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Máquinas que pensam

Machines that think


Rodrigo Dias Arnaut1 (03/2006)

Abstract

There are in the world a diversity of machines that think, that learn and that
create. Below will be presented one brief quarrel of this exactly subject, approaching as
we could define and what would be machines that think, comparing with existing
models inside of our society.

Resumo

Existem no mundo uma diversidade de máquinas que pensam, que aprendem e


que criam. A seguir, será apresentada uma breve discussão justamente encima desse
assunto, abordando como poderíamos definir e o que seriam máquinas que pensam,
exemplificando com modelos existentes dentro da nossa sociedade.

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O que seriam máquinas que pensam? Seriam máquinas que raciocinam? Seriam
máquinas que tomam decisões? Seriam máquinas que aprendem? Ou simplesmente,
máquinas vivas. Se falarmos que máquinas vivas são máquinas que pensam estamos
descartando todas as invenções tecnológicas da humanidade, pois existe um grande
paradigma de como explicar o comportamento supostamente inteligente de uma
máquina tecnológica, seja um software, um hardware ou um robô. Máquinas que
pensam, devemos supor que são modelos que se assemelham com o modelo humano,
porque a única máquina evidente que eu consigo afirmar com 100% de certeza é que o
homem (e obviamente a mulher), como seres humanos, conseguem pensar, então essas
são máquinas que efetivamente pensam. Agora, para concluirmos se outros modelos
fora da alçada humana pensam, precisamos então entender:

1) O que o homem pensa?


2) Para que ele pensa?
3) Porque ele pensa?
4) Como ele pensa?

1) O que o homem pensa?


O homem pensa na sua própria existência. O homem consegue em silêncio tirar
conclusões, fazer planos, tomar decisões, raciocinar, memorizar fatos antigos ou
recentes, entre outras habilidades de um ser humano.

2) Para que ele pensa?


O homem tira conclusões, raciocina, ou seja pensa, pra que? E com que objetivo
ele faz tudo isso? Ele possui uma demanda o tempo inteiro para que ele exerça essa

1
Mestrando da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo – PCS.
atividade, pois se ele não pensar ou se ele não pensasse, talvez não estivesse vivo até
hoje, já teria sido extinto pela própria lei da natureza. Então o homem pensa para se
defender, para sobreviver.

3) Porque ele pensa?


Porque que ele precisa pensar para sobreviver? Qual que é a motivação disso tudo.
Então porque o homem pensa? O homem pensa porque ele ao possuir uma caixa
encefálica capaz de fazer processamentos, ler sensores que são os nossos sentidos, são
as entradas do sistema do homem. O homem só consegue pensar partindo que ele tem o
seus sensores, o sistema tátil, a visão, o ouvido, a sensibilidade, o cheiro, o paladar,
esses são os sensores do homem. São as inputs para ele. Logo, então porque ele pensa?
E com essas inputs ele consegue enviar sinais para a sua caixa encefálica que logo, seu
cérebro, e, portanto, na sua mente passam sinais e possuímos alguns mecanismos
internos que transmitem, que conseguem processar tudo isso, guardar na memória essas
informações, fazer comparações, que é o que o ser humano faz com muita freqüência.
Tudo que você sente, ouve, pensa, etc., você compara com alguma coisa para tentar
entender por similaridade. Isso passa a ser uma coisa contínua e vira um aprendizado.
Então, junto com esse processamento tem um aprendizado. Existem outros raciocínios
que não consigamos explicar totalmente. Tem o raciocínio que aprendemos, mas tem
coisas que são da nossa intuição. E quem disse que a nossa intuição é algo onipresente,
é algo pactual, algo da sua geração. Pode ser genético. Algo que está no seu
subconsciente, enfim, e aí porque elas pensam então? Porque elas têm esses inputs, elas
raciocinam, elas fazem cálculos, o cérebro acaba sendo efetivamente uma máquina que
pensa porque ele tem os inputs, faz n abordagens internamente, consegue transmiti-as,
seja pela fala, seja pelos movimentos do sistema locomotor, seja por uma escrita, como
este texto. Podemos prematuramente dizer que o homem só consegue descrever ou
provar que pensa, que é inteligente, pelas suas atitudes e ações. Então uma máquina que
pensa precisa ter, fazendo analogia ao homem, inputs, as entradas de alguns sistemas
sensoriais, precisa fazer processamentos, comparações, aprendizados e trabalhar com
memória internamente para produzir resultados.

4) Como o homem pensa?


Vamos separar, não queremos discutir aqui os sistemas sensoriais, nem tão pouco,
as respostas, as saídas do sistema locomotor, por exemplo. Queremos entender como
que funciona isso lá dentro, uma série de entradas e como ela trata tudo isso. Como isso
é tratado. Segundo a Máquina de Turing, esse tratamento interno, ou seja, toda função
cerebral que ocorre dentro da nossa caixa encefálica pode ser reduzida a uma álgebra
booleana. Então se partirmos do princípio que o nosso cérebro se comporta em algum
determinado momento como um processamento digital, então é isso um dos modos de
como o cérebro pensa. Podemos tentar descrever do ponto de vista de outras áreas, tais
como a religião, a mecânica ou a medicina.

Então isso são máquinas que pensam. Agora vamos tentar encontrar onde temos
máquinas com essas características na nossa sociedade. Vamos pegar o que encontra-se
mais próximo ao homem. Vamos começar com os animais. Então por exemplo, os
animais são máquinas que pensam? Primeiramente vamos responder a três perguntas
para que cheguemos a alguma conclusão. Eles possuem entradas sensoriais? Se eles
conseguem de alguma forma tratar essas informações? Se eles conseguem reagir a essas
informações? Concluímos que uma diversidade de animais possui essas características,
principalmente os mamíferos (ex.: rato, cachorro, etc.). Alguns possuem mais

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discretamente, outros muito duvidosamente. Mas quem somos nós para afirmar que
mesmo o mais deficiente ou com mais baixa função cerebral, não esteja ali exercendo
uma atividade pensante. Um outro exemplo é com as plantas. Obviamente percebemos
que elas não pensam, mas vamos esquecer isso por alguns segundos! Elas pensam? Elas
possuem sensores de entrada? Elas são sensíveis? Se elas são seres sensíveis, pois eles
sentem uma série de coisas, processam internamente e reagem a isso, então uma planta
pode crescer muito bem ou não. Uma planta pode ter uma vida prolongada ou não. Uma
planta pode adoecer, pode ter reações adversas não controladas, são reações
descontroladas e são reações do ambiente. Então uma planta, uma simples plantinha
pode possuir essas características. Talvez ela não faça aquilo que a gente as vezes
relaciona com inteligência com raciocínio, mas quem disse que a inteligência é um
raciocínio. Uma das características do nosso cérebro é o raciocínio. Se as reações de
uma planta apontam para uma máquina que pensa, não diretamente, mas com uma
abordagem e definição genérica de máquinas que pensam, estamos incluindo um
conjunto muito grande e polêmico de máquinas pensantes (uma enorme incógnita ou
um grande paradigma). Tudo que está vivo pensa? Eis a grande questão. É difícil
responder. Se tirarmos conclusões com o que estou expressando, ou seja, que algumas
das características de um ser humano (o que?, pra que?, porque? e como?) podem estar
presentes em outros seres (principalmente os mamíferos). Porém o ser humano
consegue se expressar muito bem. Talvez a fala trouxe ao ser humano um dos maiores
estimuladores do pensamento, da inteligência. Porque se um animal falasse como o ser
humano, ele conseguiria se expressar de uma forma totalmente diferente. Então é
complicadíssimo a gente entrar em quais são os seres vivos que pensam. Se
observarmos uma pessoa que está de cama, vegetando, que só o cérebro funciona. Eu te
pergunto, essa pessoa tem uma máquina capaz de raciocinar nos problemas simples,
maiores ou mais complicados que existem. Se ela consegue pensar em um simples
problema, mesmo vegetando, por que ela não pensa? Por que ela não consegue exercer
suas atividades? E quem disse que ela não está pensando? Ela pode estar pensando em
muitas coisas mas não tem como se expressar. Logo, chamamos isso de vida vegetativa.
Então uma vida vegetal é uma vida que você consegue sentir as coisas, pensar e não se
expressar. Chamamos isso de vida vegetativa. Então espero que isso não tenha nenhuma
relação com os vegetais, aquelas plantinhas que comentei acima!

Invertendo a comparação vamos ao computador, Ele pensa? Revisando as


características que eu mencionei acima sobre máquinas que pensam, temos três etapas:
possuir sistema sensorial, realizar processamento dessas informações e reagir a isso,
apresentando resultados. Se analisarmos qualquer microprocessador eles são no mínimo
um chip com clock (relógio interno), alguns milhares de transistores, uma área para
memória e uma ULA – Unidade de Lógica Aritmética. Todos os equipamentos dotados
de microprocessadores possuem de alguma forma sensores de entrada, um
processamento de informações e apresentam algum resultado ou ação. Então podemos
concluir que os equipamentos tecnológicos, não somente os computadores, mas um
aparelho celular, um semáforo inteligente, etc, possuem características muito complexas
que o nosso cérebro às vezes nem consegue resolver ou demanda muito mais tempo.
Porém para um microprocessador é muito fácil porque ele nasceu num mundo digital e
os seres humanos pertencem a um mundo analógico. O nosso corpo é inteiro analógico.
As nossas reações são analógicas. Talvez o nosso cérebro possa pensar digital, mas
nossas reações são todas analógicas, nosso ouvido é analógico, nossa visão é analógica,
nossa fala é analógica. Concluímos então que tudo é uma questão de referência. Um
computador possui todas as características de uma máquina que pensa, agora eu não vou

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ficar analisando se um semáforo inteligente pensa, se um prédio inteligente pensa, se
um tênis com um chip pensa, ou se um super computador pensa. Ele possui as
características do nosso cérebro, portanto, concluo que eles podem ser em determinados
momentos máquinas que pensam. Então concluímos que chips em algum momento
realiza uma tarefa similar a uma máquina que pensa.

Resolvi fazer toda a minha abordagem encima desses três fatores: as entradas,
uma caixa preta e as saídas, pois acredito que é o modo mais simples de entender o ato
de pensar. Tudo que possui uma entrada, uma caixa preta e uma saída são máquinas que
pensam... (meu telefone tocou, é minha noiva na linha)... Bom, após ser bruscamente
interrompido por uma máquina que pensa, que vocês agora devem estar me
perguntando: ele está referindo-se a noiva dele? Ou ao celular que tocou? Então você
também acabou de ficar na dúvida. Por isso todos ficam na dúvida. Por quê o celular é
uma máquina que pensa? Hoje, o celular tem uma série de funções. Porque ele seria
uma máquina que pensa? Ele tira conclusões, ele toma reações, faz alguma coisa? Ou o
celular não serve pra nada? Ah, ele serve para alguma coisa, executa tarefas
programadas. Ah, sim então tem um grande quantidade de seres humanos que fazem
tarefas repetitivas. Isso quer dizer que eles não são máquinas que pensam?

Considerando que as máquinas que pensam são máquinas que possuem entradas,
processamentos e saídas, quando o ser humano está fazendo uma atividade repetitiva,
reagindo instintivamente como um animal, como uma planta, vegetando, ou como um
peão de uma obra construindo uma parede que faz 500 vezes a mesma coisa e ele nem
sabe porque está fazendo aquilo, e a gente fala que o ser humano são máquinas que
pensam, então em alguns momentos eles não estão pensando.

Após todas essas reflexões concluo que o pensamento, a máquina que pensa é um
estado, um atributo temporal, não atemporal, e alguns modelos como o modelo humano
podem possuir em determinados momentos característica de estar uma maquina que
pensa. Definitivamente maquinas que pensam o tempo todo não existem. Somos todos
modelos mapeados em estados do ser, ou melhor, estados do pensamento. A
inteligência, portanto, quando relacionada com o pensamento, não é um atributo
atemporal é um atributo temporal característicos a determinadas atividades
desenvolvidas pelos ser humanos em determinado tempo, ou seja, as pessoas estão
máquinas que pensam, as pessoas estão inteligentes em determinados momentos, e em
outros momentos elas não são máquinas que pensam ou elas não estão máquinas que
pensam, não estão inteligentes...

Bibliografia

Churchland P. M.; 1988, Matéria e Consciência, Uma introdução contemporânea à


filosofia da mente, Eds. UNESP, São Paulo, SP, p. 15-23, 2004.
Caianiello E. R.; 1961. Outline of a theory of thought-processes and thinking machines.
In Journal of Theoretical Biology 2: 204-235. Neurocomputing Vol.I, p. 45 – 47.

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