV Leiria, no mbito do processo contra-ordenacional, por fora da qual lhe foi aplicada a sano acessria de inibio de conduzir pelo perodo de trinta dias suspensa na sua execuo pelo perodo de cento e oitenta dias, no condicionada prestao de cauo de boa conduta, pela prtica de uma contra-ordenao prevista e punida pelos arts. 27., n. 1 e 2 a), 2., 28., n. 5, 138. e 145., al. b) todos do Cdigo da Estrada. 2. Naquela impugnao invocou a nulidade da deciso administrativa por falta de fundamentao, no que respeita omisso da indicao da prova. 3. E por outro lado, para a hiptese do aparelho utilizado no ter sido comunicado CNPD, a ilegalidade do meio de prova. 4. Alegou em sntese, que da deciso administrativa deveria constar o nmero de srie do aparelho utilizado. 5. A omisso de tal elemento no lhe permite apresentar defesa esclarecida, j que no sabe qual o aparelho que em concreto foi utilizado, no podendo, nomeadamente, impugnar o meio de prova. 6. A deciso recorrida, no entanto, considerou que a deciso administrativa continha a indicao dos factos bem como as provas, designadamente o auto de noticia, valorado nos termos do disposto no artigo 171., n. 3 do C.E. 7. Mais, que nesse auto referido que o controlo foi efectuado pelo radar Fotogrfico Multanova 6 FD aprovado pela DGV com o Despacho 8036/2003 (2 Srie), DR 28/04/2003. 8. Tanto basta, no entender da deciso recorrida para se achar por cumprido o art.181. do C.E e assegurado o direito de defesa da arguida. 9. Salvo o devido respeito, no partilhamos tal entendimento. 10. No um qualquer aparelho Multanova 6FD que constitui o meio de prova para imputar arguida a prtica da infraco. 11. H-de ser um concreto aparelho Multanova 6 FD, o meio de prova do facto contra-ordenacional imputado arguida. 12. E esse h-de ter um nmero de srie. 13. Que ter de constar da deciso. 14. S assim poder a arguida apresentar a sua defesa de forma esclarecida. 15. E nem se diga, como se faz na deciso recorrida, que a arguida poderia informar-se junto da entidade administrativa, sobre o nmero de srie do aparelho. 16. Esse raciocnio , salvo o devido respeito, inverter o princpio do acusatrio, vlido em processo contra-ordenacional, tal como em processo penal. 2
17. Assim, reitera-se a invocada nulidade da deciso administrativa por
falta de fundamentao. No decidindo como se propugna, violou a deciso recorrida o disposto no art.181. do C.E e 379., al. a) do C.P.P. 19. Por outro lado, reitera-se ainda, que a falta de notificao CNPD, do aparelho utilizado para a deteco de velocidade constitui meio de prova ilegal. 20. Com efeito, no dando cumprimento Lei, no caso ao art.5 do DecretoLei n. 207/2005 de 29.11, o aparelho no comunicado, se utilizado, no poder valer como meio de prova, por ilegal. Termos em que deve ao presente recurso ser concedido provimento, revogando-se a deciso recorrida e substituindo-a por outra que julgue a impugnao judicial procedente, como de justia. O Ministrio Pblico respondeu ao recurso interposto pela arguida pugnando pela manuteno da deciso recorrida. O Ex.mo Procurador Geral Adjunto neste Tribunal da Relao emitiu parecer no sentido da manifesta improcedncia do recurso, dada a sua clara inviabilidade. Colhidos os vistos e realizada a audincia, cumpre decidir. Fundamentao Os factos apurados e respectiva motivao constante da deciso recorrida so os seguintes: Factos provados 1. No dia 30.12.2005, pelas 09,45 horas a arguida conduzia o veculo ligeiro de passageiros com a matrcula 98-75-UZ, na EN. 242 Km/ 4,3, Zona Industrial, Barosa, em Leiria. 2. Nesta data, hora e local, o veculo acima identificado, conduzido pela arguida, circulava velocidade de, pelo menos, 100 Km/hora, por razo no concretamente apurada, mas arguida imputvel, pois a velocidade mxima permitida naquele local de 60 Km/h, conforme sinalizao sinal (13) a existente. 3. Este controle foi efectuado atravs do aparelho radar fotogrfico Multanova 6F-MUVR-FD, n. 1061, aprovado e em vigor. 4. A arguida efectuou o pagamento voluntrio da coima. 5. A arguida no tem averbadas no seu registo individual de condutor a prtica de contra-ordenaes activas. Factos no provados No se provaram outros factos com interesse para a presente deciso. Motivao O tribunal fundou a sua convico no teor do auto de notcia de fls. 1 cujo teor faz f em juzo (dado que no foi posto em causa e a arguida no pode discutir a infraco dado que procedeu ao pagamento da coima: art.172., n. 5 do C.E.), no teor das provas fotogrficas da infraco verificada de
fls.2; no teor da declarao do pagamento voluntrio da coima de fls. 3, e
no teor do Registo Individual de Condutor de fls. 4. * * O mbito do recurso dado pelas concluses extradas pelo recorrente da respectiva motivao. ( Cfr. entre outros , o acrdo do STJ de 19-6-96 , no BMJ 458 , pg. 98 ). So apenas as questes suscitadas pelo recorrente e sumariadas nas respectivas concluses que o tribunal de recurso tem de apreciar ( Cfr. Prof. Germano Marques da Silva , in Curso de Processo Penal III , 2 ed. , pg. 335) , sem prejuzo das de conhecimento oficioso . No caso dos autos, face s concluses da motivao da recorrente A... a questo a decidir a seguinte: -se a deciso recorrida, ao no ter decidido que a deciso administrativa nula por falta de fundamentao resultante da omisso de indicao do nmero de srie do aparelho Multanova 6 FD, que impede a arguida de contraditar esse meio de prova e saber se foi cumprida a notificao CNPD exigida pelo art.5. do DL n. 207/2005, de 29 de Novembro , violou o disposto nos art.s 181. do C.E. e 379., alnea a) do C.P.P.. Passemos ao conhecimento da questo. O processamento das contra-ordenaes rodovirias nos artigos 169. a 189. do Cdigo da Estrada. O artigo 172 do Cdigo da Estrada estatui, designadamente, o seguinte: 1. admitido o pagamento voluntrio da coima, pelo mnimo, nos termos e com os efeitos estabelecidos nos nmeros seguintes. 2. A opo de pagamento voluntrio pelo mnimo e sem acrscimos de custas deve verificar-se no prazo de 15 dias teis a contar da notificao para o efeito. 3. () 4. Em qualquer altura do processo, mas sempre antes da deciso, pode ainda o arguido optar pelo pagamento voluntrio da coima, a qual, neste caso, liquidada pelo mnimo, sem prejuzo das custas que forem devidas. 5. O pagamento voluntrio da coima nos termos dos nmeros anteriores determina o arquivamento do processo, salvo se contra-ordenao for aplicvel sano acessria, caso em que prossegue restrito aplicao da mesma. . Por sua vez, o art.175., n. 4 , do Cdigo da Estrada, estatui que O pagamento voluntrio da coima no impede o arguido de apresentar a sua defesa, restrita gravidade da infraco e sano acessria aplicvel.. Da conjugao destes preceitos legais resulta que o pagamento voluntrio da coima, pode determinar duas situaes: - o arquivamento do processo, quando no seja aplicvel sano acessria contra-ordenao; e - o prosseguimento do processo, quando contra-ordenao seja aplicvel
sano acessria , a fim de ser aplicada esta sano.
Nesta segunda situao, em que o arguido paga voluntariamente a coima pelo mnimo, o mesmo no fica impedido de apresentar a sua defesa, mas restrita gravidade da infraco e sano acessria aplicvel. Ou seja, o arguido que paga voluntariamente a coima pelo mnimo, prosseguindo os autos , poder apresentar defesa relativa gravidade da infraco e sano acessria aplicvel, mas no poder j discutir a existncia dos factos que integram a contra-ordenao. De outro modo no faria sentido o emprego do termo restrita no n. 4 do art.175. do Cdigo da Estrada. No sentido ora exposto podem ver-se, designadamente, os acrdos das Relaes de Coimbra e do Porto referidos no parecer do Ex.mo Procurador Geral Adjunto. No presente caso, a arguida A... foi notificada do auto de contra-ordenao de folhas 1, sendo que at do seu verso consta um n. 4. onde se menciona que Quando a contra-ordenao for sancionvel com coima e sano acessria, o infractor pode efectuar o pagamento voluntrio da coima pelo mnimo e apresentar a sua defesa, nos termos indicados no n. 3, mas apenas para efeitos de eventual no aplicao, atenuao especial ou suspenso da execuo da sano acessria , que no caso de inibio de conduzir pode ser condicionada prestao de cauo e/ou frequncia de aco de formao.. um facto inquestionvel, dado como provado, que a arguida pagou voluntariamente a coima aplicvel aos factos e, como tal, pelo mnimo. Considerando-se que a arguida A... pagou voluntariamente a coima que lhe foi aplicvel , devem considerar-se como assentes os factos que constam da contra-ordenao de folhas 1, isto , que no dia 30 de Dezembro de 2005 , pelas 09h45m, na E.N. 241, ao Km 4,3, - Z.I., Barosa, Comarca de Leiria, a arguida conduzia o veculo automvel ligeiro de passageiros, com matrcula 98-75-VZ, pelo menos velocidade de 100 km/hora. Estando a defesa a apresentar pela arguida restrita, nos termos dos art.s 172., n.5 e 175, n.4 do Cdigo da Estrada, gravidade da infraco e sano acessria aplicvel, incuo questionar-se indirectamente a mesma matria de facto ao abrigo de uma pretensa omisso, na deciso administrativa que lhe aplicou a sano acessria de inibio, do nmero de srie do aparelho que registou a velocidade do veculo que ela conduzia. Pese embora o exposto, no deixaremos de referir que a deciso recorrida andou bem ao no declarar nula a deciso administrativa que no entender da arguida padece de falta de fundamentao por omisso do nmero de srie do aparelho que registou a velocidade do veculo que a arguida conduzia. Vejamos. Nos termos do art.181., n.1, alnea b) do Cdigo da Estrada, a deciso que aplica a coima ou a sano acessria deve conter a descrio sumria dos factos , das provas e das circunstncias relevantes para a deciso. As provas obtidas atravs de aparelhos ou instrumentos aprovados nos termos legais e regulamentares, para poderem ser contraditadas, exigem que se possa saber qual foi em concreto o aparelho que as forneceu.
Certamente por tal razo o art.15., n.1 do DL n. 207/2005, de 29 de
Novembro, estatui que Os dados gravados e os elementos probatrios acompanham os respectivos autos e processos (). Ou seja, por determinao da lei os registos obtidos atravs dos aparelhos de radar acompanham e inserem-se no respectivo auto. Lendo a deciso administrativa verificamos que consta da mesma, o dia , a hora e o local onde , sendo a velocidade mxima permitida de 60 Km/hora , a arguida circulava com um veculo automvel velocidade de 100 Km/h correspondendo velocidade registada de 106 km/hora, deduzido o valor do erro mximo admissvel. Mais se diz ali, designadamente , que a velocidade foi verificada atravs do radar Multanova 6FD e que o auto faz f em juzo nos termos do n. 4 do art.170. do Cdigo da Estrada quando tenha por base os elementos de prova obtidos atravs de aparelhos ou instrumentos aprovados nos termos legais e regulamentares. Em seguida conclui-se que face aos elementos existentes no processo, consideram-se provados os factos constantes do auto de contra-ordenao. Os elementos constantes dos autos face aos quais se consideram provados os factos constantes do auto de contra-ordenao e que por lei devem acompanhar o auto respectivo , so apenas e s o registo fotogrfico , que consta de folhas 2. No registo fotogrfico de folhas 2 , para que se remete na deciso administrativa, consta a informao que a foto foi tirada pelo aparelho Multanova 6F-MURV-FD ; que o nmero do radar o 535 ; o nmero da cmara o 000/62162; e no interior da foto est digitalizado 1061 Multanova 6F. Sabendo-se que a prova relativa velocidade fica registada pelo aparelho que a mede , o registo efectuado junto ao processo com o respectivo auto e que a deciso administrativa remete a prova dos factos constantes do auto de contra-ordenao para o elemento constante do processo, que a foto do registo com o teor mencionado, o Tribunal da Relao considera que a arguida A... ao ser notificada da deciso administrativa ficou com a possibilidade prtica de se defender pois dali consta o aparelho que em concreto procedeu medio da velocidade e at o respectivo nmero de srie. Alis, o Tribunal recorrido, nos factos provados da sua deciso, considerou assente que o controle de velocidade foi efectuado atravs do aparelho radar fotogrfico Multanova 6F-MUVR-FD, com o n. 1061, que o que consta inserido na foto de folhas 2 dos autos. E este facto no impugnado pela recorrente. No padecendo a deciso recorrida de nulidade por falta de fundamentao est prejudicada a questo colocada pela arguida como hiptese de o aparelho de radar em causa no ter ainda sido notificado Comisso Nacional de Proteco de Dados data da prtica da contra-ordenao. Ainda assim, no deixaremos de dizer, em modo sucinto, que uma eventual omisso de notificao CNPD exigida pelo art.5., n.2 do DL n. 207/2005, de 29 de Novembro, no levaria a considerar a prova obtida atravs do mesmo radar como ilegal.
A comunicao CNPD das cmaras fixas e meios portteis utilizados
pelas autoridades policiais permite apenas uma inventariao desses aparelhos e consequente conhecimento dos aparelhos utilizados pelas foras de segurana. A notificao CNPD em nada contende com os requisitos da aprovao e homologao do aparelho, e no h disposio legal que determine que um mtodo proibido de prova a obteno de registo atravs de aparelho aprovado e homologado, mas sem comunicao do mesmo CNPD nos termos do art.5. do DL n. 207/2005, de 29 de Novembro. A inobservncia deste art.5., do DL n. 207/2005, no passaria assim de uma mera irregularidade, sem influncia na deciso da causa. No sentido exposto decidiram j, entre outros, os acrdos da Relao de Coimbra, de 26-4-2007 e de 19-09-2007 ( in www.dgsi.pt/trc.) e da Relao de Lisboa, de 11-10-2007 ( in www.dgsi.pt/trl.). Em suma, no tendo sido violados quaisquer dos preceitos legais invocados pela recorrente, impe-se declarar improcedente o recurso. Deciso Nestes termos e pelos fundamentos expostos acordam os juzes deste Tribunal da Relao em negar provimento ao recurso interposto pela arguida A... e manter a deciso recorrida. Custas pela recorrente, fixando em 7 Ucs a taxa de justia. * (Certifica-se que o acrdo foi elaborado pelo relator e revisto pelos seus signatrios , nos termos do art.94., n. 2 do C.P.P.).