ASTM CODENT GAEDOW 30(SUPL.

4):28-334 ISSN 0101-7772

Volume 30 - Suplemento n04 - Out/Dez, 2011

Anais da X Semana Brasileira

do Aparelho Digestivo
 E ditorial

BEM-VINDOS À X SBAD

As sociedades médicas responsáveis pela X Semana Brasileira do

Aparelho Digestivo (SBAD) dão as boas-vindas a todos que participarão
desse evento. Profissionais de saúde, a indústria farmacêutica e de
equipamentos reuniram esforços para fazer deste o mais importante evento
da área.
2

Os Anais do X SBAD reúnem os resumos de todos os trabalhos a serem

apresentados durante o evento e demonstram a qualidade da produção
científica brasileira na área do Aparelho Digestivo.

A X SBAD é uma realização de quatro sociedades médicas (SOBED, FBG,

CBCD e SBMD) que reafirmam seus ideais de criar e estimular atividades
para o fortalecimento de suas especialidades no cenário da saúde nacional.

Esperamos que todos aproveitem esta oportunidade de convivência entre

colegas, crescimento intelectual e aprimoramento profissional.

Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva

Federação Brasileira de Gastroenterologia
Sociedade Brasileira de Motilidade Digestiva
Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva
.
 Gastroenterologia
Endoscopia Digestiva

A Revista GED – Gastrenterologia Endoscopia Digestiva é o órgão oficial de circulação trimestral da SOBED
(Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva), da FBG (Federação Brasileira de Gastroenterologia), da
SBH (Sociedade Brasileira de Hepatologia), do CBCD (Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva) e da SBMD
(Sociedade Brasileira de Motilidade Digestiva). Fundada pelo Capítulo de São Paulo da SOBED em 1982,
durante a gestão do Prof. Dr. Arnaldo José Ganc. Registrado na Lei de Imprensa em 19/11/1981, sob o no
1.870, Lv. A, no 5o Registro de Títulos e Documentos de São Paulo.

Indexada nas seguintes bases de dados

LILACS, SCOPUS, EMBASE/EXCERPTA MÉDICA, LATINDEX e ADSAÚDE

Editor Chefe
Paulo Roberto Arruda Alves (SP)

Editores Responsáveis
José Murilo Robilotta Zeitune (SP) – Gastroenterologia
Nelson Adami Andreollo (SP) – Cirurgia Digestiva
Paulo Roberto Arruda Alves (SP) – Endoscopia Digestiva
Rimon Sobhi Azzam (SP) – Motilidade Digestiva
Aécio Flávio Meirellez Souza (SP) – Hepatologia 3
Editores Associados
Arnaldo J. Ganc (SP)
Jaime Natan Eisig (SP)
Marcelo Averbach (SP)
Sânzio S. Amaral (SP)

Conselho Editorial – Brasil

Admar Borges da Costa Jr. (PE), Ana Maria Pittella (RJ), Antonio Frederico N. Magalhães (SP), Artur Parada
(SP), Bruno Zilberstein (SP), Claudio Coy (SP), Deborah Crespo (PA), Decio Chinzon (SP), Edmundo Pessoa
Lopes (PE), Edna Strauss (SP), Edson Pedro da Silva (SC), Everson Artifon (SP), Flair Carrilho (SP), Flavio Quilici (SP),
Henrique Coelho (RJ), Hugo Cheinquer (RS), Ismael Maguilnik (RS), João Carlos Andreolli (SP), João Galizzi
Filho (MG), José Galvão Alves (RJ), Julio Cesar U. Coelho (PR), Lix A.R. Oliveira (SP), Lorete M.S. Kotze (PR),
Lúcia Câmara Castro Oliveira (RJ), Luiz Gonzaga Vaz Coelho (MG), Luiz Pimenta Modena (SP), Luiz Roberto
Lopes (SP), Márcio M. Tolentino (SP), Marcus Túlio Haddad (RJ), Mario Pessoa (SP), Martha Pedroso (SP),
Maurício Fernando de Almeida Barros (SP), Orlando J.M. Torres (MA), Paulo Bittencourt (BA), Paulo R. Ott
Fontes (RS), Paulo Roberto Savassi Rocha (MG), Paulo Sakai (SP), Ramiro Mascarenhas (BA), Raymundo
Paraná (BA), Ricardo A. Refinetti (RJ), Roberto Dantas (SP), Sérgio Gabriel Barros (RS), Tomas Navarro
Rodriguez (SP), Venâncio A.F. Alves (SP), Vera Lúcia Andrade (MG), Walton Albuquerque (MG)

Editores Internacionais
Daniel Sifrim (Bélgica), Dirk J. Gouma (Holanda),
Helena Cortez Pinto (Portugal), Jorge Daruich (Argentina)

Secretaria
Coordenadora: Fátima Lombardi dos Santos
Av. Brigadeiro Faria Lima, 2.391, conj. 102 – 01452-000
São Paulo, SP
Tel.: (11) 3813-1610 – Fax: (11) 3032-1460
E-mail: ged@fbg.org.br
Tiragem: 1.000 exemplares
Periodicidade: trimestral
Circulação: nacional para todos os associados da SOBED, FBG, SBH, CBCD e SBMD
Números anteriores e separatas: ged@fbg.org.br

Editoração Eletrônica, Distribuição, Impressão e Publicidade

E-mail: editora@limay.com.br
Tel.: (11) 3186-5600
 Diretoria das Sociedades

Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED)

Diretoria Executiva (2010-2012): Presidente: Sérgio Luiz Bizinelli (PR) • Vice-Presidente: Flávio Hayato Ejima
(DF) • 1o Secretário: Jimi Izaques Bifi Scarparo (SP) • 2º Secretário: Afonso Celso da Silva Paredes (RJ) •
1o Tesoureiro: Thiago Festa Secchi (SP) • Sede: Rua Peixoto Gomide, 515 – cj. 14 – 01409-001 – São Paulo, SP –
Tel./fax: (11) 3148-8200 e 3148-8201 - E-mail: sobed@uol.com.br – Site: sobed.org.br

Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG)

Diretoria (2010-2012): Presidente: José Galvão Alves (RJ) • Vice-Presidente: José Roberto de Almeida (PE)
• Secretário Geral: Sender Jankiel Mizsputen (SP) • 1o Secretário: Adávio de Oliveira e Silva (SP) • Diretor Financeiro:
Rubens Basile (RJ) • Coordenador do FAPEGE: Maria do Carmo Friche Passos (MG) • Presidente Eleito (2012-2014):
4 José Roberto de Almeida (PE) • Sede: Av. Brig. Faria Lima, 2.391, 10º andar – cj. 102 – 01452-000 – São Paulo, SP –
Tel.: (11) 3813-1610/3813-1690. Fax: (11) 3032-1460 - E-mail: fbg@fbg.org.br – Site: www.fbg.org.br

Sociedade Brasileira de Hepatologia (SBH)

Diretoria 2009-2011: Presidente: Raymundo Paraná Filho • 1º Vice-Presidente: Mário Guimarães Pessoa • Secretário
Geral: Paulo Lisboa Bittencourt • Secretária Adjunta: Celina Maria Lacet • 1º Tesoureiro: Delvone Freire Gil Almeida
• Presidente Eleito 2011-2013: Henrique Sérgio M. Coelho • Sede: Av. Brig. Faria Lima, 2.391, 10º andar – cj.
102 – 01452-000 – São Paulo, SP – Tel.: (11) 3812-3253 - E-mail: secretaria@sbhepatologia.org.br – Site: www.
sbhepatologia.org.br

Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva (CBCD)

Diretoria - Gestão 2011-2012: Presidente: Cleber Dario Pinto Kruel • Vice-Presidente: Luis Augusto Carneiro D’Albuquerque
• 1o Secretário: Cláudio José Caldas Bresciani • 2o Secretário: Nicolau Gregori Czezcko • 1o Tesoureiro: Bruno Zilberstein
• Presidente Eleito (2013-2014: Ivan Cecconello • Sede: Av. Brig. Luiz Antonio, 278 – salas 10 e 11 – 01318-901 – São Paulo,
SP – Tels.: (11) 3289-0741 / 3266-6201 / Fone/Fax: (11) 3288-8174 – E-mail: cbcd@cbcd.org.br – Site: www.cbcd.org.br

Sociedade Brasileira de Motilidade Digestiva (SBMD)

Diretoria - Gestão 2010-2011: Presidente: Eponina M. O. Lemme • Vice-Presidente: Sânzio Santos Amaral • Secretário Geral:
Rosana Bihari Schechter • 1o Secretário: Luciana Dias Moretzsohn • 1o Tesoureiro: Luiz João Abrahão Junior • Sede: Av.
Brigadeiro Faria Lima, 2391, Conj. 102, Jardim Paulistano – 01452-000 – São Paulo, SP – Fone: (11) 3518-9117 – E-mail:
sbmd@sbmd.org.br – Site: www.sbmd.org.br
 Informações aos Autores
Modificado em outubro de 2007
A GED, órgão oficial da Sociedade Brasileira de Endoscopia
Digestiva – SOBED, da Federação Brasileira de Gastroenterologia
– FBG, da Sociedade Brasileira de Hepatologia – SBH, do
Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva – CBCD e da Sociedade
Brasileira de Motilidade Digestiva – SBMD, tem por objetivo a
divulgação de trabalhos que contribuam para o progresso da
Gastroenterologia, da Endoscopia Digestiva, da Hepatologia, da
Cirurgia Digestiva e da Motilidade Digestiva.
São publicáveis as colaborações que, enviadas à Secretaria da
GED (Av. Brig. Faria Lima, 2.391 – 10o andar – cj. 102 –1452-
000 – São Paulo, SP, email ged@fbg.org.br), forem aceitas pelo
Conselho Editorial e não tenham sido previamente publicadas
e nem o venham a ser, simultaneamente, em outros periódicos.
Serão aceitos artigos escritos na língua portuguesa. A critério
do Conselho Editorial, poderão ser considerados manuscritos
em língua inglesa e castelhana.
A GED adota as regras da Uniform Requirements for Manuscripts
Submitted to Biomedical Journals emitidas pelo International
Committee for Medical Journal Editors, disponível na Internet
(http:// www.icmje.org).
Conteúdo da GED
Editoriais
Destinam-se à apresentação de temas de natureza polêmica,
atual e de impacto, nos quais os editores da GED percebam
a necessidade de manifestar de forma sintética a visão destes
editores, abordando ou não artigos publicados na GED. Serão
escritos pelos editores e/ou membros do Conselho Editorial
ou, médiante convite, por outros especialistas.
Artigos Originais
De pesquisa clínica e/ou experimental, devem apresentar a
aprovação da pesquisa pelo Conselho de Ética do hospital,
serviço ou instituição onde o trabalho foi realizado. Devem ser
estruturados com os seguintes itens: Resumo (e Unitermos),
Introdução, Métodos, Resultados, Discussão, Conclusões e
Referências Bibliográficas (acompanhado de unitermos).
Introdução – Em que se apresenta a justificativa para o
estudo, com referências relacionadas ao assunto e o objetivo
do artigo.
Métodos – Em que se apresentam: a) descrição da amostra
utilizada; b) mencionar se há consentimento informado;
c) identificação dos métodos, aparelhos e procedimentos
utilizados, de modo a permitir a reprodução dos resultados
pelos leitores; d) breve descrição e referências de métodos
publicados mas não conhecidos amplamente; e) descrição de
métodos novos ou modificados; f) se for o caso, referir a análise
estatística utilizada, bem como os programas empregados.
Resultados – Em que serão apresentados os resultados em
sequência lógica, em forma de texto, tabelas e ilustrações;
recomenda-se evitar repetição excessiva de dados em
tabelas ou ilustrações e no texto. No texto, números menores
que 10 serão grafados por extenso; de 10 em diante, serão
expressos em algarismos arábicos.
Discussão – Em que serão enfatizados: a) os aspectos
originais e importantes do artigo, evitando repetir dados já
apresentados anteriormente; b) a importância e as limitações
dos achados, confrontando com dados da literatura;
c) a ligação das conclusões com os objetivos do estudo;
d) as conclusões decorrentes do estudo.
Referências – As referências bibliográficas devem ser
numeradas na ordem em que são citadas primeiramente no
texto. Elas devem seguir as regras do Uniform Requirements
for Manuscripts Submitted to Biomedical Journals – 5
http://www.icmje.org. Alguns exemplos mais comuns são
apresentados a seguir.
Exemplos:
1. Artigo padrão em periódico (devem ser listados todos os
autores; se houver mais de seis, citar os seis primeiros,
seguidos por et al.): Alper CA, Kruskal MS, Marcus-
Bagle Y, Craven DE, Katz AJ, Brint SJ, et al.. Genetic
prediction of response to hepatitis B vaccine. N Engl J
Med. 1989;321:708-12.
2. Autor institucional: NHI Consensus Development
Panel on Helicobacter pylori in Peptic Ulcer Disease.
Helicobacter pylori in peptic ulcer disease. JAMA.
1994;272:65- 9.
3. Livro com autor(es) responsável(is) por todo o
conteúdo: With TK. Bile pigments. New York: Academic
Press, 1968.
4. Livro com editor(es) como autor(es): Magrath I, editor. The
non-Hodgkin’s limphomas. 2nd ed. London: Arnold, 1997.
5. Capítulo de livro: Warshaw AL, Rattner DW. Residual
common duct stones and disorders of duodenal
ampullae.`In: Ellis H, editor. Maingot’s abdominal
operations. New York: Lange Publishers, 1990:1471-2
Os títulos dos periódicos devem ser abreviados de acordo com
o Index Medicus (List of Journals Indexed). Se o periódico
não constar dessa lista, grafar o nome por extenso.
Tabelas – As tabelas devem possuir um título sucinto, com
itens explicativos dispostos em seu pé. Devem ser numerados
sequencialmente com algarismos arábicos.
Figuras – Serão aceitas figuras em preto e branco. Figuras
coloridas poderão ser publicadas quando forem essenciais para
o conteúdo científico do trabalho; nesses casos, o ônus de sua
publicação caberá aos autores.

Artigos de Revisão
Somente serão aceitos quando, a convite dos editores da
publicação, fizerem parte da linha de pesquisa do autor,
comprovada pela presença de artigos originais na bibliografia e
citados no texto.
Relato de Caso
Devem ser objetivos e precisos, contendo os seguintes itens:
1) Resumo (e Unitermos) e Summary (e keywords); 2)
Introdução; 3) Relato objetivo; 4) Discussão; 5) Conclusões; 6)
Referências bibliográficas.
Cartas ao Editor
Cartas endereçadas ao(s) editor(es) serão consideradas
para publicação se promoverem discussão intelectual sobre
determinado artigo de publicação recente. Devem conter título
informativo e não mais que 500 palavras. Se aceita, uma cópia
será enviada ao autor do trabalho que suscitou a discussão, com
convite para submeter uma réplica que será publicada junto com
a carta.
Conflito de interesses
Conforme determinação da Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (RDC 102/2000) e do Conselho Nacional de Saúde
(196/96) o(s) autor(es) deve(rão) tornar explícito, por meio
de formulário próprio (Divulgação de potencial conflito de
6 outros autores a respeito de revisões e provas gráficas.
interesses), qualquer potencial conflito de interesse relacionado
ao artigo submetido. A presente exigência visa informar sobre
relações profissionais e/ou financeiras (como patrocínios e
participação societária) com agentes financeiros relacionados
aos produtos farmacêuticos ou equipamentos envolvidos no
artigo, os quais podem teoricamente influenciar as interpretações
deste. A existência ou não de conflito de interesses declarado
estará ao final de todos os artigos publicados.
Bioética de experimentos com seres humanos
Experimentos envolvendo seres humanos devem seguir reso-
lução específica do Conselho Nacional de Saúde (196/96), dispo-
nível na Internet (http://conselho.saúde.gov.br//docs/Resolu-
ções/Reso/96de96.doc), incluindo a assinatura de um termo
de consentimento informado e a proteção da privacidade dos
voluntários.
Bioética de experimentos com animais
Experimentos envolvendo animais devem seguir resoluções
específicas (Lei 6.638, de 8/5/1979, e Decreto 24.645, de
10/7/1934).
Ensaios clínicos
Artigos que contêm resultados de ensaios clínicos deverão
possibilitar todas as informações necessárias à sua adequada
avaliação, conforme previamente estabelecido. Os autores
deverão refeir-se ao “CONSORT” (www.consort.statement.org).
Revisão pelos pares
Todos os artigos submetidos serão avaliados por dois revisores,
os quais emitirão parecer fundamentado que servirá para o(s)
editor(es) decidir(em) sobre sua aceitação. Os critérios de
avaliação incluem originalidade, contribuição para corpo de
conhecimento da área, adequação metodológica, clareza e
atualidade. Os artigos aceitos para publicação poderão sofrer
revisões editoriais para facilitar sua clareza e entendimento sem
alterar seu conteúdo.
Informações aos Autores
Direitos autorais
Todas as declarações contidas nos artigos serão da inteira
responsabilidade dos autores. Aceito o artigo, a GED passa a
deter os direitos autorais do material. Assim, todos os autores
dos artigos submetidos à GED devem encaminhar um Termo
de Transferência de Direitos Autorais. O autor responsável pela
correspondência receberá 20 separatas impressas do artigo e o
arquivo correspondente em formato pdf.
Como enviar o artigo
O(s) autor(es) deve(m) encaminhar:
• Carta de apresentação assinada por todos os autores ou pelo primeiro
autor em nome dos demais, contendo: 1) informação à respeito de
submissão prévia ou dupla ou submissão de qualquer parte do artigo
atual; 2) uma declaração de relações, financeiras ou não, que possam
levar a conflito de interesses; 3) uma declaração de que o artigo foi
lido e aprovado por todos os coautores e que os critérios necessários
para a declaração de autoria (consultar Uniform Requirements for
Manuscripts Submitted to Biomedical Journals) foram alcançados por
todos os autores e que cada autor afirma que os dados do manuscrito
são verdadeiros; 4) nome, endereço, telefone e e-mail do autor para
correspondência; ele será o responsável pela comunicação com os
• Termo de Divulgação de Potencial Conflito de Interesses.
• Termo de Transferência de Direitos Autorais.
• Três cópias do artigo, digitado em espaço duplo, impressas em papel
tamanho carta em somente um dos lados, com margens de 2,5cm
e espaço 1,5, numerando as páginas no canto superior direito;
as legendas das figuras, as figuras propriamente ditas e as tabelas
devem vir ao final, anexadas a cada cópia; assinalar no texto os locais
adequados para inserção de figuras e tabelas.
• Três conjuntos de figuras em cópia fotográfica brilhante.
• Um CD contendo somente um arquivo do texto, correspondente ao
artigo, e os arquivos correspondentes a fotos ou figuras.
Como preparar o CD
• CD formatado compatível com IBM/PC;
• Usar editor de texto Microsoft Word para Windows;
• O arquivo de texto deve conter somente o texto, da página-título até
as referências, e as tabelas;
• As figuras não devem ser incluídas no mesmo arquivo do texto;
• Colocar no CD a última versão do artigo, idêntica à versão impressa;
• Etiquetar o CD informando o programa e a versão utilizados, bem
como o nome do arquivo.
A submissão do artigo pelo correio eletrônico (e-mail) possibilita
maior agilidade no procedimento de revisão. Para isso, será
necessário o envio dos arquivos contendo o texto e as figuras
para o e-mail da GED (ged@fbg.org.br).
Mensagem aos editores com identificação dos autores deve ser
enviada, acompanhada dos endereços convencional e eletrônico
e de informações sobre o formato utilizado. O artigo deverá ser
enviado em anexo, como attachment, no formato Word para
Windows. As figuras deverão estar nos formatos jpg ou tif.
 Informations to Authors
GED is the official journal of the Brazilian Society of
Digestive Endoscopy – SOBED, the Brazilian Federation of
Gastroenterology – FBG, the Brazilian Society of Hepatology
– SBH, the Brazilian College of Digestive Surgery – CBCD,
and of the Brazilian Society of Digestive Motility – SBMD,
and the purpose of the journal is to publish papers that
may contribute towards the progress of Gastroenterology,
Digestive Endoscopy, Hepatology, Digestive Surgery and
Digestive Motility. Papers sent to the GED Secretariat (Av.
Brig. Faria Lima, 2.391 – 10o andar – cj. 102 –1452-000
– São Paulo, SP, Brazil, e-mail ged@fbg.org.br), which are
accepted by the Editorial Board, and which have not been
previously or will not be concomitantly published in other
journals may be published.
Papers drafted in the Portuguese language will be
accepted. At the discretion of the Editorial Board, papers
in the Spanish and in the English language may also be
accepted.
GED adopts the Uniform Requirements for Manuscripts
Submitted to Biomedical Journals of the International
Committee for Medical Journal Editors, available in the
Internet (http://www.icmje.org).
GED Contents
Editorials
Intended to present polemic, current, and impacting topics
whenever GED editors feel the need to present their view
in a synthetic manner, whether or not such topics are
presented in GEDpublished papers. Editorials are written
by the editors and/or by Editorial Board members, or by
invited specialists.
Original Articles
Clínical and/or experimental research papers should
present the approval of the research given by the Ethics
Committee of the hospital, clinic, or institution were the
study was carried out. The following items must be included:
Summary (and keywords), Introduction, Methods, Results,
Conclusions, References, and Summary and Keywords.
Introduction – Presents the justification for the study, with
references related to the topic and the objective of the
paper.
Methods – Presenting: a) description of the sample
used; b) mention whether or not an informed consent
has been obtained; c) identification of methods, devices,
and procedures used in order to permit reproduction
of the results by the readers; d) brief description and
references to methods that have been published but that
are not broadly know; e) description of new methods or of
modified methods; f) mention the statistical analysis or the
software used, as the case may be.
Results – Presenting results in a logical sequence, in
text format with tables and illustrations; authors should
avoid excessive information repetition in the tables and
illustrations and in the text. In the text, numbers below ten
will be written in full, whereas numbers 10 and beyond will
be written in Arabic numbers.
Discussion – Emphasis will be given to: a) original and
major aspects of the paper, without repetition of the aspects
previously presented; b) relevance and limitations of the
findings, comparing them to information in the literature; c)
connection of the conclusions to the objectives of the study;
d) conclusions arising out of the study.
References – Bibliographic references should appear in the
order in which they are first quoted in the text. They should
follow the Uniform Requirements for Manuscripts Submitted 7
to Biomedical Journals – http://www. icmje.org. Some of the
more usual example are presented.
Examples:
1. Standard paper in journals (all authors must be listed;
if they are more than six, list the first six followed by et
al.): Alper CA, Kruskal MS, Marcus-Bagle Y, Craven DE,
Katz AJ, Brint SJ, et al.. Genetic prediction of response to
hepati tis B vaccine. N Engl J Med. 1989;321:708-12.
2. Autor institucional: NHI Consensus Development Panel on
Helicobacter pylori in Peptic Ulcer Disease. Helicobacter
pylori in peptic ulcer disease. JAMA. 1994;272:65- 9.
3. Book with author(s) responsible for the full text With TK.
Bile pigments: New York: Academic Press, 1968.
4. Book with editor(s) as author(s): Magrath I, editor. The
non-Hodgkin’s limphomas. 2nd ed. London: Arnold,
1997.
5. Chapter of a book: Warshaw AL, Rattner DW. Residual
common duct stones and disorders of duodenal
ampullae. In: Ellis H, editor. Maingot’s abdominal
operations. New York: Lange Publishers, 1990:1471-2.
The titles of journal should be abbreviated according to the
Index Medicus (List of Journals Indexed). If the journal is not
included in such list, write the name in full.
Tables – Tables should have a summarized title, with explanatory
comments at the foot of the table. They should be sequentially
numbered with Arabic numbers.
Figures – Black and white figures will be accepted. Color figures
may be published when they are essential for the scientific
contents of the paper; in such case, the cost of publishing
colored figures will be covered by the authors.

Revision Articles
Will be accepted only when the editors have invited the author
to write such articles, when they are part of the research line of
the author as evidenced by the presence of original articles in
the bibliography and in the quotations in the text.
Case Report
Should be objective and precise, with the following items:
1) Summary (and keywords); 2) Introduction; 3) Objective
Report; 4) Discussion; 5) Conclusions; 6) Bibliography.
Letters to the Editor
Letters sent to the editor(s) will be considered for publication
if they carry an intellectual discussion regarding a recently
published article. They should have an informative title and not
more than 500 words. If accepted, a copy will be sent to the
author of the paper that raised the discussion, with an invitation
to submit a reply to be published together with the letter.
Conflict of interests
As determined by the Sanitary Surveillance Agency (RDC
102/2000) and by the National Health Council (196/96) author(s)
should inform explicitly in the adequate form (Disclosure of
potential conflict of interests) about any potential conflict of
8
interests related to the paper submitted. This requirement is
intended to inform about professional and/or financial relations
(with sponsorships and corporate interests) with financial
agents related to medical drugs or equipment involved in the
paper, which may theoretically influence the interpretation of the
paper. The existence or non-existence of a declared conflict of
interests shall be included at the end of all articles published.
Bioethics of experiments involving human beings
Experiments involving human beings shall follow the specific
resolution of the National Health Council available in the Internet
address (http://conselho.saúde.gov.br//docs/Resoluções/Reso/
96de96.doc), including the signature of an informed consent
and the protection to volunteer privacy.
Bioethics of experiments involving animals
Experiments involving animals shall follow specific resolutions
(Law 6,638, of May 8, 1979, and Decree 24,645, of July 10,
1934).
Clínical Assays
Article containing results of clínical assays should disclose all
information required for their proper evaluation, as previously
established. Authors shall refer to the “CONSORT” (www.
consort. statement.org).
Review by peers
All articles submitted shall be evaluated by two analysts,
who shall issue a fundamented opinion to be used by the
editors to decide whether or not the paper will be accepted.
Evaluation criteria include originality, contribution to the body
of knowledge in the area, methodological adequacy, clarity, and
contemporaneity. Articles accepted for publication may have
editorial revisions to improve clarity and understanding without
changing its contents.
Copyrights
All statements contained in the articles will be under the full
Informations to Authors
responsibility of the authors. After and article is accepted, GED
becomes the owner of copyrights of the material. Thus, all
authors of the articles submitted to GED should also send a
Deed of Copyright Assignment. The author incharge of receiving
letters from the readers will receive 20 printed copies of the
article and the corresponding pdf file.
How to send a paper
The author(s) should send:
• A letter of submission signed by all authors or by the first
author to appear in the list on behalf of all authors, containing:
1) information regarding a prior or double submission of any
part of the paper being submitted; 2) a declaration of relations,
financial or otherwise, that could lead to a conflict of interests;
3) a declaration that the article has been read and approved
by all coauthors and that the criteria to claim authorship
(see Uniform Requirements for Manuscripts Submitted to
Biomedical Journals) have been met by all authors and that
each author represents that the information in the manuscript
is true; 4) name, address, telephone number, and e-mail of the
author who will receive letters; this author will be responsible to
communicate revisions and print proofs to the other authors.
• Deed of Disclosure of a Potential Conflict of Interests.
• Deed of Copyright Assignment.
• Three copies of the paper typed in double space, printed in
letter-sized paper only on the front (without printing on the
back), margins of 2.5 cm and 1.5 space, with pages numbered
in the upper right corner; figure legends, figures, and tables
should be placed at the end, attached to each copy; indicate
in the text the place to insert figures and tables.
• Three sets of figures in shiny photographic copies.
• A CD containing the text file only, with the paper text, and the
files containing photographs or figures.
How to prepare the CD
• Formatted CD compatible with IBM/PC;
• Use Microsoft Word for Windows text software;
• The text file to contain only the text, from the title page to the
references, and the tables;
• Figures are not to be included in the text file;
• Place in the CD the lest version of the paper, identical to the
printed version submitted;
• Label the CD informing the software and the version used, and
the filed name.
Submission of a paper by e-mail allows for greater efficiency
of the revision procedures. For that purpose, the text and the
figures files shall be sent to the GED e-mail (ged@fbg.org.br).
Messages to the editors with identification of the authors should
be sent together with conventional and electronic addresses,
and together with information about the format used. The paper
shall be sent as an attachment, as a Word for Windows file.
Figures shall be in the jpg or tif formats.

Índice
Anais da X Semana Brasileira do Aparelho Digestivo
17 a 26 de novembro de 2011 - Porto Alegre - RS
“Esôfago Negro” • 20 Anos de Fundoplicatura Lapa-
roscópica – Experiência em Hospital Privado • A
Anemia nas Hérnias Hiatais
A Cápsula Endoscópica e seu Risco de Retenção em
Pacientes com Neoplasias ou Outras Lesões Esteno-
santes do Intestino Delgado: Estudo em 214 Pacien-
tes Submetidos ao Exame da Cápsula • A Disfagia
na Esofagite Eosinofílica • A Ecoendoscopia no Esta-
diamento do Câncer de Esôfago
A Ecoendoscopia no Estadiamento TEN nas Neopla-
sias Avançadas de Esôfago • A Ecoendoscopia no
Estadiamento TEN Nas Neoplasias Avançadas de
Esôfago • A Ecoendoscopia no Interior do Brasil
A Implantação da Fitoterapia em Instituição Particu-
lar de Assistência em Doenças do Aparelho Diges-
tivo • A Prevalência de Marcadores das Hepatites
BEC em Reeducandos do Sistema Semiaberto da
Agência Prisional de Goiás
Abdome Agudo - Diagnóstico Pré e Intraoperatório:
Estudo Retrospectivo • Abdome Agudo Hemorrá-
gico por Ruptura de Hemangioma Hepático Após
Trombolise • Abdome Agudo Obstrutivo por Coágu-
lo no Pós-operatório Precoce de Bypass Gástrico em
Y De Roux - Relato de Caso e Revisão de Literatura
Abdome Agudo Ocasionado por Perfuração de
Colón Transverso por Corpo Estranho: Relato de
Caso • Abertura Endoscópica de Fístula Interna para
Tratamento de Situações Clínicas Adversas do Tubo
Digestivo
Abordagem Endoscópica-Cirúrgica em Tumor de
Papila • Abordagem Endoscópica da Colangite
Aguda
Acalásia Esofágica em Paciente com Doença Autoi-
mune: Relato de Caso • Acesso Biliar por Técnica
à Rendez-vous: Relato de Caso • Acesso Ecoen-
doscópico ao Ducto Pancreático em Paciente com
Pâncreas Divisum
Acessos Anterior e Lateral na Pancreatectomia
Corpocaudal com Preservação Esplênica por Vide-
ISSN 0101-7772
28 olaparoscopia • Achado Endoscópico Típico em
Doença Celíaca: Relato de Caso
Achado Incidental de Câncer Colorretal por PET-CT: 37
29 Relato de Caso e Revisão da Literatura • Achado
Incidental de Tumor Carcinóide de Válvula Ileocecal
com Tentativa de Ressecção Endoscópica: Relato de
Caso • Achados Enteroscópicos em Paciente com
Intussuscepção por Uso de Dispositivo Endobarrier
Achados Histopatológicos Incomuns em Paciente 38
30 Assintomática Portadora do Vírus HCV: Relato de
Caso • Acometimento Esofágico de Pênfigo Vulgar
Acometimento Linfonodal Extenso em Paciente com 39 9
Gist Gástrico - Relato de Caso • Acurácia da Ecoen-
31 doscopia e da Ressonância Magnética na Avaliação
Pré-Operatória Pós-Neoadjuvância do Câncer de
Reto
Adenocarcinoma de Jejuno: Relato de Caso • Adeno- 40
carcinoma de Parede Abdominal com Sítio Primário
32 Oculto – Relato de Caso em Acompanhamento há
Dois Anos • Adenocarcinoma em Cólon Transposto
Após Substituição Esofágica – Revisão dos últimos
43 Anos e o Primeiro Caso de Tumor Sincrônico
Adenocarcinoma Gástrico Após Gastroplastia Redu- 41
tora em Y-de-Roux • Adenocarcinoma Sarcomatoide
com Metástase Pancreática: Relato de Caso
33
Adenoma de Glândulas de Brunner: uma Causa 42
Pouco Comum de Hemorragia Digestiva Alta •
Adenoma e Adenocarcinoma in situ após Interpo-
sição Colônica do Esôfago - Relato de Dois Casos
34 e Revisão da Literatura • Adenoma Mucinoso de
Apêndice: um Diagnóstico Diferencial
Adenomioma de Colédoco • Alimentação Preco- 43
35 ce versus Tardia Após Gastrostomia Endoscópica
Percutânea • Alteração da Motilidade Esofagiana em
Paciente com Esclerose Sistêmica - Relato de Caso
Alterações Bioquímicas da Colectomia Associada à 44
Hepatectomia em Ratos • Amiloidose de Duodeno
36 Secundária a Tricoleucemia: Relato de Caso
 Amiloidose Primária com Envolvimento Intestinal
45
Isolado: Relato de Caso • Amnésia Global Transitória
Induzida por Endoscopia Digestiva Alta - Relato de
Caso • Análise Comparativa entre Resultados de
Ultrassonografias de Vias Biliares e Colangiopan-
creatografia Retrógrada Endoscópica (CPRE) no
Hospital de Ensino Alcides Carneiro
Apendagite Epiplóica – uma Causa Incomum de Dor 52
Abdominal • Apendagite-Relato de Casos • Apendi-
cite Crônica: Relato de Caso
Apendicite de Coto – Relato de Caso • Aplicação 53
da Enteroscopia Guiada por Balão no Tratamento da
Suboclusão Intestinal na Síndrome de Peutz-Jeghers

Análise Clínica de Pacientes com Doença de Wilson
(DW) Atendidos no Hospital Universitário da Univer-
sidade Federal de Sergipe • Análise de 378 Pacientes
Submetidos ao Tratamento Endoscópico do Excesso
de Peso (Balão Intragástrico)
Análise da Associação entre Parâmetros Phmé-
tricos e Sintomas Típicos de Doença do Refluxo
Gastroesofágico (Drge) em Pacientes Atendidos
10 no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medici-
na de Ribeirão Preto - Universidade de São Paulo
(Hcfmrp-USP) • Análise da Eficácia do Uso de
Pinça Bisturi Bipolar Seladora em Hepatectomias
– Estudo Prospectivo
Análise da Experiência do Serviço de Endoscopia
Digestiva Alta da Irmandade Santa Casa de Mise-
ricórdia de Porto Alegre • Análise da Morbimortali-
dade e Complicações Pós-Operatórias em Pacientes
Submetidos à Duodenopancreatectomia • Análise da
Prevalência de Sobrepeso e Obesidade em Funcio-
nários de Saúde em Hospital Escola Catarinense
Análise das Indicações Clínicas e Hipóteses Diag-
nósticas para a Solicitação de Exames Endoscópi-
cos em Pacientes do Sistema Único de Saúde no
Meio Oeste Catarinense • Análise de 165 Casos de
Gastrostomia Endoscópica Percutânea
Análise dos Processos Contra Médicos Endoscopis-
tas no Tribunal de Justiça de Sao Paulo • Análise
Manométrica de Portadores da Doença do Refluxo
Gastro Esofágico sem Disfagia: Manometria Pré-
Operatória é Essencial? • Análise Multifatorial das
Esofagectomias Realizadas no Hospital de Clínicas
de Porto Alegre: Experiência de Centro de Atendi-
mento Terciário
Angiodisplasia Gástrica Hemorrágica tratada com
Coagulação de Plasma de Argônio - Relato de Caso
• Angiostrongilíase Hepática : Caso Presuntivo
46 Aplicação do Método Baros em Pacientes Pós Cirur- 54
gia Bariátrica • Apresentação Multifocal de Adeno-
carcinoma Mucinoso Gástrico: Relato de Caso • As
Veias Paraesofágicas de Grande Calibre Detectadas
à Ecoendoscopia Predizem a Recidiva de Varizes
Esofágicas após Tratamento de Erradicação com
47 Ligadura Elástica
Ascaris Lumbricoides na Luz Duodenal • Ascite
55
após o Transplante Hepático: Prevalência e Fatores
de Risco
Ascite de Causa Rara • Aspectos Clínicos Iniciais
da Doença de Crohn em uma Região do Nordeste
56
Brasileiro
48
Aspectos Clínicos Iniciais da Retocolite Úlcerativa
Idiopática em uma Região do Nordeste Brasileiro
57
• Aspectos Epidemiológicos das Lesões Iatrogêni-
cas das Vias Biliares dos Pacientes Atendidos No
Serviço de Cirurgia Geral e do Aparelho Digestivo
do Hospital Universitário João de Barros Barreto no
Período de Janeiro de 1999 a Dezembro de 2008 •
49 Aspectos Epidemiológicos e Diagnóstico de Esofa-
gite Eosinofílica
Aspectos Técnicos e Clínicos da Hepatectomia -
Revisão da Literatura • Associação de Adenocarci-
58
noma Diferenciado e Síndrome de Peutz-Jeghers:
50 Relato de Caso
Associação de Fatores Dietéticos com Desen-
volvimento de Doença Inflamatória Intestinal
59
(Dii) em Hospital Quaternário no Rio de Janei-
ro • Associação entre Adenocarcinoma de
Cólon e Doença de Crohn: um Relato de Caso
• Associação entre a Disfagia Orofaríngea e
Gravidade do Acidente Vascular Encefálico
51
Associação entre Colangite Esclerosante Primária e 60
Doença de Crohn • Ausência de Correlação entre

GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334

Atrofia Intestinal e DXA em Pacientes com Doença
Celíaca: Estudo Piloto
Avaliação Comparativa de Indivíduos Obesos e não
Obesos em Uso de Antagonista de Histamina (H2)
em Serviço de Atenção Primária à Saúde de Curiti-
ba • Avaliação da Capacidade de Células Tronco de
Medula Óssea, Mobilizadas com Fator Estimulante
de Linhagem Granulocítica, (GCSF) na Regeneração
do Fígado de Pacientes Submetidos a Hepatectomia
• Avaliação da Cicatrização da Mucosa de Intestino
Delgado Através do Exame de Cápsula Endoscópi-
ca em Pacientes com Doença de Crohn em Uso de
Infliximabe
Avaliação da Comercialização e Qualidade de Fitote-
rápicos Usados em Doenças do Aparelho Digestivo
em São Luís, Maranhão, Brasil • Avaliação da Fibro-
se Hepática em Pacientes Obesos e sua Correlação
com Variáveis Demograficas: Gênero, Idade, IMC,
Diabetes e Dislipidemia
Avaliação do Efeito do Extrato Hidroalcoólico da
Aroeira no Tratamento da Peritonite Induzida por
Ligadura Cecal em Ratos • Avaliação do Índice
GOOS após o Uso de Stent Duodenal na Doença
Maligna: Estudo Prospectivo • Avaliação do Tempo
de Trânsito Orocecal e Absorção de Glicose em
Pacientes Portadores de Megacólon Chagásico com
e sem Constipação
Avaliação da Proteína C Reativa como Preditor de
Complicações e Mortalidade em Pacientes com
Pancreatite Aguda • Avaliação da Recuperação
Funcional da Barreira Intestinal, por Meio do Teste
de Permeabilidade Intestinal, em Resposta ao Trata-
mento com O Anti-Fator de Necrose Tumoral à (Infli-
ximabe) • Avaliação da Relação entre a Expressão
do Antígeno do Core da Hepatite B (Hbcag) com
Grau de Fibrose Hepática, Perfil Sorológico e Níveis
Séricos de HBV-DNA em Pacientes Com Infecção
Crônica pelo Vírus da Hepatite B (HBV)
Avaliação das Indicações, Complicações e Benefí-
cios da Gastrostomia Endoscópica Percutânea em
Pacientes do Hc-Unicamp nos anos de 2007-2011
• Avaliação de 60 Pacientes Tratados com Derivação
Biliopancreática
Avaliação de Complicações Pós Cirurgia Bariátria em
Pacientes de Serviço Particular de Curitiba • Avalia-
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
ção de Resposta de Sintomas de Doença de Refluxo
Gastroesofágico em Obesos Submetidos à cirurgia
Bariátrica em Serviço Particular de Curitiba
61
Avaliação do Efeito do Extrato Hidroalcoólico da
Aroeira no Tratamento da Peritonite Induzida por
67
Ligadura Cecal em Ratos • Avaliação do Índice
GOOS após o Uso de Stent Duodenal na Doença
Maligna: Estudo Prospectivo • Avaliação do Tempo
de Trânsito Orocecal e Absorção de Glicose em
Pacientes Portadores de Megacólon Chagásico com
e sem Constipação
Avaliação do Tratamento da Doença Diverticular dos
Cólons Sintomática Não-Complicada com Mesalazi-
68
62 na MMX • Avaliação do uso de Inibidores de Bomba
de Prótons em Pacientes Internados em Hospital
Geral
11
Avaliação dos Eosinofilos da Mucosa Gástrica e
Duodenal em Pacientes com Dispepsia Funcional e
69
Dispepsia Funcional pós-Infecciosa • Avaliação do
63 Uso de Inibidores de Bomba de Prótons em Pacien-
tes Internados em Hospital Geral
Avaliação dos Efeitos do Tratamento com Tera-
pia Biológica na Qualidade de Vida Relacionada
70
à Saúde (Hrqol) em Pacientes Acompanhados
no Ambulatório de Doença Inflamatória Intesti-
nal (DII) no HC da Faculdade de Medicina de
Botucatu (FMB) • Avaliação Ecoendoscópica das
64 Lesões Subepiteliais do Trato Gastrointestinal
Avaliação Endoscópica no Pós- Operatório de Cirur-
gia da Obesidade Mórbida em Paciente Sintomá-
71
ticos • Avaliação por Vídeo Cápsula Endoscópica
do Intestino Delgado em Pacientes Candidatos ao
Transplante Hepático
Avaliação Propedêutica e Pós-Operatória de Pacien-
tes com Doença do Refluxo Gastro-Esofágico
72
(DRGE) Submetidos a Tratamento Cirúrgico • Avali-
ção de Pacientes com Peritonite Bacteriana Espon-
65 tânea (PBE) em Hospital da Região Sul do Brasil
Balão Intra-Gástrico- Experiência Local • Biodistri- 73
buição do Pertecnetato (99mtco4-) Pós-Colectomia
Associada à Hepatectomia em Ratos • Biópsia Hepá-
tica Percutânea Guiada por Ultrassom para Marcação
66 de Sítio De Punção em Regime de Hospital-Dia

Boas Condições Socioeconômicas são Favorece-
doras ao Desenvolvimento da Doença Inflamatória
Intestinal • Bubble – Novo Dispositivo Endoscópico
Intragástrico para Tratamento da Obesidade
Buried Bumper Syndrome. Relato de Caso de Trata-
mento Endoscópico • Bypass Gástrico Econômico;
Padronização Técnica após 800 Casos sem Fístulas
• Calprotectina Fecal no Diagnóstico Diferencial de
Doenças Intestinais. Estudo Piloto
Câncer de Reto com Metástase Hepática: Manifes-
tação Clínica Inicial como Síndrome Miastênica de
Lambert- Eaton • Características das Lesões Colô-
nicas Maiores ou Iguais a 20mm Diagnosticadas no
Hospital das Clínicas de São Paulo (Hcfmusp)em
2010
12
Características Epidemiológicas da Retocolite Úlce-
rativa Idiopática em uma região do Nordeste Brasi-
leiro • Características Epidemiológicas do Câncer
Gástrico em Pacientes Jovens da Região Central do
Rio Grande do Sul
Carcinoma da Cabeça do Pâncreas Irressecável: um
Tratamento Simultâneo e Sequencial de Icterícia,
dor e Obstrução Duodenal • Carcinoma Epidermoi-
de versus Adenocarcinoma: Experiência de 28 Anos
Carcinoma Espinocelular de Estômago – Relato
de Caso • Carcinoma Indiferenciado com Padrão
Sarcomatoide de Papila Duodenal com Metástase
para Couro Cabeludo em Paciente Jovem: relato
de Caso e Revisão da Literatura • Cat Scratch no
Megacólon Chagásico – Relato de Caso e Revisão
da Literatura
Causa Atípica de Abdome Agudo Obstrutivo Pós
Reconstrução de Trânsito Intestinal • Causa Rara de
Enterorragia em Portador de Crohn
Câncer Colorretal (CCR) – Relato de Caso em
Paciente de 34 Anos • Cápsula Endoscópica: Análi-
se de Série de 21 Casos • Cápsula Endoscópica no
Sangramento de Origem Obscura: 10 Anos Depois
Câncer do Esôfago: Evolução Favorável Após Adoção
de Conduta Paliativa • Câncer do Esôfago: Prevalên-
cia dos Principais Tipos Histológicos num Centro de
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
Referência da Região Central do Rio Grande do Sul
74 • Câncer Gástrico Precoce: Aspectos Endoscópicos
e Histológicos
Câncer Gástrico: o que mudou em 25 anos? • Câncer 83
Gástrico versus Neoplasias Malignas em Geral
75 Cecostomia Endoscópica – uma Opção Terapêuti-
ca para as Colopatias Neurogênicas • Cecostomia 84
Percutânea Endoscópica no Manejo de Pseudo-
Obstrução Intestinal Recorrente • Choque Séptico
Gastrointestinal após Ingestão de Ostras
76 Cianoacrilato no Tratamento da Hemorragia Digesti- 85
va por Varizes Gástricas • Cirrose Biliar Secundária à
Síndrome de Mirizzi Assintomática: Relato de Caso
Cirrose Criptogênica Associada à Síndrome de
86
Silver-Russel: Relato de Caso • Cirurgia Bariátrica
77 em Pacientes Acima de 60 Anos: Análise da Morbi-
mortalidade Perioperatória • Cirurgia de Whipple por
Via Laparoscópica - Parte 1
Cirurgia de Whipple por Via Laparoscópica - Parte 2 87
• Cirurgia Hepática sem Incisão Abdominal - Ressec-
78 ção Laparoscópica do Segmento Lateral Esquerdo
do Fígado com Retirada do Espécime por via Vaginal
Cistoadenoma Mucinoso do Pâncreas - Relato de 88
Caso • Cisto Broncogênico de Esôfago • Cistos
79 Hidáticos Hepáticos e Retroperitoneais - Relato de
Caso
Coagulação com Plasma de Argônio no Tratamen- 89
to da Proctite Actínica em 36 Pacientes do Serviço
de Endoscopia do Hospital Universitário Gaffrée e
Guinle – Unirio • Colangiocarcinoma e Diverticulose
Duodenal. Relato de Caso e Revisão da Literatura
80
Colangiografia Intraoperatória com Colédo- 90
co Aberto Durante Exploração Laparoscópi-
ca da Via Biliar • Colangiografia nos Pacientes
com Papila de Vater Intradiverticular • Colangite
81 Recorrente com Abscessos Hepáticos Secun-
dário à Estenose Pós-Cirúrgica de Via Biliar
Colecistectomia Videolaparoscópica em Situs Inver- 91
sus Totalis • Colecistite Quimica após Alcoolização
82 de Carcinoma Hepatocelular
Coledocoduodenostomia Ecoguiada e Passagem
de Prótese Enteral na Paliação do Câncer Avança-
do de Pâncreas com Invasão Duodenal • Coledo-
coduodenostomia Ecoguiada para Drenagem Biliar
em Neoplasia Pancreática Irressecável • Colelitíase
Sintomática em Paciente Pediátrico: Relato de Caso
Colestase por Aneurisma de Artéria Hepática
Comum: Relato de um Caso • Colite Induzida por
Dabigatrana: Relato de Caso • Como não Tratar
Fístula Gastrocólica de Apresentação Tardia após
Gastrostomia Endoscópica Percutânea: Relato de
Caso
Como Suspeitar de Doença Celíaca • Comparação
de Performance entre Esfincterotomia Endoscópica
Pré-Operatória Associada à Colecistectomia Lapa-
roscópica e Exploração de Vias Biliares Laparoscó-
pica
Comparação do Ganho Estetico Cirúrgico com Uso
“Alternative Port Site Selection” (Apss) em Colecis-
tectomias • Comparação entre a Concordância da
Ecoendoscopia e da Ressonância Magnética na
Determinação da Distância entre Tumores Retais e
o Esfíncter Anal
Comparação entre a Cromoscopia e o NBI na
Detecção de Displasias Colônicas em Pacientes com
Doença Inflamatória Intestinal: Estudo Randomizado
e Controlado • Comparação entre a Prevalência de
Marcadores das Hepatites B E C entre Dois Grupos
de Homossexuais Masculinos
Complicação de Cisto Hepático Simples Sintomáti-
co : Relato de Caso • Complicação Neurossensitiva
após Colocação de Balão Intra-Gástrico • Complica-
çoes em Cirurgia Bariatrica como evitá-las
Complicações Arteriais Pós Transplante de Fígado
nas Eras Pré e Pós- Meld em Equipe de Baixo Volu-
me • Complicações da Gastrostomia Endoscópica
Percutânea (Gep) Ambulatorial em Pacientes com
Câncer de Cabeça e Pescoço (CCP) • Complica-
ções em Diverticulio de Meckel: Relato de 2 Casos
Complicações em Gastrostomias Endoscópica Percu-
tânea no Hospital Sugisawa (HS) • Condiloma Anal
Gigante e Carcinoma Espinocelular: Relato de Caso
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
92 Conduta Diagnóstica e Terapêutica no Gist Gástrico 100
Avançado • Conduta na Perfuração Colorretal Pós-
ESD • Consulta de Enfermagem no Ambulatório de
Cirurgia Hepática - Experiência de um Hospital de
Ensino
Contribuição dos Aspectos Clínicos e Endoscópicos 101
93 e do Estudo Histológico de Fragmentos de Mucosa
Duodenal obtidos por Ofagogastroduodenoscopia,
no Diagnóstico da Doença Celíaca • Conversão de
Banda Gástrica para Bypass Gástrico em Tempo
Único - Padronização Técnica • Corpo Estranho em
Estômago
94 Correlação da Doença do Refluxo Gastroesofágico 102
Erosiva e não Erosiva com o Tamanho dos Espaços
Intercelulares do Epitélio Esofagiano – Estudo Preli-
minar • Correlaçao entre Métodos Diagnósticos na 13
Doença Celíaca
95 Correlação entre os Achados da Endoscopia e da
103
Ecoendoscopia nas Lesões Subepiteliais • CPRE na
Gastroplastia Redutora • CPRE por Estômago Exclu-
so pós Cirurgia Bariátrica Videolaparoscópica
CPRE Terapêutica em Coledocolitíase Sintomática 104
via Acesso Videolaparoscópico Transgástrico após
96 Bypass Gástrico Com Y-de-Roux: Relato de Caso
• CPRE – Utilizando Enteroscópio de Balão Único
(EBU) em Pacientes com Anatomia Alterada Pós
Cirurgia em Y-de-Roux - Experiência Inicial
Criação Endoscópica de Fístula Interna para Trata- 105
mento de Estenose Total de Anastomose Esofago-
97 jejunal • Critérios Endoscópicos, Manométricos e
Radiológicos para Dilatação do Megaesôfago com
Recidiva da Disfagia Pós Heller-Pinotti – Resultados
Preliminares
98 Cromoscopia Óptica com Tecnologia de Banda 106
Estreita versus Cromoscopia com Solução de Lugol
no Diagnóstico De Carcinoma Superficial de Esôfago
em Paciente com Megaesôfago • Curva de Apren-
dizado em Dissecção Endoscópica da Submucosa
(ESD) – Experiência de Centro Único
99 Descoberta Serendíptica de Carcinoma Pulmonar 107
a Partir de Metástase à Distância • Desobstrução
Colônica Através de Endoprótese Metálica Autoex
 pansível na Neoplasia Colorretal – Relato de Caso
• Detalhamento Técnico da Gastrostomia Endos-
cópica Percutânea (Gep) pelo Método Introdutório
Detecção de Lesões Neoplásicas do Trato Gastroin-
tetisnal em Hospital de Emergência - Hospital Esta-
dual Carlos Chagas - Rio de Janeiro-Brasil • Detec-
ção do Helicobacter Pylori em Pacientes com Câncer
Gástrico
Diagnóstico Clínico Radiológico da Doença de Hirs-
chprung • Diagnóstico de Carcinóide de Duode-
no por Enteroscopia de Duplo Balão em Paciente
Submetida a Bypass Gástrico em Y de Roux Apre-
sentando Hemorragia Digestiva – Relato de Caso •
Diagnóstico de Neoplasia Pancreática Intraductal
Mucinosa Papilar por Ecoendoscopia
14 Diagnóstico Endoscópico de Ancylostoma Duode-
nale Durante Investigação de Sangramento Gastroin-
testinal • Diagnóstico Endoscópico e Histológico:
Convergências e Divergências
Diagnóstico Incidental de Gist do Duodeno • Diar-
reia Crônica Secundária a Imunodeficiência Comum
Variável – Relato de Caso
Dificuldade no Diagnóstico Histopatológico de Póli-
po em Canal Anal • Dilatação Balonada Hidrostá-
tica da Papila Duodenal para Retirada de Cálculos
Grandes de Colédoco – Série de Casos • Dilatação
Cística Isolada do Ducto Cístico – um Caso Raro de
Cisto Biliar do Tipo VI
Dilatação Endoscópica com Balão em Estenoses
de Anastomoses de Cirurgia Bariátrica: Experiên-
cia Inicial de 100 Casos • Dissecção Endoscópica
de Submucosa no Esôfago através da Tunelização
Submucosa com Flush-Knife: Proposta de Padroni-
zação Técnica
Dissecção Submucosa Endoscópica com Flush Knife
e CAP Oblíquo • Dissecção Submucosa Endoscópica
de Neoplasia de Cólon Precoce: Experiência Inicial
no Gastrocentro - Unicamp • Dissecção Submucosa
Endoscópica (ESD) versus Microcirurgia Transanal
Endoscópica (TEM) no Tratamento de Neoplasias
Retais Precoces
Dissecção Submucosa Endoscópica em Neoplasias
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
Colorretais – Casuística Inicial • Dissecção Submu-
cosa Endoscópica no Tratamento de Neoplasia
Gástrica Precoce: Experiência Inicial no Gastrocen-
tro - Unicamp
108
Diverticulite de Apêndice Cecal: Relato de Caso • 116
Divertículo de Meckel, Enterorragia Severa: Relato
de Caso • Divertículo de Zenker : Tratamento Cirúr-
gico ou Endoscópico?
109 Divertículo gástrico • Doença de Caroli Associada 117
a Doença Renal Policística: Relato de Caso • Doen-
ca de Hodgkin e Síndrome do Desaparecimento do
Ducto Biliar: um Relato de Caso e Breve Discussão
da Literatura
Doença de Crohn em uma Região do Nordeste Brasi-
leiro: Quanto Tempo para o Diagnóstico? • Doença
118
110 de Crohn Metastática: Tratamento e Complicação
Infecciosa • Doença de Deiulafoy Associado a Rins
e Fígado Policístico – Relato de Caso
Doença de Ménétrier em Lactente de 2 anos: Rela- 119
to de Caso • Doença de Whipple sem Comprometi-
111 mento Duodenal – uma Apresentação Atípica
Doença de Whipple: Patologia Rara, de Difícil Diag-
nóstico, mas com Boa Resposta Terapêutica • Doen-
120
112 ça de Whipple: Relato de Caso
Doença de Wilson (DW) com Apresentação
Inicial Semelhante à Hepatite Autoimune (HAI):
121
Relato de Caso • Doença do Refluxo Gastro-
esofágico Recidivada – Análise de 97 Casos
113 Reoperados em Serviço de Referência • Doen-
ça Linfoproliferativa Gástrica Pós-Transplante Tipo
Linfoma de Hodgkin Clássico: Relato de Caso
Doença Ulcerosa Péptica, H. Pilory e AINES: O que 122
Mudou nesta Relação? • Dor Aguda Pós-Operatória
– Existe Melhor Esquema Analgésico?
114
Drenagem Biliar Ecoguiada Associada à Prótese
Duodenal para Paliação da Icterícia Obstrutiva e
123
Obstrução Duodenal Maligna • Drenagem Ecoguia-
da em Pacientes com Câncer Obstrutivo da Via Biliar
e Falha no Acesso Endoscópico Retrógrado: Análise
da Eficácia e Segurança • Drenagem Endoscópica
Guiada por Ecoendoscopia: Série de 3 Casos
115
Drenagem Pancreática Interna em Pacientes com
Obstrução da via Pancreática: Pancreatogastrosto-
mia Ecoguiada • Drenagem Vesicular Biliar no Tumor
Periampular Obstrutivo
Duodenal Switch Alça Longa - Padronização Técnica
• Duodenite Intensa por Estongiloidíase - Relato de
Caso • Duodenopancreatectomia com Preservação
Pilórica e Reconstrução em Dupla Alça por Video-
laparoscopia
Duodenopancreatectomia: Complicações Precoces,
Fatores de Risco, Prevenção e Melhorias da Técnica
Operatória • Duodenopancreatectomia em Pacien-
tes Acima de 75 anos
Duodenopancreatectomias com Preservação de
Piloro Realizadas no Serviço de Cirurgia Hepatobi-
liopancreatica do Hospital São Rafael. Serie de 115
Casos • Duodenopancreatectomias realizadas por
Médicos Residentes de Cirurgia do Aparelho Diges-
tivo. Serie de Casos • Duplicação Gástrica: Relato
de Caso
Duplo Canal Pilórico • Ecoendoscopia no Diagnós-
tico de Tumor Neuroendócrino de Pâncreas: Relato
de Caso
Ectopia de Glândulas Sebáceas no Esôfago: Relato
de Caso • Efeito do Extrato Hidroalcoólico de Aroeira
(Myracrodruon Urundeuva) em Anastomoses Colô-
nicas em Ratos • Efeitos da Sinvastatina na Cicatri-
zação de Feridas Cirúrgicas em Ratos Wistar
Eficácia e Segurança da Dilatação Endoscópica das
Estenoses das Anastomoses Cirúrgicas em Crianças
e Lactentes com Atrêsia de Esôfago • Eficácia e
Segurança da Dilatação Endoscópica das Estenoses
das Anastomoses Cirúrgicas em Crianças e Lacten-
tes com Atrêsia de Esôfago
Eficácia e Segurança do Balão Intragástrico (BIG) em
Pacientes com Diferentes Graus de Obesidade: Expe-
riência da Clínica Privada no Rio de Janeiro • Eficácia
Local e Complicações da Terapêutica Neo-Adjuvante
no Carcinoma Epidermoide do Esôfago: Radioterapia
versus Radioterapia Associado à Quimioterapia • Eficá-
cia Terapêutica do Adalimumabe na Doença de Crohn:
Série de Casos de Pacientes do Hospital Universitário
da Universidade Federal do Piauí
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
124 Eficácia Terapêutica do Infliximabe na Reto- 132
colite Ulcerativa Idiopática: Série de Casos de
Pacientes do Hospital Universitário da Univer-
sidade Federal do Piauí • Embolização de Shunt
Esplenorrenal como Tratamento de Encefa-
125 lopatia Hepática Recorrente- Relato de Caso
Emprego da Ecoendoscopia para o Estudo do 133
Enxerto Pancreático após Transplante de Pâncre-
as com Duodenoduodenoanastomose – Relato
de Caso • Emprego da Enteroscopia no Diag-
126 nóstico e Tratamento do Sangramento Intesti-
nal após Transplante de Pâncreas com Drena-
gem Entérica em Y de Roux - Relato de Caso •
Emprego das Técnicas de Injeção e Sutura Endos-
134
127 cópica no Tratamento da DRGE. Estudo Prospectivo
e Análise Tardia (60 Meses) • Endoscopia Biliar na 15
Colangite Esclerosante Primária
Endoscopia Digestiva Alta - Videolaparoscopia na 135
Ressecção de Lesão Subepitelial Gástrica • Enteror-
ragia Após Biópsia Gástrica: Relato de Caso
128 Enteroscopia de Balão Único (EBU) para a Avalia- 136
ção do Estômago Excluso (Ee) Em Pacientes
Submetidos à Gastroplastia Vertical com Derivação
Gastrojejunal em Y-de-Roux (GVDYR) – Experiência
129 de um Grupo • Enteroscopia de Balão Único – Expe-
riência Inicial do Serviço • Enucleação Videolaparos-
cópica de Insulinoma de Cabeça de Pâncreas
Envolvimento Gastrointestinal em Histoplasmose
Disseminada - Relato de Casos • Epidemiologia da
137
130 DII em Centro de Referência em Salvador-Bahia/
Brasil
Epidemiologia da Doença Inflamatória Intestinal no
Serviço Gastroenterologia Clínica da Universidade
138
Federal de São Paulo • Eritropoetina em Altas Doses
para Controle da Anemia no Tratamento da Hepatite C
131 Crônica • Erradicação da Neoplasia Maligna Avançada
de Esôfago Através de Radioterapia: Relato de Caso
Eructação Supragástrica Excessiva: Caracteriza- 139
ção por Meio da Manometria de Alta Resolução
e Impedanciometria • Esfíncter Esofagiano Inferior
Hipertensivo: Causa Incomum de Disfagia
 Esofagectomia com Linfadenectomia de 3 Campos
no Câncer do Esôfago Acesso Totalmente Video-To-
racoscópico e Videolaparoscópico Técnica e Resul-
tados Tardios • Esofagite de Refluxo Pós-Esofagec-
tomia por Leiomioma: Relato de Caso • Esofagite
Herpética no Diagnóstico Diferencial de Hemorragia
Digestiva Alta
Esofagite Necrotizante Aguda • Esôfago Negro:
Síndrome da Necrose Aguda do Esôfago • Esogago-
gastroanastomose Latero-Lateral com Grampeador
Mecanico Durante Esofagectomia Trans-Toracica
Esôfago de Barrett de Coto Cervical em Pacien-
tes com Megaesôfago Avançado Submetidos à
Esofagectomia Subtotal: Aspectos Endoscópicos e
Anatomopatológicos • Esôfago de Barrett - Segui-
16 mento Tardio de 176 Pacientes Submetidos à Fundo-
plicatura Total
Esôfago de Barrett: Análise dos Aspectos Clínicos,
Endoscópicos, Anatomopatológicos, Manométricos
e Terapêuticos • Espectroscopia no Diagnóstico de
Nódulos Pancreáticos é Relevante? • Espiroquetose
Intestinal Associada a Doença Celíaca e Giardíase
em Criança, Relato de Caso
Espiroquetose Intestinal Associada a Doença Celí-
aca e Giardíase em Criança – Relato de Caso •
Esquistossomose com Manifestação Atípica
Estadiamento dos Pacientes Internados para Trata-
mento de Câncer Gástrico no Hospital Geral de Palmas
(HGP) no ano de 2008 • Estariam as Gastropexias
Reduzindo as Complicações nas Gastrostomias? • Este-
nose Duodenal pós-Úlcera Péptica – Relato de Caso
Estrongiloidíase Gastroduodenal Grave – Relato
de Caso • Estudo Anatomopatológico de Tumores
Colorretais da Região Oeste do Paraná Entre 2000
e 2009
Estudo Comparativo do Rendimento de Três Técnicas
de Biópsia Hepática Quanto ao Número de Espaços
Porta, em Pacientes Obesos • Estudo Comparativo do
uso de Plama de Argônio Para Hemostasia Endoscópi-
ca De Sangramento Tumoral • Estudo da Prevalência
de Constipação Intestinal em Estudantes do Curso de
Medicina da Universidade Federal do Tocantins
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
140 Estudo Piloto de uma Campanha Educativa sobre 148
Hepatite C em Hospital de Clínicas - Universidade
Federal do Paraná (HC-UFPR) • Estudo Prospecti-
vo do Papel do FDG-Petscan no Câncer de Esôfago
Estudo Prospectivo dos achados Cólonoscópicos de 149
Pacientes com Queixa de Enterorragia submetidos
à Colonoscopia Eletiva em um Hospital Universitá-
141 rio • Estudo Prospectivo dos achados Colorretais
em Pacientes Geriátricos Submetidos à Colonos-
copia Eletiva em um Hospital Universitário • Estu-
do Retrospectivo de Ecoendoscopias Realizadas no
“AME-Barradas/Seconci-SP” entre Novembro/2009
e Julho/2011
142
Estudo Retrospectivo dos Achados Ecoendoscopi- 150
cos Pancreáticos no Serviço de Econdoscopia do
AME-Barradas/Seconci-SP • Etiologia e Evolução da
Hemorragia Digestiva Alta no Paciente com Câncer •
Experiencia de 10 anos com Balão Intragástrico
143
Experiência Atual Brasileira em Cirurgia da Obesi-
dade Robô- Assistida • Experiência do Programa de
151
Ligadura Elástica de Varizes Esofágicas do Serviço
de Gastroenterologia e Hepatologia da Irmandade
Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre (ISCM-
PA)
144
Experiência Recente de um Serviço Universitário 152
no Tratamento Cirúrgico da Úlcera Duodenal Este-
nosante • Exploração de Vias Biliares Laparoscópi-
ca: Análise de 27 Casos Consecutivos • Exploração
145 Videolaparoscópica da Via Biliar por Coledocotomia
Extração de Corpo Estranho do Esôfago com Cateter 153
Magnético • Extração de Corpo Estranho do Esôfago
com Pinça de Magill • Extraçao de Corpo Estranho
146 (Moeda) do Estômago com Cateter Magnético
Extração de Moeda do Esôfago com Cateter Magné-
tico • Farmacobezoar por Mesalazina em Decorrên-
154
cia do Tratamento da Doença de Crohn • Fasciolíase
Hepática: Diagnóstico por CPRE
147
Fasciolose Hepática: Relato de Caso • Fatores de 155
Risco para Complicações, Sucesso e Insucesso no
Tratamento Endoscópico da Coledocolitíase – Análi-
se Multivariada de 2137 CPERS em 15 Anos
Fatores de Risco para Margem Radial Positiva
(≤1mm) após TEM nos Pacientes com Câncer de
Reto Submetidos à Quimioradioterapia Neoadjuvan-
te • Fatores Preditivos de Refluxo Ácido Anormal em
Pacientes com Tosse Crônica • FDG-PET em Câncer
de Esôfago Estudo de Custo-Efetividade para Siste-
ma Único de Saúde (SUS)
Fibromixoma Plexiforme Gastrico: Relato de
Caso • Fibromixoma Plexiforme : Relato de Caso
Fibrose Pulmonar como Manifestação da DRGE
(Doença do Refluxo Gastroesofagico) • Fístula
Aorto-Duodenal Secundária: Relato de Caso
Fístula Toracobiliar, uma Rara Complicação da
Colangiografia Transparieto Hepática: Relato de
Caso • Fístulo-Papilotomia para Acesso à Via Biliar •
Formação de Cálculo na Via Biliar após Transplante
Hepático: Relato de Caso e Revisão da Literatura
Fundoplicatura Laparoscópica - Follow-Up de 14
Anos • Gasto Energético Basal Medido por Calori-
metria Indireta em Pacientes com Carcinoma Epider-
moide de Esôfago
Gastrectomia Subtotal com Linfadenectomia D2
por Videolaparoscopia • Gastrectomia Total a D2
Videolaparoscópica • Gastrectomia Vertical Vide-
olaparoscópica como Indicação de Cirurgia Bari-
átrica no Abdome com Difícil Acesso ao Andar
Inframesocólico
Gastrite Linfocítica em Paciente com Doença Celíaca
e Diabetes Melittus Insulino-Dependente • Gastro-
duodenopancreatectomia por Videolaparoscopia.
Análise de Cinco Casos
Gastroenterite Eosinofílica: Relato de Caso • Gastro-
enterite Eosinofílica: Variabilidade Clínica de uma
Rara Doença • Gastroenteropatia Perdedora de
Proteínas Secundária a Doença de Crohn – Relato
de Caso
Gastrojejunostomia em Câncer Gástrico Irressecável:
Procedimento de Septação Gástrica • Gastroplastia
em Y de Roux Após Uso da Manga Endoscópica no
Pré Operatório em Pacientes Obesos Mórbidos com
Diabetes Tipo 2
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
156 Gastrostomia Endoscópica Percutânea com Gastro- 165
pexia • Gastrostomia Endoscópica Percutânea (Gep)
por Faringoesofagostomias: uma via Alternativa
GIST Gástrico Expressando Dog 1 e CD 34 – Relato 166
de Caso • GIST Gástrico Volumoso como Causa de
Disfagia • GIST Gigante de Jejuno
157
GIST Ileal Associado à Neurofibromatose Tipo 1 • 167
GIST Relato de Caso • Glândulas Sebáceas Ectópi-
158 cas no Esôfago: Relato de Caso
Glomerulonefrite como Manifestação Clínica de 168
Infecção pelo Vírus C • Grande Nódulo Hepático
159 Regenerativo Associado à Hepatite Autoimune
17
Hemangioma Cavernoso de Pâncreas Levando à 169
Hipertensão Portal em Gestante • Hemangioma de
Intestino Delgado - Relato de Caso • Hemangioma
160 Hepático Apresentando-se com Quadro de Hemobi-
lia – Relato de Caso
Hematoma de Instalação Súbita Esofágico: Relato 170
de Caso • Hematoma Esofagiano Espontâneo em
161 Pacientes Transplantados de Medula Óssea – Relato
de 2 Casos
Hematoma Esofagiano: uma Causa Rara de Hemor- 171
ragia Digestiva Alta por Anticoagulação • Hematoma
Esplênico Infectado
162
Hemocromatose Hereditária com Homozigoze
172
H63D – Relato de Caso • Hemorragia Digestiva Alta
Associada ao Estrêsse • Hemorragia Digestiva Alta
Secundária a Úlcera de Cameron: Relato de Caso
163
Hemorragia Digestiva Baixa de Causa Incomum • 173
Hemorragia Digestiva Baixa por Prolapso Retal de
Adenoma Túbulo-Viloso: Relato de Caso
164 Hemorragia Digestiva Baixa Severa Obscura por GIST 174
de Delgado: Relato de Caso • Hemorragia Digestiva
Média – Relato de Caso • Hemorragia Digestiva por
Tumor Glômico Gástrico - Relato de Caso
 Hepatite Autoimune após Infecção por Vírus Herpes
Simples Tipo 1 • Hepatite B Crônica: Perfil Epide-
miológico em 18 anos de Acompanhamento (1993-
2011) no Serviço de Gastro-Hepatologia do Hospi-
tal de Base
Hepatite C: Série de Casos no Ambulatório de
Hepatologia da UCS • Hepatite Sifilítica Colestática
na Sífilis Secundária: Relato de Caso • Hepatocarci-
noma Fibrolamelar – Relato de Caso
Hepatotoxicidade do Suco de Noni: Relato de Caso
em Paciente com Ressecção Hepática • Hernia Inter-
na Pós Colectomia Videolaparoscópica - Relato de 3
Casos • Hernioplastia Inguinal com Prolene Hernia
System, PHS. Experiência Inicial
18 Hérnia de Morgagni • Hérnia de Petersen. Relato de
Caso • Herpes Esofágico em Paciente Imunocompe-
tente – Relato de Caso
Hidatidose Hepática com Invasão de Vias Biliares •
Hipertensão Portal de Causa não Cirrótica – Relato
de um Caso
Hipertensão Portal Sequelar a Abscesso por Infecção
Fúngica: Relato de Caso • Hipoalbuminemia no Pós-
Operatório de Cirurgia Bariátrica • Histoplasmose
Duodenal: Relato de Caso
Homens Perdem Mais Peso que Mulheres: Mito ou
Realidade? Análise de 342 Pacientes Submetidos
ao Tratamento Endoscópico do Excesso de Peso •
Hospital Federal do Andaraí, Serviço de Endoscopia
Digestiva. Relato de caso: Pólipo Gástrico Hiperplá-
sico com Foco de Displasia de Alto Grau • Hospital
Federal do Andaraí – Serviço de Endoscopia Diges-
tiva: Tumor Carcinoide Gástrico: Relato de Caso
Ileíte por Salmonella - Relato de Caso • Ileo Biliar •
Impactação Alimentar em Paciente com Divertículo
de Zenker - Relato de Caso
Impacto da Colite Pseudomembranosa na Evolução
da Doença Inflamatória Intestinal: Relato de Casos •
Importância da Enteroscopia Assistida por Balão no
Diagnóstico de Doença Celíaca em Pacientes com
Diarreia
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
Importãncia do Bypass Gástrico em Y de Roux no 184
175 Controle do Diabetes Mellitus Tipo 2 • Imunodefici-
ência Comum Variável Como Diagnóstico Diferencial
de Doença de Crohn • Imunoexpressão de Proteínas
Juncionais (Claudina 1, 3 e 4), Ciclooxigenase-2 e
Infiltrado Inflamatório em Pacientes com Doença do
176 Refluxo Erosiva e não Erosiva
Incisão Endoscópica das Membranas Esofágicas na 185
Síndrome de Plummer-Vinson • Indicadores Nutri-
cionais Associados à Sobrevida de Pacientes com
177 Câncer de Esôfago Internados em Hospital Univer-
sitário
Infecção pelo Helicobacter pylori e seu Potencial
Risco para o Desenvolvimento do Câncer Gástrico
186
• Infecção Sistemica Grave por Strongyloides Ster-
178 coralis em Imunocompetente • Infiltração Intestinal
em Paciente com Leucemia Mieloide Aguda: Relato
de Caso
179 Influência das Condições Clínicas e Nutricionais Pré-
187
Operatórias na Evolução de Pacientes com Neoplasia
Periampolar (Np) Submetidos à Cirurgia • Ingesta
de Sal Induzindo Lesão Aguda em Mucosa Gástrica:
180 Relato de um Caso no Gastrocentro-Unicamp
Ingestão de Corpo Estranho: Experiência de um
Centro de Referência • Injeção Perifístular de Adali- 188
mumab em Pacientes com Doença de Crohn Fistuli-
181 zante Resistentes ao Infliximab
Instabilidade Gástrica-Acotovelamento pós Sleeve
• Insuficiência Adrenal por Paracoccidioidomi- 189
cose: Diagnóstico Através de Punção Aspirativa
por Agulha Fina (Paaf) Guiada por Ecoendoscopia
• Insuficiência Renal Aguda Associada à Hepatite
Aguda a Grave: Relato de Caso
Investigação Diagnóstica em Hepatite por Escarla-
182 tina: Relato de um Caso • Investigação Etiológica
190
de Constipação no Autismo: Relato de um Caso
• Isomerismo Esquerdo em Adulto: Imagem da
Sindrome de Heterotaxia e Relato de Caso
183 Isquemia Mesentérica por Angiostrongilíase •
Isquemia Mesentérica por Embolia Arterial Cardio- 191
gênica
Leiomioma Esofágico Ressecado por Toracoscopia •
Leishmaniose Visceral (LV) como Causa de Hepatite
Aguda Fulminante Relato de Caso • Lesão Colônica
de Crescimento Lateral Sobre Lipoma Pediculado:
Relato de Caso
Lesão Induzida por Hpv Retal Mimetizando Padrão
Vascular de Adenoma Viloso • Lesão Subepite-
lial após Ressecção Endoanal de Neoplasia: Papel
Diagnóstico da Ecoendoscopia • Lesões Colônicas:
LSTS e Pólipos Acima de 20 mm, o Tamanho é Impor-
tante? Análise das Lesões Diagnosticadas em 2010
no Hospital das Clínicas de São Paulo (HCFMUSP)
Lesões Concomitantes de Esôfago e Estômago
Provocadas pela Ingestão de Substância Cáustica
• Lesões Subepiteliais do Trato Gastrointestinal:
Análise Retrospectiva das Lesões Subepiteliais do
Serviço de Ecoendoscopia Ame-Barradas/ Secon-
ci-SP
Linfangectasia Intestinal Primária (LIP): Apresen-
tação de Série de Casos com Diferentes Aspectos
Clínicos e Abordagem Terapêutica Acompanhados
em Centro de Referência (Ambulatório de Intestino
– HC/UFMG) • Linfangiectasia Intestinal Locali-
zada: Relato de Caso
Linfoma de Burkitt do Trato Gastrointestinal em
Paciente Imunossuprimido • Linfoma de Burkitt
Gástrico em Paciente Soronegativo. Relato de Caso
e Revisão da Literatura • Linfoma de Pequenas
Células B em Alça Jejunal Cega de Gastrectomia
com Reconstrução a Billroth Ii: Relato de Caso
Linfoma Gástrico Diagnosticado em Paciente com
Doença Celíaca: Relato de Caso • Linfoma Hepa-
toesplênico de Células T Associado à Tiopurina em
Paciente com Retocolite Ulcerativa: Relato de Caso
Linfoma Hepático Primário – Relato de Caso •
Linfoma Malt Gástrico – Relato de Caso em Paciente
Pediátrico • Linfoma não-Hodgkin de Delgado:
Relato de Caso
Linfoma não-Hodgkin de Intestino Delgado – Relato
de Caso • Linfoma Primário de Cólon Ascendente:
Relato de Caso
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
192 Líquen Plano: uma Manifestação Extra-Hepática 200
da Hepatite C • Manejo da Isquemia Mesentérica
– Relato de Caso • Manejo Endoscópico da Coledo-
colitíase Análise dos Fatores de Insucesso
Manejo Laparoscópico da Fístula no Pós-Operatório 201
193 de Cirurgia Bariátrica • Manifestação Inédita de um
Caso de Neoplasia Intraductal Mucinosa Papilífera
do Pâncreas
Manifestações Otorrinolaringológicas (ORL) da 202
Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE). Corre-
lação entre o Índice de Sintomas de Refluxo Farin-
go-Laringeo (RFL) e Refluxo Anormal por Phme-
tria Prolongada (PHM) • Manometria Esofágica na
194 Esclerose Sistêmica (Esclerodermia) Demonstra
Alterações Precocemente? • Marcadores Soroló-
gicos das Hepatites B E C em Doadores de Sangue 19
de um Hospital Universitário no Sul do Brasil
Má Rotação Intestinal: um Diagnóstico a se Pensar
em Abdome Agudo – Relato de Casos e Revisão da
203
195
Literatura • Massa Abdominal em Mulher Jovem
Megacólon Idiopático Incidental na Investigação
de Infecção de Via Aérea Inferior: Relato de Caso 204
• Melanoma Gástrico Metastático como Causa de
HDA: Relato de Caso • Melanoma Gástrico Metas-
196 tático: Relato de Caso
Melanoma Gástrico Metastático: Relato de Caso •
Melanoma Primário de Esôfago: Relato de Caso 205
Melanose de Esôfago • Melhora da Resistência
Insulínica e Redução do Risco Cardiovascular em
Pacientes Obesos com Diabetes Tipo 2 Implan-
206
197 tados com o Dispositivo Endoscópico de Exclusão
Duodeno Jejunal
Mesotelioma de Peritoneu: Relato de Caso •
Metástase Cutânea de Carcinoma Epidermoide de 207
198 Esôfago
Metástase de Carcinoma de Mama em Via Bilar:
Relato de Caso • Metástase Esofágica de um Carci- 208
noma Hepatocelular Incidental • Metástase para
199 Papila Duodenal: Incomum Disseminação do Câncer
de Mama
 pórea no Tratamento do Cálculo Biliar Intrahepático:
Metástases Gástricas: Incidência e Aspectos Endos-
cópicos • Microcirurgia Endoscópica Transanal
209 Relato de Caso • O Uso de Ligaduras Elásticas para
o Tratamento da Ectasia Vascular do Antro Gástrico
(Met) Experiência HC-FMUSP/ICESP • Mieloma
Múltiplo e Hematêmese – Relato de Caso
O Uso de Procinético pode Reduzir O Tempo de 218
Passagem da Cápsula Endoscópica pelo Estômago?
Miotomia Endoscópica Submucosa para Tratamento
da Acalasia • Modelo Experimental em Coelhos
210 Pode Influenciar no Tempo de Passagem da Cápsula
pelo Intestino Delgado? Estudo Comparativo • Uso
para Pesquisa de Linfonodo Sentinela do Estômago
de Pneumoperitônio Pré-Operatório no Tratamento
Através de Duplo Método – Corante e Pesquisa
de Hérnia Inguinal Gigante
Radio-Guiada • Mortalidade por Cirrose Hepática
Alcoólica no Brasil, no Período de 2003/2006
Obliteração de Variz Duodenal Rota Utilizando 219
Cianoacrilato • Obstrução Esofágica Completa
Mortalidade por Hipertensão Porta no Brasil -
Período de 2003/2006 • Mortalidade por Lesão 211 após Ligadura Elástica: Relato de Caso • Obstrução
Intestinal após Enema Opaco: Relato de Caso
Aguda da Mucosa Gastroduodenal no Brasil -
Período de 2003/2006
Obstrução Intestinal Decorrente de Hérnia de
Richter - Relato de Caso • Obstrução Pilórica por
220
Motilidade Esofágica Após Derivação Gástrica em
20 Y de Roux para Obesidade Mórbida. Achados à 212 Migração da Sonda de Gastrostomia • Ocorrência
de Carcinoma Hepatocelular em Pacientes com
Manometria de Alta Resolução • Mucosectomia e
Doença Hepática Gordurosa não Alcoólica
Dissecção Endoscópica de Submucosa de Neopla-
sias Superficiais do Esôfago: os Dois Extremos de
Operação de Merendino no Tratamento da Fístula 221
Tamanho para Tratamento Endoscópico • Mudanças
Gastro-Cutânea após Gastroplastia Vertical • Os
da Microbiologia da Peritonite Bacteriana Espon-
Efeitos Pleiotrópicos da Sinvastatina na Coagulação
tânea (PBE) em uma Década
de Ratos Wistar Portadores de Sepse Abdominal

Múltiplos Tumores Neuroendócrinos no Estômago e

Duodeno: Relato de Caso • Necrose Esofágica Aguda 213 PAAF por Ecoendoscopia (EUS) ou Ultrassom 222
Transrretal (TRUS) no Diagnóstico de Endometriose
(NEA) em Pacientes com Câncer Relato de 14 Casos •
Intestinal • Padrão Comportamental da Doença Infla-
matória Intestinal nos Pacientes Provenientes do
Necrosectomia Endoscópica Transmural na Tera-
pêutica da Pacreatite Aguda Grave. Relato de Caso
214 Ambulatório de Intestino da Universidade Federal
de São Paulo • Padrão Histopatológico Predomi-
• Necrose Gástrica Aguda Secundária à Hérnia
nante em Adenocarcinomas da Ampola de Vater
Diafragmática Traumática Crônica • Neoplasia Intra-
ductal Mucinosa Papilífera de Pâncreas Relato de
Padronização Técnica da Duodenopancreatectomia
Cinco Novos Casos
com Preservação do Piloro e Reconstrução em
223
Dupla Alça • Paliação Endoscópica por Próteses em
Neoplasias Gastricas Sincrônicas • Neoplasias
Malignas do Estômago – Análise de 720 Gastrec-
215 Tumores de Esôfago Avançado • Pancreatectomia
Central Laparoscópica por uma Neoplasia Sólida
tomias Consecutivas • O Ângulo de Fase como
Pseudopapilífera (Tumor de Frantz) do Corpo do
Preditor de Fibrose Hepática em Pacientes Porta-
Pâncreas
dores de Hepatite por Vírus C
Pancreatectomia Distal com Esplenectomia por
O Obeso Mórbido Idoso: é o Momento de 216 Videolaparoscopia • Pancreatectomia Distal por
224
Ampliarmos os Limites da Indicação Cirúrgica? • O
Videolaparoscopia: Análise de 53 Pacientes
Padrão Endoscópico das Lesões Retais pelo HPV
pode Mimetizar Adenomas Vilosos
Pancreatectomia Videolaparoscópica com Preser- 225
vação Esplênica: Relato de Dois Casos • Pancreatite
O Papel das Plaquetas na Regeneração Hepática •
O Uso da CPER Associada à Litotripsia Extracor-
217 Aguda e Síndrome Colestática Secundária a Hema-

GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334

toma Duodenal Intramural: Relato de Caso • Pancre-
atite Aguda por Obstrução de Áscaris Impactado na
Papila Duodenal Maior: Diagnóstico e Tratamento
por Endoscopia Digestiva Alta em Paciente Indígena
no Estado do Pará
Pancreatite Autoimune Secundária à Síndrome
de Sjögren: Relato de Caso • Pancreatite Crônica
Complicada: Relato de Caso de Intervenção Endos-
cópica Como Tratamento de dor Abdominal Persis-
tente
Pancreatite de Etiologia Calculosa após Aborta-
mento Induzido por Misoprostol: Relato de Caso •
Paniculite Pancreática: Relato de Caso • Papel da
Cromoscopia Digital no Diagnóstico do Esôfago de
Barrett
tiva Alta no Município de Capinzal, Santa Catarina •
Perfil Epidemiológico dos Doadores de Sangue com
Sorologias Positivas para os Vírus das Hepatites B
(HBV) e C (HCV) e/ou Vírus da Imunodeficiência
Humana (HIV) • Perfil Epidemiológico dos Pacientes
Com Doença Inflamatória Intestinal de Hospital
226 Terciário de São Paulo
Perfil Epidemiológico dos Pacientes Submetidos à 234
Endoscopia Digestiva Baixa em um Centro Terciário
do Nordeste Brasileiro • Perfuração Gastroduodenal
Relacionada ao Uso Agudo de Crack
227 Peritonite Meningocócica: Relato de Caso • Pioderma
Gangrenoso Associado a Doença de Crohn • Plantas
235
utilizadas em Gastroenterologia em Serviço de Saúde
Público Federal em São Luís, Maranhão, Brasil

Papel da Ecoendoscopia no Linfoma Gástrico Difuso
228
de Grandes Células B • Papiloma Esofagiano Visto
na Endoscopia: Relato De Caso • Paracoccdioiodo-
micose Íleo-Colônica Em Criança De 10 Anos
Paracoccidioidomicose de Cabeça Pancreática –
229
Relato De Caso • Paraganglioma Gangliocítico da
Papila Duodenal Associado a Adenocarcinoma da
Cárdia: Relato de Caso
Pâncreas Ectópico – Diagnóstico Incidental: Série de
Casos e Revisão de Literatura • Passos Técnicos da
230
Esplenectomia Videolaparoscópica no Tratamento
da Hipertensão Portal Esquistossomótica • Perda de
Peso Pré-Operatória em Superobesos: Análise da
Influência do Tempo de Internação sobre a Curva de
Emagrecimento
Polipose Linfomatosa Múltipla – Linfoma do Manto 21
236
Gastrointestinal • Potencial Terapêutico de Antí-
genos de Ancylostoma Ceylanicum em Modelo de
Doença Inflamatória Intestinal Induzida por Dextran
Sulfato de Sódio
Pólipo Cloacogénico Inflamatório – uma Causa 237
Incomum de Hemorragia Retal • Pólipo Fibroide
Inflamatório • Pólipos Duodenais Secundários à
Hipertensão Portal: Relato de Caso
Pólipos Gástricos: Análise Retrospectiva de 1273 238
Endoscopias • Prevalência da Infecção pelo Heli-
cobacter pylori no Município de Itapiranga, Santa
Catarina • Prevalência da Infecção por H. pylori na
Cidade de São Paulo

Perfil de Lesões do Aparelho Digestivo Observadas
em Laparotomias Exploradoras por Trauma Abdo-
minal • Perfil de Pacientes Cirróticos Admitidos
no Serviço de Emergência Hospital de Clínicas –
Universidade Federal do Paraná (HC-UFPR)
Perfil de Pacientes com Carcinoma Hepatocelular
em um Serviço se Referência na Região Sudeste
so Brasil • Perfil de Tratamento e Taxas de Resis-
tência na Hepatite B Crônica em Vírus Selvagens e
Mutantes
Perfil dos Pacientes Submetidos à Endoscopia Diges-
231 Prevalência da Infecção por Cepas de Helicobacter
pylori (H. pylori) CagA-Positivo em Crianças e
239
Adolescentes Sintomáticos em Porto Alegre (RS)
• Prevalência da Infecção por Helicobacter pylori
em Portadores de Fibrose Cística e Avaliação das
Alterações Endoscópicas e Histológicas da Mucosa
232 Gastroduodenal
Prevalência das Manifestações Oculares na Doença 240
Inflamatória Intestinal • Prevalência de Anti-HCV em
uma Amostra Aleatória e Voluntária de Goiânia-Goiás
• Prevalência de Infecção por H. pylori e Ocorrência
233 de Gastropatias em Pacientes Cirróticos

GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334

 Rastreio Prévio Negativo: Série de Casos • Reati-
Prevalência de Metaplasia Intestinal no Esôfago
Distal em Unidade de Endoscopia Digestiva Refe-
241 vação do Vírus da Hepatite B em Paciente Triplo
Coinfectado (HIV, HCV e HBV): Relato de Caso
rencia para a Região Central do Rio Grande do Sul
• Prevalência do Helicobacter pylori em uma Popu-
lação Pediátrica de Goiânia – Dados Preliminares
Recanalização Ecoguiada de Estenose de Anas- 249
tomose Colorretal Pós-Operatória em Criança
com Doença de Hirschsprung • Reconstrução de
Prevalência dos Genótipos do Vírus da Hepatite B
em Amostra de Pacientes de um Centro Urbano no
242 Períneo Pós-Ressecção Do Câncer Anorretal •
Refluxo Gastroesofágico (RGE) após Tratamento da
Sul do Brasil • Prevenção das Lesões Iatrogênicas
Acalásia: Avaliação Tardia com Phmetria Esofagiana
da Via Biliar: Curva de Aprendizado da Colecistec-
Prolongada
tomia Videolaparoscópica e Valor da Colangiografia
no Intraoperatório • Previsão da Resposta Tumoral
após Tratamento Neoadjuvante com Quimioradiote-
Regressão de Fibrose Hepática em Pacientes Porta- 250
dores de Hepatite C • Regressão Espontânea de
rapia em Pacientes com Câncer do Reto Distal Utili-
Pseudocisto Pancreático - Relato de Caso
zando Dados de Expressão Gênica Diferencial

Propiedades Biomecanicas do Esofago de Pacientes

Relação entre Índice de Massa Corpórea e Sintomas 251
243 da Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE)
22 com Esofagite Eosinofílica Estudados Através da
nos Pacientes do Ambulatório Médico Universitário
Ultrassonografia Intraluminal de Alta Frequência •
(Amu) da Universidade do Oeste de Santa Cata-
Prótese Biliar Metálica Totalmente Revestida para
rina • Relação entre Manometria Pré-Operatória e
Tratamento Endoscópico de Estenose e Fístula Biliar
Disfagia Pós-Operatória em Pacientes com Doença
após Transplante Hepático
do Refluxo Gastroesofágico (DRGE) Tratados
Cirurgicamente • Relato de Caso de Apresentação
Prótese Metálica Autoexpansível (Sems) no Trata-
mento Paliativo da Obstrução Maligna Colorretal
244 Incomum de Hepatoblastoma em Adulto Jovem
(OMC) • Prótese Metálica Autoexpansível (Sems)
no Tratamento Paliativo de Carcinoma de Células
Relato de Caso de Hemangioma Pancreático Mani- 252
festando-se com Hemorragia Digestiva Alta Vari-
Escamosas (CEC) do Esôfago: Resultado de 80
cosa em Gestante • Relato de Caso de Herniação
Casos
do Estômago Através de Fundoplicatura de Nissen
Prótese Metálica Autoexpansível com Válvula Antir-
refluxo Para Paliação do Câncer de Esôfago Distal
245 Relato de Caso de Pseudotumor Inflamatório Hepá- 253
tico Associado a Aneurisma Arterial e Hemobilia
– Avaliação de Eficácia e Segurança • Pseudodi-
em Paciente Cirrótico por Colangite Esclerosante
verticulose Esofágica Associada à Estenose: Relato
Primária • Relato de Caso de Tumor Estromal do
de Caso no Serviço de Endoscopia do HUGG •
Trato Gastrointestinal Metastático Tratado com
Pseudomelanose Duodenal – Relato de Caso •
Droga Inibidora da Tirosina Quinase • Relato de
Caso e Revisão da Literatura: Pâncreas Divisum e
Pseudomelanose Duodenal: Relato de Caso e 246 Tratamento Endoscópico
Revisão de Literatura • Pseudomixoma Peritoneal:
Relato de Caso e Revisão de Literatura
Relato de Caso Abscesso Peri-Pancreatico, com 254
Drenagem Espontânea por Via Duodenal • Relato
Punção Suprapapilar para Acesso Seletivo do Ducto
Biliar Comum • Qualidade de Vida dos Pacientes
247 de Caso: Carcinoma Epidermoide de estômago
Submetidos à Hepatectomia • Questões Elemen-
tares Sobre Doença Celíaca
Relato de Caso: Câncer Epidermoide de Esôfago 255
com Apresentação Endoscópica Multicêntrica, um
Diagnóstico Incomum • Relato de caso: Colite por
RCUI após 6 anos de Diagnóstico de Artrite Reuma-
toide – Relato de Caso • Reativação de Tubercu-
248 Citomegalovirus em Pacientes com AIDS • Relato
de Caso: Correção de Estenose de Anastomose
lose em Pacientes em uso de Imunobiológicos com
Bilio-Digestiva Pela Técnica de Hepp-Couinaud

GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334

Relato de Caso: Diagnóstico e Tratamento da
Colangiopancreatopatia Associada a IgG4 • Relato
de Caso: Embolização Seguida de Ressecção de
Colangiocarcinoma • Relato de Caso: Fibrose Hepá-
tica Congênita
Relato de Caso: Ganglioneuroma Intra-Abdominal •
Relato de Caso: Gastrite Herpética
Relato de Caso: Hemorragia Digestiva Alta por
Úlcera Péptica Duodenal com Diagnóstico Seriográ-
fico • Relato de Caso: Infarto Omental • Relato de
Caso: Pileflebite como Complicação Rara da Doença
de Crohn
Relato de Caso: Pneumomediastino Espontâneo em
Mulher Jovem após Episódio de Tosse • Relato de
caso: Subestenose Duodenal Associada à Estron-
giloidíase
Relato de Caso: Tratamento Conservador de Lesão
Hepática Grau IV Pós-Trauma Abdominal Contuso •
Relato de caso: Tuberculose Intestinal Acometendo
Reto, Cólon e Íleo Terminal em Paciente HIV Negativo
Relato de caso: gastroduodenopancreatectomia em
Tumor Sólido Pseudopapilar do Pâncreas (Tumor
de Frantz) • Remissão do Diabetes Tipo II em
Pacientes Obesos Mórbidos Submetidos à Exclusão
Duodenal
Remoção de Múltiplos Corpos Estranhos do
Esôfago Via Endoscopia Digestiva Alta: Relato de
Caso • Remoção de Prótese Esofágica Migrada:
Como Evitar Traumatismos ao Esôfago • Remoção
Endoscópica de Corpo Estranho com Transfixação
Esofágica
Remoção Endoscópica de Dispositivo Temporário
Metálico (Endobarrier) a pós Ruptura de Fio de
Segurança • Ressecção de GIST Duodenal Lapa-
roscópico • Resseccao Submucosa de Adenocarci-
noma Gástrico Precoce
Ressecção Endoscópia do Adenoma de Papila
• Ressecção Endoscópica de Lesão Subepitelial
Esofagiana • Ressecção Endoscópica de Tumor
Carcinoide de Duodeno : Relato de um Caso
Ressecção Transanal Endoscópica Microcirúrgica
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
256 para o Tratamento do Câncer do Reto Distal após
Radio e Quimioterapia Neoadjuvante • Ressecções
Colorretais e Hepáticas Sincrônicas por Laparos-
copia no Tratamento com Intenção Curativa do
Câncer de Reto: Experiência Inicial • Ressecções
Endoscópicas dos Tumores de Células Granulares
257 (TCG) no Esôfago
Resultados a Longo Prazo da Ablação Endoscópica 266
258 do Esôfago de Barrett (EB) por Eletrocoagulação
com Argônio (APC): A recidiva de EB é associada à
falta de controle da DRGE • Resultados da Mucosec-
tomia no Tratamento da Neoplasia Gástrica Precoce
no Gastrocentro - Unicamp
259 Resultados de 1 Ano do Dispositivo Endobarrier no 267
Controle de Peso e Diabetes Tipo 2 • Resultados de
Esofagogastrectomia Total Seguido de Esofagocolo-
plastia no Adenocarcinoma da Transição Esôfago- 23
Gástrica • Resultados do Tratamento da Icterícia
260 Obstrutiva Maligna Através da Colocação de Prótese
Metálica Autoexpansível
Resultados do Tratamento Endoscópico da Este- 268
nose da Anastomose Gastrojejunal Pós By-Pass em
Cirurgia Bariátrica - Análise dos Fatores de Risco de
261 Mal Prognóstico • Resultados Iniciais da Passagem
de Próteses Metálicas Autoexpansíveis em Pacientes
com Neoplasia Avançada Colo-Retal: Experiência
do Icesp
262 Resultados Tardios do Tratamento do Adenocar- 269
cinoma da Junção Esofagogástrica: Comparação
entre dois Períodos Consecutivos • Retardo do Esva-
ziamento Gástrico Devido a Compressão Duodenal
em Paciente Adulto: Relato de Caso
Retocolite Ulcerativa em Paciente com Imunodefi- 270
263 ciência Variável Comum (IDVC): Relato de Caso •
Retocolite Ulcerativa Idiopática em uma Região do
Nordeste Brasileiro: Quanto Tempo para o Diag-
nóstico? • Revisão Sistemática da Literatura Sobre
as Terapias Endoscópicas Ablativas do Esôfago de
Barrett
264
Revisão Sistemática e Metanálise no Trauma Pancre- 271
ático • Rotura do Reto Abdominal: Relato de Caso
Ruptura Espontânea de Adenoma Hepático em 272
265 Gestante • Rutura Esplênica Espontânea • Sangra
 mento Retal e dor Abdominal Consequentes à Pneu-
matosis Coli - Relato de Caso
Síndrome de Plummer-Vinson – Relato de Caso • 281
Síndrome de Russell-Silver Associada à Atresia de
Esôfago: Relato de Caso
Sangramento Secundário à Migração de Endobar- 273
rier® • São as Aranhas Vasculares Marcadores Cutâ-
neos da Síndrome Hepatopulmonar?
Síndrome de Superposição: Cirrose Biliar Primária 282
(CBP) com Hepatite Autoimune (HAI) • Síndrome
Hepatopulmonar • Síndrome Hepatopulmonar em
Sedação em Endoscopia Digestiva Alta: Estudo 274 Pacientes com Doença Hepática Crônica Descom-
Comparativo com Uso Combinado de Propofol e
pensada atendidos no Hospital Universitário Alcides
Fentanil Versus Midazolam e Fentanil • Seguimento
Carneiro – Campina Grande – Paraíba – Relato de
a Longo Prazo de Pacientes com Sangramento
10 Casos
Gastrointestinal Obscuro Avaliados através de Ente-
roscopia Assistida por Balão • Sensibilidade e Espe-
cificidade da Dosagem de Anticorpos Antitransglu-
Síndrome Hipereosinofílica com Manifestações 283
Gastrointestinais e Hepática • Sleeve Gástrico em
taminase (EMA IgA) para Avaliar a Aderência de
Paciente com Válvula de Antirrefluxo Intratorácica
Pacientes Portadores de Doença Celíaca a Dieta
Isenta de Glúten (DIG)
Sobrevida Global de uma Coorte de Pacientes com
Câncer de Esôfago Tratados com Esofagectomia
284
24 Sepultamento do Retentor Interno (SRI) como 275 no Hospital de Clínicas de Porto Alegre • Soma-
Complicação da Gastrostomia Endoscópica Percu-
tostinoma Duodenal: Relato de Caso • Suboclusão
tânea (GEP) em Pacientes com Câncer • Série de
Colônica por Cálculo Pós-Ureterossigmoidostomia
Casos de Colecistectomias Videolaparoscópicas
(Mainz Pouch II)
realizadas com 3 Incisões e com 4 Incisões

Sífilis Gástrica: Relato de Caso • Síndrome de Peutz- 276

Jeghers e Polipose Hamartomatosa: uma Revisão
Sistemática • Sistematização nas Reoperações na
Doença do Refluxo Gastroesofágico Técnicas e
Táticas
Sífilis Gástrica: um Desafio Diagnóstico – Relato de
Caso • Síndrome da Artéria Mesentérica Superior:
Relato de Caso • Síndrome de Allgrove: Relato de
Caso
Síndrome de Bouveret – Relato de Caso • Síndrome
de Budd-Chiari devido uso de Anticoncepcional
Oral e Evolução para Insuficiência Hepática Fulmi-
nante: Relato de Caso
Síndrome de Caroli – Relato de Caso • Síndrome de
Cowden: Relato de Caso • Síndrome de Mirizzi em
Associação com Níveis Séricos de CA 19-9 Supe-
riores a 20.000u/Ml: É Possível?
Síndrome de Mirizzi Tipo IV em Paciente Assinto-
mático • Síndrome de Peutz-Jeghers Associada
à Adenocarcinoma de Cólon: Relato de Caso •
Síndrome de Plummer-Vinson - Relato de Caso
Sucesso do Tratamento Endoscópico da Coledocoli- 285
tíase X Tamanho do Cálculo – Análise de Propostas
Terapêuticas • Sucesso e Limitações da Técnica
Convencional na Abordagem da Coledocolitíase
TEM (Transanal Endoscopic Microsurgery) Para 286
Câncer Retal Após Quimioradioterapia Neoadju-
276 vante – Existem Fatores de Risco para Recorrência
Local? • Terapêutica Endoscópica de Fístula Gastro-
cutânea após Bypass Gástrico em Y de Roux com
Emprego de Prótese Metálica Modificada • Tecido
Pancreático Ectópico Gástrico
278
Terapêutica Endoscópica nas Complicações Biliares 287
Pós-Transplantes Hepáticos • Terapia Adjuvante e
Neoadjuvante com Mesilato de Imatinib no Trata-
mento de Tumor Estromal Gastrintestinal • Terapia
279 Endoscópica com Plasma de Argônio para Trata-
mento de Ectasia Vascular do Antro Gástrico Asso-
ciado a Linfoma: Relato de Caso
Teste em Sangue da Polpa Digital na Doença 288
280 Celíaca: Relato de Experiência em Maceió e Curitiba
• Teste Respiratório com 13c-Uracil na Predição de
Toxicidade pelo Quimioterápico 5-Fluorouracil em
Pacientes com Câncer Gastrointestinal

GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334

Testes Provocativos (TP) na dor Torácica Não
Cardíaca (DTNC) e Doença do Refluxo não Erosiva
(DRNE): Experiência do Laboratório de Motilidade
Digestiva da Universidade Federal do Rio de Janeiro
(LMD-UFRJ) • Técnica Alternativa para Retirada
Endoscópica de Balão Intragástrico (BIG) para o
Tratamento da Obesidade • Técnica de rendezvous
para Recanalização de Obstrução Completa de
Esôfago em Criança com Aids
Técnica Simplificada de Reconstrução de Trato
Digestivo Após Gastrectomia Total ou Subtotal
Videolaparoscópica por Câncer Gástrico • The
Rendezvous Technique for the Treatment of Biliary
Obstruction
Tosse Crônica Secundária à Doença do Refluxo
Gastroesofágico • Transecção do Parenquima
Hepático com a Utilização de Grampeador Mecâ-
nico - Relato de Série • Transplante Pancreático
com Drenagem Vesical Necessitando de Conversão
Entérica: Série de Casos e Resultados
Tratamento Cirúrgico da Lesão da Via Biliar, Facili-
tado por Radiologia Intervencionista • Tratamento
Cirúrgico da Pancreatite Necro Hemorrágica • Trata-
mento Cirúrgico de Mucocele de Apêndice Vermi-
forme por Videolaparoscopia
Tratamento Cirúrgico do Carcinoma Espinocelular
de Esôfago: Acesso Transtorácico ou Transhiatal •
Tratamento Clínico Versus Cirúrgico na Drge: Atua-
lização Estatística
Tratamento Conservador de Mediastinite Após
Esofagogastrectomia – Relato de Caso • Tratamento
da Hemorragia Digestiva Alta por GIST de Cárdia
com uso de Endoloop: Relato de Caso
Tratamento das Lesões Vasculares Sangrantes do
trato Gastrointestinal por Coagulação com Argônio
(APC): a eficácia do APC é de acordo com a Etiologia
e a Magnitude das lesões • Tratamento de Lesão
de Crescimento Lateral Extensa em Reto através de
Dissecção Submucosa Endoscópica (ESD) • Trata-
mento de Lesão de Crescimento Lateral Extensa em
Reto Distal, Acometendo Borda Anal, através de
Dissecção Submucosa Endoscópica
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
289 Tratamento de Trauma Contuso de Cabeça de 296
Pâncreas: Relato de Caso • Tratamento de Trauma
Hepático Transfixante com uso de Balão Intra-He-
pático: Relato de Caso • Tratamento do Condiloma
Anal e Perianal com Plasma de Argônio
Tratamento Endoscópico da Colangite Causada
por Obstrução Biliar Maligna • Tratamento Endos-
297
copicod de Fístula Esofageana com Prótese Esofa-
geana Recoberta • Tratamento Endoscopico de
290 Fístula Gastrocutânea após Sleeve Gastrectomy com
Emprego de Protese Metálica Modificada
Tratamento Endoscópico da Estenose Biliar Pós- 298
Cicatricial • Tratamento Endoscópico da Estenose
Cáustica do Esôfago em Criança de 2 Anos
291
Tratamento Endoscópico da Estenose da Anas- 299 25
tomose Pós Transplante Hepático em Hospital
Terciário • Tratamento Endoscópico da Obstrução
Causada pelo Deslocamento do Anel Pós Fobi-
Capella • Tratamento Endoscópico das Fístulas
Biliares: Experiência do Serviço de Endoscopia
292 Terciário
Tratamento Endoscópico de Estenose Benigna
Colorretal: Estudo Retrospectivo • Tratamento
300
Endoscópico de Fístula do Seio Piriforme
293 Tratamento Endoscópico de Fístula Enterocutânea
301
Pós Gastrectomia Total através da Aplicação de
Matriz Acelular Fibrogênica Associada a Cola de
Fibrina e Clips Endoscópicos • Tratamento Endos-
cópico de Lesão de Crescimento Lateral por Muco-
294 sectomia, Apesar de “Nonlifting Sign” • Tratamento
Endoscópico de Perfuração de Cólon Iatrogênica
Extensa Pós-ESD
Tratamento Endoscópico de Secção Completa da 302
Via Biliar pós Colecistectomia: Relato de 2 Casos
295 • Tratamento Endoscópico de Varizes Sangrantes
em Jejuno Médio Por Enteroscopia de Balão Único
(EBU) - Relato de Caso
Tratamento Endoscópico do Divertículo de Zenker 303
por Bisturi Harmônico: Resultados Experimentais
e Humanos • Tratamento Endoscópico do Refluxo
Gastroesofágico (RGE): Uma Nova Proposta • Trata-
mento Endoscópico Paliativo de Lesão Estenosante
 de 2a Porção Duodenal e Complicação Tardia do
Procedimento
Tratamento Endoscópico Percutâneo da Necrose
Infectada do Pâncreas • Tratamento Laparoscópico
da Obstrução Intestinal após Cirurgia Bariátrica
Tratamento Laparoscópico de Fístula Gastro-Gás-
trica Pós Gastroplastia Aberta • Tratamento Neoad-
juvante com QT no Intervalo de Descanso após a
RT para o Tratamento do Câncer do Reto Distal –
Quase Metade dos Pacientes não Necessitam de
Cirurgia Imediata • Tratamento para Coto Apendi-
cular Difícil
Tratamento por Videotoracoscopia Endoscopia
Assistida de Lesão Esofágica Submucosa: Relato
de Caso • Tratamento Profilático com Escleroterapia
26 de Varizes Esofágicas: ainda é um Método Benéfico
e Seguro na Atualidade?
Tratemento Paliativo de Adenocarcinoma Gástrico •
Trauma Abdominal Contuso com Necrose de Cólon
Transverso e Grande Hematoma de Mesocólon em
Estado da Amazônia Ocidental • Trauma Abdominal:
Perfuração Gástrica
Trauma Hepático: Fatores Preditivos de Morbi-
Mortalidade • Trombose de Veia Porta em Criança
Celíaca: Relato de Caso e Revisão de Literatura
Trombose de Veia Porta em Paciente Esplenecto-
mizado: Relato de Caso • Trombose Venosa Portal
Aguda em Paciente Não-Hepatopata: Relato de
Caso • Tumor Carcinoide de Duodeno
Tumor Carcinoide de Reto: Relato de Caso • Tumor
de Células Granulares de Esôfago: Relato de 3
Casos • Tumor de Células Granulares de Esôfago –
Relato de Caso
Tumor de Células Granulares do Cólon Ressecção
Endoscópica • Tumor de Células Granulares Esofá-
gico – Descrição de Um Tumor Benigno Incomum •
Tumor de Krukenberg
Tumor de Krukenberg: Um Diagnóstico a ser
lembrado - Discussão e Relato de Caso • Tumor do
Estroma Gastrointestinal em Paciente Jovem: Relato
de Caso
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
Tumor Gigante de Bolsa Escrotal Confundido com 313
Hérnia Inguino-Escrotal. Relato de Caso • Tumor
Glômico do Esôfago – Relato de Caso e Revisão da
304 Literatura • Tumor Miofibroblástico Inflamatório de
Estômago: Relato de Caso
305 Tumor Neuroendócrino de Papila Duodenal • Tumor 314
Neuroendócrino do Trato Digestivo Alto Relato
de 3 Casos • Tumor Neuroendócrino em Região
Periampular Duodenal em Paciente com Diarreia e
Emagrecimento
Tumor Sólido Pseudopapilar do Pâncreas (Frantz’s): 315
Relato de Caso • Úlcera Duodenal Perfurada em
Pós-Operatório Tardio de Bypass Gastro-Jejunal:
306 Relato de Caso
Uso da Ciclosporina no Tratamento da Retocolite 316
Ulcerativa Grave – Disciplina de Gastroenterologia
da Universidade Federal de São Paulo • Uso da
307 Esofagostomia Minima no Tratamento Conservador
da Perfuração Esofágica • Uso de Octreotide em
Lactente com Telangectasia Hemorrágica Heredi-
tária (Síndrome de Osler-Weber-Rendu)
Uso de Prótese Autoexpansível no Tratamento de 317
308 Rotura Esofágica Provocada por Balão de Sengs-
taken-Blakemore • Uso de Prótese Metálica Auto-
expansível Como Paliação em Paciente com Câncer
do Esôfago, sob Controle Endoscópico Transgas-
309 trostomia: Pode Dispensar a Fluoroscopia?
Uso de Próteses Metálicas Auto-Expansíveis não 318
Recobertas na Paliação de Estenoses Malignas
Antro-Pilóricas • Uso de Testes Não-Invasivos Para
Predição de Cirrose em Obesos Mórbidos Porta-
310 dores de Dhgna • Uso do Infliximab no Tratamento
do Pioderma Gangrenoso
Utilização da Elastase Fecal como Parâmetro para
a Avaliação da Função Pancreática Exócrina • Utili-
319
311 zação de Probe Transvaginal para Ultrassonografia
Intraoperatória em Hepatectomias Laparoscópicas
Utilização do Estômago Excluso para Confecção de 320
Válvula Antirrefluxo em Paciente com Fundoplica-
312 tura Prévia • Úlcera Bizarra e Deformante do Estô-
mago: Relato de Caso de Doença de Crohn Gastro-
duodenal
 Extraintestinais: Abscesso Esplênico Asséptico e
Úlcera Gástrica com Corpos Apoptóticos: Efeitos
Adversos Associados ao uso de Imunossupressor
321 Colangite Esclerosante Primária. Apresentação de Caso
Clínico • Doença de Crohn, Colangite Esclerosante
(Micofenolato) Relato de Caso • Úlceras Gastro-
Primária e Síndrome do Anticorpo Antifosfolipídeo:
duodenais, uma Complicação Rara após a Quimio-
associação incomum ou mera casualidade?
embolização Transarterial do Carcinoma Hepatoce-
lular: Relato de 2 Casos • Variabilidade dos Achados
Doença de Whipple: Patologia Rara e de
Endoscópicos em Pacientes com Investigação de
Diagnóstico Tardio, com Ótima Resposta
330
Dispepsia Atendidos Pelo Grupo Inte-grado de
Terapêutica • Embolização de Shunt Esplenorrenal
Videoendoscopia, no Período de Fevereiro de 2009
na Encefalopatia Hepática Refratária Associada
A Julho de 2011
a Trombose de Veia Porta - Relato de Caso 2 •
Esteatose Hepática Aguda da Gravidez Associada à
Varizes Downhill: Causa Rara de Hemorragia Diges- 322 Pancreatite Aguda Grave • Hemofilia à Adquirida em
tiva • Varizes Jejunais como Causa de Hemorragia
Paciente com Hepatite C Crônica e Crioglobulinemia
Digestiva Alta- Relato de Caso e Revisão Bibliográ-
Mista em uso de Interferon: Relato de Caso
fica
Hiperinfecção por Strongyloides stercoralis
Vesícula Escleroatrófica - Relato de Caso • Correção 323 em paciente HTLV-1 positivo: Relato de Caso •
331
de Hérnia de Trocater de 12mm Pós Cirurgia Bari-
Histoplasmose Gastrointestinal: Relato de Caso e 27
átrica • Videofluoroscopia da Deglutição – Experi-
Breve Revisão da Literatura • Leishmaniose Visceral
ência do Hucff – UFRJ
(Lv) como Causa de Hepatite Aguda Fulminante -
Relato de Caso 2
Diagnóstico Colonoscópico de Teníase • Volumoso 324
GIST Gástrico com Hemorragia Digestiva e Compli-
Manifestação Neurológica da Doença Celíaca 332
cação Cirúrgica – Relato de Caso e Revisão da Lite-
• Metástases Hepáticas de Insulinoma 14 anos
ratura • Voto de Autoexclusão (VAE) e Marcadores
após a Ressecção do Tumor Primário • Pancreatite
Sorológicos das Hepatites B E C em Doadores De
Crônica Complicada: Relato de Caso de Intervenção
Sangue (DS) do Serviço de Hemoterapia do HU/
Endoscópica Como Tratamento de dor Abdominal
UFSC
Persistente
Xantelasma Duodenal - Relato de Caso • Alterna- 325 Paracoccidioidomicose Pancreática Simulando 333
tive Port Site Selection (APSS) Versus “Single Site
Neoplasia Maligna de Cabeça de Pâncreas:
Surgery” (S3) - Ganho Estetico e Abordagem Cirúr-
Relato de Caso • Relato de Caso de Hemangioma
gica
Pancreático Manifestando-Se com Hemorragia
Digestiva Alta Varicosa em Gestante • Relato de
Coagulopatia é um Fator Limitante para Terapêutica 326 caso: Linfoma Hepático de Burkitt e Hepatite C •
Endoscópica em Hemorragia Digestiva Alta Vari-
Tumor Carcinoide de Reto
cosa?

Prêmio Jovem Gastro 2011 - Regulamento 327

Tumor Glômico do Esôfago Mimetizando Cisto de 334
Duplicação Esofágico – Relato de Caso
Aneurisma de artéria esplênica manifestando-se 328
por hematêmese de repetição e diagnosticado por
ecoendoscopia: Relato de Caso • Ascite Urinária •
Colangiocarcinoma: Relato de Caso

Colecistite Alitiásica Aguda: manifestação inicial de 329

uma doença autoimune? • Diagnóstico Diferencial
entre Doença de Crohn e Hidradenite Supurativa –
Relato de Caso • Doença de Crohn com Manifestações

GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334

 Anais da X Semana Brasileira do Aparelho Digestivo
Proceedings of X Brazilian Week of Digestive
Esôfago Negro
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para referência / Instituição: ADRIANA
HENDLER MOTA / MOTA, A.H. / HNSC; EDUARDO OTT / OTT, E. /
HNSC.
Resumo
Introdução: Esôfago negro é a denominação atribuída à lesão
necrótica aguda do esôfago desencadeada usualmente por baixa
perfusão (isquemia) esofágica. Sua ocorrência é rara. Caracteriza-
se pelo comprometimento necrótico circunferencial do esôfago
distal com término abrupto junto à transição esofagogástrica.
28 Relato de Caso: Masculino, 51 anos, portador de miocardiopatia
dilatada alcoólica interna por choque cardiogênico. Realizada
endoscopia digestiva alta (EDA) por melena com a identificação
de necrose difusa da mucosa esofágica. Instituído tratamento com
boa evolução clínica inicial. Exame endoscópico realizado 10 dias
após evidenciou úlceras esofágicas recobertas por fibrina, com
regressão das áreas necróticas. Entretanto o paciente evoluiu para
o óbito por quadro séptico. Discussão: A redução temporária da
perfusão do esôfago associada à obstrução pilórica e/ou ao refluxo
gastroesofágico tem sido implicados na patogenia do “esôfago
negro”. A manifestação clínica típica é a hemorragia digestiva e
o diagnóstico é estabelecido pela EDA. Condições associadas
à pigmentação esofágica devem ser incluídas no diagnóstico
diferencial. O tratamento deve ser feito com inibidor da bomba
de prótons endovenoso e NPO. Sonda gastroentérica deve ser
evitada. Estenose é a complicação mais frequente. Conclusão:
Apesar das alterações esofágicas regredirem rapidamente com o
restabelecimento da perfusão, a mortalidade costuma ser elevada
(20 a 35%) devido à gravidade da doença de base.
20 Anos de Fundoplicatura
Laparoscópica – Experiência em
Hospital Privado
Temário: Cirurgia /Esôfago
Autores / Nome para referência / Instituição: EDMUNDO
LARANJA DA SILVA / LARANJA, E.S. / HOSPITAL MÃE DE DEUS, PORTO
ALEGRE; FERNANDO ANTONIO FIGUEIREDO / FIGUEIREDO, F.A. / HOSPITAL
MÃE DE DEUS; RAFAEL DUTRA VILA / DUTRA VILA R. / HOSPITAL MÃE DE
DEUS.
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
Resumo
A fundoplicatura laparoscópica foi um grande avanço no tratamento
cirúrgico do RGE. Os autores apresentam a sua experiência em
20 anos no Hospital Mãe de Deus, em Porto Alegre (RS), com
todos os casos operados por uma única equipe. São discutidas as
indicações, as técnicas utilizadas, os resultados e as complicações
em mais de 400 pacientes. É comparada sua casuística com a
experiência de outros autores. Também é feita avaliação entre
a cirurgia e o uso de IBPs no tratamento da doença do refluxo.
Conclui-se pela excelência do procedimento que, quando realizado
com indicação criteriosa e por equipe experiente, oferece baixo
índice de recidiva, em torno de 5%, depois de 10 anos.
A Anemia nas Hérnias Hiatais
Temário: Cirurgia / Esôfago
Autores / Nome para referência / Instituição: NELSON
ARY BRANDALISE / BRANDALISE, N.A. / FUNDAÇÃO CENTRO MÉDICO DE
CAMPINAS; CLAUDIA LORENZETTI / LORENZETTI, C. / FUNDAÇÃO CENTRO
MÉDICO DE CAMPINAS; ANDRÉ BRANDALISE / BRANDALISE, A. / FUNDAÇÃO
CENTRO MÉDICO DE CAMPINAS; NILTON CESAR ARANHA / ARANHA, N.C.
/ FUNDAÇÃO CENTRO MÉDICO DE CAMPINAS; CIRO GARCIA MONTES /
MONTES, C.G. / FUNDAÇÃO CENTRO MÉDICO DE CAMPINAS.
Resumo
A anemia por deficiência de ferro no homem adulto e na mulher
na menopausa tem, como principal causa, doenças do aparelho
digestivo. Na endoscopia digestiva alta, a presença de hérnia de
hiato grande com ou sem a presença de úlceras de Cameron
(6,9%) é uma ocorrência observada. O tratamento das hérnias
hiatais grandes com anemia é discutível, pois a cirurgia e o uso
de inibidores de bomba de prótons têm efeitos similares na
correção da anemia. Foram estudados 8 pacientes, 7 do sexo
feminino e 1 do masculino, com idade entre 59 e 80 anos. Todos
os pacientes apresentavam hérnia de hiato com tamanho de 7
a 9 cm. Todos os pacientes receberam tratamento clínico para a
anemia e 2 encontram-se em seguimento clínico. Cinco pacientes
apresentavam refluxo como queixa, 1 apresentava tosse e 2 eram
assintomáticos. Endoscopia pré-operatória evidenciou erosões
gastricas, lesões de Cameron em 3 pacientes, esofagite em 1 e
esôfago de Barrett em 1. Foi realizado fundoplicatura e hiatoplastia
técnica mista com colocação de prótese de prolene em 5 casos,
em um não foi colocado prótese e 2 pacientes encontram-se
em seguimento clínico. O tempo de seguimento é de 9 meses
a 6 anos. Todos os pacientes tiveram resolução da anemia.
Concluímos que nos pacientes com hérnia de hiato e anemia
refratária a tratamento clínico, o reparo cirúrgico da hérnia de
hiato, inclusive com o uso de prótese, pode resultar em resolução
da anemia com eficácia.
de estreitamento da luz do ID e uma possível retenção da cápsula,
mas dos 111 casos de lesões do ID que analisamos, em 37 havia
estenose de algum grau, mas somente em 5 dos 37 (13.5%)
a cápsula ficou retida. Chama a atenção que em nenhum dos
casos de neoplasia, principalmente maligna, houve retenção da
cápsula.

A Disfagia na Esofagite Eosinofílica

A Cápsula Endoscópica e seu
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Risco de Retenção em Pacientes
Autores / Nome para referência / Instituição: NELSON
com Neoplasias ou Outras Lesões ARY BRANDALISE / BRANDALISE, N.A. / FUNDAÇÃO CENTRO MÉDICO DE
Estenosantes do Intestino Delgado: CAMPINAS; CLAUDIA LORENZETTI / LORENZETTI, C.L. / FUNDAÇÃO CENTRO
Estudo em 214 Pacientes Submetidos MÉDICO DE CAMPINAS; ANDRÉ BRANDALISE / BRANDALISE, A. / FUNDAÇÃO
ao Exame da Cápsula CENTRO MÉDICO DE CAMPINAS; NILTON CESAR ARANHA / ARANHA, N.C.
Temário: Cirurgia / Esôfago / FUNDAÇÃO CENTRO MÉDIO DE CAMPINAS; CIRO GARCIA MONTES /
Autores / Nome para referência / Instituição: CARLOS SAUL MONTES, C.G. / FUNDAÇÃO CENTRO MÉDICO DE CAMPINAS.
/ SAUL,C. / FUGAST; RONALDO J TORRESINI /TORRESINI, R.J. / FUGAST;
CLÁUDIO ROLIM TEIXEIRA / TEIXEIRA C.R. / FUGAST; JÚLIO C PEREIRA LIMA Resumo
29
/ PEREIRA LIMA J.C. / FUGAST.
A confirmação diagnóstica da doença eosinofílica nem sempre
é conseguida com segurança e hoje sabemos que só pode ser
Resumo feito após análise dos sintomas, endoscopia e histopatologia, com
confirmação por biópsia após rigorosa supressão de acidez. A
Introdução: Neoplasias e outras lesões estenosantes do intestino
disfagia e a impactação alimentar na esofagite eosinofílica são as
delgado (ID) são de difícil diagnóstico e a cápsula endoscópica
principais manifestações clínicas e o seu tratamento não é bem
(CE) trouxe notável avanço em sua investigação. Mas, pelo
definido, pois a sua patogênese não é clara. Quando observa-
aspecto estenosante destas lesões, o risco da cápsula ficar retida
se áreas de estenose, cuidadosa dilatação endoscópica pode ser
deve ser considerado. Objetivo: Avaliar, em uma grande série
realizada, pois há grandes riscos de laceração, sangramento e
de pacientes submetidos à CE, quais as lesões que promoveram
perfuração. O objetivo do tema é analisar a conduta, resultados
estreitamento da luz do ID e quais destas as que provocaram
e propor tratamento nos casos de disfagia. Foram selecionados
a impactação da CE. Casuística: Foram analisados 214 casos
uma amostra de 80 pacientes, com aspecto endoscópico e
consecutivos, nos quais a CE foi empregada na investigação de
histopatologia compatível com esofagite eosinofílica, entre eles
afecções do ID. Método: Todos os pacientes examinados haviam
24 apresentavam disfagia como queixa principal. Destes últimos,
sido submetidos previamente à endoscopia alta e à colonoscopia,
14 foram atendidos na urgência com impactação alimentar,
descartando-se lesões e/ou estenose nos segmentos ao alcance
sendo necessário realizar dilatação em 7 deles no mesmo ato.
destes métodos. A CE utilizada foi da empresa Given (Yokenan-
Nos demais pacientes, o tratamento foi clínico. O número de
Israel) mod. M2A e PillCam SB. Considerou-se retida a CE que,
eosinófilos por campo de maior aumento foi de 15-20 em 10
após 3 semanas do exame, não havia sido eliminada e um exame
doentes e acima de 20 em 14 doentes. Os pacientes eram todos
radiológico demonstrou-a no ID. Resultados: Nos 214 exames
do sexo masculino e a idade entre 19 e 35 anos. Concluímos que,
efetuados evidênciaram-se lesões em 140 deles, sendo 111 no
na disfagia aguda com parada de alimentos, um número pequeno
ID e 29 fora dele. Nos 111 casos de lesões no ID em 37 casos
de pacientes necessitou de calibração e esta não levou a maiores
(26.4%) encontraram-se lesões que provocavam algum grau de
riscos. Na grande maioria dos pacientes, o tratamento clínico
estreitamento da luz do ID. 10 casos de neoplasias M (3 linfomas,
isolado promoveu melhora da disfagia.
2 adenocarcinomas, 2 casos de metástase de melanoma, 2 casos
de tumor carcinoide e 1 tumor estromal), 8 casos de D. de Crohn,
4 casos de úlceras/estenose por drogas, 1 caso de enterite
A Ecoendoscopia no Estadiamento do
actínica e 14 casos de pólipos do ID. Nestes 37 casos, em 5 deles
foi observada a retenção da cápsula: 2 casos de D. de Crohn, 2
Câncer de Esôfago
de estenoses por uso de drogas e 1 caso de enterite actínica. Temário: Endoscopia / Ecoendoscopia
Conclusões: Diversas etiologias podem promover algum grau Autores / Nome para referência / Instituição: LUCIANO

GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334


OKAWA / OKAWA, L. / IGECAD; MINAO OKAWA / OKAWA, M. / IGECAD;
HUGO MEISTER / MEISTER, H / LAPAM.
Resumo
Introdução: A acurácia da ecoendoscopia para o estadiamento
do câncer de esôfago é superior a 85% para a profundidade de
invasão na parede (T) e a 75% para o estadiamento linfonodal (N).
Entretanto, a presença de estenose afeta negativamente a acurácia
do estadiamento ecoendoscópico. Nesta situação, a avaliação
ecoendoscópica completa, após dilatação da estenose, tem
potencial de alterar a conduta em até 20% dos casos, mostrando
que lesões aparentemente avançadas localmente seriam passíveis
de tratamento cirúrgico. Relato do Caso: Paciente do sexo
feminino, 56 anos, com disfagia progressiva há 2 meses. Exame
endoscópico mostrou lesão úlcerada e estenosante, em terço distal
de esôfago, com biópsia confirmando carcinoma espinocelular. Foi
realizada ecoendoscopia, sem dilatação da estenose maligna, que
mostrou lesão hipoecogênica, irregular, ultrapassando a muscular
própria, mas sem invasão de órgãos vizinhos. Presença de dois
30 linfonodos perilesionais, com características ecoendoscópicas
de malignidade. Assim, não foi realizada dilatação da estenose,
sendo a paciente incluída em protocolo de quimio e radioterapia.
Conclusão: Em casos de estenose maligna, há possibilidade da
dilatação e realização da ecoendoscopia completa, o que pode
alterar o estadiamento e a conduta final. Entretanto, aumentam as
chances de complicações, como perfurações. A ecoendoscopia,
mesmo sem dilatação, pode auxiliar na conduta quando encontra
lesão avançada que já contraindique a cirurgia de início.
A Ecoendoscopia no Estadiamento TEN
nas Neoplasias Avançadas de Esôfago
Temário: Endoscopia / Ecoendoscopia
Autores / Nome para referência / Instituição: CELIA REGINA
MARQUES FERREIRA / FERREIRA, CM / ISCMSP; FRANK NAKAO /
NAKAO F., / ISCMSP; HUMBERTO BONA / BONA H., / ISCMSP; BRUNO
AGRASSAR / AGRASSAR B / ISCMSP; MAURÍCIO ASSEF / ASSEF, M. /
ISCMSP; OSVALDO ARAKI / ARAKI O., / ISCMSP; FABIO MARIONI /
MARIONI F., / ISCMSP; LUCIO ROSSINI / ROSSINI, L. / ISCMSP.
Resumo
A Ecoendoscopia no estadiamento T e N nas neoplasias
avançadas de esôfago Introdução: O prognóstico do câncer
de esôfago está relacionado com seu estádio, sendo de valor
fundamental para selecionar a opção terapêutica adequada Em
relação ao estadiamento TNM, a acurácia da EUS é superior a
TC, quando se avalia o envolvimento linfonodal, tendo como
base as peças cirúrgicas. Objetivo: avaliar a importância da
ecoendoscopia (EUS) no estadiamento T e N de pacientes com
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
neoplasia de esôfago. Casuística: foram avaliados 20 pacientes
(15 homens, 5 mulheres) com neoplasia de esôfago. Método:
estudo retrospectivo de pacientes com neoplasia de esôfago, com
estadiamento TNM (AJCC), submetidos à cirurgia com ressecção,
no período de março de 2009 a junho de 2011. Resultados: A
ecoendoscopia subestadiou as neoplasias de esôfago, no estádio
II, IIa, IIb, e superestadiou nos estádios IIIa, IIIb. Conclusão: a
ecoendoscopia se mostrou útil no estadiamento da neoplasia de
esôfago, principalmente nas lesões transponíveis. Principalmente,
considerando o número de subestadiamentos ocorridos nas
situações de intransponibilidade.
A Ecoendoscopia no Estadiamento TEN
nas Neoplasias Avançadas de Esôfago
Temário: Endoscopia / Ecoendoscopia
Autores / Nome para referência / Instituição: CÉLIA
MARQUES / MARQUES, C. / ISCMSP; BRUNO LOUREIRO AGRASSAR /
AGRASSAR, B.L. / ISCMSP; HUMBERTO BONA / BONA, H. / ISCMSP;
FRANK NAKAO / NAKAO, F. / ISCMSP; MAURÍCIO SAAD ASSEF / ASSEF,
MS / ISCMSP; OSVALDO ARAKI / ARAKI, O. / ISCMSP; FÁBIO MARIONI
/ MARIONI, F / ISCMSP; LUCIO ROSSINI / ROSSINI, L. / ISCMSP.
Resumo
O prognóstico do câncer de esôfago está relacionado com seu
estádio, sendo de valor fundamental para selecionar a opção
terapêutica adequada. Em relação ao estadiamento TNM, a
acurácia da EUS é superior à TC, quando se avalia o envolvimento
linfonodal, tendo como base as peças cirúrgicas. Tem-se como
objetivo avaliar a importância da ecoendoscopia (EUS) no
estadiamento T e N de pacientes com neoplasia de esôfago. Foram
avaliados 20 pacientes (15 homens, 5 mulheres) com neoplasia
de esôfago, em estudo retrospectivo de pacientes com neoplasia
de esôfago, com estadiamento TNM (AJCC), submetidos à
cirurgia com ressecção, no período de março de 2009 a junho de
2011. A ecoendoscopia superestadiou as neoplasias de esôfago,
no estádio II, IIa, IIb, e subestadiou nos estádios IIIa, IIIb. A
ecoendoscopia se mostrou útil no estadiamento da neoplasia de
esôfago, principalmente nas lesões transponíveis, principalmente
considerando o número de subestadiamentos ocorridos nas
situações de intransponibilidade.
A Ecoendoscopia no Interior do Brasil
Temário: Endoscopia / Ecoendoscopia
Autores / Nome para referência / Instituição: LUCIANO
OKAWA / OKAWA, L. / IGECAD; MINAO OKAWA / OKAWA, M. / IGECAD;
HUGO MEISTER / MEISTE, H. / LAPAM.
Resumo
Introdução: A ecoendoscopia foi introduzida no ínicio da década
de 80 e chegou ao Brasil quase 10 anos mais tarde. Logo se
comprovou a alta acurácia para a diferenciação entre compressões
extrínsecas e lesões intramurais do trato digestório para análise
de lesões subepiteliais, para o estadiamento das neoplasias do
tubo digestivo ou próximas a ele e para a detecção de lesões
pancreáticas. Entretanto, esta tecnologia era de uma forma geral
restrita aos grandes centros do país. Objetivo: Apresentar a
experiência dos primeiros seis meses de um novo serviço de
ecoendoscopia, localizado no interior do Paraná. Casuística:
Foram realizados 80 casos de ecoendoscopia nos primeiros 6
meses do Serviço de Ecoendoscopia do Hospital Paraná – Maringá/
PR. As indicações mais frequentes foram: lesões subepiteliais (32
casos – 40%) e lesões pancreáticas (24 casos – 30%). Foram
realizadas 34 ecopunções (43% dos casos), sendo as indicações
mais frequentes: lesões pancreáticas (20 casos – 59%) e lesões
subepiteliais (10 casos – 29%). A positividade das ecopunções
foi de 85% (29 casos). Os diagnósticos anatomopatológicos
mais frequentes foram: GIST e câncer de pâncreas. Conclusão:
A ecoendoscopia é de grande importância não apenas para a
gastroenterologia mas para diversas outras especialidades. Antes
uma tecnologia restrita aos grandes centros, está cada vez mais
disponível no interior do país. Com materiais e treinamento a
dequados, é possível se realizar trabalhos adequados nesta área.
A Implantação da Fitoterapia em
Instituição Particular de Assistência
em Doenças do Aparelho Digestivo
Temário: Gastroenterologia / Estômago/Duodeno
Autores / Nome para referência / Instituição: VANESSA
DO AMARAL NEIVA / NEIVA, V.A. / UFMA; FLÁVIA MARIA MENDONÇA
DO AMARAL / AMARAL, F.M.M. / UFMA; FLÁVIA RAQUEL FERNANDES
NASCIMENTO/NASCIMENTO, F.R.F. / UFMA; MARIA DO SOCORRO DE
SOUSA CARTÁGENES / CARTÁGENES, M.S.S. / UFMA; DENISE FERNANDES
COUTINHO-MORAES / COUTINHO-MORAES, D.F. / UFMA; MARIA NILCE
DE SOUSA RIBEIRO / RIBEIRO, M.N. /UFMA; JORGE VICTOR DA SILVA
COSTA / COSTA, J.V.S. / UNICEUMA; RIVADÁVIA RAMOS NEIVA FILHO /
NEIVA FILHO, R.R. / SOGASTRO.
Resumo
Introdução: O reconhecimento do uso de plantas como opção
aos medicamentos sintéticos no tratamento de desordens do
aparelho digestivo, dos riscos no uso empírico de plantas e da
falta de qualificação em fitoterapia têm ocasionado a interação
entre instituições privadas de saúde e grupos de pesquisa em
fitoterápicos. Objetivo: Assegurar opção terapêutica alternativa
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
e/ou complementar no restabelecimento da saúde de pacientes
de instituição particular de assistência em doenças do aparelho
digestivo. Metodologia: Estudo observacional, transversal
analítico desenvolvido por pesquisadores em fitoterapia de
instituição de ensino superior público para avaliação do uso de
plantas em pacientes de serviço de doenças do aparelho digestivo
em São Luís/MA, com identificação de plantas empregadas,
elaboração de banco de dados das espécies validadas e
capacitação dos profissionais da instituição para Assistência à
Saúde por Fitoterapia. Resultados: Diante do uso de plantas
na maioria (55,53 %) dos pacientes, foi elaborado memento
com informações científicas das espécies vegetais validadas em
distúrbios gastrintestinais e capacitação dos profissionais para
oferta de opção terapêutica por fitoterápicos. Conclusão: Os
resultados constatam validade da interação academia e iniciativa
privada, minimizando riscos no uso empírico de plantas em
distúrbios gastrintestinais, contribuindo no uso racional e seguro,
possibilitando atuação partilhada na implantação da Fitoterapia
na Assistência à Saúde.
31
A Prevalência de Marcadores das
Hepatites BEC em Reeducandos
do Sistema Semiaberto da Agência
Prisional de Goiás
Temário: Gastroenterologia / Fígado
Autores / Nome para referência / Instituição: AMÉRICO DE
OLIVEIRA SILVÉRIO / SILVÉRIO, A.O. / PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE
GOIÁS; MARCOS VINICIUS MILKI / MILKI, M.V. / PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE
CATÓLICA DE GOIÁS; FERNANDO VIANNA CABRAL PUCCI / PUCCI, F.V.C. /
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS; MARTHA ARAÚJO ALENCAR
BRANDÃO DO VALE / VALE, M.A.A.B. / PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA
DE GOIÁS; WEBER TOBIAS COSTA / COSTA, W.T. / PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE
CATÓLICA DE GOIÁS; VIVIAN DA CUNHA RABELO / RABELO, V.C. / PONTIFÍCIA
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS; HELOÍSA CAIXETA TAVARES / TAVARES,
H.C. / PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS.
Resumo
Introdução: Devido à severidade destas doenças e ao grande
índice detectado de hepatite B e C na população mundial e,
principalmente, em indivíduos com comportamento de risco –
em que o acesso a informação e ao diagnóstico são restritos – o
diagnóstico precoce e a informação são de grande importância
para a redução de danos. Objetivos: Avaliar a prevalência
de marcadores séricos do VHB e VHC em uma população de
reeducandos privados de liberdade. Casuística: Foi avaliada
uma população de 47 reeducandos masculinos. Métodos: A
esses aplicamos um questionário de vida e coletamos amostras
de sangue total para a pesquisa, por metodologia de ELISA, de

marcadores da hepatite B (HBs-Ag, anti-HBs, anti-HBc total)
e da hepatite C (anti-HCV), teste rápido e imunocromatografia.
Resultados: Dos 47 reeducandos, 20 (42,5%) apresentaram
positividade para marcadores do VHB, dos quais 6 (30%), 4/47
(8,5 %) hepatite curada, 2 (4,3%) anti-HBC isolado e 14 (70,0%)
perfil de imunidade pós-vacinal. Apenas 1/47 (2,1%) indivíduo
apresentou anti-HCV positivo. Não foram constatadas coinfecções.
Conclusão: O estudo revela uma alta prevalência de reclusos
com contacto prévio com o VHB 6/47 (12,8%)] e apenas 1/47
com o VHC de 2,1%. A alta prevalência para os marcadores do
VHB nos obriga a desprender maiores esforços em medidas
preventivas.
Abdome Agudo - Diagnóstico Pré e
Intraoperatório: Estudo Retrospectivo
Temário: Cirurgia /Miscelânia
Autores / Nome para referência / Instituição: VITOR MAMORO
HAIDA / HAIDA, V.M. / UFPR; GUSTAVO DE SOUZA ARANTES FERREIRA /
32 FERREIRA, G.S.A. / UFPR; KARLA ROCHA PENTEADO / PENTEADO, K.R.
/ UFPR; FLAVIA THAIANA BONATO / BONATO, F.T. / UFPR; FERNANDO
ISSAMU TABUSHI / TABUSHI, F.I. / HOSPITAL VITA CURITIBA; BENUR POLONIO
/ POLONIO, B. / UFPR.
Resumo
O objetivo deste trabalho foi estudar os achados (sintomas,
sinais e informações de exames complementares) que foram
fundamentais para a indicação de cirurgia nos quadros de
abdome agudo. Estudou-se retrospectivamente os 100 últimos
pacientes submetidos à cirurgia com o diagnóstico de abdome
agudo. Avaliou-se a incidência dos tipos de abdome agudo
(infeccioso, perfurativo, obstrutivo, vascular e hemorrágico),
o tempo de evolução, os sintomas e sinais que contribuíram
para o diagnóstico. Qual a frequência dos exames solicitados e
quais foram fundamentais para a indicação cirúrgica (bioquímica
de sangue, urina, radiologia, ecografia, tomografia com e sem
contraste e arteiriografia). Correlacionou-se a indicação pré-
operatória com os achados intraoperatórios.
Abdome Agudo Hemorrágico por
Ruptura de Hemangioma Hepático
Após Trombolise
Temário: Cirurgia /Fígado
Autores / Nome para referência / Instituição: KAIO TOLEDO
CARDOSO / CARDOSO, K.T. / HMWF; SANDRO NAMIKAWA / NAMIKAWA,
S. / HMWF; DEBORA PACHECO / PACHECO, D. / HMWF; RODRIGO DIAS
DA COSTA / COSTA, R.D. / HMWF; ADRIANO RAMON CHAVES / CHAVES,
R.A. / HMWF; ROSIMARA DENALDI / DENALDI, R. / HMWF; MARCELO
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
KASSOUF / KASSOUF, M. / HMWF; ELCIO SHIYOITI HIRANO / HIRANO, E.S.
/ HMWF.
Resumo
Hemangiomas são pequenos tumores benignos
formados por vasos sanguíneos enovelados que surgem
durante a formação do embrião, podendo ocorrer em
diversos órgãos, entre eles a pele e o fígado. Em geral,
permanecem inalterados após o nascimento, podendo
crescer e raramente causar algum sintoma. Hemangiomas
hepáticos têm incidência de 5 a 15%, geralmente sendo
diagnosticados ao acaso, em algum exame de rotina.
Paciente ALGC, 69 anos, masculino admitido no Hospital
Municipal Walter Ferrari com diagnóstico de infarto
agudo do miocardio, sendo realizado trombolise com
estreptoquinase, sem intercorrências. No quarto dia
de internação, evoluiu com choque hipovolêmico, sem
identificação da causa e com endoscopia digestiva normal,
recebendo alta após estabilização do quadro clínico. Após
uma semana, apresentou sintomas de abdômen agudo
obstrutivo secundário à hérnia inguinal E. encarcerada.
Durante inguinotomia e abertura de saco herniário
observou se grande quantidade de líquido hemático,
logo optado por laparotomia exploradora identificando
hemangioma hepático, sem sinais de sangramento ativo.
Sangramento hepático secundario à terapia trombolítica
é raro, mas deve ser sempre lembrado, principalmente
em pacientes com sintomas gastrointestinais agudos ou
choque hipovolêmico sem causa definida, principalmente
naqueles com história de hemangioma hepático.
Abdome Agudo Obstrutivo por
Coágulo no Pós-operatório
Precoce de Bypass Gástrico em
Y-de-Roux - Relato de Caso e
Revisão de Literatura
Temário: Cirurgia / Obesidade
Autores / Nome para referência / Instituição:
M ARCO A URELIO S ANTO / S ANTO, M.A. / H OSPITAL DAS CLÍNICAS
FMUSP; DANIEL RICCIOPPO / RICCIOPPO , D. / H OSPITAL DAS
C LÍNICAS FMUSP; F LAVIO M ASATO K AWAMOTO / K AWAMOTO ,
F.M. / HOSPITAL DAS CLÍNICAS FMUSP; ALLAN GARMS MARSON
/ MARSON , A.G. / HOSPITAL DAS CLÍNICAS FMUSP; MITSUNORI
M ATSUDA / M ATSUDA, M. / H OSPITAL DAS C LÍNICAS FMUSP;
CESAR M IETTI / M IETTI, C. /HOSPITAL DAS CLÍNICAS FMUSP;
R AFAEL NERY DE O LIVEIRA /OLIVEIRA , R.N. / HOSPITAL DAS
C LÍNICAS FMUSP; GUILHERME H ENRIQUE G ARCIA / G ARCIA , G.H.
/HOSPITAL DAS C LÍNICAS FMUSP.
Resumo
Objetivo: Relatar um caso de obstrução intestinal da alça
biliopancreática por impactação de coágulo na anastomose
jejuno-jejunal, levando a rotura do remanescente gástrico.
Método: Paciente feminino, de 53 anos submetida à Bypass
Gastrico em Y-de-Roux convencional. No PO imediato
com queda do hematócrito, dor abdominal e mal-estar
incaracterístico persistente, associado à pequeno débito
hemorrágico pelo dreno abdominal. Submetida à reoperação
no quarto PO por dor, choque e secreção similar a estase
gástrica pelo dreno. Detectou-se a presença de coágulo
intraluminal na alça biliopancreatica ao nível da entero-
anastomose, gerando alça fechada e rotura gástrica. Realizada
mobilização do coágulo através da entero-anastomose, sutura
da lesão gástrica e gastrostomia. Evoluiu com fístula da lesão
do estômago excluso, com redução progressiva, melhora
do quadro obstrutivo. Foi re-introduzida dieta no 10º PO.
Recebeu alta no 24º PO com dreno sem débito. Discussão:
Neste caso, a sobressutura foi realizada, mas não impediu
sangramento profuso no estômago excluso. A gastrostomia,
usada em nosso serviço de rotina, teria papel fundamental na
prevenção desta complicação. Neste caso específico optou-
se pela não realização por aderências por cirurgia prévia.
Conclusão: Obstrução intestinal por coágulos é um evento
raro no âmbito da cirurgia bariátrica, porém potencialmente
grave. A gastrostomia descompressiva pode ter seu papel.
Abdome Agudo Ocasionado por
Perfuração de Colón Transverso por
Corpo Estranho - Relato de Caso
Temário: Cirurgia / Cólon
Autores / Nome para referência / Instituição: CARLENO
DA SILVA COSTA / COSTA, C.S. / UFPA; BERNARD COSTA FAVACHO /
COSTA, B.C. / UFPA; THAMER COSTA MAGALHÃES / MAGALHÃES, T.C. /
UFPA; ALAN PONTES GALVÃO / GALVÃO, A.P. / HUJBB; MAURÍCIO SEKI
KATSUNORI TAKETA / TAKETA, M.S.K. / UFPA; THIAGO COIMBRA ALVES /
ALVES, T.C. / UFPA; NEWTON QUINTINO FEITOSA JÚNIOR / JÚNIOR, N.Q.F.
/ HUJBB; ELAINE ROQUE TEIXEIRA / TEIXEIRA, E.R. / HUJBB;
Resumo
Introdução: A ingestão de corpo estranho é um evento relati-
vamente comum, porém raramente determina a sintomatologia, já
que 80 a 90% dos mesmos passam sem complicações pelo trato
gastrointestinal, sendo eliminados pela via natural. Em 1% dos
casos, entretanto, ocorrem complicações como perfuração intes-
tinal, principalmente quando se trata de objetos longos e pontia-
gudos. Relato de caso: Paciente do sexo masculino, 67 anos,
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
procedente de Abaetetuba(PA), referido ao Serviço de Cirurgia
Geral de um hospital pronto-socorro de referência no estado em
18/01/11, relatando fortes dores abdominais há aproximadamen-
te 7 dias, associada a náuseas, vômitos e parada de eliminação de
fezes. Apresentava-se em regular estado geral e estável hemodi-
namicamente. Apresentando dor em região de fossa ilíaca direita
com sinal de descompressão brusca presente. O hemograma re-
velou leucocitose de 14.000 céls/mm³. Foi realizado a laparoto-
mia exploradora que evidenciou tratar-se de perfuração de terço
médio de cólon transverso por espinha de peixe, culminando na
realização de exérese de epíplon que tamponava a lesão e trans-
versorrafia. O paciente evoluiu sem intercorrências no pós-ope-
ratório. Conclusão: A perfuração do colón transverso por corpo
estranho é uma rara causa de abdome agudo inflamatório, sendo
o tratamento cirúrgico por cirurgia convencional mandatório.
Abertura Endoscópica de Fístula
Interna para Tratamento de Situações
Clínicas Adversas do Tubo Digestivo
33
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para referência / Instituição: KIYOSHI
HASHIBA / HASHIBA, K. / HSL; JULIANA MARQUES DRIGO / DRIGO, J.M.
/ HSL; MAZ YOZA / YOZA,M. / HSL; PABLO RODRIGO DE SIQUEIRA /
SIQUEIRA, P.R. / HSL; DANIEL MORIBE / MORIBE, D. / HSL; CARLOS
ALBERTO CAPPELLANES / CAPPELLANES, CA. / HSL.
Resumo
Introdução: A comunicação entre dois órgãos digestivos
vizinhos frequentemente resulta de cirurgia. Objetivo: Mostrar
a abertura endoscópica do esôfago e do estômago no jejuno
para o tratamento de situações clínicas adversas. Material e
Método: Três pacientes necessitaram de uma comunicação do
esôfago e do estômago para a luz de alça jejunal isolada, para
tratamento de fístula gastrocutânea, para acessar anastomose
bilio-digestiva estenosada e para tratamento de estenose total de
anastomose esofagojejunal. Puncionou-se endoscopicamente a
parede do órgão com objetivo de atingir o lúmem da alça jejunal.
Agulhas de 19 e 21 gauge foram utilizadas. O local da punção
foi orientado pela observação radiológica tridimensional da
compressão da parede jejunal contrastada pelo ar. A agulha foi
avançada e injetou-se contraste. Inseriu-se fio-guia e, em seguida,
feita dilatação por balão. O trajeto foi mantido por endopróteses
plásticas ou metálica. Resultados: Em dois casos, uma punção
foi suficiente para alcançar o lúmen jejunal. Em um, três punções
foram realizadas. O acesso à estenose da derivação biliodigestiva,
após a retirada das próteses, fechou-se espontaneamente. Nos
demais, a fístula interna permaneceu aberta. Houve sucesso
terapêutico em todos os casos. Conclusão: A comunicação
entre os órgãos através de um trajeto criado endoscopicamente

pode ser via efetiva e minimamente invasiva, sendo alternativa ao
tratamento cirúrgico.
Abordagem Endoscópica da
Colangite Aguda
Temário: Endoscopia /Colangiopancreatografia
endoscópica retrógrada
Autores / Nome para referência / Instituição: THIAGO
NUNES SANTOS / SANTOS T.N. / SERVIÇO DE ENDOSCOPIA GASTROIN-
TESTINAL DO HCFMUSP; CARLA CRISTINA GUSMON / GUSMON C.C. /
SERVIÇO DE ENDOSCOPIA GASTROINTESTINAL DO HCFMUSP; MARIANA
SOUZA VARELLA FRAZÃO / FRAZÃO M.S.V. / SERVIÇO DE ENDOSCOPIA
GASTROINTESTINAL DO HCFMUSP; FERNANDA CRISTINA SIMÕES PES-
SORRUSSO / PESSORRUSSO F.C.S. / SERVIÇO DE ENDOSCOPIA GASTRO-
INTESTINAL DO HCFMUSP; GEORGE PORTO OLIVEIRA / OLIVEIRA G.P.
/ SERVIÇO DE ENDOSCOPIA GASTROINTESTINAL DO HCFMUSP; FLÁVIO
COELHO FERREIRA / FERREIRA F.C. / SERVIÇO DE ENDOSCOPIA GAS-
TROINTESTINAL DO HCFMUSP; EDUARDO GUIMARÃES HOURNEAUX DE
34
MOURA / MOURA E.G.H. / SERVIÇO DE ENDOSCOPIA GASTROINTESTINAL
DO HCFMUSP; PAULO SAKAI / SAKAI P. / SERVIÇO DE ENDOSCOPIA
GASTROINTESTINAL DO HCFMUSP.
Resumo
Introdução: A colangite aguda desenvolve-se como
resultado de estase e infecção no trato biliar. Os fatores de
risco predisponentes mais importantes são a litíase biliar
e estenose benigna. É recomendado a esfincterotomia
endoscópica com retirada do cálculo e/ou inserção de stent
para estabelecer a drenagem biliar em colangite aguda.
Objetivo: Analisar os casos de colangite supurativa aguda
que foram submetidos à CPRE. Casuística e método:
Estudo retrospectivo com análise de 62 pacientes com
colangite aguda num total de 2252 submetidos à CPRE no
período de julho de 2009 a junho de 2011. Resultados:
Houve predomínio do sexo feminino (59,7%), com idade
média de 58 anos, variando de 20 a 95 anos. Dilatação
de via biliar estava presente em 58%, sendo realizada
esfincterotomia em todos os pacientes, com necessidade de
ampliação do acesso em 21%. Houve retirada de cálculos
com a utilização de balão extrator ou cesta de dormia em
32,2% dos casos, 25,8% dos casos foram sugestivos de
compressão extrínseca e/ou neoplasia e 8% de estenose
benigna. Em 67,7% dos pacientes, a colocação de prótese
biliar foi a conduta realizada. Não ocorreram complicações
imédiatas na abordagem proposta. Conclusão: A
drenagem endoscópica associada ou não à remoção do
cálculo é conduta de excelência na abordagem da colangite
aguda.
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
Abordagem Endoscópica-Cirúrgica em
Tumor de Papila
Temário: Endoscopia/Colangiopancreatografia
endoscópica retrógrada
Autores / Nome para referência / Instituição: NELSON
COELHO / COELHO, N. / HOSPITAL MOINHOS DE VENTO (HMV);
ALESSANDRO OSVALDT / OSVALDT, A. / HMV; ALEXANDRE SCHMAEDCKE /
SCHMAEDCKE, A. / HMV.
Resumo
Introdução: DGG, 45a, F, B, interna com quadro de icterícia
de aparecimento insidioso (7 dias de evolução), acompanhada
de prurido, colúria e hipocolia. Provas hepáticas demonstravam
padrão obstrutivo. Ecografia e TC abdominal evidênciavam
dilatação difusa das vias biliares intra e extra-hepática sem
determinar o fator obstrutivo. A paciente foi encaminhada à
CPER onde ficou demonstrada a presença de papila volumosa
com aspecto neoplásico sem úlceração. Colangiografia seletiva
apresentava defeito de enchimento e vegetação no colédoco
distal. O Wirsung estava normal. Foi efetuada a esfincterotomia,
colocação de prótese plástica para drenagem e biópsia. Anátomo
patológico revelou adenoma viloso com áreas de atipa epitelial de
alto grau. Tentativa de remoção endoscópica não teve sucesso,
sendo necessária ressecção cirúrgica. O anátomo patológico
confirmou o diagnóstico sem a presença de células malignas.
Abscesso Gástrico - Relato de Caso
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para referência / Instituição: ÂNGELO
GUALBERTO DE MACEDO / MACEDO, AG / SUPREMA - JUIZ DE FORA
MG; LUIZ CARLOS BERTGES / BERTGES, LC / SUPREMA - JUIZ DE FORA
MG; CAROLINA VIEIRA DE FARIA / FARIA, CV / SUPREMA - JUIZ DE
FORA MG; KLAUS RUBACK BERTGES / BERTGES, KR / SUPREMA - JUIZ
DE FORA MG; ERIKA RUBACK BERTGES / BERTGES, ER / SUPREMA -
JUIZ DE FORA MG;
Resumo
Introdução: Abscessos gástricos são raros, iniciando-se pelo
comprometimento da submucosa, e daí estendendo-se para
as demais camadas. Sua etiopatogenia é pouco conhecida,
podendo originar-se por contaminação direta da luz gástrica
ou por via hematogênica. Relato do caso: Homem, 36
anos em uso de IBP há 2 anos por DRGE. EDA em 02/2011
mostrou hérnia hiatal, esofagite grau B (Los Angeles) e gastrite
endoscópica enantematosa exudativa discreta do antro, H.
Pylori negativo. Após 6 meses iniciou dor epigástrica frequente,
de forte intensidade, necessitando medicação venosa. Nova
EDA mostrou abaulamento na grande curvatura do antro
justapilórico, “macio” ao toque do aparelho. Comprimido
eliminou pús, que foi drenado pós incisão com cautério. Houve
melhora clínica e laboratorial com alta assintomático. EDA
ambulatorial de controle mostrou cicatriz no local da drenagem.
Conclusão: A etiopatogenia dos abscessos gástricos é
pouco conhecida, acomete mais os imunocomprometidos, e
a porta de entrada a partir de biopsias endoscópicas é uma
possibilidade.
Acalásia Esofágica em Paciente com
Doença Autoimune - Relato de Caso
Temário: Motilidade / Motilidade digestiva
Autores / Nome para referência / Instituição: VANISE
DALLA VECCHIA / VECCHIA, V.D. / HCFMUSP; RIMON SOBHI AZZAM
/ AZZAM, R.S. / HCFMUSP; RODRIGO VIEIRA COSTA LIMA / LIMA,
R.V.C. / HCFMUSP; LUIZ HENRIQUE SOUZA FONTES / FONTES, L.H.S.
/ HCFMUSP; TOMÁS NAVARRO-RODRIGUEZ / TOMÁS NAVARRO-
RODRIGUEZ, T. / HCFMUSP.
Resumo
Introdução: A acalásia é um distúrbio motor do esôfago,
cuja principal etiologia, em nosso meio, é a chagásica.
Dentre os casos idiopáticos, as teorias mais aceitas são:
degenerativa, infecção viral, autoimune e predisposição
genética. Objetivo: Relatar caso raro de acalásia
esofágica de aparecimento agudo. Relato de Caso:
Paciente de 39 anos, do sexo feminino, branca, dentista,
foi admitida na enfermaria do HCFMUSP com quadro de
disfagia abrupta a líquidos, inclusive saliva. Antecedentes
de hepatite autoimune e vasculite periférica. O fator
reumatoide e anticorpo anti-músculo liso foram reagentes,
além de hipergamaglobulinemia com elevação de IgG.
Sorologias para Chagas e diversos vírus foram negativas. A
endoscopia evidenciou varizes de fino calibre e dificuldade
de passagem pela cárdia. O videodeglutograma revelou
dilatação e estase esofágica. A manometria esofágica
demonstrou corpo esofágico aperistáltico em todas as
deglutições de 5 ml de água (acalásia esofágica), esfíncter
inferior do esôfago (EIE) com pressão de repouso normal
(33,2 mmHg) e relaxamento incompleto. A utilização de
piridostigmina via oral e duas injeções endoscópicas de
toxina botulínica não surtiram efeito. Após ser submetida à
cardiomiotomia com fundoplicatura, obteve melhora clínica
e manométrica (pressão de repouso do EIE = 7,6 mmHg e
normalização da peristalse esofágica). Conclusão: Trata-
se de caso de acalásia com disfagia aguda, que apresentou
evolução favorável com o tratamento cirúrgico.
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
Acesso Biliar por Técnica à Rendez-
vous - Relato de Caso
Temário: Endoscopia / Colangiopancreatografia
endoscópica retrógrada
Autores / Nome para referência / Instituição: FABIO YUJI
HONDO / HONDO, F.Y. / ICESP; BRUNO DA COSTA MARTINS / MARTINS, BC
/ ICESP; CEZAR SATO / SATO, C. / ICESP; FELIPE ALVES RETES / RETES, FA
/ ICESP; FABIO SHIGUEHISSA KAWAGUTI / KAWAGUTI, FS / ICESP; RICARDO
JURENDINI / JURENDINI, R / ICESP; IVAN CECCONELLO / CECCONELLO, I /
HC-FMUSP; FAUZE MALUF-FILHO / MALUF-FILHO, F. / ICESP.
Resumo
Paciente do sexo feminino, 64 anos, com diagnóstico de
adenocarcinoma de vesícula biliar, deu entrada na emergência
com quadro de icterícia obstrutiva e foi solicitado descompressão
biliar via Colangio Pancreatografia Retrógrada Endoscópica
(CPRE). Ao exame físico a paciente encontrava-se ictérica, sem
dor abdominal. Exames laboratoriais com bilirrubina total (BT)
35
= 24,1 mg/dL às custas de direta (BD) =19,06 mg/dL e sem
leucocitose. Realizada CPRE com canulação da via biliar e injeção
de contraste evidênciando estenose do colédoco proximal com
dilatação a montante. Efetuada papilotomia endoscópica, sem
intercorrências. Tentada a passagem do fio-guia teflonado,
porém não houve progressão além da estenose. Optado pela
cateterização da via biliar através do acesso transparietohepático
pela equipe da radiologia intervencionista, obtendo-se sucesso na
passagem do fio-guia por via anterógrada. O mesmo foi resgatado
pelo duodenoscópio, que permitiu a dilatação da estenose
biliar com sonda de 8,5 Fr e, assim, foi possível a passagem de
prótese biliar metálica autoexpansível (8 x 80 mm) pela técnica
de Rendez-vous, com saída de bile clara. A paciente evolui com
melhora progressiva da BT, BD e do estado geral, recebendo alta
hospitalar em cinco dias com níveis de BT em 7,9 mg/dL e BD
6,9 mg/dL.
Acesso Ecoendoscópico ao Ducto
Pancreático em Paciente com
Pâncreas Divisum
Temário: Endoscopia / Colangiopancreatografia
endoscópica retrógrada
Autores / Nome para referência / Instituição: FABRICIO DE
SOUSA MARTINS / MARTINS, F.S. / HGCC; GUSTAVO MELO BENEVIDES /
BENEVIDES, G.M. / HCFMUSP; JEANY BORGES E SILVA RIBEIRO / RIBEIRO,
J.B.S. / HGCC; FRANCISCO PAULO PRADO PONTE JUNIOR / PONTE JR, F.P.P.
/ HGCC; RICARDO RANGEL DE PAULA PESSOA / PESSOA, R.R.P. / HGCC;
DECIO SAMPAIO COUTO JUNIOR / COUTO JR., D.S. / HGCC; EVERSON LUIS
ARTIFON / ARTIFON, E.L. / HCFMUSP.

Resumo
Introdução: A pancreatite crônica de etiologia alcoólica pode ser
associada ao pâncreas divisum (PD), o que dificulta ainda mais seu
tratamento. Objetivo: Relatar caso de pancreatite crônica (PC)
associada à PD onde houve acesso ecoendoscópico ao ducto de
wirsung (DW). Relato de Caso: Paciente de 37 anos, etilista
crônico, evoluindo com dor abdominal em barra persistente. A
RNM diagnósticou PC associado à PD. Foi solicitado pela equipe
cirúrgica tratamento por CPRE, onde efetuamos cateterização
da papila menor (PM), papilotomia e drenagem, com alívio
sintomático. No seguimento, retirou-se o dreno pancreático, com
retorno de sintomas. Tentada nova CPRE, sem sucesso devido
a intenso processo cicatricial de PM. Com finalidade de acesso
ao DW, foi utilizada ecoendoscopia com punção. A contrastação
demonstrava ducto dilatado, drenando por PM, sendo passado
fio-guia ao duodeno. Entretanto, na troca de aparelhagem houve
perda do fio-guia sem conseguirmos novo acesso ao ducto.
Paciente foi referido à cirurgia. Discussão e Conclusão:
A PC pode se associar à PD, com fator causal ou contribuinte.
36 Em pacientes com PC e dilatação do DW podem sem tentados
procedimentos de drenagem cirúrgica ou ressecção pancreática,
tendo alta morbimortalidade. A papilotomia e canulação de DW
podem ser opções à cirurgia, tornado-se de difícil execução na
presença de PD. Quando há dificuldade técnica, podemos lançar
mão do rendez-vous ecoguiado, que apesar de difícil execução é
válido em casos selecionados.
Acessos Anterior e Lateral na
Pancreatectomia Corpocaudal
com Preservação Esplênica por
Videolaparoscopia
Temário: Cirurgia / Pâncreas
Autores / Nome para referência / Instituição: PAULO
AMARAL / AMARAL, P. / HOSPITAL SÃO RAFAEL; ERIC ETTBNGER / ETTINGER,
E. / HOSPITAL SÃO RAFAEL; PAULO VITOR LIMA SOARES / SOARES, P.V.L. /
HOSPITAL SÃO RAFAEL; FLAVIO SILANO NUNES DE MIRANDA / DE MIRANDA,
F.S.N. / HOSPITAL SÃO RAFAEL; ELIAS SOUZA / SOUZA, E. / HOSPITAL SÃO
RAFAEL; EDVALDO FAHEL / FAHEL, E. / HOSPITAL SÃO RAFAEL.
Resumo
Introdução: A abordagem cirúrgica do pâncreas é um desafio
para o cirurgião, devido a sua topografia, relações anatômicas e
peculiaridades do tecido pancreático. Objetivo: Apresentar duas
formas de abordagem cirúrgica – acessos anterior e lateral – vi-
deolaparoscópica, para ressecção de lesões pancreáticas. Cau-
sística: 9 pacientes. Material e Método: Foram analisados os
dados de pacientes submetidos à videopancreatectomia distal en-
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
tre o período de 2005 a 2010. Os dados foram catalogados, atra-
vés de fichas padronizadas, durante a internação dos pacientes e
analisados estatisticamente pelo SPSS versão 15.0. Resultados:
Nove pacientes foram submetidos à pancreatectomia corpocau-
dal laparoscópica, sendo cinco por via anterior (abertura da re-
trocavidade dos epíplons), cuja lesão apresentava-se em corpo
pancreático, e quatro por via lateral (liberação do ângulo esplê-
nico do cólon esquerdo), cuja lesão apresentava-se em cauda
pancreática. Dois pacientes apresentavam IMC > 35 kg/m², um
submetido à pancreatectomia por via lateral e outro por via ante-
rior. O tempo médio de cirurgia foi de 150 minutos na abordagem
lateral e 270 minutos na anterior. Não houve lesão de órgãos ad-
jacentes, sangramento intraoperatório ou uso de hemoderivados.
Conclusões: Nesta série, ambos acessos mostraram-se eficien-
tes na abordagem da pancreatectomia corpocaudal. Sendo que o
acesso anterior foi utilizado em lesões de corpo pancreático e o
acesso lateral em lesões de cauda.
Achado Endoscópico Típico em Doença
Celíaca - Relato de Caso
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para referência / Instituição: BRUNO
LOUREIRO AGRASSAR / AGRASSAR, B.L. / ISCMSP; CÉLIA MARQUES
/ MARQUES, C / ISCMSP; OSVALDO ARAKI / ARAKI, O / ISCMSP;
ROGÉRIO COLAIÁCOVO / COLAIÁCOVO, R. / ISCMSP; FAGNER CABRAL
SILVA DE SOUSA / SOUSA, F.C.S. / ISCMSP; FÁBIO MARIONI / MARIONI,
F. / ISCMSP.
Resumo
A doença celíaca é uma enteropatia autoimune, médiada por
linfócitos T, sensível ao glúten. Ocorre em indivíduos geneticamente
suscetíveis, levando à inflamação do intestino delgado, conferindo
características clássicas como atrofia das vilosidades, hiperplasia
das criptas e aumento linfocitário intraepitelial. Os sintomas mais
Frequentes são diarreia, má absorção e perda de peso, podendo
manifestar-se de forma sutil ou até mesmo silenciosa. As imagens
endoscópicas são sugestivas, e podem apresentar perda das
pregas duodenais, serrilhamento das pregas de Kerkring,
padrão em mosaico e micronodularidade no bulbo duodenal.
Apresentamos caso clínico com achados de doença Celíaca.
Paciente do sexo feminino, 34 anos, que veio ao ambulatório de
clínica médica da Santa Casa de São Paulo com queixa de dor e
aumento do volume abdominal e diarreia há 4 meses. À endoscopia
foi visibilizado mucosa duodenal serrilhada recobrindo as pregas
circulares de Kerkring e nodosidades em bulbo sugestivos de
atrofia, achados destacados pela crosmoscopia, sendo as biópsias
enviadas para estudo histológico. O resultado anátomo-patológico
evidenciou mucosa duodenal com vilos atróficos, em grande parte
com superfície retificada, criptas alongadas e na lâmina própria
infiltrado linfoplasmocitário com raros neutrófilos e eosinófilos.
A endoscopia é um exame útil na investigação diagnóstica da
Doença Celíaca, apresentando a vantagem da coleta de material
para estudo histológico.
Achado Incidental de Câncer Colorretal
por PET-CT - Relato de Caso e Revisão
da Literatura
Temário: Cirurgia / Cólon
Autores / Nome para referência / Instituição: HAMILTON
PETRY DE SOUZA / SOUZA, H.P. / HOSPITAL SÃO LUCAS DA PUCRS;
RICARDO BREIGEIRON / BREIGEIRON, R. / HOSPITAL SÃO LUCAS DA PUCRS;
DANIEL VILHORDO WEISS / WEISS, D.V. / HOSPITAL SÃO LUCAS DA PUCRS;
LUCAS FÉLIX ROSSI / ROSSI, L.F. / HOSPITAL SÃO LUCAS DA PUCRS.
Resumo
Introdução: O câncer colorretal é uma neoplasia com incidência
crescente e taxas de mortalidade elevadas para ambos os sexos
tendo o Rio Grande do Sul como a maior taxa bruta de mortalidade.
Objetivo: Relatar um caso de achado incidental pelo PET-CT de
câncer colorretal em uma paciente oncológica. Relato do caso:
L.M.S, 65 anos, sexo feminino, branca, em acompanhamento on-
cológico pós gastroduodenopancreatectomia realizada no há dois
anos por adenocarcinoma ductal mucinoso, apresentou elevação
progressiva do nível de CA-19.9. Tomografia computadorizada de
abdome e ressonância magnética de abdome antes da elevação
do CA 19.9 sem nenhuma alteração sugestiva de recidiva da do-
ença. Em decorrência do aumento daquele marcador tumoral e
exames de imagem sem alterações que sugerissem recidiva da
doença pancreática, optou-se pela realização de Tomografia Com-
putadorizada por Emissão de Pósitrons (PET-CT). O exame não
evidenciou qualquer indício de recidiva da neoplasia primária de
pâncreas ou implantes secundários, entretanto demonstrou lesão
expansiva hipermetabólica em cólon ascendente. Na sequência
foi realizada colonoscopia com confirmação de adenocarcinoma
em cólon direito e adenomas em cólon esquerdo, sendo então
submetida à colectomia total. Conclusão: Achados incidentais
pelo PET-CT são relativamente comuns em pacientes oncológicos
e devem ser sempre analisados com cautela, pois falsos positivos
podem ocorrer, entretanto devem ser descartados com a maior
acurácia possível.
Achado Incidental de Tumor Carcinóide
de Válvula Ileocecal com Tentativa de
Ressecção Endoscópica - Relato de
Caso
Temário: Endoscopia / Colonoscopia
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
Autores / Nome para referência / Instituição: EDUARDO
GUIMARÃES HOURNEAUX DE MOURA / MOURA, E.G.H. / SERVIÇO DE
ENDOSCOPIA GASTROINTESTINAL DO HCFMUSP; TOMAZO ANTONIO PRINCE
FRANZINI / FRANZINI, T.A.P. / SERVIÇO DE ENDOSCOPIA GASTROINTESTINAL DO
HCFMUSP; FERNANDA CRISTINA SIMÕES PESSORRUSSO / PESSORRUSSO,
F.C.S. / SERVIÇO DE ENDOSCOPIA GASTROINTESTINAL DO HCFMUSP;
LUIZ HENRIQUE MAZONETTO MESTIERI / MESTIERI, L.H.M. / SERVIÇO DE
ENDOSCOPIA GASTROINTESTINAL DO HCFMUSP; FRED OLAVO ARAGÃO
ANDRADE CARNEIRO / CARNEIRO, F.O.A.A. / SERVIÇO DE ENDOSCOPIA
GASTROINTESTINAL DO HCFMUSP; JAUNÁRIO CÉSAR CRESCITELLI /
CRESCITELL, J.C. / HOSPITAL DA UNIMED - LIMEIRA; MAÍSA MOMESSO DE
QUINTAL RIBEIRO / RIBEIRO, M.M.Q. / HOSPITAL DA UNIMED - LIMEIRA;
PAULO SAKAI / SAKAI, P. / SERVIÇO DE ENDOSCOPIA GASTROINTESTINAL DO
HCFMUSP.
Resumo
Introdução: Os tumores neuroendócrinos têm sua origem no trato
intestinal em 90% dos casos, acometendo mais frequentemente
o intestino médio. Seu comportamento, prognóstico e terapêutica 37
dependem de tipo histológico, tamanho e replicação celular.
Relato: Homem, 66 anos, assintomático, encaminhado para
exame cólonoscópico de rotina. No procedimento, observou-se
um pólipo séssil de 5mm em cólon transverso e erosão única
em válvula ileocecal, medindo 5mm, recoberta por fibrina, cuja
biópsia evidenciou mucosa colônica congesta, com alterações
citológicas reparativas/reacionais. Após um ano retornou para
colonoscopia de controle, cujo achado foi ausência de novos
pólipos e uma lesão elevada de 8mm em válvula ileocecal, no
mesmo sítio de erosão prévia. O exame anatomopatológico
resultou em neoplasia neuroendócrina bem diferenciada, grau
I, com estudo imunohistoquímico confirmatório e contagem
mitótica <1/10 campos e proliferação celular Ki-67 <1%.
Realizou-se pesquisa de outros focos com octreotídeo marcado
(octreoscan), observando-se ser esta lesão única. Foi indicada
ressecção endoscópica, porém o insucesso na elevação da lesão
impossibilitou o procedimento e o paciente foi encaminhado
à cirurgia laparoscópica. Conclusão: Tumores carcinoides
pequenos, bem diferenciados, únicos e com baixo índice mitótico
tem possibilidade de ressecção endoscópica curativa. Em nosso
ponto de vista esta é uma ótima abordagem inicial, devendo os
casos de insucesso serem encaminhados para cirurgia.
Achados Enteroscópicos em Paciente
com Intussuscepção por Uso de
Dispositivo Endobarrier
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para referência / Instituição: EDUARDO
GUIMARÃES HOURNEAUX DE MOURA / MOURA, E.G.H. / HC-FMUSP;

GUILHERME SAUNITI LOPES / LOPES, G.S. / HC-FMUSP; BRUNO DA COSTA
MARTINS / MARTINS, B.C. / HC-FMUSP; IVAN ROBERTO BONOTTO ORSO
/ ORSO, I.R.B. / HC-FMUSP; SUZANA LOPES DE OLIVEIRA / OLIVERIA,
S.L. / HC-FMUSP; MANOEL DOS PASSOS GALVÃO-NETO / GALVÃO-NETO,
M.P. / GASTRO OBESO CENTER; MARCIO CORREA MANCINI / MANCINI,
M.C./ HC-FMUSP; MARCO AURÉLIO SANTO / SANTO, M.C. / HC-
FMUSP; PAULO SAKAI / SAKAI, P. / HC-FMUSP; ALMINO CARDOSO
RAMOS / RAMOS, AC / GASTRO OBESO CENTER; ARTHUR BELARMINO
GARRIDO-JÚNIOR / GARRIDO-JÚNIOR, A.B. / HC-FMUSP; ALFREDO
HALPERN / HALPERN, A. / HC-FMUSP; IVAN CECCONELLO / CECCONELLO,
I. / HC-FMUSP.
Resumo
Introdução: O dispositivo de exclusão duodeno-jejunal
endoscópico temporário (Endobarrier®) é empregado no tratamento
pré-operatório dos pacientes obesos mórbidos, particularmente no
paciente diabético tipo 2 com boa reserva funcional pancreática.
Casuística: Os autores apresentam vídeo de complicação pós-
implante do dispositivo Endobarrier®, ocorrida em um de 37
38
pacientes com o referido dispositivo, em decorrência da ingestão
de alimentos ricos em fibra, em paciente com erro alimentar na
primeira fase da digestão. A aposição do Endobarrier® foi realizada
no Serviço de Endoscopia Gastrointestinal do HC-FMUSP, sob
protocolo institucional. Método: A remoção do dispositivo ocorreu
com o emprego de retrator tipo anzol, protegido com anteparo
plástico para evitar lesão de mucosa, havendo resistência durante
a remoção. Resultados: Foi efetuada remoção do dispositivo
com sucesso, sendo observadas múltiplas áreas de úlcerações
isquêmicas, sem sangramento ativo. Realizado exame de controle
com enteroscópio o qual evidenciou cicatrização das úlceras, sem
áreas de estenose, após 2 semanas. O paciente apresentou perda
significativa de peso e controle glicêmico adequado no período
em que esteve com o dispositivo. Conclusão: A complicação de
obstrução do dispositivo por ingestão de alimentos ricos em fibra
é infrequente (1/37), de fácil resolução porém com morbidade em
decorrência da presença de úlceras isquêmicas.
Achados Histopatológicos Incomuns
em Paciente Assintomática Portadora
do Vírus HCV - Relato de Caso
Temário: Gastroenterologia / Fígado
Autores / Nome para referência / Instituição: LAISSA WANE
CAVALCANTE REBOUÇAS / REBOUÇAS, L.W.C. / UFCG; JOSÉ WILLIAMS
REBOUÇAS / REBOUÇAS, J.W. / HGTM, UERN; JEFFERSON NILDO DA
COSTA MARINHO / MARINHO, J.N.C. / UERN; JOSÉ VICTOR SILVA ROCHA
/ ROCHA, J.V.S. / UFCG; LUZINETE SEVERO DOS SANTOS / SANTOS, L.S. /
FIP; DANIEL AMORIM RICARTE DE OLIVEIRA / OLIVEIRA, D.A.R. / UFCG;
JAIME EMANUEL BRITO ARAUJO / ARAUJO, JEB / UFCG;
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
Resumo
A infecção pelo vírus HCV é responsável por cerca de 70%
dos casos de hepatite crônica e 40% dos casos de cirrose.
Cerca de 30% dos pacientes são totalmente assintomáticos,
dificultando o diagnóstico precoce. Pretende-se relatar caso de
paciente portadora de Hepatite C com achados histopatológicos
habitualmente incompatíveis com o quadro clínico e laboratorial
apresentado. Paciente feminina, 39 anos, do lar. Na admissão,
não apresentava queixas ou achados ao exame físico. Afirmava
depressão, cirurgia cardíaca aos 4 anos, 3 transfusões sanguíneas
e pai em tratamento contra Hepatite C. Trazia teste de anticorpo
VHC com resultado positivo. Solicitou-se teste qualitativo para
detecção do RNA do VHC, identificando genótipo 1b. Optou-se
pela realização trimestral das provas de função hepática, resultando
valores normais no período. Após 1 ano, realizou-se biópsia, que
identificou inflamação grave com necrose e alto grau de fibrose
(Metavir A2F3), porém com provas de função hepáticas normais.
O tratamento específico obteve bons resultados. A biópsia do
fígado é atualmente o método mais preciso para se determinar o
grau da doença, a extensão da fibrose e o prognóstico, mesmo em
pacientes assintomáticos e laboratorialmente normais. Neste caso,
o diagnóstico precoce foi essencial para o sucesso terapêutico. O
genótipo 1b é o mais agressivo em termos de câncer hepático
e provavelmente a paciente só cursaria com sintomas em um
estágio mais avançado e talvez irreversível da doença.
Acometimento Esofágico de Pênfigo
Vulgar
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para referência / Instituição: RITA CHELLY
FELIX TAVARES / TAVARES, R.C.F. / UFC; MARCELO VICTOR RIBEIRO SALES
/ SALES, M.V.R. / HUWC; DARLA VIANA RAMOS / RAMOS, DV / HUWC;
MIGUEL ANGELO NOBRE SOUSA / SOUSA, MANS / HUWC; EILSON STURDAT
FONSECA / FONSECA, E.S. / UHWC; LUCIANO MONTEIRO FRANCO / FRANCO,
L.M. / HUWC; MARCELLUS HENRIQUE LOILA PONTES E SOUZA / DOUZA,
M.H.L.P. / UUWC;
Resumo
Introdução: O Pênfigo Vulgar(PV) é uma bolhose autoimune, que
acomete pele e mucosa, com formação de bolhas intra-epiteliais.
O acometimento do esôfago é raro, sendo mais frequente em
mulheres.Manifesta-se por disfagia, odinofagia e raramente
hematêmese. Relato de caso: Paciente feminina, 62 anos, natural
e procedente de Fortaleza, admitida no Hospital Universitário
Walter Cantídio com diagnóstico de pênfigo vulgar há 10 meses,
referindo a 1 mês disfagia para sólidos e líquidos e odinofagia que
a impedia de se alimentar. Iniciado fluconazol sem melhora. Ao
exame: EGR com ACP sem alterações. Pele presença de bolhas e
áreas de úlcerações em todo o corpo, inclusive na mucosa oral.
Sinal de Nikosk+. A endoscopia digestiva alta (EDA) evidenciou
erosões esfoliativas em toda extensão do esôfago e bolha flácida
que se rompeu após a passagem do aparelho, realizado biópsia.
Estômago e duodeno normais. O histopatológico foi compatível
com PV, sendo evidênciado presença de ancatólise e infiltrado
inflamatório. Aumentado corticoide para 40mg/dia com melhora
dos sintomas e das lesões cutâneas. Discussão: O acometimento
do esôfago no PV pode ocorrer mesmo em uso de corticoide,
como no caso da nossa paciente sendo a disfagia e odinofagia
os sintomas clássicos. A EDA é o método diagnóstico importante,
uma vez que permite a visualização direta das lesões e coleta de
material para biópsia. A histologia confere o diagnóstico definitivo
pela presença de fenda na camada suprabasal e acantóliseo.
Acometimento Linfonodal Extenso em
Paciente com Gist Gástrico - Relato de
Caso
Temário: Cirurgia / Estômago
Autores / Nome para referência / Instituição: ALEXEI
ALMEIDA ANDRADE / ANDRADE, A.A. / HOSPITAL DE BASE ARY PINHEIRO;
RENATO RORIZ DA SILVA / RORIZ, R / HOSPITAL DE BASE ARY PINHEIRO;
CARLOS ALEXANDRE GARÇÃO RAMAGEM / RAMAGEM, C.A.G. / HOSPITAL
DE BASE ARY PINHEIRO; WOLFF HANS FARIAS DE JESUS / DE JESUS, W.H.F
/ HOSPITAL DE BASE ARY PINHEIRO; ALBER PESSOA DE FIGUEIREDO /
FIGUEIREDO, A.P. / HOSPITAL DE BASE ARY PINHEIRO; ELDER CARDOSO
DE OLIVEIRA / OLIVEIRA, E.C / HOSPITAL DE BASE ARY PINHEIRO; ANDRÉ
LUIZ FERMINO / FERMINO, A.L. / HOSPITAL DE BASE ARY PINHEIRO; BRUNA
YOUNES HERRMANN / HERRMANN, B.Y. / UNIR;
Resumo
O Tumor Estromal Gastrointestinal (GIST), é uma neoplasia rara,
porém tem sido objeto de estudos quanto à conduta cirúrgica
e a utilização de quimioterapia oral (Imatinibe). Os tumores
volumosos com alto índice mitótico disseminam-se principalmente
por contiguidade e por via hematogênica. O tratamento consiste
na ressecção cirúrgica completa e a linfadenectomia geralmente
não é recomendada, devido à raridade de metástase nodal.
Caso clínico: A.M.S, masculino, 49 anos, perda ponderal de 8
kg em 3 meses, hematêmese e massa palpável em epigástrico
e HE. Os exames pré-operatórios revelaram tumoração gástrica
obstrutiva. No intraoperatório identificou-se massa gástrica
volumosa e implantes em segmentos jejunoileais, epiplon,
cauda de pâncreas, cólon e segmento hepático. Foi realizado
gastrectomia total com linfadenectomia e reconstrução em Y-de-
Roux, esplenectomia, enterectomia segmentar, ressecção parcial
de cólon transverso, pancreatectomia caudal e hepatectomia
lateral E. O exame histopatológico revelou alto índice mitótico
35/50 CGA e extenso acometimento linfonodal perigástrico
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
e mesentéricos com imunohistoquímica (CD117+/CD34+).
Paciente evoluiu bem e recebeu alta no 16º pós-operatório.
Atualmente, está em acompanhamento com a oncologia clínica
para uso do Imatinibe. Discussão: Apesar de não haver
consenso na realização de linfadenectomia no GIST gástrico,
alguns pacientes apresentam metástases linfonodais. O real
benefício da linfadenectomia ainda precisa ser definido.
Acurácia da Ecoendoscopia e da
Ressonância Magnética na Avaliação
Pré-Operatória Pós-Neoadjuvância do
Câncer de Reto
Temário: Endoscopia / Ecoendoscopia
Autores / Nome para referência / Instituição: LEONARDO
MONTEIRO VALLINOTO / VALLINOTO, L.M. / SANTA CASA SP; MAURICIO
A. ASSEF / ASSEF, M.A. / SANTA CASA SP; JULIA ARAUJO / ARAUJO, J /
SANTA CASA SP; ROGERIO COLAIACOVO / COLAIACOVO, R / SANTA CASA
SP; SHEILA DOS SANTOS FILIPPI / FILLIPI, S.S. / SANTA CASA SP; BRUNO 39
DE CAMPOS ALMEIDA / ALMEIDA, B.C. / SANTA CASA SP; IGOR ANTUNES
MARCHETTI / MARCHETTI, I.A. / SANTA CASA SP; LUCIO ROSSINI /
ROSSINI, L. / SANTA CASA SP.
Resumo
O estadiamento pré-operatório do câncer de reto é
imprescindível para um adequado planejamento cirúrgico,
que pode variar desde uma excisão local até uma amputação
abdominoperineal. A ecoendoscopia e a ressonância magnética
são principais exames para esse estadiamento. Para tumores
com invasão extramural ou com suspeita de linfonodos
acometidos, a neoadjuvância tem demonstrado grande impacto
no controle local e à distância da doença. Este trabalho avalia
o estadiamento pós neoadjuvância pré-operatótoria da EUS e
RNM em pacientes com câncer de reto. O estudo incluiu 18
pacientes com tumores de reto operados na Santa Casa de
São Paulo entre Janeiro de 2009 e Fevereiro de 2011, todos
com neoadjuvância com radioterapia e quimioterapia. Todos os
pacientes tinham estadiamento através de ecoendoscopia e/
ou ressonância magnética. Foram examinados 1 paciente no
estádio I, 5 no IIA, 4 no IIB, nenhum no IIIA, 5 no IIIB e 3 no IIIC,
pelo AP. Na ecoendoscopia, ocorreu subestadiamento em 6
pacientes (33,3%), superestadiamento em 8 pacientes(44,4%)
e diagnóstico correto em 4 pacientes(22,2%). Na ressonância
magnética ocorreu subestadiamento em 10 pacientes(55,5%)
e superestadiamento em 1 paciente (5,5%), com diagnóstico
correto em 7 pacientes (39%). Ambos os métodos têm acurácia
baixa no estadiamento pós-neoajuvância para câncer de reto.
Apesar da RNM ter um índice de acerto maior que a EUS, esta
teve um subestadiamento menor.

Adenocarcinoma de Jejuno - Relato de
Caso
Temário: Endoscopia / Intestino delgado
Autores / Nome para referência / Instituição: KELSON
FERREIRA RIBEIRO / RIBEIRO, K.F. / HUGG; LUIS GUSTAVO SANTOS PÉRISSÉ
/ PÉRISSÉ, L.G.S. / HUGG; RICARDO MAGGESSI, R. / MAGGESSI / HUGG;
BRUNO JORGE DE ALMEIDA / ALMEIDA, B.J. / HUGG; TATIANA ALEGRIA
VIEIRA / VIEIRA, TA / HUGG; ÉRIKA ARAUJO BARRETO / BARRETO, E.A. /
HUGG; MÁRCIO CASTRO / CASTRO, M. / HUGG; PAULO CEZAR MARQUES
PÉRISSÉ / PÉRISSÉ, P.C.M. / HUGG.
Resumo
Introdução: Adenocarcinoma do intestino delgado é raro (2,4%)
em comparação com as neoplasias malignas do esôfago (10,8%),
do estômago (16,4%), e do cólon (70,3%). Objetivo - Relato de
Caso de paciente com adenocarcinoma de jejuno diagnosticado
pela enteroscopia com duplo balão. Relato de Caso: Masculino,
branco, 55 anos, há 2 meses com quadro de anemia associada
40 à distensão abdominal e vômitos após alimentação. TC mostrou
espessamento em jejuno e linfonodonomegalia mesentérica.
Realizada enteroscopia com duplo balão, evidenciando lesão
vegetante de jejuno proximal, com histopatológico com
diagnóstico de adenocarcinoma moderadamente diferenciado.
Realizada ressecção da lesão e anatomopatologia demonstrou
margem cirúrgica livre. Conclusão: Adenocarcinoma é o subtipo
histológico mais comum no câncer de intestino delgado (incidência
de 40% a 63%). O bom prognóstico é associ ado ao diagnóstico
precoce. Geralmente são diagnosticados tardiamente devido a
seus sintomas inespecíficos. A EDA não é útil no diagnóstico,
sendo a enteroscopia com duplo balão e a cápsula endoscópica
métodos diagnósticos mais úteis. A TC é importante na detecção,
mas seu uso é limitado. A ressecção cirúrgica completa é o
objetivo do tratamento.
Adenocarcinoma de Parede Abdominal
com Sítio Primário Oculto – Relato de
Caso em Acompanhamento há Dois
Anos
Temário: Cirurgia / Miscelânia
Autores / Nome para referência / Instituição: ALEXEI
ALMEIDA ANDRADE / ANDRADE, A.A. / HOSPITAL DE BASE ARY PINHEIRO;
ALBER PESSOA DE FIGUEIREDO / FIGUEIREDO, A.P. / HOSPITAL DE BASE ARY
PINHEIRO; CARLOS ALEXANDRE GARÇÃO RAMAGEM / RAMAGEM, C.A.G.
/ HOSPITAL DE BASE ARY PINHEIRO; RENATO RORIZ DA SILVA / RORIZ, R /
HOSPITAL DE BASE ARY PINHEIRO; ANDRÉ LUIZ FERMINO / FERMINO, A.L.
/ HOSPITAL DE BASE ARY PINHEIRO; THIAGO DE OLIVEIRA MARANHÃO /
MARANHÃO, TO / HOSPITAL DE BASE ARY PINHEIRO; ELDER CARDOSO DE
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
OLIVEIRA / OLIVEIRA, E.C. / HOSPITAL DE BASE ARY PINHEIRO; MYRNA
MENDONÇA DE ARAÚJO / ARAÚJO, M.M. / HOSPITAL DE BASE ARY
PINHEIRO;
Resumo
A parede abdominal é ocasionalmente local de metástases de
neoplasias malignas primárias localizadas em outras áreas. Em
particular, o ovário e a próstata e em alguns casos, estômago,
útero, pulmão, rim, mama e cólon metastatizam para parede
abdominal. Os adenocarcinomas metastáticos de parede
abdominal com sítio primário oculto costumam apresentar-
se em pacientes com doença maligna em estágio bastante
avançado. O prognóstico nesses casos é desfavorável, com
sobrevida média de 3 a 4 meses Objetivo: Relatar um caso de
adenocarcinoma de parede abdominal com sítio primário oculto
em seguimento há dois anos. Caso clínico: M.L.O.M.C, sexo
feminino, 40 anos, atendida no Hospital de Base Dr. Ary Pinheiro,
Porto Velho/RO, em 2009, com história de massa em parede
abdominal há 5 anos e perda ponderal de 7kg em dois meses.
Sem alterações no hábito intestinal. Foi submetida à ressecção
tumoral de parede abdominal com margens livres cuja análise
histopatológica evidenciou adenocarcinoma, confirmado
pela imunohistoquímica. Prosseguiu-se com investigação de
possível sítio primário através da realização de endoscopia
digestiva alta, colonoscopia, mamografia, radiografia de
tórax, tomografia abdominal e pélvica. Os resultados foram
todos compatíveis com a normalidade, não se evidênciando
outros sítios de doença primária. A paciente permanece em
seguimento ambulatorial há dois anos sem sinais de recidiva
da lesão de parede abdominal ou manifestações da doença
em possível sítio primário.
Adenocarcinoma em Cólon Transposto
Após Substituição Esofágica – Revisão
dos últimos 43 Anos e o Primeiro Caso
de Tumor Sincrônico
Temário: Cirurgia / Esôfago
Autores / Nome para referência / Instituição: GILTON
MARQUES FONSECA / FONSECA, G.M. / HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA
FACULDADE DE MEDICINA DA USP; RUBENS ANTÔNIO AISSAR SALLUM /
SALLUM, R.A.A. / HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA
DA USP; MÁRIO VINÍCIUS ANGELETE ALVAREZ BERNARDES / BERNARDES,
M.V.A.A. / HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DA USP;
SÉRGIO SZACHNOWICZ / SZACHNOWICZ S. / HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA
FACULDADE DE MEDICINA DA USP; FRANCISCO CARLOS BERNAL DA COSTA
BERNAL, F.C. SEGURO / SEGURO F.C.B.C. / HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA
FACULDADE DE MEDICINA DA USP; IVAN CECCONELLO / CECCONELLO I. /
HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DA USP;
Resumo
Introdução: O uso cólon para substituição esofágica é útil, mas
está sujeito a complicações como o câncer. Objetivo: Realizar
revisão dos casos relatados na literatura de neoplasia em cólon
transposto para substituição esofágica e relatar caso inédito de
tumor sincrônico. Material e Método: Realizada no PubMed
revisão de casos relatados de tumores em cólon transposto e análise
de variáveis. Relato de caso: Paciente com atrêsia congênita de
esôfago, submetida a esofagocoloplastia há 40 anos, evoluiu com
de adenocarcinoma sincrônico no cólon transposto. Realizada
ressecção do cólon transposto e reconstrução com tubo gástrico.
Evoluiu com isquemia da porção proximal do estômago transposto,
feita gastrectomia parcial, esofagostomia cervical e gastrostomia.
Teve alta hospitalar após 128 dias e encontra-se sem sinais de
recorrência tumoral, em suporte nutricional para reconstrução do
trânsito. Resultados e discussão: Encontrados 22 relatos de
caso de tumor em cólon transposto, sendo 20 adenocarcinomas
e 2 adenomas, com predomínio de lesões no terço distal (10/22)
e de adenocarcinomas em fase avançada (15/20). A idade média
do aparecimento dos tumores foi de 68 anos, em média 19 anos
após a cirurgia inicial. A maior parte dos tumores foi ressecada
(18/22). Houve 5 óbitos relacionados ao tumor ou à ressecção. Em
nenhum deles foi relatado tumor sincrônico no cólon transposto.
Conclusão: É importante seguimento destes pacientes visando
detecção precoce de complicações como câncer.
Adenocarcinoma Gástrico Após
Gastroplastia Redutora em Y-de-Roux
Temário: Cirurgia / Esôfago
Autores / Nome para referência / Instituição: MAXWEL
CAPSY BOGA RIBEIRO / RIBEIRO, MCB / UNICAMP; JOÃO COELHO DE SOUZA
NETO / COELHO NETO, JS / UNICAMP; LUIZ ROBERTO LOPES / LOPES, LR /
UNICAMP; NELSON ADAMI ANDREOLLO / ANDREOLLO, NA / UNICAMP;
Resumo
Introdução: Adenocarcinoma gástrico após gastroplastia re-
dutora em Y-de-Roux (RYGBP) é raro, mas tem sido descrito. A
restrição dietética, a perda ponderal associada e a dificuldade de
monitorização do estômago excluso, após este procedimento, di-
ficultam e retardam seu diagnóstico. Objetivo: Relatar e discutir
a ocorrência de câncer gástrico após cirurgia para tratamento da
obesidade mórbida. Relato de Caso: Relatamos o caso de um
homem, 52 anos, submetido à RYGBP há 2 anos, cuja EDA prévia
era tida como normal. Evoluiu perda ponderal, atribuída ao pro-
cedimento, e disfagia progressiva há 1 mês. Realizada EDA que
revelou tumor estenosante em bolsa gástrica, que impediu a pro-
gressão do aparelho, cuja biópsia revelou adenocarcinoma gás-
trico do tipo difuso. Tomografia revelou grande massa abdominal,
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
acometendo também estômago excluso e com sinais de invasão
de lobo hepático esquerdo e cólon transverso. Foi submetido à
gastrectomia total, lobectomia esquerda, enterectomia e colec-
tomia segmentares, com anastomose esofagojejunal. Anátomo-
patológico da peça operatória confirmou a presença do câncer
gástrico. Discussão: Uma lesão tão avançada como a descrita
dificilmente surgiu em um espaço tão curto de tempo. Conside-
rando o crescente número de cirurgias para obesidade e a dificul-
dade diagnóstica de neoplasias após estas, EDA criteriosa, prévia
à RYGBP, é essencial, além de alto índice de suspeição, frente a
qualquer sintoma referido correlato.
Adenocarcinoma Sarcomatoide com
Metástase Pancreática – Relato de
Caso
Temário: Endoscopia / Ecoendoscopia
Autores / Nome para referência / Instituição: FLAVIO
COELHO FERREIRA / FERREIRA, F.C. / HCFMUSP; GUSTAVO MELO BENEVIDES
/ BENEVIDES, G.M. / HCFMUSP; MARCOS EDUARDO LERA / LERA, M.E. 41
/ HCFMUSP; SERGIO EIJI MATUGUMA / MATUGUMA, S.E. / HCFMUSP;
EVERSON LUIS ARTIFON / ARTIFON, E.L. / HCFMUSP; EDUARDO GUIMARAES
HOURNEAUX DE MOURA / MOURA, E.G.H. / HCFMUSP; PAULO SAKAI /
SAKAI, P. / HCFMUSP.
Resumo
Introdução: Metástase pancreática (MP)é responsável por 3 a
16% dos tumores desse órgão. Pode ocorrer por disseminação
linfática ou sanguínea ou por extensão direta de tumores adjacentes.
Objetivo: Relatar caso de MP de adenocarcinoma sarcomatoide
(AS), avaliar suas características ecoendoscópicas e discutir a
diferenciação de tumores primários e MP. Caso Clínico: Paciente
de 67 anos, masculino, tabagista, com queixas de dispneia e dor
lombar. Realizou exame de radiografia de tórax que evidenciou
nódulos pulmonares. Solicitadas TC de tórax, abdômen e pélvis,
que evidênciaram múltiplos nódulos pulmonares, hepáticos e lesões
líticas em L4 – L5, além de dois nódulos pancreáticos. Solicitada
biópsia hepática, que foi inconclusiva (material necrótico). Realizou
ecoendoscopia que demonstrou dezenas de nódulos hipoecóicos,
bem delimitados, de até 25 mm, dispersos por cabeça, colo e
cauda. Havia dilatação do ducto pancreático. Na transição de joelho
à segunda porção duodenal, visibilizamos lesão umbilicada, de 15
mm, que foi biopsiada, firmando o diagnóstico de AS. O paciente
foi encaminhado a tratamento quimioterápico. Discussão e
Conclusões: Os tumores pancreáticos metastáticos podem ser
de difícil diagnóstico, quando se apresentam como nódulo único.
A presença de bordos regulares, ausência de dilatação marcante
do ducto principal e presença de mais de um nódulo favorecem o
diagnóstico de metástase. A confirmação de tumor primário pode
ser por imunohistoquímica ou pesquisa de K-ras.

Adenoma de Glândulas de Brunner:
uma Causa Pouco Comum de
Hemorragia Digestiva Alta
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para referência / Instituição: FLÁVIO
BIANCHINI / BIANCHINI, F. / UNISUL; MARCO RODRIGO ZAMBRANO NUÑEZ
/ NUÑEZ, MRZ / UNISUL; CAMILLE FERNANDES AGUIAR / AGUIAR, C.F.
/ UNISUL; GABRIELA DANIELSKI NIEHUES / NIEHUES, G.D. / UNISUL;
CAROLINE POPIA FRANÇA / FRANÇA, CP / UNISUL; CARLOS OTÁVIO
GONÇALVES / GONÇALVES, C.O. / UNISUL; MARIA ZÉLIA BALDESSAR /
BALDESSAR, MZ / UNISUL; RICARDO REIS DO NASCIMENTO / NASCIMENTO,
R.R. / UNISUL.
Resumo
Introdução: As glândulas de Brunner, alcalino-secretoras, estão
localizadas na submucosa do duodeno. Adenomas de glândulas
de Brunner são tumores benignos raros, que se apresentam como
lesões subepiteliais. Podem ser assintomáticos ou apresentar
42
manifestações, como hemorragia digestiva. Objetivo: Descrever
um caso de hemorragia digestiva alta de etiologia infrequente.
Método - Relato de Caso e revisão de literatura. Resultados:
Paciente sexo feminino, 47 anos, procurou a emergência devido
dor epigástrica e melena. Estava hipotensa, taquicárdica e
hipocorada. O hematócrito era 13%. Após ressuscitação volêmica
com cristaloides e a transfusão de hemoderivados, foi realizada
uma endoscopia digestiva alta. O exame endoscópico mostrou
uma lesão polipoide, semi-pediculada, subepitelial, com 3 cm de
comprimento, originando-se no canal pilórico e ocupando todo
o bulbo até a segunda porção duodenal. A lesão apresentava
mucosa de aspecto normal, exceto por hiperemia e pequena
úlceração na superfície. Junto à úlceração havia um pouco de
sangue vivo. Devido ao tamanho e por tratar-se de uma lesão com
aspecto subepitelial, foi optado pela retirada cirúrgica. A paciente
foi submetida à laparoscopia, gastrotomia e exérese da lesão. O
exame histológico mostrou adenoma de glândulas de Brunner.
Conclusão: Adenoma de glândulas de Brunner é uma causa
pouco comum de hemorragia digestiva alta. Entretanto, faz parte
do diagnóstico diferencial das lesões duodenais subepiteliais.
Adenoma e Adenocarcinoma in
situ após Interposição Colônica do
Esôfago - Relato de Dois Casos e
Revisão da Literatura
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para referência / Instituição:
MARIA HELENA LOUZADA PEREIRA / LOUZADA, M.H. / SERVIÇO DE
GASTROENTEROLOGIA - UFRJ; MÁRCIA FERREIRA PINTO / PINTO, MF.
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
/ SERVIÇO DE GASTROENTEROLOGIA - UFRJ; JOÃO AUTRAN NEBEL
/ NEBEL, J.A. / SERVIÇO DE GASTROENTEROLOGIA - UFRJ; CYRLA
ZALTMAN / ZALTMAN, C. / SERVIÇO DE GASTROENTEROLOGIA - UFRJ;
CESAR AMORIM / AMORIM, C. / SERVIÇO DE GASTROENTEROLOGIA -
UFRJ; ANTÔNIO JOSÉ DE V. CARNEIRO / CARNEIRO, A.J.V. / SERVIÇO
DE GASTROENTEROLOGIA - UFRJ; HOMERO FOGAÇA / FOGAÇA, H. /
SERVIÇO DE GASTROENTEROLOGIA - UFRJ; CELESTE ELIA / ELIA, C. /
SERVIÇO DE GASTROENTEROLOGIA - UFRJ.
Resumo
Introdução: A cirurgia de transposição colônica como
reconstrução após esofagectomia foi descrita em 1911,
apresentando, ao longo dos anos, alguns raros relatos de
complicações tardias como adenoma e adenocarcinoma (10
casos). Devido à exposição intraluminal de substâncias químicas
e flora bacteriana diferentes da habitual para a mucosa colônica
nativa, alguns artigos consideram a hipótese de maior risco
para lesões premalignas, incluindo surgimento precoce dessas
lesões (10 anos antes do esperado). Objetivos: Descrever
o caso de dois pacientes com lesões no cólon transposto.
Relato do caso: Dois pacientes com interposição colônica de
longa data (35 e 22 anos) realizadas por acalasia chagásica e
ingestão de cáustico respectivamente, após acompanhamento
endoscópico foram evidênciados: pólipo adenomatoso com
displasia de baixo grau no 1º paciente e lesão de espraiamento
lateral (LST) com adenocarcinoma in situ no 2º paciente. As
lesões foram ressecadas e no seguimento clínico e endoscópico
não houve novas intercorrências. Conclusões: Não há
estudos suficientes até o momento para diferenciar o risco das
lesões premalignas no cólon transposto. A história de pólipos,
colite e a história familiar de neoplasia a princípio são os fatores
de risco mais prováveis para tal e a adequada avaliação do
cólon transverso nativo pré-operatório é essencial. Sugere-se
acompanhamento endoscópico a partir de 1 ano após cirurgia
com objetivo de detecção e ressecção precoce das lesões.
Adenoma Mucinoso de Apêndice:
um Diagnóstico Diferencial
Temário: Cirurgia / Cólon
Autores / Nome para referência / Instituição:
C RISTIANO ANTONIAZZI A BAID / ABAID C.A. / HOSPITAL DE
C ARIDADE D R . ASTROGILDO DE A ZEVEDO ; R AFAEL CARDOSO
P IRES ,/ P IRES , R.C. / U NIVERSIDADE F EDERAL DE S ANTA MARIA ;
A NDRÉ EMANUEL LUNKES DE O LIVEIRA / DE OLIVEIRA , A.E.L. /
UNIVERSIDADE F EDERAL DE S ANTA MARIA ; MATHEUS U GALDE
DE A RAÚJO G OES / G OES , M. U. / U NIVERSIDADE F EDERAL
S ANTA MARIA ; T HOMÁS B EVILAQUA R OSSATO / R OSSATO T.B. /
U NIVERSIDADE F EDERAL DE SANTA M ARIA;
Resumo
Introdução: A mucocele de apêndice é incomum, sendo
diagnosticada em 0,1 a 0,4 % de todas as apendicectomias,
sua prevalência aumenta a partir da sexta década de vida
e é mais comum em mulheres. O adenoma mucinoso é a
causa mais comum de mucocele apendicular e apresenta
sinais, sintomas e achados laboratoriais inespecíficos, o
que dificulta o seu diagnóstico. Objetivos: Descrever
a apresentação de um caso de adenoma mucinoso de
apêndice. Relato do Caso: Paciente masculino, branco,
67 anos com queixa de sensação de massa indolor na
fossa ilíaca direita, sendo submetido à laparoscopia
diagnóstica que mostrou massa no apêndice englobando
sua base, sendo necessária a colectomia direita. O
exame anatomopatológico revelou adenoma mucinoso
de apêndice. Conclusão: É importante que se faça
o diagnóstico diferencial entre adenoma mucinoso de
apêndice e adenocarcinoma mucinoso de cólon já que o
prognóstico dessas entidades é diferente. Embora raro, o
adenoma mucinoso de apêndice deve ser incluído como
possível diagnóstico em casos de massas em íleo terminal
ou cólon direito.
Adenomioma de Colédoco
Temário: Gastroenterologia / Pâncreas e Vias
Biliares
Autores / Nome para referência / Instituição: SELMA
SANTOS MALUF / MALUF, S. / UFMA; LIVIA TERESA MOREIRA
RIOS / RIOS, L. / UFMA;
Resumo
Relato de Caso Objetivo: Descrever principais achados
ultrassonográficos na obstrução biliar baixa em criança de
origem neoplásica, discutindo diagnósticos diferenciais.
Material e métodos: Menor de 1 ano e 1 mês de vida
evoluiu com icterícia colestática. Ultrassonografia das vias
biliares revelou sinais de obstrução biliar baixa à custa de
massa sólida hipoecóica em terço médio do colédoco. O
estudo histopatológico da peça cirúrgica revelou adeno-
mioma de colédoco. Resultados principais: Adeno-
mioma de colédoco. Conclusões: Os tumores benignos
mais comuns dos ductos biliares extra-hepáticos são ade-
nomas, adenomiomas e neoplasias mesenquimais. O ade-
nomioma na árvore biliar localiza-se preferencialmente no
fundo da vesícula. A possibilidade de tratar com sucesso
uma paciente com adenomioma desta localização motivou
o presente relato.
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
Alimentação Precoce versus Tardia
Após Gastrostomia Endoscópica
Percutânea
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para referência / Instituição: BRUNO DE
CAMPOS ALMEIDA / ALMEIDA, B.C. / ISCMSP; MAURÍCIO SAAB ASSEF /
ASSEF, MS / ISCMSP; FÁBIO MARIONI / MARIONI, F / ISCMSP; WAGNER
VALENTINO / VALENTINO, W / ISCMSP; OSVALDO ARAKI / ARAKI, O. /
ISCMSP; IGOR ANTUNES MARCHETTI / MARCHETTI, I.A. / ISCMSP;
LEONARDO MONTEIRO VALLINOTO / VALLINOTO, L.M. / ISCMSP; ALINE
PAULA DE SOUZA SILVA / SILVA, A.P.S. / ISCMSP.
Resumo
Introdução: Recomenda-se que a Gastrostomia Endoscópica
Percutânea (GEP) seja a via de escolha para a administração da
alimentação enteral, em pacientes que necessitam de suporte
nutricional via sonda, em geral, por período superior a quatro
semanas. A maioria dos serviços de endoscopia orienta o início
43
da dieta 24 horas após o procedimento. Há poucas evidências,
principalmente nacionais, que sustentam essa conduta. Objetivo:
Avaliar a segurança e as vantagens da alimentação precoce após
a Gep. Casuística/Método: Os pacientes foram randomizados
em dois grupos. O grupo A recebeu alimentação precoce,
ou seja, 4 horas após o procedimento. O grupo B recebeu
alimentação tardia, ou seja, 24 horas após o procedimento. Os
pacientes foram avaliados no 1°, 2°, 7° e 30° dia. Resultados:
Foram incluídos 31 pacientes, sendo 15 no grupo A (4h) e 16
no grupo B (24h). Ocorreram 9 complicações (29,03%), sendo 4
no grupo A e 5 no grupo B, não havendo significância estatística
entre os grupos. Houveram duas complicações menores no
grupo A (13,33%) e uma complicação menor no grupo B(6,25%).
Além disso, ocorreram duas complicações maiores no grupo A
(13,33%) e quatro complicações maiores no grupo B (25%). A
infecção de ferida operatória foi a complicação mais frequente
(44,4%). Conclusão: A alimentação precoce é segura, bem
tolerada e com índices de complicações semelhantes em relação
à alimentação tardia.
Alteração da Motilidade Esofagiana
em Paciente com Esclerose Sistêmica -
Relato de Caso
Temário: Endoscopia / Gastroenterologia / Esôfago
Autores / Nome para referência / Instituição: DENIS CONCI
BRAGA / BRAGA, D.C. / UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA
(UNOESC); FERNADO SIMONETTI / SIMONETTI, F. / UNIVERSIDADE DO OESTE DE
SANTA CATARINA (UNOESC); JOSÉ PERON DI CASTRO ESCORSIN / ESCORSIN,
J.P.D.C. / UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA (UNOESC);

Resumo
Introdução: As manifestações gastrointestinais da esclerose
sistêmica progressiva são vistas em até 82% dos pacientes. O
esôfago é atingido em 50% a 80% dos casos. Objetivos: Re-
latar o caso clínico da paciente portadora de esclerose sistê-
mica progressiva. Descrever a fisiopatologia do acometimento
esofágico e de suas complicações. Casuística: Trata-se de
paciente que realiza acompanhamento ambulatorial no Ambu-
latório Médico Universitário da UNOESC. Método - Relato
de Caso. Resultados: Paciente de 49 anos, sexo feminino,
com diagnóstico de esclerose sistêmica progressiva desde
2007, confirmado pelo exame clínico, laboratorial e imaginoló-
gico. Procurou ambulatório de gastroenterologia em 2009 com
sintomas dispépticos (epigastralgia, plenitude pós-prandial),
disfagia e odinofagia. Paciente realizou endoscopia digestiva
alta que mostrou apenas alargamento do hiato esofagiano.
Submetida à tomografia que evidenciou dilatação esofágica
e presença de líquido. À análise manométrica, se observou
diminuição da amplitude das pressões de ondas peristálticas
44 nos dois terços inferiores do corpo esofágico (60,12 mmHg),
bem como diminuição da pressão do esfíncter esofagiano in-
ferior (13,1 mmHg). Conclusão: A paciente foi tratada com
medidas comportamentais, inibidores da secreção gástrica e
promotores do esvaziamento gástrico com resposta clínica sa-
tisfatória. As alterações descritas são compatíveis com o aco-
metimento esofágico da esclerose sistêmica.
Alterações Bioquímicas da Colectomia
Associada à Hepatectomia em Ratos
Temário: Cirurgia / Miscelânia
Autores / Nome para referência / Instituição: ANA LEONOR
ARIBALDO MEDEIROS / MEDEIROS, A.L.A. / UNP; AMÁLIA CINTHIA
MENESES DO RÊGO / RÊGO, A.C.M. / UNP, UFRN; IRAMI ARAÚJO FILHO
/ ARAÚJO-FILHO, I. / UNP, UFRN; MARILIA DANIELA FERREIRA CARVALHO
/ CARVALHO, M.D.F. / UFRN; ITALO MEDEIROS DE AZEVEDO / AZEVEDO,
I.M. / UFRN; ALDO DA CUNHA MEDEIROS / MEDEIROS, A.C. / UFRN;
PAULO EDUARDO ALVES PINHEIRO / PINHEIRO, P.E.A. / UNP;
Resumo
A ressecção cirúrgica de metástases hepáticas do câncer
colorretall é possível em 10 a 25% dos pacientes. Objetivo:
Estudar, em modelo animal, se a colectomia parcial associada
à hepatectomia esquerda provoca alterações bioquímicas.
Metodologia: 18 ratos Wistar adultos foram divididos em
3 grupos. O grupo A foi submetido à colectomia parcial, no
grupo B associou-se a este procedimento a hepatectomia
esquerda e no grupo C (sham) realizou-se apenas manipulação
das alça. Após 30 dias foram colhidas amostra de sangue.
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
Resultados: Os níveis séricos de AST, ALT e fosfatase
alcalina foram significativamente maiores nos ratos colectomia
+ hepatectomia do que em ratos do grupo colectomia (p
<0,001) sinalizando que a hepactectomia contribuiu para esses
resultados. Comparando-se os níveis séricos de AST, ALT e
fosfatase alcalina do grupo sham com o grupo colectomia,
os resultados foram semelhantes (p> 0,05). Conclusão: A
colectomia associada à hepatectomia altera a atividade das
enzimas hepáticas de ratos.
Amiloidose de Duodeno
Secundária a Tricoleucemia –
Relato de Caso
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para referência / Instituição:
EDENILCE EVANGELISTA CORREIA / CORREIA, E.E. / HGF; LILIA
MOREIRA RANGEL / RANGEL, L.M. / H.G.F.; GILDO BARREIRA
FURTADO / FURTADO, G.B. / H.G.F.; DALGIMAR BESERRA DE
MENEZES / MENEZES, D.B. / HGF; FATIMA MARIA EVANGELISTA
CORREIA / CORREIA, F.M.E. / UNIFOR.
Resumo
Introdução: Tricoleucemia é uma doença rara, originada
provavelmente de linfócitos B, sendo descrita sua asso-
ciação com amiloidose AA. A amiloidose secundária é ob-
servada em associação com várias doenças crônico-infla-
matórias e neoplásicas. As manifestações gastrointestinais
caracterizam-se por hemorragias, diarreia e por sintomas
de dismotilidade, causados por disfunção neuromuscular
e miopatia. Objetivo: Relatar o caso de um paciente com
tricoleucemia, com queixas gastrointestinais e diagnóstico
histopatológico de amiloidose duodenal secundária. Méto-
do: Estudo descritivo, utilizando dados do arquivo médico
do paciente acompanhado no serviço de hematologia de
uma instituição terciária de Fortaleza deste abril de 2011.
Resultado: E.R.S., 67 anos, refere aumento do volume ab-
dominal e edema de mmii em início de 2010. Relata epistaxe
volumosa em abril de 2011, associado à diarreia líquida, com
muco e sem sangue, cólica abdominal e perda ponderal de
27kg no último ano. Apresenta hepato-esplenomegalia ao
US abdominal, elevação da fração gama à eletroforese de
proteínas, mucosa duodenal com placas esbranquiçadas à
Endoscopia Digestiva. Estudo histopatológico da biópsia da
medula óssea evidenciou Tricoleucemia e da amostra duo-
denal linfagectasia e acúmulo de material amorfo compatível
com amiloidose secundária. Conclusão: O diagnóstico de
amiloidose secundária deve ser sempre lembrado, espe-
cialmente em pacientes que apresentam doenças crônico-
inflamatórias e neoplásicas.
Amiloidose Primária com
Envolvimento Intestinal Isolado –
Relato de Caso
Temário: Gastroenterologia / Intestino
Autores / Nome para referência / Instituição: DANIEL
CHAVES MENDES / MENDES, D.C. / FACULDADE DE MEDICINA NOVA
ESPERANÇA; CARLOS VINÍCIUS COSTA DE MENDONÇA JÚNIOR / MENDONÇA
JÚNIOR, C.V.C. / FACULDADE DE MEDICINA NOVA ESPERANÇA; ALESSANDRA
PATRÍCIO DA COSTA MENDES / MENDES, A.P.C. / CEDRUL-CENTRO
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM; CECÍLIA GABRIELA DE ARRUDA CASTELO
BRANCO BRITO / BRITO, C.G.A.C.B. / CEDRUL-CENTRO DIAGNÓSTICO POR
IMAGEM; LUIS FÁBIO BARBOSA BOTELHO / BOTELHO, L.F.B. / FACULDADE
DE MEDICINA NOVA ESPERANÇA; ALEXANDRE ROLIM DA PAZ / PAZ, A.R.
/ LABORATÓRIO HISTO; GUILHERME COSTA GUEDES PEREIRA / PEREIRA,
G.C.G. / LABORATÓRIO HISTO.
Resumo
Introdução: A amiloidose primária é uma doença sistêmica,
rara, caracterizada por deposição nos diversos tecidos de prote-
ína amiloide, que normalmente não é sintetizada pelo organismo,
podendo acometer vários órgãos alvos. Objetivos: Relatar caso
clínico raro de amiloidose primária de cadeia leve lambda com
acometimento de um único órgão alvo (intestino). Caso clíni-
co: Paciente JMS, 58 anos, sexo masculino, motorista, natural de
Sapé-PB com quadro de Diarreia intermitente, sem sangue há 2
meses associado à quadro de dispepsia. Exame abdominal mos-
trava abdome flácido,indolor à palpação superficial e profunda,
sem VMG, RHA positivos, DB negativo. Durante a investigação foi
realizada EDA que evidenciou uma gastrite erosiva plana modera-
da de antro e irregularidades difusas e espessamento da mucosa
duodenal. O exame histopatológico mostrou duodenite crônica
com extenso depósito de material amorfo vermelho-congo posi-
tvo. Imunofixação na urina de 24 horas evidenciou componente
monoclonal de cadeia leve lamba isolada. Demais exames com-
plementares não revelaram nenhum acometimento maior em ou-
tros órgãos. Conclusão: A amiloidose é doença rara que pode
causar o óbito decorrente de disfunções de órgãos importantes e
que neste caso apresenta a peculiaridade de comprometer um só
órgão (intestino). O tratamento existe e neste caso foi realizado
com sucesso através de transplante autólogo de células tronco
hematopoiéticas, recebendo preparação com melfalano.
Amnésia Global Transitória Induzida
por Endoscopia Digestiva Alta - Relato
de Caso
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para referência / Instituição: FERNANDA
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
BIZINELLI / BIZINELLI, F. / UFPR; BRUNO EUGÊNIO CANHETTI MONDIN /
MONDIN, B.E.C. / UFPR; RICARDO SCHMITT DE BEM / DE BEM, R.S. /
UFPR; KELLY CRISTINA VIEIRA / VIEIRA, K.C. / UFPR; FRANCIS PACIORNIK
ZORZETTO / ZORZETTO, F.P. / UFPR; LÍVIA RODRIGUES FIGUEIREDO
/ FIGUEIREDO, L.R. / UFPR; EDISON MATOS NÓVAK / NOVAK, E.M. /
UFPR; CARLOS ELISEU BARCELOS / BARCELOS, C.E. / UFPR;
Resumo
M.H., 57 anos, feminina, hipertensa. Realizou endoscopia
digestiva alta (EDA) no dia 10/06/11, sem sedação endovenosa,
apenas com lidocaína spray 10%, por queixas de refluxo pós
fundoplicatura. Após o procedimento, não se lembrava de tê-lo
realizado, nem sabia onde estava e fazia perguntas repetidas.
Não se lembrava de nenhum fato do dia, mas recordava dos
eventos dos dias anteriores. O exame físico era normal. No
dia seguinte houve remissão do quadro. Foram excluídas
causas cardiovasculares de embolia. Os exames laboratoriais,
ecocardiograma, doppler de carótidas, vertebrais e transcraniano
eram normais. A RNM de crânio, realizada no 4° dia, evidenciou
45
hipersinal discreto na sequência T2 em hipocampos. Na alta,
ela apresentava amnésia retrógrada seletiva referente ao dia da
EDA. Amnésia global Transitória (AGT) é uma amnésia episódica
anterógrada e retrógrada, de início abrupto, duração menor
que 24 horas e exame neurológico normal. O paciente mostra-
se agitado e faz perguntas repetidas. Fatores precipitantes
(identificados em 50-80% dos casos): exercício físico, estrêsse
psicológico, procedimentos médicos (procedimentos dolorosos
ou coronariografia, com poucos relatos pós EDA), intercurso
sexual. A RNM de crânio pode encontrar hipersinal no hipocampo
nas sequências de difusão e T2, sugerindo lesão isquêmica e/ou
edema citotóxico. Não há tratamento específico. O prognóstico é
excelente. A AGT é rara pós EDA, mas os médicos devem estar
cientes da possibilidade de ocorrer.
Análise Comparativa entre Resultados
de Ultrassonografias de Vias Biliares
e Colangiopancreatografia Retrógrada
Endoscópica (CPRE) no Hospital de
Ensino Alcides Carneiro
Temário: Endoscopia / Colangiopancreatografia
endoscópica retrógrada
Autores / Nome para referência / Instituição: MIGUEL
KOURY FILHO / KOURY FILHO, M. / HAC/FMP; MARCO ANTONIO CARDÃO
CHIMELLI / CHIMELLI, M.A.C. / HAC; ELIZABETH MADRIAGA BITTENCOURT
/ BITTENCOURT, E.M. / FMP; VICTOR RASSI GEDDA / GEDDA, V.R. / FMP;
MARCELA GARCIA ASSUNÇÃO / ASSUNÇÃO, M.G. / FMP; FERNANDO SIMÕES
NAZARENO / NAZARENO, F.S. / FMP; FÁBIO PERILLO BARBOSA / BARBOSA,
F.P. / FMP; RODRIGO BARRA CAIADO FLEURY / FLEURY, R.B.C. / FMP.

Resumo
Introdução: Na icterícia obstrutiva, determinar o local e natureza
gera melhor programação terapêutica. Inicialmente, utiliza-se um
exame não invasivo como a ultrassonografia (USG). Resolução
mais precisa pode ser obtida com a Colangiopancreatografia Re-
trógrada Endoscópica (CPRE), procedimento invasivo diagnóstico
e terapêutico. Objetivo: Análise comparativa entre os resultados
de USG de vias biliares e de CPRE. Metodologia: Análise re-
trospectiva de prontuários referentes a pacientes submetidos à
CPRE no período de fevereiro de 2010 a setembro de 2011 no
Hospital de Ensino Alcides Carneiro no município de Petrópolis
– RJ, referentes à detecção de cálculos nas vias biliares. Discus-
são: A USG é exame de escolha na avaliação inicial do paciente
com icterícia obstrutiva. É exame não invasivo de baixo custo e
fácil realização. Pode ser influenciado por diversos fatores, como
anatomia do paciente, experiência do examinador entre outros.
A CPRE é exame invasivo, com risco de complicações letais, po-
rém com maior acurácia diagnóstica. Resultados: Neste perío-
do 62 pacientes foram submetidos à CPRE. Sete pacientes não
46 possuíam USG prévia à CPRE e em 14 pacientes, a CPRE não
obteve sucesso. Em 41 casos foram realizados os dois exames.
Em 16 destes, a USG demonstrou coledocolitíase, dos quais 13
(81,25%) foram confirmados pela CPRE. Em 25 pacientes coledo-
colitíase não foi evidênciada pela USG prévia; destes, 11 (44%)
apresentaram cálculos à CPRE.
Análise de 378 Pacientes Submetidos
ao Tratamento Endoscópico do
Excesso de Peso (Balão Intragástrico)
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para referência / Instituição: RICARDO JOSÉ
FITTIPALDI FERNANDEZ / FITTIPALDI-FERNANDEZ, R.J. / ENDOGASTRO MED
SERVICE; BEATRIZ PEIXOTO RAMOS / RAMOS, B.P. / ENDOGASTRO MED SERVICE;
ANDRÉIA N. OLIVEIRA / OLIVEIRA, A.N. / ENDOGASTRO MED SERVICE, UERJ;
CARLOS PEIXOTO / PEIXOTO, C. / ENDOGASTRO MED SERVICE; BRUNA SARAIVA
NESI / NESI, B.S. / ENDOGASTRO MED SERVICE; CRISTINA FAJARDO DIESTEL /
DIESTEL, C.F. / ENDOGASTRO MED SERVICE, UERJ.
Resumo
Introdução: Os métodos endoscópicos, em especial o balão
intragástrico (BIG), mostram-se possivelmente eficazes no trata-
mento do excesso de peso. Objetivo: Avaliar eficácia e compli-
cações do tratamento com BIG nos pacientes da clínica Endo-
gastro Med Service. Métodos: Foram analisados 378 pacientes.
Utilizou-se BIG da Allergan (BIB®), com volume entre 600 e 700
ml. Os pacientes apresentaram Índice de Massa Corporal (IMC)
inicial mínimo de 27 kg/m² e foram acompanhados por equipe
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
multidisciplinar. Para análise dos dados utilizaram-se estatística
descritiva, teste t pareado e correlação de Spearman. Resul-
tados: 36 pacientes foram excluídos da análise: 21 por retirada
precoce, 3 por perda de peso nula e 2 por ganho de peso, além
de 10 por dados incompletos. A incidência de fungo foi de 1,06%
e de vazamento 0,53%. Dos 342 pacientes, 266 eram mulheres
e 76 homens. A média de idade foi de 37,02 anos. Os pacientes
apresentaram perda significativa de peso, com IMC final (média
de 29,60 kg/m²) significativamente menor que o IMC inicial (mé-
dia de 36,69 kg/m²) (p<0,0001). A redução média do IMC (kg/
m²) foi 7,18 (1,59-16,09). A média da perda percentual do peso
corporal foi de 19,28% e a média da perda percentual do excesso
de peso foi de 70,78%. Houve correlação positiva entre o número
de consultas com nutricionista e maior perda do excesso de peso
(p=0,0006). Conclusão: O tratamento endoscópico do excesso
de peso com BIG se estabelece como uma ótima opção terapêu-
tica a esta patologia.
Análise Clínica de Pacientes com
Doença de Wilson (DW) Atendidos
no Hospital Universitário da
Universidade Federal de Sergipe
Temário: Gastroenterologia / Fígado
Autores / Nome para referência / Instituição: TEREZA
VIRGÍNIA SILVA BEZERRA / NASCIMENTO, T.V. / UFS; ANNE MICHELLE
VARJÃO BOMFIM / BOMFIM, AMV / UFS; LUIS CARLOS ANDRADE /
ANDRADE, L.C. / UFS; ALEX VIANNEY CALLADO FRANÇA / FRANÇA,
A.V.C. / UFS; MAURÍCIO SOARES PACHECO / PACHECO, M.S. / UFS;
ROBERTO CÉSAR PEREIRA DO PRADO / PRADO, R.C.P. / UFS; THAÍNE
GARCIA CRUZ CARVALHO / CARVALHO, T.G.C. / UFS; DANIELA GÓIS
MENEZES / MENEZES, D.G. / UFS.
Resumo
A DW apresenta uma grande variabilidade de sua expressão
clínica. Seu diagnóstico é baseado em testes clínicos e bioquí-
micos, e só a combinação desses testes fornece uma grande
confiabilidade. O objetivo desse estudo foi realizar uma análise
clínica de pacientes com DW. Foram estudados 18 casos com
enfoque na caracterização clínica e laboratorial. No aspecto
clínico foram analisadas a variabilidade das manifestações ini-
ciais e a frequência do anel de Kayser-Fleischer (K-F). Quanto
aos exames complementares foram analisados os níveis de
ceruloplasmina, cobre sérico, cobre urinário e ressonância de
crânio. Em 4 pacientes (22,2%) a DW foi diagnosticada devido
à triagem familiar; em 8 (44,4%), o quadro clínico inicial foi he-
pático, em 5 (27,7%) neurológico é em 3 (16,6%) psiquiátrico.
Em alguns casos a doença iniciou-se com mais de um tipo de
manifestação. Dos 5 pacientes com manifestação neurológica,
3 (60%) apresentaram tremor e 2 (40%) disartria. O anel de
K-F estava presente em 9 dos 13 casos em que foi pesquisado.
Hipoceruloplasminemia ocorreu em 100% dos casos, hipocu-
premia em 83,3% e hipercuprúria em 83,3%. A ressonância de
crânio, realizada em 5 casos, mostrava, em 4 áreas hipoatenu-
antes nos gânglios da base. Os pacientes foram tratados com
d-penicilamina e zinco, havendo melhora do quadro hepático,
mas piora inicial do quadro neurológico. Ocorreram 2 óbitos
devido a complicações hepáticas. Esse estudo permite vislum-
brar melhor o perfil clínico da DW em Sergipe.
Análise da Associação entre
Parâmetros Phmétricos e Sintomas
Típicos de Doença do Refluxo
Gastroesofágico (DRGE) em
Pacientes Atendidos no Hospital das
Clínicas da Faculdade de Medicina
de Ribeirão Preto – Universidade de
São Paulo
Temário: Gastroenterologia / Esôfago
Autores / Nome para referência / Instituição: VANIELA
ZONTA / ZONTA, V. / HCFMRP-USP; CAROLINE DE MEDEIROS SANTOS
/ SANTOS, C.M. / HCFMRP-USP; DIEGO CARDOSO BAIMA / BAIMA,
D.C. / HCFMRP-USP; JOEL ADRIANO BORDIGNON / BORDIGNON,
J.A. / HCFMRP-USP; SAULO FREITAS FERREIRA / FERREIRA, S.F.
/ HCFMRP-USP; ROBERTO OLIVEIRA DANTAS / DANTAS, R.O. /
HCFMRP-USP; LILIAN ROSE OTOBONI APRILE / APRILE, L.R.O. /
HCFMRP-USP.
Resumo
Introdução: A DRGE é uma das mais comuns na prática mé-
dica, com prevalência, no Brasil, em torno de 12%. A pHme-
tria de 24 horas é considerada o método “gold standart” para
demonstração de refluxo gastroesofágico patológico. Obje-
tivos: Analisar a associação de dois parâmetros pHmétricos
(pontuação de DeMeester e fração total de tempo com pH <
4) e sintomas típicos de DRGE (pirose e/ou regurgitação) em
pacientes com endoscopia digestiva alta normal. Casuística:
52 pacientes, sendo 42 do gênero feminino e 10 do gênero
masculino, com idade variando de 22-80 anos (médiana de
50 anos). Método: Estudo retrospectivo de prontuários de
pacientes atendidos no ambulatório de Gastroenterologia do
HCFMUSP- RP no período de janeiro de 2009 a agosto de
2011, com pirose e/ou regurgitação que foram submetidos à
pHmetria de 24 horas, utilizando o aparelho Digitrapper MKIII
(Synetics Medical), com cateter de um canal de registro. A
análise dos resultados foi feita utilizando-se o teste do Qui-
Quadrado. Resultados: A associação entre pacientes com
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
pirose e/ou regurgitação e a pontuação de DeMeester, não foi
significativa (p = 0,96, RR - 0,9917; IC 95%: 0,7096-1,386);
a associação entre pacientes com pirose e/ou regurgitação e
a fração total de tempo com pH < 4, não foi significativa (p =
0,56, RR - 0,8597; IC 95%: 0,6114-1,209). Conclusão: Nes-
ta casuística não houve associação entre sintomas e os parâ-
metros pHmétricos analisados, entretanto, deve-se considerar
a pequena amostra estudada.
Análise da Eficácia do Uso de
Pinça Bisturi Bipolar Seladora em
Hepatectomias – Estudo Prospectivo
Temário: Cirurgia / Fígado
Autores / Nome para referência / Instituição: ELAINE
CRISTINA DE ATAIDE / ATAIDE, E.C. / UNICAMP; ALEXSANDRO SORDI
LIBARDONI / LIBARDONI, A.S. / UNICAMP; FERNANDO ROMANI
ARAUJO / ARAUJO, F.R. / UNICAMP; MILENA GARCIA / GARCIA,
M. / UNICAMP; WILMAR AZAL NETO / NETO, A.N. / UNICAMP;
ANAISA PORTES RAMOS / RAMOS, A.P. / UNICAMP; THIAGO JORDÃO 47
MATTOSINHO / MATTOSINHO, T.J. / UNICAMP; ILKA DE FÁTIMA
SANTANA FERREIRA BOIN / BOIN, I.F.S.F. / UNICAMP.
Resumo
As cirurgias de ressecção hepática vem sendo realizadas des-
de a metade do século 20. Novos avanços técnicos têm pro-
movido ao longo dos anos diminuição dos índices de morbi-
mortalidade . O objetivo desse estudo foi avaliar a eficácia do
uso da pinça de bisturi bipolar EnSealR, capaz de selar e cortar
vasos e tecidos. Material e método: Foram avaliados 20
pacientes, 9 com uso de EnSealR (E) e 10 com utilização de
aspirador ultrassônico (U) em estudo aleatório não randomi-
zado. Foram analisados: número e tamanho dos tumores, tem-
po total de cirurgia, sangramento, dias em UTI, transfusões,
tempo de internação hospitalar, presença de infecção, fístula
biliar, exames bioquímicos da internação, do pós-operatório
imédiato e do momento da alta hospitalar. As variáveis fo-
ram estudadas segundo o teste t de Student. Resultados:
As duas populações (E/U) demonstraram-se homogêneas
em relação às suas características. A necessidade de trans-
fusão (0,3/0,5u), tempo cirúrgico (196,7/210min), tempo de
internação (5,3/6,3dias) e de UTI (1,2/1,7dias) tendeu a ser
menor no grupo com uso de EnSealR, no entanto sem diferen-
ça estatística ( p=0,07). Houve recuperação mais acelerada
(p=0,03) da função hepática no momento da alta no grupo
EnSealR: albumina (3,9/3,4mg/dL), AST (26,1/83,6 U/l), ALT
(31,3/105,4U/l), FALC (42,2/93,7U/l). Conclusão: O uso da
pinça de bisturi bipolar EnSealR demonstrou-se promissor no
auxilio da resseção hepática tanto no intraoperatório como na
recuperação pós-cirúrgica.

Análise da Experiência do Serviço
de Endoscopia Digestiva Alta
da Irmandade Santa Casa de
Misericórdia de Porto Alegre
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para referência / Instituição: JORGE
ALBERTO JOHN / JOHN, J.A. / ISCMPA; ANE MICHELI COSTABEBER /
COSTABEBER, A.M. / ISCMPA; LÍVIA CAPRARA LIONÇO / LIONÇO,
L.C. / ISCMPA; JÚLIO PEREIRA-LIMA / PEREIRA-LIMA, J. / ISCMPA;
LUCIANA DOS SANTOS SCHRAIBER / SCHRAIBER, L.S. / ISCMPA; SUELEN
APARECIDA DA SILVA MIOZZO / MIOZZO, S.A.S. / ISCMPA; JONATHAN
SOLDERA / SOLDERA, J / ISCMPA.
Resumo
Introdução: A endoscopia digestiva alta (EDA) consiste em mé-
todo diagnóstico e terapêutico para inúmeras afecções do esôfa-
go. Objetivo: Analisar a experiência do serviço de EDA de um
centro terciário. Método: Revisão de relatórios de EDA duran-
48
te o ano de 2010 no Serviço de Endoscopia do Sistema Único
de Saúde do Complexo Hospitalar Santa Casa de Porto Alegre.
Resultados: Foram executados mais de 2600 exames. Nesses,
foram encontradas 2200 alterações esofágicas e as mais Frequen-
tes foram varizes de esôfago (436), hérnia hiatal (391), retrações
cicatriciais pós-procedimentos (280), esofagite de refluxo (278) e
estenose esofágica (133). Foram realizados 88 exames por neo-
plasia esofágica e 89 exames em pacientes com esofagectomia.
Foram observadas alterações de esôfago de Barrett (37), lesão
precoce esofágica (27) e fundoplicatura (25). Foram identificados
candidose (60), úlceras (22), anéis ou membranas17, divertículos
(10), mucosa gástrica ectópica (11), esofagite actínica (11), aca-
lasia (11), pólipos esofágicos (4) e fístula tráqueo-esofágica (5).
Quanto à terapêutica, foram realizados 98 dilatações endoscópi-
cas, 62 ligaduras elásticas de varizes esofágicas, 62 passagens
de sonda nasoentérica, 12 escleroterapias na vigência de san-
gramento, além de 4 retiradas de corpo estranho e uso de balão
esofágico (6). Conclusão: Tal casuística reflete a importância da
EDA no diagnóstico e tratamento dos pacientes do SUS acometi-
dos por doenças esofágicas e atendidos neste hospital.
Análise da Morbimortalidade e
Complicações Pós-Operatórias
em Pacientes Submetidos à
Duodenopancreatectomia
Temário: Cirurgia / Pâncreas
Autores / Nome para referência / Instituição: LAISSA
WANE CAVALCANTE REBOUÇAS / REBOUÇAS, L.W.C. / UFCG; JEFFERSON
NILDO DA COSTA MARINHO / MARINHO, J.N.C. / UERN; JOSÉ WILLIAMS
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
REBOUÇAS / REBOUÇAS, J.W. / HGTM, UERN; DANIEL AMORIM RICARTE
DE OLIVEIRA / OLIVEIRA, D.A.R. / UFCG; JOSÉ VICTOR SILVA ROCHA
/ ROCHA, J.V.S. / UFCG; JAIME EMANUEL BRITO ARAUJO / ARAUJO,
J.E.B. / UFCG; LUZINETE SEVERO DOS SANTOS / SANTOS, L.S. / FIP.
Resumo
Introdução: A duodenopancreatectomia é um procedimento ci-
rúrgico realizado em pacientes com neoplasias pâncreáticas, duo-
deno, papila de Vater, via biliar distal e algumas doenças benignas.
Por sua complexidade, associada à morbidade e mortalidade, o
valor do procedimento esteve historicamente sendo questiona-
do. Entretanto, nas últimas décadas ocorreu a melhora da técnica
operatória, do suporte anestésico, de terapia intensiva e nutricio-
nal. Objetivo: O objetivo desse trabalho foi analisar artigos cien-
tíficos e relatar a morbimortalidade associada à técnica de duo-
denopancreatectomia, avaliando também as principais complica-
ções e sobrevida dos pacientes. Casuística: As complicações
pós-operatórias mais frequentes foram pneumonia e infecção de
ferida operatória. Óbitos ocorreram devido às complicações sép-
ticas e hemorrágicas. A duração do ato operatório não influiu na
morbimortalidade ou na sobrevida. Não se verificaram diferenças
quanto ao óbito e complicações em pacientes acima de 60 anos.
Método: Revisão de literatura. Resultados: A morbimortalida-
de operatória dos pacientes submetidos tem diminuído devido
aos avanços na técnica operatória, assistência anestésica e cui-
dados intensivos pós-operatórios. Conclusão: O procedimento
continua a ser a melhor abordagem para doenças periampolares
benignas e malignas. A seleção adequada do paciente e cuidado-
sa técnica cirúrgica representam os fatores mais importantes para
minimizar a morbidade e mortalidade.
Análise da Prevalência de Sobrepeso
e Obesidade em Funcionários
de Saúde em Hospital Escola
Catarinense
Temário: Gastroenterologia / Miscelânia
Autores / Nome para referência / Instituição: MAURICIO
PAULIN SORBELLO / SORBELLO, M.P. / HCFMUSP; MARI ÂNGELA
FERNANDES / FERNANDES, M.A. / UNISUL; DEISY MENDES PORTO /
PORTO, D.M. / UNISUL; MÁRCIA DA SILVA FORTUNATO / FORTUNATO,
M.S. / UNISUL; JORGE FARIA MARASCHIN / MARASCHIN, J.F. /
UNISUL;
Resumo
Introdução: Atualmente, acredita-se que cerca de 350 mi-
lhões de pessoas sejam obesas no mundo. Este assunto se
torna ainda mais relevante quando analisamos a prevalência
de sobrepeso e obesidade infantil. Em 2000, 15% das crian-
ças americanas apresentavam sobrepeso (OMS). Objetivo:
Identificar a prevalência de sobrepeso e obesidade, bem como
os fatores a eles associados, em funcionários do Hospital Nos-
sa Senhora da Conceição (HNSC) de Tubarão/SC, comparan-
do os turnos diurno e noturno. Métodos: Estudo transversal
de prevalência, envolvendo 230 profissionais da equipe de
enfermagem, das unidades abertas do HNSC, avaliados atra-
vés de entrevistas e medida de dados antropométricos. Para
a classificação do estado nutricional foi utilizado o Índice de
Massa Corporal. Resultados: A prevalência de funcionários
com peso dentro da normalidade foi de 79 (56%), sobrepeso
de 47 (33,3%) e obesos de 15 (10,6%). Em relação ao sexo,
as proporções de sobrepeso e obesidade encontradas foram,
de 31,91% e 19,86% para o feminino, 43,94% e 13,64% para
o sexo masculino, respectivamente. As variáveis associadas à
obesidade, que apresentaram significância estatística, foram:
idade, turno de trabalho e circunferência da cintura. Conclu-
são: As elevadas proporções de excesso de peso entre os
funcionários da área da saúde avaliados sugerem a necessida-
de de ações destinadas à prevenção e ao controle do excesso
de peso, objetivando sua redução e consequente controle das
doenças crônicas a ele associadas.
Análise das Indicações Clínicas
e Hipóteses Diagnósticas
para a Solicitação de Exames
Endoscópicos em Pacientes do
Sistema Único de Saúde no Meio
Oeste Catarinense
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para referência / Instituição: DENIS
CONCI BRAGA / BRAGA, DC / UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA
CATARINA (UNOESC); JOÃO PAULO BULLA MARIA / MARIA, JPB /
UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA (UNOESC);
Resumo
Introdução: A endoscopia digestiva alta (EDA) se tornou
um exame rotineiro para a avaliação do trato gastrointestinal
no cotidiano do médico da estratégia de saúde da família
(ESF). Objetivos: Correlacionar dados clínicos preenchidos
por médicos da ESF, bem como as hipóteses diagnósticas
interrogadas na solicitação do exame endoscópico
com a conclusão elaborada pelo endoscopista. Verificar
se a indicação é precisa, assim como os sintomas e
hipóteses mais prevalentes. Casuística: Análise de 1316
prontuários de pacientes submetidos à endoscopia em
uma clínica sediada no município de Joaçaba. Método:
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
Estudo transversal e retrospectivo. Foram incluídos laudos
endoscópicos e solicitações médicas de cidades do meio-
oeste catarinense no período de 2008 a 2010. Resultados:
524 pacientes eram do sexo masculino e 792 feminino. Os
principais diagnósticos foram gastrite não erosiva (46,5%),
gastrite erosiva (20%) e hérnia hiatal (7,3%). Os sintomas
mais prevalentes foram epigastralgia (57%), pirose (13,3%)
e dispepsia (10,7%). A correlação entre indicação clínica e
laudo endoscópico foi negativa em apenas 9.7% dos casos
(n=127). A correlação entre as hipóteses diagnósticas com
os laudos endoscópicos foram positivas em 57,4% (n=750)
dos casos (n=552). Conclusão: A relação entre inferir
uma hipótese diagnóstica e correlacioná-la com o laudo
endoscópico foi positiva em pouco mais de 50%. Isto reforça
a necessidade da endoscopia no diagnóstico das patologias
do trato gastrointestinal.
Análise de 165 Casos de Gastrostomia
Endoscópica Percutânea
49
Temário: Cirurgia / Miscelânia
Autores / Nome para referência / Instituição: ANA LEONOR
ARIBALDO DE MEDEIROS / MEDEIROS, A.L.A. / UNP; PAULO EDUARDO
ALVES PINHEIROS / PINHEIRO, P.E.A. / UNP; HUGO GONÇALO GUEDES /
GUEDES, H.G. / UNP; ANA BEATRIZ DE OLIVEIRA GERMANO / GERMANO,
A.B.O. / UNP; LUIZA QUEIROZ SENA / SENA, L.Q. / UNP; BRENNDA
MORGANA OLIVEIRA VALENÇA / VALENÇA, B.M.O. / UNP; SILVIO JOSE DE
LUCENA DANTAS / DANTAS, S.J.L. / UNP; MATHEUS OLIVEIRA DA SILVA /
SILVA, MO / UFRN.
Resumo
A gastrostomia endoscópica percutânea (Gep) tem sido a
escolha para fornecer nutrição enteral por longo prazo. Apesar
de seguro, tal procedimento pode ser acompanhado de
complicações. Objetivos: análise das complicações imédiatas,
técnicas e infecciosas da Gep em pacientes com afecções
neurológicas. Metodologia: follow-up dos pacientes que se
submeteram à GEP entre janeiro de 2000 e maio de 2011, no
Serviço de Gastrocirurgia da Casa de Saúde São Lucas, Natal /
Brasil. Resultados: De um total de 165 pacientes (58,8% eram
mulheres) houveram 03 mortes até o 30º dia de pós-operatório,
mas nenhuma relacionada ao procedimento. A doença encéfalo
vascular foi prevalente em 58,2% dos casos e a taxa geral de
complicações foi de 15,2%, sendo 8,5% de complicações menores
e 6,7% de complicações maiores. Os fatores que aumentaram as
chances para as complicações foram desnutrição (p = 0,015.
OR = 1,065) e pneumonias de repetição pré-operatórias (p =
0,018. OR = 1,094), enquanto que a idade maior que 65 anos
tinha relação direta com o grau de desnutrição (p = 0,036. OR
= 1,129). Os que complicaram tinham mais de 81 anos, em sua

maioria mulheres, com doenças neurodegenerativas, desnutridos,
com pneumonias de repetição antes do procedimento e faziam
uso prévio de cateter nasoenteral. Conclusão: As taxas de
complicações da Gep no nosso serviço condizem com a literatura,
confirmando a eficácia e seguridade da Gep no suporte nutricional
dos pacientes, porém, não isento de complicações graves.
Análise dos Processos Contra Médicos
Endoscopistas no Tribunal de Justiça
de São Paulo
Temário: Endoscopia / Miscelânea
Autores / Nome para referência / Instituição: HEITOR CORRÊA
BARBIN / BARBIN, H.C. / ISCMSP; SEIJI NAKAKUBO / NAKAKUBO, S. /
ISCMSP; FÁBIO MARIONI / MARIONI, F. / ISCMSP; SERGIO GNATOS
LOMBARDI / LOMBARDI, S.G. / ISCMSP.
Resumo
50 Constata-se significante aumento dos processos contra médicos
no Estado de SP. Questionam a responsabilidade ética, cível e
penal no exercício da profissão. Diante da crescente tendência
é de vital importância seu conhecimento no intuito de orientar
o profissional para que possa exercer sua atividade de forma
rotineira e segura, municiado para produzir sua defesa. Objetivos:
Levantamento dos processos contra os médicos endoscopistas
no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJESP), por
meio da Internet. Analisar os aspectos periciais relacionados.
Método: Análise das ações entre 1999 e 2010. Resultados:
Encontradas 87 ações. Destas 16 por erro médico associado à
endoscopia, sendo:4 por tromboses periféricas, 3 perfurações
de vísceras, 3 erros de diagnósticos, 2 abdomes agudos
não diagnosticados, 2 relacionados a exame complementar
específico, 1 óbito por IAM; 1 questionava conduta e 1 queda
da maca. Em 81,2% foram deferidas as perícias pelos juízes.
Houve concordância entre o laudo pericial e a decisão judicial
em 76,9%. A queixa era fundamentada em desvio de conduta
por imperícia em 69,2% e em 30,7% como erro de diagnóstico.
A condenação e responsabilização ocorreram em 37,5% das
vezes. Conclusão: 1) Endoscopia representa um pequeno
contingente de ações. 2) Foi deferida pelos juízes a avaliação
pericial na maioria dos casos. 3) Há correlação entre o relatório
pericial e a decisão dos juízes. 4) Na maioria das vezes, a queixa
de erro médico fundamentava-se na imperícia.
Análise Manométrica de Portadores
da Doença do Refluxo Gastro Esofágico
sem Disfagia: Manometria Pré-
Operatória é Essencial?
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
Temário: Cirurgia / Esôfago
Autores / Nome para referência / Instituição: MAXWEL
CAPSY BOGA RIBEIRO / RIBEIRO, M.C.B. / UNICAMP; JOÃO COELHO DE
SOUZA NETO / COELHO NETO, J.S. / UNICAMP; LUIZ ROBERTO LOPES
/ LOPES, L.R. / UNICAMP; NELSON ADAMI ANDREOLLO / ANDREOLLO,
N.A. / UNICAMP;
Resumo
Introdução: Disfagia persistente após tratamento cirúrgico
da doença do refluxo gastro-esofágico (DRGE) é uma temida
complicação, que justifica, segundo a literatura, a realização rotineira
de manometria esofágica (ME) pré-operatória, independentemente
se disfágicos ou não. Objetivo: Discutir a necessidade da ME
pré-operatória em doentes submetidos à correção cirúrgica
da DRGE. Casuística: 69 pacientes com DRGE sem disfagia.
Métodos: Pacientes com DRGE, sem disfagia, foram submetidos
à ME de 8 canais e seus achados manométricos foram analisados.
Resultados: A idade média dos pacientes foi 47,8 anos e 36 eram
do sexo feminino (52,17%). O exame manométrico foi normal em
21 pacientes (31,34%). Hipotonia do esfíncter esofágico inferior
(EIE) isolada foi observada em 33 doentes (47,82%). Hipotonia do
EIE associada à distúrbios de contratilidade do corpo esofágico
foram vistos em 20,28% e hipocontratilidade do esôfago em
apenas 1 paciente (1,44%). Outros achados foram hipertonia
do EIE (1 caso) e hipertonia do esfíncter superior do esôfago
(1 paciente). Conclusão: A hipotonia do EIE foi predominante
(68,1%), fato esperado nessa população. Entretanto, número
significativo de pacientes sem disfagia apresentou algum grau de
comprometimento da contratilidade esofágica (21,73%). Portanto,
estes achados nos levam a concluir a importäncia da indicação de
ME no pré-operatório da DRGE. E podem explicar a ocorrência da
disfagia pós-operatória persistente e prolongada em alguns casos.
Análise Multifatorial das
Esofagectomias Realizadas no
Hospital de Clínicas de Porto Alegre:
Experiência de Centro de Atendimento
Terciário
Temário: Cirurgia / Esôfago
Autores / Nome para referência / Instituição: ANDRÉ
RICARDO PEREIRA DA ROSA / ROSA, A.R. / UFRGS; CLEBER DARIO PINTO
KRUEL / KRUEL, C.D. / UFRGS; RICHARD R. GURSKI / GURSKI, RR /
UFRGS; CARLOS CAUDURO SCHIRMER / SCHIRMER, C.C. / UFRGS;
RICARDO F. ROMANI / ROMANI, R.F. / UFRGS; MATHEUS D. FICK / FICK,
M.D. / UFRGS; SAMANTA D. DE ROSSI / ROSSI, S.D. / UFRGS; KÁTIA
G. GONÇALVES / GONÇALVES, K.G. / UFRGS; ALINE J. C. MENDONÇA /
MENDONÇA, A.J. / UFRGS.
Resumo
Introdução: O câncer de esôfago tem como principal
tratamento a esofagectomia. Objetivo: Analisar fatores
relacionados à realização de esofagectomias no Hospital de
Clínicas de Porto Alegre (HCPA). Métodos: A busca de dados
foi realizada através da revisão do prontuário informatizado.
Resultados: Durante o período analisado, foram realizadas
142 esofagectomias em pacientes com neoplasia de esôfago.
Ocorreram complicações pós-operatórias precoces em 80,3%
dos casos, sendo a complicação mais comum fístula cervical.
A complicação tardia mais frequente foi estenose cervical.
Houve mortalidade pós-operatória em 17 casos. Discussão:
De acordo com dados da literatura, pacientes submetidos
à esofagectomia em hospitais com grande volume do
procedimento tiveram desfechos melhores: mortalidade pós-
operatória menor e as taxas de complicações pós-operatórias
precoces entre 40-80%, de acordo com características do
paciente. Com a realização de 142 cirurgias em um período de
10 anos, o HCPA pode ser considerado um hospital de grande
volume de esofagectomia. Os dados sobre complicações
pós-operatórias precoces obtidas no nosso estudo, mesmo
no limite superior dos resultados da literatura, podem ser
considerados satisfatórios, já que se trata de um hospital
terciário. A mortalidade pós-operatória foi similar aos hospitais
de grande volume. Conclusão: HCPA vem apresentando
desfechos comparáveis aos grandes centros que realizam
esofagectomia.
Angiodisplasia Gástrica Hemorrágica
tratada com Coagulação de Plasma
de Argônio - Relato de Caso
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para referência / Instituição: DARLA
VIANA RAMOS / RAMOS, D.V. / UFC; RITA CHELLY FÉLIX TAVARES /
TAVARES, R.C.F. / UFC; MARCELO VICTOR RIBEIRO SALES / SALES, MVR
/ UFC; RÉGIS BEZERRA SILVA / SILVA, R.B. / UFC; GILDO BARREIRA
FURTADO / FURTADO, G.B. / UFC; MARCELLUS HENRIQUE LOIOLA
PONTE DE SOUZA / SOUZA, M.H.L.P. / UFC; MIGUEL ÂNGELO NOBRE
E SOUZA / SOUZA, M.A.N. / UFC.
Resumo
Introdução: Angiodisplasias gastroduodenais têm sido des-
critas como causa de hemorragia digestiva alta em 4-7 % dos
pacientes; esse sangramento tende há ser recorrente e crônico,
podendo causar uma hemorragia volumosa. Uma variedade de
tratamentos endoscópicos pode ser usado no tratamento das
angiodisplasia. A coagulação com plasma de argônio (CPA) é
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
um método seguro e efetivo para o tratamento da angiodispla-
sia. O presente resumo descreve um caso de angiodisplasia
gástrica, tratado com CPA. Relato de caso: JPS, 65 anos,
masculino, procedente de Fortaleza, Ceará. Apresentou epi-
sódio de melena importante com instabilidade hemodinâmica,
hemoglobina de 5,2 g/dL e necessidade de hemotransfusão.
Colonoscopia sem sinais de sangramento evidentes. Endosco-
pia mostrou angiodisplasia antral com sinais de sangramento
ativo. Realizada hemostasia inicial com solução esclerosante
de adrenalina e posteriormente encaminhado para tratamento
definitivo com CPA no serviço de Endoscopia do HUWC- UFC.
Realizada injeção de solução de adrenalina antes para evitar
lesões mais profundas da parede. Pulverizado argônio sobre a
lesão vascular e regiões adjacentes. Revisão endoscópica após
3 semanas mostrou apenas cicatriz de úlcera. Até o momento
(7 meses) paciente não apresentou recidiva do sangramento.
Discussão: Salienta-se que o sangramento por angiodispla-
sia necessita de tratamento, que normalmente pode ser reali-
zado por via endoscópica sendo a CPA segura e eficaz.
51
Angiostrongilíase Hepática : Caso
Presuntivo
Temário: Gastroenterologia / Miscelânia
Autores / Nome para referência / Instituição: FÁBIO
SOBRAL RANGEL, LYSANDRO ALSINA NADER, CAROLINA ZIEBELL CARPENA
/ CARPENA C.Z. / ELZA CRISTINA MIRANDA DA CUNHA / CUNHA, E.C.M. /
VANESSA FERLIN / FERLIN, V. / FELIPE EDUARDO RODRIGUES / RODRIGUES,
F.E. / THIAGO ALEXANDRE RODRIGUES / RODRIGUES, T.A. / RANGEL, F.S.
/ UFPEL.
Resumo
A angiostrongilíase é uma doença zoonótica causada pelo
Angiostrongylus costaricensis, um nematódeo filarioide que é
transmitido, geralmente, pela ingestão de lesmas ou secreções
destas em saladas e frutas. As manifestações clínicas incluem
dor abdominal intensa, constipação, febre alta até obstrução
ou perfuração intestinal. Na forma hepática apresenta-se com
hepatomegalia dolorosa, ligeiro aumento de enzimas hepáticas
e eosinofilia marcada. Homem, 41 anos, procedente de Pelotas,
degustador de alimentos defumados, apresentava quadro febril
persistente de 15 dias, sem melhora com antibióticos, associado
a desconforto em hipocôndrio direito, eosinofilia de 3915/mm³
ALT de 141 U/L e AST de 50 U/L. A TC de abdome demonstrava
imagem hipodensa no segmento 4B do fígado de natureza
inflamatória. Realizou ELISA para toxocar a canis e angiostrongilus,
tendo reatividade somente ao segundo. A lesão permaneceu ao
controle radiológico até o quarto mês, quando desapareceu.
A angiostrongilíase é uma doença pouco lembrada e de difícil
diagnóstico, pois depende de grande suspeição e a definição

depende da demonstração do parasita em peças cirúrgicas. O
ELISA reativo prediz o diagnóstico, principalmente quando negativo
para larva migrans. A história natural da infecção é de resolução
espontânea. Antiparasitários não demonstraram ser eficazes. Dessa
maneira, medidas profiláticas como a higienização adequada dos
vegetais são de grande impacto para evitar essa infecção.
Apendagite Epiplóica – Uma Causa
Incomum de Dor Abdominal
Temário: Gastroenterologia / Intestino
Autores / Nome para referência / Instituição: GERSON
NOGUEIRA DE MORAES / MORAES, G.N. / HSPE-IAMSPE; ANGELA MARIA
BORRI WOLOSKER / WOLOSKER, A.M.B. / HOSPITAL SÃO LUIS-S.P.; LUCIA
MARA PALOMO / PALOMO, L.M. / HSPE-IAMSPE; DEBORA DOURADO
POLI / POLI, D.D. / HSPE-IAMSPE.
Resumo
52 Introdução: Apendagite epiplóica (AE) é condição inflamatória
incomum sendo consequência da torção do pedículo vascular
do apêndice epiplóico. Manifesta-se com dor abdominal aguda;o
diagnóstico é feito por tomografia computadorizada(TC). Objeti-
vo: Descrever caso de AE. Métodos: Estudo retrospectivo através
de análise de prontuário. Relato de Caso: mulher,46 anos,há 4
dias com dor abdominal em fossa ilíaca esquerda. Hemograma e
bioquímica de sangue normais.TC revelou densificação da gordura
anti mesentérica no terço distal do cólon descendente compatível
com AE. Medicada com antiinflamatório evoluiu com melhora da
dor. Discussões: Apêndice epiploicos são projeções de gordura
subserosa na superfície externa do cólon. AE é condição inflama-
tória decorrente da torção do pedículo vascular ou da trombose
venosa espontânea. Apresenta-se com dor abdominal estando o
abdome flácido com desconforto localizado; leucograma normal ou
discreta neutrofilia e enzimas hepática e pancreática normais. Com
sinais e sintomas inespecíficos, o diagnóstico é incomum sendo o
diagnóstico diferencial feito com diverticulite,apendicite e colecis-
tite. A TC diagnostica como lesão ovalada, paracolica, com atenu-
ação de gordura e pequena lâmina hiperdensa periférica e gor-
dura marginal peritoneal espessada. Tratamento frequentemente
conservador com anti-inflamatório. Conclusão: AE embora diag-
nóstico incomum deve ser considerado no diagnóstico diferencial
da dor abdominal aguda,pois identificado pela TC evitará cirurgia
desnecessária.
Apendagite – Relato de Casos
Temário: Cirurgia / Miscelânia
Autores / Nome para referência / Instituição: FERNANDO
ANTÔNIO GALVÃO PEREIRA JÚNIOR / PEREIRA JR, F.A.G. / FMV; MARCIA
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
MACHADO GALVÃO PEREIRA / PEREIRA, M.M.G. / FMV; MAURO GOMES
BASTOS FILHO / BASTOSFILHO, M.G. / FMV; LUIZA HELENA MIRANDA /
MIRANDA, L.H. / FMV; FERNANDA DINIZ DE OLIVEIRA / OLIVEIRA, F.D.
/ FMV; TÁCIO GUARDELLI MENDONÇA MESQUITA / MESQUITA, T.G.M. /
FMV; FERNANDA DE SOUZA SANTANA / SANTANA, F.S. / FMV; LUCIANA
STUDART RODRIGUES REIS / REIS, L.S.R. / FMV.
Resumo
Introdução: Os apêndices epiplóicos são projeções de gordura
na superfície externa do cólon na cavidade peritoneal. Encontram-
se presentes em todos os segmentos colônicos, porém em maior
densidade no cólon esquerdo. Apendagite Epiplóica(AE) é uma
condição clínica que resulta da torção ou trombose venosa espon-
tânea das veias que drenam os apêndices epiplóicos. Objetivo:
Relatar 2 casos de AE, mostrando a importância desta patologia no
diagnóstico diferencial em casos de dor abdominal aguda. Méto-
do: Os autores relatam dois casos de pacientes do sexo masculino,
idade média de 42 anos, que apresentaram dor súbita em FIESQ,
após intenso esforço físico,sem sinais irritação peritoneal, febre
ou vômitos. Realizado TC Abdomê com diagnóstico de AE. Foram
tratados com analgésicos co-muns. Resultado: Apresentaram
pronta recuperação em cerca de cinco dias, após terapia instituí-
da. Conclusão: É uma doença inflamatória abdominal incomum,
de bom prognóstico, autolimitada, que vem sendo mais frequen-
temente diagnosticada em virtude dos avanços nos métodos de
imagem. Acomete mais indivíduos do sexo masculino na quarta e
quinta décadas; associam-se à obesidade, hérnias e realização de
atividades físicas estenuantes. O diagnóstico é feito por tomografia
computadorizada (TC). Por ser uma doença autolimitada e benigna,
o tratamento é conservador e ambulatorial. O diagnóstico incorreto
pode levar a intervenções desnecessárias, sejam elas hospitaliza-
ções, antibioticoterapia ou até mesmo cirurgias.
Apendicite Crônica - Relato de Caso
Temário: Endoscopia / Colonoscopia
Autores / Nome para referência / Instituição: JEFFERSON
QUEIROZ CARNEIRO / CARNEIRO, J.Q. / UNIGASTRO- JOÃO PESSOA-PB;
ANTÔNIO FELIPE ZACARIAS JÚNIOR / ZACARIAS JÚNIOR, A.F. / UNIGASTRO-
JOÃO PESSOA- PB; ALEXANDRE ROLIM DA PAZ / PAZ, AR / LABORATÓRIO
HISTO- JOÃO PESSOA- PB; MANOEL JAIME XAVIER FILHO / XAVIER FILHO, M.J.
/ ENDOVÍDEO- JOÃO PESSOA- PB; CARLOS VINÍCIUS COSTA DE MENDONÇA
JÚNIOR / MENDONÇA JÚNIOR, C.V.C. / FACULDADE DE MEDICINA NOVA
ESPERANÇA;
Resumo
A Apendicite Crônica é uma inflamação rara localizada no apêndi-
ce vermiforme, com evolução arrastada, sendo consequência de
um processo agudo que cronificou. É caracterizada principalmen-
te pela dor crônica no quadrante inferior direito. Paciente ACMF,
masculino, 57 anos, apresentou um quadro de dor abdominal com
queda do estado geral um ano antes da elucidação do caso. Procu-
rou a urgência naquela época, onde foi medicado com analgésicos
intra-hospitalar e domiciliar, com persistência da sintomatologia de
forma mais leve por 05 dias, seguida de melhora plena. Passou a
apresentar desde aquele evento um quadro de desconforto abdo-
minal difuso com predomínio em FID. Posteriormente surgiu uma
piora desse desconforto, quando após uma semana, decidiu pro-
curar assistência médica. A USG sugeriu massa em região de ceco.
Na colonoscopia foi evidênciado em ceco presença de orifício
apendicular amplo, com hiperemia circunjacente peri-apendicular,
edema em padrão mosaico e úlcera fibrinosa, algo deprimida justa-
apendicular, que foi biopsiada. O histopatológico evidenciou uma
colite crônica inespecifica em atividade, com infiltrado inflamatório
misto linfoplasmocitário e frequentes eosinófilos de permeio no có-
rion. Foi conduzido à apendicectomia, onde foi encontrado plastrão
bloqueando região apendicular. Paciente recuperou-se bem, fican-
do assintomático no pós-cirúrgico. Apesar de rara, a apendicite
crônica deve ser suspeitada como entidade responsável por casos
de dor abdominal crônica.
Apendicite de Coto – Relato de Caso
Temário: Cirurgia / Intestino Delgado
Autores / Nome para referência / Instituição: THIAGO
MILANI DA COSTA / MILANI, C. / CHM; MARIANA ALMEIDA SALEME
DO VALLE / VALLE, M.A.S. / CHM; ADRIANA LUCIA MORAIS SERRA /
SERRA, A.L. / CHM; THAIS TINTI / TINTI, T. / CHM; BRUNO TICIANELLI
DE CARVALHO / CARVALHO, B.T. / CHM; EDUARDO PEREIRA / PEREIRA,
E. / CHM; LUIZ EDUARDO ZAMBERLAM / ZAMBERLAM, L.E. / CHM;
ALECSANDER OJEA / OJEA, A. / CHM.
Resumo
Introdução: Apendicite aguda é a causa mais comum de
abdômen agudo inflamatório em pacientes jovens, responsável
por elevada morbidade nos casos complicados. A apendicite
de coto é uma situação clínica rara, ocorre quando houve
apendicectomia incompleta na primeira abordagem. Objetivo:
Relatar caso de apendicectomia de coto após 5 anos da
primeira cirurgia. Resultado: Paciente masculino, 40 anos,
atendido no Conjunto Hospitalar do Mandaqui, há 5 anos foi
submetido à apendicectomia. Há 2 dias com dor abdominal
em fossa ilíaca direita, associado à hiporexia,náuseas, vômitos,
febre, blumberg positivo e leucocitose. Tomografia de abdome
demonstrou espessamento dos cólons e líquido livre em
FID e pelve. Médiante ao quadro paciente foi submetido
à laparotomia exploradora evidênciando intenso bloqueio
em FID, com coleção purulenta, encontrado perfuração em
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
ceco na topografia de coto apendicular com apendicolito no
interior. Optado por realização de íleo-tiflectomia. Paciente
recebeu alta em condições satisfatórias. Conclusão: A
única condição para evitar apendicite de coto é a realização
de técnica cirúrgica correta, com tratamento adequado do
coto apendicular. É uma condição rara, pouco lembrada nos
diagnósticos diferenciais de abdome agudo inflamatório. Este
trabalho visa atentar a todos cirurgiões a importância de fazer
diagnóstico diferencial em pacientes já apendicectomizados,
diminuindo assim o tempo para decisão terapêutica.
Aplicação da Enteroscopia Guiada
por Balão no Tratamento da
Suboclusão Intestinal na Síndrome
de Peutz-Jeghers
Temário: Cirurgia / Intestino Delgado
Autores / Nome para referência / Instituição: ROBSON
KIYOSHI ISHIDA / ISHIDA, R.K. / HC-FMUSP; PAULO SAKAI / SAKAI,
53
P. / HC-FMUSP; EDUARDO G. H. MOURA / MOURA, E.G.H. / HC-
FMUSP; ADRIANA SAFATLE / SAFATLE-RIBEIRO, A. / HC-FMUSP;
ROGERIO KUGA / KUGA, R. / HC-FMUSP; EDSON IDE / IDE, E.E. /
HC-FMUSP; EUNICE KOMO CHIBA / CHIBA, E.K. / HC-FMUSP;
JOEL FAINTUCH / FAINTUCH, J. / HC-FMUSP.
Resumo
Relato de caso: Masculino, 49 anos. Diagnóstico de sín-
drome de peutz-jeghers há 20 anos por análise anátomo pa-
tológica de peça obtida em duas enterectomias jejunais por
obstrução intestinal. Há 2 anos em tratamentos para anemia
ferropriva ineficazes. O cirugião internou o paciente com sus-
peita de suboclusão intestinal mecânica, com vômitos pós-
prandiais, distensão abdominal, aspecto bilioso dos vômitos
procurou o setor de enteroscopia do HC-FMUSP e relatou
que: duas endoscopias digestivas mostraram pólipos hamar-
tomatosos na segunda porção duodenal, colonoscopia mos-
trou doença diverticular, ambos sem sinais de sangramento; foi
sugerida enteroscopia guiada por balão para avaliação jejunal.
Procedimento foi realizado 5 dias após o contato do cirurgião,
por via anterógrada, sob anestesia geral. Pólipos sésseis gás-
tricos e sub e pediculados duodenais identificados,sem sinais
de sangramentos, menores que 20mm, mas na passagem da
terceira para quarta porção e ânulo de treitz um pedículo de
aproximadamente 50% dacircunferência duodenal, alongado,
tracionava pregas e se estendeu até o jejuno proximal através
de estrutura tumoral maior de 120mm, invaginando a mucosa
deste segmento com suboclusão intestinal sintomática. Reali-
zada exerese endoscópica e tratamento da clínica de soboclusão
intestinal. Foi utilizado método combinado de prevenção de san-
gramentos, o paciente foi poupado de nova cirurgia abdominal e
 A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO

enterectomia em segmento do trato digestivo de difícil manipula-
ção e vital para o paciente.
Aplicação do Método Baros em
Pacientes Pós Cirurgia Bariátrica
Temário: Cirurgia / Obesidade
Autores / Nome para referência / Instituição: FLAVIO HEUTA
IVANO / IVANO, F.H. / PUCPR; MARI SUGISAWA KAY / KAY, M.S. / PUCPR;
ANTONIO KATSUMI KAY / KAY, A.K. / PUCPR; SUSAN SUGISAWA KAY / KAY,
S.S. / PUCPR; MALCOLM SUGISAWA KAY / KAY, MS / PUCPR; FERNANDA
COSTA DE AGUIAR / AGUIAR, F.C. / PUCPR; ROGÉRIO AUGUSTO LIMA
GUARNERI / GUARNERI, R.A.L. / PUCPR.
DO HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO; SERGIO BARBOSA
MARQUES / MARQUES, S.B. / SERVIÇO DE ENDOSCOPIA GASTROINTESTINAL DO
HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO; HUMBERTO SETSUO
KISHI / KISHI, H.S. / DISCIPLINA DE PATOLOGIA DA FACULDADE DE MEDICINA
DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO; STEPHANIE WODAK MENESES / WODAK, S.
/ SERVIÇO DE ENDOSCOPIA GASTROINTESTINAL DO HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO; FERNANDA CRISTINA SIMÕES PESSORRUSSO
/ PESSORRUSO, F.C.S. / SERVIÇO DE ENDOSCOPIA GASTROINTESTINAL DO
HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO; PAULO SAKAI /
SAKAI, P. / SERVIÇO DE ENDOSCOPIA GASTROINTESTINAL DO HOSPITAL DAS
CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO; EDUARDO GUIMARÃES HOURNEAUX
DE MOURA / MOURA, E.G.H. / SERVIÇO DE ENDOSCOPIA GASTROINTESTINAL
DO HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO.

Resumo Resumo
Introdução: Neoplasias malignas primárias gástricas com apre-
Introdução: A obesidade constitui um dos principais problemas
sentação multifocal não são incomuns. A grande maioria está re-
de saúde pública do século XXI, porém há poucos estudos ava-
lacionada com infiltração linfomatosa da parede gástrica, mas há
liando a qualidade de vida pós-cirurgia. Objetivos: Analisar o im-
outras patologias mais raras citadas na literatura, como múltiplos
54 pacto da cirurgia bariátrica segundo o método BAROS. Casuís-
GISTs e câncer familiar. Objetivo: Mostrar aspectos endoscó-
tica/Método: Realizado estudo retrospectivo, com 94 pacientes,
picos e histológicos de adenocarcinoma mucinoso gástrico com
de ambos os sexos e maiores de 18 anos, submetidos à cirurgia
apresentação multifocal. Relato de caso: Paciente feminina de
bariátrica, em um hospital de Curitiba-PR. Foi aplicado o método
36 anos com epigastralgia, pirose e disfagia alta há 5 meses, foi
BAROS, que analisou, pré e pós cirurgia, as variações de: peso,
submetida à endoscopia digestiva alta que demonstrou 5 lesões
autoestima, sociabilidade, disposição ao trabalho, interesse sexual
ulceroinfiltrativas gástricas, de bordas elevadas e delimitadas, com
e prática de atividade física. As variáveis foram as seguintes: muito
expansibilidade conservada e preservação da mucosa adjacente,
melhor, melhor, o mesmo, pior e muito pior. Os pacientes foram
sugestivas de linfoma. As biópsias evidênciaram, entretanto, ade-
divididos em quatro grupos: A (pré-operatório), B (2-6 meses de
nocarcinoma mucinoso. Paciente foi submetida à gastrectomia to-
pós-operatório), C (7-18 meses de pós-operatório) e D (mais de
tal com linfadenectomia D2 e a peça cirúrgica mostrou tratar-se
19 meses de pós-operatório). Para análise estatística foi utilizado
de linitis plastica invadindo até serosa: pT4a, pN3a. Discussão/
o teste exato de Fisher. Foram considerados estatisticamente sig-
Conclusão: Linitis plastica ou câncer infiltrativo, antigamente
nificantes os dados com P<0,05. Os resultados foram expressos
denominada como câncer esquirroso, constitui 5% dos tumores
em média ± EP. Resultados: Dentre os participantes, 94,7% se
gástricos, sendo mais frequente em pacientes jovens (< 40 anos).
sentem muito melhor, 85,1% estão mais dispostos à prática de
Acomete todo órgão ou grande parte dele. Caracteriza-se pelo
atividade física, 81,9% aumentaram seu rendimento no trabalho,
envolvimento maciço das camadas mais profundas, causando es-
77,7% estão mais sociáveis e 61,7% melhoraram sua vida sexual.
pessamento de pregas, alteração do peristaltismo e da expansibi-
O grupo C foi o que mais apresentou melhora da autoestima, pois
lidade, podendo coexistir preservação de partes da superfície. O
100% dos pacientes se sentem melhor. Conclusão: A cirurgia
caso descrito mostra aspecto multifocal não usual deste tipo de
bariátrica proporciona resultados positivos para a qualidade de
apresentação.
vida dos pacientes.

Apresentação Multifocal de As Veias Paraesofágicas de Grande

Adenocarcinoma Mucinoso Gástrico – Calibre Detectadas à Ecoendoscopia
Relato de Caso Predizem a Recidiva de Varizes
Esofágicas após Tratamento de
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta Erradicação com Ligadura Elástica
Autores / Nome para referência / Instituição: ELISA RYOKA
BABA / BABA, E.R. / SERVIÇO DE ENDOSCOPIA GASTROINTESTINAL DO HOSPITAL Temário: Endoscopia / Ecoendoscopia
DAS CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO; LUIZ HENRIQUE MAZZONETTO Autores / Nome para referência / Instituição: FRED
MESTIERI / MESTIERI, L.H.M. / SERVIÇO DE ENDOSCOPIA GASTROINTESTINAL OLAVO ARAGÃO ANDRADE CARNEIRO / CARNEIRO, F.O.A.A. / HC-

GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334

FMUSP; FELIPE ALVES RETES / RETES, F.A. / HC-FMUSP; LUCIANA
CLEAVER AUN / AUN, L.C. / HC-FMUSP; THIAGO NEPOMUCENO
DE SABOIA MONT‘ALVERNE / MONT‘ALVERNE, T.N.S. / HC-FMUSP;
FERNANDA CRISTINA SIMÕES PESSORRUSSO / PESSORRUSSO, F.C.S.
/ HC-FMUSP; SERGIO EIJI MATUGUMA / MATUGUMA, S.E. / HC-
FMUSP; PAULO SAKAI / SAKAI, P. / HC-FMUSP; FAUZE MALUF
FILHO / MALUF-FILHO, F / HC-FMUS.
Resumo
Introdução: A terapia com ligadura elástica (TLE) é o método
de escolha para erradicação de varizes esofágicas (VE). Entre-
tanto, a recidiva de VE é comum, pois a causa da hipertensão
portal (HP) permanece não resolvida na maioria dos casos.
Objetivo: Avaliar presença e calibre de veias paraesofágicas
(VPE) e sua relação com recidiva de VE após TLE. Métodos:
Estudo prospectivo, iniciado em setembro de 2006, no qual
foram incluídos pacientes com indicação de profilaxia secun-
dária para hemorragia digestiva. Foi realizada ecoendoscopia
para avaliar a presença e calibre das VPE no início e final da
TLE, sendo classificadas de acordo com seu calibre em VP0
(ausência), VP1 (<5 mm) e VP2 (≥5 mm). Após a TLE, hou-
ve acompanhamento endoscópico entre 4 e 47 meses (média
de 25,3) até a detecção recidiva de VE. Resultados: Quin-
ze pacientes foram acompanhados, 66% do sexo masculino
e com idade média de 55,4 (22-76) anos. As causas de HP
foram esquistossomose (4), cirrose por vírus C (3), alcoóli-
ca (3), criptogênica (3) e hepatite autoimune (2). Houve re-
cidiva onze pacientes (VP0=1; VP1=2; VP2=8) e em quatro
deles não houve recidiva (VP0=1; VP1=2 e VP2=1) p=0,04.
Conclusões: Em nossa casuística, a presença de VPE de
grande calibre (VP2) teve correlação positiva com recidiva
de VE. Desta forma, o conhecimento de estruturas vasculares
provenientes da rede colateral portossistêmica que se situam
paralelamente à parede esofágica pode ser útil em predizer a
eficácia da TLE.
Ascaris Lumbricoides na Luz
Duodenal
Temário: Gastroenterologia / Estômago/
Duodeno
Autores / Nome para referência / Instituição: DENIS
CONCI BRAGA / BRAGA, DC / UNIVERSIDADE DO OESTE DE
CATARINA (UNOESC).
Resumo
Estima-se que a infecção pelo Ascaris lumbricoides está
presente em 31,0% dos indivíduos procedentes de regiões
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
endêmicas do mundo. O Brasil encontra-se no grupo dos
países mais parasitados, acometendo 39,0% da população.
Apresentamos imagem de paciente do sexo feminino, 40
anos, proveniente do município de Fraiburgo, oeste de Santa
Catarina, cuja indicação para a realização do exame endos-
cópico era a ocorrência de vômitos Frequentes, com conte-
údo biliar, sem presença de alimentos. Ao exame se verificou
no antro gástrico presença de erosões elevadas e, a partir do
bulbo duodenal, presença de verme de forma cilíndrica, que
se encontrava curvado e se estendia ao longo da segunda
porção duodenal, compatível com Ascaris lumbricoides. A
presença deste parasita em sua forma adulta na luz intestinal
representa a segunda etapa no ciclo de infecção após ter
passado pela fase pulmonar. A sintomatologia possível pode
incluir náuseas, vômitos, diarreia e dor abdominal, variando
de acordo com a quantidade de parasitas. As complicações
que podem ocorrer são devidas à migração do parasita para
os ductos biliares, pancreáticos ou apêndice resultar em co-
lecistite, coledocolitíase, pancreatite ou apendicite.
55
Ascite após o Transplante Hepático:
Prevalência e Fatores de Risco
Temário: Cirurgia / Fígado
Autores / Nome para referência / Instituição: MARCOS
MUCENIC / MUCENIC, M. / ISCMPA; THANIELLE SIMIONATO /
SIMIONATO, T. / UFCSPA; ANGELO ALVES DE MATTOS / MATTOS,
A.A. / UFCSPA; AJACIO BANDEIRA DE MELLO BRANDAO / BRANDAO,
A.B.M. / UFCSPA; CLAUDIO AUGUSTO MARRONI / MARRONI, C.A.
/ UFCSPA; MARIA LUCIA ZANOTELLI / ZANOTELLI, M.L. / ISCMPA;
GUIDO PIO CRACCO CANTISANI / CANTISANI, G.P.C. / ISCMPA;
GRUPO DE TRANSPLANTE HEPÁTICO DA IRMANDADE SANTA CASA DE
MISERICÓRDIA DE PORTO ALEGRE / GRUPO DE TRANSPLANTE HEPÁTICO
/ ISCMPA.
Resumo
A persistência ou o surgimento de ascite depois do trans-
plante ortotópico de fígado (TOF) é descrita como evento
pouco frequente, mas de significativa morbidade. O objetivo
deste estudo é avaliar a prevalência e os fatores associados
à presença de ascite após 90 dias de pós-operatório. Para
tanto, foram avaliados retrospectivamente 48 pacientes. Fo-
SANTA ram excluídos os pacientes transplantados sem cirrose e os
casos de ascite sem repercussão clínica. Foram analisadas
as variáveis relacionadas ao período pré-operatório, incluin-
do dados clínicos, ecográficos e ecocardiográficos, bem
como fatores que dizem respeito à situação do doador,
ao procedimento cirúrgico e à preservação do enxerto.
Ascite foi encontrada em 9,1% dos pacientes nos primei-

ros doze meses após o TOF, chegando a 13,6% com até 44
meses de seguimento. O único fator de risco significante foi
o maior volume de ascite drenada no procedimento cirúrgi-
co (p=0,014). Foram encontradas comorbidades que podem
ter contribuido significativamente para o desenvolvimento da
ascite - trombose de artéria hepática (um caso), síndrome ne-
frótica (um caso), insuficiência cardíaca (um caso) e insufi-
ciência renal crônica agudizada (três casos). Estes achados
sugerem que a ascite após o TOF seja mais frequente do que
previamente descrito, o que pode ter relação com a mudança
mudança de critérios para a alocação de órgãos por gravidade
do estado clínico. Dada a complexidade desta situação, há ne-
cessidade de maior aprofundamento no seu estudo.
Ascite de Causa Rara
Temário: Gastroenterologia / Miscelânia
Autores / Nome para referência / Instituição: DIANA
REGINA RUARO / RUARO, D.R. / UCPEL; JOSÉ FRANCISCO PEREIRA
DA SILVA / SILVA, J.F.P. / UCPEL; DIOVANE RUARO / RUARO, D. /
56
UCPEL; CAROLINE BREZOLIN MARQUETTO / MARQUETTO, C.B. /
UFPEL;
Resumo
Introdução: A ascite é definida pelo acúmulo de fluido na
cavidade peritoneal. As principais causas são devido a cir-
rose, carcinomatose peritoneal, insuficiência cardíaca con-
gestiva e tuberculose peritoneal. O presente estudo relata
o caso de uma ascite de causa extremamente infrequente,
à ascite de causa endometriótica. Objetivo: O estudo tem
por objetivo citar um caso raro demonstrando a dificulda-
de diagnóstica e seus principais diagnósticos diferenciais.
Métodos - Relato de Caso. Paciente N.C. 34 anos, sexo
feminino. Procurou atendimento médico por dor e aumento
volumétrico difuso do abdômem. Resultados: Paciente in-
ternada em regime hospitalar realizou exames laboratoriais
e de imagem, estudo do líquido ascítico, pesquisa de Baar,
marcadores virais e videolaparoscopia exploradora, sem con-
clusão diagnóstica. Seguiu-se investigação com laparosco-
pia exploradora a céu aberto e coleta de biópsias. Resultado
anátomo-patológico: Endometriose em omento, peritôneo
visceral e fígado. Após recuperação cirúrgica, a paciente
foi encaminhada ao serviço de Ginecologia. Conclusão:
Ascite de causa endometriótica é uma patologia rara e de
muitos diagnósticos diferenciais. Nunca devemos nos dar
por satisfeitos quando resultados de exames apresentam-se
inconclusivos e discordantes. Anamnese, exame físico, exa-
mes laboratoriais e de imagem são de extrema importância,
porém, na maioria dos casos, o diagnóstico é feito através da
laparotomia exploradora com confirmação histopatológica.
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
Aspectos Clínicos Iniciais da
Doença de Crohn em uma Região do
Nordeste Brasileiro
Temário: Gastroenterologia / Intestino
Autores / Nome para referência / Instituição: JOSÉ
MIGUEL LUZ PARENTE / PARENTE, J.M.L. / UFPI; PAULO VINÍCIUS
GOMES DE OLIVEIRA / OLIVEIRA, P.V.G. / UFPI; CONCEIÇÃO DE MARIA
DE SOUSA COELHO / COELHO, C.M.S. / UFPI; DANIEL DE ALENCAR
MACEDO DUTRA / DUTRA, D.A.M. / UFPI; ANA VALÉRIA SANTOS
PEREIRA DE ALMEIDA / ALMEIDA, A.V.S.P. / UFPI; MÍRIAN PERPÉTUA
PALHA DIAS PARENTE / PARENTE, M.P.P.D. / UFPI.
Resumo
Introdução: A Doença de Crohn (DC) acomete qualquer
porção do trato gastrointestinal, mas é mais comum no íleo
terminal e cólons. Objetivos: Descrever as características clí-
nicas de pacientes com DC no início da doença. Casuística
e Método: Estudo prospectivo e sistemático de uma coorte
de pacientes com DC atendidos no HU-UFPI entre 10/2004 e
08/2011. Resultados: Dos 125 pacientes, 65 (52,0%) eram
do sexo masculino. A média da idade no início dos sintomas foi
de 25 anos (variação de 8-75 anos; DP: 14,9), observando-se
que houve 2 picos de incidência: 25-32 e 54-65 anos, percen-
tis 25% e 75%, respectivamente. Sintomas: Diarreia (88,8%),
dor abdominal (80,0%), perda ponderal (54,4%), sangramento
intestinal (52,8%) e muco nas fezes (48,8%). Manifestações
extraintestinais: artralgia (32,0%), artrite periférica (9,6%),
piodermite (1,6%) e pioderma gangrenoso (1,6%). Quanto à
gravidade segundo o IADC: 55 (44,0%) tinham doença leve, 37
(29,6%) moderada e 33 (26,4%) grave. Quanto à localização, o
envolvimento exclusivo ileal ocorreu em 33 (26,4%), íleo-colô-
nico em 44 (35,2%), exclusivamente colônico em 44 (35,2%),
e acometimento no trato gastrointestinal superior em 4 (3,2%).
Quanto ao comportamento, 80 (64,0%) tinham padrão inflama-
tório, 32 (25,6%) penetrante e 13 (10,4%) estenosante. Con-
clusão: Observou-se predomínio da DC em adultos jovens,
sem preferência por sexo; com maior acometimento colônico,
com ou sem envolvimento ileal; o comportamento predominante
foi o inflamatório.
Aspectos Clínicos Iniciais da Retocolite
Úlcerativa Idiopática em uma Região
do Nordeste Brasileiro
Temário: Gastroenterologia / Intestino
Autores / Nome para referência / Instituição: JOSÉ MIGUEL
LUZ PARENTE / PARENTE, J.M.L. / UFPI; PAULO VINÍCIUS GOMES DE
OLIVEIRA / OLIVEIRA, P.V.G. / UFPI; CONCEIÇÃO DE MARIA DE SOUSA
COELHO / COELHO, C.M.S / UFPI; DANIEL DE ALENCAR MACEDO DUTRA
/ DUTRA, D.A.M. / UFPI; ANA VALÉRIA SANTOS PEREIRA DE ALMEIDA
/ ALMEIDA, A.V.S.P. / UFPI; MIRIAN PERPÉTUA PALHA DIAS PARENTE /
PARENTE, M.P.P.D. / UFPI.
Resumo
Introdução: A Retocolite Úlcerativa Idiopática (RCUI) ca-
racteriza-se por um processo inflamatório crônico do reto
e cólons. Objetivos: Descrever as características clínicas
de pacientes com RCUI no início da doença. Casuística e
Método: Estudo prospectivo e sistemático de uma coorte de
pacientes com RCUI atendidos no HU-UFPI entre 10/2004 e
08/2011. Resultados: Dos 199 pacientes, 107 (53,8%) eram
do sexo feminino. A idade média no início dos sintomas foi de
33,7 anos (variação de 6-74 anos; DP: 17,7), com 2 picos de
incidência: 28-38 e 60-69 anos, percentis 25% e 75%, respec-
tivamente. Sintomas: Diarreia (92%), sangramento intestinal
(84,4%), dor abdominal (76,9%) e muco nas fezes (68,3%).
Manifestações extraintestinais: Artralgia (18,6%), artrite
periférica (4,0%), piodermite (1,0%) e pioderma gangrenoso
(1,0%). Média e a médiana do Mayo Clinic de 9,2 (DP: 3,5)
pontos e 8,5 (DP: 3,5) pontos. Distribuição quanto à gravida-
de segundo o Mayo Clinic: 41 (20,6%) tinham doença leve,
97 (48,8%) moderada e 61 (30,6%) grave. Quanto à exten-
são do envolvimento colônico, havia acometimento apenas do
reto em 11,6%, retossigmoide em 32,3%, cólon esquerdo em
25,9% e pancolite em 30,2%. Conclusão: Nesta casuística,
a RCUI acometeu predominantemente adultos jovens, sem
distinção de sexo; as manifestações clínicas relacionadas ao
trato gastrointestinal e as manifestações extraintestinais foram
semelhantes àqueles descritas na literatura; houve maior aco-
metimento do segmento reto-sigmoide.
Aspectos Epidemiológicos das Lesões
Iatrogênicas das Vias Biliares dos
Pacientes Atendidos No Serviço
de Cirurgia Geral e do Aparelho
Digestivo do Hospital Universitário
João de Barros Barreto no Período de
Janeiro de 1999 a Dezembro de 2008
Temário: Gastroenterologia / Intestino
Autores / Nome para referência / Instituição: CARLENO
DA SILVA COSTA / COSTA, C.S. / UFPA; BERNARD COSTA FAVACHO /
FAVACHO, B.C. / UFPA; NEWTON QUINTINO FEITOSA JÚNIOR / JÚNIOR,
NQF / HUJBB; WILAME MELO MEIRELES / MEIRELES, W.M. / HUJBB;
GERALDO ISHAK / ISHAK, G. / HUJBB; THAMER COSTA MAGALHÃES /
MAGALHÃSES, T.C. / UFPA; WILLIAM CUNHA GALVÃO / GALVÃO, W.C. /
HUJBB; LUIGI CARLO DA SILVA COSTA / COSTA, L.C.S / UFPA.
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
Resumo
Resum o
As lesões iatrogênicas de vias biliares manifestam-se como
verdadeiro desafio cirúrgico. Objetivo: Avaliar a epidemio-
logia das lesões iatrogênicas das vias biliares (LIVB) dos
pacientes atendidos em serviço de referência na cidade de
Belém nos últimos 10 anos. Método: Estudo retrospecti-
vo utilizando prontuários de pacientes com diagnóstico de
LIVB. Resultados: Encontrou-se 25 casos de LIVB, sendo
22 consequentes de colecistectomias convencionais (CC).
56% foram procedentes de serviços de cirurgia da região
metropolitana de Belém. A idade média dos pacientes foi
de 43 anos. Manifestações mais comuns: dor abdominal
(88%), icterícia (76%) e colúria (56%). O tempo de evolu-
ção dos sintomas variou desde o 1º pós-operatório até 168
meses da primeira intervenção. Cerca de 16% apresenta-
vam diagnóstico de colangite no momento da internação.
Utilizou-se como método diagnóstico a colangiopancreato-
grafia retrógada endoscópica em 48% dos casos e a co-
langiorressonância em 28%. A cirurgia corretiva de eleição
foi a hepático-jejunoanastomose em Y-de-Roux (92%). As 57
estenoses mais frequentes foram Bismuth II (40%), Bismuth
III (32%). As principais complicações intra-operatórias na
cirurgia corretiva foram lesões vasculares. O tempo médio
de internação dos pacientes foi de 21 dias. Conclusão: A
maioria dos casos de LIVB foi proveniente de CC, realizadas
em centros não especializados em cirurgias do trato biliar,
exigindo para sua correção centros de referência com pro-
fissionais bem treinados.
Aspectos Epidemiológicos
e Diagnóstico de Esofagite
Eosinofílica
Temário: Gastroenterologia / Esôfago
Autores / Nome para referência / Instituição: CARLENO
DA SILVA COSTA / COSTA, C.S. / UFPA; BERNARD COSTA FAVACHO /
FAVACHO, B.C. / UFPA; RENAN DOMINGUES GAVIÃO DE CARVALHO /
CARVALHO, R.D.G. / CESUPA; MÁRCIA RODRIGUES IONTA / IONTA,
M.R. / CESUPA; TAINÁ RIPARDO GUERRA / GUERRA, T.R. / CESUPA;
FERNANDA BRAGAGNOLO REMOR / REMOR, F.B. / CESUPA; TÁRIK
OLÍVAR DE NUNES VALENTE / VALENTE, T.O.N. / CESUPA; RAQUEL
ALMEIDA CUNHA / CUNHA, R.A. / CESUPA.
Resumo
Introdução: Esofagite eosinofílica (EE) é caracterizada por
sintomas esofágicos associado a uma infiltração eosinofílica
no esôfago. Objetivo: Alertar para essa etiologia no desen-
volvimento de esofagite fazendo diagnóstico diferencial com

a esofagite por refluxo. Método: Revisão de literatura atra-
vés de bancos de dados como LILACS, BIREME, SCIELO.
Resultados: EE caracteriza-se por dismotilidade esofágica
com pHmetria de 24h normal e escassa resposta à terapia
com dose elevada de inibidor de bomba de prótons. EE pre-
domina no sexo masculino, crianças e adultos jovens e é fre-
quentemente associada com uma história pessoal e familiar
de doença alérgica. A sintomatologia da EE varia com a ida-
de, os sintomas como anorexia, pirose, náuseas, vômitos e
dor abdominal são predominantes em crianças menores, en-
quanto disfagia e impactação alimentar são mais comumen-
te encontradas em crianças maiores adolescentes e adultos.
Os achados endoscópicos são a presença de estrias verti-
cais, nódulos esbranquiçados, anéis circulares e evidência
de estenose, mas em alguns casos a endoscopia pode ser
normal. O diagnóstico definitivo dependente da identificação
de um infiltrado eosinofílico em biópsia esofágica acima de
20 eosinófilos por campo. O tratamento consiste em uma
dieta de eliminação dos alérgenos envolvidos, assim como
corticosteroides tópicos ou sistêmicos. Conclusão: E é
58 uma doença imuno-médiada caracterizada por sintomas que
se confudem com a doença do refluxo gastroesofágico.
Aspectos Técnicos e Clínicos da
Hepatectomia - Revisão da Literatura
Temário: Cirurgia / Fígado
Autores / Nome para referência / Instituição: ANA LEONOR
ARIBALDO MEDEIROS / MEDEIROS, A.L.A. / UNP; MARCELY LAISE DE
MENESES DANTAS / DANTAS, M.L.M. / UNP; PEDRO EPAMINONDAS
LOPES NETO / LOPES-NETO, P.E. / UNP; PETRONILIO SOUSA FERRO
NETO / FERRO-NETO, P.S. / UNP; STEFANIA CARDOSO SILVA / SILVA,
S.C. / UNP; AMÁLIA CINTHIA MENESES DO RÊGO / RÊGO, A.C.M. /
UNP; MARILIA DANIELA FERREIRA CARVALHO / CARVALHO, M.D.F. /
UFRN; IRAMI ARAÚJO FILHO / ARAÚJO-FILHO, I. / UFRN, UNP.
Resumo
A hepatectomia é uma modalidade cirúrgica consagrada
para tratamento de patologias benignas e malignas do fí-
gado. Objetivo: Analisar os principais aspectos técnicos e
clínicos, referentes às ressecções hepáticas. Discussão:
A cirurgia hepática tornou-se mais factível nos últimos anos
devido à melhor avaliação pré-operatória o que permitiu
o controle das complicações pósoperatórias. A radiologia
auxilia no diagnóstico e estudo das lesões, inclusive intra-
operatória. Procedimentos curativos e paliativos utilizam a
ablação por radiofrequência, alcoolização, crioablação e
embolização. As ressecções hepáticas podem ser divididas
em dois grupos: as ressecções anatômicas ditas típicas que
removem um ou vários segmentos e as atípicas que remo-
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
vem uma porção de parênquima hepático ao redor de uma
lesão, sem respeitar a divisão funcional do órgão. As resse-
cões que retiram três ou mais segmentos é definida como
uma ressecção maior. A evolução tem tornado rotineira as
hepatectomias segmentares no tratamento das diversas
afecções hepatobiliares. Os avanços foram desenvolvidos
em áreas afins à cirurgia hepática, contribuindo para a me-
lhora dos seus resultados. Podemos citar os avanços dos
cuidados pré, trans e pós-operatórios, principalmente os
avanços das técnicas anestésicas e dos cuidados intensi-
vos. Conclusão: Com base nestas informações, enfatiza-
se a realização de estudos que revelem o perfil de cada
serviço e o conhecimento da realidade. Tais pesquisas nor-
tearão as futuras condutas.
Associação de Adenocarcinoma
Diferenciado e Síndrome de Peutz-
Jeghers - Relato de Caso
Temário: Endoscopia / Intestino delgado
Autores / Nome para referência / Instituição: FLÁVIO COELHO
FERREIRA / FERREIRA, F.C. / HC-FMUSP.
Resumo
Introdução: Síndrome de Peutz-Jeghers (SPJ) caracteriza-se
pela presença de pólipos hamartomatosos no trato digestivo.
É considerada doença benigna, contudo está associada a ris-
co de 3 a 6% de desenvolvimento de adenoma/adenocarci-
noma nos pólipos. Objetivo: Demonstrar caso de associação
de adenocarcinoma duodenal e SPJ. Paciente feminina de 40
anos, com SPJ desde 6 anos de idade. Até os 14 anos, foi
submetida a múltiplas enterectomias. Aos 15 anos, iniciou
rastreamento anual com endoscopia digestiva alta (EDA) e
colonoscopia. Em 2007, à EDA, diagnósticou-se em segunda
porção duodenal lesão polipoide hamartomatosa, de 7 cm,
acometendo 1/3 da luz do órgão, além de área deprimida em
parede contralateral medindo 1,5 cm, cujo resultado histológi-
co foi de adenoma tubuloviloso com atipia moderada. De 2008
a 2009, a paciente perdeu seguimento devido à gestação. Em
março/2009, submeteu-se à nova enteroscopia que evidenciou
a mesma lesão, cuja biópsia mostrou displasia de alto grau.
Ecoendoscopia revelou espessamento da camada mucosa
profunda com diminuta área de invasão submucosa. Paciente
foi submetida à gastroduodenopancreatectomia em maio de
2010, cuja histologia foi de adenocarcinoma moderadamen-
te diferenciado multifocal em pólipo hamartomatoso. Após 7
meses, foi submetida à enteroscopia com polipectomias em
alças alimentar e biliopancreática. Conclusão: Enteroscopia é
útil no acompanhamento das síndromes poliposas, permitindo
diagnóstico precoce de malignidade e polipectomias.
Associação de Fatores Dietéticos
com Desenvolvimento de Doença
Inflamatória Intestinal (DII) em
Hospital Quaternário – Rio de Janeiro
Temário: Gastroenterologia / Intestino
Autores / Nome para referência / Instituição: ALÉRIA
CRISTINA LOUREIRO SALGADO / SALGADO, V.C.L. / UFRJ; CYRLA ZALTMAN
/ ZALTMAN, C. / UFRJ; NEIO LÚCIO FERNANDES BOECHAT / BOECHAT,
N.L.F. / UFRJ; MÁRCIA HENRIQUES DE MAGALHÃES COSTA / COSTA,
M.H.M. / UFRJ; BIANCA SCHORR / SCHORR, B. / UFRJ; ISABELLA SUED
LEÃO / LEÃO, I.S. / UFRJ;
Resumo
Objetivo: Identificar fatores dietéticos associados ao desen-
volvimento da Doença Inflamatória Intestinal (DII). Métodos:
Estudo caso-controle de 245 indivíduos com DII e 163 saudá-
veis, do HUCFF – UFRJ, com idade de 18 e 80 anos. Foram
excluídos indivíduos com doenças psiquiátricas e distúrbios de
consciência/compreensão. Foi aplicado questionário sobre fa-
tores dietéticos na fase adulta e infância. Resultados: O uso
de leite de vaca foi significativamente maior no grupo controle
(GC) (p = 0,002). A restrição láctea foi superior na Doença de
Crohn (DC) que no GC (p = 0,003), o que também foi observa-
do em relação ao consumo de industrializados na infância (p <
0,0001). O uso de produtos dietéticos foi maior na RCUI e GC
se comparados à DC (p < 0,0001). A ingestão de carne bovina
e aves foi semelhante nos grupos, mas a abstenção de suínos
foi maior na DII (p < 0,0001). O RR do consumo de carne suína
teve correlação inversa à sua freqüência e intensidade, sendo
0,43 na DC para < 3x/mês (95% IC, 0,24 – 0,75, p = 0,003) e
0,31 para semanal (95% IC, 0,14 – 0,67, p = 0,003). Na RCUI,
o RR foi 0,46 quando < 3x /mês e 0,10 quando semanal (RR
= 0,46, 95% IC, 0,24 – 0,89, p = 0,022 e RR = 0,10, 95% IC,
0,03–0,41, p = 0,001). Conclusão: A baixa ingestão láctea, de
suínos e o alto consumo de industrializados podem ser fatores
de risco para DII, entretanto, a restrição de lácteos pode ser
considerada um viés. Houve associação entre o uso de produ-
tos dietéticos e um maior risco de RCUI.
Associação entre a Disfagia
Orofaríngea e Gravidade do Acidente
Vascular Encefálico
Temário: Cirurgia / Esôfago
Autores / Nome para referência / Instituição: PRISCILA
WATSON RIBEIRO / RIBEIRO, P.W. / UNESP; PAULA CRISTINA COLA
/ COLA, P.C. / UNESP; ANA RITA GATTO / GATTO, A.R. / UNESP;
ROBERTA GONÇALVES SILVA / SILVA, R.G. / UNESP; ARTHUR OSCAR
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
SCHELP / SCHELP, A.O. / UNESP; MARIA APARECIDA COELHO DE AR-
RUDA HENRY / HENRY, MACA / UNESP.
Resumo
Introdução: A disfagia orofaríngea é um déficit comum em
pacientes com acidente vascular encefálico. Na avaliação neu-
rológica tem-se preconizado a utilização de escalas que mensu-
ram a gravidade dos déficits. Objetivo: descrever a associação
entre o grau da disfagia orofaríngea e a gravidade do acidente
vascular encefálico. Métodos: foram avaliados 67 pacientes
com acidente vascular encefálico isquêmico na fase aguda, mé-
dia de idade de 70 anos. Na avaliação neurológica foi aplicada
a escala de gravidade do AVC (National Institutes of Health
Stroke Scale – NIHSS), dividindo os pacientes em três grupos
de acordo com a pontuação recebida na escala, G1 (0-8), G2
(9-16) e G3 (>17). Em seguida, foi realizada a avaliação clí-
nica e videofluoroscópica da deglutição. Resultados: Foram
encontrados pacientes com disfagia leve nos grupos G1(12-
66,6%) e G2(06- 33,3%) e moderada nos grupos G1(23-
79,3%) e G2(06-20,6%). A disfagia grave foi observada nos 59
grupos G1(01-5%), G2(06-30%) e G3(13-65%). Os pacientes
com disfagia grave dos grupos G2 e G3 não foram submetidos
à videofluoroscopia devido condições clínicas neurológicas que
contra indicaram o exame objetivo. Discussão e Conclusão:
O grupo 3 da escala NIHSS frequentemente sugere a presença
de disfagia orofaríngea grave devido à severidade da condição
clínica neurológica. Os grupos 1 e 2 apresentam uma variedade
nos graus de disfagia (leve, moderada e grave) sugerindo a ne-
cessidade de avaliação mais específica da deglutição.
Associação entre Adenocarcinoma
de Cólon e Doença de Crohn: um
Relato de Caso
Temário: Cirurgia / Cólon
Autores / Nome para referência / Instituição:
CRISTIANO ANTONIAZZI ABAID / ABAID C.A. / HOSPITAL DE
CARIDADE DR. ASTROGILDO DE AZEVEDO; RAFAEL CARDOSO PIRES
/ PIRES R.C. / UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA; ANDRÉ
EMANUEL LUNKES DE OLIVEIRA / DEOLIVEIRA A.E.L. / UNIVERSIDADE
FEDERAL DE SANTA MARIA; MATHEUS UGALDE DE ARAÚJO GOES /
GOES M.U. / UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA; THOMÁS
BEVILAQUA ROSSATO / ROSSATO T.B. / UNIVERSIDADE FEDERAL DE
SANTA MARIA.
Resumo
Introdução: Os pacientes com Doença de Crohn apresentam
risco elevado de desenvolver carcinoma do trato gastrointestinal.

Esse risco é estimado entre 6 a 320 vezes maior que na po-
pulação sadia. Objetivos: Relatar a apresentação de um caso
de associação entre adenocarcinoma de cólon e história prévia
de doença de Crohn. Relato do Caso: Paciente masculino,
branco, 54 anos, apresentou quadro de dor e crises de dis-
tensão abdominal, tinha história prévia de ileíte, diagnosticada
em outro serviço, referindo ter tido melhora relativa com o uso
de Mesalazina. Chegou ao nosso serviço apresentando queixa
de melena, foi submetido à colonoscopia que mostrou doença
inflamatória intestinal. Posteriormente, o paciente foi submeti-
do à enteroscopia e realizadas novas biópsias que mostraram
adenocarcinoma de cólon. Paciente foi submetido à laparoto-
mia com realização de hemicolectomia direita e ressecção de
segmento de íleo. Conclusão: Apesar de ser rara a ocorrên-
cia da associação de doença de Crohn e câncer gastrointesti-
nal, o caso relatado revela a importância de realizar a vigilância
periódica dos pacientes portadores de doença inflamatória in-
testinal com pesquisa de sangue oculto nas fezes ou colonos-
copia, objetivando diagnóstico precoce de neoplasias.
60
Associação entre Colangite
Esclerosante Primária e Doença
de Crohn
Temário: Gastroenterologia / Miscelânia
Autores / Nome para referência / Instituição: ALEXANDRE
TADEU AZEVEDO GENEROSO / GENEROSO, A.T.A. / HOSPITAL JOÃO XXIII;
MARIANA BUENO DE SOUSA / SOUSA, M.B. / HOSPITAL REGIONAL DE
BETIM; MARCELO MARTINS PINTO FILHO / FILHO, M.M.P. / HOSPITAL
JOÃO XXIII; TÁBITA DE ALMEIDA RIBEIRO VICENTE / VICENTE, T.A.R. /
HOSPITAL JOÃO XXIII; ATHOS VICTOR GOMES / GOMES, A.V. / HOSPITAL
JOÃO XXIII;
Resumo
Introdução: Colangite esclerosante primária é uma doença
crônica que leva à esclerose das vias biliares. É causada pelo
sistema imune, com formação de autoanticorpos contra epitélios
comuns tanto à célula do epitélio biliar quanto à do cólon. Relato
de Caso: CMPG, 35 anos, masculino. Avaliação de rotina há 2
anos apresentou alteração de enzimas hepáticas e colestase.
Assintomático até o momento, evoluiu com perda de peso (10Kg),
prurido, icterícia e esteatorreia por vezes com sangue e muco.
Relatava drenagem de abscesso anal há 5 anos e desde então
estava em tratamento de fissuras anais recorrentes. Portador de
hipotireoidismo por tireoidite de Hashimoto e diabético tipo 01
insulino-requerente. Laboratorialmente apresentava: LDL (307),
hiperbilirrubinemia, GGT 1047, FA 1168, TGP 331, TGO 29,
fator antinuclear 1:80, eletroforese de proteínas com aumento
policlonal de gamaglobulinas. Submetido a colangiorressonância
foi verificado irregularidade dos ductos biliares intra-hepáticos
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
relacionada a colangite esclerosante e colonoscopia evidenciou
úlcerações compatíveis com doença de Crohn. Paciente então
foi encaminhado para serviço terciário para acompanhamento.
Conclusão: Devido à presença de outras doenças autoimunes
uma investigação sobre doença poliglandular autoimune está
em andamento, com foco na relação colangite esclerosante
primária e doença de Crohn. A complexidade do caso exige
uma propedêutica extensa para maiores esclarecimentos.
Ausência de Correlação entre Atrofia
Intestinal e DXA em Pacientes com
Doença Celíaca: Estudo Piloto
Temário: Gastroenterologia / Intestino
Autores / Nome para referência / Instituição: CYRLA
ZALTMAN / ZALTMAN, C. / SERVIÇO DE GASTROENTEROLOGIA UFRJ;
RITA DE CÁSSIA DA SILVA ARNAUD BALDEZ SILVA / SILVA, R.C.S.A.B. /
UFRJ; MARIA HELENA LOUZADA PEREIRA / LOUZADA, M.H. / SERVIÇO
DE GASTROENTEROLOGIA - UFRJ; MARCO ANTÔNIO S. PINTO / PINTO,
M.A.S. / UFRJ; MARIA LÚCIA FLEIUSS DE FARIAS / FARIAS, M.L.F. /
UFRJ; OLIVER KLIGERMAN / KLIGERMAN, O. / UFRJ; LAURA M. C.
MENDONÇA / MENDONÇA, L.M.C. / UFRJ; KALIL MADI / MADI, K. /
UFRJ;
Resumo
Introdução: A doença celíaca (DC) é uma desordem intestinal
crônica autoimune reativa à fração gliadina do glúten em indi-
víduos geneticamente susceptíveis. O diagnóstico é frequente-
mente tardio, os adultos são geralmente oligosintomáticos, mas
podem apresentar redução da massa óssea (DMO). Objetivo:
Avaliar o estado nutricional, Vit. D, PTH e DMO de pacientes
com DC comparando com grupo controle saudável (C). Me-
todologia: Estudo transversal controlado com 25 pacientes
com DC (22 fem.; idade 37.28 ± 9.17 anos) e 43 C (31 fem.;
idade 37.09 ± 9.58 anos), avaliados segundo o IMC, 25OHD
sérica (déficit < 30 mcg/L), PTH e densitometria óssea (DXA),
após assinatura de TCLE. Realizada análise histopatológica para
avaliar o grau de atrofia vilositária intestinal (AI). Resultados: O
IMC foi menor no grupo DC 23.57 ±4.02) versus C (27.38 ±
4.79) (p = 0.001). O déficit de Vit. D esteve presente em 28%
no grupo DC e 41% no C. No grupo DC: 36% com AI ausente
ou leve e 64% apresentaram AI moderada a grave. O Z escore
estava reduzido (< -2 DP) em 12% grupo DC e 7% C. Ausência
de correlação entre o menor Z escore pela DXA com o grau
de AI (p=0.8714), 25OHD (p= 0.1654) e PTH (p=0.1006). A
correlação inversa entre a 25OHD e PTH (p=0,0282) reflete
a homeostase. Conclusão: A maioria do grupo DC apresen-
tou bom estado nutricional, sem déficit de Vit. D ou redução
da DMO, sugerindo que a AI possa não ser responsável direto
pelo comprometimento ósseo.
Avaliação Comparativa de Indivíduos
Obesos e não Obesos em Uso de
Antagonista de Histamina (H2) em
Serviço de Atenção Primária à Saúde
de Curitiba
Temário: Gastroenterologia / Estômago/Duodeno
Autores / Nome para referência / Instituição: KARINA
BITTENCOURT MEDEIROS / MEDEIROS, K.B. / UFPR; ANANDA B.M.
CRETELLA / CRETELLA, A.B.M. / UFPR; TALITA BEITHUM RIBEIRO /
RIBEIRO, T.B. / UFPR; YASMIN JORGEANA DE ALMEIDA ANDRADE /
ANDRADE, Y.J.A. / UFPR; ANTÔNIO C.N. DE CARVALHO / CARVALHO,
ACN / UFPR; CAROLINA A. M. KULAK / KULAK, C.A.M. / UFPR;
ELIANE C. P. MALUF / MALUF, E.C.P. / UFPR; RAQUEL C. A. DE
SOUZA / SOUZA, R.C.A. / UFPR.
Resumo
Introdução: O uso de antagonistas H2 é frequente na
população atendida em unidades de saúde. Há estudos que
sugerem maior índice de dispepsia entre pacientes obesos,
porém as características clínicas desses não são bem conhecidas.
Objetivo: Comparar o perfil de pacientes obesos e não obesos
que fazem uso de Ranitidina em serviço de atenção primária à
saúde. Casuística/ Método: Estudo transversal no qual foram
avaliados os prontuários de todos os pacientes que retiraram
Ranitidina da farmácia da Unidade Básica de Saúde Ouvidor
Pardinho em fevereiro de 2011. Resultados: Foram avaliados 565
pacientes, destes 82 (17%) eram obesos. Dos obesos, 85,37%
eram do sexo feminino e dos não obesos 69,15%. Encontrou-
se associação positiva entre obesidade e o sexo feminino (razão
de prevalência RP=2,32), o diagnóstico de dispepsia (RP=1,27)
hipertensão arterial (RP=1,12), diabete (RP=1,72), dislipidemia
(RP=1,33), dor osteomuscular (RP=1,30), ansiedade (RP=1,31),
hipotireoidismo (RP=1,42), esofagite (RP=4,37), gastrite erosiva
(RP=2,41) e presença de Helicobacter pylori (RP=1,42).
Conclusão: A obesidade esteve positivamente associada ao
sexo feminino, hipertensão arterial, diabete, dislipidemia, dor
osteomuscular, ansiedade, hipotireoidismo, esofagite, gastrite
erosiva e infecção pelo H. pylori.
Avaliação da Capacidade de Células
Tronco de Medula Óssea, Mobilizadas
com Fator Estimulante de Linhagem
Granulocítica, (GCSF) na Regeneração
do Fígado de Pacientes Submetidos à
Hepatectomia
Temário: Cirurgia / Fígado
Autores / Nome para referência / Instituição: ELAINE
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
CRISTINA DE ATAIDE / ATAIDE, EC / UNICAMP; ÂNGELA LUZO / LUZO, A
/ UNICAMP; RICARDO HOLTZ BARROS / BARROS, RH / UNICAMP; NELSON
CASERTA / CASERTA, N / UNICAMP; MILENA GARCIA / GARCIA, M /
UNICAMP; ALEXSANDRO SORDI LIBARDONI / LIBARDONI, AS / UNICAMP;
ILKA DE FATIMA SANTANA FERREIRA BOIN / BOIN, IFSF / UNICAM.
Resumo
As células de linhagem hematopoética são utilizadas nos pro-
cedimentos de transplante de medula óssea e terapia celu-
lar. Vem-se demonstrando a capacidade destas células em
se diferenciarem em células de outras linhagens como em
hepatócitos. Objetivo: Avaliar se a mobilização com GCSF,
em pacientes submetidos a hepatectomia promove a libera-
ção de células tronco da medula óssea comprometidas com
linhagem hepatocítica. Avaliar a volumetria hepática nos gru-
pos estudados observando a implementação da regeneração
pós-operatória. Material e Método: Foram estudados 29
pacientes submetidos a hepatectomia com uso pré-operató-
rio de GCSF(GCSF) e grupo controle com uso de placebo
(P) (GCSF=14 e P=15) em estudo prospectivo duplo cego 61
randomizado. Quantificou-se o número de células CD 34+ /
Lin- /CXCR4+ /SDF1+ no sangue periférico destes pacientes
pré e pós-mobilização e a diferenciação em hepatócitos “in
vitro”. Quantificou-se a volumetria hepática pré (D0) e pós-
ressecção cirúrgica (D60) nos 2 grupos. Resultado: Houve
tendência ao aumento do volume do remanescente hepático
nos pacientes do grupo GCSF (p=0,07) obtido por mobiliza-
ção e incorporação das células mobilizadas, estimulando o
crescimento do parênquima hepático Conclusão: O uso de
C-GSF no pré operatório de hepatectomias parece promover
recrutamento de células de linhagem hepatocítica assim como
aumento do remanescente hepático.
Avaliação da Cicatrização da Mucosa
de Intestino Delgado Através do Exame
de Cápsula Endoscópica em Pacientes
com Doença de Crohn em Uso de
Infliximabe
Temário: Gastroenterologia / Intestino
Autores / Nome para referência / Instituição: PAULA BECHARA
POLETTI / POLETTI, P.B. / HOSPITAL DO SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL - IAMSPE;
DÉBORA DOURADO POLI / POLI, D.D. / HOSPITAL DO SERVIDOR PÚBLICO
ESTADUAL - IAMSPE; LUCIA MARA PALOMO / PALOMO, L.M. / HOSPITAL
DO SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL - IAMSPE; THIAGO SABÓIA / SABOIDA, T. /
HOSPITAL DO SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL - IAMSPE; LUCIANE REIS MILANI
/ MILANI, L.R. / HOSPITAL DO SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL - IAMSPE;
HELENITA SIPAHI / SIPAHI, H. / HOSPITAL DO SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL -
IAMSPE; AYTAN SIPAHI / SIPAHI, A. / HOSPITAL DAS CLÍNICAS - USP-SP.

Resumo
Introdução: Há evidências de que o uso de infliximabe
pode levar à cicatrização da mucosa em pacientes com
doença de Crohn (DC) de cólon, mas não existem estudos
no intestino delgado. Objetivo: Avaliar a cicatrização da
mucosa do intestino delgado em pacientes com DC usando
infliximabe. Casuística e Métodos: Estudo prospectivo de
9 pacientes com DC ativa do intestino delgado (6 mulheres;
5 pacientes com doença moderada e 4 com doença severa;
idade média 43 anos). Os pacientes realizaram o exame de
cápsula endoscópica antes do início do tratamento com
infliximabe e 10 semanas após a dose inicial. Todos foram
submetidos à enterografia para pesquisa de estenoses
previamente. Os exames de cápsula foram feitos por
um perito e os achados foram classificados segundo o
consenso internacional de cápsula endoscópica. As doses
de infliximabe foram: dose inicial 5 mg/kg peso em regime
de indução de 3 doses (semanas 0, 2 e 6). Resultados:
Após 10 semanas da dose inicial, todos os pacientes
62 apresentaram melhora significativa das lesões de delgado;
66,7% apresentaram resolução total das lesões da mucosa
e 33,3% persistiam apenas com úlcerações em fase final de
cicatrização. Sete pacientes (77,8%) tiveram uma melhora
significativa no tempo de trânsito da cápsula pelo delgado.
Conclusão: A terapia com infliximabe em pacientes com
DC moderada ou grave do intestino delgado parece induzir
cicatrização da mucosa de forma rápida e uma melhoria
significativa na motilidade do intestino delgado.
Avaliação da Comercialização e
Qualidade de Fitoterápicos Usados
em Doenças do Aparelho Digestivo
em São Luís, Maranhão, Brasil
Temário: Gastroenterologia / Estômago/Duodeno
Autores / Nome para referência / Instituição: FLAVIA
MARIA MENDONÇA DO AMARAL / AMARAL, F.M.M. / UFMA; FLÁVIA
RAQUEL FERNANDES NASCIMENTO / NASCIMENTO, F.R.F. / UFMA;
DENISE FERNANDES COUTINHO-MORAES, D.F. / COUTINHO-MORAES /
UFMA; MARIA NILCE DE SOUSA RIBEIRO / RIBEIRO, M.N.S. / UFMA;
LUCIANO MAMEDE FREITAS JUNIOR / FREITAS JUNIOR, L.M. / UFMA;
RIVADÁVIA RAMOS NEIVA FILHO / NEIVA FILHO, R.R. / SOGASTRO; JORGE
VICTOR DA SILVA COSTA / COSTA, J.V.S. / UNICEUMA; VANESSA DO
AMARAL NEIVA / NEIVA, V.A. / UFMA.
Resumo
Introdução: A Política Nacional de Saúde estabelece a
implantação da Fitoterapia, tendo como princípio orientador
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
a ampliação das opções terapêuticas e melhoria da
atenção à saúde. Objetivo: Avaliar a comercialização de
fitoterápicos usados em distúrbios do aparelho digestivo.
Metodologia: Foram selecionadas dez drogarias da
capital maranhense com comércio de espécies vegetais,
sendo realizada avaliação quantitativa e qualitativa da
venda de fitoterápicos para distúrbios do aparelho digestivo
e aquisição de amostras de Maytenus ilicifolia Mart. ex
Reiss. (espinheira-santa) e Peumus boldus Molina (boldo)
para pesquisa de fungos e bactérias. Resultados: Todas
as drogarias apresentam elevada venda de plantas para
distúrbios do aparelho digestivo, adquiridas livremente,
indicando que 76,44% dos entrevistados empregam plantas
associadas e/ou em substituição aos sintéticos. Todas
as amostras apresentaram contaminação fúngica e/ou
bacteriana, constatado que nenhuma amostra atendia às
especificações técnicas vigentes. Conclusão: Maytenus
ilicifolia e Peumus boldus representem espécies integrantes
da Lista de Registro Simplificado de Fitoterápicos (BRASIL.
Resolução ANVISA n° 89/04), com estudos de validação
em afecções aparelho digestivo, representando alternativa
terapêutica, porém os resultados comprovam riscos de
utilização de material impróprio, demonstrando necessidade
da atuação efetiva das autoridades competentes na garantia
do acesso seguro e uso racional de fitoterápicos.
Avaliação da Fibrose Hepática em
Pacientes Obesos e sua Correlação
com Variáveis Demograficas: Gênero,
Idade, IMC, Diabetes e Dislipidemia
Temário: Gastroenterologia / Fígado
Autores / Nome para referência / Instituição: MYRIAM
MORETTO / MORETTO, M. / HSL/PUCRS; VINÍCIUS DUVAL DA SILVA
/ SILVA, V.D. / HSL/PUCRS; CARLOS KUPSKI / KUPSKI, C / HSL/
PUCRS; CLÁUDIO CÓRA MOTTIN / MOTTIN, C.C. / HSL/PUCRS;
ARI BEN HUR STEFANI LEÃO / LEÃO, A.B. / HSL/PUCRS; ALEXANDRE
VONTOBEL PADOIN / PADOIN, A.V. / HSL/PUCRS; LUCIANA MARIA
BERARDI CIOFFI / CIOFFI, L.M.B. / HSL/PUCRS; FRANCISCA SPERB
INDRUSIAK / INDRUSIAK, F.S. / HSL/PUCRS.
Resumo
Introdução: A doença gordurosa hepática não alcoólica
apresenta maior prevalência nos obesos, e esta condição
está diretamente relacionada ao aumento do estrêsse
oxidativo e indução da fibrogênese hepática. Objetivo:
Avaliar o perfil de fibrose hepática em pacientes obesos e
sua correlação com as variáveis gênero, idade, índice de
massa corporal, diabetes tipo 2 e dislipidemia. Paciêntes
e Métodos: Realizada avaliação histológica de tecido
hepático, coletado por biópsia por agulha de 78 pacientes
obesos, em sua maioria mulheres na rotina do trans-
operatório de cirurgia bariátrica, quanto à presença ou
ausência de fibrose. Resultados: A fibrose esteve presente
em 35 pacientes (44,9%) e ausente em 43 (55,1%), quanto
ao gênero esteve presente em 23 mulheres e ausente em 36
sem diferença significativa. Quanto à idade 41,5±12,4 para
fibrose vs 37,9±10,4 para ausência de fibrose (p=0,164).
IMC 45,6±6,1 para presença e 45,2±9,4 para ausência
(p=0,844). Quanto ao DM2, 48,6% (n=17) positivos para
fibrose e 9,3% (n=4) sem fibrose (p<0,001) e em relação
à dislipidemia 74,3% (n=26) com fibrose e 48,8% (n=21)
sem fibrose (p=0,040). Conclusões: Neste estudo
encontramos correlação entre fibrose hepática e a presença
de D M2 e dislipidemia em pacientes obesos enquanto as
variáveis gênero, idade e IMC não apresentaram diferença
estatisticamente significativa quanto a presença de fibrose
nesta população.
Avaliação da Fundoplicatura à Nissen
com Phmetria de Múltiplos Canais
Temário: Cirurgia / Esôfago
Autores / Nome para referência / Instituição: FRANCISCO
SEGURO / SEGURO FCBC / HC FMUSP; MARCO A SANTO / SANTO
M.A. / HC FMUSP; RUBENS SALLUM / SALLUM R.A.A. / HC
FMUSP; ARY NASI / NASI A / HC FMUSP; ANGELA FALCÃO /
FALCÃO, A. / HC FMUSP; SERGIO SZACHNOWICZ / SZACHNOWICZ S. /
HC FMUSP; IVAN CECCONELLO / CECCONELLO, I. / HC FMUSP.
Resumo
O tratamento da Doença de Refluxo Gastroesofágico tem
como objetivo o controle dos sintomas, o que pode não
corresponder à efetiva interrupção da exposição ácida.
Objetivo: Avaliar a eficácia da fundoplicatura à Nissen em
contenção do refluxo para região ultra-distal do esôfago.
Onze pacientes em pós-operatório de fundoplicatura por
esôfago de Barrett, sem sinais clínicos, endoscópicos e
radiológicos de recidiva do refluxo. Método: Estudo de
pHmetria com múltiplos canais, avaliando exposição ácida
5cm acima do EIE (canal A), 1 cm acima (canal B) e na
região intraesfincteriana (canal C). Resultados A região
5cm acima do EIE apresentou, na médiana, fração de
tempo de pH < 4,0 de 0,1% e escore de DeMeester 1,1.
Um paciente apresentou refluxo patológico neste nível. A
região 1cm acima do EIE permaneceu, na médiana, 1,3%
do tempo com pH < 4,0. Cinco pacientes apresentaram
fração de tempo superior a 1,5% com pH < 4,0. A médiana
da fração de tempo < 4,0 na região intra-esfincteriana foi
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
de 38,7%. A comparação dos canais A e B evidenciou
aumento da exposição ácida em região ultra-distal. Porém,
a comparação dos canais A, B e C evidenciou que a queda
da exposição ácida da região intra-esfincteriana para a
região ultra-distal do esôfago é mais acentuada do que a
elevação de A para B, o que sugere eficácia no controle do
refluxo pela fundoplicatura. Conclusão: A fundoplicatura
à Nissen é eficaz em conter o refluxo ácido em nível ultra-
distal do esôfago.
Avaliação da Fundoplicatura à
Nissen com Phmetria de Múltiplos
Canais
Temário: Cirurgia / Esôfago
Autores / Nome para referência / Instituição: FRANCISCO
SEGURO / SEGURO FCBC / HC FMUSP; MARCO A. SANTO / SANTO,
M.A. / HC FMUSP; RUBENS SALLUM / SALLUM, R.A.A. / HC
FMUSP; ARY NASI / NASI A / HC FMUSP; ANGELA FALCÃO /
FALCÃO A / HC FMUSP; SERGIO SZACHNOWICZ / SZACHNOWICZ S / 63
HC FMUSP; IVAN CECCONELLO / CECCONELLO, I. / HC FMUSP.
Resumo
O tratamento da Doença de Refluxo Gastroesofágico tem
como objetivo o controle dos sintomas, o que pode não
corresponder à efetiva interrupção da exposição ácida.
Objetivo: Avaliar a eficácia da fundoplicatura à Nissen em
contenção do refluxo para região ultra-distal do esôfago.
Onze pacientes em pós-operatório de fundoplicatura por
esôfago de Barrett, sem sinais clínicos, endoscópicos e
radiológicos de recidiva do refluxo. Método: Estudo de
pHmetria com múltiplos canais, avaliando exposição ácida
5cm acima do EIE (canal A), 1cm acima (canal B) e na
região intraesfincteriana (canal C). Resultados: A região
5cm acima do EIE apresentou, na médiana, fração de
tempo de pH < 4,0 de 0,1% e escore de DeMeester 1,1.
Um paciente apresentou refluxo patológico neste nível. A
região 1cm acima do EIE permaneceu, na médiana, 1,3%
do tempo com pH < 4,0. Cinco pacientes apresentaram
fração de tempo superior a 1,5% com pH < 4,0. A médiana
da fração de tempo < 4,0 na região intra-esfincteriana foi
de 38,7%. A comparação dos canais A e B evidenciou
aumento da exposição ácida em região ultra-distal. Porém,
a comparação dos canais A, B e C evidenciou que a queda
da exposição ácida da região intra-esfincteriana para a
região ultra-distal do esôfago é mais acentuada do que a
elevação de A para B, o que sugere eficácia no controle do
refluxo pela fundoplicatura. Conclusão: A fundoplicatura
à Nissen é eficaz em conter o refluxo ácido em nível ultra-
distal do esôfago.

Avaliação da Proteína C Reativa
como Preditor de Complicações
e Mortalidade em Pacientes com
Pancreatite Aguda
Temário: Gastroenterologia / Pâncreas e Vias Biliares
Autores / Nome para referência / Instituição: ADRIANA
HENDLER MOTA / MOTA, A.H. / HNSC; LUCIANA FERRUGEM CARDOSO /
CARDOSO, L.F. / HNSC; FÁBIO LANTZ / LANTZ, F / HNSC.
Resumo
Introdução: Vários modelos prognósticos são utilizados
para avaliar a gravidade da pancreatite aguda. A proteína C
reativa (PCR), quando em níveis maiores que 150 mg/L, está
associada a complicações. Objetivo: Analisar a proteína C
reativa sérica em relação a complicações e mortalidade em
pacientes com pancreatite aguda. Método: Analisados,
retrospectivamente, os pacientes com pancreatite aguda
internados no Serviço de Gastroenterologia de um hospital
64 terciário no período de fev/2009 a ago/2010. Resultados:
92 pacientes com diagnóstico de pancreatite aguda e
dosagem de PCR aferida nas primeiras 48h da internação
foram incluídos no estudo. Quarenta e sete pacientes eram
do sexo feminino (51%), com média de idade de 52,3 anos.
Sessenta e oito pacientes (73%) tiveram como causa a litíase
biliar. Trinta e dois (34%) pacientes apresentaram PCR sérica
acima de 150 mg/L; destes, 17 pacientes (53%) apresentaram
complicação local ou sistêmica e 5 óbitos (15%). Dos sessenta
pacientes com PCR menor que 150 mg/L, 17 apresentaram
complicações (28%) e 2 óbitos(3,3%). O RR de complicações
nos pacientes com PCR elevado foi estimado em 1,875 (1,11-
3,14) e o RR de óbito em 4,68 (0,963- 22,82). Conclusão:
Nesta amostra de pacientes, houve associação entre os níveis
de PCR e complicações /mortalidade. Entretanto, em metade
dos pacientes com complicações locais ou sistêmicas, o exame
de PCR não era maior que o ponto de corte de 150 mg /L.
Avaliação da Recuperação Funcional
da Barreira Intestinal, por Meio do
Teste de Permeabilidade Intestinal,
em Resposta ao Tratamento com
O Anti-Fator de Necrose Tumoral à
(Infliximabe)
Temário: Gastroenterologia / Intestino
Autores / Nome para referência / Instituição: CAROLINA
DE PAULA GUIMARÃES BAÍA / BAÍA, C.P.G. / UFMG; ALOÍSIO SALES DA
CUNHA / CUNHA, A.S. / UFMG; EDUARDO GARCIA VILELA / VILELA,
E.G. / UFMG; JULIANA BROVINI LEITE / LEITE, J.B. / UFMG; MARCELLA
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
MENEZES ANDRADE / ANDRADE, M.M. / UFMG; TACIANA BRETAS
GUERRA / GUERRA, T.B. / UFMG; PALOMA MACIEL ARAÚJO / ARAÚJO,
P.M. / UFMG; MARIA DE LOURDES DE ABREU FERRARI / FERRARI, M.L.A./
UFMG.
Resumo
Introdução: A Doença de Crohn (DC) é doença inflamatória
intestinal de etiologia não conhecida. Há aumento da
permeabilidade intestinal (PI) com maior permeação de antígenos
à mucosa, podendo iniciar ou perpetuar um processo inflamatório.
O teste de permeabilidade intestinal é exame não invasivo capaz
de mensurar a PI. Os anticorpos monoclonais anti-fator de necrose
tumoral à (anti-TNF- Ã) como o infliximabe promovem redução
do processo inflamatório com redução da PI. Objetivo: Avaliar
a recuperação funcional da barreira intestinal por meio do teste
de permeabilidade intestinal, na DC, após redução do processo
inflamatório em resposta ao infliximabe. Material e Métodos:
Vinte pacientes com DC e indicação para o uso do infliximabe
foram submetidos a exame clínico, laboratorial, quantificação
da atividade inflamatória pelo CDAI e teste de permeabilidade
intestinal, antes e 13ªsemana após o infliximabe. Resultados:
Dezesseis (80%) pacientes apresentavam aumento de PI antes
do tratamento. Destes, treze (81,25%) normalizaram a PI com
p=0,02. Quinze (75%) pacientes mostraram diminuição do
CDAI com p=0,003. Houve também diminuição dos valores de
proteína C reativa e velocidade de hemossedimentação, mas sem
significância estatística. Conclusão: Na casuística estudada,
conclui-se que a redução do processo inflamatório em resposta
ao tratamento com anti-TNF – foi acompanhada por redução dos
parâmetros inflamatórios e da permeabilidade intestinal, o que
sugere restauração da mucosa intestinal.
Avaliação da Relação entre a
Expressão do Antígeno do Core da
Hepatite B (HBCAG) com Grau de
Fibrose Hepática, Perfil Sorológico
e Níveis Séricos de HBV-DNA em
Pacientes Com Infecção Crônica pelo
Vírus da Hepatite B (HBV)
Temário: Gastroenterologia / Fígado
Autores / Nome para referência / Instituição: JOEL ADRIANO
BORDIGNON / BORDIGNON, J.A. / HCFMRP-USP; DIEGO CARDOSO
BAIMA / BAIMA, D.C. / HCFMRP-USP; SAULO FREITAS FERREIRA /
FERREIRA, S.F. / HCFMRP-USP; RAFAEL KAHWAGE / KAHWAGE, R. /
HCFMRP-USP; VANIELA ZONTA / ZONTA, V / HCFMRP-USP; SANDRO
DA COSTA FERREIRA / FERREIRA, S.C. / HCFMRP-USP; ANA DE LOURDES
CANDOLO MARTINELLI / MARTINELLI, A.L.C. / HCFMRP-USP.
Resumo
Introdução: A determinação intra-hepática do HBcAg por
imunoistoquímica indica replicação viral ativa e os padrões de
coloração do HBcAg podem se relacionar com os níveis sé-
ricos do HBV-DNA e/ou atividade histológica hepática. Ob-
jetivos: Avaliar a relação entre a expressão do HBcAg em
amostras de biópsias hepáticas de pacientes com infecção
pelo HBV com gravidade da fibrose hepática, status soroló-
gico do HBeAg e níveis séricos de HBV-DNA. Casuística:
198 pacientes com infecção crônica pelo HBV e com biópsia
hepática. Métodos: Determinação do HBVDNA pelo mé-
todo b–DNA;Bayer. Estadiamento da fibrose hepática utili-
zando-se a classificação de Knodell et al. (1981) modificada
por Desmet et al. (1994). Expressão do HBcAg realizado por
imunohistoquímica. Resultados: Expressão do HBcAg foi
positiva em 79 biópsias (39,8%). Considerando-se a positivi-
dade do HBcAg, não houve diferença significativa na distribui-
ção dos casos de acordo com os diferentes graus de fibrose
hepática[F2-F4(54,4%) VS F0-F1(46,8%) p=0,0846;OR:1,305
IC95%:0,971-1,755] e HBV-DNA≥104cópias/ml e <104có-
pias/ml,p=0,1257;OR:1,139; IC95%:0,978-1,324. Expressão
do HBcAg foi significativamente maior em pacientes HBeAg
positivos (75%) quando comparados aos pacientes HBeAg
negativos (29,8%) p< 0,0001;OR:4,39;IC95%:2,434-7,920.
Conclusão: Nossos resultados demonstraram que expres-
são do HBcAg foi significativamente maior no grupo HBeAg
positivo sugerindo papel da expressão do HBcAg como mar-
cador de replicação do HBV.
Avaliação das Indicações,
Complicações e Benefícios
da Gastrostomia Endoscópica
Percutânea em Pacientes do HC-
UNICAMP nos anos de 2007-2011
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para referência / Instituição: TATIANA
COSTALLAT RICCI / RICCI, T.C. / UNICAMP; PATRÍCIA FRIZZARINI
EXPOSITO / EXPOSITO, P.F. / UNICAMP; CIRO GARCIA MONTES /
MONTES, C.G. / UNICAMP; MARIA DE FATIMA SERVIDONI / SERVIDONI,
M.F.C.P / UNICAMP; JAZON ROMILSON DE ALMEIDA / ALMEIDA,
J.R.S / UNICAMP; ELISETE PINTO / PINTO, E.A.L.C. / UNICAMP.
Resumo
Introdução: A gastrostomia endoscópica percutânea (Gep)
está indicada em pacientes que necessitam de suporte
nutricional enteral prolongado. As complicações podem ser
classificadas como: precoces e tardias (até 15 dias da Gep ou
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
mais), menores e maiores (tratadas conservadoramente ou não).
Objetivos: Avaliar as indicações, complicações e benefícios
da Gep. Casuística e Métodos: Estudo prospectivo de
35 pacientes ( sexo= 13F/22M, idade= de 4 a 73 anos, M
70 anos) submetidos à Gep pela técnica de Gauderer-
Ponsky, no HC-UNICAMP de 2007 a 2011. Resultados:
As especialidades que mais indicaram Gep foram neurologia
(17/35), otorrinolaringologia (6/35) e cirurgia de cabeça
e pescoço (4/35). As indicações foram disfagia/ distúrbio
de deglutição (31/35) e desnutrição grave (4/35). O índice
geral de complicações da Gep foi de 50%, todas menores:
precoces- febre(3/35), infecção periestomal (2/35), secreção
purulenta(1/35 ) e tardias- celulite(7/ 35) , extravazamento
de secreção gástrica(3/35), granuloma periestomal (2/35),
drenagem de secreção purulenta (1/35). Houve 3 óbitos no
período não relacionados à Gep. Todas as famílias relataram
benefícios da Gep:-ganho ponderal (27/35) mais que 10 kg(
8/35), menor índice de infecções respiratórias (6/35 ), melhora
estética e da qualidade de vida dos pacientes e cuidadores
(35/35). Conclusão: A Gep é um método seguro de suporte
nutricional aos pacientes do HC-UNICAMP com complicações 65
apenas menores em nosso serviço.
Avaliação de 60 Pacientes Tratados
com Derivação Biliopancreática
Temário: Gastroenterologia / Miscelânia
Autores / Nome para referência / Instituição:
NICOLAU FERNANDES KRUEL / KRUEL, N.F. / UNISUL; GILSON
DE SOUZA SILVÉRIO / SILVERIO, G.S. / HOSPITAL REGIONAL SÃO
JOSÉ; ORLI FRANZON / FRANZON, O. / UNISUL; HIDEO SUZUKI /
SUZUKI, H. / UNISUL; NICHOLAS TAVARES KRUEL / KRUEL, N.T.
/ HOSPITAL REGIONAL SÃO JOSÉ; JAMES KEN FUKUDA / FUKUDA,
J.K. / HOSPITAL REGIONAL SÃO JOSÉ; ADRIANA SILVA / SILVA, A.
/ UNISUL; FERNANDO DE OLIVEIRA RESENDE FILHO / RESENDE
FILHO, F.O. / HOSPITAL REGIONAL DE SÃO JOSÉ.
Resumo
Introdução: A obesidade mórbida deve ser considerada uma
doença de prevalência crescente, onde o tratamento clínico
em muitos casos é ineficaz. Objetivo: Avaliar os parâmetros
clínicos e cirúrgicos nos pacientes operados pela derivação
biliopancreática, entre os quais sexo, evolução do IMC e do
Excesso de Peso Perdido, co-morbidades, cirurgias associadas
e complicações. Métodos: Estudo retrospectivo transversal
descritivo de 60 obesos mórbidos tratados pela Derivação
Biliopancreática com Preservação Gástrica no Hospital
Regional São José, cuja indicação foi de IMC > 40 Kg/m² ou
IMC > 35 Kg/m² com co-morbidades, no período de janeiro
de 2000 a dezembro de 2007. Resultados: Dos 60 pacientes

estudados, 71,4% eram do sexo feminino. Destes 78,6%
apresentavam comorbidades, onde a hipertensão e diabetes
foram os mais Frequentes; 46% atingiram IMC de 25 e 92,8%
alcançaram redução do excesso de peso maior que 51% em 12
meses após a cirurgia. Fístula gastro-entérica foi a complicação
precoce mais predominante; a anemia e hipoproteinemia foram
as complicações tardias mais frequentes, onde 13 pacientes
necessitaram de aumento da alça comum; dentre as cirurgias
associadas, destacamos a Colecistectomia e Herniorrafia
Incisional. Conclusão: O sexo feminino foi o mais prevalente.
A anemia e hipoproteinemia foram significativas no pós-
operatório. A redução do IMC para 25 e a perda do excesso
de peso maior que 51% foram alcançados em 12 meses após a
cirurgia, com melhora das comorbidades.
Avaliação de Complicações Pós
Cirurgia Bariátria em Pacientes de
Serviço Particular de Curitiba
66
Temário: Cirurgia / Obesidade
Autores / Nome para referência / Instituição: KARINA
BITTENCOURT MEDEIROS / MEDEIROS, K.B. / UFPR; JONATHAS EDUARDO
DO VALE MARTINS / MARTINS, J.E.V. / UFPR; MARIELLE MALUCELLI /
MALUCELLI, M. / UFPR; ELISÂNGELA WEIRICH / WEIRICH, E. / PUCPR;
FERNANDA TROMBINI NUNES / NUNES, F.T. / UFPR; ROSIANE TATIANA
TOPOROSKI / TOPOROSKI, R.T. / UFPR; MARIA LUCIA ALVES PEDROSO /
PEDROSO, M.L.A. / UFPR; RODRIGO STROBEL / STROBEL, R. / UFPR.
Resumo
Introdução: A cirurgia bariátrica está em ascensão como
principal método intervencionista empregado no tratamento
de obesidade mórbida. Por serem pacientes complexos e
com comorbidades importantes, os obesos têm grandes
riscos de complicações pós-operatórias. Objetivo: Avaliar
complicações pós-cirurgia bariátrica encontradas em Serviço
Particular de Curitiba de janeiro de 2002 a dezembro de
2008. Casuística/Métodos: Estudo transversal descritivo
via análise de dados de prontuários de pacientes de Serviço
Particular submetidos à Cirurgia Bariátrica de janeiro
de 2002 a dezembro de 2009 por um mesmo cirurgião.
Analisaram-se idade, sexo, índice de massa corpórea (IMC)
e presença de complicações pós-operatórias tardias, sendo
elas fístulas de bolsa gástrica, trombose venosa profunda
(TVP), tromboembolismo pulmonar (TEP), hérnia interna
(HI), hérnia externa (HE), óbito e outras complicações.
Resultados: Dos 336 pacientes analisados, 77,98% eram
do sexo feminino, a idade média foi 35,6 anos entre homens
e 37,5 anos entre mulheres, o IMC médio foi 43,34kg/m² em
homens e 40,75 kg/m² em mulheres. Sobre as complicações,
observaram-se 2 fístulas (de 336 pacientes), 2 estenoses
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
gástricas (de 336), 2 HI (de 336),1 HE (de 28),1 óbito por
TEP e 5 complicações relacionadas a outras causas. Não
há outras descrições de TVP ou TEP além das relacionadas
ao óbito. Conclusão: Quando corretamente indicada, a
cirurgia bariátrica é um procedimento seguro e relacionado
a poucas complicações.
Avaliação de Resposta de
Sintomas de Doença de Refluxo
Gastroesofágico em Obesos
Submetidos à cirurgia Bariátrica em
Serviço Particular de Curitiba
Temário: Cirurgia / Obesidade
Autores / Nome para referência / Instituição: KARINA
BITTENCOURT MEDEIROS / MEDEIROS, K.B. / UFPR; FABIANE
BARBERO KLEM / KLEM, F.B. / UFPR; ALESSANDRA MEDEIROS
RODRIGUES SOARES / SOARES, A.M.R. / UFPR; MARIELLE
MALUCELLI / MALUCELLI, M. / UFPR; NATANAEL PIETROSKI DOS
SANTOS / SANTOS, N.P. / UFPR; ELISÂNGELA WEIRICH / WEIRICH, E.
/ PUCPR; RODRIGO STROBEL / STROBEL, R. / UFPR; MARIA LUCIA
ALVES PEDROSO / PEDROSO, M.L.A. / UFPR.
Resumo
Introdução: Nas últimas décadas houve importante aumento
na prevalência de obesos, assim como da prevalência de casos
de DRGE (doença do refluxo gastroesofágico). A relação
entre essas duas entidade é conhecida, é necessário também
conhecer a resposta dos sintomas de DRGE após o tratamento
intervencionista. Objetivos: Avaliar alterações de sintomas de
DRGE em pacientes submetidos à cirurgia bariátrica pré e pós
cirúrgica em Serviço Particular de Curitiba de setembro de 2002
a maio de 2011. Casuística/Métodos: Estudo transversal
descritivo via análise de prontuários de Serviço Particular
submetidos à Cirurgia Bariátrica de setembro de 2002 a maio de
2011 pelo mesmo cirurgião. Analisaram-se idade, sexo, índice
de massa corpórea (IMC) pré-cirúrgica e presença de sintomas
de DRGE antes e após a cirurgia. Resultados: Foram avaliados
175 pacientes. Dos 77 pacientes com diagnóstico pré-cirúrgico
de DRGE (44%), e idade média de 33, 25 anos e, o IMC médio
de 40,64kg/ m², 94,81% alcançaram a cura da doença após a
cirurgia e 5,19% obtiveram melhora do quadro após a cirurgia no
follow-up de, em média, quatro anos. Não houve nenhum relato
de inalteração ou piora da doença. Nenhum dos 99 pacientes,
média de IMC de 41,74 kg/m², que não tinham DRGE no pré-
operatório desenvolveu a doença no follow-up de, em média,
três anos e quatro meses. Conclusão: As cirurgias bariátricas
demonstraram bons resultados em pacientes com sintomas de
DRGE, obtendo-se cura da doença na imensa maioria dos casos.
Avaliação do Efeito do Extrato
Hidroalcoólico da Aroeira no
Tratamento da Peritonite Induzida
por Ligadura Cecal em Ratos
Temário: Cirurgia / Miscelânia
Autores / Nome para referência / Instituição: ITÁGORES
HOFFMAN I LOPES SOUSA COUTINHO / COUTINHO, IHILS / ESCOLA
DE MEDICINA – UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS (EMUFT);
RAPHAEL SANZIO PIMENTA / PIMENTA, R.S. / ESCOLA DE MEDICINA
– UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS (EMUFT); SERGIO DONIZETI
ASCENCIO / ASCENCIO, S.D. / ESCOLA DE MEDICINA – UNIVERSIDADE
FEDERAL DO TOCANTINS (EMUFT); GUSTAVO MORALES CAMILO
REIS / REIS, G.M.C. / ESCOLA DE MEDICINA – UNIVERSIDADE
FEDERAL DO TOCANTINS (EMUFT); AMANDA SOARES RIBEIRO
JORGE / JORGE, A.S.R. / ESCOLA DE MEDICINA – UNIVERSIDADE
FEDERAL DO TOCANTINS (EMUFT); ARIANE RIBEIRO DOS SANTOS /
SANTOS, AR / ESCOLA DE MEDICINA – UNIVERSIDADE FEDERAL DO
TOCANTINS (EMUFT); RHEROLD SANTANA / SANTANA, R. / ESCOLA
DE MEDICINA – UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS (EMUFT);
TAYNARA GUIMARÃES SILVA / SILVA, T.G. / ESCOLA DE MEDICINA –
UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS (EMUFT).
Resumo
Introdução: A sepse abdominal apresenta altas taxas de
morbi-mortalidade e há um número crescente de bactérias
resistentes aos antibióticos mais utilizados. Na medicina po-
pular brasileira o extrato hidroalcoólico da aroeira (EHA), pre-
parado a partir da entrecasca, é utilizado como antimicrobiano.
Objetivo: Avaliar o efeito antimicrobiano do EHA em perito-
nites. Método: A partir da entrecasca de aroeira da espécie
Myracrodruon urundeuva, produziu-se o EHA. Foram utilizados
10 ratos Wistar, que após anestesia foram submetidos à laparo-
tomia com a ligadura do ceco distal à válvula ileocecal. O ceco
foi perfurado e o abdome fechado com síntese por planos. Foi
aguardado um período de 24 horas para que tivesse instalada a
peritonite e então os animais foram randomizados e subdividi-
dos em grupo controle (GC), que foi tratado com solução salina
0,9% e grupo aroeira (GA), que foi tratado com EHA, ambos na
dose diária de 1 mL/kg do animal, por via oral, por 03 dias. Fez-
se a eutanásia e foi realizada uma relaparotomia com a retirada
de fragmento peritoneal, que sofreu diluições seriadas. Uma
alíquota de cada diluição foi semeada em meio Mueller Hin-
ton e incubada. Resultados: À leitura, as placas de Petri não
permitiram a contagem das UFC, em nenhuma das diluições, e
não houve diferença entre as placas do GC e GA. Conclusão:
O EHA (Myracrodruon urundeuva), nas condições do estudo,
não apresentou efeito antimicrobiano no tratamento da perito-
nite induzida por extravasamento fecal em ratos.
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
Avaliação do Índice GOOS após o
Uso de Stent Duodenal na Doença
Maligna: Estudo Prospectivo
Temário: Endoscopia / Intestino delgado
Autores / Nome para referência / Instituição:
EDUARDO G H DE MOURA / MOURA, E.G.H. / FMUSP; SPENCER
CHENG / CHENG, S. / FMUSP; FLÁVIO FERREIRA / FERREIRA, F. /
FMUSP; PAULO SAKAI / SAKAI, P. / FMUSP; BRUNO ZILBERSTAIN
/ ZILBERSTEIN, B. / FMUSP; EVERSON L A ARTIFON / ARTIFON, ELA
/ FMUSP; TOMAZO A. P. FRANZINI / FRANZINI,T.A.P. / FMUSP;
THIAGO F. DE SOUZA / SOUZA, T.F. / FMUSP; IVAN CECCONELLO /
CECCONELLO, I. / FMUSP.
Resumo
Objetivos: Avaliar a viabilidade, segurança e eficácia do
uso do stent Wallflex Duodenal no tratamento paliativo da
obstrução maligna gastroduodenal e o índice (GOOS) durante
o acompanhamento. Métodos: Estudo prospectivo, não
67
randomizado realizado entre 08/2005 a 04/2010. Pacientes não
candidatos a tratamento cirúrgico. Resultados: 15 pacientes,
40% masculino e 60% feminino (60%), com idade médiana de
61a. A perda de peso oscilou entre 4 a 27 kg (médiana de
14,35 kg), durante 5,4 meses. Três pacientes tiveram pontuação
GOOS igual ou superior a 1. Dados de laboratório mostrando
obstrução biliar ocorreu em 8 casos (53,33%), todos os quais
foram submetidos à drenagem biliar. Um paciente desenvolveu
sintomas obstrutivos após 1 mês, em razão do crescimento
tumoral que foi tratado, com novo stent, sem recorrência da
obstrução. Outro paciente evoluiu com sintomas de obstrução
após 6 meses, sem possibilidades de permeação. Houve 2
casos de migração . A primeira falha para manter o índice GOOS
ocorreu com tempo médio de 3,1 meses (desvio padrão 2,60) e
a primeira falha para manter o índice anteriormente alcançado
entre 2-3, considerada falha técnica, ocorreu no tempo médio
de 2,3 meses (desvio padrão 2,89). Conclusão: O emprego
do stent duodenal permitiu melhora do índice GOOS, baixas
taxas de complicação e maior permeabilidade conduzindo a
uma melhor qualidade de vida.
Avaliação do Tempo de Trânsito
Orocecal e Absorção de Glicose em
Pacientes Portadores de Megacólon
Chagásico com e sem Constipação
Temário: Motilidade / Motilidade digestiva
Autores / Nome para referência / Instituição: MAURO
BAFUTTO / BAFUTTO, M. / INSTITUTO GOIANO DE GASTROENTEROLOGIA-
DISCIPLINA DE GASTROENTEROLOGIA DA FAC. DE MEDICINA DA UFGO;

ALEJANDRO O. LUQUETTI / LUQUETTI, A.O. / LABORATÓRIO DE DOENÇA
DE CHAGAS DA FACULDADE DE MEDICINA DA UFGO; SALUSTIANO
GABRIEL NETO / GABRIEL NETO, S. / DEPARTAMENTO DE CIRURGIA DA
FACULDADE DE MEDICINA UFGO; JOFFRE REZENDE FILHO / REZENDE
FILHO, J. / DISCIPLINA DE GASTROENTEROLOGIA DA FACULDADE DE
MEDICINA DA UFGO; ENIO CHAVES DE OLIVEIRA / OLIVEIRA, E.C. /
DEPARTAMENTO DE CIRURGIA-LABORATÓRIO DE DOENÇA DE CHAGAS
DA FACULDADE DE MEDICINA DA UFGO.
Resumo
Introdução: A constipação na doença de Chagas (DC) está
associada ao megacólon, entretanto, 30 a 50% dos pacientes com
megacólon não apresentam constipação. O papel das alterações
motoras do intestino delgado e da alteração da absorção de
glicose na constipação do paciente com DC é desconhecido.
Objetivos: Comparar o tempo de transito orocecal (TTOC) e
o teste de tolerância à glicose (TTG) em pacientes chagásicos
e não chagásicos com ou sem constipação. Material e
métodos: 30 pacientes chagásicos e não chagásicos foram
68 incluídos. Foram excluídos pacientes com cirurgias prévias no
trato gastrointestinal, uso de drogas que afetam a motilidade
gastrointestinal e qualquer tipo de doença orgânica que não
fosse DC. Os pacientes se submeteram a enema opaco, Tempo
de Trânsito Colônico e sorologia para DC. Foram divididos
em 3 grupos: Grupo Controle (GC):10 voluntários normais;
Grupo Megacólon Chagásico Não Constipado (GMCNC): 10
pacientes; Grupo Megacólon Chagásico Constipado (GMCC):
10 pacientes. O TTOC foi medido por meio do Teste de H2
expirado e foi realizado o TTG. Para análises estatísticas foram
usados ANOVA com Teste de Tukey. Resultados: O GMCC
apresentou níveis estatisticamente significativos de glicose
sanguínea, em relação ao GC, aos 30min (p=0,01), 60min
(p=0,005) e 90min(p=0,003). O TTOC apresentou diferenças
estatisticamente significativas para o GMCC em relação ao
GMCNC e o GC. Conclusão: A constipação na DC está
relacionada ao TTOC lento e a alterações da absorção da
glicose.
Avaliação do Tratamento da Doença
Diverticular dos Cólons Sintomática
Não-Complicada com Mesalazina
MMX
Temário: Gastroenterologia / Intestino
Autores / Nome para referência / Instituição: MAURO
BAFUTTO / BAFUTTO, M. / INSTITUTO GOIANO DE GASTROENTEROLOGIA-
DISCIPLINA DE GASTROENTEROLOGIA DA FAC DE MEDICINA DA
UFGO; NAYLÉ VILELLA LEITE / LEITE, N.V. / INSTITUTO GOIANO DE
GASTROENTEROLOGIA; ALEXANDRE AUGUSTO FERREIRA BAFUTTO
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
/ BAFUTTO, A.A.F. / INSTITUTO GOIANO DE GASTROENTEROLOGIA;
MICHELE BAFUTTO GOMES COSTA / COSTA, M.B.G. / INSTITUTO
GOIANO DE GASTROENTEROLOGIA; RICARDO DUARTE MARCIANO /
MARCIANO,RD / INSTITUTO GOIANO DE GASTROENTEROLOGIA; IZABELA
CRISTINA CARDOZO BOMFIM / BOMFIM, I.C.C. / INSTITUTO GOIANO
DE GASTROENTEROLOGIA; ENIO CHAVES DE OLIVEIRA / OLIVEIRA,
E.C. / DEPARTAMENTO DE CIRURGIA DA FACULDADE DE MEDICINA DA
UFGO; JOFFRE REZENDE FILHO / REZENDE FILHO,J / DISCIPLINA DE
GASTROENTEROLOGIA DA FACULDADE DE MEDICINA DA UFGO;
Resumo
Introdução: A inflamação é o principal mecanismo na pa-
togenia da Doença Diverticular dos Cólons. A Mesalazina
MMX possui atividade anti-inflamatória com liberação gradual
e prolongada nos cólons. Objetivo: Avaliar o tratamento da
Doença Diverticular dos Cólons Não-Complicada (DDCNC)
antes e após o uso de Mesalazina MMX ou Plantago Ovata.
Casuística e Métodos: Foram incluídos 21 pacientes com
DDSNC. Foram excluídos pacientes em uso de drogas, DDC
complicada ou doença orgânica. Foram divididos em 2 gru-
pos: G1–11 pacientes com DDSNC tratados com mesalazina
MMX 2400mg 1x/dia V.O. por 30 dias; G2–10 pacientes com
DDSNC tratados com Plantago Ovata 3,5mg V.O. 2x/dia por
30 dias. Antes e após o tratamento os pacientes responderam
a um questionário de sintomas para: Frequência das Evacua-
ções (FE), Consistência das Fezes (CF), Dor (D) e Distensão
Abdominal (DA). ( máx:16pts,mín:4pts). Para análise estatística
foi usado o teste t pareado. Resultados: Diferenças estatis-
ticamente significativas foram observadas: G1- Pontuação Pré
X Pós(M ± DP); Total: 11.45 ±1.97 X 4.82 ±1.54 (p<0,0001);
FE: 2.09 ±1.22 X 1.18 ±0.6 (p=0,0162);CF: 2.64 ±1.03 X 1.36
±0.92(p=0.0033);D: 3.55 ± 0.52 X 1.18 ±0.4 (p<0.0001) e
DA: 3.55 ±0.52X1.09±0.3(p<0.0001).No G2, apenas o cri-
tério CF foi estatisticamente significativo, PréXPós(M±DP)
CF: 2.4±0.97X1.6±0.85(p=0.0224). Conclusão: A Mesala-
zina MMX melhorou todos os sintomas clínicos avaliados na
DDCNC. O uso de Plantago Ovata melhorou apenas a consis-
tência das fezes.
Avaliação do uso de Inibidores de
Bomba de Prótons em Pacientes
Internados em Hospital Geral
Temário: Gastroenterologia / Estômago/
Duodeno
Autores / Nome para referência / Instituição: BYRON
JOSÉ FIGUEIREDO BRANDÃO / BRANDÃO, B.J.F. / UNIVERSIDADE
DE UBERABA; JOSE DO CARMO JUNIOR / CARMO JUNIOR, J. /
UNIVERSIDADE DE UBERABA; SANZIO DUPIM SOARES / SOARES, S.D.
/ UNIVERSIDADE DE UBERABA; GUSTAVO DE ALMEIDA VIEIRA / VIEIRA,
G.A. / UNIVERSIDADE DE UBERABA; LUCAS CARTAFINA / CARTAFINA,
L / UNIVERSIDADE DE UBERABA; MARIANA FURTADO / FURTADO, M.
/ UNIVERSIDADE DE UBERABA; KARINE APARECIDA GOMES MEDEIROS
/ MEDEIROS, K.A.G. / UNIVERSIDADE DE UBERABA; EWERSON KEMEL
/ KEMEL, E. / UNIVERSIDADE DE UBERABA.
Resumo
Introdução: Os inibidores da bomba de prótons (IBP) são as
drogas de escolha no tratamento de doenças ácido-pépticas.
Objetivo: Identificar a prevalência do uso dos IBPs em
população internada, possíveis interações, sintomas dispépticos.
Métodos: Foi realizado estudo observacional, retrospectivo e
descritivo de prontuários e prescrições, em enfermaria clínica
do Hospital Universitário da Universidade de Uberaba, entre
Maio e Julho de 2011. População amostrada: adultos, maiores
de 21 anos, ambos os sexos, internados pelo Sistema Único
de Saúde. Variáveis coletadas: via de administração da dieta,
prescrição de fármacos com efeitos gastrintestinais, prescrição
de IBP, sintomas dispépticos. A análise estatística no software,
Excel 2010. Resultados: Foram 124 pacientes. A idade média,
61,5 anos. Dieta: 103 (83%), VO e 21 (17%) SNE. Utilização
de omeprazol 73 (58,8%) pacientes, sendo a via: 37 (50,6%)
EV, 36 (49,4%) VO. No grupo tratado com IBPs, 32 (43,8%)
utilizavam fármacos com efeito dispéptico. Grupo tratado com
Omeprazol, 31 (42,4%) queixavam-se de sintomas dispépticos
intra-hospitalar, sendo que 11 (35,4%) apresentavam esses
sintomas previamente à internação. A análise estatística dos
sintomas dispépticos entre tratados ou não com IBPs não
foi significativa. Conclusão: Observou-se, alta prevalência
de prescrição de IBPs. Podendo levar a efeitos colaterais e
interações indesejadas.
Avaliação do Uso de Inibidores de
Bomba de Prótons em Pacientes
Internados em Hospital Geral
Temário: Gastroenterologia / Estômago/
Duodeno
Autores / Nome para referência / Instituição: BYRON
JOSÉ FIGUEIREDO BRANDÃO / BRANDÃO, B.J.F. / UNIVERSIDADE
DE UBERABA; JOSE DO CARMO JUNIOR / CARMO JUNIOR, J. /
UNIVERSIDADE DE UBERABA; SANZIO DUPIM SOARES / SOARES, SD.
/ UNIVERSIDADE DE UBERABA; GUSTAVO DE ALMEIDA VIEIRA / VIEIRA,
G.A. / UNIVERSIDADE DE UBERABA; LUCAS CARTAFINA / CARTAFINA,
L. / UNIVERSIDADE DE UBERABA; MARIANA FURTADO / FURTADO, M.
/ UNIVERSIDADE DE UBERABA; KARINE APARECIDA GOMES MEDEIROS
/ MEDEIROS, K.A.G. / UNIVERSIDADE DE UBERABA; EWERSON KEMEL
/ KEMEL, E. / UNIVERSIDADE DE UBERABA.
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
Resumo
Introdução: Os inibidores da bomba de prótons (IBP) são as
drogas de escolha no tratamento de doenças ácido-pépticas.
Objetivo: Identificar a prevalência do uso dos IBPs em
população internada, possíveis interações, sintomas dispépticos.
Métodos: Foi realizado estudo observacional, retrospectivo e
descritivo de prontuários e prescrições, em enfermaria clínica
do Hospital Universitário da Universidade de Uberaba, entre
Maio e Julho de 2011. População amostrada: adultos, maiores
de 21 anos, ambos os sexos, internados pelo Sistema Único
de Saúde. Variáveis coletadas: via de administração da dieta,
prescrição de fármacos com efeitos gastrintestinais, prescrição
de IBP, sintomas dispépticos. A análise estatística no software,
Excel 2010. Resultados: Foram 124 pacientes. A idade média,
61,5 anos. Dieta: 103 (83%), VO e 21 (17%) SNE. Utilização
de omeprazol 73 (58,8%) pacientes, sendo a via: 37 (50,6%)
EV, 36 (49,4%) VO. No grupo tratado com IBPs, 32 (43,8%)
utilizavam fármacos com efeito dispéptico. Grupo tratado com
Omeprazol, 31 (42,4%) queixavam-se de sintomas dispépticos
intra-hospitalar, sendo que 11 (35,4%) apresentavam esses 69
sintomas previamente à internação. A análise estatística dos
sintomas dispépticos entre tratados ou não com IBPs não
foi significativa. Conclusão: Observou-se, alta prevalência
de prescrição de IBPs. Podendo levar a efeitos colaterais e
interações indesejadas.
Avaliação dos Eosinofilos da
Mucosa Gástrica e Duodenal em
Pacientes com Dispepsia Funcional
e Dispepsia Funcional pós-
Infecciosa
Temário: Gastroenterologia / Estômago/
Duodeno
Autores / Nome para referência / Instituição: MAURO
BAFUTTO / BAFUTTO, M. / INSTITUTO GOIANO DE GASTROENTEROLOGIA -
DISCIPLINA DE GASTROENTEROLOGIA DA FAC. DE MEDICINA DA UFGO;
ALEXANDRE AUGUSTO FERREIRA BAFUTTO / BAFUTTO, A.A.F. / INSTITUTO
GOIANO DE GASTROENTEROLOGIA; DIOGO HENRIQUE SALIBA DE SOUZA /
SOUZA, D.H.S. / INSTITUTO GOIANO DE GASTOENTEROLOGIA-DISCIPLINA
DE GASTROENTEROLOGIA DA F.A.C. DE MEDICINA DA UFGO; RICARDO
MARCIANO / MARCIANO, R.D. / INSTITUTO GOIANO DE GASTOENTEROLOGIA;
MICHELE BAFUTTO GOMES COSTA / COSTA, M.B.G. / INSTITUTO GOIANO
DE GASTOENTEROLOGIA; ISABELA BOMFIM / BOMFIM, I.C.C. / INSTITUTO
GOIANO DE GASTOENTEROLOGIA; ENIO CHAVES DE OLIVEIRA / OLIVEIRA,
E.C. / DEPARTAMENTO DE CIRURGIA DA FACULDADE DE MEDICINA DA
UFGO; JOFFRE REZENDE FILHO / REZENDE FILHO, J. / DISCIPLINA DE
GASTROENTEROLOGIA DA FACULDADE DE MEDICINA DA UFGO.

Resumo
Introdução: Dispepsia funcional (DF) é uma desordem hetero-
gênea sem uma causa definida. A eosinofilia duodenal foi relacio-
nada à DF. A DF pós-infecciosa (PI) esta associada à persistência
de células T agregadas,diminuição de células TCD4 e macrófagos
no duodeno. Objetivos: Observar se existe diferença no núme-
ro de eosinófilos na mucosa gástrica e duodenal entre pacientes
com DF, DF-(PI) e não dispépticos. Métodos: Avaliação clínica
prévia realizada em pacientes adultos com DF, DF-(PI) e contro-
les. Diagnóstico de DF com base nos critérios de Roma III. Crité-
rios de exclusão: atopia; uso de medicação, drogas, álcool ou
tabaco; DRGE; síndrome do intestino irritável;e doenças orgâni-
cas. Todos realizaram hemograma, EAS, EPF e USG de abdome.
Foram divididos em 3 grupos: Grupo DF(GDF): 36 pacientes;
Grupo DF-(PI)(GDF-PI): 10 pacientes; e Grupo controle(GC): 9
pacientes. Realizadas EDA com biópsias: 2 no antro gástrico e 2
no duodeno proximal.Análise estatística - Teste de Mann-Whitney.
Resultados: Diferença estatisticamente significante dos eosinó-
filos duodenais entre GDFxGC p=0,03 e GDF-PIxGC p=0,0003.
70 Observado também diferença estatisticamente significativa entre
GDF-(PI)xGDF p= 0,003. Não houve diferença significativa na
contagem dos eosinófilos no antro. Conclusão: O número de
eosinófilos foi maior no duodeno proximal em pacientes com DF e
DF (PI) em relação aos controles. A eosinofilia duodenal pode ser
um elo histopatológico entre DF-(PI) e DF.
Avaliação dos Efeitos do Tratamento
com Terapia Biológica na
Qualidade de Vida Relacionada
à Saúde (HRQOL) em Pacientes
Acompanhados no Ambulatório de
Doença Inflamatória Intestinal (DII)
no HC da Faculdade de Medicina de
Botucatu (FMB)
Temário: Gastroenterologia / Intestino
Autores / Nome para referência / Instituição: CLARISSA RIBEIRO
VILLAR / VILLAR, C.R. / UNESP BOTUCATU; CLARITA TERRA RODRIGUES /
RODRIGUES, C.T. / UNESP BOTUCATU; NATALIA BRONZATTO MEDOLAGO /
MEDOLAGO, N.B. / UNESP BOTUCATU; MARIANA VULCANO NERES / NERES,
M.V. / UNESP BOTUCATU; DANIELA DE LIRA EIRAS / EIRAS, D.L. / UNESP
BOTUCATU; VANESSA NOGUEIRA DA SILVA / SILVA, V.N. / UNESP BOTUCATU;
JACQUELINE MARIA OLIVEIRA REGIS / REGIS, J.M.O. / UNESP BOTUCATU;
LIGIA YUKIE SASSAKI / SASSAKI, L.Y. / UNESP BOTUCATU.
Resumo
Introdução: A terapia biológica anti-TNF-α é uma
terapêutica de última geração no tratamento das DII, reduz
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
os índices de cirurgia e hospitalizações, melhora a qualidade
de vida e promove a cicatrização endoscópica da mucosa.
O IBDQ (Inflammatory Bowel Disease Questionnaire) foi
elaborado para avaliar a HRQOL em pacientes com DII,
a pontuação varia de 32 a 224 e os valores mais altos
indicam melhor HRQOL. Objetivo: Avaliar os efeitos do
tratamento com biológico na HRQOL em pacientes do
ambulatório de DII do HC/FMB. Casuística e Método:
Aplicação do IBDQ nos pacientes em uso de biológico nas
semanas 0, 14, 30, 54, 78, 102, 134 e 158 de tratamento.
Estatística descritiva e análise de medidas repetidas no
tempo com modelo linear generalizado com distribuição
gama. Resultados: 28 pacientes com Doença de Crohn
(DC) e 8 pacientes com Retocolite Úlcerativa (RCUI). Dos
pacientes com DC, 17 eram mulheres (61%) e a média de
idade foi de 35,8 anos (±11,9). Dos pacientes com RCUI,
4 eram mulheres (50%) e a média de idade foi de 37,3
anos (±18,6). Na semana 0, a pontuação geral foi 157,75
(± 35,68) nos pacientes com DC e 130,13 (±49,26) nos
pacientes com RCUI (p=0,17). Quando comparamos a
HRQOL com a semana 0, observamos melhor pontuação
geral nos pacientes com DC na semana 158 (p=0,003) e
nos pacientes com RCUI nas semanas 54 (p=0,0016) e 78
(p=0,0012). Conclusão: Os pacientes com DC e RCUI
apresentaram melhora da qualidade de vida ao longo do
tratamento com a terapia biológica.
Avaliação Ecoendoscópica das
Lesões Subepiteliais do Trato
Gastrointestinal
Temário: Endoscopia / Ecoendoscopia
Autores / Nome para referência / Instituição: ALVARO
MOURA SERAPHIM / SERAPHIM, A.M. / HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS;
RODRIGO ZAGO / ZAGO, R. / HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS; ALEXANDRE
BENEDITO NEVES RODRIGUES / RODRIGUES, A.B.N. / HOSPITAL
SÍRIO-LIBANÊS; CLAUDIO SOLAK / SOLAK, C. / HOSPITAL SÍRIO-
LIBANÊS; KYOSHI HASHIBA / HASHIBA, K. / HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS;
MARCO AURELIO D`ASSUNÇÃO / ASSUNÇÃO, M.A. / HOSPITAL
SÍRIO-LIBANÊS; SAVERIO TADEU DE NOCE ARMELLINI / ARMELLINI,
S.T.N. / HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS; LUCIO GIOVANNI BATTISTA ROSSINI
/ ROSSINI, L.G.B. / HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS.
Resumo
Introdução: As lesões subepiteliais são frequentemente
diagnosticadas em exames endoscópicos e encaminhadas
para avaliação adicional por ecoendoscopia. Objetivos:
Analisar as ecoendoscopias realizadas para avaliação de
lesões subepiteliais. Casuística: Análise retrospectiva das
ecoendoscopias realizadas no Hospital Sírio-Libanês no pe-
ríodo de 01/08/2010 a 25/08/2011. Foram realizadas 209
ecoendoscopias, 63 (30,14%) para avaliar lesões classifi-
cadas como subepiteliais ou submucosas em endoscopia
digestiva alta prévia. Resultados: Realizou-se ecoendos-
copia isoladamente em 40 casos (63,5%) e ecoendoscopia
com punção com agulha fina para exame anatomopatoló-
gico em 23 (36,5%) casos. Nos 40 exames realizados sem
punção foram observadas as seguintes lesões: 16 lesões
(40%) menores que 2 cm da camada muscular própria, lo-
calizadas uma no esôfago, 14 no estômago e uma no duo-
deno; 10 (25%) lesões hiperecogênicas compatíveis com
lipoma, 9 gástricas e uma duodenal; 6 (15%) lesões hete-
rogêneas sugestivas de pâncreas ectópico; 4 (10%) lesões
provenientes da camada mucosa (3 gástricas e 1 esofági-
ca); e 4 (10%) miscelânia. O resultado do exame anatomo-
patológico dos 23 casos com punção foi positivo em 52%: 5
Leiomiomas, 4 GISTs e 3 carcinomas. Punção com material
satisfatório e ausência de material neoplásico 11 pacientes
(48%). Conclusão: A ecoendoscopia contribui na avalia-
ção das lesões subepiteliais do trato gastrointestinal quanto
à origem e etiologia.
Avaliação Endoscópica no
Pós-Operatório de Cirurgia da
Obesidade Mórbida em Paciente
Sintomáticos
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para referência / Instituição:
NICOLAU FERNANDES KRUEL / KRUEL, N.F. / UNISUL; NICHOLAS
TAVARES KRUEL / KRUEL, N.T. / UNISUL; ORLI FRANZON /
FRANZON, O / UNISUL; JULIANA DOMINGOS DA ROCHA / ROCHA,
JD / UNISUL; PEDRO DE ALMEIDA ARAUJO / ARAUJO, P.A. /
UNISUL; GUILHERME ROEDER / ROEDER, G / UNISUL; ARTHUR
FELTRIN / FELTRIN, A. / UNISUL; ADRIANA SILVA / SILVA, A. /
UNISUL.
Resumo
Resu mo
Introdução: Candidatos à cirurgia bariátrica devem no pré-
operatório ser submetidos, de rotina, a endoscopia digestiva
alta, mesmo na ausência de sintomas dispépticos ou sinais
clínicos sugestivos de alterações gastrointestinais. No pós-
operatório o exame fica reservado aos casos de pacientes
que mantêm-se sintomáticos ou suspeita de complicações.
Objetivo: Avaliar a necessidade e as alterações do exame
endoscópico nos pacientes submetidos à cirurgia bariátrica
(derivação biliopancreatica ou bypass gástrico) no HRSJ-
HMG, no período de janeiro de 2003 a dezembro de
2009. Métodos: Estudo retrospectivo com 70 pacientes
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
acompanhados no ambulatório de obesidade mórbida
submetidos à cirurgia bariátrica que necessitaram realizar
endoscopia no pós-operatório para avaliação de queixas
relacionadas à cirurgia. Resultados: Dos 251 pacientes
operados no período estudado, 28% (n=70) dos pacientes
necessitaram realizar endoscopia. Destes, 89% (n=62)
eram do sexo feminino, 76% (n=57) apresentavam exame
normal. Das alterações encontradas, esofagite foi a mais
prevalente, 10% (n=7), seguido pela úlcera marginal 5%
(n=4). Conclusão: A endoscopia fica reservada aos casos
de paciente sintomáticos, mesmo assim a associação entre
dados clínicos e alterações endoscópicas é pouco frequente.
A queixa que mais indica realização do procedimento é a
de vômitos.
Avaliação por Vídeo Cápsula
Endoscópica do Intestino Delgado
em Pacientes Candidatos ao
Transplante Hepático
71
Temário: Endoscopia / Intestino delgado
Autores / Nome para referência / Instituição: ANDRÉ
AUGUSTO WANDERLEY TOBARU / TOBARU, A.A.W. / HOSPITAL DAS
CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (HCFMUSP); SÔNIA NÁDIA
FYLYK / FYLYK, S.N. / HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE DE SÃO
PAULO (HCFMUSP); LUIZ HENRIQUE MESTIERI / MESTIERI, L.H. /
HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (HCFMUSP);
ALBERTO QUEIROZ FARIAS / FARIAS, A.Q. / HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (HCFMUSP); FLAIR JOSÉ CARRILHO
/ CARRILHO, F.J. / HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE DE SÃO
PAULO (HCFMUSP); LUIZ AUGUSTO CARNEIRO DE ALBUQUERQUE
/ ALBUQUERQUE, L.A.C. / HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE
DE SÃO PAULO (HCFMUSP); EDUARDO GUIMARÃES HOURNEAUX DE
MOURA / MOURA, E.G.H. / HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE
DE SÃO PAULO (HCFMUSP); PAULO SAKAI / SAKAI, P. / HOSPITAL
DAS CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (HCFMUSP).
Resumo
Introdução: Estudos recentes sugerem que, em pacientes
cirróticos, o intestino delgado pode ser um sítio importante
de hemorragia, porém esse seguimento do trato gastroin-
testinal era dificilmente acessado para estudo. A cápsula
endoscópica pode ser considerada um método promissor
no diagnóstico das alterações mucosas do intestino delga-
do em pacientes portadores de hipertensão portal. Obje-
tivos: Avaliar a mucosa do intestino delgado em pacientes
cirróticos candidatos ao transplante hepático quanto aos
achados de hipertensão portal. Métodos: Estudo prospec-
tivo, em centro único, com casos controles. Foram analisa-

dos 21 dos 40 exames propostos de cápsula endoscópica
e endoscopia digestiva alta, sendo 14 pacientes portadores
de cirrose hepática (etiologia viral ou alcoólica), candida-
tos ao transplante hepático e 7 controles. Resultados:
(preliminares): As lesões de mucosa do intestino delgado
secundárias à hipertensão portal foram mais comuns nos
pacientes cirróticos que nos controles: 13/14 (92,8%) VS
1/7(14,2%). O padrão reticular da mucosa(enteropatia hi-
pertensiva) foi o achado mais encontrado dos casos (10/14
-71,4%), seguida das angiectasias e varizes de jejuno e íleo
(7/14 – 50%). Conclusão: Esse grupo de pacientes pos-
sui alterações reelevantes da mucosa do intestino delgado
secundárias a hipertensão portal, podendo ser um sítio im-
portante de hemorragia. A cápsula endoscópica é um exa-
me pouco invasivo e é uma ferramenta importante para o
diagnóstico dessas lesões.
Avaliação Propedêutica e Pós-
Operatória de Pacientes com
72 Doença do Refluxo Gastro-
Esofágico (DRGE) Submetidos
a Tratamento Cirúrgico
Temário: Cirurgia / Esôfago
Autores / Nome para referência / Instituição: MAXWEL
CAPSY BOGA RIBEIRO / RIBEIRO, M.C.B. / UNICAMP; JOÃO COELHO
DE SOUZA NETO / COELHO NETO, J.S. / UNICAMP; LUIZ ROBERTO
LOPES / LOPES, LR / UNICAMP; NELSON ADAMI ANDREOLLO /
ANDREOLLO, N.A. / UNICAMP.
Resumo
Introdução: A cirurgia está indicada na intratabilidade clínica
da DRGE, e os resultados dependem da correta indicação
e adequada técnica operatória. Objetivo: Avaliação pré-
operatória, resultados imédiatos e tardios do tratamento
cirúrgico da DRGE. Casuística: 67 pacientes com DRGE
operados entre 2000 e 2004. Métodos: Avaliação clínica,
diagnóstica e pós-operatória. Resultados: Idade média:
49,5 anos, sendo 34 mulheres. Tempo médio de sintomas:
64,5 meses. Sintomas extraesofágicos em 19,4% e 32
doentes com disfagia. Todos realizaram EDA: 83,6% com
algum grau de esofagite e 70,1% acom hérnia hiatal, 9 com
esôfago de Barrett. 71,6% realizaram Rx contrastado de
EED e 32 cintilografia, ocorrendo RGE em 23 com duração
média de 12,8 segundos. Phmetria foi realizada em 10
casos, com RGE patológico em 70%. A cirurgia de Nissen
modificada na laparoscópica foi indicada em 83,6%, com
7,5% de complicações, média de internação de 3,4 dias
e sem mortalidade. Disfagia precoce pós-operatória em
34,3%, desaparecendo por volta de 30 dias. Porém, 29,8%
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
com disfagia persistente, sendo que 16 necessitaram de
dilatação endoscópica, com 93,8% de sucesso. O tempo
médio de seguimento foi 47,5 meses. Melhora dos sintomas
e satisfação com cirurgia ocorreu em 85%, sendo que
22 doentes necessitaram de medicação após a cirurgia.
Conclusão: É importante a adequada avaliação pré-
operatória de portadores de DRGE. A cirurgia oferece
bons resultados, com mortalidade nula e morbidade muito
pequena.
Avalição de Pacientes com
Peritonite Bacteriana Espontânea
(PBE) em Hospital da Região Sul
do Brasil
Temário: Gastroenterologia / Fígado
Autores / Nome para referência / Instituição: VIVIANE
PLASSE RENON / RENON, VP / GHC; FABIO LANTZ / LANTZ, FABIO / GHC;
RODRIGO MAYER LUL / LUL, RODRIGO MAYER LUL / GHC; MARCELO
CAMPOS APPEL DA SILVA / SILVA, MCA / GHC; RAFAEL BERGERSCH
D´INCAO / D´INCAO, RB / GHC.
Resumo
Introdução: PBE continua sendo importante complicação
de pacientes cirróticos com baixa reserva funcional, com
mortalidade expressiva, especialmente quando associada
à insuficiência renal (IR). Objetivo: Avaliar cirróticos que
desenvolveram PBE durante internação, entre os anos de
janeiro 2010 a junho 2011 no serviço de Gastroenterologia
do Hospital Nossa Senhora da Conceição, RS. Método:
Avaliado retrospectivamente pacientes cirróticos com
diagnóstico de PBE que internaram em nosso serviço, em
relação à reserva funcional, marcadores virais, cultura
de ascite, IR e mortalidade. Resultados: Avaliados 32
pacientes com PBE sendo 21 homens (65,6%). Idade média
56,4 anos. VHC presente em 21 pacientes (65,6%), VHB
em 2 (6,2%). Vinte pacientes com Child-Pugh C (62,5%) e
12 com Child–Pugh B (37,5%). Isolado bactérias em 13/32
pacientes (40,62%) sendo bactérias Gram Negativas em
8 (61,5%) e Gram Positivas em 5 (38,5%). Mortalidade de
21,875% (7/32). IR em 8 pacientes com mortalidade de 50%
(RR 4,0 1.129- 14.17) p 0.0134. Meld médio de pacientes
vivos estimado em 16,48, nos com óbito Meld de 22,85 p
0,021(teste t Student) Uso albumina em 25 pacientes (78%),
sendo mortalidade(20%)x (28,57) não utilizaram, (RR1,429,
0.349- 5.848) p 0.31 Conclusão: Em nossa amostra, os
pacientes eram na sua maioria homens com Hepatite C
associada. Em torno de 80% utilizaram albumina da forma
adequada. Mortalidade intrahospitalar 21%, sendo maior nos
pacientes que desenvolveram IR e com Meld elevado.
Balão Intragástrico- Experiência
Local
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para referência / Instituição:
FABRICIO DE SOUSA MARTINS / MARTINS, F.S. / HGCC; RICARDO
RANGEL DE PAULA PESSOA / PESSOA,RRP / HGCC; FRANCISCO PAULO
PRADO PONTE JUNIOR / PONTE JUNIOR, F.P.P. / HGCC; CARLOS ENEAS
RICCA SOARES / SOARES, C.E.R. / HGCC; MARCUS VALERIUS SABOIA
RATTACASO / RATTACASO, M.V.S. / HGCC; ADRIANO CESAR COSTA
CUNHA / CUNHA, A.C.C. / HGCC; JEANY BORGES E SILVA RIBEIRO /
RIBEIRO, J.B.S. / HGCC.
Resumo
Introdução: A obesidade é definida como excesso de
gordura corporal em relação à massa magra, e existe várias
formas de se classificar, sendo o IMC o mais difundido e
aceito. O balão intra–gástrico tem sua melhor indicação na
perda de peso pré-operatória de superobesos (IMC>50),
e de supersuperobesos (IMC>60). Trata-se de um estudo
observacional, descritivo e retrospectivo realizado no
HGCCl, utilizando balão de ar em pacientes do serviço de
cirurgia bariátrica. Na nossa casuística, já colocamos 12
balões pré-operatórios; 6 pacientes já realizaram a cirurgia
bariátrica a capela. Foram 9 do sexo masculino e 3 do sexo
feminino. O mais novo tinha 16 anos, e o mais velho 47 anos.
O menor peso foi de 129Kg e o mais pesado 234Kg. O que
perdeu mais peso foi de 41 Kg e a menor perda de peso foi
de 13Kg. O paciente que ficou mais tempo foi 7 meses e o
menor tempo foi de 4 meses. A complicação precoce mais
comum foi dor e vômitos, ocorrendo em todos pacientes,
e tardia foi a migração de 2 balões, onde os pacientes
perderam segmento. A cirurgia é o padrão ouro para o
tratamento da obesidade mórbida, contudo os pacientes
superobesos e supersuperobesos tem se beneficiado da
perda de peso pré-operatório, facilitando o ato operatório e
diminuindo o risco cirúrgico.
Biodistribuição do Pertecnetato
(99mtco4-) Pós-Colectomia
Associada à Hepatectomia em
Ratos
Temário: Cirurgia / Miscelânia
Autores / Nome para referência / Instituição: ANA
LEONOR ARIBALDO MEDEIROS / MEDEIROS, A.L.A / UNP; LICIA
MARAH FIGUEREDO MESQUITA / MESQUITA, L.M.F. / UNP; AMÁLIA
CINTHIA MENESES DO RÊGO / RÊGO, A.C.M. / UNP, UFRN; IRAMI
ARAÚJO FILHO / ARAÚJO-FILHO, I. / UNP, UFRN; MARILIA DANIELA
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
FERREIRA CARVALHO / CARVALHO, M.D.F. / UFRN; ITALO MEDEIROS
DE AZEVEDO / AZEVEDO, I.M. / UFRN; ALDO DA CUNHA MEDEIROS /
MEDEIROS, A.C. / UFRN.
Resumo
Introdução: O fígado é acometido por metástases em
cerca de 50% dos pacientes portadores de câncer color-
retal e a doença metastática permanece como a principal
causa de óbito relacionada ao câncer. Objetivo: Estudar,
em modelo animal, se a colectomia parcial associada à he-
patectomia esquerda provoca alterações na biodistribuição
do pertecnetato (99mTcO4-) e na marcação e morfolo-
gia de hemácias. Metodologia: 18 ratos Wistar adultos
foram divididos em 3 grupos. O grupo A foi submetido a
colectomia parcial, no grupo B associou-se à este proce-
dimento a hepatectomia esquerda e no grupo C (sham)
realizou-se apenas manipulação das alça. Após 30 dias
administrou-se Na99mTc04, decorridos 30 minutos deste
foram colhidas amostra de sangue e fígado. Resultados:
Nos ratos do grupo colectomia e colectomia+hepatectomia 73
evidenciou-se captação significativamente menor de fita-
to do que nos ratos sham (p = 0,024). A captação do ra-
diofármaco no grupo colectomia foi maior que a do grupo
colectomia+hepatectomia, porém a diferença não foi signi-
ficativa. Na marcação das hemácias foi observada diferença
significativa no percentual de radioatividade dos grupos co-
lectomia e colectomia+hepatectomia quando comparados
ao sham (p=0,042). Por outro lado, alterações da morfolo-
gia das hemácias não foi encontrada quando comparou-se
os três grupos. Conclusão: A colectomia associada à he-
patectomia diminuiu a captação de Na99mTc04 no fígado
de ratos.
Biópsia Hepática Percutânea Guiada
por Ultrassom para Marcação de
Sítio De Punção em Regime de
Hospital-Dia
Temário: Gastroenterologia / Fígado
Autores / Nome para referência / Instituição: JOÃO
EDUARDO LEAL NICOLUZZI / NICOLUZZI, J.E.L. / HOSPITAL SANTA CASA
DE CURITIBA, PUC/PR; FÁBIO SILVEIRA / SILVEIRA, F / HOSPITAL SANTA
CASA DE CURITIBA, PUC/PR; FÁBIO PORTO SILVEIRA / SILVEIRA, F.P.
/ HOSPITAL SANTA CASA DE CURITIBA, PUC/PR; MATHEUS MARTIN
MACRI / MACRI, M.M. / HOSPITAL ANGELINA CARON; JOSÉ SAMPAIO
NETO / SAMPAIO-NETO, J. / HOSPITAL SANTA CASA DE CURITIBA, PUC/
PR; MEL LIMA SCHIMIN / SCHIMIN, M.L. / HOSPITAL SANTA CASA DE
CURITIBA, PUC/PR; FELIPE SANTOS XAVIER / XAVIER, F.S. / HOSPITAL
SANTA CASA DE CURITIBA, PUC/PR.

Resumo
Objetivo: Atualmente, um crescente número de biópsias de fíga-
do é realizada pelo ultrassom em tempo real. A avaliação de rotina
de um sítio de punção, antes de realizar a biópsia percutânea, visa
aumentar o rendimento diagnóstico e diminuir as complicações.
Não está claro se ultrassom em tempo real é superior ao realizado
previamente com marcação no que diz respeito a tamanho de bi-
ópsia, fragmentação e complicações. Neste estudo foi avaliada a
biópsia hepática percutânea guiada por ultrassom com marcação
prévia por suspeita de hepatopatia difusa. Métodos: Dezessete
biópsias para doença hepática difusa foram avaliadas. Pacientes
foram avaliados por radiologistas, utilizando ultrassom do local da
punção no mesmo dia em que as biópsias foram realizadas por
cirurgiões em regime de hospital-dia, utilizando o local marcado
(60% mulheres; média 50.3 anos (26-66); agulha 14 G. Resul-
tados: Foi possível estabelecer o diagnóstico e o grau de severi-
dade da doença hepática em 16 pacientes (94%), com espécime
inadequado em apenas um (ausência de tecido hepático). Não
houve complicações. Dor pós-procedimento foi referida por 4 pa-
74 cientes (23.5%), solucionada com analgésicos simples. O tempo
médio de internamento foi de 1.5 dia. Conclusão: Ultrassom
prévio para marcação do local de punção de biópsia hepática per-
cutânea parece adequado com relação à qualidade de espécime
obtido e complicações, tendo a vantagem de reduzir tempo de
internamento e custos.
Boas Condições Socioeconômicas são
Favorecedoras ao Desenvolvimento da
Doença Inflamatória Intestinal
Temário: Gastroenterologia / Intestino
Autores / Nome para referência / Instituição: VALÉRIA CRISTINA
LOUREIRO SALGADO / SALGADO, V.C.L. / UFRJ; CYRLA ZALTMAN / ZALTMAN,
CYRLA / UFRJ; NEIO LÚCIO FERNANDES BOECHAT / BOECHAT, N.L.F. / UFRJ;
ISABELLA SUED LEÃO / LEÃO, I.S. / UFRJ; BIANCA SCHORR / SCHORR, B. /
UFRJ.
Resumo
Objetivo: Verificar a associação entre aspectos sócio-
demográficos e indicadores de saúde no desenvolvimento da
DII. Métodos: Estudo caso-controle com 245 pacientes com
DII e 163 indivíduos saudáveis do HUCFF- UFRJ. Critérios
exclusão: idade > 18 e < 80 anos, doenças psiquiátricas ou
distúrbios compreensão. Aplicado questionário com aspectos
sócio-demográficos e indicadores de saúde. Resultados:
Dos 408 indivíduos (35,5% DC, 24,5% RCUI e 40 % controle),
o grupo DC apresentou > grau de escolaridade (3º grau –
33,8%) em relação aos outros dois (p < 0,0001). As faixas
de renda foram < na RCUI (53% até 3 salários mínimos) que
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
nos outros 2 grupos (p=0,011). Houve maior prevalência de
uso de água canalizada na infância no controle que na DC
(p<0,0001); ausência de rede de esgoto na infância foi > RCUI
e controle que no DC (p< 0,0001). Houve maior prevalência de
ingestão de água não potável no grupo RCUI (47,5%) que no
DC (28,2%) (p=0,008). A coleta de lixo domiciliar na infância
foi > nos controle que na DC e RCUI (51,5%/23,5%/ 28%)(p<
0,0001). Houve diferença significativa no nº de co-habitantes
na infância sendo <na DC se comparado aos outros 2.
Conclui-se que o nível socieconômico e nível de escolaridade
mais elevados foram fatores de risco associados à DII. O uso
de água potável, moradia com saneamento básico, coleta de
lixo domiciliar e grupos familiares menores também podem ser
considerados fatores de risco associados ao desenvolvimento
da DII.
Bubble – Novo Dispositivo Endoscópico
Intragástrico para Tratamento da
Obesidade
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para referência / Instituição: KIYOSHI
HASHIBA / HASHIBA, K / HOSPITAL SIRIO-LIBANÊS; JORGE CARIM CASSAB
/ CASSAB, J.C. / HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS; PABLO RODRIGO DE SIQUEIRA /
SIQUEIRA, P.R. / HOSPITAL SIRIO-LIBANÊS; HORUS ANTONY BRASIL / BRASIL,
H.A. / HOSPITAL SIRIO-LIBANÊS; CAROLINA VIANA TEIXEIRA / TEIXEIRA, C.V.
/ HOSPITAL SIRIO-LIBANÊS.
Resumo
Os balões intragástricos são o único dispositivo endoscópico
para tratamento de obesidade. Faz-se uma proposta similar
com conteúdo diferente de ar e líquido. Método: Criou-se um
recipiente flexível de polietileno que é enchido com espuma de
borracha na forma de pequenos bastões acomodados dentro de
tira plástica. A aspiração de ar faz com que a forma seja de bastão
com características que permitem a sua colocação intragástrica
só por deslocamento distal sobre um fio-guia de Savary. Como ele
é mantido na forma cilíndrica por fio de nylon amarrado em espiral,
a ruptura desse fio faz com que se retorne à forma original. Após
a espuma ter se expandido, o saco de plástico é fechado com
fio de nylon e trava metálica. Seis porcos Landrace receberam
o dispositivo sob anestesia geral e foram reavaliados após 3 a
4 semanas Resultados: A avaliação pós operatória revelou
ausência de lesão gástrica e não houve migração. O saco plástico
foi aberto com tesoura e extraiu-se os segmentos de espuma pela
simples tração da tira plástica. Conclusão: O “balão”de espuma
de borracha pode ser uma opção para o tratamento endoscópico
por ocupação da luz gástrica sem migração e com permanência
prolongada. Mais sessões experimentais podem validar o
dispositivo para aplicação clínica.
Buried Bumper Syndrome – Relato de
Caso de Tratamento Endoscópico
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para referência / Instituição: FLAVIO HEUTA
IVANO / IVANO, F.H. / HOSPITAL SUGISAWA; ROGRIO T. MYIAKE / MYIAKE, R.T.
/ HOSPITAL SUGISAWA; ANA CRISTINA ISA / ISA, A.C. / HOSPITAL SUGISAWA;
RENAR BARROS / BARROS, R. / HOSPITAL SUGISAWA; MATHEUS JACOMETO
COELHO DE CASTILHO / CASTILHO, M.J.C. / HOSPITAL SUGISAWA; ROSANA H.
ISA / ISA, R.H. / PUCPR.
Resumo
Relato do Caso : Paciente E.C., 60 anos, sequelado de AVC,
evoluiu com disfagia orofaringeana, necessitando de suporte
nutricional via gastrostomia, sendo realizada endoscopicamente
sem intercorrências. Um ano após, evoluiu com obstruções de
repetição da sonda, mesmo com cuidados apropriados. Foi sub-
metido à endoscopia de controle para troca do dispositivo, que
evidenciou migração do anteparo interno e enclausuramento pela
mucosa gástrica, caracterizando um caso de Buried Bumper Syn-
drome. Optou-se por tratamento endoscópico com retirada do
anteparo e troca por novo dispositivo, sem intercorrências. Pa-
ciente evoluiu bem, bom funcionamento da sonda. Discussão:
A buried bumper syndrome é uma complicação tardia da gastros-
tomia. Está relacionada à tração excessiva da sonda por isquemia
da parede gástrica em decorrência da pressão elevada entre os
dois anteparos, com necrose e migração do anteparo interno.
Isto leva à dificuldade ou interrupção de progressão da alimen-
tação pela sonda, infecção da parede, formação de abscesso. O
tratamento endoscópico está indicado nos casos de dispositivo
interno rígido. Conclusão: A gastrostomia endoscópica percu-
tânea, introduzida em 1980, está progressivamente substituindo a
gastrostomia cirúrgica. Procedimento amplamente realizado, uma
vez que se trata de método simples, seguro efetivo, com inúmeras
vantagens em relação à gastrostomia cirúrgica, além de ser de
menor custo. É considerado o método preferencial para realiza-
ção do procedimento.
Bypass Gástrico Econômico:
Padronização Técnica após 800 Casos
sem Fístulas
Temário: Cirurgia / Obesidade
Autores / Nome para referência / Instituição: VICTOR DIB /
DIB. V.R.M. / INSTITUTO VICTOR DIB.
Resumo
Métodos: Após aprimoramento técnico no bypass gástrico,
adquirido com a experiência e observação, percebemos que
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
com algumas medidas táticas e técnicas, conseguimos reduzir o
número de complicações, mais especificamente de fístulas. Desta
forma, após uma sequência de 800 casos sem ocorrência de
fístulas, padronizamos a execução do bypass gástrico, chamando
a atenção para alguns detalhes técnicos e táticos que certamente
contribuíram para estes resultados, bem como ressaltando
alguns pontos que tornam a cirurgia mais econômica, mantendo
sua segurança. Conclusões: O bypass gástrico é técnica
consagrada, entretanto, podemos torná-la mais econômica e
reduzir o índice de fístulas com algumas modificações táticas e
técnicas.
Calprotectina Fecal no Diagnóstico
Diferencial de Doenças Intestinais.
Estudo Piloto
Temário: Gastroenterologia / Intestino
Autores / Nome para referência / Instituição: LORETE
MARIA DA SILVA KOTZE / KOTZE, L.M.S.; / PUC-PR; RENATO
NISIHARA / NISIHARA, R. / LABORATÓRIO BYORI; PAULO GUSTAVO 75
KOTZE / KOTZE, P.G. / PUC-PR; DANIELLE G. SAKAMOTO /
SAKAMOTO, D.G.S. / LABORATÓRIO BYORI.
Resumo
Introdução: Alguns estudos apontam que níveis aumentados
de calprotectina fecal (CAL) podem ser observados em
pacientes com Doenças Inflamatórias Intestinais (DII) e não
estão elevadas em pacientes com doenças funcionais como
a síndrome do intestino irritável (SII). Objetivos: Verificar
a acurácia da determinação das concentrações de CAL no
diagnóstico diferencial entre DII e SII, apresentando um estudo
piloto. Pacientes: Foi determinada a concentração fecal de CAL
em 28 pacientes: 13 portadores de doença de Crohn (DC)
(7F, 6M; média de idade 38 anos); 4 com retocolite úlcerativa
(RCU)(2F, 2M, média 37 anos); 1F com doença celíaca
(DCel); e 10 (7F 3M, média 43 anos) com diagnóstico de SII.
Método: Extração da CAL e determinação quantitativa por
ELISA em sanduíche (Buhlmann, Suíça). Foram considerados
os seguintes valores: normal até 50 µg/g; indeterminado até
150 µg/g e elevado > 150µg/g. Resultados: DC: níveis de CAL
elevados (141 a 944 µg/g , média 341,4 µg/g) correlacionando
com crise de agudização; RCU: níveis de 84 a 827 µg/g,
média 408 µg/g também com correlação com atividade; nível
normal na doença celíaca (30 µg/g ); SII: 25 a 121, média
56,1 µg/g. Conclusões: As concentrações de CAL estavam
aumentadas em pacientes com DC e RCU em crise e normais
ou indeterminados na SII. Esses dados preliminares indicam
que a CAL pode ser um efetivo marcador para determinação
da atividade inflamatória das DII e de utilidade no diagnóstico
diferencial com a SII.

Câncer de Reto com Metástase
Hepática: Manifestação Clínica
Inicial como Síndrome Miastênica
de Lambert - Eaton
Temário: Gastroenterologia / Intestino
Autores / Nome para referência / Instituição: HÉLCIO
C ARDOSO G OMES / G OMES , H ÉLCIO CARDOSO / F AMERP ; PATRÍCIA
D A SILVA FUCUTA PEREIRA / PEREIRA , PATRÍCIA D A SILVA FUCUTA
/ FAMERP ; MÁRCIA T ATIANNA FERNANDES P EREIRA / PEREIRA ,
M ÁRCIA TATIANNA FERNANDES / FAMERP ; M ARIANA PIMENTEL
P ASTOR / PASTOR , M ARIANA PIMENTEL / FAMERP ; FAUSTO NASSER /
N ASSER , F AUSTO / F AMERP ; MÁRCIA RAQUEL DA SILVA FOLHADELA
/ F OLHADELA , MÁRCIA RAQUEL D A S ILVA / F AMERP .
Resumo
Introdução: A Síndrome Miastênica de Lambert-Eaton
(SMLE), embora rara, é a mais comum manifestação
paraneoplásica neurológica. Ocorre por liberação
76
deficiente de acetilcolina na junção neuromuscular.
Relato de caso: Mulher 61 anos há 45 dias, diarreia
10x/d, hiporexia, fraqueza muscular, perda de 4 kg; há 3
dias disartria, sonolência, perda de equilíbrio, náuseas.
Antecedentes: HAS; AVCH há 18 anos sem sequela;
tabagismo 46 anos/maço. Admissão: Raciocínio lento,
disártrica, perda de equilíbrio e de força muscular nos
4 membros, discinesia; fígado 6 cm do RCD, doloroso,
firme, superfície nodular. Exames: AST 41 U/L, FA 484
U/L, GGT 559 U/L, Hb 12,9; leuco 14860; plaq. 386000;
creatinina 1,2 mg/dL, hepatite B, C, HIV negativos, CEA
94,7 ng/dL (6,5), CA 19-9 886 U/ml (34), α-fetoprot. 7
ng/mL; TSH 2,19 ng/mL; líquor proteína 87 mg/dL (40) e
celularidade 1 linfócito. TC crânio: encefalomalacia/gliose
no hemisfério cerebelar esquerdo sugerindo sequela de
AVE prévio. US abdome: múltiplas imagens nodulares
(0,6-1,9 cm) hiperecóicas com halo hipoecóico no fígado.
Paciente evoluiu com insuf. renal aguda, hipercalcemia
maligna, rebaixou nível de consciência e apesar de
terapia intensiva em 16 dias evoluiu a óbito. Autópsia:
Insuficiência hepática aguda, metástases hepáticas,
neoplasia maligna do reto. Discussão: O presente caso
é uma rara associação de SMLE com cancer de reto e
metástase hepática. O grave desfecho do paciente mostra
a importância do reconhecimento clínico desta síndrome.
Características das Lesões
Colônicas Maiores ou Iguais a
20mm Diagnosticadas no Hospital
das Clínicas de São Paulo em 2010
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
Temário: Endoscopia / Colonoscopia
Autores / Nome para referência / Instituição: GERSON
CESAR BRASIL JUNIOR / BRASIL JR, GC / HCFMUSP; RAFAEL GONZAGA
NAHOUM / NAHOUM, RG / HCFMUSP; MARCELO CIDRÃO FROTA /
FROTA, MC / HCFMUSP; CLÁUDIO LYOITI HASHIMOTO / HASHIMOTO, CL
/ HCFMUSP; LUIZ CARLOS CERQUEIRA DE ALMEIDA FILHO / ALMEIDA
FILHO, LCC / HCFMUSP; FAUSTO ROLIM NETO / ROLIM NETO, F /
HCFMUSP; JULIANA DE MELO RIBEIRO / RIBEIRO, JM / HCFMUSP;
FLAIR JOSÉ CARRILHO / CARRILHO, FJ / HCFMUSP.
Resumo
Introdução: No Brasil, o câncer colorretal (CCR) é o 4º em
mortalidade nos homens e o 3º entre as mulheres. Em São
Paulo, o CCR já é o terceiro em incidência, ultrapassando
neoplasias de pulmão e colo uterino. As taxas de adenoma
e CCR aumentam após os 50 anos e principalmente em
pacientes com histórico familiar de primeiro grau, alcançando
um risco relativo de 1,9 e 2,2 respectivamente, neste grupo.
Lesões colônicas maiores que 20mm são infrequentes e
estudos mostram que as taxas de carcinoma em pólipos
deste tamanho variam de 9 a 68%. Objetivo: Analisar a
prevalência e características dos pólipos e lesões maiores
de 20mm ressecados em colonoscopias no Centro de
Diagnóstico em Gastroenterologia (CDG) do HCFMUSP.
Casuística: Análise de 3.688 colonoscopias realizadas em
2010 no CDG do HCFMUSP. Métodos: Acesso ao sistema
de exames do HCFMUSP buscando laudos de colonoscopia
onde constavam as palavras “pólipo, lesões de crescimento
lateral (LST), mucosectomia e/ou polipectomia” com medidas
das lesões maiores ou iguais a 20mm. Resultados: Foram
encontrados 60 exames (1,62%) dentro dos critérios, sendo
23 com LST’s e 37 com pólipos. Das LST’s, 11(18,3%)
eram granulares e 6(10%) não granulares. Já dos pólipos,
10(16,7%) eram sésseis, 4 (6,7%) subpediculados e 29
(48,3%) pediculados. A maioria das lesões foi distais
(66,7%), predominantes em homens (58%) e o adenoma
túbulo-viloso o tipo histológico mais prevalente (43,3%).
Características Ecoendoscópicas
das Lesões Subepiteliais do Trato
Gastrointestinal Superior
Temário: Endoscopia / Ecoendoscopia
Autores / Nome para referência / Instituição: GILMARA
COELHO MEINE / MEINE GC / HC FMUSP; DALTON MARQUES CHAVES
/ CHAVES DM / HC FMUSP; SERGIO EIJI MATUGUMA / MATUGUMA
SE / HC FMUSP; EVERSON L. A. ARTIFON / ARTIFON EL / HC FMUSP;
MARCOS EDUARDO LERA DOS SANTOS / LERA ME / HC FMUSP;
GUSTAVO MELO BENEVIDES / BENEVIDES GM / HC FMUSP; EDUARDO
GUIMARÃES HOURNEAUX MOURA / MOURA EG / HC FMUSP; PAULO
SAKAI / SAKAI P / HC FMUSP.
Resumo
Introdução: Lesões subepiteliais (LSE) do trato gastroin-
testinal superior (TGIS) geralmente são assintomáticas, com
incidência de 0,36% em exames de rotina. A ultrassonogra-
fia endoscópica (USE) permite um diagnóstico mais preciso
e orienta a conduta a ser tomada. Objetivo: Avaliar carac-
terísticas ecoendoscópicas de LSE do TGIS. Método: Foi
analisada retrospectivamente a base de dados do serviço de
endoscopia para identificar pacientes submetidos a USE para
avaliação de LSE do TGIS. Resultados: foram avaliados 103
pacientes com LSE do TGIS num período de 24 meses. Des-
tes, 29 apresentavam lesões esofágicas (28,1%), 67 gástricas
(65,1%) e 7 duodenais (6,8%). Diâmetro médio foi de 18,3mm
(3 - 90mm), 16 casos (15,5%) comprometendo segunda ca-
mada, 13 (12,6%) na terceira camada, 59 (57,3%) na quarta
camada e 15 (14,6%) comprometendo mais de uma cama-
da da parede. Quando à camada comprometida pelas lesões
gástricas, 6 (9%) eram na segunda camada, 10 (14,9%) na
terceira camada, 39 (58,2%) na quarta camada e 12 (17,9%)
comprometendo mais de uma camada. Catorze pacientes
com LSE gástricas (20,9% das LSE gástricas) apresentavam
achados sugestivos de GIST associados com uma ou mais das
seguintes características: bordos irregulares, áreas císticas,
focos hiperecogênicos e/ou tamanho > 30mm. Conclusão:
A EUS é uma ferramenta importante na avaliação de LSE do
TGIS, permitindo diagnóstico e/ou estratificação dos doentes
em grupos de risco.
Características Epidemiológicas da
Retocolite Úlcerativa Idiopática em
uma região do Nordeste Brasileiro
Temário: Gastroenterologia / Intestino
Autores / Nome para referência / Instituição: JOSÉ
MIGUEL LUZ PARENTE / PARENTE, JML / UFPI; PAULO VINÍCIUS GOMES
DE OLIVEIRA / OLIVEIRA, PVG / UFPI; CONCEIÇÃO DE MARIA DE SOUSA
COELHO / COELHO, CMS / UFPI; DANIEL DE ALENCAR MACEDO DUTRA
/ DUTRA, DAM / UFPI; ANA VALÉRIA SANTOS PEREIRA DE ALMEIDA
/ ALMEIDA, AVSP / UFPI; MÍRIAN PERPÉTUA PALHA DIAS PARENTE /
PARENTE, MPPD / UFPI.
Resumo
Introdução: A Retocolite Úlcerativa Idiopática (RCUI) carac-
teriza-se por uma inflamação crônica da mucosa do intestino
grosso. Objetivos: Caracterizar os aspectos epidemiológicos
de pacientes com RCUI. Casuística e Método: Estudo
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
prospectivo e sistemático de uma coorte de pacientes com
RCUI atendidos no HU-UFPI entre 10/2004 e 08/2011. Re-
sultados: Dos 199 pacientes, 107 (53,8%) eram do sexo fe-
minino. A idade média no início dos sintomas foi de 33,7 anos
(variação: 6-74 anos; DP: 17,7), observando-se 2 picos de in-
cidência: 28-38 e 60-69 anos, percentis 25% e 75%, respec-
tivamente. História familiar positiva em 36 (18%). Histórico de
uso crônico de AINEs em 37 (18,6%), etilismo em 16 (8,0%),
passado de etilismo em 33 (16,6%), tabagismo em 14 (7,0%)
e passado de tabagismo em 53 (26,6%). Definiram-se como
mestiços 105 (52,8%); como brancos, 58 (29,1%); e como
afro-brasileiros, 36 (18,1%). Residiam no Piauí 188 (94,5%),
no Maranhão 9 (4,5%) e em outros estados 2 (1,0%). Resi-
diam em zona urbana 172 (86,5%). Quanto à escolaridade,
24 (12,1%) tinham menos de 4 anos de estudo, 61 (30,6%)
entre 4-8, 90 (45,2%) entre 8-11 e 24 (12,1%) possuíam cur-
so superior. A renda familiar média era de 2,7 salários mínimos
(variação: 1,2 - 7,6 SM; DP: 5,7 SM). Conclusão: Nesta ca-
suística, a RCUI afetou igualmente ambos os sexos, havendo
predomínio em adultos mestiços, residentes em zona urbana,
com nível de escolaridade igual ou superior ao nível médio e 77
baixa renda familiar.
Características Epidemiológicas
do Câncer Gástrico em Pacientes
Jovens da Região Central do Rio
Grande do Sul
Temário: Gastroenterologia / Estômago/Duodeno
Autores / Nome para referência / Instituição: DIEGO
MICHELON DE CARLI / DE CARLI, DM / UFSM; SOFIA LAURA ROHDE
/ RODHE,SL / UFSM; ISABEL CRISTINA SCHUTZ FERREIRA / FERREIRA,
ICS / UFSM; RODOLFO VAGENR XAUBET / XAUBET, RV / UFSM; RAFAEL
CARDOSO PIRES / PIRES, RC / UFSM; TIAGO GERALDO WOYCIECHOWSKY
/ WOYCIECHOWSKY,TG / UFSM; GUILHERME LANG MOTTA / MOTTA, GL
/ UFSM; RENATO BORGES FAGUNDES / FAGUNDES, RB / UFSM.
Resumo
Introdução: O câncer gástrico é a quarta neoplasia em inci-
dência mundial e 2 a 15% ocorrem em pacientes mais jovens
que apresentam diferenças epidemiológicas em relação aos
pacientes mais idosos. Objetivo: Analisar diferenças epide-
miológicas em pacientes com câncer gástrico abaixo de 45
anos. Casuística: Pacientes com diagnóstico de adenocar-
cinoma gástrico Método: Revisão de 335 prontuários de
pacientes com diagnóstico histopatológico de adenocarcino-
ma gástrico. Foram comparados pacientes abaixo de 45 anos
com pacientes acima desta idade quanto ao sexo e ao subtipo
histológico de Lauren. As diferenças foram acessadas com o
teste, com α=0,05. Resultados: Identificados 39 (11.6%)

pacientes com menos de 45 anos, 22 (56,4%) mulheres e 17
(43,6%) homens. Quanto à classificação histológica 20 (51,3%)
eram do tipo difuso, 11 (28,2%) do tipo intestinal e 8 (20,5%)
do tipo misto Dos 296 pacientes acima de 45 anos, 86 (29,1)
eram mulheres e 210 (70.9%), homens (p<0,001). Quanto à
histologia 115 (37,8%) eram do tipo difuso, 150(50,7%) intes-
tinal, 29 (9,8%) eram mistos (p=0,03). Conclusão: Nos pa-
cientes de menos de 45 anos, houve predomínio de mulheres
e do subtipo difuso, quando comparados com os pacientes
acima de 45 anos, nos quais predominou o sexo masculino e
o subtipo intestinal.
Carcinoma da Cabeça do Pâncreas
Irressecável: um Tratamento
Simultâneo e Sequencial de Icterícia,
dor e Obstrução Duodenal
Temário: Endoscopia / Ecoendoscopia
Autores / Nome para referência / Instituição: OTAVIO
78 MICELLI NETO / MICELLI NETO, O / HOSPITAL IPIRANGA; RICARDO
ANUAR DIB / DIB, RA / HOSPITAL IPIRANGA; MARIA LUCIA MESQUITA
MAGALHAES / MAGALHAES, MLM / HOSPITAL IPIRANGA; MANOELA
MEIRELES MACHADO C MELLO / MELLO, MMMC / HOSPITAL IPIRANGA;
TATIANA TATIM / TATIM, T / HOSPITAL IPIRANGA; DANIELA COELHO
FERREIRA / FERREIRA, DC / HOSPITAL IPIRANGA; SELMA PARENTE SOUZA
/ SOUZA, SP / HOSPITAL IPIRANGA; EDER IGUMA / IGUMA, E / HOSPITAL
IPIRANGA; MARCOS MACEDO MARTINS NETO / MARTINS NETO, MM /
HOSPITAL IPIRANGA; RAISSA MEDEIROS DE FLORENÇO / FLORENÇO, RM
/ HOSPITAL IPIRANGA; NAISA OLIVEIRA ALVIM MATTEDI / MATTEDI, NOA
/ HOSPITAL IPIRANGA; PATRICIA FERNANDA SABOYA RIBEIRO / RIBEIRO,
PFS / HOSPITAL IPIRANGA; LIVIA ALKMIN UEMURA / UEMURA, LA /
HOSPITAL IPIRANGA; ARTUR ADOLFO PARADA / PARADA, AA / HOSPITAL
9 DE JULHO; THIAGO FESTA SECCHI / SECCHI, TG / HOSPITAL IPIRANGA;
JIMI IZAQUES BIFI SCARPARO / SCARPARO, JIB / HOSPITAL IPIRANGA;
PAULA BECHARA POLETTI / POLETTI, PB / HOSPITAL 9 DE JULHO; RAFAEL
AROUCA / AROUCA, R / CLÍNICA PARTICULAR; JOSE CELSO ARDENGH /
ARDENGH, JC / HOSPITAL 9 DE JULHO.
Resumo
Resumo: Tratamento paliativo é frequente no carcinoma
pancreático irressecável. O diagnóstico e o tratamento da
dor podem ser feitos por Ecoendoscopia (EUS). Inserção
endoscópica de stents metálicos auto-expansíveis tem sido
utilizado para aliviar os sintomas obstrutivos. Este estudo
apresenta nossa experiência sobre a eficácia do tratamento
simultâneo e seqüencial da dor através da neurólise do plexo
celíaco (EUS-CPN) e colocação de stents endoscópicos
em estenoses biliares e duodenais. RESULTADOS: Vinte e
sete pacientes com câncer pancreático irressecável foram
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
incluídos. EUS-PAAF obteve diagnóstico em 85,7%. EUS-
CPN em 19/27 (70,3%). A eficácia da EUS-CPN foi de 79%
Colocação de stents biliar ou duodenal foi bem-sucedida
em todos os pacientes. Idade média: 59,8a; (intervalo: 26-
87a ). Foram estudados pacientes com doença localmente
avançada(n = 17) ou doença metastática(n = 10). 20
pacientes(74%) receberam pelo menos quimioterapia de
primeira linha. Dois dos 27 pacientes (7,4%) necessitaram
de reintervenção por dor recorrente(1) ou icterícia(1).
Houve três complicações: sangramento(1) e colecistite
aguda(2). O primeiro foi tratado de forma conservadora e
os outros dois cirurgicamente. Conclusões: EUS-CPN
associados à colocação de stents metálicos são métodos
seguros, eficazes e racionais no tratamento paliativo da dor,
obstrução biliar e duodenal, devido à carcinoma irressecável
da cabeça do pâncreas. A maioria dos pacientes não
necessita de reintervenção.
Carcinoma Epidermoide versus
Adenocarcinoma: Experiência de 28
Anos
Temário: Cirurgia / Esôfago
Autores / Nome para referência / Instituição: VALDIR
TERCIOTI JUNIOR / TERCIOTI JUNIOR, V / UNICAMP; LUIZ ROBERTO
LOPES / LOPES, LR / UNICAMP; JOÃO DE SOUZA COELHO NETO
/ COELHO NETO, JC / UNICAMP; NELSON ADAMI ANDREOLLO /
ANDREOLLO, NA / UNICAMP;
Resumo
Objetivo: Analisar por meio de um estudo retrospectivo
não-randomizado as esofagectomias realizadas por câncer
de esôfago nos últimos 28 anos na UNICAMP, conside-
rando a prevalência dos carcinomas espino-celulares e os
adenocarcinomas de esôfago operados, suas localizações
no órgão, seus sintomas, as características de cor, sexo,
idade e procedência dos pacientes. Casuística: Foram in-
cluídos 306 (N) pacientes no presente trabalho. Método:
Foram revistos os prontuários dos pacientes operados por
carcinoma epidermoide e adenocarcinoma do esôfago no
período de 1983 a 2010. Resultados: Os pacientes con-
siderados no estudo foram divididos: 192 (62,7%) portado-
res de carcinoma espino-celular e 114 (37,3%) portadores
de adenocarcinoma de esôfago. Todos foram operados e
submetidos a ressecção cirúrgica (esofagectomia) com in-
tenção curativa. Entre os pacientes com carcinoma espino-
celular: 80,7% brancos, 11,5% pardos, 7,8% negros, 88,0%
do sexo masculino, 12,0% do sexo feminino; média de idade
de 54,7 anos; 88,0% tabagistas e 77,7% etilistas. Entre os
pacientes com adenocarcinoma do esôfago: 92,1% bran-
cos, 6,1% pardos, 1,8% negros; 85,1% do sexo masculi-
no; 14,9% do sexo feminino; média de idade de 57,9 anos;
66,7% tabagistas e 45,6% etilistas. Conclusão: Nesta sé-
rie, observou-se um aumento progressivo na prevalência
de adenocarcinoma do esôfago ao longo da série histórica,
o sexo mais acometido foi o masculino e a idade média foi
semelhante.
Carcinoma Espinocelular de
Estômago – Relato de Caso
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para referência / Instituição: ALINE
PAULA DE SOUZA SILVA / SILVA, A.P.S. / ISCMSP; MAURÍCIO SAAB
ASSEF / ASSEF, M.S. / ISCMSP; OSVALDO ARAKI / ARAKI, O. /
ISCMSP; IGOR ANTUNES MARCHETTI / MARCHETTI, I.A. / ISCMSP;
CELSO POCCHINI / POCCHINI, C. / ISCMSP; DANILO GAGLIARDI /
GAGLIARDI, D. / ISCMSP; FÁBIO MARIONI / MARIONI, F. / ISCMSP;
ANA CAROLINA FIGUEIREDO / FIGUEIREDO, A.C. / ISCMSP;
Resumo
Introdução: Carcinoma espinocelular de estômago é
raro, acomete mais frequentemente homens idosos. Sua
patogênese ainda é incerta, embora critérios diagnósticos
sejam bem definidos. Relato de caso: Paciente masculino
48anos, que ingeriu soda cáustica em 1980, foi submetido
à gastrostomia endoscópica nesta época. Após diversas
dilatações endoscópicas, em 1993 passou a alimentar-se
por via oral. Em 2010 desenvolveu lesão úlcerada gástrica
em parede anterior de corpo distal, local compatível com
gastrostoma prévio, cujas biópsias revelaram carcinoma
espinocelular. Discussão: Critérios diagnósticos para
CEC gástrico primário são: tumor não localizado na cárdia,
extensão do tumor não atinge o esôfago, ausência de CEC
em outro órgão. Neste caso, o tumor era localizado em
parede anterior de corpo distal, compatível com local de
gastrostoma. Não houve detecção de outro foco de CEC
através de exame físico e exames de imagem. Embora
os critérios diagnósticos estejam bem definidos, sua
patogênese ainda é incerta, porém postulam-se: heterotopia
de epitélio escamoso no estômago, metaplasia escamosa
gástrica, células multipotenciais gástricas, crescimento
de componente escamoso no adenocarcinoma, extensão
local ou metástase de CEC de esôfago. Seu tratamento
consiste na ressecção cirúrgica, já que se trata de um
tumor com alta freqüência de invasão linfovascular e alta
porcentagem de envolvimento da serosa. Neste caso foi
realizada esofagogastrectomia, com linfadenectomia e
esofagoplastia.
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
Carcinoma Indiferenciado com
Padrão Sarcomatoide de Papila
Duodenal com Metástase para
Couro Cabeludo em Paciente Jovem
- Relato de Caso e Revisão da
Literatura
Temário: Endoscopia / Colangiopancreatografia
endoscópica retrógrada
Autores / Nome para referência / Instituição: JEANY
BORGES E SILVA RIBEIRO / RIBEIRO,JBS / HGCC; PRISCILA LS DA FONSECA
/ FONSECA,PLS / HGCC; FABRÍCIO DE SOUSA MARTINS / MARTINS,FS
/ HGCC; IGOR SANTOS COSTA / COSTA,IS / HGCC; PJS CAMARA /
CAMARA,PJS / HGCC; CLETO DANTAS NOGUEIRA / NOGUEIRA,CD /
HIAS; RICARDO RANGEL DE PAULA PESSOA / PESSOA,RRP / HGCC.
Resumo
Introdução: O Carcinoma Indiferenciado com Padrão Sarco-
matoide (CIPS) é uma variante rara do tumor pancreático, e 79
no nosso conhecimento este é o primeiro caso da literatura
oriundo de papila duodenal, sendo ainda mais raro este caso
por se tratar de paciente jovem e associado a metástase para
couro cabeludo. Relato de Caso: Paciente sexo masculino,
24 anos, tomografia de mostrou grande dilatação das vias bi-
liares intra-hepática, ducto colédoco e ducto de wirsung até a
região ampolar e vesícula biliar hidrópica. A CPRE evidenciou
a papila duodenal abaulada com aspecto infiltrativo, irregular,
friável, não sendo visualizado o óstio e úlcera duodenal de cer-
ca de 2 cm , rasa, recoberta por fibrina, adjacente a papila
duodenal. Tentado cateterismo da via biliar sem sucesso. Re-
lizadas múltiplas biópsias de papila. O anatomopatológico exi-
biu Carcinoma Indiferenciado com Padrão Carcinomatoide de
papila de vater, com painel imunohistoquímico positivos para
AE1/AE3, CK19, CD34 e negativos para CD30/DESMINA/
MIOGENINA/CD117. Conclusões: CIPS é uma raríssima,
ainda mais quando associado a metástases para couro cabe-
ludo e em paciente jovem.
Cat Scratch no Megacólon
Chagásico – Relato de Caso e
Revisão da Literatura
Temário: Endoscopia / Colonoscopia
Autores / Nome para referência / Instituição: CAROLINA
IMAMURA DOS SANTOS / IMAMURA,C / HFCF; CAROLINA MENEZES /
MENEZES,C / HFCF; CLÁUDIO BRITTO JR / BRITTO JR,C / HFCF; DENISE
PEPE / PEPE,D / HFCF; LEONARDO LAFAYETTE / LAFAYETTE,L / HFCF;
ROBERTA RIGUEIRA / RIGUEIRA,R / HFCF; ROSANA CIUFFO / CIUFFO,R.
/ HFCF; TÚLIO MEDINA / MEDINA,T / HFCF.

Resumo
Introdução: Cat Scratch é um termo utilizado para descre-
ver marcas lineares, vermelho vivo, semelhantes à arranha-
dura de gato, que ocorrem no ceco e cólon ascendente. A
descrição é recente por McDonnell e col., ao observar uma
prevalência de 0,25% em 8277 colonoscopias. Barotrauma
é a provável etiologia pela insuflação de ar num cólon de
menor complacência. A maioria das biópsias é normal, no
entanto parece existir maior prevalência com colite colage-
nosa e colopatia por desuso. Objetivo - Relato de Caso
e revisão da literatura de Cat Scratch em megacólon cha-
gásico. Paciente: Fem., 74 anos. Há 10 anos com quadro
clínico de disfagia intermitente, porém piora importante há
1 ano por perda ponderal de 23 Kg. Ex. físico: Caquética.
IMC= 14 kg/m2. Abdome escavado, indolor, sem massas e/
ou VMGs. Lab.: Hb11,3 Hto34,6 VGM 75,38 Alb 2,5 EDA
e SEED: Megaesôfago grau III. Esofagomanometria:
Acalásia. Sorologia para Doença de Chagas: Reativo. Rea-
lizada dilatação pneumática da cárdia com balão de 30mm
80
sob controle fluoroscópico e investigação clínica sistêmica.
USG vias urinárias: sem dilatação do sistema coletor. ECO
TT: FE61%, disfunção diastólica grau I e refluxo M-Ao leve.
Colonoscopia: Mucosa colônica em ceco e cólon ascen-
dente de aspecto bastante avermelhado, inerente à insufla-
ção durante o exame. Biópsia: normal. Conclusão: Cat
Scratch é um termo recente, com poucos casos descritos
na literatura. Não há relato de Cat Scratch no megacólon
chagásico.
Causa Atípica de Abdome Agudo
Obstrutivo Pós Reconstrução de
Trânsito Intestinal
Temário: Cirurgia / Intestino Delgado
Autores / Nome para referência / Instituição: LICIA
MARAH FIGUEREDO DE MESQUITA / MESQUITA, LMF / UNP; PETRONILIO
DE SOUZA FERRO NETO / NETO, PSF / UNP; HUGO GONÇALO GUEDES /
GUEDES, HG / UNP; ANA BEATRIZ DE OLIVEIRA GERMANO / GERMANO,
ABO / UNP; LUIZA QUEIROZ SENA / SENA, LQ / UNP; SILVIO JOSE DE
LUCENA DANTAS / DANTAS, SJL / UNP; BRENNDA MORGANA OLIVEIRA
VALENÇA / VALENÇA, BMO / UNP; MATHEUS OLIVEIRA DA SILVA / SILVA,
MO / UNP.
Resumo
Objetivo: Relatar um caso raro de abdome agudo após re-
construção de trânsito intestinal. Métodos: Paciente de sexo
masculino, 60 anos, fora submetido seis meses antes à cirurgia
de Hartmann por diverticulite de sigmoide perfurada com peri-
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
tonite; foi então submetido à reconstrução de trânsito intestinal
por via videolaparoscópica com anastomose mecânica cólon
retal. No 2º dia pós-operatório iniciou quadro clínico e radioló-
gico sugestivo de obstrução intestinal com distensão abdomi-
nal e vômitos fecaloides; foi, pois, submetido a videolaparosco-
pia diagnóstica, na qual evidênciamos herniação de intestino
delgado para o subcutâneo, através de pequena incisão (1,5
cm) para exteriorização do dreno de penrose. Resultados e
Conclusão: Ao realizar pesquisa na base de dados da BIRE-
ME com descritores (obstrução, dreno, hérnia), observamos
que a obstrução intestinal por herniação paralela ao dreno de
penrose é uma causa ainda não descrita, rara e que pode ser
pensada na prática médica dentro do hall das hérnias gerado-
ras de obstrução do trânsito intestinal.
Causa Rara de Enterorragia
em Portador de Crohn
Temário: Gastroenterologia / Intestino
Autores / Nome para referência / Instituição: CARINE
LEITE / LEITE, C / HOSPITAL SÃO LUCAS - PUC/RS; MARTA BRENNER
MACHADO / MACHADO, MB / HOSPITAL SÃO LUCAS - PUC/RS.
Resumo
Introdução: Os pacientes com doença de Crohn apresen-
tam inúmeros sintomas gastrointestinais. No entanto, ente-
rorragia com repercussão hemodinâmica não é esperada no
curso da doença; na presença deste sinal deve-se investigar
um segundo diagnóstico. Apresentamos uma causa rara de
enterorragia em portador de Crohn. Relato: Paciente mas-
culino, 18 anos, diagnóstico recente de Crohn grave, interna
por quadro de enterorragia e instabilidade hemodinâmica.
Realizou endoscopia alta e baixa, sem evidência de sangra-
mento, com atividade moderada da doença. Após 48 horas
apresenta nova hemorragia com instabilidade, porém remis-
são espontânea. Retossigmoidoscopia normal. Recidiva he-
morragia em dois dias, realizada nova retossigmoidoscopia,
nesta ocasião no momento do sangramento. Evidência-se
coto de vaso com sangramento ativo em reto, sem úlcera ad-
jacente, compatível com Dieulafoy. Realizada escleroterapia
com solução de etanolamida, havendo interrupção do san-
gramento. Conclusão: A lesão de Dieulafoy é uma malfor-
mação vascular submucosa. É causa rara de hemorragia di-
gestiva baixa, pois na maioria das vezes localiza-se em fundo
gástrico. Não há relato de sua ocorrência em paciente porta-
dor de Crohn, e existe apenas um caso em retocolite, sendo
que o vaso localizava-se no reto. Alguns autores acreditam
que esta lesão vascular pode ser a fase inicial de uma úlcera.
Portanto, no caso do nosso paciente a doença de base pode
ter contribuído para o surgimento do Dieulafoy.
Cápsula Endoscópica no Sangramento
de Origem Obscura: 10 Anos Depois
Temário: Endoscopia / Intestino delgado
Autores / Nome para referência / Instituição: PAULA POLETTI
/ PARADA, AA; SECCHI,T.; POLETTI, P.; FERREIRA, D.;REIS,J, MELLO,MMMC;
MICELLI,O; PARENTE,S;TATIM,T;MAGALHÃES,ML / CENTRO DE DIAGNÓSTICO
E TERAPÊUTICA (CDTE), HOSPITAL NOVE DE (SP).
Resumo
Introdução: Há dez anos, uma nova técnica entrava na prá-
tica médica com o intuito de auxiliar na investigação do San-
gramento de Origem Obscura (SOO). A mesma vem sendo
empregada em mais de 1800 centros em todo o mundo para
o estudo do Intestino Delgado. Objetivo: Apresentar a casu-
ística de 545 exames com a cápsula para avaliação do Intesti-
no Delgado na investigação do SOO. Material e Métodos:
780 pacientes,51,2 % do sexo masculino e 48,73% do femini-
no, com faixa etária variando de 4 a 92 anos, foram submetidos
à exames de Cápsula endoscópica do Intestino Delagado no
CDTE e H9J (SP), no período de dezembro de 2001 à agosto
de 2011.Os exames foram realizados com cápsula SB (Given e
Mirocam) e avaliados por endoscopistas treinados no método.
Resultados: De 780 pacientes, 545 (69,8%) tiveram como in-
dicação a pesquisa de SOO; destes 42,7% tinham como forma
de apresentação clínica anemia ferropriva; 29,5% episódios de
melena e 27,7% episódios de enterorragia.A cápsula permitiu
o estudo de todo o Intestino Delgado em 94,5% dos pacien-
tes. Em 62,1% dos pacientes a Cápsula permitiu identificar a
provável causa dos sangramentos(lesões passíveis de sangra-
mento, porém não ativas) e em 16,07% houve identificação de
lesões com sangramento ativo. Conclusão: O emprego da
Cápsula Endoscópica na investigação diagnóstica do SOO, em
nossa casuística, contribuiu de forma importante no diagnós-
tico e condução destes pacientes, permitindo em 78,2% dos
casos o diagnóstico etiológico provável do sangramento.
Cápsula Endoscópica: Análise de
Série de 21 Casos
Temário: Endoscopia / Miscelânea
Autores / Nome para referência / Instituição: JEANY
BORGES E SILVA RIBEIRO / RIBEIRO,JBS / HGCC; FABRÍCIO DE SOUZA
MARTINS / MARTINS,FS / HGCC; DÉCIO SAMPAIO COUTO JÚNIOR /
COUTO JR,DS / HGCC; FRANCISCO SERGIO RANGEL DE PAULA PESSOA
/ PESSOA,FSRP / HGF; ADRIANO CESAR COSTA CUNHA / CUNHA,ACC
/ HGCC; FRANCICO PAULO PONTE PRADO JR / PRADO JR,FPP / HGCC;
ADALBERTO PAULO HOLANDA DE SOUSA / DE SOUSA,APHS / HGCC;
RICARDO RANGEL DE PAULA PESSOA / PESSOA,RRP / HGCC.
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
Resumo
Introdução: A cápsula endoscópica é o método de escolha
para avaliar o intestino delgado. Métodos: Foram analisados
retrospectivamente 21 pacientes submetidos à capsula endoscó-
pica de Fevereiro de 2010 à Julho de 2011 por dois endoscopis-
tas. Resultados: A idade média foi de 49,1 anos, variando de
20 a 73 anos, sendo 11(52,38) dos pacientes do sexo femini-
no. Hemorragia digestiva de origem obscura, anemia e diarreia
crônica foram às indicações mais frequentes para o exame. Nas
indicações por anemia havia alterações no jejuno em 60% dos
pacientes,encontrando-se uma suspeita de fistula colo-enterica
em íleo em um dos pacientes . Nos pacientes com diarreia crôni-
ca, o duodeno estava alterado em 33,33% dos casos, jejuno em
50% e íleo em 66,67% dos casos. Nos pacientes com hemorragia
digestiva de causa obscura, o duodeno estava alterado em 20%
dos casos, evidênciando alterações sugestivas de duodenopatia
hipertensiva, jejuno evidênciando coaágulo aderido em um dos
pacientes e alterações de íleo em 60%. Conclusão: A enteros-
copia por cápsula endoscópica permite, na maioria dos casos,
visualização com qualidade de toda mucosa do intestino delgado, 81
permitindo diagnóstico, exclusão ou direcionamento da melhor
terapêutica a ser aplicada para o paciente.
Câncer Colorretal (CCR) – Relato de
Caso em Paciente de 34 Anos
Temário: Gastroenterologia / Intestino
Autores / Nome para referência / Instituição: FELIPE
EDUARDO RODRIGUES / RODRIGUES, FE / UFPEL; LYSANDRO ALSINA NADER
/ NADER, LA / UFPEL; THIAGO ALEXANDRE RODRIGUES / RODRIGUES, TA
/ UFPEL; NAYANE LONTRA BRANCHER / BRANCHER, NL / UFPEL; VANESSA
FERLIN / FERLIN, V / UFPEL; FÁBIO SOBRAL RANGEL / RANGEL, FS / UFPEL;
CAROLINA ZIEBELL CARPENA / CARPENA, CZ / UFPEL; ELZA CRISTINA
MIRANDA DA CUNHA / CUNHA, ECM / UFPEL.
Resumo
Introdução: Globalmente o CCR é a quarta neoplasia mais
comum em homens e a terceira mais comum em mulheres. Vinte
por cento dos pacientes têm doença metastática no momento
do diagnóstico. Os locais mais comuns de metástases são os
linfonodos regionais, fígado, pulmões e peritônio. A prevalência de
CCR aumenta com a idade, sendo um diagnóstico raro antes dos
40 anos. Relato de caso: L.O.M., masculino, 34 anos, interna
para investigar quadro de Diarreia sanguinolenta há 3 meses.
Nega história familiar de doença inflamatória intestinal, neoplasias
ou sintomas constitucionais. À colonoscopia, evidência-se
massa tumoral a 18 cm do bordo anal (que impediu passagem
do aparelho), cuja biópsia revela adenocarcinoma de reto. Ao
estadiamento tomográfico, observa-se fígado metastático, com

aproximadamente 13 implantes ocupando de forma difusa
o parênquima e linfonodomegalias a nível de cadeia ilíaca.
Realizado à posteriore procedimento de ressecção tumoral
(no qual se visualizou invasão vascular e metástases em 8
de15 linfonodos biopsiados), colostomia e encaminhamento
para quimioterapia paliativa. Discussão: Apesar das
evidências de que a sobrevida em cinco anos é de 90%
quando CCR é diagnosticado em fase inicial, menos de 40%
dos casos se apresentam neste estágio. A brevidade tanto
na procura por auxílio médico quanto no uso de métodos
diagnósticos fazem grande diferença no prognóstico.
Câncer do Esôfago: Evolução
Favorável Após Adoção de Conduta
Paliativa
Temário: Cirurgia / Esôfago
Autores / Nome para referência / Instituição: MARIA
APARECIDA COELHO DE ARRUDA HENRY / HENRY, MACA / FMB -
82 UNESP; MAURO MASSON LERCO / LERCO, MM / FMB - UNESP;
WALMAR KERCHE DE OLIVEIRA / OLIVEIRA, WK / FMB - UNESP; ODAIR
CARLITO MICHELIN / MICHELIN, OC / FMB - UNESP.
Resumo
O câncer do esôfago (CE) é o oitavo, em termos de in-
cidência em todo o mundo, considerado como importan-
te problema de saúde pública. O tratamento cirúrgico tem
sido considerado como o único com possibilidade de cura,
todavia nem sempre o paciente possui condições clínicas
compatíveis com esta conduta. Tivemos a necessidade de
adotar conduta paliativa em portador de câncer do esôfago
cervical, cuja evolução nos surpreendeu por apresentar re-
sultado favorável. Relato do caso: Paciente masculino, 64
anos, negro referia disfagia para sólidos há 3 meses e ema-
grecimento de 8 kg. Antecedentes mórbidos: Implante
de prótese mitral há 1 ano, insuficiência cardíaca conges-
tiva, cardiomegalia e fibrilação atrial. EDA: lesão vegetante,
friável a 16cm do ADS, cujo exame histopatológico revelou
carcinoma espinocelular. Tomografia de tórax e abdômen
não revelou invasão de órgãos contíguos nem metástase
à distância. Frente à precaridade das condições clínicas
optou-se por tratamento paliativo. Decorridos 6 meses de
tratamento o paciente referia melhora da disfagia e ganho
de peso. A EDA revelou ausência de neoplasia, permitindo
a retirada da gastrostomia. O paciente encontra-se no quin-
to ano de seguimento e referindo deglutição normal. Os au-
tores concluem que a conduta paliativa é uma atitude válida
nos portadores de CE em condições clínicas precárias, com
possibilidade de remissão tumoral.
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
Câncer do Esôfago: Prevalência dos
Principais Tipos Histológicos num
Centro de Referência da Região
Central do Rio Grande do Sul
Temário: Gastroenterologia / Esôfago
Autores / Nome para referência / Instituição: DIEGO MICHELON
DE CARLI / DE CARLI, DM / UFSM; RODOLFO VAGNER XAUBET / XAUBET,
RV / UFSM; MILENE DA SILVA ANTUNES / ANTUNES, MS / UFSM; RAFAEL
CARDOSO PIRES / PIRES,RC / UFSM; TIAGO GERALDO WOYCIECHOWSKY
/ WOYCIECHOWSKY, TG / UFSM; KALIL FONTANA / FONTANA, K / UFSM;
GUILHERME LANG MOTTA / MOTTA,GL / UFSM; RENATO BORGES FAGUNDES
/ FAGUNDES, RB / UFSM.
Resumo
Introdução: O tipo histológico mais comum entre as neoplasias
esofágicas é o carcinoma epidermoide. Nos Estados Unidos e
Europa tem sido relatado aumento dramático do adenocarcinoma
nas últimas décadas. Objetivo: Determinar a prevalência
dos dois principais tipos histológicos de câncer esofágico
em Hospital Casuística: Laudos de exames endoscópicos
e anatomopatológicos de pacientes com câncer esofágico.
Universitário de referência para a região central do Rio Grande
do Sul. Métodos: Foram revisados os casos de câncer esofágico
no período de 1993 a 2011, identificados por endoscopia e
confirmados histologicamente como carcinoma epidermoide
e adenocarcinoma. Pela análise dos relatórios cirúrgicos e
anatomopatológicos das peças cirúrgicas, foram excluídos os
casos de tumores da junção esofagogástrica e aqueles com
possibilidade de terem se originado no estômago. Resultados:
No período considerado foi encontrado um total de 660 neoplasias
esofágicas constituídas por 620 (94%) carcinomas epidermoide
e 40 (6%) adenocarcinomas. Conclusão: A prevalência no
período compreendido entre 1993 e 2011 (18 anos) de carcinoma
epidermoide do esôfago na população estudada foi de 94 % e de
adenocarcinoma esofágico de 6%.
Câncer Gástrico Precoce: Aspectos
Endoscópicos e Histológicos
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para referência / Instituição: MARINA
DA SILVEIRA BOSSI / BOSSI, MS / UNICAMP; LEONARDO TREVISAN
MONICI / MONICI, LT / UNICAMP; JOSÉ OLYMPIO MEIRELLES DOS
SANTOS / SANTOS-MEIRELLES, JO / UNICAMP; CIRO GARCIA MONTES
/ MONTES, CG / UNICAMP; PATRÍCIA FRIZZARINI EXPOSITO / EXPOSITO,
PF / UNICAMP; SINNARA DE SOUZA LISBOA / LISBOA,SS / UNICAMP;
LEONARDO NOGUEIRA TAVEIRA / TAVEIRA, LN / UNICAMP; CRISTIANE
KIBUNE NAGASAKO / NAGASAKO, CK / UNICAMP.
Resumo
Introdução: A endoscopia digestiva alta é o método de escolha
para o diagnóstico de câncer gástrico precoce (CGP). Além da
detecção da lesão e detalhamento de suas características, permite
a obtenção de fragmentos para a confirmação do diagnóstico.
Objetivos: Estudar os achados endoscópicos e a histologia
dos casos de CGP diagnosticados no Hospital das Clínicas da
UNICAMP. Material e métodos: Estudo retrospectivo dos
CGPs diagnosticados no período de janeiro/2007 a julho/2011.
Avaliação dos aspectos endoscópicos: número de lesões,
tamanho, localização e classificação endoscópica, de acordo a
Sociedade Japonesa.; e análise do tipo histológico. Resultados:
Neste período foram diagnosticados 45 casos de CGP. 62,2%
eram homens e a idade média foi de 62 anos (variando de 32 a 86
anos). As lesões foram únicas em 93,3% dos casos, com tamanho
médio de 20mm (5 a 100mm), a localização principal foi o antro
(53,1%). O tipo mais frequente foi o tipo IIc (34,7%), seguido do
tipo misto IIc + III (20,4%). Histologicamente, o tipo tubular foi
predominante (66,7%), dos quais, 63,3% eram bem diferenciados.
Conclusão: Os casos de CGP, diagnosticados no Hospital das
Clínicas – UNICAMP, foram lesões predominantemente únicas,
com tamanho médio de 20mm, localizadas em antro. O tipo IIC foi
o mais frequente e o adenocarcinoma tubular bem diferenciado
foi o tipo histológico mais encontrado.
Câncer Gástrico versus Neoplasias
Malignas em Geral
Temário: Gastroenterologia / Estômago/Duodeno
Autores / Nome para referência / Instituição: LUIGI
CARLO DA SILVA COSTA / COSTA, LCS / UFPA; CARLENO DA SILVA COSTA
/ COSTA, CS / UFPA; LUIZ CARLOS ALMEIDA COSTA / COSTA, LCA /
GASTROCLÍNICA-MARABÁ; BERNARD COSTA FAVACHO / FAVACHO, BC /
UFPA; GIOVANNA MAIA MARSALA / MARSALA, GM / CESUPA.
Resumo
O câncer(CA) gástrico apresenta-se como adenocarcinoma
(95%), linfoma (3%) e o leiomiossarcoma. Sua incidência vem
declinando nos países desenvolvidos, contrastando com a alta
mortalidade na América Latina. Porém, o maior número de
casos de CA de estômago ocorre no Japão. O objetivo deste
trabalho é analisar a representatividade do CA gástrico dentre
as neoplasias malignas no Brasil. Os dados analisados foram
extraídos do DATASUS, banco de dados disponibilizado pelo
Ministério da Saúde/Secretaria de Vigilância em Saúde. Foram
levantados os óbitos por Câncer Gástrico (CA) e mortalidade
por neoplasias em geral em todas as regiões brasileiras no
período de 1990 a 2007; dados estes informados ao Sistema
de Informações sobre Mortalidade (SIM). Incluiu-se no
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
estudo todas as faixas etárias e ambos os gêneros. A taxa de
mortalidade brasileira por Neoplasias Malignas corresponde a
2.068.762 (100%), já a taxa de mortalidade por CA Gástrico,
197.852 (9,56%). Mortalidade por Neoplasias Malignas na
região sudeste: 1.108.240 (53,57%); já da região Norte: 72.283
(3,49%). Quanto ao CA Gástrico observou-se que a região
Sudeste notificou 109.740 casos (9,90%) e região Norte, 9.406
(13,01%). O CA Gástrico representou 1/10 das neoplasias
malignas no Brasil, de 1990 a 2007. Apesar das regiões Sul e
Sudeste apresentarem maiores notificações deste em termos
absolutos, a região Norte supera as demais regiões brasileiras
em termos relativos.
Câncer Gástrico: o que mudou
em 25 anos?
Temário: Gastroenterologia / Estômago/Duodeno
Autores / Nome para referência / Instituição: DIEGO
MICHELON DE CARLI / DE CARLI, DM / UFSM; MILENE DA SILVA
ANTUNES / ANTUNES,MS / UFSM; ISABEL CRISTINA SCHUTZ FERREIRA 83
/ FERREIRA, ICS / UFSM; SOFIA LAURA ROHDE / ROHDE, SL / UFSM;
KALIL FONTANA / FONTANA, K / UFSM; RAFAEL CARDOSO PIRES / PIRES,
RC / UFSM; RODOLFO VAGENR XAUBET / XAUBET, RV / UFSM; RENATO
BORGES FAGUNDES / FAGUNDES, RB / UFSM.
Resumo
Introdução: O câncer gástrico é a quarta neoplasia em
incidência mundial e existem evidências de alterações em
seu comportamento nos últimos anos. Objetivo: Estudar
epidemiologia do câncer gástrico na região central do RS
em 25 anos. Métodos: Revisão de 20521 endoscopias di-
gestivas altas entre 1986 e 2010 no HUSM. Pacientes com
diagnóstico anatomopatológico de adenocarcinoma gástri-
co foram incluídos no estudo. Analisados dados demográ-
ficos, localização anatômica das lesões e subtipos histo-
lógicos. Os casos foram agrupados em período de cinco
anos para análise de tendência (λ for trend). Resultados:
Identificados 335 pacientes com diagnóstico de adenocar-
cinoma gástrico (prevalência no período=1,6%), com idade
média de 62 (±13) anos, 227 (67.8%) do sexo masculino e
108 (32,2%) do sexo feminino. O subtipo intestinal apre-
sentou frequência de 48,1% (168/335) e o subtipo difuso
39,4% (132/335). Quanto à localização proximal-distal, 48
(14.3%) foram proximais e 287 (85.7%) distais. A análise de
tendência mostrou queda da frequência do subtipo intestinal
e aumento progressivo do tipo difuso (p=0,02). Conclu-
são: O adenocarcinoma gástrico continua sendo neoplasia
frequente na idade mais avançada e mais prevalente em
homens. Não se observou tendência de migração proximal.
O subtipo histológico intestinal foi mais prevalente, porém

se observou uma tendência ao longo dos 25 anos, de queda
do subtipo intestinal e ascensão do subtipo difuso.
Cecostomia Endoscópica – uma
Opção Terapêutica para as
Colopatias Neurogênicas
Temário: Endoscopia / Colonoscopia
Autores / Nome para referência / Instituição: ANA
CAROLINA CASSIS SERRA NETTO / SERRA NETTO, ACC / HOSPITAL
ISRAELITA ALBERT EINSTEIN; RICARDO LEITE GANC / GANC, RL /
HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN; EDMAR TAFNER / TAFNER, E /
HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN; ARNALDO JOSÉ GANC / GANC,
AJ / HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN; FERNANDA KISTEMARCKER
DO NASCIMENTO BUENO / BUENO, FKN / HOSPITAL ISRAELITA ABERT
EINSTEIN.
Resumo
84 Introdução: A Cecostomia Endoscópica Percutânea (CEP)
foi descrita em 1986 por Gauderer e Ponsky e por Ganc et
cols. em 1988. A CEP é indicada em neuropatas cronicamente
obstipados com necessidade de uso persistente de lavagens
intestinais e laxativos para obtenção de evacuação. Além disso,
pode ser utilizada no tratamento da Síndrome de Ogilvie recidi-
vante. Objetivo: Demonstrar a factibilidade e a segurança da
CEP como uma alternativa viável no tratamento das colopatias
neurogênicas refratárias à terapêutica clínica no nosso meio.
Casuística. Trata-se de 3 casos de pacientes com consti-
pação intestinal crônica de origem neuropática e 2 casos de
Síndrome de Ogilvie recidivante submetidos à CEP. MÉTODO.
Revisão dos prontuários dos últimos quatro pacientes com epi-
sódios frequentes de formação de fecaloma e de um paciente
com antecedente de pseudo-obstrução intestinal (Síndrome
de Ogilvie) recorrente. Resultados. O procedimento foi reali-
zado com sucesso em todos os pacientes, com melhora clínica
nos 5 casos. Houve 1 caso de pneumoperitôneo em que a
punção se fez necessária. Todos os pacientes apresentaram
hiperemia periostomia, resolvida com antibioticoterapia. Con-
clusão. A CEP mostrou-se segura e eficaz na correção da
obstipação intestinal crônica ocasionada tanto por neuropatias
colônicas quanto pela Síndrome de Ogilvie recorrente.
Cecostomia Percutânea Endoscópica
no Manejo de Pseudo-Obstrução
Intestinal Recorrente
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para referência / Instituição: JOÃO PAULO
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
DE SOUZA PONTUAL / PONTUAL, JPS / IMIP - PE; GUSTAVO CARNEIRO LEÃO
FILHO / LEÃO, GCF / IMIP - PE; MARCOS PAULO MATTO / MATTOS, MP /
IMIP - PE; SUENIA TAVARES FRANÇA / FRANÇA, ST / IMIP - PE; THIAGO LIMA
/ LIMA, T / IMIP - PE.
Resumo
A síndrome de Ogilvie (Pseudo-obstrução aguda do cólon) é
caracterizada por quadro clínico e radiológico de obstrução intestinal
sem associação com causa mecânica. É causada por disfunção
motora que pode evoluir para perfuração intestinal e sepse se não
for devidamente manejada. Diante da falência do tratamento clínico,
várias publicações apontam a cecostomia endoscópica percutânea
como uma opção eficaz e minimamente invasiva. Relato: MJS,
fem, 63 a, atendida em emergência por abdome agudo obstrutivo
secundário a hérnia incisional encarcerada. História prévia de seis
laparotomias (apendicectomia, histerectomia, hernioplastia incisional
com três reoperações por recidiva); HAS e DM. Cirurgia laboriosa,
sendo reduzido o conteúdo herniário e aplicado tela de polipropileno.
Evoluiu com ITR, infecção de ferida operatória e IRA tardiamente.
Na terceira semana pós-operatória passou a apresentar distensão
abdominal. Radiografia mostrava grande dilatação do cólon direito
e do transverso. TAC e colonoscopia não evidênciaram substrato
mecânico. Instituído tratamento clínico e colonoscopia para aspiração,
havendo duas recidivas precoces. Realizada cecostomia percutânea
endoscópica sem intercorrências (vídeo), sendo obtido o controle da
distensão colônica. Após 8 sem de internamento em UTI a paciente foi
a óbito por falência de múltiplos órgãos. Conclusão: A cecostomia
endoscópica percutânea é uma alternativa eficiente e minimamente
invasiva no manejo de Síndrome de Olgivie.
Choque Séptico Gastrointestinal após
Ingestão de Ostras
Temário: Gastroenterologia / Intestino
Autores / Nome para referência / Instituição: ALEXANDRE
COSSENZA / COSSENZA, A / CLÍNICA CIRÚRGICA SANTA BÁRBARA, RJ; DANIELA
MENDONÇA SUETH / SUETH, DM / CLÍNICA CIRÚRGICA SANTA BÁRBARA, RJ;
EDUARDO CARVALHO BELIZÁRIO / BELIZÁRIO, EC / CLÍNICA CIRÚRGICA SANTA
BÁRBARA, RJ; RAFAEL BARBOSA JÁCOMO / JÁCOMO, RB / CLÍNICA CIRÚRGICA
SANTA BÁRBARA, RJ; OSVALDO GIUSEPPE NETO / GIUSEPPE NETO, O / CLÍNICA
CIRÚRGICA SANTA BÁRBARA, RJ; CARLOS ANDRÉ BARROS BRITO / BRITO, CAB /
CLÍNICA CIRÚRGICA SANTA BÁRBARA, RJ.
Resumo
Introdução: Choque séptico gastrointestinal após ingestão
de ostras associado a lesões cutâneas violáceas e hemorrági-
cas é comumente associada à infecção por Vibrio vulnificus. A
mortalidade gira em torno de 50%. O tratamento abrange re-
conhecimento precoce, agressiva antibioticoterapia e suporte
intensivo. Objetivos: Relatar o caso de choque séptico gas-
trointestinal após ingestão de ostras causado por vibrio vulni-
ficus. Casuística e Métodos: JLGS, 88 anos, previamente
hígido, que em viagem ao Rio de Janeiro, após a ingestão de
ostras, desenvolveu quadro de choque séptico. Necessitou
ser acoplado à ventilação mecânica e fazer aminas vasoativas.
Aventado o diagnóstico de sepse por Vibrio vulnificus, inicia-
mos prontamente a terapia farmacológica específica. Evoluiu
com lesões cutâneas características. Houve melhora parcial do
quadro, que permitiu sua extubação e regressão das aminas.
Contudo desenvolveu quadro de tetraparesia flácida. Pelo risco
de re-intubação e retorno à prótese ventilatória, secundário à
insuficiência respiratória tipo II, iniciamos a infusão venosa de
imunoglobulina G. Resultado: Após 72h horas apresentou
recuperação parcial da força muscular, permanecendo livre da
ventilação mecânica invasiva. Conclusão: A importância do
caso descrito está em demonstrar que doenças raras ocorrem
e só é feito seu diagnóstico quando se pensa em hipótese e
diagnósticos diferenciais, quesitos esses indispensáveis para o
exercício da medicina.
Cianoacrilato no Tratamento da
Hemorragia Digestiva por Varizes
Gástricas
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para referência / Instituição: EDUARDO
ANDRE OTT / OTT, EA / HNSC; EVERTON HADLICH / HADLICH, E /
HNSC; JUDITE DIETZ / DIETZ, J / HNSC; SIDNEI PARDO / PARDO, S
/ HNSC; ANDRE CASTAGNA WORTMANN / WORTMANN, AC / HNSC;
ADRIANA MOTA / MOTA, A / HNSC; RODRIGO LUL / LUL, R / HNSC;
VIVIANE RENON / RENON, V / HNSC.
Resumo
Introdução: Sangramento por varizes gástricas apresenta
altas taxas de mortalidade (25-45%). Tratamento endoscópico
com aplicação de cianoacrilato é considerado o método de
escolha. O objetivo deste trabalho é descrever a experiência
com o uso de cianoacrilato no tratamento do sangramento
por varizes gástricas em hospital universitário terciário. Os
desfechos analisados foram: controle inicial do sangramento
(ausência de ressangramento nas 72 horas pós-tratamento),
mortalidade intra-hospitalar e obliteração/erradicação variceal.
Materiais e Métodos: Foram estudados todos 36 pacien-
tes (25 homens e 11 mulheres) com idade média de 53 anos
submetidos a tratamento endoscópico com cianoacrilato por
sangramento variceal gástrico entre março de 2008 a setem-
bro de 2011. Resultados: Tratamento com cianoacrilato +
lipiodol (1:1), na dose média de 2,2 ml obteve controle inicial
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
do sangramento em 34 dos 36 pacientes (94%). Não houve
nenhuma complicação ou dano ao equipamento. Ocorreram 6
óbitos intra-hospitalar (17%). Sepse foi a principal causa. Se-
guimento endoscópico (média de 7 meses pós-cianoacrilato)
demonstrou que as varizes gástricas foram erradicadas e/ou
obliteradas em 81% dos casos. Conclusões: O uso de cia-
noacrilato é efetivo e seguro no tratamento endoscópico do
sangramento por varizes gástricas, atingindo-se altas taxas de
obliteração/erradicação variceal com baixas taxas de mortali-
dade intra-hospitalar.
Cirrose Biliar Secundária à Síndrome
de Mirizzi Assintomática – Relato
de Caso
Temário: Gastroenterologia / Fígado
Autores / Nome para referência / Instituição:
JONATHAN SOLDERA / SOLDERA J / UFCSPA; SUELEN APARECIDA DA
SILVA MIOZZO / MIOZZO SAS / UFCSPA; ANE MICHELI COSTABEBER
/ COSTABEBER AM / UFCSPA; LÍVIA CAPRARA LIONÇO / LIONÇO LC / 85
UFCSPA; GRAZIELLA RANGEL PANIZ / PANIZ GR / UFCSPA; KARINA
TRINDADE TAVARES / TAVARES KT / UFCSPA; MARCELO FERREIRA
NOGUEIRA / NOGUEIRA MF / UFCSPA.
Resumo
Introdução: Síndrome de Mirizzi caracteriza-se por obstru-
ção extrínseca da via biliar por cálculo impactado no ducto
cístico ou infundíbulo, desencadeando processo inflamatório
com espasmo secundário do colédoco. Objetivo: Relatar
um caso de cirrose biliar secundária à síndrome de Mirizzi
assintomática. Relato do Caso: Paciente do sexo feminino
de 59 anos, assintomática, em investigação ambulatorial por
plaquetopenia, icterícia flutuante e aumento de enzimas cana-
liculares. Ecografia com sinais de hepatopatia crônica e dilata-
ção de vias biliares. Colangiorressonância mostrou litíase em
ducto hepático direito e colédoco e cálculos em infundíbulo
da vesícula biliar determinando compressão do colédoco pro-
ximal e acentuada dilatação de vias intrahepáticas, sugestivo
de síndrome de Mirizzi. Submetida a coledocotomia parcial e
colecistectomia com colocação de dreno de Kehr. Realizada
colangiografia com cálculo residual, sendo submetida a CPRE
com remoção de cálculo e papilotomia. Biópsia hepática com
arquitetura lobular alterada por fibrose com esboço de nó-
dulo, proliferação ductular, ductos originais preservados e
alterações degenerativas de ductos em dois espaços porta.
Anti-mitocôndria não reagente. Discussão: A colestase crô-
nica determinada por um síndrome de Mirizzi subclínica é uma
causa incomum de cirrose biliar secundária. Conclusão: A
cirrose biliar secundária deve ser considerada no diagnóstico
diferencial das hepatopatias crônicas colestáticas.

Cirrose Criptogênica Associada à
Síndrome de Silver-Russel - Relato
de Caso
Temário: Gastroenterologia / Fígado
Autores / Nome para referência / Instituição: SUELEN
APARECIDA DA SILVA MIOZZO / MIOZZO SAS / UFCSPA; JONATHAN
SOLDERA / SOLDERA J / UFCSPA; LÍVIA CAPRARA LIONÇO / LIONÇO
LC / UFCSPA; ANE MICHELI COSTABEBER / COSTABEBER AM /
UFCSPA; MARCELO FERREIRA NOGUEIRA / NOGUEIRA MF / UFCSPA;
GRAZIELLA RANGEL PANIZ / PANIZ GR / UFCSPA; KARINA TRINDADE
TAVARES / TAVARES KT / UFCSPA;
Resumo
Introdução: A síndrome de Silver-Russel inclui retardo de
crescimento intra-uterino e pós-natal, dismorfiais faciais e
assimetria corporal. Objetivo: Descrever um caso de cirrose
criptogênicia em paciente com síndrome de Silver-Russel e
história de linfoma de Hodgkin. Relato de caso: Paciente do
86 sexo masculino de 18 anos, com síndrome de Silver-Russel e
história de Linfoma de Hodgkin em 2003, tratado com quimio
e radioterapia, apresenta alteração nas provas hepáticas.
Na ocasião, biópsia hepática mostrou hepatite crônica
e siderose moderada e ressonância hepática evidenciou
sobrecarga de ferro, aventando-se hemocromatose. Em
2007, apresentou episódios de hemorragia digestiva alta por
varizes esofágicas. Posterior investigação afastou a doença
hereditária (ferro hepático 30mg/dL e heterozigose C282Y)
e as demais etiologias mais comuns para a cirrose. Em 2011,
apresentou novos episódios de sangramento digestivo, com
diversas internações. Aos 19 anos apresentou insuficiência
hepática crônica agudizada secundária a choque séptico,
evoluindo para óbito. Discussão: Não há descrito na
literatura associação direta de cirrose com síndrome de Silver-
Russel. A sobrecarga de ferro na ocasião da biópsia hepática
coincide com o tratamento do linfoma, podendo dever-se a
politransfusões, assim como a alteração nas provas hepáticas
poderia estar relacionada à hepatotoxicidade. Conclusão: É
descrito um caso atípico de associação entre uma síndrome
rara com cirrose e hipertensão portal.
Cirurgia Bariátrica em Pacientes
Acima de 60 Anos: Análise da
Morbimortalidade Perioperatória
Temário: Cirurgia / Obesidade
Autores / Nome para referência / Instituição: MARCO
A. SANTO / SANTO, MA / HOSPITAL DAS CLÍNICAS FMUSP; DENIS
PAJECKI / PAJECKI, D / HOSPITAL DAS CLÍNICAS FMUSP; ROBERTO
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
DE CLEVA / CLEVA, R / HOSPITAL DAS CLÍNICAS FMUSP; DANIEL
RICCIOPPO / RICCIOPPO, D / HOSPITAL DAS CLÍNICAS FMUSP; PAULO
ENGLER / ENGLER, P / HOSPITAL DAS CLÍNICAS FMUSP; ANA KANAJI
/ KANAJI, A / HOSPITAL DAS CLÍNICAS FMUSP; FERNANDO MORAES
MAGALHÃES / MAGALHÃES, FM / HOSPITAL DAS CLÍNICAS FMUSP;
IVAN CECCONELLO / CECCONELLO, I / HOSPITAL DAS CLÍNICAS
FMUSP.
Resumo
Objetivo do Trabalho: Analisar a morbidade e mortalidade
do tratamento cirúrgico da obesidade em um grupo de
pacientes com mais de 60 anos que foram submetidos a
bypass gástrico em Y-de-Roux convencional. Material: Entre
janeiro de 2006 e janeiro de 2011, 39 pacientes operados
com mais de 60 anos (8,6% do total de cirurgias no período)
foram analisados retrospectivamente. Foram colhidos dados
antropométricos, incidência de comorbidades, e dados
referentes a morbidade e mortalidade perioperatórias.
Metodologia: A incidência de complicações graves e
mortalidade foram analisadas com estratificação por faixas
etárias. Resultados: A média da idade foi 62,64 anos (60-
70), a média de IMC 48Kg/m2, a média de internação 7 dias
(4-45) e média de permanência na UTI 1,9 dias (0-30). As
principais complicações foram 2 fístulas. (5,1.%), 1 embolia
pulmonar (2,5%), 2 infecções de ferida operatória profundas
(2,5%), 1 derrame pleural (2,5%). A mortalidade foi de 5,1%
(1 paciente com TEP e uma infecção profunda de ferida
com fasceíte necrotizante em um diabético). Os 2 pacientes
tinham mais de 65 anos (65,5 e 70). Conclusão: Neste
estudo, a mortalidade da cirurgia bariátrica em pacientes
acima de 65 anos foi alta. Até os 60 anos a morbimortalidade
foi semelhante à da população não idosa. Atenção especial
aos pacientes com mais de 65 anos no pré-operatório é
fundamental, deve se analisar individualmente os riscos e
benefícios do tratamento cirúrgico nesta faixa etária.
Cirurgia de Whipple por Via
Laparoscópica - Parte 1
Temário: Cirurgia / Pâncreas
Autores / Nome para referência / Instituição: FABIANA
MATOS BARBOSA / BARBOSA, FM / HOSPITAL SÃO VICENTE - CURITIBA;
ANTONIO CARLOS ROSA SENA / SENA, ACR / HOSPITAL SÃO VICENTE
- CURITIBA; DANIEL SEIGUI KAIO / KAIO, DS / HOSPITAL SÃO VICENTE
- CURITIBA; ANA PAULA NAGABE / NAGABE, AP / HOSPITAL SÃO
VICENTE - CURITIBA; ANNA CAROLINA BOTTI OLIVEIRA / OLIVEIRA, ACB /
HOSPITAL SÃO VICENTE - CURITIBA; RAYSSA SENA / SENA, R / HOSPITAL
SÃO VICENTE - CURITIBA; MARCIANO ANGHINONI / ANGHINONI, M
/ HOSPITAL SÃO VICENTE - CURITIBA; TIAGO KUCHNIR MARTINS DE
OLIVEIRA / OLIVEIRA, TKM / HOSPITAL SÃO VICENTE - CURITIBA.
Resumo
Introdução: A cirurgia de gastroduodenopancreatectomia é
conhecida por sua alta taxa de morbi-mortalidade. Há contro-
vérsias sobre sua vantagem ao ser realizada por videolaparos-
copia. Método: Paciente com tumor de cabeça de pâncreas
sem sinais de matestases foi submetido a ressecção laparos-
cópica, optado pela cirurgia de whipple sem preservação pi-
lórica. O vídeo da cirurgia foi dividido em 2 partes, visto que
vários detalhes devem ser ressaltados durante o procedimen-
to Resultado: Paciente evoluiu muito bem no pós-operatório,
com mínima dor. Pós-operatório imédiato em cti, sendo enca-
minhado para quarto após 72h. Conclusão: Apesar de ser
uma cirurgia longa e muito trabalhosa, com detalhes minun-
ciosos e necessidade de treinamento especializado, a cirurgia
de whipple pode ser realizada laparoscopicamente.
Cirurgia de Whipple por Via
Laparoscópica - Parte 2
Temário: Cirurgia / Cólon
Autores / Nome para referência / Instituição: TIAGO
KUCHINIR MARTINS DE OLIVEIRA / OLIVEIRA, TKM / HOSPITAL SÃO
VICENTE - CURITIBA; FABIANA MATOS BARBOSA / BARBOSA, FM /
HOSPITAL SÃO VICENTE - CURITIBA; ANTONIO CARLOS ROSA SENA /
SENA, ACR / HOSPITAL SÃO VICENTE - CURITIBA; MARCIANO ANGHINONI
/ ANGHINONI, M / HOSPITAL SÃO VICENTE - CURITIBA; ANNA CAROLINA
BOTTI OLIVEIRA / OLIVEIRA, ACB / HOSPITAL SÃO VICENTE - CURITIBA;
ANA PAULA NAGABE / NAGABE, AP / HOSPITAL SÃO VICENTE -
CURITIBA; ANGELO CECCHINI / CECCHINI, ARS / HOSPITAL SÃO VICENTE
- CURITIBA; FELIPE PEDROTI LOCATELLI / LOCATELLI, FP / HOSPITAL SÃO
VICENTE - CURITIBA.
Resumo
Introdução: A cirurgia de gastroduodenopancreatectomia
é conhecida por sua alta taxa de morbi-mortalidade. Há
controvérsias sobre sua vantagem ao ser realizada por
videolaparoscopia. Método: Paciente com tumor de cabeça
de pâncreas sem sinais de matestases foi submetido a
ressecção laparoscópica, optado pela cirurgia de whipple
sem preservação pilórica. O vídeo da cirurgia foi dividido em
2 partes, visto que vários detalhes devem ser ressaltados
durante o procedimento Resultado: Paciente evoluiu muito
bem no pós-operatório, com mínima dor. Pós-operatório
imédiato em CTI, sendo encaminhado para quarto após
72h. Conclusão: apesar de ser uma cirurgia longa e muito
trabalhosa, com detalhes minunciosos e necessidade de
treinamento especializado, a cirurgia de whipple pode ser
realizada laparoscopicamente.
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
Cirurgia Hepática sem Incisão
Abdominal - Ressecção
Laparoscópica do Segmento Lateral
Esquerdo do Fígado com Retirada do
Espécime por via Vaginal
Temário: Cirurgia / Fígado
Autores / Nome para referência / Instituição: IVAN
ROBERTO BONOTTO ORSO / ORSO, IR / GASTROCLÍNICA CASCAVEL;
UNIVALDO ETSUO SAGAE / SAGAE, UE / UNIOESTE; PAULO HERMAN
/ HERMAN, P / FMUSP; HELIN MINORU MATSUMOTO / MATSUMOTO,
HM / GASTROCLÍNICA CASCAVEL; MAURO WILLEMANN BONATTO /
BONATTO, MW / UNIOESTE; TOMAZ MASSAYUKI TANAKA / TANAKA,
TM / UNIOESTE; CARLOS ALBERTO DE CARVALHO / CARVALHO, CA /
GASTROCLÍNICA CASCAVEL; RICARDO SHIGUEO TSUCHIYA / TSUCHIYA, R
/ UNIOESTE.
Resumo
A utilização da laparoscopia para ressecção de lesões hepáticas 87
vem aumentando. Isto é devido à menor morbidade, melhor
resultado estético e rápida volta às atividades com resultados
oncológicos semelhantes à cirurgia convencional. As técnicas
atuais ainda necessitam de uma incisão abdominal para a
retirada do espécime cirúrgico que apesar de ser menor do
que a incisão convencional, ainda pode causar dor e apresentar
complicações como hérnia, infecção e um resultado cosmético
ruim. A possibilidade de realizar uma ressecção totalmente
laparoscópica com a retirada do espécime por via vaginal, sem
a necessidade de uma incisão abdominal, pode melhorar ainda
mais os já comprovados benefícios das ressecções hepáticas
laparoscópicas. Objetivo: Demonstrar a técnica de ressecção
hepática laparoscópica com retirada do espécime cirúrgico por
via vaginal. Método: Vídeo editado demonstrando a técnica.
Discussão: Vários relatos da extração do espécime cirúrgico
por via vaginal em cirurgias colorretalis estão disponíveis na
literatura. Esta técnica é segura e facilmente reprodutível,
reduzindo a morbidade e melhorando o resultado estético
nas ressecções laparoscópicas. Este benefício também
pode ser estendido para casos selecionados de ressecções
hepáticas laparoscópicas em pacientes do sexo feminino.
Nas ressecções de segmentos isolados ou bi-segmentares
como a segmentectomia lateral esquerda, o espécime pode
ser facilmente retirado por esta via.
Cisto Broncogênico de Esôfago
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para referência / Instituição:
GRAZIELA CORRÊA VOGEL / VOGEL, GC / UNIFESO-EPM; STELLA

MARIS DE OLIVEIRA AMÂNCIO / AMÂNCIO, SMO / UNIFESP-EPM;
MARIO EDUARDO MENDES SILVA / SILVA, MEM / UNIFESP-EPM;
MOACIR ELIAS JORGE JUNIOR / JUNIOR, MEJ / UNIFESP-EPM;
GRIGNA TEIXEIRA DE CARVALHO / CARVALHO, GT / UNIFESP-EPM;
RAMIRO COLLEONI NETO / COLLEONI, R / UNIFESP-EPM.
Resumo
O cisto broncogênico é uma rara malformação da porção ven-
tral do intestino anterior localizada no médiastino médio pró-
ximo à carina. Pode ser observado nas localizações paratra-
queal, hilar e intraparenquimatosa. Os principais sintomas são
disfagia e dor torácica. As lesões medem 3 a 4 cm e localizam-
se preferencialmente no terço médio. As lesões menores cos-
tumam ser assintomáticas. A ecoendoscopia pode delimitar
adequadamente sua topografia submucosa e permite coleta
de biópsias.Embora extremamente rara essa lesão deve ser
considerada no diagnóstico diferencial das doenças do esôfa-
go. A conduta terapêutica baseia-se na existência de sintomas
e de um diagnóstico histopatológico. A remoção visa confirmar
88
o diagnóstico,tratar sintomas e evitar potenciais complicações.
AFVS, feminina, 41 anos, realizou exame endoscópico para in-
vestigação de dor abdominal, identificando-se no segmento
distal do esôfago, próximo à linha Z, uma lesão subepitelial de
6mm de diâmetro, arredondada e recoberta por mucosa lisa e
íntegra. A lesão foi removida com alça diatérmica com facilida-
de. O exame histopatológico demonstrou características com-
patíveis com cisto broncogênico:mucosa malpighiana exibindo
na lâmina própria uma formação cística revestida por epitélio
colunar mucinoso com núcleos pequenos, típicos, basais, além
de glândulas seromucinosas e ausência de cartilagem. Exame
endoscópico de controle evidenciou cicatriz esbranquiçada no
local da ressecção. Amostras colhidas não revelaram lesão
residual.
Cistoadenoma Mucinoso do
Pâncreas - Relato de Caso
Temário: Cirurgia / Pâncreas
Autores / Nome para referência / Instituição: HUGO DE
LACERDA WERNECK JR / WERNECK JR, HL / CLÍNICA PARTICULAR; PAULO
RENATO B. RIBEIRO / RIBEIRO, PRB / CLÍNICA PARTICULAR; ABRAHÃO
EMÍDIO PEDREIRA DE ALBUQUERQUE / ALBUQUERQUE, AEP / CLÍNICA
PARTICULAR; JOSÉ CELSO ARDENGH / ARDENGH, JC / HOSPITAL NOVE
DE JULHO, SÃO PAULO.
Resumo
Introdução: Os tumores císticos do pâncreas são inco-
muns, representando 10% dos cistos e 1% dos carcinomas
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
pancreáticos. Oitenta por cento dos tumores císticos muci-
nosos ocorrem em mulheres com idade média de 54 anos.
Na tomografia do abdome costumam aparecer com paredes
espessas e septações em seu interior. Relato do Caso:
Paciente V.L.T.M. sexo feminino, 49 anos, veio ao consultó-
rio em 08/08/2008 trazendo tomografia abdominal recente
(foto) mostrando estrutura cística com 8 cm de diâmetro
entre o corpo e a cauda do pâncreas, com paredes finas e
conteúdo homogêneo. A imagem sugeria um pseudocisto
e em 30/08/2008 realizamos drenagem interna (cistogas-
trostomia) por laparotomia, porém alguns dias após houve
obstrução do orifício de drenagem. Submetida a ecoendos-
copia a qual, penetrando na cavidade cística, mostrou ve-
getações em sua parede interna, o que motivou a ressecção
da lesão em 04/10/2008. A tumoração foi removida com-
pletamente (foto) e a paciente teve boa evolução. O exame
anátomo-patológico diagnósticou cistoadenoma mucinoso
do pâncreas. Discussão: O papel da ecoendoscopia na
diferenciação das lesões císticas pancreáticas está bem es-
tabelecido, pois além de obter a imagem interna da lesão,
permite colher biópsias e fazer a drenagem terapêutica. No
caso do cistoadenoma mucinoso, quando realizada a res-
secção completa o prognóstico é bom.
Cistos Hidáticos Hepáticos e
Retroperitoneais - Relato de Caso
Temário: Cirurgia / Fígado
Autores / Nome para referência / Instituição:
ADRIANA LUCIA MORAIS SERRA / SERRA, AL / CHM; ALEXANDRE
DELL‘ AQUILA / DELL‘AQUILA / CHM; RENATO TAUIL / TAUIL, R /
CHM; FABRICIO SILVA E SILVA / SILVA, F / CHM; MARIANA ALMEIDA
SALEME VALLE / VALLE, MS / CHM; THIAGO MILANI DA COSTA /
MILANI, T / CHM; WELLINGTON ANDRAUS / ANDRAUS, W / CHM;
MANLIO SPERANZINI / SPERANZINI, M / CHM.
Resumo
Introdução: A Hidatidose é uma infecção causada pelo
estágio larvário de espécies do gênero Echinococcus e na
maioria dos casos aparece de forma silenciosa no homem.
As manifestações dependem do tamanho, localização e com-
prometimento dos órgãos atingidos. A maioria dos indivíduos
apresenta um único cisto: fígado (50-70%), pulmões (20-
30%), músculos (5%), ossos (3%), rins (2%), baço (1%),
outros (1%). No comprometimento hepático há presença de
massa palpável em abdome, fígado com nodulações ou he-
patomegalia, icterícia, dispneia, tosse e abscesso. Objetivo:
Relatar um caso de múltiplos cistos hidáticos hepáticos em
paciente jovem submetida a tratamento clínico e cirúrgico
com exérese e alcoolização dos mesmos com álcool a 70%.
Resultados: Paciente boliviana, 28 anos,com quadro de
tosse produtiva, hepatomegalia, dor torácica à direita,febre
não aferida há cerca de 4 meses.Foi submetida à colecistec-
tomia há 15 anos,quando houve rompimento de 1 “cisto”. Fez
uso de Albendazol por 3 anos.Ao exame físico havia hepa-
tomegalia e sorologia positiva para Equinococcus. Paciente
foi submetida à exérese e alcoolização de cistos hidáticos
hepáticos e retroperitoneais, recebendo alta com melhora
do quadro. Conclusão: O procedimento cirúrgico nestes
casos é uma oportunidade de proporcionar ao paciente além
de melhora clínica a possibilidade de cura da doença. Estu-
dos demonstram que o índice de recorrência após o trata-
mento cirúrgico é de 1 a 20%, dependendo da experiência
do cirurgião.
Coagulação com Plasma de
Argônio no Tratamento da Proctite
Actínica em 36 Pacientes do
Serviço de Endoscopia do Hospital
Universitário Gaffrée e Guinle –
UNIRIO
Temário: Endoscopia / Colonoscopia
Autores / Nome para referência / Instituição: KELSON
FERREIRA RIBEIRO / RIBEIRO, KF / HUGG; RONALDO TAAM / TAAM,
R / HUGG; ÉRIKA ARAUJO BARRETO / BARRETO, EA / HUGG;
THELMA TEREZA A. MIGUEL / MIGUEL, TTA / HUGG; PAULO CEZAR
MARQUES PÉRISSÉ / PÉRISSÉ, PCM / HUGG.
Resumo
Introdução: A proctite actínica é uma complicação frequen-
te e evolui para estágio crônico em 5 a 20% dos casos. As
manifestações mais comuns são dor retal, alteração do hábito
intestinal e sangramento retal. A hematoquezia é de intensi-
dade variada, podendo necessitar de internação hospitalar.
Medicamentos não apresentam boa resposta e a cirurgia tem
alta morbi-mortalidade. Coagulação com plasma de argônio
(CPA) tem sido empregada como terapia de escolha. Objeti-
vo: Relatar os resultados do tratamento da hematoquezia por
proctite actínica com CPA nos pacientes do HUGG. Material
e Métodos: 36 pacientes com idade entre 34 a 93 anos, 29
homens e 7 mulheres, foram submetidos a sessões de CPA.
As aplicações com fluxo de 1,0 a 1,5L/min e 40 W de potência
variaram em número de acordo com a necessidade de cada
paciente, os quais foram classificados clínica (Critérios de
Chutkan) e endoscopicamente (Graduação de Densidade de
Telangiectasia Retal-RTD) na primeira consulta e nos exames
de controle. A alta foi dada pela melhora dos sinais e sinto-
mas. Resultados: O índice médio de sangramento (Critérios
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
de Chutkan) antes do tratamento foi de 3,05, reduzindo para
0,66 após a CPA. O valor médio da RTD foi de 2,97 na primei-
ra consulta e de 0,83 após a última aplicação, demonstrando
a melhora na extensão da lesão e uma redução do sangra-
mento. 2 pacientes faleceram por causas não relacionadas ao
procedimento e 1paciente foi encaminhado para tratamento
cirúrgico.
Colangiocarcinoma e Diverticulose
Duodenal. Relato de Caso e Revisão
da Literatura
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para referência / Instituição:
CAROLINA IMAMURA / IMAMURA, C / HFCF; CAROLINA MENEZES /
MENEZES, C / HFCF; LEONARDO LAFAYETTE / LAFAYETTE, L / HFCF;
ROBERTA RIGUEIRA / RIGUEIRA, R / HFCF; TÚLIO MEDINA / MEDINA,
T / HFCF; CLÁUDIO BRITTO / BRITTO, C / HFCF; ROSANA CIUFFO /
CIUFFO, RS / HFCF; VLADIMIR MOLINA / MOLINA, V / HFCF.
89
Resumo
Introdução: Divertículo periampular (DPA) são protu-
sões extraluminais da mucosa, adjacentes ou contendo
a Ampola de Vater ou porção intraluminal do ducto biliar
comum. Mais raramente são múltiplos e distantes da pa-
pila duodenal. Existe uma fisiopatologia bem definida com
a litíase biliar, entretanto doenças hepatobiliares benignas
e malignas e divertículo duodenal apresentam maior pre-
valência na idade avançada. A duodenoscopia é o mé-
todo diagnóstico ideal representando um achado em até
27% dos casos. Há controvérsias quanto ao sucesso da
canulação em pacientes com DPA. Objetivo - Relato de
Caso de diverticulose duodenal em paciente com colan-
giocarcinoma, com revisão da literatura. Paciente: Fem.,
71 anos. Icterícia progressiva e síndrome consuptiva. Ex.
físico: Ictérica (4+/4+), PS 2. Lab.: Hct 33% BbD 14 FA
280 δGt 222. TC Abdome/Colangioressonância: Di-
latação da via biliar intra-hepática e tecido isodenso, de
limites mal definidos na placa hilar (Tu Klatskin). EDA:
Inúmeros óstios diverticulares largos na 2ª porção duo-
denal. Cirurgia: Múltiplos implantes peritoneais e hepá-
ticos sem possibilidade de drenagem da via biliar. CPRE:
papila de Vater intradiverticular, sem sucesso no seu ca-
teterismo. Histopatológico: ADC mucinoso. Conclu-
são: Os divertículos duodenais são usualmente achados
incidentais nos estudos do trato gastrointestinal superior.
Têm importância na abordagem da via biliar, comprome-
tendo o sucesso técnico da CPRE na apresentação intra-
diverticular.

Colangiografia Intraoperatória
com Colédoco Aberto Durante
Exploração Laparoscópica da Via
Biliar
Temário: Cirurgia / Miscelânia
Autores / Nome para referência / Instituição:
HAMILTON BELO DE FRANÇA COSTA / COSTA, HAMILTON BELO /
FCMCG; GABRIELLE DINIZ DE FRANÇA COSTA / COSTA, GABRIELLE
DINIZ / FCMCG; IZABELLE DINIZ DE FRANÇA COSTA / COSTA, IZABELLE
DINIZ / SAJ.
Resumo
Introdução: Após a exploração videolaparoscópica do
colédoco com clareamento da Via Biliar (VB) faz-se necessário
a realização de uma colangiografia controle intra-operatória
(CCIO) para se certificar que a VB está limpa. Após o
fechamento do colédoco, realiza-se a CCIO. Deparando com
90 cálculo residual (CR), faz-se necessário uma nova abertura do
colédoco com retirada dos pontos da coledocorrafia, seguida
de coledocolitotomia e nova sutura do colédoco. Para evitar
esta nova abertura do colédoco, criamos a opção de realizar
uma CCIO com o colédoco aberto antes do seu fechamento
e após a sua exploração. Relato do Caso: Os autores
apresentam um vídeo com 2 explorações laparoscópicas da
VB por coledocotomia, onde foram abordados os coledocos,
um de calibre normal e outro dilatado, e após o clareamento
da VB, foi realizado, antes do fechamento do coleledoco,
as CCIO com o colédoco aberto, utilizando uma pinça de
Olsen para cateterizar a VB distal e proximal. Confirmada
o total clareamento da VB, os colédocos foram fechados e
uma nova CCIO controle foi realizada. Conclusão: A CCIO
pode e deve ser realizada antes do fechamento do colédoco
para a certificação do total clareamento da VB, evitando-se a
reabertura do colédoco após a coledocorrafia. A CCIO com
o coledoco aberto além de evitar a sua reabertura, diminui o
tempo cirúrgico quando da existência de um cálculo residual.
Trata-se de uma excelente opção técnica para os cirurgiões
que abordam o colédoco por videolaparoscopia.
Colangiografia nos Pacientes com
Papila de Vater Intradiverticular
Temário: Endoscopia / Colangiopancreatografia
endoscópica retrógrada
Autores / Nome para referência / Instituição: NELSON
MAEDA MACHADO / MACHADO, NM / HEB; ADRIANO VISCONTI
FACHIN / FACHIN, AV / HEB; MARCELO VASCONCELLOS ANGELOTTI
/ ANGELOTTI, MV / HEB; MÁRCIO AUGUSTO FERREIRA / FERREIRA,
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
MA / HEB; SORAIA MARIA FÉRES MAEDA / MAEDA, SMF / HEB; IRIO
GONÇALVES JÚNIOR / GONÇALVES JR., I / HEB.
Resumo
Introdução: O divertículo duodenal periampular tem incidên-
cia variável entre 5 e 23 %. É condição frequente em idosos
e acredita-se que esteja associado a uma maior incidência
de cálculos biliares. É condição descrita como dificultante da
canulação da via biliar. Objetivo: Avaliar os achados colan-
giográficos dos pacientes com papila de Vater localizada no
interior de um divertículo duodenal cfft submetidos à CPRE.
Material e Métodos: No período de novembro de 2003 a
agosto de 2011, foram realizadas 461 CPREs em 445 pacien-
tes, em nosso Serviço. Desses pacientes forma detectados di-
vertículos duodenais periampulares em 25 pacientes (5,6 %).
Resultados: A presença de divertículo duodenal periampular
foi observado em 25 pacientes. Sendo 12 (48 %) masculinos
e 13 (52 %) femininos. A idade variou de 59 a 91 anos, com
média de 69,1 anos. Não foi obtida a opacificação da via biliar
em 5 pacientes (20 %) nos 20 pacientes nos quais foi possível
a realização da colangiografia, uma dilatação da via biliar foi
observada em 18 pacientes (90 %) e destes 9 apresentavam
coledocolitíase associada. Um colangiograma considerado
normal foi observado em 2 pacientes (10 %). Conclusão: Po-
demos concluir que a incidência de divertículos duodenais pe-
ripapilares é de 5,6 % em nosso serviço. É alteração observada
no idoso, e apresenta taxa alta de falha da canulação biliar e
incidência elevada de dilatação da via biliar.
Colangite Recorrente com
Abscessos Hepáticos Secundário à
Estenose Pós-Cirúrgica de Via Biliar
Temário: Gastroenterologia / Pâncreas e Vias Biliares
Autores / Nome para referência / Instituição: SUELEN
APARECIDA DA SILVA MIOZZO / MIOZZO SAS / UFCSPA; JONATHAN
SOLDERA / SOLDERA J / UFCSPA; ANE MICHELI COSTABEBER /
COSTABEBER AM / UFCSPA; LIVIA CAPRARA LIONÇO / LIONÇO LC /
UFCSPA; GRAZIELLA RANGEL PANIZ / PANIZ GR / UFCSPA; MARCELO
FERREIRA NOGUEIRA / NOGUEIRA MF / UFCSPA; KARINA TRINDADE
TAVARES / TAVARES KT / UFCSPA.
Resumo
Introdução: A estenose crônica da via biliar pode levar à
formação de abscessos hepáticos pelo processo inflamatório
crônico da via biliar. Objetivo: Relatar um caso de abscessos
secundários a colangite recorrente por obstrução da via
biliar. Relato de Caso: Paciente do sexo feminino de 53
anos, colecistectomizada em 1995, apresentou quadro de
pancreatite biliar aguda em 1998. Submetida à CPRE, com
retirada de dois cálculos do colédoco. Após um mês, iniciou
com dor abdominal, icterícia e febre, sendo diagnosticada
colangite aguda por litíase intra-hepática e submetida à
hepatectomia segmentar e derivação biliodigestiva. Durante
pós-operatório apresentou abcessos subdiafragmáticos
drenados percutaneamente. Apresentou após persistência
da dilatação de vias biliares com episódios de dor,
icterícia e febre, sendo realizada colangiorressonância que
demonstrou abcessos hepáticos (um deles com necrose
central) e obstrução da árvore biliar esquerda de etiologia
indefinida. Submetida à CTPH, não sendo possível definir
etiologia da estenose e optado por colocação de dreno
externo e antibioticoterapia para tratamento dos abcessos,
que completou por 4 semanas com resolução radiológica.
Realizou nova CPTH com dilatação com balão da estenose
pós-cirúgica com melhora dos sintomas. Discussão: É
incomum o desenvolvimento de abscesso hepatico nessa
situação. Conclusão: A estenose de via biliar deve entrar
no diagnóstico diferencial das colangites recorrentes.
Colecistectomia Videolaparoscópica
em Situs Inversus Totalis
Temário: Cirurgia / Fígado
Autores / Nome para referência / Instituição: FABIANA
MATOS BARBOSA / BARBOSA, FM / HOSPITAL SÃO VICENTE - CURITIBA;
ANTONIO CARLOS ROSA SENA / SENA, ACR / HOSPITAL SÃO VICENTE -
CURITIBA; LUCIANA COLLAÇO / COLLAÇO, LW / HOSPITAL SÃO VICENTE
- CURITIBA; TIAGO KUCHNIR MARTINS DE OLIVEIRA / OLIVEIRA, TKM
/ HOSPITAL SÃO VICENTE - CURITIBA; GERALDO SEBBEN / SEBBEN,
G / HOSPITAL SÃO VICENTE - CURITIBA; FELIPE PEDROTI LOCATELLI /
LOCATELLI, FP / HOSPITAL SÃO VICENTE - CURITIBA; ANA PAULA NAGABE
/ NAGABE, AP / HOSPITAL SÃO VICENTE - CURITIBA; ANNA CAROLINA
BOTTI OLIVEIRA / OLIVEIRA, ACB / HOSPITAL SÃO VICENTE - CURITIBA.
Resumo
Relato de caso: Videocolcecistectomia em situs inversus
totalis. Objetivo: apresentar um vídeo de colecistectomia
em situs inversus totalis. Método: incisão supra umbilical,
visualização de localização de orgão e posicionamentos de
demais trocateres sob visão direta. Resultado: dissecção
de Trígono de Callot e visualização de ducto e artéria cis-
tica. Identificação de imagem em espelho perfeita compa-
rativamente à colecistectomia habitual, dissecção de ducto
e artéria cisticos e sua clipagem com posterior seccção.
Desperitonização de vesicula biliar de seu leito hepatico.
Conclusão: a videocolecistectomia em situs inversus tota-
lis apesar de incidência de 0,01%, segundo dados america-
nos é factível por cirurgiões experientes atentos à imagem
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
em espelho que a mesma se mostra para melhor posiciona-
mento do material de vídeo.
Colecistite Química após
Alcoolização de Carcinoma
Hepatocelular
Temário: Gastroenterologia / Fígado
Autores / Nome para referência / Instituição: SUELEN
APARECIDA DA SILVA MIOZZO / MIOZZO, SAS / UFCSPA; JONATHAN
SOLDERA / SOLDERA J / UFCSPA; LIVIA CAPRARA LIONÇO / LIONÇO,
LC / UFCSPA; ANE MICHELI COSTABEBER / COSTABEBER, AM /
UFCSPA; ALEX FINGER HÖRBE / HÖRBE, AF / UFCSPA.
Resumo
Introdução: Alcoolização percutanea é descrita como
terapia curativa em carcinoma hepatocelular (CHC)
<3cm, com redução da eficácia em lesões maiores. 91
Há relatos concordantes quanto à sua utilização em
pacientes aguardando transplante de fígado, embora com
pouca evidência quanto a melhora dos desfechos, sendo
a quimioembolização a modalidade mais comumente
utilizada Objetivo: Descrever um caso de colecistite
química após alcoolização de CHC. Relato do caso:
Paciente masculino, 56 a, cirrótico child A HCV+, em RMN
confirmou diagnóstico de CHC, descritos 4 nódulos típicos
nos segmentos VII 2.4cm, V 3.5cm, VIII 1.5cm e IV 1.6cm.
Arteriografia demonstrou duas lesões moderadamente
hipervasculares, segmento VII e segmento caudal do
lobo D, sendo quimioembolizada a lesão segmento VII;
como a lesão na região segmento V apresentava ramos
arteriais de fino calibre originados junto à artéria cística,
optado por alcoolização pelo risco de colecistite. Após
sessão complementar de alcoolização, apresentou quadro
sugestivo de colecistite química aguda, realizado manejo
conservador com resolução do processo. Discussão:
Alcoolização percutânea em lesões entre 3-5cm leva a
taxa de necrose tumoral de 50%, com baixa morbidade
e mortalidade <1%. Conclusão: Embora a colecistite
seja uma complicação mais frequentemente associada à
quimioembolização do CHC, neste caso essa complicação
ocorreu após alcoolização, com boa evolução clínica com o
manejo conservador descrito na literatura.
Coledocoduodenostomia Ecoguiada
e Passagem de Prótese Enteral na
Paliação do Câncer Avançado de
Pâncreas com Invasão Duodenal

Temário: Endoscopia / Ecoendoscopia
Autores / Nome para referência / Instituição: FLÁVIO
COELHO FERREIRA / FERREIRA, FC / HC-FMUSP; MARIANA SOUZA
VARELLA FRAZÃO / FRAZÃO, MSV / HC-FMUSP.
Resumo
Introdução: A drenagem biliar endoscópica via
transpapilar é o procedimento de escolha no manejo
da icterícia obstrutiva em pacientes com tumor de
pâncreas irressecável. Entretanto, a colangiografia
endoscópica retrógrada (CPER) não é conseguida
em 3% a 10% dos casos, mesmo quando realizada por
endoscopistas experientes. Alternativas ao método
incluem a drenagem transhepática percutânea com taxas
de complicação de até 30% e a cirurgia com elevados
índices de morbimortalidade. Casuística: Os autores
apresentam vídeo de coledocoduodenostomia ecoguiada
para drenagem da via biliar em paciente com neoplasia
obstrutiva e irressecável de pâncreas associada a
92 passagem de prótese duodenal por obstrução tumoral.
Método: A drenagem de via biliar foi conseguida por
punção ecoguiada através do tumor, com porção distal em
região duodenal. A confirmação da punção foi realizada
após injeção de contraste. A passagem de prótese metálica
Autoexpansível e parcialmente recoberta foi efetuada após
introdução de fio-guia. Necessária também passagem de
prótese duodenal devido obstrução duodenal. Resultado:
O paciente evoluiu bem, com melhora clínica e laboratorial
por período de seguimento de 150 dias. Conclusão: A
coledocoduodenostomia ecoguiada tem se demonstrado
como método alternativo à cirurgia e a drenagem percutânea
nos casos de neoplasia irressecável com obstrução biliar
e falha da CPER. A colocação de prótese enteral é opção
adequada na paliação da obstrução gastroduodenal.
Coledocoduodenostomia
Ecoguiada para Drenagem
Biliar em Neoplasia Pancreática
Irressecável
Temário: Endoscopia / Ecoendoscopia
Autores / Nome para referência / Instituição: FLÁVIO
C OELHO F ERREIRA / F ERREIRA , F C / H C-F MUSP ; M ARIANA S OUZA
V ARELLA F RAZÃO / FRAZÃO , M SV / H C-F MUSP ; G USTAVO MELO
B ENEVIDES / B ENEVIDES , G M / H C -FMUSP ; L UCIANA C LEAVER A UN
/ A UN , LC / HC-FMUSP ; C ARLOS ANDRÉ B ASTIAN / BASTIAN , CA
/ H C-FMUSP ; EDUARDO GUIMARÃES HOURNEAUX DE M OURA /
M OURA , E GH / HC -FMUSP ; PAULO SAKAI / SAKAI , P / H C -F MUSP ;
E VERSON LUIZ ALMEIDA ARTIFON / A RTIFON , E LA / HC-F MUSP .
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
Resumo
Introdução: A drenagem biliar endoscópica via transpa-
pilar é o procedimento de escolha no manejo da icterícia
obstrutiva em pacientes com tumor de pâncreas irresse-
cável. Entretanto, a colangiografia endoscópica retrógrada
(CPER) não é conseguida em 3% a 10% dos casos, mesmo
quando realizada por endoscopistas experientes. Alterna-
tivas ao método incluem a drenagem transhepática percu-
tânea com taxas de complicação de até 30% e a cirurgia
com elevados índices de morbimortalidade. Alguns auto-
res têm reportado o uso da ecoendoscopia como método
alternativo para drenagem biliar, com sucesso e taxas de
complicações aceitáveis, com objetivo de evitar a deriva-
ção cirúrgica. Casuística: Os autores apresentam vídeo
de coledocoduodenostomia ecoguiada para drenagem da
via biliar em paciente com neoplasia obstrutiva e irresse-
cável de pâncreas. Método: A drenagem de via biliar foi
conseguida por punção ecoguiada através do tumor, com
porção distal em região duodenal. A confirmação da pun-
ção foi realizada após injeção de contraste. A passagem de
prótese metálica Autoexpansível e parcialmente recoberta
foi efetuada após introdução de fio-guia. Resultado: O pa-
ciente evoluiu bem, com melhora clínica e laboratorial por
período de seguimento de 45 dias. Conclusão: A cole-
docoduodenostomia ecoguiada tem se demonstrado como
método alternativo à cirurgia e a drenagem percutânea nos
casos de neoplasia irressecável com obstrução biliar e falha
da CPER.
Colelitíase Sintomática em Paciente
Pediátrico – Relato de Caso
Temário: Gastroenterologia / Pâncreas e Vias
Biliares
Autores / Nome para referência / Instituição: CARLOS
FREDERICO PORTO ALEGRE / PORTO ALEGRE, CF / HOSPITAL SANTA
CASA DE MISERICÓRDIA/RJ - 18ª ENFERMARIA; HELIO RZETELNA /
RZETELNA, H / HOSPITAL SANTA CASA DE MISERICÓRDIA/RJ - 18ª
ENFERMARIA; MARIO KIRZNER / KIRZNER, M / HOSPITAL SANTA
CASA DE MISERICÓRDIA/RJ - 18ª ENFERMARIA; RUBENS BASILE
/ BASILE, R / HOSPITAL SANTA CASA DE MISERICÓRDIA/RJ - 18ª
ENFERMARIA; CAMILA MARQUES DE A. BARRETO / BARRETO, CMA
/ HOSPITAL SANTA CASA DE MISERICÓRDIA/RJ - 18ª ENFERMARIA;
DANIELLA DE ARAUJO CAVALCANTI / CAVALCANTI, DA / HOSPITAL
SANTA CASA DE MISERICÓRDIA/RJ - 18ª ENFERMARIA; MARTA
LUCIA C.GALVÃO ALVES / GALVÃO ALVES, MLC / HOSPITAL SANTA
CASA DE MISERICÓRDIA/RJ - 18ª ENFERMARIA; JOSÉ GALVÃO ALVES
/ GALVÃO ALVES, J / HOSPITAL SANTA CASA DE MISERICÓRDIA/RJ -
18ª ENFERMARIA.
Resumo
Introdução: Diagnóstico de doença da vesícula biliar em
paciente pediátrico. Objetivo: Relatar um caso de colelitíase
sintomática em paciente pediátrico, após sintomas gastrointes-
tinais. Método: Paciente com 01 ano, branca, feminina, come-
ça apresentar choro forte, associado a náuseas e vômitos após
ingesta alimentar e amamentação; apresentava febrícula (tax:
37,4), inapetência e diminuição de pega mamaria. Foi levada a
emergência pediátrica, sendo avaliada e realizado uma UDG
abdominal total, com diagnóstico de múltiplos cálculos em
vesícula biliar, sem sinais de dilatação extra-hepática, padrão
colelitíase. Realizada hidratação venosa, analgésicos, anti-
eméticos e indicado colecistectomia após melhora do quadro
(03 dias). Conclusão: A colelitíase no recém nato e infante é
mais rara, e em evidência de múltiplos cálculos e possibilidade
de reincidência, deve se indicar a colecistectomia profilática,
evitando assim novos eventos dispépticos ou infecciosos.
Colestase por Aneurisma de Artéria
Hepática Comum – Relato de um Caso
Temário: Cirurgia / Miscelânia
Autores / Nome para referência / Instituição: FÁBIO
GERMANY / GERMANY, F / UFPEL; IVAN NEUZTLING LUDTKE / LUDTKE, IN /
UFPEL; JÚLIA PINTO TRINDADE / TRINDADE, JP / UFPEL; ELIAS FERRONATO
/ FERRONATO, E / UFPEL; CRISTIANE BECKER NEUTZLING / NEUTZLING,
CB / UFPEL; FÉLIX ANTÔNIO INSSAURIAGA DOS SANTOS / SANTOS, FAI /
UFPEL; MARCUS KLAY SILVEIRA CHIATTONI / CHIATTONI, MKS / UFPEL;
LYSANDRO ALSINA NADER / NADER, LA / UFPEL.
Resumo
Os aneurismas de artéria hepática são raros e seu diagnóstico
é difícil antes de sua ruptura, devido aos sintomas escassos e
inespecíficos, sendo assim uma patologia de grande mortalidade.
Podem estar associados com icterícia colestática por compressão
extrínseca e hemorragia digestiva alta. Segue relato de caso de
uma paciente feminina, 26 anos, negra, natural e procedente de
São Lourenço do Sul–RS, há dois meses com dor abdominal em
cólica e icterícia ocular. Após, apresentou acolia, colúria e pio-
ra da dor. Histórico familiar de aneurismas de aorta. TC revelou
aneurisma de artéria hepática comum causando compressão da
via biliar principal extrinsecamente. Acabou sendo realizado tra-
tamento cirúrgico de urgência devido à instabilização hemodinâ-
mica, com sangramento digestivo maciço, intervenção na qual se
procedeu a ligadura da artéria no colo aneurismático. Posterior-
mente, foi realizada hepaticojejunoanastomose para drenagem da
via biliar. Destaca-se a importância do diagnóstico precoce e da
diferenciação com colestase litiásica com fins de diminuição da
morbi-mortalidade.
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
Colite Induzida por Dabigatrana -
Relato de Caso
Temário: Gastroenterologia / Intestino
Autores / Nome para referência / Instituição: RENATA
BRANDALISE / BRANDALISE, R / HSPE; DANIEL PACHECO DA COSTA /
COSTA, DP / HSPE; MILENA PEREZ MOREIRA / MOREIRA, MP / HSPE; LUCIA
MARA PALOMO / PALOMO, LM / HSPE; DÉBORA DOURADO POLI / POLI, DD
/ HSPE; PAULA BECHARA POLETTI / POLETTI, PB / HSPE; MONICA SALUM
VALVERDE BORSOI VIANA / VIANA, MSVB / HSPE; LIVIA MELO CARONE
LINHARES / LINHARES, LMC / HSPE.
Resumo
Introdução: A dabigatrana é um novo inibidor direto da trombina,
utilizada por via oral, utilizada para anticoagulação profilática de
pacientes em pós-operatório de artroplastias de quadril e joelho.
Até o momento não há relato de colite induzida por esta medicação.
Objetivo: Relatar o caso de uma paciente que apresentou
um quadro de retocolite indeterminada grave, possivelmente
associada ao uso da dabigatrana. Relato do caso: Paciente do 93
sexo feminino, 63 anos, previamente hipertensa, obesa mórbida
e diabética, internou-se para realizar artroplastia de joelho. No
pós-operatório (PO) foi prescrito a dabigatrana para profilaxia de
tromboembolismo venoso. Não houve uso de anti-inflamatórios
não esteroidais. No 6º PO a paciente evoluiu com enterorragia
e instabilidade hemodinâmica, sendo transferida para a unidade
de terapia intensiva. Foi realizada colonoscopia com preparo
retrógrado, sendo possível a visualização até o final do cólon
transverso, verificando-se uma pancolite úlcerativa indeterminada,
com acometimento de reto. O resultado das biópsias mostrou
apenas colite crônica inespecífica. Culturas e pesquisa da
toxina do Clostridium foram negativas. Conclusão: No caso
relatado, devido às comorbidades da paciente, é possível que o
diagnóstico correto fosse de uma colite isquêmica. No entanto,
o acomentimento de reto é raro nesta entidade, o que nos fez
considerar a possibilidade de um diagnóstico alternativo, como
uma colite induzida por medicação, no caso, a dabigatrana.
Como não Tratar Fístula Gastrocólica
de Apresentação Tardia após
Gastrostomia Endoscópica Percutânea
– Relato de Caso
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para referência / Instituição: FLÁVIO
COELHO FERREIRA / FERREIRA, F.C. / HCFMUSP; GUSTAVO MELO BENEVIDES
/ BENEVIDES, G.M. / HCFMUSP; TIAGO NEPOMUCENO DE SABOIA
MONT‘ALVERNE / MONT‘ALVERNE, T.N.S. / MONT‘ALVERNE; EDUARDO
GUIMARÃES HOURNEAUX DE MOURA / MOURA, E.G.H. / HCFMUSP;

EVERSON LUIS ARTIFON / ARTIFON, E.L. / HCFMUSP; PAULO SAKAI / SAKAI,
P. / HCFMUSP.
Resumo
Introdução: A gastrostomia endoscópica percutânea (PEG) é
método seguro e largamente usado para nutrição enteral. Entre-
tanto, podem advir complicações, algumas tardias, que devem
ser corretamente diagnosticadas e manejadas. Objetivo: Re-
latar complicação tardia de PEG e discutir o melhor tratamento.
Relato de Caso: Paciente masculino, 79 anos, com demência
senil, DPOC, HAS e DM. Fora submetido a PEG 2 anos antes da
apresentação, não havendo troca de sonda neste período. Após
1ª. troca por técnica de tração, sem auxílio de endoscopia (EDA),
evolui com secreção de aspecto fecaloide por orifício de dreno e
distensão abdominal. Realizado exame contrastado por PEG, com
laudo referido como posição tópica. Após dois dias, com quadro
clínico inalterado, foi submetido à EDA que visualizou orifício de
PEG em cicatrização e em seguida a TC abdominal, demonstrando
balonete em cólon transverso. Orientado a retirada de sonda e
94 tamponamento, foi submetido, por decisão unilateral da equipe
cirúrgica, a laparotomia com rafia de cólon e nova gastrostomia.
Evoluiu com pneumonia no pós-operatório (PO), vindo a falecer
no 30º. dia PO com septicemia de origem pulmonar. Discussão:
Apesar de rara, o tratamento de fístulas gastrocólicas de apresen-
tação tardia pode ser expectante, com tamponamento do orifício
cutâneo e clipagem do orifício gástrico, evitando-se a morbidade
cirúrgica em pacientes debilitados. Conclusão: Deve-se pre-
conizar o tratamento com menor invasibilidade possível em tais
casos.
Como Suspeitar de Doença Celíaca
Temário: Gastroenterologia / Intestino
Autores / Nome para referência / Instituição: HUGO
DE LACERDA WERNECK JR / WERNECK JR, HL / CLÍNICA PARTICULAR;
ABRAHÃO EMÍDIO PEDREIRA DE ALBUQUERQUE / ALBUQUERQUE, AEP /
CLÍNICA PARTICULAR.
Resumo
Introdução: O objetivo deste estudo é avaliar o quadro clínico
da Doença Celíaca a fim de melhor reconhecer e entender a en-
fermidade. Os autores apresentam os principais sinais, sintomas
e alterações laboratoriais em 52 pacientes na ocasião do diag-
nóstico. A Idade de início dos sintomas também é apresentada.
Método: Durante um período de três anos, de janeiro/2008 a
dezembro/2010, cinquenta e dois pacientes foram diagnostica-
dos portadores de Doença Celíaca numa clínica particular em São
Paulo. O estudo consistiu em comparar sinais, sintomas e altera-
ções laboratoriais nesses pacientes. Resultados: Houve 16 pa-
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
cientes (30,7%) que não apresentavam qualquer sintoma, porém
apresentavam pelo menos uma alteração laboratorial. O sintoma
mais prevalente foi diarreia (30,7%). Entre as alterações labora-
toriais as mais frequentes foram baixo índice de hemoglobina e
ferritina (38,4%). A idade de início dos sintomas variou de 16 a
53 anos, com maior incidência entre os 21 e 30 anos (38%). A
relação entre sexo masculino e feminino foi de 1:4. Conclusão:
O diagnóstico de Doença Celíaca nem sempre é fácil, pois a apre-
sentação clínica é muito variável. Algumas vezes não há sintomas,
mas apenas alterações laboratoriais.
Comparação de Performance
entre Esfincterotomia Endoscópica
Pré-Operatória Associada à
Colecistectomia Laparoscópica
e Exploração de Vias Biliares
Laparoscópica
Temário: Cirurgia / Fígado
Autores / Nome para referência / Instituição: NERTAN
LUIZ TEFILLI / TEFILLI, NL / HOSPITAL UNIVERSITÁRIO CAJURU - PUC/PR;
LUIZ CARLOS VON BAHTEN / VON BAHTEN, LC / HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
CAJURU - PUC/PR; JOSÉ SAMPAIO NETO / SAMPAIO-NETO, J / HOSPITAL
UNIVERSITÁRIO CAJURU - PUC/PR; LEANDRO BILLÓ / BILLÓ, L / HOSPITAL
UNIVERSITÁRIO CAJURU - PUC/PR; RAFAEL WILLIAM NODA / NODA, RW
/ HOSPITAL UNIVERSITÁRIO CAJURU - PUC/PR; THIENES MARIA DA
COSTA LIMA / LIMA, TMC / HOSPITAL UNIVERSITÁRIO CAJURU - PUC/
PR; JOSÉ FERNANDO PEREIRA RODRIGUEZ / RODRIGUEZ, JFP / HOSPITAL
UNIVERSITÁRIO CAJURU - PUC/PR; THAÍSA SAMI NAKADOMARI /
NAKADOMARI, TS / HOSPITAL UNIVERSITÁRIO CAJURU - PUC/PR.
Resumo
Introdução: Apesar do aumento da exploração de vias biliares
laparoscópica, a CPRE persiste sendo o tratamento usual para
litíase das vias biliares. Contudo, há potenciais desvantagens
da combinação de colecistectomia VL e CPRE, como teórico
risco aumentado de recidiva e neoplasia por refluxo biliar
pela perda do tônus esfincteriano até gastos e permanência
hospitalares aumentados. Métodos: Uma análise retrospectiva
foi conduzida em pacientes com LVB e vesícula biliar tópica
submetidos a EVBL ou manejo combinado com CPRE e CL
posterior em hospital universitário. Resultados: Um total de
47 pacientes com LVB foram avaliados; 25 foram submetidos à
tentativa de EVBL, enquanto 22 a CPRE com posterior CL. A
taxa de sucesso foi de 96% quando realizada EVBL e 86.4%
para CPRE. Coledocotomia ou derivações bileodigestivas foram
utilizadas no grupo EVBL. No seguimento não houve recidivas
em ambos grupos. Morbidade ocorreu em 12% no grupo
EVBL, somente por fístulas biliares. Não houve complicações
maiores no grupo CPRE. Pancreatite leve ocorreu em 8%
de EVBL e 18% de CPRE pré-operatória. A permanência
hospitalar foi 5.5 dias para EVBL e 7.8 dias para CPRE. Não
houve mortalidade hospitalar nos grupos. Conclusão: A
EVBL mostrou ser um método efetivo e seguro no tratamento
da LVB em pacientes com vesícula biliar tópica. EVBL e CPRE
combinada são semelhantes, aquela tendendo a superioridade
principalmente quando comparados tempo de internamento e
taxa de sucesso no clareamento das vias biliares.
Comparação do Ganho Estetico
Cirúrgico com Uso “Alternative
Port Site Selection” (APSS) em
Colecistectomias
Temário: Cirurgia / Miscelânia
Autores / Nome para referência / Instituição:
MARCUS VINICIUS DE ANDRADE CHALAR DA SILVA / CHALAR DA
SILVA, MARCUS VINICIUS DE ANDRADE / HOSPITAL GARAVELO;
MAXLEY MARTINS ALVES / ALVES, MAXLEY MARTINS / HOSPITAL
SANTA GENOVEVA; MARCO AURELIO GONÇALVES DE ANDRADE
BARBOSA / BARBOSA,MARCO AURELIO GONÇALVES DE ANDRADE
/ HOSPITAL SANTA GENOVEVA; DIONISIO FERREIRA DE ALMEIDA /
ALMEIDA, DIONISIO FERREIRA / HOSPITAL GARAVELO.
Resumo
Realizamos um trabalho entre maio de 2010 e agosto de 2011,
no qual foram realizados 37 procedimentos pela técnica Alter-
native Port Site Selection(APSS). Foram realizados 26 proce-
dimentos sob anestesia geral e 11 sob raquianestesia. Todos
os pacientes foram classificados em classe I ou II da Socieda-
de Americana de Anestesia. A amostra apresenta 83,78% de
pacientes do sexo feminino, com idade máxima de 65 anos e
média de 35. Punção com trocater de 5 mm com introdução
de ótica de 30 graus após pneumoperitôneo.O segundo e ter-
ceiros trocateres de 5 mm são posicionados em região supra-
púbica, lateralmente ao músculo reto abdomina.Ressalta-se a
posição dos trocateres sob a linha de implante do pelo púbi-
co, a “marca do biquíni”. A ótica é transferida para o trocater
suprapúbico esquerdo e o cirurgião, trabalha com as pinças
nos demais trocateres. A sequência cirúrgica segue a técnica
de colecistectomia laparoscópica. Utilizam-se habitualmente
clipes de 5 mm para ligadura do ducto e da artéria císticas.
A vesícula é retirada através de bolsa protetora pela incisão
umbilical. O tempo médio de cirurgia do nosso grupo de 36,13
minutos. Todas as cirurgias foram realizadas com êxito, sem
necessidade de conversão em qualquer outra técnica. Os pa-
cientes foram interrogados no sétimo e no 30 dias da cirurgia
com ótima aceitação do ganho estético final.
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
Comparação entre a
Concordância da Ecoendoscopia
e da Ressonância Magnética na
Determinação da Distância entre
Tumores Retais e o Esfíncter Anal
Temário: Endoscopia / Ecoendoscopia
Autores / Nome para referência / Instituição: DANIEL
CAVALCANTE / CAVALCANTE, D. / ISCMSP; MAURÍCIO SAAB ASSEF /
ASSEF, M.S. / ISCMSP; ROGÉRIO COLAIÁCOVO / COLAIÁCOVO, R.
/ ISCMSP; JÚLIA ARAÚJO / ARAÚJO, J. / ISCMSP; SHEILA SANTOS
FILIPPI / FILIPPI, S.S. / ISCMSP; WILMAR ARTHUR KLUG / KLUG,
W.A. / ISCMSP; LUCIO ROSSINI / ROSSINI, L. / ISCMSP; BRUNO DE
CAMPOS ALMEIDA / ALMEIDA, B.C. / ISCMSP.
Resumo
Introdução: O estadiamento preciso do câncer colorretal
é na terapêutica dos pacientes. Tradicionalmente, tem sido
realizado através da tomografia computadorizada (TC) e da 95
ressonância nuclear magnética (RM). A distância ente a
porção mais distal do tumor e o esfíncter anal interno (EAI)
é dado indispensável para definição da abordagem cirúrgi-
ca. Não há na literatura estudos específicos sobre a avalia-
ção da distância entre o tumor de reto e o esfíncter anal.
Objetivo: Avaliar a concordância da RM e da ecoendos-
copia endoanal (EE) radial e setorial, em comparação com
a peça cirúrgica, na determinação da distância entre os tu-
mores retais e o esfíncter anal interno. Casuística: 21 pa-
cientes portadores de tumor de reto submetidos à amputa-
ção abdominoperineal e que realizaram, no pré-operatório
RM e EE com medida da distância entre a neoplasia e a EAI
em centímetros. Métodos: Estudo de série de casos, pros-
pectivo. A análise estatística foi realizada com o teste de
Pearson para determinação da concordância da medida de
cada método com o do padrão-ouro (peça cirúrgica(PC)).
Resultados: A concordância da RM foi r= 0,04, da EE ra-
dial r=0,57 e da EE linear r=0,64. Houve maior concordân-
cia estatisticamente significativa da EE em relação à RM,
porém sem diferença entre as duas modalidades de EE (ra-
dial e linear). Conclusão: Na avaliação da distância entre
a borda distal dos tumores retais e o EAI, a ecoendoscopia
mostrou concordância superior à RM.
Comparação entre a Cromoscopia
e o NBI na Detecção de Displasias
Colônicas em Pacientes com Doença
Inflamatória Intestinal: Estudo
Randomizado e Controlado

Temário: Gastroenterologia / Intestino
Autores / Nome para referência / Instituição: FLÁVIO DE
CASTRO FEITOSA / FEITOSA, FC / DEPARTAMENTO DE GASTROENTEROLOGIA DA
FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO; ALEXANDRE DE
SOUSA CARLOS / CARLOS, AS / DEPARTAMENTO DE GASTROENTEROLOGIA DA
FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO; JOSÉ GUILHERME
NOGUEIRA / NOGUEIRA, JG / DEPARTAMENTO DE GASTROENTEROLOGIA DA
FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO; HUMBERTO
KISHI / KISHI, H / DEPARTAMENTO DE PATOLOGIA DA FACULDADE DE
MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO; CLÁUDIO L HASHIMOTO /
HASHIMOTO, CL / DEPARTAMENTO DE GASTROENTEROLOGIA DA FACULDADE
DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO; FLAIR CARRILHO /
CARRILHO, F / DEPARTAMENTO DE GASTROENTEROLOGIA DA UNIVERSIDADE
DE SÃO PAULO; ADERSON OMAR MOURA CINTRA DAMIÃO / DAMIÃO, AOMC
/ DEPARTAMENTO DE GASTROENTEROLOGIA A FACULDADE DE MEDICINA DA
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO.
Resumo
96 Introdução: Pacientes com DII têm risco aumentado de displasias
colônicas após 8 anos, desde o diagnóstico. Técnicas que melho-
rem a capacidade diagnóstica destas displasias são de interesse
científico. Métodos: O NBI é descrito como método comparável à
cromoscopia na detecção de diversas neoplasias do trato digestivo
superior e respiratório. As duas técnicas foram comparadas neste
estudo, em pacientes com DII após 8 anos do diagnóstico. Resul-
tados: 29 pacientes foram randomizados (13 para cromoscopia
e 16 para o NBI). 61,5% e 68,75% dos pacientes eram do sexo
feminino, com idade média de 50,3 e 49,5 anos, nos grupos cro-
moscopia e NBI, respectivamente. As médias de tempo de doença
foram 15,3 (DP 6,5 anos 2) e 15,9 anos (DP 9,0 anos2), para a
cromoscopia e para o NBI. 53,8% dos pacientes no grupo cromos-
copia e 56,3% no grupo NBI tinham Crohn. Os grupos eram seme-
lhantes quanto aos dados epidemiológicos, localização e gravidade
da DII. 30% dos pacientes no grupo NBI apresentaram alguma le-
são displásica ao exame, enquanto nenhum paciente no grupo NBI
apresentou tais lesões (Qui-quadrado ∑=4,13 >∑ crítico 3,841, α=
5%). Foram encontrados dois adenomas displásicos e uma lesão
do tipo DALM. Quando analisamos com a correção do teste de
correção de Yates para amostras pequenas, observamos um ∑=2,0
<∑ crítico 3,841 (α= 5%). Conclusão: Não houve diferença es-
tatística entre as técnicas, porém há uma forte tendência estatística
de superioridade da cromoscopia, comparada ao NBI.
Comparação entre a Prevalência
de Marcadores das Hepatites B e C
entre Dois Grupos de Homossexuais
Masculinos
Temário: Gastroenterologia / Fígado
Autores / Nome para referência / Instituição: AMÉRICO
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
DE OLIVEIRA SILVÉRIO / SILVÉRIO, AO / PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE
CATÓLICA DE GOIÁS; MARCOS VINICIUS MILKI / MILKI, MV / PONTIFÍCIA
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS; FERNANDO VIANNA CABRAL PUCCI
/ PUCCI, FVC / PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS; MARTHA
ARAÚJO ALENCAR BRANDÃO DO VALE / VALE, MAAB / PONTIFÍCIA
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS; ROBERTO GONÇALVES DE FARIA
JÚNIOR / FARIA JÚNIOR, RG / PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA
DE GOIÁS; TALLITA CARDOSO E SOUZA / SOUZA, TS / PONTIFÍCIA
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS; RAQUEL FRANCINE BUNDCHEN
ULLMANN / ULLMANN, RFB / PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA
DE GOIÁS; CAROLINA TURCHI RIBEIRO / RIBEIRO, CT / PONTIFÍCIA
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS.
Resumo
Introdução: No mundo cerca de 360 milhões de pessoas so-
frem de infecção crônica pelo vírus da hepatite B (VHB) e 350
milhões pelo vírus da hepatite C (VHC). Essa alta prevalência
deve-se ao fato desses vírus serem altamente infectíveis e facil-
mente transmitidos através da via sexual, transfusões de san-
gue ou por procedimentos médico-odontológico. Objetivos:
Avaliar a prevalência de marcadores séricos do VHB e VHC em
duas populações de homossexuais masculinos. Casuística:
40 homossexuais masculinos. Métodos: Aplicamos um ques-
tionário de vida e coletamos amostras de sangue para a pesqui-
sa de marcadores da hepatite B (HBs-Ag, anti-HBs, anti-HBc
total) e da hepatite C (anti-HCV). Resultados: 2/40 (5,0%)
indivíduos apresentaram marcadores compatíveis com hepati-
te crônica, 9 (22,5%) hepatite curada e 10 (25,0%) perfil de
imunidade pós vacinal. Não houve casos de anti-HCV positivo.
Quando os dividimos em dois grupos: grupo A composto por
22/40 (55,0%) indivíduos travestis, média de idade 24,7 ± 6,2;
e grupo B composto por 28/40 (45,0%) indivíduos garotos de
programa, média de idade 26,0 ± 11,8 (p=0,7). A prevalência
de hepatite crônica, hepatite curada e pacientes vacinados foi
de 2 (9,1%), 6 (27,3%) e 6 (27,3%) para o grupo A e de 0 (0%),
3 (16,7%) e 4 (22,2%) para o grupo B (p=0,5). Conclusão: A
alta prevalência observada de marcadores para o VHB (27,5%)
obriga mais esforços de medidas preventivas. Os dados confir-
mam o baixo risco de transmissão sexual do vírus C.
Complicação de Cisto Hepático
Simples Sintomático – Relato de
Caso
Temário: Cirurgia / Fígado
Autores / Nome para referência / Instituição: ROSANA
HAPSI ISA / ISA, RH / PUCPR; SORAYA LÚCIA NERES DE SOUZA / SOUZA,
SLN / PUCPR; ANA CRISTINA ISA / ISA, AC / PUCPR.
Resumo
A lesão cística do fígado definida como uma cavidade de
líquido revestida por epitélio tem sido diagnosticada com
maior frequência, devido às técnicas de imagem. Esta le-
são aumenta com a idade e prevalece no sexo feminino.
Relatar o caso de uma paciente com cisto hepático sinto-
mático complicado e sua conduta. Relato de evolução de
caso clínico: M.R.S., 58 anos, encaminhada ao Hospital de
Santa Casa de Misericórdia de Curitiba/PR, para tratamen-
to cirúrgico de cisto hepático simples sintomático compli-
cado. A paciente iniciou há 3 anos com dor abdominal tipo
cólica em hipocôndrio esquerdo, com piora após a ingestão
de alimentos gordurosos; náuseas e vômitos. A paciente
foi admitida em bom estado geral,exame físico abdome
globoso,indolor a palpação, RHA presentes. US Presença
de volumoso cisto hepático com 474, 8ml de volume. TAC
presença de cisto hepático medindo 11x8 cm. A paciente
evoluiu com dor brusca em hipocôndrio direito associado a
febre, sendo observado hemorragia intracística,submetida
a tratamento cirúrgico com boa evolução. A grande maioria
dos cistos simples não requer tratamento. Entretanto, nos
cistos sintomáticos ou complicados, com icterícia, infecção,
hemorragia intracística ou rotura, está indicado o tratamen-
to cirúrgico. A técnica mais utilizada é o destelhamento
do cisto via laparoscópica. No caso relatado, inicialmente
a conduta deveria ser expectante, com a complicação do
quadro, o tratamento cirúrgico foi necessário.
Complicação Neurossensitiva após
Colocação de Balão Intragástrico
Temário: Cirurgia / Obesidade
Autores / Nome para referência / Instituição: CINTIA
MORAES LIMA DOS SANTOS / SANTOS, CML / HOSPITAL DO SERVIDOR
PÚBLICO ESTADUAL - IAMSPE; DÉBORA DOURADO POLI / POLI, DD /
HOSPITAL DO SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL - IAMSPE; ARY TERRA DE
VASCONCELLOS / VASCONCELLOS, AT / HOSPITAL DO SERVIDOR PÚBLICO
ESTADUAL - IAMSPE; HELENITA SIPAHI / SIPAHI, H / HOSPITAL DO
SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL - IAMSPE; MICHELLE C. HARRIZ / HARRIZ,
MC / HOSPITAL DO SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL - IAMSPE; GERSON
MORAES / MORAES, G / HOSPITAL DO SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL
- IAMSPE; MILENA PEREZ MOREIRA / MOREIRA, MP / HOSPITAL DO
SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL - IAMSPE; PAULA BECHARA POLETTI /
POLETTI, PB / HOSPITAL DO SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL - IAMSPE.
Resumo
Introdução: o uso de balão intragástrico é comum em
pacientes com obesidade. Objetivo: Relatar caso de
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
paciente submetida à colocação de balão intragástrico e
complicação neurossensorial. Relato do caso: Paciente
feminina, 27 anos, submetida à colocação de balão intra-
gástrico em 14/01/2011 (IMC: 34,35), sendo retirado dis-
positivo em 01/04/2011, após perda de 22kg (23,15%) e a
associação de epigastralgia e vômitos. Após procedimento,
paciente evoluiu com quadro súbito de vômitos, parestesia
em MMII, astenia, hipoacusia, fala lentificada e zumbido.
Apresentava-se com alteração sensitivo-motora e ataxia
axial; em exame audiométrico, observado perda neuros-
sensorial bilateral, baixa discriminação de pesquisa de re-
flexos, sendo o exame prejudicado por intolerância ao som;
BERA (Brain Evoked Response Audiometry) não realizado
por intolerância ao som. Não foram observados distúrbios
hidroeletrolíticos, hipovitaminoses, sorologias, alterações
liquóricas, endoscópicas ou psicopatológicas. Iniciada re-
posição empírica de vitaminas do complexo B, tiamina e
ácido fólico, paciente evoluiu com melhora progressiva dos
sintomas iniciais. Discussão: Descrevemos paciente com
distúrbios neurossensitivos após a colocação e retirada de
balão intragástrico, o que pode estar associado à rápida 97
perda ponderal e alterações de eletrólitos, vitaminas e mi-
nerais não mensuráveis. Conclusão: São necessários es-
tudos sobre associação do balão intragástrico, desnutrição
e distúrbios neurossensoriais.
Complicações em Cirurgia
Bariátrica: como evitá-las
Temário: Cirurgia / Obesidade
Autores / Nome para referência / Instituição: VICTOR
DIB / DIB. VRM / INSTITUTO VICTOR DIB.
Resumo
Objetivo: Demostrar aa ocorrência de complicações cirúr-
gicas precoces e tardias, que se seguem ao bypass gás-
trico e gastrectomia vertical, bem como chamar a atenção
para monobras técnicas que visam reduzir sua ocorrência.
Métodos: Após a realização de 1826 cirurgias bariátricas
por vídeo, com índices de complicações cirúrgicas corres-
pondendo aos da literatura mundial, chamou-nos a atenção
o incremento nestes índices, que se seguiram após algu-
mas modificações técnicas na confecção da jejuno-jejuno
anastomose e da gastrectomia vertical. O retorno ao padrão
técnico habitual fez baixarem novamente estes índices. Su-
gerimos, por tanto, o que não fazer para evitarmos compli-
cações adicionais. Conclusões: A padronização técnica
da cirurgia bariátrica deve ser buscada e a quebra neste
rigor técnico pode incorrer em aumento das complicações.

Complicações Arteriais Pós
Transplante de Fígado nas Eras Pré
e Pós- Meld em Equipe de Baixo
Volume
Temário: Cirurgia / Fígado
Autores / Nome para referência / Instituição: TOMAZ
DE JESUS MARIA GREZZANA FILHO / GREZZANA FILHO, TJM / HCPA;
ALJAMIR DUARTE CHEDID / CHEDID, AD / HCPA; CLEBER ROSITO PINTO
KRUEL / KRUEL CRP / HCPA; ALEXANDRE ARAÚJO / ARAÚJO, A / HCPA;
SAMANTA DE ROSSI / DE ROSSI, S / UFRGS; LISIANE TREIS / TREIS, L
/ UFRGS; MARIO REIS ÁLVARES-DASSILVA / ÁLVARES-DA-SILVA, MR /
UFRGS; CLEBER DARIO PINTO KRUEL / KRUEL, CDP / UFRGS.
Resumo
Introdução: Complicações arteriais podem ser causa de
perda do enxerto e de mortalidade após transplante de
fígado. Neste estudo, os autores analisaram a incidência,
tratamento e resultados das complicações arteriais em
98
pacientes que realizaram transplante de fígado no HCPA.
Método: Entre 01/2002 e 07/2011 foram realizados 125
transplantes em 124 pacientes. Os grupos foram divididos por
período Pré-Meld (n=45) e Pós Meld (n=80). Resultados:
A incidência global de complicações arteriais foi de 10/125
(8%), sendo 6/45 Pré-Meld (13.3%) e 4/80 Pós-Meld
(5%), P=NS. A taxa de óbito destas complicações foi de
4/10 (40%), sendo 3/6 (50%) no Pré-Meld e 1/4 (25%) no
Pós-Meld. A complicação mais frequente foi a trombose da
artéria hepática em 7/125 (5,6%), sendo 4/45 (8,9%) na
era Pré-Meld e 3/80 (3.8%) Pós-Meld, P=NS. Estenose da
artéria hepática foi observada em 2/125(1.6%), enquanto a
síndrome de roubo da artéria esplênica em 1/125(0,8%). Das
tromboses arteriais, 4 foram reconstruídas após diagnóstico
precoce e sem presença de sintomas, com sucesso em 3/4
(75%). No caso com desfecho desfavorável, foi utilizada
a artéria esplênica para correção, com evolução inicial
favorável, porém com desenvolvimento de fístula pancreática
e ruptura com hemorragia. Conclusão: Nesta série não
foram encontradas diferenças na incidência de complicações
arteriais nas eras Pré e Pós-Meld. O diagnóstico precoce da
trombose arterial, seguido de reconstrução tem potencial de
salvar o enxerto e o receptor.
Complicações da Gastrostomia
Endoscópica Percutânea (GEP)
Ambulatorial em Pacientes com
Câncer de Cabeça e Pescoço (CCP)
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
Autores / Nome para referência / Instituição: JULIANA
RIBEIRO DA COSTA LINO / LINO, JRC / INCA; ANA CAROLINA MARON
AYRES / AYRES, ACM / INCA; BRUNA MERCANTI SPELTA / SPELTA, BM
/ INCA; GUSTAVO FRANCISCO SOUZA MELLO / MELLO, GFS / INCA;
ALEXANDRE PELOSI / PELOSI, A / INCA; GILBERTO MANSUR / MANSUR,
G / INCA; THERESA CHRISTINA DAMIAN RIBEIRO / RIBEIRO, TCD / INCA;
SIMONE GUARALDI / GUARALDI, S / INCA.
Resumo
Introdução: GEP é um método simples e seguro de
acesso enteral para pacientes com disfagia, mas com
trato gastrointestinal íntegro, mas pode estar associado a
complicações menores ou maiores. Objetivos: Descrever
as taxas de complicações precoces e tardias, maiores
e menores, da Gep ambulatorial, e o impacto clínico do
momento de realização do procedimento em pacientes
com CCP. Materiais e métodos: Em estudo de coorte
observacional prospectivo, pacientes com CCP submetidos
à Gep ambulatorial foram acompanhados em um seguimento
de longo prazo, para avaliação da taxa de complicações do
procedimento. Resultados: As complicações encontradas
em nossos pacientes, em percentuais absolutos e ordem
decrescente de frequência, foram: granuloma (43,3%),
infecção periestomal (11,4%), alargamento do estoma
com dermatite (9,0%), SRI (6,0%), dor local (5,5%), fístula
gastrocutânea persistente (3,6%), hematoma de parede
gástrica (3,5%), saída acidental tardia da sonda (3,0%) e
saída acidental precoce da sonda (0,5%). Conclusão:
Embora a taxa de complicações da Gep seja significativa no
acompanhamento de longo prazo, na maior parte dos casos
estas complicações são classificadas como menores. Não
houve mortalidade relacionada com a Gep, e todos os casos
foram tratados em ambiente ambulatorial, sem necessidade
de internação hospitalar.
Complicações em Divertículo de
Meckel – Relato de 2 Casos
Temário: Cirurgia / Intestino Delgado
Autores / Nome para referência / Instituição: FABIANA
MATOS BARBOSA / BARBOSA, FM / HOSPITAL SÃO VICENTE - CURITIBA;
MARCIANO ANGHINONI / ANGHINONI, M / HOSPITAL SÃO VICENTE -
CURITIBA; ORLANDO PAPI / PAPI, O / HOSPITAL SÃO VICENTE - CURITIBA;
ANGELO CECCHINI / CECCHINI, ARS / HOSPITAL SÃO VICENTE - CURITIBA;
GERALDO SEBBEN / SEBBEN, GERALDO / HOSPITAL SÃO VICENTE -
CURITIBA; ANA PAULA NAGABE / NAGABE, AP / HOSPITAL SÃO VICENTE
- CURITIBA; FELIPE PEDROTI LOCATELLI / LOCATELLI, FP / HOSPITAL SÃO
VICENTE - CURITIBA; ANNA CAROLINA BOTTI OLIVEIRA / OLIVEIRA, ACB /
HOSPITAL SÃO VICENTE - CURITIBA.
Resumo
O Divertículo de Meckel é a malformação congênita mais
comum do trato gastrointestinal ( 2% -4% da população),
devido à persistência do ducto vitello-intestinal congênita.
Sua apresentação clínica mais comum é o sangramento,
especialmente em pacientes mais jovens. As complicações
em adultos incluem: obstrução; intussuscepção; úlceração
e hemorragia, dentre outras. Condição incomum em
adultos, ainda é mal diagosticada no pré-operatório. Em
um estudo com 776 pacientes, Kusumoto et al. Fez o
diagnóstico pré-operatório em 88% dos pacientes com
sangramento contra apenas 11% dos que apresentavam
outros sintomas. Diagnóstico pré-operatório de Divertículo
de Meckel sintomático é difícil, principalmente nos
pacientes que não apresentam sangramento. Relatamos 2
casos de complicações de Divertículo de Meckel, um deles
com sangramento e outro com infecção, ambos adultos
masculinos.
Complicações em Gastrostomias
Endoscópica Percutânea no
Hospital Sugisawa (HS)
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para referência / Instituição:
CAROLINE PIGOZZI HARO / HARO, C.P. / HOSPITAL SUGISAWA; FLÁVIO
IVANO HEUTA / HEUTA F.H. / HOSPITAL SUGISAWA; FERNANDA C. SILVA
/ SILVA, F.C. / HOSPITAL SUGISAWA; CARLA E. SALTURI / SALTURI C.E. /
HOSPITAL SUGISAWA.
Resumo
Introdução: A gastrostomia endoscópica percutânea
(GEP) é um método de administração de nutrição enteral
prolongada, indicada para pacientes com o trato gastroin-
testinal funcionante e com incapacidade de receber o aporte
calórico diário. Objetivo: Identificar as principais complica-
ções relacionadas com GEP. Causuística: Pacientes des-
nutridos ou doença neoplásica avançada estão mais sujeitos
a complicações. Complicações menores associadas à GEP
podem ocorrer em 13% a 43% dos casos, enquanto que as
maiores são relatadas em 0,4% a 8,4% dos procedimentos.
Método: Estudo retrospectivo descritivo e transversal por
análise dos prontuários de 45 pacientes submetidos à GEP
no HS, durante 18 meses (01/10-06/11). Resultados:
Resultados 16 (35,5%) pacientes do sexo masculino, 29
(64,5%) do sexo feminino, com idade variando entre 35 e
96 anos (média de 65,5 anos). As demências (Alzheimer e
demência vascular) foram a principal indicação do método,
com 22 casos (48,8%). Não houve complicações endoscó-
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
picas. Complicações: 03 (6,6%) casos de úlcerações em
base do anteparo interno gástrico (AIG), 01 caso (2,2%) de
migração do AIG, 01 caso (2,2%) de encarceiramento do
AIG. Conclusão: As complicações encontradas estiveram
vinculadas ao manejo inadequado com a sonda de alimen-
tação (AS), demonstrando a necessidade de uma melhor
orientação quanto aos cuidados com a SA.
Condiloma Anal Gigante e
Carcinoma Espinocelular – Relato
de Caso
Temário: Cirurgia / Miscelânia
Autores / Nome para referência / Instituição: TIAGO
MANOEL MARQUES / MARQUES, TM / UFMT; ITAMAR DINIZ
LINHARES JUNIOR / LINHARES, ID / UFMT; DANIEL COUTINHO
DE SOUZA / SOUZA, DC / UFMT; FRANCINE DEOLA PIMENTEL /
PIMENTEL, FD / UFMT; ADEMAR GARCIA / GARCIA, A / UFMT.
Resumo 99
O Condiloma Acuminato Gigante ou Tumor de Buschke-Lo-
wenstein é uma forma rara de apresentação do condiloma
acuminato anogenital. O tumor apresenta comportamento
invasivo, embora seja histologicamente benigno, no entanto
estas lesões podem ser consideradas também como lesão
de risco para transformação e desenvolvimento de carcino-
ma espinocelular. Sua incidência na população é de 0,1%.
O objetivo deste relato é descrever o caso de uma paciente
do sexo feminino, sem imunossupressão, do ambulatório de
cirurgia geral, do HUJM, que desenvolveu um carcinoma
espinocelular a partir de uma condiloma acuminato gigan-
te. Posteriormente foi submetida a tratamento cirúrgico com
exérese da lesão e cura cirúrgica da mesma. O método uti-
lizado foi a descrição do caso clínico com referências na
literatura. O resultado foi uma cirurgia curativa com excisão
da lesão com margens e evolução satisfatória no pós-opera-
tório. Assim concluímos que a cirurgia é o tratamento reco-
mendado pela maioria dos autores, haja vista a possibilidade
de malignização da lesão, como visto neste caso, e que a
biópsia deve ser feita em todos os casos para confirmar ou
afastar a malignidade.
Conduta Diagnóstica e Terapêutica
no Gist Gástrico Avançado
Temário: Cirurgia / Estômago
Autores / Nome para referência / Instituição: MAURICE
YOUSSEF FRANCISS / FRANCISS, MY / GASTROMED; BRUNO ZILBERSTEIN
/ ZILBERSTEIN, B / GASTROMED; MARNAY HELBO DE CARVALHO /
CARVALHO, MH / GASTROMED; JULIANA ABBUD FERREIRA / FERREIRA,

JA / GASTROMED; CAELY MELO DA COSTA BUSSONS / BUSSONS, CMC
/ GASTROMED; RENATO RIBEIRO DE ARAUJO PEREIRA / PEREIRA, RRA /
GASTROMED.
Resumo
Objetivo: Apresentar a conduta diagnóstica e terapêutica
na abordagem de paciente portador de GIST gástrico avan-
çado, acometendo pâncreas e baço. Método: Paciente de
63 anos, feminina, com quadro de vômitos, dor e massa ab-
dominal palpável há 6 meses. A endoscopia digestiva alta
evidenciou compressão extrínsceca gástrica a esclarecer, a
ultrassonografia de abdome total, tomografia computadori-
zada e ressonância magnética de abdome e pelve, confirma-
ram o diagnóstico com identificação de extensa massa retro-
peritoneal englobando parte do estômago, pâncreas e baço,
além de 2 nódulos hepáticos. Realizada laparotomia com
ressecção do tumor retroperitoneal em bloco, gastrectomia
em cunha, pancreatectomia corpo-caudal e esplenectomia,
associada à ressecção independente de nódulos hepáticos
100 localizados em seguimentos III e VI. Resultado: A anato-
mia patológica revelou tratar-se de um tumor estromal do
trato gastrointestinal (GIST), com CKIT e CD34 positivos e
presença de 5 mitoses por campo, comprometendo desde a
submucosa gástrica até o retroperitôneo, além da presença
de metástases de GIST nos nódulos hepáticos. A paciente
apresentou boa evolução, com alta no 5⁰ PO e indicação
de uso de Imatinibe. Com 6 meses de seguimento paciente
encontra-se bem, sem recidiva. Conclusão: O tratamento
do GIST do aparelho digestivo é primordialmente cirúrgico,
havendo indicação do uso de Imatinibe, sempre que houver
doença residual ou metástase.
Conduta na Perfuração Colorretal
Pós-ESD
Temário: Endoscopia / Colonoscopia
Autores / Nome para referência / Instituição: FÁBIO
SHIGUEHISSA KAWAGUTI / KAWAGUTI, FS / ICESP; CAIO SÉRGIO
RIZKALLAH NAHAS / NAHAS, CSR / ICESP; ADRIANA VAZ SAFATLE-
RIBEIRO / SAFATLE-RIBEIRO, AV / ICESP; FELIPE ALVES RETES / RETES,
FA / ICESP; CARLOS FREDERICO SPARAPAN MARQUES / MARQUES,
CFS / ICESP; SÉRGIO CARLOS NAHAS / NAHAS, CS / HCFMUSP; PAULO
SAKAI / SAKAI, P / FMUSP; FAUZE MALUF-FILHO / MALUF-FILHO, F
/ ICESP.
Resumo
Introdução: A dissecção submucosa endoscópica
(ESD) para tratamento de neoplasia precoce colorretal
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
apresenta melhores índices de ressecção em monoblo-
co, curabilidade e recidiva, porém está associada à maior
risco de perfuração, especialmente em lesões maiores de
50 mm. Objetivo: Avaliar o quadro clínico decorrente de
perfuração colorretal pós-ESD, conduta e procedimentos
que possam diminuir seus riscos. Métodos: As neopla-
sias colorretais foram avaliadas endoscopicamente atra-
vés de cromoscopia e magnificação. Lesões restritas à
mucosa ou até a submucosa superficial foram incluídas
para tratamento através de ESD. Resultados: Entre ju-
lho de 2010 e agosto de 2011, foram realizadas 13 ESDs
em 12 pacientes. Houve perfuração em 5 (38,5%) pro-
cedimentos, nos quais o tamanho médio das lesões foi
de 90 mm (45 a 200 mm). Quando realizada sob seda-
ção, um paciente apresentou restrição respiratória por
pneumotórax e tempo prolongado de procedimento. Não
houve instabilidade respiratória nos 4 casos realizados
sob anestesia geral. O tempo médio de internação foi de
5,8 dias, 1,6 dias de UTI, 1,8 dias de jejum e 5,8 dias
de antibiótico. Todos os casos foram tratados de forma
conservadora ou endoscópica (aplicação de clipes), sem
necessidade de correção cirúrgica. Conclusões: 1. O
tratamento conservador ou endoscópico é possível em
casos de perfuração colônica pós-ESD; 2. Realizar o pro-
cedimento sob anestesia geral pode diminuir os efeitos
adversos decorrentes de perfuração.
Consulta de Enfermagem no
Ambulatório de Cirurgia Hepática -
Experiência de um Hospital de Ensino
Temário: Cirurgia / Fígado
Autores / Nome para referência / Instituição:
A DRIANA R EGINA G UIMARÃES M ARTIN / M ARTIN , A RG / S ANTA
C ASA D E M ISERICÓRDIA D E S ÃO P AULO ; L UIZ A RNALDO S ZUTAN /
S ZUTAN , L A / S ANTA C ASA D E M ISERICÓRDIA D E S ÃO P AULO .
Resumo
A Consulta de Enfermagem Ambulatorial – CEA é uma ati-
vidade independente, realizada pelo enfermeiro, cujo obje-
tivo é propiciar condições de melhoria da aderência ao tra-
tamento do paciente e do pós-operatório de hepatectomia.
CEA regulamentada pelo COFEN 159/1993, parte da Sis-
tematização da Assistência de Enfermagem e garante uma
autonomia profissional. Objetivo: Demonstrar que a CEA
é importante em um ambulatório de hepatologia, com a im-
plementação do SAE em todas das fases aos pacientes em
tratamento de hepatocarcinoma primário e secundário, ga-
rantindo a aderência ao tratamento e segurança do pacien-
te.Aplicação das fases do SAE, Histórico,entrevista,exame
físico, diagnóstico de Enfermagem, prescrição de cuidados
e implementação da assistência e evolução de enferma-
gem de 67 pacientes participantes de outra pesquisa de
QV. CEA inicial realizada no PO hepatectomias por HCC,
neuroendocrino, metástase colorretal, ginecológica, mela-
noma. Resultados: Melhora do acompanhamento mul-
tiprofissional com alternância atendimento retornaram às
consultas, seguem as orientações, participam do tratamen-
to, atendidmento ao paliativo e redução na comorbidade,
além de orientações de cuidados com cateteres e drenos
biliares em domicílio.
Contribuição dos Aspectos
Clínicos e Endoscópicos e do
Estudo Histológico de Fragmentos
de Mucosa Duodenal obtidos por
Ofagogastroduodenoscopia, no
Diagnóstico da Doença Celíaca
Temário: Endoscopia / Intestino delgado
Autores / Nome para referência / Instituição:
RODRIGO MACEDO ROSA / ROSA, RM / UFMG; MARIA DE LOURDES
ABREU FERRARI / FERRARI, MLA / UFMG; EDUARDO GARCIA VILELA
/ VILELA, EG / UFMG; GERALDO BRASILEIRO FILHO / BRASILEIRO
FILHO, G / UFMG; MOISÉS SALGADO PEDROSA / PEDROSA, MS
/ FCMMG; GUSTAVO MEIRELLES RIBEIRO / RIBEIRO, GM / UFOP;
ALOÍSIO SALES DA CUNHA / CUNHA, AS / UFMG.
Resumo
Introdução: A doença celíaca (DC) é uma afecção infla-
matória crônica do intestino delgado, induzida pela inges-
tão de glúten, em indivíduos geneticamente predispostos.
Cursa com manifestações clínicas variáveis e o diagnóstico
de certeza, ainda é um desafio. Objetivo e Casuística:
Análise dos aspectos clínicos, endoscópicos e histológicos
de uma amostra não probabilística de 80 pacientes, com
suspeita de DC. Método: Analisou-se a correlação entre
a clínica e os aspectos endoscópicos duodenais, com co-
leta de cinco fragmentos para histologia. Avaliou-se tam-
bém a concordância entre três patologistas mascarados,
quanto ao estudo histológico das biópsias. Resultados:
A sintomatologia clínica foi muito variável, com destaque
para a diarreia crônica. Aspectos endoscópicos relacio-
nados à atrofia vilositária duodenal foram notados em 32
(40%) pacientes. Foram confirmados 46 casos de DC com
sensibilidade, especificidade, VPP e VPN dos marcadores
endoscópicos de 60,86%, 88,23%, 87,5% e 62,5%, respec-
tivamente. A concordância inter-obervadores, quanto ao
estudo histológico, foi moderada, com resultados seme-
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
lhantes utilizando-se as Classificações de Marsh-Oberhu-
ber e de Corazza e Villanacci (Kappa de 0,46 e 0,51).
Conclusão: Os aspectos clínicos associados à DC foram
muito variáveis e os marcadores endoscópicos de atrofia
vilositária, apesar de não terem validade diagnóstica como
método isolado, auxiliaram na suspeita e indicação das bi-
ópsias duodenais para a investigação da DC.
Conversão de Banda Gástrica para
Bypass Gástrico em Tempo Único -
Padronização Técnica
Temário: Cirurgia / Obesidade
Autores / Nome para referência / Instituição: VICTOR
DIB / DIB. VRM / INSTITUTO VICTOR DIB.
Resumo
Resumo: Demonstrar através de vídeo editado a padroni-
zação técnica, com o detalhamento de algumas manobras 101
que diminuem o índice de fístulas, prescindindo do uso de
cargas verdes. Métodos: A conversão de banda gástri-
ca bypass gástrico leva sempre a uma maior preocupação
quanto a ocorrência de fístulas, devido à fibrose reacional
no ângulo de His e local da banda, tornando mais arriscado
o grampeamento sobre o tecido. A dissecção e ressecção
desse tecido fibroso, que assume a forma de uma carapa-
ça, permite gramprear-se sobre o tecido gástrico habitual,
sem a necessidade de uso de carga verde e sem o incre-
mento no índice de fístulas em relação ao bypass primá-
rio. Conclusões: A conversão da banda gástrica para o
bypass gástrico é um procedimento, a princípio, com maior
probabilidade de fístulas, quando realizado em tempo úni-
co. Entretanto, a ressecção de forma padronizada do teci-
do fibroso na área da banda, permite um grampeamento
gástrico seguro, com carga azul.
Corpo Estranho em Estômago
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva
alta
Autores / Nome para referência / Instituição:
DURVAL PESSOTTI JUNIOR / PESSOTTI, D. J. / HOSPITAL ALBERT
EINSTEIN; ÂNGELO PAULO FERRARI / FERRARI, A. P. / HOSPITAL
ALBERT EINSTEIN; EDMAR TAFNER / TAFNER, E. / HOSPITAL ALBERT
EINSTEIN; ÂNGELO LOCATELLI / LOCATELLI, A. / HOSPITAL ALBERT
EINSTEIN; RICARDO LEITE GANC / GANC, R. L. / HOSPITAL ALBERT
EINSTEIN; ROGÉRIO COLAIACOVO / COLAIACOVO, R. / HOSPITAL
ALBERT EINSTEIN; ADRIANA YUMI HIRAI / HIRAI, A. Y. / SANTA
CASA DE SÃO PAULO.

Resumo
Paciente de 56 anos com dor epigástrica, irradiação para
o dorso de forte intensidade, acompanhado de naúseas e
vômitos pós prandiais, refere também “clocking”; veio rea-
lizar uma endoscopia no ambulatório. Antecedentes ci-
rúrgicos: Cirurgia para apneia do sono em 2008, cirurgia
para hérnia inguinal videolaparoscópica em 2010, endosco-
pia normal em 2009. Realizada endoscopia digestiva alta em
agosto de 2011 que evidenciou presença de corpo estranho
(tubo orotraqueal) em estômago, associado a úlcera gástri-
ca em grande curvatura de corpo médio devido ao contato
prolongado da sonda com a mucosa gástrica. Realizada a
retirada do corpo estranho com alça de polipectomia e pinça
dente de rato, sendo necessário anestesia geral com intuba-
ção orotraqueal e relaxamento muscular para sua retirada.
Nesse caso deve-se ressaltar a dificuldade na retirada do
corpo estranho, pois após um ano no estômago sob ação do
ácido clorídrico, a sonda encontrava-se enrijecida e aderida
a mucosa gástrica, associada a uma úlcera gástrica ativa.
102
Correlaçao entre Métodos
Diagnósticos na Doença Celíaca
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para referência / Instituição: ANA
CAROLINA CASSIS SERRA NETTO / NETTO, ACCS / IRMANDADE DA SANTA
CASA DE MISERICORDIA DE SÃO PAULO; FERNANDA KISTEMARCKER DO
NASCIMENTO BUENO / BUENO, FKN / IRMANDADE DA SANTA CASA DE
MISERICORDIA DE SÃO PAULO; MAURICIO SAAB ASSEF / ASSEF, MS /
IRMANDADE DA SANTA CASA DE MISERICORDIA DE SÃO PAULO; FLAVIO
AMARO OLIVEIRA BITAR SILVA / SILVA, FAOB / IRMANDADE DA SANTA
CASA DE MISERICORDIA DE SÃO PAULO; SUZANA LUIZ DE MIRANDA
/ MIRANDA, SL / IRMANDADE DA SANTA CASA DE MISERICORDIA DE
SÃO PAULO; REGINA RIE IMADA / IMADA, RR / IRMANDADE DA SANTA
CASA DE MISERICORDIA DE SÃO PAULO; OSVALDO MASSATOSHI ARAKI
/ ARAKI, OM / IRMANDADE DA SANTA CASA DE MISERICORDIA DE SÃO
PAULO; FABIO MARIONI / MARIONI, F / IRMANDADE DA SANTA CASA DE
MISERICORDIA DE SÃO PAULO.
Resumo
Introducao: A Doença Celíaca (DC) é uma doença
autoimune, desencadeada pela ingestão do glúten, que gera
anticorpos contra uma enzima tecidual, a transglutaminase,
causando uma enterite inflamatória que resulta em
alterações de mucosa entérica típicas. O padrão-ouro para o
diagnóstico é o estudo genético, pouco disponível em nosso
meio. Todavia, é importante correlacionar dados clínicos e
sorológicos e histológicos para um diagnóstico definitivo.
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
Objetivo: Correlacionar, em pacientes com suspeita de DC,
os aspectos sorológicos, endoscópico e Anatomopatológicos.
Casuística: 16 pacientes com suspeita clínica de DC, entre
1 e 14 anos, de Janeiro a Agosto de 2011. Método: Os
pacientes foram submetidos à EDA para avaliação da mucosa
duodenal. Realizadas biópsias de bulbo e segunda porção (2
amostras de cada segmento) para estudo anatomopatológico.
A pesquisa sorológica de anticorpos anti-transglutaminase
e antiendomisial também foram realizadas. Resultados:
4 pacientes apresentaram aspecto sugestivo de DC à EDA.
Destes apenas 1 teve correlação com AP e dois com a
sorologia. 6 pacientes apresentaram sorologias positivas.
Apenas 3 pacientes apresentaram AP sugestivo de DC,
todos coincidentes com sorologia. Conclusão: Na amostra
estudada, o teste que teve maior positividade foi a sorologia. A
EDA e AP tiveram positividade menor. Não houve correlação
entre o aspecto endoscópico, o AP e a sorologia.
Correlação da Doença do Refluxo
Gastroesofágico Erosiva e não
Erosiva com o Tamanho dos Espaços
Intercelulares do Epitélio Esofagiano –
Estudo Preliminar
Temário: Motilidade / Motilidade digestiva
Autores / Nome para referência / Instituição: MARÍLIA
ANDRADE / ANDRADE, M / SERVIÇO DE GASTROENTEROLOGIA DO HUCFF
DA UFRJ; LAURA HELMAN / HELMAN, L / SERVIÇO DE GASTROENTEROLOGIA
DO HUCFF DA UFRJ; EPONINA LEMME / LEMME, E / SERVIÇO DE
GASTROENTEROLOGIA DO HUCFF DA UFRJ; MÁRCIA ATTIAS / ATTIAS, M
/ UFRJ; RACHEL RACHID / RACHID, R / UFRJ; GUILHERME REZENDE /
REZENDE, G / SERVIÇO DE GASTROENTEROLOGIA DO HUCFF DA UFRJ.
Resumo
Introdução: A dilatação dos espaços intercelulares (DEI) utili-
zando a microscopia eletrônica de transmissão (MET) na DRGE
é um sinal de dano do epitélio mesmo em pacientes que apre-
sentam a forma não erosiva. A DEI pode ser considerada um
marcador estrutural objetivo na DRGE. Objetivo: Estabelecer a
correlação entre a DRGE erosiva e não erosiva e o tamanho dos
EIC do epitélio esofagiano. Casuística: 20 pacientes com sinto-
mas típicos de DRGE, 8 esofagite erosiva (EE) e 12 com esôfago
normal (EN). Destes 4 com pHmetria anormal, 8 com pHmetria
normal. Métodos: Estudo transversal e cego com avaliação
dos EIC por MET das biópsias de mucosa esofágica 4cm acima
da JEG obtida em endoscopia digestiva alta de pacientes que
não estavam em uso de antiácidos < 4 m. Foram divididos em
dois grupos: Grupo1 EE e grupo2 EN. Os pacientes do grupo2
após esofagomanometria e pHmetria prolongada foram divididos
em 2 subgrupos: 2a pHmetria normal e 2b pHmetria anormal.
A espessura dos EIC foram calculados com o software ImaGe-
pro. Os tamanhos dos EIC foram comparados entre os grupos
e subgrupos. Resultados: Espessuras dos EIC no grupo1 de
3,08µm a 5,76 µm, média 4,03µm; Grupo2 de 2,73µm a 7,19 µm,
média 4,56µm. A diferença média entre EExEN foi de 0,39µm.
Subgrupo 2a de 3,90µm a 7,09µm, média 4,88µm. Subgrupo 2b
de 2,74µm a 3,93µm, média 3,75µm. Sem diferenças estatísticas
entre os grupos e subgrupos. Conclusão: Nesse estudo pre-
liminar não houve diferença no tamanho dos EIC em pacientes
com EE e EN.
Correlação entre os Achados da
Endoscopia e da Ecoendoscopia nas
Lesões Subepiteliais
Temário: Endoscopia / Ecoendoscopia
Autores / Nome para referência / Instituição: BRUNO
CHAVES SALOMAO / SALOMÃO, BC / CENTRO FRANCO BRASILEIRO DE
ECOENDOSCOPIA CFBEUS; MAURÍCIO SAAB ASSEF / ASSEF, MS / CENTRO
FRANCO BRASILEIRO DE ECOENDOSCOPIA CFBEUS; OSVALDO ARAKI /
ARAKI, O / CENTRO FRANCO BRASILEIRO DE ECOENDOSCOPIA CFBEUS;
FRANK SHIGUEO NAKAO / NAKAO, FS / CENTRO FRANCO BRASILEIRO DE
ECOENDOSCOPIA CFBEUS; LUCIO GIOVANNI B. ROSSINI / ROSSINI, LGB /
CENTRO FRANCO BRASILEIRO DE ECOENDOSCOPIA CFBEUS; ANA CAROLINA
FIGUEIREDO DE CASTRO / CASTRO, ACF / CENTRO FRANCO BRASILEIRO DE
ECOENDOSCOPIA CFBEUS; SHEILA SANTOS FILIPPI / FILIPPI, SS / CENTRO
FRANCO BRASILEIRO DE ECOENDOSCOPIA CFBEUS.
Resumo
Introdução: Lesões subepiteliais estão presentes em até 1%
dos exames endoscópicos diagnósticos. A ecoendoscopia (EUS)
emergiu como o melhor método para avaliar estas lesões, mas
não é factível na maioria dos serviços brasileiros. Através da cor-
relação entre a endoscopia e a EUS, objetiva-se definir qual a
relevância da EUS nas lesões subepiteliais. Métodos: Foram
estudados, retrospectivamente, 78 pacientes com suspeita en-
doscópica de lesão subepitelial. Localização, tamanho e impres-
são diagnóstica do exame endoscópico foram anotados. Então
foi realizada ecoendoscopia com determinação da topografia,
tamanho, ecogenicidade e impressão diagnostica. Resultados:
A medida do tamanho teve boa correlação entre os dois méto-
dos (r = 0.69), mas houve disparidade na impressão diagnóstica
em 36% dos casos, com 7 compressões extrínsecas falsamente
diagnosticadas como lesão subepitelial pela endoscopia e 5 pa-
cientes com suspeita endoscópica de lesão subepitelial onde não
foi encontrado nenhum achado na EUS. Conclusões: Pela sua
precisão ao topografar a lesão, a EUS evita exames sucessivos e
desnecessários quando do encontro de compressão extrínseca
ou lesão sabidamente benigna, sendo importante para o diagnós-
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
tico inicial. Entretanto, o acompanhamento do tamanho da lesão
pode ser feito apenas pelo exame endoscópico.
CPRE na Gastroplastia Redutora
Temário: Endoscopia / Colangiopancreatografia
endoscópica retrógrada
Autores / Nome para referência / Instituição: ANTÔNIO
CARLOS BARROS LIMA JÚNIOR / LIMA JUNIOR, ACB / HOSPITAL LIFE
CENTER; WANDER CAMPOS MARCOS / MARCOS, WC / HOSPITAL LIFE
CENTER; FABRICIO LUIS DA SILVA COUTINHO / COUTINHO, FLS / HOSPITAL
LIFE CENTER; JANDER TOLEDO FERREIRA / FERREIRA, JT / HOSPITAL LIFE
CENTER; ALEXANDRE LAGES SAVASSI ROCHA / ROCHA SAVASSI, AL /
HOSPITAL LIFE CENTER.
Resumo
Introdução: As cirurgias de bypass gástrico, são um desafio
para os colangiografistas devido alterações anatômicas que
estas causam no trato gastrointestinal. Objetivo: Relata a 103
experiência do serviço de colangiografia do Hospital Life Center
na abordagem da coledocolitiase em pacientes pós bypass
gástricos com a CPRE. Casuística e Métodos: Relatar o caso
de 2 pacientes submetidos à bypass gástrico e CPRE devido
à coledocolitíase Resultados: Foi logrado êxito em todos os
pacientes submetidos à CPRE pós bypass gástrico Conclusão:
A coledocolitíase em pacientes submetidos a bypass gástrico é
um desafio para o colangiografista, contudo não é uma contra-
indicação formal para a sua realização.
CPRE por Estômago Excluso
Pós-Cirurgia Bariátrica
Videolaparoscópica
Temário: Endoscopia / Colangiopancreatografia
endoscópica retrógrada
Autores / Nome para referência / Instituição: FERNANDA
CRISTINA DA SILVA / SILVA, FC / HOSPITAL SUGISAWA; SILVANIA KRUG
PIMENTEL / PIMENTEL, SK / HOSPITAL SUGISAWA; ROGERIO T. MIYAKE
/ MIYAKE, RT / HOSPITAL SUGISAWA; ANTONIO KATSUMI KAI / KAI, AK
/ HOSPITAL SUGISAWA; CARLA ELISA SALTURI / SALTURI, CE / HOSPITAL
SUGISAWA; FLAVIO HEUTA IVANO / IVANO, FH / HOSPITAL SUGISAWA; CELIO
HASEGAWA / HASEGAWA, C / HOSPITAL SUGISAWA; LUCINEI GERALDO
STADNIK / STADNIK, LG / HOSPITAL SUGISAWA.
Resumo
Relatamos o caso de um paciente masculino, 65 anos, submetido
à bypass gástrico tipo Wittgrove há 18 meses. Ao exame

apresentava-se ictérico, com sinal de Murphy positivo à palpação
abdominal. Realizado colangiorressonância, com diagnóstico de
coledocolitíase. Optou-se pela realização de CPRE assistida por
laparoscopia. Com o paciente sob anestesia geral, foi realizada
uma incisão supra umbilical para confecção de pneumoperitônio
e posterior introdução de trocarte de 10mm e óptica de 30°.
Os outros dois portais utilizados foram de 10mm na hipocôndrio
esquerdo e de 5mm no hipocôndrio direito. O estômago foi
tracionado em direção à parede abdominal, sendo então
ampliada a incisão no hipocôndrio esquerdo com exteriorização
do corpo gástrico. Realizado gastrotomia e, através deste
acesso, o duodenoscópio foi introduzido até a segunda porção
duodenal. A colangiografia evidenciou dois cálculos, que foram
retirados com o uso de balão extrator; o controle colangiográfico
não evidenciou imagens de cálculos residuais. Foi então realizado
colecistectomia videolaparoscópica. O paciente apresentou boa
evolução pós procedimento. Conclui-se que a CPRE assistida
por laparoscopia tem indicação e pode ser aplicada em casos
de coledolitiase pós derivação intestinal em Y-de-Roux. É um
procedimento seguro, mais acessível e com baixa morbidade,
quando comparado a outras opções terapêuticas disponíveis
104
como a enteroscopia ou exploração cirúrgica de vias biliares.
CPRE Terapêutica em
Coledocolitíase Sintomática
via Acesso Videolaparoscópico
Transgástrico após Bypass Gástrico
Com Y-de-Roux - Relato de Caso
Temário: Endoscopia / Colangiopancreatografia
endoscópica retrógrada
Autores / Nome para referência / Instituição: ARI
BEN HUR STEFANI LEÃO / LEÃO, AB / HSL-PUCRS; CARLOS KUPSKI /
KUPSKI, C / HSL-PUCRS; ALEXANDRE VONTOBEL PADOIN / PADOIN, AV
/ HSL-PUCRS; CLAÚDIO CORA MOTTIN / MOTTIN, CC / HSL-PUCRS;
GABRIEL STEFANI LEÃO / LEÃO, GS / UNISUL.
Resumo
Introdução: O tratamento da coledocolitíase é um desafio
em pacientes submetidos previamente ao bypass gástrico.
Descrevemos uma técnica que se mostrou segura, pouco
invasiva e eficaz no tratamento de uma paciente com um
cálculo de 1,8 cm no terço médio do colédoco com diver-
sos problemas associados. Relato de Caso: Feminina, 38
anos, há 2 meses com episódios de dor em hipocôndrio di-
reito e que evoluiu com icterícia e colúria. Colecistectomia há
7 anos, cirurgia bariátrica (Bypass gástrico com Y-de-Roux)
há 3 anos com perda de 50 kg. Eco abdominal com dilata-
ção das vias biliares intra e extrahepáticas com cálculo em
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
colédoco de 1,8 cm de diâmetro. Diante dos resultados, foi
optado pelo tratamento endoscópico por acesso direto via
gastrostomia videolaparoscópica no estômago excluso, sen-
do realizada papilotomia e retirada dos cálculos com basket e
balão. Conclusão: A obesidade é um problema crescente,
desta maneira, cada vez mais são utilizados procedimentos
cirúrgicos para seu tratamento. O Bypass gástrico com Y-de
Roux é a mais utilizada, e leva à rápida perda de peso asso-
ciando-se à litíase biliar e suas complicações. A CPER é o
método de primeira linha para a colédocolitíase, tem nestes
pacientes, seu acesso pela via convencional dificultado, pelas
tortuosidades, angulações e distâncias das alças intestinais
e anastomoses. Sendo mais viável o acesso transgástrico di-
reto, via estômago excluso através de uma gastrostomia por
videolaparoscopia.
CPRE – Utilizando Enteroscópio de
Balão Único (EBU) em Pacientes
com Anatomia Alterada Pós Cirurgia
em Y-de-Roux - Experiência Inicial
Temário: Endoscopia / Colangiopancreatografia
endoscópica retrógrada
Autores / Nome para referência / Instituição: ADRIANA
COSTA / COSTA A / HOSPITAL IPIRANGA; CENTRO AVANÇADO DE
ENDOSCOPIA TERAPÊUTICA- HOSPITAL UNIMED SANTA HELENA;
HOSPITAL BANDEIRANTES; WAGNER TAKAHASHI / TAKAHASHI, W /
CENTRO AVANÇADO DE ENDOSCOPIA TERAPÊUTICA HOSPITAL UNIMED
SANTA HELENA; HOSPITAL BANDEIRANTES; JULIANA HIRATSUKA /
HIRATSUKA, J / CENTRO AVANÇADO DE ENDOSCOPIA TERAPÊUTICA
HOSPITAL UNIMED SANTA HELENA; EDUARDO YAMASHITA /
YAMASHITA,E / CENTRO AVANÇADO DE ENDOSCOPIA TERAPÊUTICA
HOSPITAL UNIMED SANTA HELENA; TERCIO GENZINI / GENZINI,T /
HOSPITAL BANDEIRANTES; MARCELO PEROSA DE MIRANDA / MIRANDA,
MP / HOSPITAL BANDEIRANTES; THIAGO SECCHI / SECCHI, T / HOSPITAL
IPIRANGA; RICARDO DIB / DIB,R / HOSPITAL IPIRANGA.
Resumo
Introdução: A realização de CPRE em pacientes com anatomia
cirurgicamente alterada ainda é um desafio, entretanto, estudos
cada vez mais frequentes têm demonstrado o sucesso do uso
da Enteroscopia de Balão (EB) para o acesso a estas regiões
operadas, permitindo o diagnóstico e a terapia de patologias
biliopancreáticas. Apresentaremos a experiência inicial de nosso
grupo. Método: De outubro/2009 a agosto/2011, 10 pacientes
foram submetidos a 13 CPREs por EBU, seguindo rotina para
CPRE e utilizando enteroscopio Olympus (Tokyo, Japão).
Resultados: 10 pacientes (6 feminino, idade média 50 anos),
foram submetidos a 13 CPREs. As indicações foram: colangite
com ou sem icterícia (7), suspeita de fistula pancreática (1),
pancreatite no enxerto pâncreastico (1) e suspeita de TU de
papila à ressonância (1). Conseguiu-se acesso às vias bilio
pancreáticas, diagnóstico e terapia em 9/10 pacientes. Os
procedimentos terapêuticos incluíram dilatação de anastomoses
(6), passagem de próteses (2), estenostomia (1), pré corte
(1) retirada de cálculos (2) e corpo estranho (1). Não houve
complicações. Conclusão: CPRE por EBU permitiu o acesso às
vias biliopancreáticas em pacientes com anatomia complexa pós
cirurgica em Y-de-Roux, bem como o diagnóstico e tratamento
das patologias encontradas. Mais estudos são necessários para
avaliação do impacto desta alternativa terapêutica na diminuição
do número de reoperações e nos custos hospitalares.
Criação Endoscópica de Fístula
Interna para Tratamento de Estenose
Total de Anastomose Esofagojejunal
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para referência / Instituição: KIYOSHI
HASHIBA / HASHIBA, K. / HSL; FRANCISCO CESAR CARNEVALE /
CARNEVALE, FC. / HSL; PABLO RODRIGO DE SIQUEIRA / SIQUEIRA, PR. /
HSL; JULIANA MARQUES DRIGO / DRIGO, JM. / HSL; MARCO AURÉLIO
D’ASSUNÇÃO / D‘ASSUNÇÃO, MA. / HSL; HORUS ANTONY BRASIL /
BRASIL, HA. / HSL.
Resumo
Introdução: A estenose completa de anastomoses esofa-
gojejunais exige abordagem cirúrgica. Objetivo: Descrever
técnica de criação de comunicação entre dois segmentos do
tubo digestivo, criada por endoscopia com controle radiológi-
co, como via de acesso para tratamento de estenose total de
anastomose esofagojejunal. Casuística: Paciente submetida
à gastrectomia total por neoplasia maligna, com reconstrução
por esofagojejunostomia, apresentou disfagia progressiva no
pós-operatório, evoluindo com desnutrição grave, apesar de
jejunostomia profilática. Identificada estenose completa da
anastomose por exame contrastado e endoscopia. Método:
Utilizou-se agulha de punção de ecoendoscopia de 19 gau-
ge para atingir o lúmem jejunal. A punção foi controlada por
raios-X tridimensional e, principalmente, pela compressão da
parede jejunal contrastada pelo ar. Quando um local adequa-
do foi encontrado a agulha foi avançada, seguida de injeção
de contraste. Inseriu-se fio-guia 0,035”, fazendo-se dilatação
com balão hidrostático. A manutenção do novo trajeto entre o
esôfago e o jejuno deu-se pela passagem de prótese metálica
autoexpansível revestida, mantida por 6 semanas. Resulta-
dos: Após a remoção da prótese, houve persistência do tra-
jeto amplo e funcional. A paciente pode manter ingestão oral
e houve melhora do quadro de desnutrição. Conclusão: A
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
criação endoscópica de um novo trajeto entre órgãos é uma
opção de tratamento menos invasivo das estenoses do trato
digestivo.
Critérios Endoscópicos,
Manométricos e Radiológicos para
Dilatação do Megaesôfago com
Recidiva da Disfagia Pós Heller-
Pinotti – Resultados Preliminares
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para referência / Instituição: LUCIANA
CLEAVER AUN / AUN, LC / SERVIÇO DE ENDOSCOPIA DO HCFMUSP; FRED
OLAVO ARAGÃO DE ANDRADE CARNEIRO / CARNEIRO,FOAA / MIOTTO,
ACS. SERVIÇO DE ENDOSCOPIA GASTROINTESTINAL DO HCFMUSP; BRUNO
DA COSTA MARTINS / MARTINS,BC / SERVIÇO DE ENDOSCOPIA - ICESP;
EDUARDO GUIMARÃES HOURNEAUX DE MOURA / MOURA,EGH / SERVIÇO
DE ENDOSCOPIA GASTROINTESTINAL DO HCFMUSP; RUBENS ANTONIO
AISSAR SALLUM / SALLUM,RAA / ARI NASI / NASI,A / SERVIÇO DE 105
CIRURGIA DO ESÔFAGO DO HCFMUSP; IVAN CECCONELLO / CECCONELLO,I
/ DISCIPLINA DE CIRURGIA DO APARELHO DIGESTIVO - FMUSP; ANNA
CAROLINA SIMÕES MIOTTO / MIOTTO, ACS.
Resumo
Introdução: A acalasia é um distúrbio motor que afeta o
relaxamento do E.I.E., sendo que no Brasil a causa mais
comum é a Doença de Chagas. A terapia de escolha é a
miotomia a Heller-Pinotti. Apesar do alto índice de sucesso,
alguns pacientes apresentam recidiva dos sintomas. Dentre
as principais causas, destacam-se a miotomia incompleta,
cicatrização das bordas, fundoplicatura apertada e
progressão da doença. Objetivo: Avaliar a melhora clínica
da dilatação pneumática do cárdia em pacientes com
acalásia, submetidos à miotomia cirúrgica e com recidiva
da disfagia. Método: Estudo intervencionista em que foi
realizado a DPC, sob controle radiológico, em 8 pacientes
adultos com megaesôfago operado que apresentavam
recidiva da disfagia, por, no mínino, 4 meses após à
miotomia. Todos os pacientes foram submetidos à avaliação
clínica, manométrica e radiológica antes e após a dilatação.
Resultados: Do total de 8 pacientes, 62,5% eram homens
com média de idade de 45 anos. Não houve complicações
decorrentes do procedimento e conforme a EAV e o Escore
de Eckardt, 60% dos pacientes apresentaram melhora clínica
da disfagia, porém apenas 40% apresentaram melhora da
pressão expiratória máxima do EIE. Conclusão: A dilatação
pneumática do cárdia propicia significativa melhora clínica,
embora não haja correlação entre os sintomas e os achados
manométricos de controle pós-procedimento.

Cromoscopia Óptica com Tecnologia
de Banda Estreita versus Cromoscopia
com Solução de Lugol no Diagnóstico
de Carcinoma Superficial de Esôfago
em Paciente com Megaesôfago
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para referência / Instituição: FRED OLAVO
ARAGÃO ANDRADE CARNEIRO / CARNEIRO, FOAA / HC-FMUSP; EDSON IDE /
IDE, E / HC-FMUSP; LUCIANA CLEAVER AUN / AUN, LC / HC-FMUSP; MARIA
SYLVIA IERARDI RIBEIRO / RIBEIRO, MSI / HC-FMUSP; DALTON MARQUES
CHAVES / CHAVES, DM / HC-FMUSP; FAUZE MALUF FILHO / MALUF-FILHO,
F / HC-FMUSP; EDUARDO GUIMARÃES HOURNEAUX DE MOURA / MOURA,
EGH / HC-FMUSP; PAULO SAKAI / SAKAI, P / HC-FMUSP.
Resumo
Introdução: A utilização de tecnologia de banda estreita com
filtros ópticos (TBE) na endoscopia digestiva tem sido descrita como
106 útil na detecção de lesões superficiais do trato gastrointestinal,
particularmente no esôfago e cólon. Objetivo: Avaliar a utilização
de TBE no rastreamento do carcinoma espinocelular (CEC)
esofágico, utilizando como método comparativo a cromoscopia
com a solução de Lugol (CL). Métodos: Trata-se de estudo
prospectivo de teste diagnóstico, para o qual foram avaliados 32
pacientes do HC-FMUSP, com diagnóstico de megaesôfago há
mais de 10 anos, no período de agosto de 2006 a fevereiro de
2007. Os exames de endoscopia convencional, TBE e a CL foram
realizados consecutivamente em um mesmo procedimento, e as
lesões encontradas foram registradas e submetidas a biópsias.
Foram calculados para cada método valores da sensibilidade,
especificidade, acurácia, valores preditivos positivos e negativos,
valores de verossimilhança positivo e negativo. Resultados:
Foram diagnosticados dois carcinomas superficiais (6%) sendo
os dois carcinomas in situ, todos detectados pelo TBE e CL,
porém apenas um foi diagnosticado pelo exame convencional.
Conclusões: A TBE sem magnificação de imagem apresentou
resultados superponíveis a CL, método atualmente de escolha
para rastreamento de CEC esofágico em grupos de pacientes de
alto risco. Sugerimos que novos estudos sejam realizados para
que a TBE torne-se um método de rastreamento aplicável na
prática clínica.
Curva de Aprendizado em Dissecção
Endoscópica da Submucosa (ESD) –
Experiência de Centro Único
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para referência / Instituição: EDUARDO
GUIMARÃES HOURNEAUX DE MOURA / MOURA, EGH / SERVIÇO DE
ENDOSCOPIA GASTROINTESTINAL DO HCFMUSP; KENDI YAMAZAKI /
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
YAMAZAKI,K / SERVIÇO DE ENDOSCOPIA GASTROINTESTINAL DO HCFMUSP;
LUIZ HENRIQUE MAZZONETTO MESTIERI / MESTIERI, LHM / SERVIÇO
DE ENDOSCOPIA GASTROINTESTINAL DO HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO; TÁSSIA SOARES GOUVEIA / GOUVEIA, TS /
SERVIÇO DE ENDOSCOPIA GASTROINTESTINAL DO HOSPITAL DAS CLÍNICAS
DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO; MARIANA S. V. FRAZÃO / FRAZÃO, MSV
/ SERVIÇO DE ENDOSCOPIA GASTROINTESTINAL DO HOSPITAL DAS CLÍNICAS
DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO; NELSON MIYAJIMA / MIYAJIMA, N /
SERVIÇO DE ENDOSCOPIA GASTROINTESTINAL DO HOSPITAL DAS CLÍNICAS
DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO; ELISA RYOKA BABA / BABA, ER /
SERVIÇO DE ENDOSCOPIA GASTROINTESTINAL DO HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO; DALTON MARQUES CHAVES / CHAVES, DM
/ SERVIÇO DE ENDOSCOPIA GASTROINTESTINAL DO HOSPITAL DAS CLÍNICAS
DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO; MARCOS EDUARDO LERA DOS SANTOS /
SANTOS, MEL / SERVIÇO DE ENDOSCOPIA GASTROINTESTINAL DO HOSPITAL
DAS CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO; TOMAZO ANTONIO PRINCE
FRANZINI / FRANZINI, TAP / SERVIÇO DE ENDOSCOPIA GASTROINTESTINAL
DO HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO; EDSON IDE
/ IDE, E / SERVIÇO DE ENDOSCOPIA GASTROINTESTINAL DO HOSPITAL DAS
CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO; PAULO SAKAI / SAKAI, P /
SERVIÇO DE ENDOSCOPIA GASTROINTESTINAL DO HOSPITAL DAS CLÍNICAS
DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO.
Resumo
Introdução: A técnica de ESD é empregada no tratamento de
neoplasias em estágio precoce, que possuem baixa possibilida-
de de metástase linfonodal. Requer treinamento adequado antes
de ser executada em humanos. Objetivo: Relatar a experiência
de um centro de endoscopia no ensino de ESD e os resultados
obtidos. Casuística: Foram realizados, em dois dias, 125 ESDs
realizadas por 40 médicos. Destes, 32 completaram ao menos 3
dissecções, perfazendo 96 ESDs. Método: Após aspiração da
mucosa gástrica de porcos com um endoscópio e um cap, simu-
lando uma lesão, era iniciada a dissecção. O tempo da dissec-
ção, o volume de solução injetada, o tamanho da peça obtida, as
margens da dissecção em relação à aspiração, a ocorrência de
perfurações, sangramento e morte do animal foram obtidos por
12 médicos observadores. Resultados: Ao término de 3 proce-
dimentos, o tempo total do procedimento diminuiu de 32,7 para
19,7min (60,4%), as margens da marcação de 2,54 para 2,71mm.
O índice de perfuração se manteve (1/32 casos) e nenhum animal
morreu em decorrência do procedimento. O índice de sangra-
mento passou de 18,75 para 15,63%. Ao término do procedimen-
to, 56,25% dos médicos sentiam-se seguros em realizar ESD sem
supervisão, índice que era de 6,25% ao término da primeira ESD.
Conclusão: O método proposto para ensino de ESD mostra-se
adequado, porém são necessárias mais dissecções para que o
endoscopista possa realizar o procedimento com segurança em
humanos.
Descoberta Serendíptica de
Carcinoma Pulmonar a Partir de
Metástase à Distância
Temário: Cirurgia / Miscelânia
Autores / Nome para referência / Instituição: ANA
LEONOR ARIBALDO DE MEDEIROS / MEDEIROS, ALA / UNP; PAULO
EDUARDO ALVES PINHEIRO / PINHEIROS, PEA / UNP; MATHEUS OLIVEIRA
DA SILVA / SILVA, MO / UFRN; SILVIO JOSE DE LUCENA DANTAS /
DANTAS, SJL / UNP; BRENNDA MORGANA OLIVEIRA VALENÇA /
VALENÇA, BMO / UNP; LUIZA QUEIROZ SENA / SENA, LQ / UNP; ANA
BEATRIZ OLIVEIRA GERMANO / GERMANO, ABO / UNP; HUGO GONÇALO
GUEDES / GUEDES, HG / UNP.
Resumo
Carcinoma de pulmão e de fígado, principalmente os pouco
diferenciados, são os tumores primários que mais comumente
desenvolvem metástase na glândula suprarrenal. Objetivo:
Relato de paciente com metástase adrenal. Discussão: Ho-
mem, 81a, com hiporexia intensa, adinamia, perda ponderal
e febre alta diária. A TC com massa tumoral em suprarrenal
E medindo 8,0x6,8x7,4 e o PET-CT mostrou intensa captação
focal anômala do traçador em volumosa massa sólida ocu-
pando loja da adrenal esquerda, medindo 7,4 x 6,8cm (SUV
25,0) e discreta opacidade nodular em vidro fosco no ápice
do pulmão esquerdo (SUV 3,3), que não demonstra captação
significante. O paciente submetido à adrenelectomia com ne-
frectomia ipsilateral, por laparotomia. Anatomopatológico:
Carcinoma pouco diferenciado com acentuado pleomorfismo
e alto índice mitótico. Após 3 meses realizado TC de controle
apresentando mudança das imagens pulmonares. Indicado
lobulectomia do ápice pulmonal esquerdo por toracoscopia.
Histopatológico revelando carcinoma pulmonar pouco dife-
renciado. Conclusão: A incidência de metástase solitária na
adrenal em pacientes com câncer de pulmão operável é baixa,
apesar da frequente associação do carcinoma indiferencia-
do com metástase adrenal. O caso relatado apresentou uma
evolução atípica dessa doença, surgindo com uma tumoração
de crescimento rápido nesta glândula e só posteriormente,
foi descoberto que a tumoração se tratava de uma metástase
proveniente de um carcinoma pulmonar.
Desobstrução Colônica Através de
Endoprótese Metálica Autoexpansível
na Neoplasia Colorretal – Relato de
Caso
Temário: Endoscopia / Colonoscopia
Autores / Nome para referência / Instituição: DANIELLE
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
FOGAÇA DAMO / DAMO, DF / HOSPITAL MÃE DE DEUS - RS; NUTIANNE
CAMARGO SCHNEIDER / SCHNEIDER, NC / HOSPITAL MÃE DE DEUS;
EDUARDO MARQUES CORRÊA / CORRÊA, EM / HOSPITAL MÃE DE DEUS -
RS; BRUNO GALPERIM / GALPERIM, B / HOSPITAL MÃE DE DEUS - RS.
Resumo
Introdução: A neoplasia colorretal tem sua maior incidência
acima dos 60 anos. Mais da metade localiza-se no cólon
esquerdo, podendo apresentar-se com quadro obstrutivo agudo,
necessitando de intervenção cirúrgica de emergência com maior
morbi-mortalidade. Objetivo: Relatar o uso de endoprótese
metálica Autoexpansível (SEMS) em caso de obstrução intestinal
por neoplasia colorretal. Métodos: Masculino, 85 anos, com
insuficiência renal crônica, hipertenso e cardiopata isquêmico,
interna por obstrução intestinal. Tomografia computadorizada de
abdome identificou espessamento do cólon sigmoide e dilatação
de alças à montante. Colonoscopia evidenciou lesão concêntrica
e estenosante em cólon sigmoide, impedindo a progressão do
aparelho. Em virtude das comorbidades e idade, optou-se pela
desobstrução colônica através da colocação de SEMS. Realizada 107
injeção de contraste e, sob controle radioscópico, identificada
estenose irregular medindo 3cm de extensão. Passagem de fio-
guia através da estenose e dilatação com balão 16Fr. Realizada
colocação de endoprótese colônica 22x120mm, permitindo a
passagem do endoscópio através da estenose. Conclusão: Além
da indicação para tratamento paliativo, a descompressão colônica
através do uso de SEMS nas obstruções intestinais neoplásicas
possibilita a resolução da obstrução para posterior realização de
cirurgia eletiva, reduzindo taxas de morbi-mortalidade quando
comparadas à cirurgia de emergência.
Detalhamento Técnico da
Gastrostomia Endoscópica
Percutânea (GEP) pelo Método
Introdutório
Temário: Endoscopia / Ecoendoscopia
Autores / Nome para referência / Instituição: JOÃO
PAULO DE SOUZA PONTUAL / PONTUAL, JPS / IMIP - PE; GUSTAVO
CARNEIRO LEÃO FILHO / LEÃO, GCF / IMIP - PE; MARCOS PAULO
MATTOS / MATTOS, MP / IMIP - PE; SUENIA TAVARES FRANÇA /
FRANÇA, ST / IMIP - PE; THIAGO LIMA / LIMA, T / IMIP - PE.
Resumo
Introdução: O método introdutório consiste na introdução direta
de uma sonda no estômago sob visão endoscópica, podendo ser
executado sem nenhum “kit” especial, apenas com dispositivos
permanentes que permitem a confecção de uma pexia da parede

gástrica à abdominal. Este método apresenta como importante
vantagem o fato da sonda alimentar não passar pela cavidade
oral, estando formalmente indicado em situações onde a luz do
trato gastrintestinal superior esteja comprometida, como nas
estenoses decorrentes de doenças benignas ou malignas.
Somando-se a isso, a diminuição do risco de implante secundária
no sítio da ostomia. Objetivo: Divulgar o método introdutório de
gastrostomia por ser uma técnica mais econômica e reprodutível,
sendo de grande relevância para utilização em instituições do
SUS. Método: A gastropexia é confeccionada utilizando-se,
após anestesia local com lidocaína, punção com dois jelcos de 14
a 16 gauges distando 1,0 cm entre si e passando-se fio prolene
2-0 entre eles, com o auxílio de uma pinça endoscópica. A mesma
manobra é executada distando 2,0 cm do primeiro ponto. A pele
é então incisada e o estômago é puncionado com um trocater de
20Fr, fenestrado, através da parede abdominal. Uma sonda Foley é
posicionada no estômago e a seguir o balão é insuflado com 10mL
de água. A sonda é fixada à pele com o mesmo fio da gastropexia.
Conclusão: A técnica introdutória para confecção de Gep é um
método seguro, barato, tecnicamente simples e reprodutível.
108
Detecção de Lesões Neoplásicas do
Trato Gastrointetisnal em Hospital
de Emergência – Hospital Estadual
Carlos Chagas – Rio de Janeiro
Temário: Endoscopia / Miscelânea
Autores / Nome para referência / Instituição: MARIA
APARECIDA FERREIRA / FERREIRA,MA / HOSPITAL ESTADUAL CARLOS
CHAGAS-RIO DE JANEIRO; DEISE LUCIA MARQUES DOS SANTOS /
SANTOS,DLM / HOSPTAL ESTADUAL CARLOS CHAGAS; FABIANNA MOTA
SOBRAL RODRIGUES / RODRIGUES,FMS / HOSPTAL ESTADUAL CARLOS
CHAGAS; CLÁUDIA COSTA PINTO / PINTO, CP / HOSPTAL ESTADUAL CARLOS
CHAGAS; LÚCIA HELENA FERREIRA VASCONCELOS / VASCONCELOS,LHF /
HOSPTAL ESTADUAL CARLOS CHAGAS.
Resumo
Introdução: A identificação de lesões superficiais é essencial
para modificar a evolução para câncer avançado. Objetivo:
Avaliar a incidência de lesões neoplásicas do TGI. Metodo-
logia: Análise retrospectiva de lesões neoplásicas do TGI, no
Serviço de Endoscopia Digestiva do Hospital Estadual Carlos
Chagas, período de janeiro a julho de 2011. Resultados:
As lesões neoplásicas corresponderam a 8,1% das EDAs
(98/1.205) e 49,4% das colonoscopias (89/180). Na EDA fo-
ram 47M e 51H, com médiana de 61 anos (19-92). Foram 26
tumores avançados gástricos (23 confirmados; sem confirma-
ção 1; não biopsiado 2); lesões precoces foram 7, sendo con-
firmados como adenocarcinoma G3 (1) e 2 adenomas de bai-
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
xo grau (42,8%); 9 tumores subepiteliais; polipos foram 25 (14
hiperplásicos; 1 Carcinóide; 1 mesenquimal e 9 outras lesões);
úlcera H1 de Sakita (adenocarcinoma G3). Na colonoscopia:
o sexo feminino predominou:51, com médiana de 65 anos
(29-88). Foram 128 polipos (1-40mm), sendo 1 adenocarci-
noma “in situ”; 2 adenomas vilosos; 2 adenomas serrilhados;
63 adenomas tubulares ou túbulovilosos; 57 hiperplásicos; 1
Carcinóide; 2 inflamatórios e 4 não informados. Os tumores
avançados corresponderam a 18 casos, todos adenocarcino-
mas. Conclusão: A realização de endoscopia em pacientes
sintomáticos detecta câncer em estágio avançado no TGI. A
inclusão de métodos de cromoscopia convencional ou digital
é essencial para auxiliar no diagnóstico e evitar ressecção de
lesões colônicas não neoplásicas.
Detecção do Helicobacter Pylori
em Pacientes com Câncer Gástrico
Temário: Gastroenterologia / Estômago/Duodeno
Autores / Nome para referência / Instituição: RUTH
MARIA DIAS FERREIRA VINAGRE / VINAGRE, RDF / HOSPITAL OPHIR
LOYOLA; CLAUDIA SUELLEN FERRO DE OLIVEIRA / OLIVEIRA, CSF /
NÚCLEO DE MEDICINA TROPICAL, UFPA; ADENIELSON VILAR E SILVA
/ SILVA, AV / NÚCLEO DE MEDICINA TROPICAL, UFPA; LUISA CARICIO
MARTINS / MARTINS, LC / NÚCLEO DE MEDICINA TROPICAL, UFPA.
Resumo
Introdução: O Helicobacter pylori é classificado como
carcinógeno humano tipo I pela Organização Mundial de
Saúde. Dentro dessa perspectiva, ressalta-se a elevada
prevalência de câncer gástrico e de infecção pelo Helicobacter
pylori na região norte. Comparamos diferentes métodos de
diagnóstico do H. pylori em pacientes com adenocarcinoma
gástrico, bem como a presença de infecção pelo H. pylori
entre pacientes e um grupo controle. Foram estudados 102
pacientes com câncer gástrico atendidos no Hospital Ophir
Loyola (HOL), no Estado do Pará e 103 voluntários saudáveis.
O diagnóstico de adenocarcinoma gástrico foi obtido durante
exame endoscópico e respectiva biópsia. Para a detecção do H.
pylori, foram realizados sorologia, histologia e análise molecular.
Nas amostras de sangue, foram realizadas as pesquisas de
anticorpos IgG H. pylori e anti-CagA específicos nos dois
grupos de estudo. O H. pylori foi detectado em 26,5% dos
casos pela histologia, e 99% apresentaram tanto anticorpos
IgG anti-H. pylori específicos pela sorologia como presença de
DNA bacteriano no tecido gástrico. No diagnóstico da infecção
pelo H. pylori, os anticorpos H. pylori específicos e cagA
específicos foram encontrados em 72,5% dos pacientes, e em
37% dos voluntários saudáveis. Portanto, a sorologia e análise
molecular apresentaram maior sensibilidade diagnóstica do
que o teste histológico, e a infecção pelo H. pylori , bem como
a presença da toxina cagA, foram maiores nos pacientes do
que no grupo controle.
Diagnóstico Clínico Radiológico da
Doença de Hirschprung
Temário: Gastroenterologia / Gastropediatria
Autores / Nome para referência / Instituição: LAISSA
WANE CAVALCANTE REBOUÇAS / REBOUÇAS, LWC / UFCG; LUZINETE
SEVERO DOS SANTOS / SANTOS, LS / FIP; JOSÉ WILLIAMS REBOUÇAS
/ REBOUÇAS, JW / HGTM, UERN; JAIME EMANUEL BRITO ARAUJO /
ARAUJO, JEB / UFCG; JOSÉ VICTOR SILVA ROCHA / ROCHA, JVS / UFCG;
JEFFERSON NILDO DA COSTA MARINHO / MARINHO, JNC / UERN;
DANIEL AMORIM RICARTE DE OLIVEIRA / OLIVEIRA, DAR / UFCG.
Resumo
Introdução: A Doença de Hirschsprung (DH) caracteriza-se
pela ausência do plexo submucoso de Meissner e o mioen-
térico de Auerbach. É um defeito congênito, com padrão de
herança complexo e multigênico influenciada pelo sexo, aco-
metendo predominantemente o sexo masculino. Pode estar
associada à síndrome de Down e a mais grave com neoplasias
endócrinas múltiplas tipo 2ª (NE M2A). Objetivo: O objetivo
deste estudo é analisar artigos científicos e comentar a apre-
sentação clínica da DH, enfatizando o diagnóstico. Método:
Revisão de literatura. Resultados: Os sintomas citados mais
frequentes são distensão abdominal, constipação desde o
nascimento, dor abdominal difusa, episódios de evacuações
dolorosas. O exame físico mostrará abaulamento abdominal,
à percussão encontra-se timpanismo generalizado. A radio-
grafia simples de abdome apresenta extrema dilatação cóli-
ca do descendente e transverso, alongamento sigmoidiano e
tortuosidade exagerada, reto sem ar e cúpulas diafragmáticas
elevadas. O diagnóstico confirmatório da DH é o histopatoló-
gico, que evidência a inexistência dos gânglios do segmen-
to intestinal. Conclusão: Apesar dos sintomas neonatais, a
maioria dos pacientes é diagnosticada tardiamente. O diag-
nóstico deve ser realizado através de dados clínicos e radio-
lógicos com uso do enema opaco. A associação com NE M2A
precisa ser investigada devido à agressividade da doença. A
heterogeneidade clínica e genética da DH exige atuação de
equipe multidisciplinar.
Diagnóstico de Carcinóide de Duodeno
por Enteroscopia de Duplo Balão
em Paciente Submetida a Bypass
Gástrico em Y-de-Roux Apresentando
Hemorragia Digestiva – Relato de Caso
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
Temário: Endoscopia / Intestino delgado
Autores / Nome para referência / Instituição: CARLA
ELISA SALTURI / SALTURI, CE / HOSPITAL SUGISAWA; FLAVIO HEUTA
IVANO / IVANO, FH / HOSPITAL SUGISAWA; FERNANDA CRISTINA DA
SILVA / SILVA, FC / HOSPITAL SUGISAWA; SOLANGE CRAVO BETTINI /
BETTINI, SC / UFPR; SILVANO SADOWSKI / SADOWSKI, S / UFPR; LUCINEI
GERALDO STADNIK / STADINIK, LG / HOSPITAL SUGISAWA; ANTONIO
KUSTER / KUSTER, A / UFPR.
Resumo
O tumor carcinóide de duodeno é uma neoplasia rara porém com
considerável aumento nos últimos anos, perfazendo atualmente
2,6% de todos os tumores carcinóides do intestino delgado. Tais
lesões são assintomáticas em sua maioria porém podem ocasio-
nar sintomas como dor abdominal, hemorragia digestiva, anemia
e icterícia. Em pacientes submetidos a bypass gástrico com de-
rivação em Y-de-Roux o estudo do estômago excluso, duode-
no e da alça aferente é bastante difícil. Relata-se o caso de uma
mulher, 59 anos, em investigação de hemorragia digestiva obs-
109
cura. Apresentava quadro recorrente de melena e anemia com
endoscopia digestiva alta e colonoscopia normais. A paciente foi
submetida a bypass gástrico em Y-de-Roux tipo Fobi-Capella há
seis anos. Optou-se por realizar enteroscopia de duplo balão na
continuidade da investigação. O exame, feito por via anterógrada,
evidenciou uma lesão de 15 mm na terceira porção duodenal,
com sinais de sangramento recente. Foi optado por tratamento
cirúrgico. Realizado ressecção local, sendo o diagnóstico histo-
lógico compatível com tumor carcinóide de duodeno. Conclui-
se que a enteroscopia de duplo balão é uma alternativa a ser
considerada no diagnóstico de pacientes submetidos a bypass
gástrico em Y-de-Roux com quadro de hemorragia digestiva ou
anemia, considerando-se a impossibilidade de avaliar o estômago
excluso, duodeno e a alça aferente através dos métodos diagnós-
ticos tradicionais.
Diagnóstico de Neoplasia Pancreática
Intraductal Mucinosa Papilar por
Ecoendoscopia
Temário: Endoscopia / Ecoendoscopia
Autores / Nome para referência / Instituição: NUTIANNE
CAMARGO SCHNEIDER / SCHNEIDER, NC / HOSPITAL MÃE DE DEUS - RS;
NELSON HEITOR VIEIRA COELHO / COELHO, NHV / HOSPITAL MÃE DE DEUS
- RS; MÁRCIO FERNANDO BOFF / BOFF, MF / INSTITUTO DO CÂNCER DO
HOSPITAL MÃE DE DEUS - RS; GABRIEL PROLLA / PROLLA, G / INSTITUTO
DO CÂNCER - HOSPITAL MÃE DE DEUS - RS; DANIELLE FOGAÇA DAMO /
DAMO, DF / HOSPITAL MÃE DE DEUS - RS; EDUARDO MARQUES CORRÊA
/ CORRÊA, EM / HOSPITAL MÃE DE DEUS; BRUNO GALPERIM / GALPERIM,
G / HOSPITAL MÃE DE DEUS.

Resumo
Introdução: A neoplasia pancreática intraductal mucinosa
papilar (NIMP) é rara (1-3% das neoplasias exócrinas pan-
creáticas). Comum em mulheres. Raramente causa sintomas
exceto na obstrução do ducto pancreatico. Objetivo: Relatar
um caso de pancreatite por NIMP diagnosticada por Ecoen-
doscopia (EE). Métodos: Masculino, 65 anos, apresentou
quadro de pancreatite aguda. Tomografia abdominal eviden-
ciou pólipo em papila duodenal e lesões císticas sólidas em
corpo do pâncreas. EE evidenciou lesão cística em cabeça
pancreática com vegetações no interior, ducto de Wirsung tor-
tuoso, com dilatações isoladas e vegetações, colédoco distal
dilatado e afilado junto à papila, não se obsevando comprome-
timento de vasos ou linfadenomegalias. Imagem endoscópica
com lesão vilosa em papila. Paciente submetido à duodeno-
pancreatectomia parcial. Anátomo-patológico (AP): NIMP
invasora com margens livres e displasia em mucosa de duc-
to principal. Após 3 meses nova tomografia abdominal com
lesão cistica em cauda de pâncreas com invasão de parede
110 gastrica posterior. Realizado endoscopia com biópsia da le-
são (AP: adenocarcinoma). Efetuada pancreatectomia total,
gastrectomia subtotal e colectomia parcial de transverso por
invasão direta da neoplasia (AP: NIMP avançado sem adeno-
patias positivas). Conclusão: EE tem se mostrado importante
na avaliação de lesões pancreáticas como NIMP tanto para
diagnóstico, quanto para avaliação pré-operatória da melhor
abordagem cirúrgica e para estadiamento.
Diagnóstico Endoscópico de
Ancylostoma Duodenale Durante
Investigação de Sangramento
Gastrointestinal
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para referência / Instituição: FANGIO
FERRARI / FERRARI, F. / HRHDS; JULIANA POLIDO DE ARAÚJO / ARAÚJO,
JP / HRHDS; ROBERTA H. MARTINELLI FISCHER / FISCHER, RM / HRHDS;
PATRÍCIA SCHMIDT FERTIG KIRSTEN / KIRSTEN, PSF / HRHDS; HAROLDO
LUIZ JORDELINO DA LUZ / LUZ, HLJ / HRHDS; PAULO MARCELO
NASCIMENTO DA SILVA MAFRA / MAFRA, PMNS / HRHDS; MARCELO
OCHOA / OCHOA, M / HRHDS; CARLOS RENATO FRANCALACCI /
FRANCALACCI, CR / HRHDS;
Resumo
Introdução: Ancylostoma duodenale é um dos parasitas mais
comuns no mundo, especialmente em ambientes quentes e
úmidos. Sua incidência vem diminuindo devido melhorias no
saneamento básico. Normalmente é diagnosticado a partir de
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
achados clínicos característicos, tais como eosinofilia, anemia
e ovos no exame parasitológico de fezes. Método: Descrição
de caso clínico de paciente internado no Hospital Regional
Hans Dieter Schmidt em maio de 2011. Resultados: A.M.C.,
masculino, 32 anos, iniciou há 3 meses com quadro de melena.
Há 1 mês com astenia, emagrecimento de 10kg e vertigem. Na
admissão apresentava palidez cutânea, dispneia, história de
drogadição (crack), Hb 2,5g/dL e Ht 8,9g/dL. Foi transfundido
e no controle laboratorial observou-se eosinofilia de 21%.
Endoscopia digestiva alta em bulbo e segunda porção duodenal
com múltiplos parasitas móveis, filiformes e rosados. Exame
de fezes com ovos de A.duodenale. Paciente foi tratado com
albendazol e teve alta hospitalar com melhora clínica, porém
não manteve acompanhamento ambulatorial. Conclusão: Os
ancilostomídeos vivem geralmente na parte superior do intestino
delgado, poucos sendo encontrados no duodeno. Diagnóstico
definitivo normalmente é realizado apenas após repetidas buscas
de ovos com forma característica nas fezes do paciente, porém
ocasionalmente pode ser obtido através da endoscopia digestiva
alta com especial atenção ao duodeno. O tratamento mais
empregado pode ser realizado com mebendazol ou albendazol.
Diagnóstico Endoscópico e Histológico:
Convergências e Divergências
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para referência / Instituição: FABIANO
MARCELO FABRIS / FABRIS FM / HOSPITAL SANTA MARCELINA
ITAQUAQUECETUBA; THIAGO NUNES DE OLIVEIRA NALIM / NALIM TNO /
HOSPITAL SANTA MARCELINA ITAQUAQUECETUBA; MARCELA CAVALCANTE
VIEIRA / VIEIRA MC / HOSPITAL SANTA MARCELINA ITAQUAQUECETUBA;
THIAGO FERRAZ VIEIRA PINTO / PINTO TFV / ALUNO DE MEDICINA DO
CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO CAMILO; DANIEL PIRES PENTEADO RIBEIRO
/ RIBEIRO DPP / ALUNO DE MEDICINA DO CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO
CAMILO; ALINE MORARES DE DOMENICO / DOMENICO AM / ALUNA DE
MEDICINA DO CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO CAMILO; ROBERTO KUNIMASSA
KIKAWA / KIKAWA RK / HOSPITAL SANTA MARCELINA ITAQUAQUECETUBA.
Resumo
Introdução: O exame de endoscopia digestiva constitui impor-
tante recurso diagnóstico das principais patologias gastrointes-
tinais. Objetivo: Avaliar o índice de convergência diagnóstica
entre o exame endoscópico (macroscópico) e o exame histopato-
lógico (microscópico). Metodologia: Estudo retrospectivo dos
pacientes do exame de Endoscopia Digestiva Alta (EDA), Colo-
noscopia e Retossigmoidoscopia (Col), realização de biópsias e
estudo anatomopatológico das peças, no serviço de Endoscopia
Digestiva do Hospital Santa Marcelina Itaquaquecetuba, no perío-
do de Julho 2009 à Julho 2010. O estudo levantou 707 pacientes
(EDA= 481/Col= 226) sendo 305 (43,1%) do sexo masculino e
402 (56,8%) feminino, com idades entre 14 à 92 anos (média=
54,1), com a confirmação diagnóstica por estudo anatomopatoló-
gico, sendo pontuado como convergente ou não. Resultado: A
convergência dos resultados ocorreu em 648 (91,7%) dos casos
totais. Na análise macroscópica (Ma) houve o relato de 40 lesões
possivelmente neoplásicas, e no microscópico (Mi) de 53, com
uma disparidade em 13 casos (24,6%), com o menor índice de
convergência ocorreu na EDA (Ma=25 e Mi= 35 casos, 71,4%
de convergência) em relação à Col (Ma=15 e Mi=18 casos,
83,3% de convergência). Conclusão: Convergência de 91,7%,
quando considerados apenas os casos de lesões neoplásicas o
índice caiu para 75,4%, apontando que o exame endoscópico é
relevante na detecção e localização das lesões no trato gastroin-
testinal que devam ser biopsiadas para análise microscópica.
Diagnóstico Incidental de GIST do
Duodeno
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para referência / Instituição: JULIANA
MARQUES DRIGO / DRIGO, JM. / HSL; CARLOS ALBERTO CAPPELLANES /
CAPPELLANES, CA. / HSL; SAVERIO TADEU ARMELINNI DE NOCE / NOCE,
STA. / HSL; JOEL FERNANDEZ DE OLIVEIRA / OLIVEIRA, JF. / HUT; AUGUSTO
GANDOLFI / GANDOLFI, A. / HUT; JOSE ANTONIO MACHADO JUNIOR /
JUNIOR, JAM. / HUT.
Resumo
Introdução: O acometimento do duodeno pelos GIST’s é raro,
ocorrendo em cerca de 5% dos casos. Geralmente são assinto-
máticos, mas com frequência manifestam-se como hemorragia
digestiva, anemia e sintomas obstrutivos. Comparados aos GIST’s
de outras localidades, tendem a ocorrer em pacientes mais jovens
e expressam menos o marcador de proliferação Ki-67. Objetivo:
Relatar caso de paciente homem adulto jovem, assintomático,
com achado incidental de GIST duodenal. Casuística: Homem
jovem, submetido à tomografia computadorizada abdominal para
diagnóstico de litíase renal, sendo observada massa na terceira
porção duodenal e ausência de metástases. Endoscopia digestiva
alta confirmou grande lesão de aspecto subepitelial, úlcerada. As
biópsias com análise imunohistoquímica confirmaram o diagnós-
tico de GIST. Realizado tratamento cirúrgico com ressecção local
e duodenojejunoanastomose látero-lateral. Resultados: Houve
boa evolução no pós-operatório. A peça cirúrgica mostrou tumor
de 4,7cm com alto índice mitótico. No entanto, o Ki-67 foi baixo.
Apesar da probabilidade de prognóstico desfavorável, o paciente
mantém-se até o momento sem sinais de recidiva local ou à dis-
tância. Conclusão: GIST’s de duodeno parecem ter um com-
portamento diferente em relação aos mesmos tumores de outras
localidades. No entanto, outras séries seriam necessárias para
firmar esta possibilidade.
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
Diarreia Crônica Secundária a
Imunodeficiência Comum Variável –
Relato de Caso
Temário: Gastroenterologia / Intestino
Autores / Nome para referência / Instituição: ANA CAROLINA
DE PAULA MACHADO / MACHADO, ACP / UNIVERSIDADE FEDERAL DE
GOIÁS; VANESSA TAVARES DE FREITAS / FREITAS, VT / UNIVERSIDADE
FEDERAL DE GOIÁS; LARISSA FERNANDES MAIA BARBOSA / BARBOSA,
LFM / UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS; RODRIGO OLIVEIRA XIMENES /
XIMENES, RO / UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS; DIOGO HENRIQUE SALIBA
DE SOUZA / SOUZA, DHS / UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS; MIRELA
REBOUÇAS FERNANDES DE LIMA / LIMA, MRF / UNIVERSIDADE FEDERAL
DE GOIÁS; MAYRA RABELO DOS SANTOS / SANTOS, MR / UNIVERSIDADE
FEDERAL DE GOIÁS; JOFFRE REZENDE FILHO / FILHO, JR / UNIVERSIDADE
FEDERAL DE GOIÁS.
Resumo
Introdução: A imunodeficiência comum variável (ICV) corres- 111
ponde a um grupo heterogêneo de doenças imunológicas de
etiologia desconhecida, caracterizada por alterações nas células
B e produção deficiente de imunoglobulinas (Ig). É o distúrbio de
imunodeficiência primária mais prevalente e sua clínica é variável:
infecções recorrentes, neoplasias e alterações gastrointestinais.
Objetivo: Relatar um caso de diarreia crônica secundária a ICV.
Relato: Masculino, 36 anos, há 3 anos, diarreia líquido-pastosa,
com restos alimentares, 13 episódios/dia, melhora com antibióti-
cos. Perda de peso (22 kg) e 04 episódios de pneumonia, no pe-
ríodo. Emagrecido, atrofia de papilas linguais e rarefação de pêlos.
Bioquímica: anemia e hipoalbuminemia. Gorduras e leucócitos fe-
cais: positivos. Pesquisa de doença celíaca, HIV e parasitas: ne-
gativos. Hipogamaglobulinemia: IgA, IgG, IgM e IgE diminuídas.
Endoscopia e colonoscopia: normais. Os exames laboratoriais as-
sociado à melhora com antibióticos levaram a hipótese de super-
crescimento bacteriano (SB) secundário a ICV. Iniciado reposição
de imunoglobulina, evoluiu com melhora clínica importante. Dis-
cussão: Em pacientes com ICV, a diarreia crônica, na maioria das
vezes associada à síndrome disabsortiva, é uma queixa frequente,
sendo o SB uma das suas principais etiologias, como demonstra-
do no presente caso. Conclusão: A ICV deve ser considerada
em pacientes com Diarreia crônica com hipótese de SB, princi-
palmente quando associada à síndrome disabsortiva.
Dificuldade no Diagnóstico
Histopatológico de Pólipo em Canal
Anal
Temário: Cirurgia / Cólon
Autores / Nome para referência / Instituição: TATIANA

PASCHOALATO / PASCHOALATO,T. / HOSPITAL MEDICAMP/INTERMÉDICA
CAMPINAS; HENRIQUE VALÉRIO DE MESQUITA / MESQUITA,HV / HOSPITAL
MEDICAMP/INTERMÉDICA CAMPINAS; HERMANO DE MEDEIROS JÚNIOR
/ MEDEIROSJÚNIOR,H / HOSPITAL MEDICAMP/INTERMÉDICA CAMPINAS;
LEANDRO DE SOUZA LEHFELD / LEHFELD,LS / HOSPITAL MEDICAMP/
INTERMÉDICA.
Resumo
Introdução: O canal anal proximalmente é revestido por epi-
télio simples colunar. Distalmente, da linha pectínea à borda
anal, apresenta epitélio escamoso poliestratificado queratiniza-
do. Devido a estas características histológicas, pode ser sítio de
diferentes tipos de lesões. Objetivo: Relatar um caso em que
houve dificuldade diagnóstica de lesão Polipoide anal. Relato
do caso: Paciente feminina, m.F.C.M., 31 anos, queixa protru-
são de nodulação às evacuações há cerca de 1 ano, sem dor
, sangramento ou alteração do hábito intestinal. Além dos exa-
mes de rotina, foi submetida à colonoscopia pré operatória que
confirmou presença de pólipo de 5cm, em canal anal, a 3 cm da
112 borda anal, sem outras lesões. Submetida a excisão completa da
lesão, via perianal, sob raquianestesia, sem intercorrências. No
retorno ambulatorial, o anátomo-patológico classificou a lesão
como “plicoma anal”. Solicitada revisão de lâmina devido à in-
compatibilidade da queixa da paciente, e do achado intraopera-
tório de pólipo em canal anal. Refeito diagnóstico, como “pólipo
fibroepitelial em canal anal”. Conclusão: A região do canal anal
pode ser o sítio de muitas lesões. A maioria das condições que
surge nessa área são comuns e benignas, mas podem interferir
na qualidade de vida e até incapacitar. Devido às peculiaridades
dessa região, o diagnóstico correto pode não ser tão fácil, mas
fundamental para um tratamento adequado.
Dilatação Balonada Hidrostática da
Papila Duodenal para Retirada de
Cálculos Grandes de Colédoco – Série
de Casos
Temário: Endoscopia / Colangiopancreatografia
endoscópica retrógrada
Autores / Nome para referência / Instituição: MAÍRA
RIBEIRO DE ALMEIDA / ALMEIDA, MR / HOSPITAL DAS CLÍNICAS FMUSP;
GUSTAVO DE OLIVEIRA LUZ / LUZ, GO / HOSPITAL DAS CLÍNICAS FMUSP;
EDUARDO GUIMARÃES HOURNEAUX DE MOURA / MOURA, EGH /
HOSPITAL DAS CLÍNICAS FMUSP; FERNANDA PESSORUSSO / PESSORUSSO,
F / HOSPITAL DAS CLÍNICAS FMUSP; RENATO BARACAT / BARACAT, R
/ HOSPITAL DAS CLÍNICAS FMUSP; TOMAZO FRANZINE / FRANZINE, T
/ HOSPITAL DAS CLÍNICAS FMUSP; FAUZE MALUF FILHO / MALUF, F /
HOSPITAL DAS CLÍNICAS FMUSP; PAULO SAKAI / SAKAI, P / HOSPITAL DAS
CLÍNICAS FMUSP.
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
Resumo
A retirada de cálculos gigantes de colédoco (> 15 mm)é tecni-
camente difícil quando as dimensões do cálculo são superiores
às dimensões da papilotomia. Objetivo: Avaliar os resultados
da dilatação balonada da papila (DBPD) pós papilotomia na
retirada de cálculos grandes com relação à taxa de sucesso
e às complicações. Pacientes: Foram avaliados os pacientes
submetidos à CPRE com DBPD para retirada de cálculo. De
novembro de 2009 a agosto de 2011, 730 pacientes com sus-
peita de coledocolitíase foram submetidos a CPRE. Destes, 123
(16,8 %), média idade 56 anos (22-98), 77 mulheres (63%)
foram submetidos à DBPD. Tamanho dos cálculos variou de
13 a 30 mm. Diâmetro do balão foi de 12 a 20 mm. A dilata-
ção foi realizada até alcançar a pressão do diâmetro desejado
do balão ou o desaparecimento da “cintura”. Após dilatação
utilizava-se balão extrator ou basket para retirada dos cálculos.
Resultados: Taxa de clareamento da via biliar somente com
DBPD foi de 83 %. Foi necessário o uso de litotripsia mecânica
em 4 pacientes, com sucesso em 75%. A taxa de sucesso total
no primeiro exame foi de 85% (105/123). Complicações:
1 paciente apresentou sangramento pós dilatação, controlado
com injeção e coagulação. Houve 2 perfurações (ambas com
balão de 20 mm) para retroperitôneo, tratadas clínicamente.
Conclusão: A DBPD pós papilotomia para retirada de gran-
des cálculos é tecnicamente fácil, com alta taxa de sucesso,
baixo índice de complicação e evita litotripsia mecânica na
maioria dos casos.
Dilatação Cística Isolada do Ducto
Cístico – um Caso Raro de Cisto
Biliar do Tipo VI
Temário: Endoscopia / Colangiopancreatografia
endoscópica retrógrada
Autores / Nome para referência / Instituição: MAÍRA
RIBEIRO DE ALMEIDA / ALMEIDA, MR / HOSPITAL DAS CLÍNICAS FMUSP;
GUSTAVO DE OLIVEIRA LUZ / LUZ, GO / HOSPITAL DAS CLÍNICAS FMUSP;
ELIZABETE SOARES / SOARES, E / HOSPITAL ERMELINO MATARAZZO;
MAGNO ALMEIDA NOGUEIRA / NOGUEIRA, MA / HOSPITAL ERMELINO
MATARAZZO; LUCIANO LENZ / LENZ, L / ESCOLA PAULISTA DE MEDICINA;
FAUZE MALUF FILHO / MALUF, F / HOSPITAL DAS CLÍNICAS FMUSP;
PAULO SAKAI / SAKAI, P / HOSPITAL DAS CLÍNICAS FMUSP; EDUARDO
GUIMARÃES HOURNEAUX DE MOURA / MOURA, EGH / HOSPITAL DAS
CLÍNICAS FMUSP.
Resumo
Cistos de colédoco (CC) são raras dilatações císticas da árvore
biliar. Na população ocidental, a incidência é de 1:30.000–50.000
casos. O cisto isolado de ducto cístico (CDC) é ainda mais raro, com
menos de vinte casos descritos. Criança de 6 anos, encaminhada
para o nosso serviço por pancreatite aguda de repetição. Exame
físico sem alterações. Exames laboratoriais, exceto pela elevação
de amilase e lipase nas crises, e tomografia computadorizada de
abdome eram normais. Realizada colangioressonância magnética,
sem haver consenso na avaliação deste exame, realizada por
cinco radiologistas experientes. Diante da dúvida diagnóstica,
uma colangiografia endoscópica retrógrada foi feita para melhor
definição da anatomia da árvore biliar. A CPRE evidenciou dilatação
fusiforme segmentar do ducto cístico, com cerca de 3,5 cm de
comprimento e 2 cm de diâmetro. Baseado nestes achados, a
paciente foi encaminhada para a cirurgia. Ressecção do cístico
e colecistectomia aberta foram realizadas sem complicação.
Após 6 meses de seguimento, a paciente evoluía bem, sem
novos episódios de pancreatite aguda. Apesar de cisto de ducto
cístico ser uma patologia incomum, sua incidência pode estar
aumentando, provavelmente pelo aperfeiçoamento dos exames
diagnósticos. Por isso, pode-se defender a proposta de Serradel
de incluir o CDC no catagoria “tipo VI” da classificaçãoo de
Todani, para que, assim , radiologistas, endoscopistas e cirurgiões
conduzam melhor esta variação anatômica.
Dilatação Endoscópica com Balão em
Estenoses de Anastomoses de Cirurgia
Bariátrica: Experiência Inicial de 100
Casos
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para referência / Instituição: JOSÉ INÁCIO
VIEIRA SANSEVERINO / SANSEVERINO, JI / IRMANDADE SANTA CASA DE
MISERICÓRDIA DE PORTO ALEGRER; SÉRGIO RICARDO PIONER / PIONER,
SR / IRMANDADE SANTA CASA DE MISERICORDIA DE PORTO ALEGRE;
GUSTAVO FONSECA MORALES / MORALES, GF / IRMANDADE SANTA CASA
DE MISERICORDIA DE PORTO ALEGRE; JOSÉ RENATO HAUCK / HAUCK, JR
/ IRMANDADE SANTA CASA DE MISERICORDIA DE PORTO ALEGRE; PAULA
BAPTISTA SANSEVERINO / SANSEVERINO, PB / UNIVERSIDADE FEDERAL DO
RIO GRANDE DO SUL; GRAZIELA RANGEL PANIZ / PANIZ, GR / IRMANDADE
SANTA CASA DE MISERICORDIA DE PORTO ALEGRE.
Resumo
Introdução: A cirurgia bariátrica se tornou a principal terapêu-
tica no tratamento da obesidade mórbida em pacientes não res-
pondedores ao manejo clínico. Por consequência, o surgimento
de complicações pós-operatórias como as estenoses, começa-
ram a se tornar frequentes. A incidência varia de 5 e 30%. A di-
latação endoscópica com balão é o tratamento de escolha. Pa-
cientes e Métodos: de janeiro de 2006 a setembro de 2009,
100 pacientes consecutivos com estenoses de gastrojejunoanas-
tomoses de cirurgias bariátricas foram submetidos à EDA, utili-
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
zando balão dilatador hidrostático com diâmetro final de 12 ou 14
mm, e sedação consciente ou anestesia. Após o procedimento,
os pacientes eram orientados a manter dieta líquida e pastosa
por 2 dias. Resultados: todos os 100 pacientes tiveram sucesso
terapêutico. A maioria (72%) precisou apenas de uma única ses-
são de dilatação. Os demais 28 pacientes realizaram entre 2 até
5 sessões para resolução completa de suas estenoses. Variáveis
como presença de grampos, úlceras, fios de sutura na anastomo-
se, e utilização de balão dilatador com menor diâmetro (12mm)
estiveram associados a recidiva da estenose pós-procedimento,
e a necessidade de novas sessões. Complicações como hemor-
ragia digestiva de maior monta ocorreram em 2 casos, ambos re-
solvidos com hemoclips. Não houve perfuração. Conclusão: A
dilatação endoscópica com balão se mostrou um método eficaz
no tratamento de estenoses em cirurgia bariátrica.
Dissecção Endoscópica de Submucosa
no Esôfago através da Tunelização
Submucosa com Flush-Knife: Proposta
de Padronização Técnica 113
Temário: Endoscopia / Miscelânea
Autores / Nome para referência / Instituição: GILBERTO
PEDRO RODRIGUES / RODRIGUES, GP / HC-UFMG; VITOR NUNES
ARANTES / ARANTES, VN / HC-UFMG; WALTON ALBUQUERQUE /
ALBUQUERQUE, W / HC-UFMG; PAULA HARUMI UEJO / UEJO, PH /
HC-UFMG; BRUNO AUGUSTO SOARES DE SOUZA / SOUZA, B.A.S / HC-
UFMG; CRISTIANE DE SOUZA BECHARA / BECHARA, C.S / HC-UFMG;
JOSE ANDRADE FRANCO NETO / NETO, J.A.F / HC-UFMG.
Resumo
Introdução: A dissecção endoscópica de submucosa (DES) é
uma nova forma de tratamento endoscópico de neoplasias pre-
coces. Vantagens: Ressecção em bloco do tumor, avaliação
histológica precisa e menor recorrência local. Diferentes técnicas
de ESD foram descritas. Falta uma padronização do método. Ob-
jetivo: Padronizar uma técnica de DES para neoplasias precoces
de esôfago. Método: Vídeo demonstrando a DES utilizando a
técnica de tunelização submucosa com Flush-Knife Ball-tip 1,5
mm (Fujinon Fujifilm, Japão) em um paciente com carcinoma pre-
coce de esôfago. Caso Clínico: Mulher, 72 anos. Anteceden-
tes de neoplasia de palato mole tratado com quimioradioterapia.
Endoscopia transnasal de rastreamento: Lesão neoplásica plana
0IIB a 26 cm da ADS. Biópsia: Displasia de alto grau. Estadia-
mento ecoendoscópico: uT0N0. Resultado: Realizada DES uti-
lizando a técnica de tunelização submucosa com acessório Flush-
Knife com ressecção completa e em bloco da lesão. Anatomia
patológica: carcinoma de células escamosas do esôfago, bem
diferenciado, invasor até a muscular da mucosa, retirado com
margens cirúrgicas livres. Conclusão: A técnica de tunelização

submucosa na DES é uma opção eficaz para ressecções em bloco
de tumores superficiais do esôfago.
Dissecção Submucosa Endoscópica
(ESD) versus Microcirurgia Transanal
Endoscópica (TEM) no Tratamento de
Neoplasias Retais Precoces
Temário: Endoscopia / Colonoscopia
Autores / Nome para referência / Instituição: FÁBIO
SHIGUEHISSA KAWAGUTI / KAWAGUTI; FS / ICESP; CAIO SÉRGIO RIZKALLAH
NAHAS / NAHAS, CSR / ICESP; CARLOS FREDERICO SPARAPAN
MARQUES / MARQUES, CFS / ICESP; RAPHAEL SALLES S. MEDEIROS /
MEDEIROS, RSS / ICESP; BRUNO DA COSTA MARTINS / MARTINS,
BC / ICESP; CEZAR FABIANO MANABU SATO / SATO, CFM / ICESP;
SÉRGIO CARLOS NAHAS / NAHAS, SC / HCFMUSP; FAUZE MALUF-
FILHO / MALUF-FILHO, F / ICESP.
Resumo
114
Introdução: Dissecção submucosa endoscópica (ESD) e
microcirurgia transanal endoscópica são métodos minimamente
invasivos no tratamento de neoplasias retais precoces. Ambas
possibilitam ressecções em monobloco, porém estão sujeitas a
complicações. Objetivo: Comparar a eficácia clínica de ESD e
TEM para tumores retais não invasivos Métodos: Entre julho de
2008 e agosto de 2011, 22 pacientes com diagnóstico de neoplasia
retal precoce foram tratados através de TEM (13) ou ESD (9).
Margens de ressecção, complicações, tempo de procedimento e
internação foram avaliados retrospectivamente. Resultados: O
tamanho médio das lesões foi de 66 mm e 45 mm no grupo ESD e
TEM, respectivamente. Ressecções em monobloco, com margens
negativas, foram obtidas em 77,7% do grupo ESD e 76,9% do grupo
TEM. Houve perfurações em 2 pacientes do grupo ESD (ambos
com pneumotórax), tratadas de forma conservadora. No grupo
TEM, ocorreu pneumoperitônio com repercussão ventilatória em 4
casos, resolvidos por punção abdominal. Quanto às complicações
tardias, houve um caso de incontinência transitória para líquidos e
um caso de tenesmo no grupo TEM. O tempo médio de internação
foi de 3,7 dias para ESD e 4 dias para TEM. O tempo médio de
procedimento foi de 138 minutos para ESD e 126 minutos para
TEM. Conclusões: Ambos os métodos para tratamento de
tumores retais não invasivos mostraram-se efetivos, com taxa de
complicações imédiatas semelhantes, porém, com alterações
evacuatórias transitórias no grupo TEM.
Dissecção Submucosa Endoscópica
com Flush Knife e CAP Oblíquo
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
Autores / Nome para referência / Instituição: RICARDO SATO
UEMURA / UEMURA, RS / HC - FMUSP; FÁBIO YUJI HONDO / HONDO,
FY / HC - FMUSP; ANNA CAROLINA SIMÕES MIOTTO / MIOTTO, ACS
/ HC - FMUSP; STEPHANIE WODAK MENESES / MENESES, SW / HC -
FMUSP; RICARDO JORDÃO DUARTE / DUARTE, RJ / HC - FMUSP; PAULO
SAKAI / SAKAI, P / HC - FMUSP.
Resumo
Introdução: A dissecção submucosa endoscópica (DES) é uma
técnica relativamente nova para o tratamento de neoplasias pre-
coces digestivas que permite a ressecção em bloco independente
do seu tamanho. Entretanto, este procedimento demanda longa
duração e com maiores riscos de complicações. A difusão do pro-
cedimento permitiu o desenvolvimento de novos instrumentos que
auxiliam na dissecção submucosa endoscópica. Objetivo: De-
monstrar, em modelo animal porcino, a utilização de um acessório,
cap oblíquo, para auxiliar a dissecção submucosa endoscópica.
Materiais e Métodos: Em modelo experimental porcino, foi rea-
lizada anestesia geral e decúbito lateral esquerdo. Com endoscópio
padrão, a mucosa foi demarcada com Flush Knife na grande curva-
tura do corpo distal, medindo aproximadamente 3cm de diâmetro,
simulando uma lesão. Após a injeção submucosa de solução fisio-
lógica a 0,9% com epinefrina e índigo carmin, foi realizada a incisão
circunferencial da lesão com Flush Knife. A camada submucosa foi
dissecada com o Flush Knife com a utilização do cap. oblíquo para
exposição da camada submucosa. Conclusões: O cap. oblíquo
permite a exposição da camada submucosa auxiliando na dissec-
ção e, consequentemente, diminuindo o tempo do procedimento
e risco de complicações.
Dissecção Submucosa Endoscópica
de Neoplasia de Cólon Precoce:
Experiência Inicial no Gastrocentro
- UNICAMP
Temário: Endoscopia / Colonoscopia
Autores / Nome para referência / Instituição: JOSE
OLIMPIO MEIRELLES / MEIRELLES J.O. / UNICAMP; CLAUDIO COY
/ COY C. / UNICAMP; TATIANA COSTALLAT RICCI / RICCI T.C. /
UNICAMP; CIRO GARCIA MONTES / MONTES, C.G. / UNICAMP;
NELSOM M IYAJIMA / MIYAJIMA N. / FMUSP; CRISTIANE KIBUNE
NAGASAKO / NAGASAKO C.K. / UNICAMP; ADEMAR YAMANAKA /
YAMANAKA A. / UNICAMP; RITA B. CARVALHO / CARVALHO R.B.
/ UNICAMP.
Resumo
Introdução: A dissecção endoscópica submucosa (ESD) é
uma nova técnica japonesa caracterizada pela ressecção em
bloco de lesões neoplásicas, com baixa taxa de recorrência local.
Objetivos: Avaliar a possibilidade de sua realização técnica,
resultados e complicações iniciais no tratamento de lesões
neoplásicas do cólon no Gastrocentro Unicamp. Casuística e
Métodos: 8 pacientes foram submetidos à ESD no tratamento
de lesões colônicas no período de 09/2010 a 07/2011 com
acompanhamento prospectivo e analisado os resultados iniciais e
complicações. Resultados: 7 pacientes com neoplasias colônicas
e 1 de lesão espraiada hiperplásica em cólon. Média de idade de
55 anos (45 a 65 anos), 3 do sexo feminino e 5 do masculino.
Tamanho médio de 26 mm (20 a 50 mm). 6 do tipo granular, 1
não granular e 1 tipo misto; duração média de 163 min ( 80 a
420 min). O estudo da peça demonstrou 1 pólipo hiperplásico, 1
adenoma associado a adenocarcinoma bem diferenciado (M1), 3
adenomas com displasia de alto grau e 2 adenomas com displasia
de baixo grau. Um apresentou margem lateral comprometida sem
recidiva em exame de controle. Margens de profundidade eram
todas livres de lesão. Houve como complicações imédiatas 1
perfuração de reto com pneumoperitônio tratada com clipagem
e 1 sangramento controlado endoscopicamente. Conclusão:
A dissecção submucosa é uma técnica factível no nosso serviço
com alta taxa de sucesso. As complicações como sangramento e
perfuração são mais frequentes no cólon.
Dissecção Submucosa Endoscópica
em Neoplasias Colorretais – Casuística
Inicial
Temário: Endoscopia / Colonoscopia
Autores / Nome para referência / Instituição: FÁBIO
SHIGUEHISSA KAWAGUTI / KAWAGUTI, FS / ICESP; CAIO SÉRGIO
RIZKALLAH NAHAS / NAHAS CSR / ICESP; RAPHAEL SALLES S,
MEDEIROS / MEDEIROS, RSS / ICESP; BRUNO DA COSTA MARTINS
/ MARTINS, BC / ICESP; CARLOS FREDERICO SPARAPAN MARQUES
/ MARQUES CFS / ICESP; SÉRGIO CARLOS NAHAS / NAHAS, SC /
HCFMUSP; PAULO SAKAI / SAKAI, P / FMUSP; FAUZE MALUF-
FILHO / MALUF-FILHO, F / ICESP.
Resumo
Introdução: A dissecção submucosa endoscópica (ESD) foi
inicialmente utilizada em casos de câncer gástrico precoce no
Japão, com bons resultados, sendo hoje uma modalidade de
tratamento consagrada. Recentemente, o emprego da ESD tem
sido estendido para casos de neoplasias precoces colorretais.
Objetivo: Avaliar os resultados iniciais do emprego de ESD
em casos de neoplasias precoces colorretais. Métodos: As
neoplasias colorretais foram avaliadas endoscopicamente através
de cromoscopia e magnificação. Lesões restritas à mucosa ou até
a submucosa superficial foram incluídas para tratamento através
de Esd. Resultados: Foram realizadas 13 ESDs em 12 pacientes
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
entre julho de 2010 e agosto de 2011. As lesões localizavam-se no
cólon direito (15%), cólon esquerdo (15%) e reto (70%). Foram
tratados um tumor carcinoide em reto, 11 lesões de crescimento
lateral (LST) e uma lesão residual pós-mucosectomia. O tamanho
médio das lesões ressecadas foi de 62 mm e tempo médio de
procedimento de 140 min. Obteve-se ressecção em monobloco
em 92% dos casos. Os critérios de curabilidade foram atingidos
em 77% dos casos, porém houve apenas 1 caso de lesão residual.
A taxa de perfurações, no geral, foi de 38%, porém houve queda
significativa conforme a progressão da curva de aprendizado.
Conclusão: A técnica proporciona boa taxa de curabilidade,
porém há complicações que diminuem com a progressão do
aprendizado.
Dissecção Submucosa Endoscópica
no Tratamento de Neoplasia Gástrica
Precoce: Experiência Inicial no
Gastrocentro - UNICAMP
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta 115
Autores / Nome para referência / Instituição: JOSE OLIMPIO
MEIRELLES / MEIRELLES J.O. / UNICAMP; TATIANA COSTALLAT RICCI /
RICCI T.C. / UNICAMP; CLAUDIO COY / COY C. / UNICAMP; ADEMAR
YAMANAKA / YAMANAKA A. / UNICAMP; NELSON MIYAJIMA / MIYAJIMA
N. / FMUSP; RITA B. CARVALHO / CARVALHO R.B. / UNICAMP; FABIO
GUERRAZZI / GUERRAZZI F. / UNICAMP; LEONARDO TREVISAN MONICI /
MONICI L.T. / UNICAMP.
Resumo
Introdução: A dissecção endoscópica submucosa (ESD) é uma
nova técnica endoscópica japonesa caracterizada por ressecção
em bloco de lesões neoplásicas, com baixa taxa de recorrência
local. Objetivo: Avaliar a possibilidade de sua realização técnica,
resultados e complicações iniciais no Gastrocentro UNICAMP.
Casuística e métodos: 9 pacientes foram submetidos à ESD
no tratamento de lesões neoplásicas do estômago no período
de 06/2009 a 04/2011 com acompanhamento prospectivo e
analisado os resultados iniciais e complicações. Resultados:
Média de idade de 65 anos (58 a 73 anos), sexo todos masculino.
5 portadores de adenocarcinoma bem diferenciado (ABD) e 4
de adenomas. 5 lesões do tipo IIa, 4 do tipo IIa+IIc, sendo 5 no
corpo e 4 no antro. O diâmetro médio foi 28,6 mm ( 20 a 45 mm)
e duração média de 103 min ( 60 a 240 min). Todos os adenomas
com displasia de baixo grau à biópsia e a peça cirúrgica (PC)
demonstrou 1 adenocarcinoma intramucoso (M1), 2 displasia de
alto grau e 1 displasia de baixo grau. Dos 5 portadores de ABD à
biópsia um apresentou adenocarcinoma pouco diferenciado com
invasão SM1, 1 ABD M2, 1 ABD M3 com invasão vascular e
dois ABD SM1 sem invasão vascular ou linfática. Todas as lesões
tiveram as margens laterais e profundas livres de lesão. Não

houve complicação como sangramento ou perfuração. Conclusão:
A dissecção submucosa é uma técnica factível no nosso serviço com
alta taxa de sucesso e baixas complicações apesar da experiência
de início recente.
Diverticulite de Apêndice Cecal - Relato
de Caso
Temário: Cirurgia / Cólon
Autores / Nome para referência / Instituição: LUIGI CARLO
DASILVA COSTA / COSTA, LCS / UFPA; CARLENO DA SILVA COSTA / COSTA,
CS / UFPA; LUIZ CARLOS ALMEIDA COSTA / COSTA, LCA / GASTROCLÍNICA-
MARABÁ; BERNARD COSTA FAVACHO / COSTA, BC / UFPA.
Resumo
O divertículo consiste em protrusão sacular da parede do trato
gastrointestinal - diverticulose. Incide no apêndice de 0,2 a 0,66%. O
objetivo é relatar um caso de diverticulite múltipla de apêndice cecal,
116 atentando para o diagnóstico e tratamento adequado, pois é uma
entidade rara de difícil diagnóstico e, se não tratada precocemente,
pode complicar com evolução do paciente ao óbito. O caso trata-se
de paciente do sexo feminino, 18 anos, apresentando intensa dor
abdominal da fossa ilíaca direita (FID) há 3 dias, anorexia e náusea.
Inicialmente a dor era incaracterística, localizada no baixo ventre
com 2 episódios em um período de dois meses. No hemograma
observou-se leucocitose com desvio à esquerda e ao ultrassom
foi observado sinais de inflamação do apêndice cecal. A hipótese
diagnóstica foi apendicite aguda e a conduta foi a apendicectomia. No
intraoperatório observou-se duas saculações no ápice do apêndice
sugestivas de diverticulose. O histopatológico mostrou diverticulite
de apêndice cecal e apendicite. A presença de divertículo na maioria
das vezes é assintomática, o que não ocorre durante sua inflamação
- diverticulite, cuja apresentação clínica é semelhante à apendicite
aguda como no caso apresentado. O diagnóstica de certeza é dado
pelo anatomopatológico. Conclui-se que em casos característicos
de apendicite a diverticulite deve ser lembrada como diagnóstico
diferencial para que o tratamento cirúrgico seja contundente.
Divertículo de Meckel, Enterorragia
Severa - Relato de Caso
Temário: Cirurgia / Intestino Delgado
Autores / Nome para referência / Instituição: KARLA ROCHA
PENTEADO / PENTEADO, KR / UFPR; FERNANDA BIZINELLI / BIZINELLI, F /
UFPR; BRUNO EUGÊNIO CANHETTI MONDIN / MONDIN, BEC / UFPR; JÚLIO
CESAR SOUZA LOBO / LOBO, JCS / UFPR; SÉRGIO O IOSHI / IOSHI, SO /
UFPR; FABRICIO M MARQUES / MARQUES, FM / UFPR; FERNANDO ISSAMU
TABUSHI / TABUSHI, FI / HOSPITAL VITA CURITIBA; BENUR POLONIO / POLONIO,
B / UFPR.
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
Resumo
Paciente masculino de 21 anos de idade, previamente hígido,
foi admitido no pronto atendimento com enterorragia volumosa
com 12 horas de evolução, sem dor abdominal. Foi adimitido em
choque hipovolêmico, após seu manejo e estabilização realizou-
se: EDA normal, colonoscopia até o ceco, a qual apresentou
sangue sem foco de sangramento. Realizou-se arteriografia que
foi normal. Indicou-se laparotomia exploradora e enteroscopia a
céu aberto. O achado intraoperatório foi um divertículo de Meckel
ha 50 cm da válvula ileocecal com tecido gástrico em seu interior.
Com a enteroscopia se identificou o vaso sangrante no interior do
divertículo. Procedeu-se a ressecção de um segmento de delgado
que incluiu o diverticulo e enteroenteroanastomose, com boa
evolução. Foram utilizadas 11 concentrados e hemácias durante até
o término da cirurgia. Pretende-se ilustrar o pôster com imagens
da EDA, colonoscopia, arteriografia, macro e microscopia.
Divertículo de Zenker : Tratamento
Cirúrgico ou Endoscópico?
Temário: Cirurgia / Esôfago
Autores / Nome para referência / Instituição: MARIA
APARECIDA COELHO DE ARRUDA HENRY / HENRY MACA / FMB -
UNESP; MAURO MASSON LERCO / LERCO MM / FMB - UNESP; JOSÉ
VICENTE TAGLIARINI / TAGLIARINI JV / FMB - UNESP; EMANUEL CELICE
CASTILHO / CASTILHO EC / FMB - UNESP; FABÍOLO TROCOLI NOVAES /
NOVAES FT / FMB - UNESP.
Resumo
O divertículo de Zenker (DZ) é pouco frequente e representa 3
a 5% das doenças esofagianas. O tratamento do DZ pode ser
realizado por abordagem cirúrgica ou endoscópica. O objetivo
deste trabalho é avaliar comparativamente os aspectos clínicos
e terapêuticos de portadores de DZ submetidos a tratamentos
cirúrgico e endoscópico. Foram estudados de maneira retrospec-
tiva 36 indivíduos portadores de DZ atendidos em nosso hospital
no período de 1995 a 2010. Os pacientes foram divididos em 2
grupos: grupo 1 (n=24)-diverticulectomia associada a miotomia
do músculo cricofaríngeo por cervicotomia esquerda e grupo 2
(n=12)-diverticulostomia endoscópica realizada com grampea-
dor linear. A mortalidade operatória foi nula em ambos os grupos.
Complicações pós-operatórias imédiatas: ocorreram em 4 pa-
cientes do grupo 1 (fístula de pequeno débito em 2 e rouquidão
em 2) e em nenhum daqueles do grupo 2. Complicações pós-
operatórias tardias: recidiva da disfagia em 4 pacientes do grupo
2 (33%), havendo necessidade de novo procedimento endoscó-
pico. Não houve recidiva da disfagia nos pacientes do grupo 1. O
seguimento médio foi de 33 meses para o grupo 1 e de 28 meses
para o grupo 2. Os autores concluem que os dois procedimen-
tos são eficazes na remissão da disfagia, sendo a cirurgia con-
vencional superior por apresentar resolução do sintoma em um
único tempo. O procedimento endoscópico deve ser reservado
para pacientes idosos ou com co-morbidades que inviabilizem o
tratamento cirúrgico.
Divertículo Gástrico
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para referência / Instituição: ADRIANA
HENDLER MOTA / MOTA, AH / IAD.
Resumo
Introdução: Divertículo é uma projeção sacular da mucosa
e da submucosa através da parede do trato gastrointestinal. A
localização mais frequente da sua formação costuma ser nos
segmentos colônicos, sendo rara no estômago. Relato de
Caso: Paciente masculino, 44 anos, consulta no ambulatório com
queixa de tosse, disfonia e azia iniciadas há aproximadamente
dois meses antes da consulta. Realizou endoscopia digestiva
alta (EDA) que identificou a presença de um divertículo na
grande curvatura do antro gástrico, não sendo evidênciada
nenhuma complicação ao exame endoscópico. Discussão:
Os sintomas apresentados pelo paciente correspondem à
doença do refluxo gastroesofágica (DRGE) não complicada
associada a sintomas extraesofágicos. O divertículo gástrico
identificado ao exame endoscópico representa um achado
incidental. Os divertículos gástricos são raros e costumam ser
assintomáticos. O diagnóstico é feito usualmente através da
EDA, porém o raio-X contrastado com bário também possui
espaço no diagnóstico dessa patologia. Há descrição de
complicações associadas como sangramento e inflamação,
assim como, frequentemente, acontece na doença dos cólons.
Conclusão: Por ser uma patologia incomum e assintomática,
poucos relatos são encontrados sobre o assunto. Cabe, então,
a divulgação através de relato de casos isolados.
Doenca de Hodgkin e Síndrome do
Desaparecimento do Ducto Biliar –
Um Relato de Caso e Breve
Discussão da Literatura
Temário: Gastroenterologia / Pâncreas e Vias
Biliares
Autores / Nome para referência / Instituição: VANDER
GERALDO RODRIGUES DA CUNHA JÚNIOR / CUNHA JÚNIOR, VGR /
UNIUBE; LUCAS BRAZILIANO DE ARANTES / ARANTES, LB / UNIUBE;
ANA BEATRIZ ALVES / ALVES, AB / UNIUBE.
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
Resumo
A Doença de Hodgkin é um linfoma cuja manifestação principal é
o acometimento ganglionar podendo cursar com febre prolonga-
da, sudorese noturna, adinamia e síndrome consuptiva. Embora o
acometimento hepático seja relativamente comum, a ocorrência
de icterícia com padrão obstrutivo é rara, muito pouco reportada
e pode postergar o diagnóstico, levando a um pior prognóstico.
Relatamos um caso no qual um paciente, 31 anos, sexo masculi-
no, apresentou icterícia de padrão obstrutivo e febre prolongada
como manifestações iniciais da Doença de Hodgkin, diagnosti-
cada posteriormente por biópsia de linfonodo submandibular.
Muitos fatores têm sido implicados como causas de colestase na
Doença de Hodgkin, incluindo obstrução biliar devido à linfade-
nomegalia hilar ou o envolvimento primário do ducto biliar. No
caso relatado, o paciente não apresentava na ressonância mag-
nética adenomegalia abdominal, o que tornava improvável uma
obstrução do ducto biliar. Recentemente a Síndrome do Desa-
parecimento do Ducto Biliar vem sendo relatada na doença de
Hodgkin. Apresentamos então uma breve discussão desta rara
síndrome, relembrando a importância de se considerar esse diag- 117
nóstico na evolução da Doença de Hodgkin.
Doença de Caroli Associada a Doença
Renal Policística - Relato de Caso
Temário: Gastroenterologia / Pâncreas e Vias Biliares
Autores / Nome para referência / Instituição: JONATHAN
SOLDERA / SOLDERA J / UFCSPA; SUELEN APARECIDA DA SILVA MIOZZO
/ MIOZZO SAS / UFCSPA; ANE MICHELI COSTABEBER / COSTABEBER
AM / UFCSPA; LÍVIA CAPRARA LIONÇO / LIONÇO LC / UFCSPA;
LAHAYNA ELSNER DE SOUZA DA SILVA / SILVA LES / UFCSPA; GRAZIELLA
RANGEL PANIZ / PANIZ GR / UFCSPA; MARCELO FERREIRA NOGUEIRA /
NOGUEIRA MF / UFCSPA.
Resumo
Introdução: A Doença de Caroli caracteriza-se por dilatações
saculares multifocais e irregularidades dos ductos biliares intra-
hepáticos. Objetivo: Descrever um caso de coledocolitíase e
litíase intra-hepática por Doença de Caroli associada à doença
renal policística. Relato do caso: Paciente do sexo masculino,
69 anos, diabético, hipertenso, com doença policística renal,
inicia com dor em hipocôndrio direito, icterícia flutuante, náuseas
e vômitos. Apresenta aumento discreto de aminotransferases
e enzimas canaliculares. TC de abdome com fígado com várias
lesões hipodensas não impregnadas pelo contraste e dilatação
das vias biliares intra-hepáticas. Colangioressonância com
múltiplos cistos intra-parenquimatosos com dilatações saculares
das vias biliares intra-hepáticas com microcálculos e um cálculo de
18 mm em colédoco distal. Feito diagnóstico de coledocolitíase e

litíase intra-hepática por Doença de Caroli. Realizou CPRE com
retirada de cálculos do colédoco e papilotomia, com resolução
dos sintomas e normalização das aminotransferases e enzimas
canaliculares. Discussão: A Doença de Caroli é uma doença
hereditária que pode estar associada à doença renal policística,
predispõe a formação de cálculos pela dilatação dos ductos
intra-hepáticos e pode causar colangite severa ou de repetição
ou levar a insuficiência hepática crônica por fibrose hepática.
Conclusão: Apesar de rara, não deve ser esquecida no
diagnóstico diferencial da colangite recorrente.
Doença de Crohn em uma Região do
Nordeste Brasileiro: Quanto Tempo
para o Diagnóstico?
Temário: Gastroenterologia / Intestino
Autores / Nome para referência / Instituição: JOSÉ
MIGUEL LUZ PARENTE / PARENTE, JML / UFPI; PAULO VINÍCIUS GOMES
DE OLIVEIRA / OLIVEIRA, PVG / UFPI; CONCEIÇÃO DE MARIA DE SOUSA
118 COELHO / COELHO, CMS / UFPI; DANIEL DE ALENCAR MACEDO DUTRA
/ DUTRA, DAM / UFPI; ANA VALÉRIA SANTOS PEREIRA DE ALMEIDA
/ ALMEIDA, AVSP / UFPI; MIRIAN PERPÉTUA PALHA DIAS PARENTE /
PARENTE, MPPD / UFPI.
Resumo
Introdução: Desde sua primeira descrição cientifica, a
incidência da doença de Crohn (DC) vem aumentando.
Objetivos: Caracterizar o tempo médio entre a apresentação
clínica inicial e o diagnóstico da DC. Casuística e Método:
Estudo prospectivo e sistemático de uma coorte de pacientes
com DC atendidos no HU-UFPI entre 10/2004 e 08/2011.
Resultados: Dos 125 pacientes, 65 (52,0%) eram do sexo
masculino. A idade média no início dos sintomas foi de 25
anos (variação: 8-75 anos; DP: 14,9 anos), observando-se
que houve dois picos de incidência: 25-32 e 54-65 anos,
percentis 25% e 75%, respectivamente. A idade média na
época do diagnóstico foi de 34,3 anos (variação: 12-75 anos;
DP: 14,6 anos). O tempo médio até o diagnóstico foi de
39,1 meses, mas o tempo de atraso do diagnóstico foi maior
quando as manifestações clínicas se iniciaram antes de 1980
e menor quando começaram na última década: até 1980 (5
pacientes), 79,6 meses (DP: 30,1 meses); entre 1981 e 1990
(6 pacientes), 58,6 meses (DP: 26,5 meses); entre 1991 e
2000 (13 pacientes), 40,7 meses (DP: 20,8 meses); entre
2001 e 2011 (201 pacientes), 23,5 meses (DP: 12,0 meses).
Conclusão: Observou-se em nosso meio um aumento
progressivo do número de pacientes com DC, sobretudo na
última década, associado a uma redução do tempo entre as
primeiras manifestações da doença e o diagnóstico.
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
Doença de Crohn Metastática:
Tratamento e Complicação Infecciosa
Temário: Gastroenterologia / Intestino
Autores / Nome para referência / Instituição: MARIA HELENA
LOUZADA PEREIRA / LOUZADA MH. / UFRJ; MÔNICA FERREIRA BAPTISTA /
BAPTISTA MF. / UFRJ; SUZANA FADEL / FADEL S. / UFRJ; ANTÔNIO JOSÉ
DE V. CARNEIRO / CARNEIRO AJ. / UFRJ; CESAR AMORIM / AMORIM C. /
UFRJ; HOMERO FOGAÇA / FOGAÇA H. / UFRJ; CELESTE ELIA / ELIA C. /
UFRJ; MÁRCIO DE CARVALHO COSTA / COSTA MC. / UFRJ.
Resumo
Introdução: A Doença de Crohn (DC) tem apresentação clíni-
ca variada, incluindo diversas manifestações extra intestinais. O
tratamento baseia-se em medicamentos que podem ocasionar
complicações relacionadas à imunossupressão. Considerando a
terapêutica atual com o top down ou corticoides, é essencial o
rastreio dos pacientes, principalmente em áreas endêmicas de
tuberculose (TB). Objetivos: Descrever o caso de DC e manifes-
tações extraintestinais, dentre elas a DC metastática, complicado
com TB em vigência do uso de biológico. Relato do Caso: DC
estenosante e penetrante, evoluindo com manifestações extrain-
testinais, dentre elas tromboses de repetição, osteonecrose e do-
ença granulomatosa cutânea (DC metastática). Após uso crônico
de corticoide, azatioprina e infliximabe para resolução das lesões
cutâneas, foi detectada primo-infecção por TB pulmonar. Optado
por suspensão do biológico e tratamento da tuberculose. Após
dois meses de tuberculostáticos foi optado por retorno do bioló-
gico e observado posterior remissão das lesões cutâneas. Con-
clusões: Com a elevada prevalência da TB em nosso meio e suas
potenciais complicações, é necessário alto índice de suspeição e
rastreio da infecção. O acompanhamento durante o uso de bioló-
gicos, inclusive com realização de exame anual de PPD e RX de
tórax a fim de detectar precocemente a infecção e possibilitar o
uso de quimioprofilaxia, pode evitar essa complicação infecciosa.
Doença de Deiulafoy Associado a Rins
e Fígado Policístico – Relato de Caso
Temário: Gastroenterologia / Estômago/Duodeno
Autores / Nome para referência / Instituição: BYRON JOSÉ
FIGUEIREDO BRANDÃO / BRANDÃO, BJF / UNIVERSIDADE DE UBERABA; JOSE
DO CARMO JUNIOR / CARMO JUNIOR, J / UNIVERSIDADE DE UBERABA;
SANZIO DUPIM SOARES / SOARES, SD / UNIVERSIDADE DE UBERABA;
GUSTAVO DE ALMEIDA VIEIRA / VIEIRA, GA / UNIVERSIDADE DE UBERABA;
KARINE APARECIDA GOMES MEDEIROS / MEDEIROS, KAG / UNIVERSIDADE DE
UBERABA; LUCAS CARTAFINA / CARTAFINA, L / UNIVERSIDADE DE UBERABA;
MARIANA FURTADO / FURTADO, M / UNIVERSIDADE DE UBERABA; EWERSON
KEMEL / KEMEL, E / UNIVERSIDADE DE UBERABA.
Resumo
Introdução: A Doença de Deiulafoy é uma causa incomum de
hemorragia digestiva acometendo principalmente o estômago.
A doença policística do fígado e rins tem origem genética e
podem levar insuficiência renal. Objetivo: Relatar um caso
de paciente admitido com hemorragia digestiva por Doença
de Deiulafoy associado à doença policística de fígado e rins.
Método: GPS, masculino, 76 anos, branco, foi admitido com o
quadro de anemia crônica e relato de transfusões sanguíneas
prévias, asssociada a astenia, adinamia, edema de membros
inferiores e dispneia compatíveis com insuficiência cardíaca.
Relatava episódio de enterorragia há 4 dias antes da admissão.
Apresentava história de doença policística do fígado e rins com
função renal inalterada foi submetido à EDA que evidenciou
ectasias vasculares compatíveis com Doença de Deiulafoy no
corpo gástrico com sangramento ativo e outra em antro com
as mesmas características. As lesões foram submetidas à
eletrocoagulação. TC de abdômen mostrou doença policística
do fígado e rins e a colonoscopia não demonstrou ectasias
vasculares. O paciente recebeu alta para segmento ambulatorial
em uso de omeprazol, 40 mg por dia. Conclusão: As ectasias
vasculares, como a Doença de Dieulafoy, devem ser lembradas
no diagnóstico de hemorragias digestivas especialmente em
casos de hemorragias digestivas obscuras e a doença policística
de rins e fígado pode evoluir com disfunção renal.
Doença de Ménétrier em Lactente
de 2 anos – Relato de Caso
Temário: Gastroenterologia / Gastropediatria
Autores / Nome para referência / Instituição: ANA
REGINA LIMA RAMOS / RAMOS, A.R.L. / HOSPITAL DA CRIANÇA
CONCEIÇÃO; RAQUEL BORGES PINTO / PINTO, RB / HOSPITAL DA
CRIANÇA CONCEIÇÃO; BEATRIZ JOHN DOS SANTOS / SANTOS, B.J. /
HOSPITAL DA CRIANÇA CONCEIÇÃO; PAULO CEZAR NUNES / NUNES,
P.C. / HOSPITAL DA CRIANÇA CONCEIÇÃO; MANOEL ÂNGELO DE
ARAÚJO / ARAÚJO, M.A. / HOSPITAL DA CRIANÇA CONCEIÇÃO;
ALEXANDRA CAUDURO PONSO / PONSO, A.C. / HOSPITAL NOSSA
SENHORA DA CONCEIÇÃO; VALENTINA PROVENZI / PROVENZI, V. /
HOSPITAL NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO.
Resumo
Introdução: A Doença de Ménétrier ou gastroenteropatia
hipertrófica caracteriza-se pela hipertrofia das pregas do fundo
e corpo gástrico causada por hipersecreção da mucosa com
consequente gastroenteropatia perdedora de proteínas, sendo
muito rara em crianças. Caso Clínico: Paciente masculino, de
2 anos e 5 meses, previamente hígido, interna com história de
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
vômitos frequentes há 2 semanas e quadro de febre até 40ºC há 7
dias, sendo iniciado com amoxicilina e logo após ter apresentado
edema de face, membros inferiores, região periescrotal e
distensão abdominal. Em consulta em serviço de emergência foi
detectada albumina de 1,4mg/dL, sendo indicada internação por
suspeita de síndrome nefrótica. Após avaliação com Nefrologia foi
descartada síndrome nefrótica e solicitada avaliação pelo Serviço
de Gastroenterologia. Realizados exames: C3 e C4 normais,
VDRL: NR; FAN: NR; Fator Reumatoide: NR; ASLO: NR; TGO:
39mg/dL; Sorologia para Citomegalovírus: em andamento; TGP:
21mg/dL; triglicerídeos: 281mg/dL; colesterol: 170mg/dL; T4
e TSH: normais; Hb 11,5, 21.010 leucócitos, 18% eosinófilos,
51,5% linfócitos; imunoglobulinas normais, com exceção de
IgA de 26mg/dL (36 – 165) e IgG de 187mg/dL (520 – 1080);
proteinúria em amostra de 0,39g/l (acima de 2,0); raio X de
trânsito intestinal: espessamento do revestimento mucoso do
fundo gástrico, jejuno muito irregular, com aparente espessamento
parietal. Realizada endoscopia digestiva alta que revelou: mucosa
de fundo, corpo e antro apresentando múltiplas lesões Polipoides
sésseis, a maior medindo aproximadamente 7 mm, e algumas
áreas de espessamento da mucosa, principalmente no fundo. 119
Teste de Urease: Negativo; a análise anátomopatológica
mostrou acentuada hiperplasia foveolar, sem metaplasia intestinal
e pesquisa de helicobacter pylori negativa, demais aspectos:
sp; Paciente evoluiu com melhora espontânea e progressiva
do edema periférico e dos níveis de albumina, sendo a última
dosagem de 3,7mg/dL. Após 20 dias de hospitalização teve alta
em bom estado geral. Conclusão: A Doença de Ménétrier é
rara na infância, sua etiologia é ainda desconhecida. Na criança
o início do quadro clínico é abrupto, muitas vezes associado com
infecção viral precedente, e apresenta um curso autolimitado.
Deve ser sempre considerada nos diagnósticos diferenciais de
hipoalbuminemia por provável perda gastrointestinal.
Doença de Whipple sem
Comprometimento Duodenal –
Uma Apresentação Atípica
Temário: Gastroenterologia / Miscelânia
Autores / Nome para referência / Instituição: CÉSAR AL-
ALAM ELIAS / ELIAS, CA / HCPA; ISMAEL MAGUILNIK / MAGUILNIK, I /
HCPA; HELENICE PANKOWSKI BREYER / BREYER, HP / HCPA; GUSTAVO
GONZALES REAL / REAL, GG / HCPA; LUCIANA SANTOS HARLACHER
/ HARLACHER, LS / HCPA; NADJA VOLPATO / VOLPATO, N / HCPA;
ALEXANDRE LUIS KLAMPT / KLAMPT ,AL / HCPA.
Resumo
Homem, 48 anos, há 6 meses com cansaço, dor abdominal di-
fusa, irradiada para dorso, mialgia e artralgia, acompanhado de
episódios de diarreia intermitente, 4 evacuações/dia, em grande

quantidade. Sem sintomas neurológicos. História prévia de pan-
creatite crônica alcoólica diagnósticada em agudização em 2004
e diabetes desde de 2006. Mantinha-se abstêmio há 5 anos. Exa-
me físico com discreta dor a palpação abdominal. Realizou TC de
abdômen que evidenciou volumosas adenomegalias mesentéri-
cas, medindo até 2,8cm e pâncreas reduzido com calcificações
grosseiras. Foi submetido à videolaparoscopia com biópsia exci-
sional de linfodono, anatomopatológico identificou coloração PAS
positiva e númerosos corpúsculos intracitoplasmáticos sugestivo
de Doença de Whipple. Realizou endoscopia digestival alta com
biópsia de D2 sem alterações. Paciente negou-se a internação
para terapia endovenosa de indução com cetriaxone. Foi prescrito
SMT + TMP via oral por 12 meses. Paciente evoluiu com melhora
progressiva, com normalização das provas inflamatórias (PCR) e
resolução completa do quadro clínico após o 3º mês. Discussão:
A doença de whipple é uma doença rara causada pela bactéria
Tropheryma whippleii. Apresenta-se com artralgia, diarreia e dor
abdominal, podendo cursar com adenopatia retroperitoneal. O
duodeno não é afetado em apenas 10% dos pacientes. Este caso
descreve apresentação rara de Whipple, com adenopatia retrope-
ritoneal e duodeno normal, com boa resposta a terapia via oral.
120
Doença de Whipple: Patologia Rara,
de Difícil Diagnóstico, mas com Boa
Resposta Terapêutica
Temário: Gastroenterologia / Intestino
Autores / Nome para referência / Instituição: VIVIANE PLASSE
RENON / RENON, VP / GHC; RODRIGO MAYER LUL / LUL, RM / GHC;
MARCELO CAMPOS APPEL DA SILVA / SILVA, MCA / GHC; RAFAEL BERGESCH
D´INCAO / D´INCAO, RB / GHC; BRUNO GALPERIM / GALPERIM, B / GHC;
LUCIANA SCHMIDT KIRSCHNICK / KIRSCHNICK, LS / GHC; CIRSTIANE VALLE
TOVO / TOVO, CV / GHC.
Resumo
Introdução: Doença de Whipple é rara infecção sistêmica
causada pelo Tropheryma whippleii. Caracteriza-se por fase
prolongada de sintomas inespecíficos, levando longo período até
o seu diagnóstico. Sem tratamento, pode ser grave e até mesmo
fatal, por outro lado há ótima resposta ao uso de antibótico.
Objetivo: Relatar um caso de Doença de Whipple, enfatizando
a dificuldade diagnóstica e a boa resposta terapêutica. Relato do
caso: Paciente masculino, 61 anos, branco, há aproximadamente
10 anos com sintomas vagos e intermitentes. Há 1 ano, ficaram
constantes, acrescidos de astenia, anorexia, Diarreia intermitente
e perda de cerca 10Kg de peso. Foi alvo de atendimentos médicos
sem elucidação diagnóstica. Apresentava-se com Hb 7,5g/dL,
albumina de 2,5mg/dL, peso 50,3Kg (IMC 17,4). Rx de tórax com
derrame pleural bilateral e calcificações pericárdicas. Endoscopia
digestiva alta com áreas de enantema focal da mucosa duodenal,
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
biópsia compatível com doença de Whipple. O diagnóstico foi
confirmado com a PCR sérica positiva, sendo instituído tratamento
com ceftriaxone seguido de sulfametoxazol-trimetropim. Após
um ano de tratamento, passou a apresentar Hb 12,5g/dL,
albumina sérica de 5,3mg/dL e peso de 70Kg. Conclusão: A
Doença de Whipple deve ser considerada como diagnóstico em
pacientes com sintomas constitucionais inespecíficos e/ou com
queixas gastrointestinais com evolução prolongada. O tratamento
adequado é curativo, recuperando a qualidade de vida do
paciente.
Doença de Whipple - Relato de
Caso
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para referência / Instituição:
MARINA DA SILVEIRA BOSSI / BOSSI, MS / UNICAMP; CIRO
GARCIA MONTES / MONTES, CG / UNICAMP; JOSÉ OLYMPIO
MEIRELLES DOS SANTOS / SANTOS-MEIRELLES, JO / UNICAMP;
ALEXANDRE KHODR FURTADO / FURTADO, AK / UNICAMP; JÚLIA
CARDOSO VAZ DIAS / DIAS, JCV / UNICAMP; TATIANA COSTALLAT
RICCI / RICCI, TC / UNICAMP; FÁBIO GUERRAZZI / GUERRAZZI,
F / UNICAMP; CRISTIANE KIBUNE NAGASAKO / NAGASAKO, CK /
UNICAMP.
Resumo
Introdução: A Doença de Whipple é uma doença infecciosa sis-
têmica rara, causada pelo bacilo gram-positivo Tropheryma whip-
pleii. Acomete principalmente o intestino delgado e sua drenagem
linfática,podendo acometer outros órgãos como o coração, pul-
mão, cérebro, articulações e olhos. O diagnóstico é confirmado
pela presença de macrófagos com material ácido periódico de
Schiff (PAS). Os achados endoscópicos são inespecíficos. Obje-
tivo: Relatar um caso de Doença de Whipple, com acometimen-
to sistêmico. Relato de caso: Paciente do sexo masculino, 54
anos, caucasiano, com inapetência, diarreia líquida e perda pon-
deral de 20 Kg em 3 meses. A endoscopia digestiva alta mostrou
duodenite enantematosa severa e a colonoscopia, linfangectasia
e enantema em íleo terminal. Na análise histológica de mucosa
duodenal e ileal, foram identificados macrófagos PAS positivo. A
tomografia de abdome demonstrou derrame pleural bilateral e au-
mento dos linfonodos mesenteriais. No ecocardiograma, obser-
vou-se disfunção do ventrículo esquerdo e hipertensão pulmonar
leve. Foi iniciada antibioticoterapia com Sulfametoxazol e Trime-
toprima 800/250 mg por dia. Após 30 dias de tratamento, houve
normalização do hábito intestinal e ganho ponderal. Conclusão:
A Doença de Whipple deve ser considerada como diagnóstico
diferencial nos quadros de diarreia. Devido à inespecificidade dos
achados endoscópicos, a obtenção de amostras da mucosa duo-
denal deve ser obrigatória para a confirmação histológica.
Doença de Wilson (DW) com
Apresentação Inicial Semelhante
à Hepatite Autoimune (HAI) - Relato
de Caso
Temário: Gastroenterologia / Fígado
Autores / Nome para referência / Instituição: ANDREA
FRANCHINI SILVEIRA DE CASTILHO / CASTILHO, AFS / AMBULATÓRIO DE
FÍGADO. INSTITUTO ALFA DE GASTROENTEROLOGIA DO HC – UFMG;
OSVADO FLÁVIO DE MELO COUTO / COUTO, OFM / AMBULATÓRIO DE
FÍGADO. INSTITUTO ALFA DE GASTROENTEROLOGIA DO HC – UFMG;
CLÁUDIA ALVES COUTO / COUTO, CA / AMBULATÓRIO DE FÍGADO. INSTITUTO
ALFA DE GASTROENTEROLOGIA DO HC – UFMG; TERESA CRISTINA DE
ABREU FERRARI / FERRARI, TCA / AMBULATÓRIO DE FÍGADO. INSTITUTO
ALFA DE GASTROENTEROLOGIA DO HC – UFMG.
Resumo
Introdução: DW caracteriza-se por alteração do metabolismo
do cobre levando a lesão hepática e neurológica. Idade e forma
de apresentação variam. Diagnóstico pode ser retardado por
sutileza de sintomas e falha na suspeição. Em alguns casos,
apresentação inicial é muito semelhante à HAI. KMF, fem, 16
anos, com icterícia, adinamia, febre e náusea. HF: primo com DW.
Apresentava alterações em AST, ALT, RNI e gamaglobulinas, com
FAN + e ASMA +. Iniciado tratamento para HAI e encaminhada à
hepatologia. Manteve alteração de exames. Devido à ausência de
resposta à imunossupressão, realizou-se propedêutica direcionada
que confirmou DW: Cu 659mg/dL/urina 24h, ceruloplasmina
3,4mg/dL e anéis de Kayser-Fleischer +. Iniciado tratamento com
D-penicilamina e suspensos imunossupressores. Evoluiu com
melhora de provas hepáticas. Biópsia revelou cirrose. Atualmente
com função hepática normal e ausência de complicação
neurológica. Discussão: DW apresenta-se classicamente com
doença hepática ou neurológica. Entretanto, inúmeras formas de
apresentação já foram descritas como anemia hemolítica, doença
renal, doença cardíaca, hipoparatireoidismo e amenorreia. Forma
particular é elevação acentuada de aminotransferases com
positividade de auto-anticorpo que pode levar a diagnóstico
equivocado de HAI. Nesses casos, ausência de resposta a
tratamento imunossupressor deve levar à investigação de DW. Na
literatura há relato de 4 casos semelhantes em duas publicações
(Woźniak M - 2002 e Milkiewicz P -2000).
Doença do Refluxo Gastroesofágico
Recidivada – Análise de 97 Casos
Reoperados em Serviço de Referência
Temário: Cirurgia / Esôfago
Autores / Nome para referência / Instituição: SERGIO
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
SZACHNOWICZ / SZACHNOWICZ S / HC FMUSP; RUBENS SALLUM /
SALLUM RAA / HC FMUSP; IVAN CECCONELLO / CECCONELLO I / HC
FMUSP; JULIO RMROCHA / ROCHA JRM / HC FMUSP; FRANCISCO
SEGURO / SEGURO FCBC / HC FMUSP; ARY NASI / NASI A / HC
FMUSP; FLAVIO TAKEDA / TAKEDA FR / HC FMUSP.
Resumo
Introdução: A indicação do tratamento cirúrgico e a pró-
pria re-operação da doença do refluxo gastroesofágico
(DRGE) revestem-se de particularidades e detalhes sin-
gulares. Foram seguidos no período de 1995 a 2011, 97
pacientes reoperados por DRGE recidivada. Destes 48
pacientes foram anteriormente tratados no serviço e 49
em outros hospitais. Dentre as indicações: 76% foram in-
dicados por sintomas de RGE, 21% por disfagia e 7% am-
bos. Fatores predisponentes á recidiva foram identificados
em 40% dos casos. Dos casos com disfagia, as principais
causas foram fundoplicatura apertada ou torcida e hiato
apertado, ambos com 38%. Dos casos operados por RGE,
76% apresentavam migração e/ou desgarro da fundopli- 121
catura. A taxa de sucesso (melhora ou remissão completa
dos sintomas) foi observada em 77%. Das complicações,
analisando-se 2 períodos distintos (antes e após 2000 )
observou-se baixa morbidade com mortalidade de 1 caso
no primeiro período e nula no segundo, sendo a principal
complicação a pulmonar 3%, e 6%. A taxa de conversão foi
de 6%. Podemos concluir que a reoperação na DRGE em
serviço de referência apresenta taxas de sucesso favorável,
baixa taxa de complicações e morbi-mortalidade.
Doença Linfoproliferativa Gástrica Pós-
Transplante Tipo Linfoma de Hodgkin
Clássico - Relato de Caso
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para referência / Instituição: ANNA
CAROLINA SIMÕES MIOTTO / MIOTTO, ACS / HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA
USP; THIAGO NUNES SANTOS / SANTOS, TN / HOSPITAL DAS CLÍNICAS
DA USP; ELISA RYOKA BABA / BABA, ER / HOSPITAL DAS CLÍNICAS
DA USP; FLÁVIO COELHO FERREIRA / FERREIRA, FC / HOSPITAL DAS
CLÍNICAS DA USP; HUMBERTO SETSUO KISHI / KISHI, HS / HOSPITAL
DAS CLÍNICAS DA USP; LUCIANA CLEAVER AUN / AUN, LC / HOSPITAL
DAS CLÍNICAS DA USP; PAULO SAKAI / SAKAI, P / HOSPITAL DAS
CLÍNICAS DA USP; EDUARDO GUIMARÃES HOURNEAUX DE MOURA /
MOURA, EGH / HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA USP.
Resumo
Introdução/ Discussão: A Doença Linfoproliferativa Pós-

Transplante (PTLD) ocorre em virtude da inativação de células T
pós-transplante alogênico, sendo uma das complicações mais gra-
ves e fatais da imunossupressão crônica. Geralmente está associada
ao vírus do Epstein Barr (EBV) em 80 a 90 % dos casos. A pato-
gênese parece estar relacionada à proliferação anormal de células
B induzidas pela infecção pelo EBV, facilitada tanto pela imunossu-
pressão, quanto pela inativação das células T citotóxicas. Cerca de
93% das PTLD é constituída por linfoma não-Hodgkin. Objetivo:
Relatar caso de PTLD gástrica pós-imunossupressão por transplan-
te renal. Caso clínico: Paciente feminina, 28 anos, natural de CE,
com transplante renal (doador cadáver) em 2005, em terapia imu-
nossupressora, apresentou epigastralgia, vômitos e inapetência sem
melhora com o uso de IBP. À EDA, notam-se múltiplas lesões ulce-
roinfiltrativas gástricas de 6 e 20 mm. A biópsia evidenciou PTLD,
monomórfica, do tipo linfoma de Hodgkin clássico. A pesquisa de
EBV foi positiva e H. pylori negativa. Após tratamento adequado,
houve desaparecimento das lesões em 2 meses. Discussão/Con-
clusão: A incidência geral de PTLD é de 1 a 2% (sendo 2 a 3% nos
pós-transplantados renais) e a taxa de mortalidade é de até 60%.
O tratamento é baseado nas reduções da imunossupressão, terapia
antiviral e antineoplásica convencional (RXT, QXT e cirurgia), imuno-
122
terapia e possibilidade de retransplante.
Doença Ulcerosa Péptica, H. Pilory e
AINES: O que Mudou nesta Relação?
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para referência / Instituição: DIEGO
MICHELON DE CARLI / DE CARLI, DM / UFSM; RAFAEL CARDOSO PIRES
/ PIRES, RC / UFSM; ISABEL CRISTINA SCHUTZ FERREIRA / FERREIRA, ICS
/ UFSM; MILENE DA SILVA ANTUNES / ANTUNES, MS / UFSM; SOFIA
LAURA ROHDE / RODHE, SL / UFSM; TIAGO GERALDO WOYCIECHOWSKY
/ WOYCIECHOWSKY, TG / UFSM; GUILHERME LANG MOTTA / MOTTA, GL /
UFSM; RENATO BORGES FAGUNDES / FAGUNDES, RB / UFSM.
Resumo
Introdução: A incidência da Doença Ulcerosa Péptica (DUP)
vem diminuindo. Embora a infecção pelo H. pylori (Hp) e uso de
AINEs ainda sejam os principais agentes etiológicos, os relatos de
DUP não associada com estes fatores aumentou na última década.
Objetivo: Comparar a prevalência da DUP e sua associação com
infecção pelo Hp e/ou uso de AINEs, em dois períodos intervalados
de 10 anos. Métodos: Análise retrospectiva dos casos de DUP
diagnosticados por endoscopia em hospital terciário, nos anos de
1997 e 2007. Em todos os casos o Hp foi identificado por exame
anatomopatológico. Comparados nos dois períodos a freqüência
e associação da DUP com os fatores mencionados. Diferenças
acessadas pelo teste do λ(α=0,05). Resultados: Revisados exames
endoscópicos e prontuários de 1232 pacientes em 1997 e de 822
em 2007. Em 1997, DUP ocorreu em 12,7% dos casos com redução
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
da frequência em 2007 para 8,8%(p=0,005). Em 1997, Hp esteve
presente em 112(71,3%) casos, AINEs em 11(7,0%), Hp/AINEs
em 21(23,4%) e casos não-Hp/AINEs foram 13(8,3%). Em 2007,
foram 24(33,3%) associados ao Hp, 11(15,3%) ao uso de AINEs ,
19(26,4%) com ambos os fatores e 18(25%) casos não-Hp/AINEs.
Foi observada redução dos casos associados ao Hp(p<0,001)
e AINEs(p=0,05) bem como a associação de ambos os fatores
(p=0,02) e houve aumento dos casos não-Hp/AINEs(p=0,001)
Conclusão: No intervalo de 10 anos houve redução da frequência
de DUP associada ao Hp e AINEs com aumento dos casos sem
associação com estes fatores.
Dor Aguda Pós-Operatória – Existe
Melhor Esquema Analgésico?
Temário: Cirurgia / Miscelânia
Autores / Nome para referência / Instituição: ANA LEONOR
ARIBALDO DE MEDEIROS / MEDEIROS, ALA / UNP; PAULO EDUARDO ALVES
PINHEIRO / PINHEIROS, PEA / UNP; HUGO GONÇALO GUEDES / GUEDES, HG /
UNP; ANA BEATRIZ DE OLIVEIRA GERMANO / GERMANO, ABO / UNP; LUIZA
QUEIROZ SENA / SENA, LQ / UNP; BRENNDA MORGANA OLIVEIRA VALENÇA /
VALENÇA, BMO / UNP; SILVIO JOSE DE LUCENA DANTAS / DANTAS, SJL / UNP;
MATHEUS OLIVEIRA DA SILVA / SILVA, MO / UFRN.
Resumo
O manejo da dor pós-operatória alivia o sofrimento e leva a
uma mobilização precoce, promovendo redução do tempo de
internação e dos custos hospitalares, aumentando a satisfação
do paciente. Objetivo: Avaliar a eficácia analgésica na dor pós-
operatória em adultos submetidos à colecistectomia laparoscópica.
Metodologia: Estudo de caso-controle, sequenciado em dois
grupos, cego, em que se inclui o grupo com analgesia 1, contendo
Buscopan composto, Cloridrato de tramadol, Valdecoxib; e o grupo
com analgesia 2, em que apresenta Dipirona, Cloridrato de tramadol,
Valdecoxib e Gabapentina. A população estudada: pacientes com
colelitíase submetidos à colecistectomia por videolaparoscopia,
com colangiografia intraoperatória da Clínica Gastronutri LTDA.
Os critérios de exclusão: Alergias medicamentosas às drogas
descritas acima e outras comorbidades prévias. Para análise foi
instituído uso de questionário e escala para avaliação quantitativa
e qualitativa da dor em dois momentos, na 4º hora e na 8º hora
de pós-operatório, com auxílio da Escala Visual Analógica da Dor
(EVA). Resultados: Dos 61 pacientes analisados, decorrido no
período de Agosto de 2010 a Maio de 2011, o grupo de pacientes
submetidos à analgesia 2 apresentou uma melhor resposta quanto a
diminuição da dor no pós-operatório. Conclusão: Mesmo o estudo
estando em fase de andamento, percebe-se melhoria da dor pós-
operatória naqueles pacientes que receberam analgesia 2 quando
comparados com os demais pacientes.
Drenagem Ecoguiada em Pacientes
com Câncer Obstrutivo da Via Biliar
e Falha no Acesso Endoscópico
Retrógrado: Análise da Eficácia e
Segurança
Temário: Endoscopia / Ecoendoscopiaa
Autores / Nome para referência / Instituição: FLÁVIO
COELHO FERREIRA / FERREIRA, FC / HC-FMUSP; JONAS TAKADA
/ TAKADA, J / HC-FMUSP; FRANCISCO CESAR CARNEVALE /
CARNEVALE, FC / HC-FMUSP; SAMIR RASSLAN / RASSLAN, S /
HC-FMUSP; JOSÉ PINHATA OTOCH / OTOCH, JP / HC-FMUSP;
EDUARDO GUIMARÃES HOURNEAUX DE MOURA / MOURA, EGH / HC-
FMUSP; PAULO SAKAI / SAKAI, P / HC-FMUSP; EVERSON LUIZ
ALMEIDA ARTIFON / ARTIFON, ELA / HC-FMUSP.
Resumo
Introdução: A drenagem biliar ecoguiada demonstra ser alter-
nativa segura e eficaz em caso de falha da CPRE na drenagem
biliar. Pacientes e Métodos: Vinte e oito pacientes foram sub-
metidos à drenagem biliar ecoguiada, entre abril de 2010 a se-
tembro de 2011, no serviço de endoscopia da USP, sob protocolo
institucional, para avaliação da eficácia e segurança do método.
Resultados: A ecoendoscopia teve sucesso técnico de 92.8%
(n=26) e na obtenção de drenagem biliar através da inserção
de próteses pelo método (passagem anterógrada e manobra
de rendez-vous: 7,14%), ou pela criação de fístulas nominadas
como coledocoduodenostomia (57,14%) ou hepatogastrostomia
ecoguiadas (28,57%), enquanto a taxa de sucesso clínico foi de
85.7% (n=24). A falha ocorreu em dois pacientes por compli-
cações anestésicas. Houve melhora laboratorial com diferença
significativa (p:0.027) na comparação entre os exames antes do
procedimento (12+-4.8) e após 7 dias (2.8+-1.3). A qualidade
de vida (QOL) quando comparada antes e após a drenagem foi
significativamente melhor nos seguimentos de 30dias (p:0.042) e
60dias (p:0,037). Houve passagem simultânea de prótese metá-
lica duodenal em 25% dos casos (n=7) para alívio de obstrução
gastroduodenal. Conclusão: A drenagem biliar ecoguiada de-
monstrou-se uma opção minimamente invasiva efetiva nas obs-
truções malignas da via biliar, após insucesso da CPRE.
Drenagem Biliar Ecoguiada
Associada à Prótese Duodenal para
Paliação da Icterícia Obstrutiva e
Obstrução Duodenal Maligna
Temário: Endoscopia / Ecoendoscopiaa
Autores / Nome para referência / Instituição: CEZAR
FABIANO MANABU SATO / SATO, CFM / ICESP; FELIPE ALVES RETES /
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
RETES, FA / ICESP; MARCELO SIMAS DE LIMA / LIMA, MS / ICESP;
BRUNO DA COSTA MARTINS / MARTINS, BC / ICESP; SÉRGIO EIJI
MATUGUMA / MATUGUMA, SE / ICESP; FÁBIO SHIGUEHISSA KAWAGUTI
/ KAWAGUTI, FS / ICESP; PAULO SAKAI / SAKAI, P / ICESP; FAUZE
MALUF-FILHO / MALUF-FILHO, F / ICESP.
Resumo
Introdução: A Drenagem Biliar Ecoguiada (DBE) é alternativa
para a drenagem quando do insucesso do acesso endoscópico
transpapilar. Durante o mesmo procedimento, é possível também
a passagem de Prótese Metálica Autoexpansível (PMAE)
duodenal para aliviar a obstrução gástrica frente a estenose
gastroduodenal. Objetivo: Avaliar a eficácia e segurança da DBE
associada à passagem de PMAE duodenal. Métodos: Avaliação
de banco de dados. Resultados: De Setembro de 2010 a Abril
de 2011, cinco pacientes foram submetidos a DBE e passagem
de PMAE duodenal durante o mesmo procedimento (03 fem;
idade média: 70a). Três pacientes possuíam adenocarcinoma
de pâncreas, um possuía um adenocarcinoma de cólon com
infiltração duodenal e o outro carcinoma espinocelular de colo 123
uterino com invasão duodenal. O sucesso técnico foi obtido em
todos os pacientes. Três pacientes apresentaram melhora da
icterícia e da obstrução duodenal, no entanto só dois tiveram
alta hospitalar. Os outros dois pacientes, um faleceu 4 dias
após o procedimento devido a choque cardiogênico e o outro
evoluiu com fístula biliar e coleperitoneo necessitando de
intervenção cirúrgica. Conclusão: O sucesso técnico da DBE
associada à passagem de PMAE duodenal não significa sucesso
clínico, dada a gravidade dos pacientes que necessitam desta
intervenção. Sugere-se a seleção cuidadosa dos pacientes para
esta terapêutica.
Drenagem Endoscópica Guiada por
Ecoendoscopia – Série de 3 Casos
Temário: Endoscopia / Ecoendoscopia
Autores / Nome para referência / Instituição: JEANY BORGES
E SILVA RIBEIRO / RIBEIRO, JBS / HGCC; FABRÍCIO DE SOUSA MARTINS /
MARTINS, FS / HGCC; DÉCIO SAMPAIO COUTO JÚNIOR / COUTO JÚNIOR,
DSC / HGWA; RICARDO RANGEL DE PAULA PESSOA / PESSOA,RRP / HGCC;
FRANCISCO PAULO PONTE PRADO JUNIOR / PRADO JUNIOR,FP / HGCC.
Resumo
Objetivo: Relatar três casos de pseudocisto de pâncreas dre-
nado por via endoscópica, guiado por ecoendoscopia. Relato
de Casos: Caso 1: Paciente de 43 anos, sexo masculino, com
queixa de dor abdominal e diagnóstico de pancreatite crônica
agudizada alcoólica, com pseudocisto de pâncreas evidênciado
pela TC abdominal com tamanho de 24x17x18cm. Submetido à

drenagem do pseudocisto guiado por ecoendoscopia, evoluindo
com infecção, sendo tratado com lavagem do psedocisto, reposi-
cionamento do dreno e antibioticoterapia, evoluindo bem. Caso 2:
Paciente de 39 anos, sexo masculino, com queixa de dor abdomi-
nal e dignóstico de pancreatite crônica agudizada alcoólica, com
psedoscisto pancreático, junto a cauda pancrática, com tamanho
de 6x6x5cm, com abaulamento de corpo gástrico pela EGD. Sub-
metido à drenagem de pseudocisto guiado por ecoendoscopia,
evoluindo com recidiva de dor abdominal. Caso 3: Paciente 61
sexo feminino, com queixa de dor abdominal, com diagnóstico de
pancreatite aguda de causa desconhecida. TC de abdome eviden-
ciando pseudocisto pancreátcio, medindo 12,3X 8,7X 8,6cm, sen-
do realizada drenagem por via endoscópica, guiado por ecoen-
doscopia. Paciente evolui com persistência da lesão cística, porém
de menores dimensões. Conclusões: A drenagem endoscópica
guiada por ecoendoscopia se apresentou como terapêutica efi-
caz, mortalidade nula e pequeno tempo de internação hospitalar,
sendo necessária uma maior casuística e maior seguimento para
maiores conclusões.
124
Drenagem Pancreática Interna em
Pacientes com Obstrução da via
Pancreática: Pancreatogastrostomia
Ecoguiada
Temário: Endoscopia / Ecoendoscopia
Autores / Nome para referência / Instituição: FLÁVIO COELHO
FERREIRA / FERREIRA, FC / HC-FMUSP; MARIANA SOUZA VARELLA
FRAZÃO / FRAZÃO, MSV / HC-FMUSP.
Resumo
Introdução: A Colangiopancreatografia Endoscópica Retrógrada
(CPER) é o procedimento padrão para a descompressão do duc-
to pancreático, com taxa de sucesso de 90%. Em certos casos, a
CPER pode ser falha para a drenagem pancreática devido a mo-
dificações cirúrgicas do trato gastrointestinal, obstrução maligna
gastroduodenal, infiltração tumoral da papila maior, interrupção do
ducto pancreático, papila peridiverticular. Colangiopancreatografia
ecoguiada pode ser uma alternativa ao tratamento cirúrgico nos
casos de falha da CPER ou até mesmo ser realizada de maneira
pré-operatória nos casos onde a drenagem do ducto pancreático
está claramente indicada. As complicações incluem: perfuração,
pancreatite, fístula, peritonite, sangramento, hematoma e absces-
so hepático. Casuística: Os autores demonstram um caso de
drenagem pancreática ecoguiada em paciente portador de ne-
oplasia avançada de pâncreas, sintomático. Método: Realizada
fístula gastro-pancreática através da passagem de prótese guiada
por econdescopia, em paciente com neoplasia pancreática avan-
çada e dor crônica. Optado pelo método após insucesso da Cper.
Resultados: O procedimento foi efetivo e ocorreu sem intercor-
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
rências ou complicações no período de seguimento de 45 dias.
Paciente evoluiu com melhora clínica e laboratorial. Conclusão:
A pancreatogastrostomia ecoguiada pode ser método alternativo
ao procedimento cirúrgico para drenagem do ducto pancreático
nos casos sintomáticos de neoplasia pancreática irressecável.
Drenagem Vesicular Biliar no Tumor
Periampular Obstrutivo
Temário: Endoscopia / Colangiopancreatografia
endoscópica retrógrada
Autores / Nome para referência / Instituição: FLÁVIO COELHO
FERREIRA / FERREIRA, FC / HC-FMUSP; MARIANA SOUZA VARELLA
FRAZÃO / FRAZÃO, MSV / HC-FMUSP; GUSTAVO MELO BENEVIDES /
BENEVIDES, GM / HC-FMUSP.
Resumo
Introdução: A colocação de prótese biliar com objetivo paliativo
é conduta estabelecida no manejo da icterícia obstrutiva decor-
rente de neoplasia pancreática irressecável. A ocorrência de cole-
cistite aguda após passagem de prótese metálica varia de 1,9 % a
12 %. Variáveis como presença de colelilitíase, obstrução tumoral
do ducto cístico e a própria prótese são fatores para desenvolvi-
mento de colecistite aguda nestes casos. A colecistectomia é o
tratamento padrão para colecistite aguda. Entretanto, estes pa-
cientes não apresentam condições cirúrgicas, na maioria dos ca-
sos. A drenagem transhepática percutânea é método secundário,
embora limitado nos casos de coagulopatia e anatomia desfavorá-
vel. Como vantagens, o procedimento se mostra menos invasivo;
clínicamente efetivo e confortável para o paciente. Casuística:
Os autores apresentam vídeo de drenagem de via biliar e vesícula
biliar por obstrução causada por neoplasia de pâncreas avançada
com colecistite aguda. Método: Realizada passagem de prótese
biliar metálica autoexpansível e prótese plástica em vesícula biliar
devido quadro de colecistite aguda em paciente com tumor ir-
ressecável de pâncreas. Conclusão: A colocação de prótese na
vesícula biliar via transpapilar é método efetivo, factível e seguro.
Pode ser preferido em pacientes selecionados com alto risco de
morbimortalidade se submetidos à cirurgia, pacientes que se re-
cusam a cirurgia e para os que necessitam de uma “ponte” para o
tratamento cirúrgico definitivo.
Duodenal Switch Alça Longa -
Padronização Técnica
Temário: Cirurgia / Obesidade
Autores / Nome para referência / Instituição: ALCIDES JOSÉ
BRANCO FILHO / BRANCO, AJ / SANTA CASA DE CURITIBA; JOÃO ANTONIO
SCHEMBERK JR. / SCHEMBERK, JA / SANTA CASA DE CURITIBA; LUIS SÉRGIO
NASSIF / NASSIF, LS / SANTA CASA DE CURITIBA; LUIS FELIPE PERRIN
OLIVEIRA / OLIVEIRA, LFP / SANTA CASA DE CURITIBA; DANIEL EMILIO
DALLEDONE SIQUEIRA / SIQUEIRA, DED / SANTA CASA DE CURITIBA;
ROBSON MATSUDA FERNANDES / FERNANDES, RM / SANTA CASA DE
CURITIBA; LIE MARA HIRATA / HIRATA, LM / SANTA CASA DE CURITIBA;
ANDRÉ GUBERT WEISS / WEISS, AG / SANTA CASA DE CURITIBA.
Resumo
Introdução: A derivação bileo-pancreática do tipo duodenal
switch vem ganhando repercussão nos últimos anos, devido aos
resultados obtidos. Técnica que caracteriza-se por dificuldade
técnica acima da média, bem como por ser pouco restritiva
quando comparado as técnicas de Wittgrove/Clark, Fobi/Capella,
dentre outras. Objetivo: Demonstrar a padronização técnica para
realização do duodenal switch sem liberação da artéria gástrica
direita em pacientes com obesidade mórbida. Materiais e
métodos: Demonstrar a realização passo a passo do duodenal
switch, técnica utilizada como opção em pacientes com obesidade
mórbida e indicações específicas. Através de videolaparoscopia
realiza-se as punções para colocação dos trocateres conforme
protocolo, procede-se com inventário da cavidade, realização da
parte gástrica, sem liberação da artéria gástrica direita, seguida da
parte intestinal com 1,2 m de alça comum e 2,0 m de alça alimentar,
realiza-se de rotina o fechamento das brechas mesentéricas bem
como o fechamento das punções dos trocaters. Conclusão:
Atualmente sabe-se que é uma técnica que apresenta bons
resultados clínicos para tratamento de obesidade mórbida,
porém por ter um componente disabsortivo maior comparado a
outras técnicas difundidas, deve ser indicada com critério. É um
método factível de realização por videolaparoscopia com todas as
vantagens da cirurgia minimamente invasiva.
Duodenite Intensa por
Estongiloidíase - Relato de Caso
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para referência / Instituição: EDUARDO
HENRIQUE DE FREITAS RAMOS FILHO / RAMOS, E.H.F.R. / HPM;
CAMILA LETICIA LEINER / LEINER, C.L. / HPM; MATHEUS JACOMETO
COELHO DE CASTILHO / CASTILHO, M.J.C / HOSPITAL SUGISAWA.
Resumo
Introdução: A estrongiloidíase é uma doença parasitária
causada pelo Strongyloides stercolaris. É frequentemente
assintomática, porém as manifestações intestinais da doença
incluem diarreia, dor abdominal e flatulência, anorexia,
náusea, vômitos e dor epigástrica, que pode simular quadro
de úlcera péptica. Uso de medicação imunossupressora é
considerado fator de risco para essa doença. Objetivo
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
- Relato de Caso de paciente em uso de metotrexate e
corticosteroides apresentando bulboduodenite intensa
por estrongiloidíase. Relato de Caso: Paciente G. S.,
45 anos, masculino, acompanhado pelo ambulatório de
dermatologia por psoríase. Apresentou dores abdominais
difusas, associada à inapetência, náuseas e azia, com 3
dias de duração, sem alterações à evacuação. Em uso de
metotrexate e corticosteroides para doença dermatológica.
Ao exame encontrava-se hígido, com dor abdominal difusa,
RHA presentes e sem sinais de peritonite. A EDA evidenciou
pangastrite erosiva e duodenite intensa e foram realizadas
biópsias de duodeno, onde foram encontrados larvas de
Strongyloides stercolaris em grande quantidade. O paciente
foi tratado com Ivermectina. Conclusão: A estrongiloidíase
na maioria dos casos apresenta-se de forma assintomática
com poucas alterações endoscópicas. Entretanto, em
pacientes imunossuprimidos pode apresentar-se com
lesões intensas.
Duodenopancreatectomia 125
com Preservação Pilórica e
Reconstrução em Dupla Alça por
Videolaparoscopia
Temário: Cirurgia / Pâncreas
Autores / Nome para referência / Instituição:
RICARDO JUREIDINI / JUREIDINI, R / HC-ICESP - FMUSP;
GUILHERME NACCACHE NAMUR / NAMUR, GN / HC - FMUSP;
THIAGO COSTA RIBEIRO / RIBEIRO, TC / HC - FMUSP; GUILHERME
HERIQUE GARCIA / GARCIA, GH / FMUSP; ESTELA REGINA RAMOS
FIGUEIRA / FIGUEIRA, ERR / HC - FMUSP; TELESFORO BACCHELLA
/ BACCHELLA, T / HC FMUSP; WILSON MODESTO POLLARA /
POLLARA, WM / HC - FMUSP; IVAN CECCONELLO / CECCONELLO,
I / HC-ICESP - FMUSP.
Resumo
A viabilidade da duodenopancreatectomia totalmente lapa-
roscópica já foi estabelecida. Apresentamos um vídeo de
Duodenopancreatectomia com preservação pilórica e re-
construção em dupla alça realizada no Instituto do Câncer
do Estado São Paulo da FMUSP. Paciente 51 anos, sexo
feminino, com adenocarcinoma de papila duodenal de 4cm
de diâmetro. O procedimento durou 420 min com perda
sanguínea estimada em 70 ml. Paciente recebeu alta no 7º
pós-operatório, com boa evolução. Resultado final da ana-
tomia patológica confirmou adenocarcinoma de papila com
margens livres o estadiamento final foi pT3pN2M0 com 4
linfonodos comprometidos de 27 dissecados. A duodeno
pancreatectomia laparoscópica é factível e segura. os re-

sultados em casos selecionados parecem comparáveis aos
casos de abordagem convencional aberta, no entanto, estudos
controlados são necessários para demonstrar as vantagens ob-
servadas com a abordagem minimamente invasiva para outros
procedimentos.
Duodenopancreatectomia em Pacientes
acima de 75 anos
Temário: Cirurgia / Pâncreas
Autores / Nome para referência / Instituição: RICARDO
JUREIDINI / JUREIDINI, R / ICESP - FMUSP; GUILHERME NACCACHE NAMUR
/ NAMUR, GN / HC - FMUSP; THIAGO COSTA RIBEIRO / RIBEIRO, TC /
HC - FMUSP; GUILHERME HENRIQUE GARCIA / GARCIA, GH / FMUSP;
PAULO ANDRÉ OLIVIERI / OLIVIERI, PA / FMUSP; ESTELA REGINA RAMOS
FIGUEIRA / FIGUEIRA, ER / HC - FMUSP; ULYSSES RIBEIRO JR. / RIBEIRO
JR., U / ICESP - FMUSP; TELESFORO BACCHELLA / BACCHELLA, T / HC -
FMUSP; IVAN CECCONELLO / CECONELLO, I / HC - ICESP - FMUSP.
126
Resumo
Os resultados dessa operação de grande porte em idosos foram
analisados. Há preocupação se tais esforços são justificados. A
duodenopancreatectomia (PD) apresenta desafios especiais, devi-
do a sua alta morbidade, prognóstico sombrio do adenocarcinoma
ductal, e a incidência crescente de câncer de pâncreas com a ida-
de. A mortalidade geral em grandes séries está em torno de 4%.
Entre 49 pacientes submetidos à DP no período de 2009 a 2011,
onze apresentavam idade acima de 75 anos. Três complicações
(27%) foram observadas: uma fístula pancreática tipo A-ISGPF,
uma obstrução intestinal e uma isquemia cerebral no 25º PO. Não
houve esvaziamento gástrico retardado e mortalidade. A perma-
nência hospitalar média foi de 15 dias. O tempo médio das opera-
ções foi de 309 minutos (210-545minutos) . Na comparação com
os pacientes de idade menor que 75 anos, a população mais velha
possuía risco ASA menor, permaneceram internados por mais tem-
po, nenhum paciente apresentava tumores considerados limítrofes
para ressecção. A idade isoladamente não deve ser uma contrain-
dicação para a ressecção pancreática em pacientes com neoplasias
periampulares em centros de grande volume operatório. Deve-se
aplicar critérios rigorosos de seleção incluindo co-morbidades, es-
tado cognitivo, estado funcional pré-operatório, e características lo-
cais da neoplasia. Assim, otimiza-se as taxas de ressecção cirúrgica
e melhora-se os resultados nesta faixa etária desafiadora.
Duodenopancreatectomia:
Complicações Precoces, Fatores de
Risco, Prevenção e Melhorias da
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
Técnica Operatória
Temário: Cirurgia / Miscelânia
Autores / Nome para referência / Instituição: ANA
LEONOR ARIBALDO MEDEIRO / MEDEIROS, ALA / UNP; EMENUELLE
TEREZA GOMES NEVES / NEVES, ETG / UNP; AMÁLIA CINTHIA
MENESES DO RÊGO / RÊGO, ACM / UNP; MARILIA DANIELA
FERREIRA CARVALHO / CARVALHO, MDF / UFRN; JULIANA LOPES
AGUIAR / AGUIAR, JL / UFRN; ALDO DA CUNHA MEDEIROS /
MEDEIROS, AC / UFRN; IRAMI ARAÚJO FILHO / ARAÚJO-FILHO, I
/ UFRN, UNP.
Resumo
A duodenopancreatectomia é indicada para patologias
das vias biliares e pâncreas de elevada morbimortalidade.
Objetivo: Avaliar as complicações, fatores de risco, pre-
venção e melhorias da técnica operatória. Metodologia:
Pesquisa nas bases Pubmed/Medline e Scielo. Discus-
são: Estabeleceu-se técnica em 2 etapas: gastrojejunosto-
mia com ligadura do colédoco e colecistogastrostomia; na
segunda, ligadura das artérias pancreato e gastroduode-
nal e ressecção do tumor: duodeno, cabeça do pâncreas,
ducto colédoco e drenagem. Em 1941, Whipple descreveu
a técnica em tempo único e, em 78, Traverso e Longmire
a introduziram com preservação do piloro. Análise de 650
duodenopancreatectomias demonstrou câncer de pâncre-
as (43%), neoplasia periampular (11%), colangiocarcinoma
(10%), pancreatite crônica (11%). Avanços nos métodos
diagnósticos, carcinogênese, seleção de paciente, suporte
nutricional, terapia intensiva e curva de aprendizado dos ci-
rurgiões contribuíram para mortalidade de 5%. A morbidade
pós-operatória se mantém elevada (11%-65%). A principal
causa são fístulas (0-27%). Associam-se hemorragias, abs-
cessos e esvaziamento gástrico retardado. O principal fator
de risco é a doença cardiovascular. Conclusão: Apesar da
redução da morbi-mortalidade perioperatória, a sobrevivên-
cia em longo prazo é ruim. Cirurgiões serão desafiados pela
biologia molecular de malignidades periampulares e o pro-
gresso no tratamento das neoplasias depende de melhor
compreensão dos mecanismos da carcinogênese.
Duodenopancreatectomias
com Preservação de Piloro
Realizadas no Serviço de Cirurgia
Hepatobiliopancreatica do Hospital
São Rafael – Série de 115 Casos
Temário: Cirurgia / Pâncreas
Autores / Nome para referência / Instituição: PAULO
AMARAL / AMARAL, P / HOSPITAL SÃO RAFAEL; ERIC ETTINGER /
ETTINGER, E / HOSPITAL SÃO RAFAEL; PAULO VITOR LIMA SOARES /
SOARES, PVL / HOSPITAL SÃO RAFAEL; ALBERT BACELAR DE SOUSA
/ SOUSA, AB / HOSPITAL SÃO RAFAEL; ELIAS SOUZA / SOUZA, E /
HOSPITAL SÃO RAFAEL; EDVALDO FAHEL / FAHEL, E / HOSPITAL SÃO
RAFAEL.
Resumo
Introdução: A duodenopancreatectomia é a única forma de
tratamento curativo para os tumores de pâncreas, mas ainda
apresenta altas taxas de morbi-mortaliadade, mesmo em cen-
tros de referência. Objetivo: Analisar de modo prospectivo os
resultados de duodenopancreatectomias realizadas pelo serviço
de cirurgia hepatobiliopancreatica do Hospital São Rafael em
Salvador/BA. Casuística: 115 pacientes. Material e Mé-
todo: Foram analisados dados dos prontuários de pacientes
submetidos a duodenopancreatectomia durante o período de
2000 a 2010 e analisados estatisticamente com uso do SPSS
15.0. Resultados: 115 pacientes foram submetidos a duode-
nopancreatectomia com preservação do piloro por via laparo-
tômica. A etiologia da doença envolveu tanto lesões benignas
como malignas. Foram observadas complicações relacionadas
ao procedimento cirurgico – gastroparesia (17,4%), infecção de
sítio cirúrgico (13,9%), fístula pancreática (11,3%), hemoragia
intraabdominal (8,7%), hemorragia digestiva (1,7%), abscesso
intracavitário (0,9%), hematoma intracavitário (0,9%), fístula bi-
liar (0,9%), pancreatite (0,9%) – e não relacionadas à cirurgia
– broncopneumonia (38,3%), infecção do trato urinário (3,3%) e
tromboembolismo pulmonar (0,9%). O tempo médio de interna-
mento foi 26,3 dias. Houve 8,7% óbitos nesta amostra. Conclu-
são: Esta série apresenta uma casuística de duodenopancrea-
tectomia com preservação de piloro em hospital privado, com
taxas de morbidade e mortalidade compatíveis com a literatura.
Duodenopancreatectomias realizadas
por Médicos Residentes de Cirurgia
do Aparelho Digestivo. Série de Casos
Temário: Cirurgia / Pâncreas
Autores / Nome para referência / Instituição: PAULO
AMARAL / AMARAL, P / HOSPITAL SÃO RAFAEL; ERIC ETTINGER / ETTINGER,
E / HOSPITAL SÃO RAFAEL; PAULO VITOR LIMA SOARES / SOARES, PVL
/ HOSPITAL SÃO RAFAEL; LEONARDO PIRES NOVAIS DIAS / DIAS, LPN /
HOSPITAL SÃO RAFAEL; ELIAS SOUZA / SOUZA, E / HOSPITAL SÃO RAFAEL;
EDVALDO FAHEL / FAHEL, E / HOSPITAL SÃO RAFAEL.
Resumo
Introdução: A duodenopancreatectomia apresenta altas
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
taxas de morbi-mortaliadade, mesmo em centros de referência.
Portando o treinamento de cirurgiões especializados é um
desafio. Objetivo: Analisar duodenopancreatectomias realizadas
por médicos residentes, no período de 2008 a 2010. Casuística:
19 pacientes. Método: Analizar duodenopancreatectomias
realizadas por residentes do serviço em 3 anos. Os dados
foram catalogados, através de fichas padronizadas e analisados
estatisticamente com uso do SPSS 15.0. Resultados: Em todos
os casos foi preservado o piloro e a reconstrução foi realizada
com alça única, trans-mesocólica, com anastomose duodeno
jejunal e bilio-digestiva término-laterais. Na maioria, foram
realizadas anastomoses pancreato-jejunal ducto-mucosa com
prótese e jejunostomia alimentar. A etiologia da doença envolveu
tanto lesões benignas como malignas. Como complicações
relacionadas ao ato cirúrgico ocorreram: gastroparesia em
10,5%, fístula pancreática em 10,5%, hemorragia digestiva
(15,8%), infecção de sítio cirúrgico em 21%, abcesso hepático
em 5,2% e sepse sem foco definido em 5,2%. Tempo médio de
internamento: 16 dias. Houve 2 óbitos (10,5%) na amostra, um
por sepse de foco respiratório e outro por choque septico de
origem não estabelecida. Conclusão: Apresenta-se casuística 127
de duodenopancreatectomia em hospital privado realizada por
médicos residentes de cirurgia do aparelho digestivo, com taxas
de morbi-mortalidade compatíveis com a literatura.
Duplicação Gástrica - Relato de Caso
Temário: Cirurgia / Pâncreas
Autores / Nome para referência / Instituição: MACERLY
LAYSE DE MENEZES DANTAS / DANTAS, MLM / UNP; CLÁUDIA NOBRE
AUGUSTO / AUGUSTO, NC / UNP; EMANUELLE TEREZA GOMES DAS NEVES
/ DAS NEVES, GTE / UNP; PEDRO EPAMINONDAS LOPES NETO / LOPES
NETO, EP / UNP; RUANA BENTO PIRES / PIRES, BR / UNP; TAYRINE
HÉRIKA LOPES / LOPES, HT / UNP; ANTONIO PETRONILO DANTAS FILHO /
DANTAS FILHO, PA / UNP; MANOEL MARQUES BEZERRA NETO / BEZERRA
NETO, MM / UNP;
Resumo
Introdução: A duplicidade gástrica é uma malformação congênita
rara, correspondendo a menos de 8% das duplicidades do trato
digestivo. Ocorre predominantemente na grande curvatura
gástrica, seguido do antro e piloro. Tem maior prevalência no
sexo feminino e entre a primeira e a segunda década de vida.
Objetivos: Relatar um caso raro e conduta de uma duplicidade
gástrica. Método: Levantamento de prontuário e exames
clínicos da uma paciente operada na cidade de Parelhas-RN,
revendo a literatura acerca do caso e realizando uma análise
crítica da conduta adotada. Resultados - Relato de Caso de
uma paciente de 21 anos, queixando-se de empachamento pós-
prandial, sua ultrassonografia abdominal mostrava massa tumoral

em flanco esquerdo. No exame físico, foi levantada a hipótese
de esplenomegalia ou tumoração pancreática, onde palpou-se
uma massa em hipocôndrio esquerdo. Na laparotomia exploradora
foi percebida suposta tumoração estomacal. Ao dissecá-la notou
que tratava-se de uma duplicidade gástrica, sem abertura para o
aparelho digestivo. Feita a exérese do estômago duplicado, seu
conteúdo era compatível ao suco gástrico. O exame histopatológico
revelou mucosa gástrica típica do material retirado. Sendo, esta
forma, o tratamento cirúrgico da paciente. Conclusão: Como
trata-se de um caso de apresentação clínica rara, poucos casos
são relatados na literatura. Os autores orientam a conduta descrita
e revelam um bom prognóstico.
Duplo Canal Pilórico
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para referência / Instituição: RAIMUNDO
CÉLIO PEDREIRA / PEDREIRA, RC / INSTITUTO DE GASTROENTEROLOGIA DE
PALMAS; ANA LUISA SOUZA PEDREIRA / PEDREIRA, ALS / INTERNATO DE
CIRURGIA DO HOSPITAL GERAL DE PALMAS.
128
Resumo
Introdução: O duplo canal pilórico é uma rara condição que
consiste na formação de uma fístula se estendendo do antro
gástrico ao bulbo duodenal através de um canal acessório. A origem
pode ser congênita ou adquirida, na maioria dos casos resulta de
uma complicação da doença ulcerosa péptica. O primeiro caso foi
descrito em 1969 por Smith e desde então cerca de 90 casos foram
relatados na literatura. Descrição do caso: No dia 01.02.2011
o paciente JAN, sexo masculino, 96 anos de idade, foi submetido
a uma Endoscopia Digestiva Alta (EDA) devido ao quadro clínico
de melena há cerca de seis meses, sem investigação endoscópica.
Foi visualizado duplo canal pilórico localizado na face antral, na
vizinhança da incisura angular. Discussão: A prevalência deste
achado em uma EDA de rotina é estimada entre 0.06 e 0.4%. A
localização predomina na pequena curvatura do antro gástrico e
se comunica com a parede superior do bulbo duodenal. História
de tratamento prolongado com corticosteroides e/ou AINES
pode predispor a formação da fístula. Não existem evidências de
associação direta com o H. pylori. Conclusão: Duplo canal pilórico
que pode ter sido originado de lesão úlcerada péptica.
Ecoendoscopia no Diagnóstico de
Tumor Neuroendócrino de Pâncreas -
Relato de Caso
Temário: Endoscopia / Ecoendoscopia
Autores / Nome para referência / Instituição: DANIELA
TEIXEIRA OLIVEIRA / OLIVEIRA DT / HGRS; CARLA ANDRADE LIMA / LIMA
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
CA / HGRS; LÍVIA MASCARENHAS DANTAS / DANTAS LM / HGRS;
VANESSA MOURA SAMPAIO / SAMPAIO VM / HGRS; CAROLINE CONTREIRAS
LIMA / LIMA CC / HGRS; ANA PAULA VELAME ROCHA / ROCHA APV /
HGRS; MARCOS CLARÊNCIO BATISTA SILVA / SILVA MCB / HGRS; IGELMAR
BARRETO PAES / PAES IB / HGRS.
Resumo
A ecoendoscopia é um método de excelência no diagnóstico das
afecções do pâncreas, permitindo obtenção de tecido para análise
histopatológica. O tumor neuroendócrino (TNE) de pâncreas é uma
patologia infrequente. Objetivo: Relatar um caso de insulinoma
diagnosticado no Serviço de Endoscopia do Hospital Geral Roberto
Santos. Relato de Caso: R.L.B.S., 38 anos, feminino, apresentando
episódios de perda da consciência, sudorese e tontura nos últimos
3 anos. Nestas ocasiões, apresentava glicemia variando entre 30
a 50mg/dL. Insulina sérica normal. Realizou TAC de abdômen que
revelou realce anômalo, mal definido, em região da cabeça e processo
uncinado do pâncreas. A RNM mostrou pâncreas com morfologia
e intensidade de sinal preservadas. Realizada ecoendoscopia,
sendo evidênciada, no processo unciforme do pâncreas, diminuta
área isoecóica, de limites precisos, com carapaça hiperecóica,
arredondada de 1,2 x 0,75 cm. Foi realizada punção aspirativa
ecoguiada (PAAF). A histopatologia evidenciou proliferação de
células epiteliais esboçando arranjos nodulares, com citoplasma
escasso, anfofílico e núcleos redondos, de cromatina granular. Tais
células se dispõem em fundo proteináceo fibrilar, caracterizando
uma neoplasia neuroendócrina. Este resultado foi confirmado pela
imunohistoquímica. Discussão: O diagnóstico dos TNE ainda
representa um desafio médico. O presente caso exemplifica a
importância da ecoendoscopia com PAAF no diagnóstico definitivo
da lesão neuroendócrina do pâncreas.
Ectopia de Glândulas Sebáceas no
Esôfago – Relato de Caso
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para referência / Instituição: FERNANDA
SALES PEREIRA MELO / MELO, FSP / HUPES, UFBA - SALVADOR, BAHIA;
LUDMILLA TEIXEIRA MATOS / MATOS, LT / HUPES, UFBA - SALVADOR,
BAHIA; LUCAS GAMA BARBOSA / BARBOSA, LG / HUPES, UFBA -
SALVADOR, BAHIA; RODRIGO JOSÉ FELIPE / FELIPE, RJ / CBGE - SALVADOR,
BAHIA; EMÍLIA PEREIRA DE MAGALHÃES / MAGALHÃES, EP / HUPES,
UFBA - SALVADOR, BAHIA; DELVONE FREIRE GIL ALMEIDA / ALMEIDA, DFG
/ HUPES, UFBA - SALVADOR, BAHIA; CLÁUDIO VASCONCELOS DE OLIVEIRA
/ OLIVEIRA, CV / HUPES, UFBA - SALVADOR, BAHIA; RAYMUNDO PARANÁ
FERREIRA FILHO / FERREIRA FILHO, RP / HUPES, UFBA - SALVADOR,
BAHIA.
Resumo
Introdução: A ectopia de glândulas sebáceas tem sido re-
latada em muitos tecidos de origem ectodérmica, como em
cavidade oral, glândulas parótidas e genitália externa. Sua pre-
sença no esôfago, que é um órgão de origem endodérmico, é
rara, com menos de 30 casos relatados na literatura. Relato
de Caso: Paciente 55 anos, sexo feminino, branca, encami-
nhada para endoscopia digestiva alta com quadro de pirose e
saciedade precoce há 04 meses. Durante o exame endoscó-
pico foi verificada a presença de múltiplas lesões ligeiramente
elevadas, de coloração amarelada, isoladas e confluentes, dis-
tribuídas em todo o trajeto esofágico, cuja biópsia inicial evi-
denciou candidíase esofágica, sendo tratada inicialmente com
fluconazol por 14 dias. Foi submetida à endoscopia de contro-
le após 3 meses, com permanência das lesões esofágicas. A
nova biópsia evidenciou tratar-se, na realidade, de ectopia de
glândulas sebáceas em esôfago. Discussão: Descrevemos
o caso de uma paciente portadora de ectopia de glândulas
sebáceas em esôfago, com sintomas não relacionados a esta
patologia. A ectopia de glândulas sebáceas é uma lesão de
evolução benigna, normalmente assintomática, não exigindo
qualquer tipo de acompanhamento ou tratamento, seja ele en-
doscópico, clínico ou cirúrgico. Diagnóstico diferencial deve
incluir monilíase esofágica, xantelasma esofágico e acantose
glicogênica.
Efeito do Extrato Hidroalcoólico de
Aroeira (Myracrodruon Urundeuva)
em Anastomoses Colônicas em Ratos
Temário: Cirurgia / Cólon
Autores / Nome para referência / Instituição: ITÁGORES
HOFFMAN I LOPES SOUSA COUTINHO / COUTINHO, IHILS / ESCOLA DE
MEDICINA – UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS (EMUFT); VÍRGILO
RIBEIRO GUEDES / GUEDES, VR / ESCOLA DE MEDICINA – UNIVERSIDADE
FEDERAL DO TOCANTINS (EMUFT); TAYNARA GUIMARÃES SILVA / SILVA,
TG / ESCOLA DE MEDICINA – UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS
(EMUFT); RHEROLD SANTANA / SANTANA, R / ESCOLA DE MEDICINA –
UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS (EMUFT); ARIANE RIBEIRO DOS
SANTOS / SANTOS, AR / ESCOLA DE MEDICINA – UNIVERSIDADE FEDERAL
DO TOCANTINS (EMUFT); SERGIO DONIZETI ASCENCIO / ASCENCIO,
SD / ESCOLA DE MEDICINA – UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS
(EMUFT).
Resumo
As fístulas e falhas nas anastomoses gastrointestinais são
problemas que preocupam cirurgiões do aparelho digestivo
e que impigem morbidade significativa aos pacientes. O uso
de substâncias que ajudem evitar estes problemas é sempre
desejado. Objetivo: Avaliar o efeito do extrato hidroalcoóli-
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
co da aroeira na cicatrização de anastomoses do colón em
ratos. Métodos: Utilizou-se 20 ratos Wistar machos, subdivi-
dido em dois grupos. Os animais foram submetidos a secção
e anastomose colônica pela técnica de Lambert. Após isto,
os ratos foram distribuídos aleatoriamente em grupos de dez:
grupo controle(GC) e grupo aroeira(GA), segundo o trata-
mento previsto, se solução salina a 0,9%(100ml/kg) ou extrato
da Aroeira (100mg/kg), respectivamente. O GC e o GA fo-
ram subdivididos em grupos de cinco, conforme o dia de suas
eutanásias, ao 3º ou ao 7º dia. Para anestesia, utilizou-se o
tiopental na dose de 60mg/kg de peso. Cada animal recebeu
o devido tratamento com injeções diárias, intraperitoneais, até
o dia da eutanásia. A análise histológica da cicatrização se-
guiu os parâmetros descritos por Soares et al. Resultados:
Apenas um rato do GA teve a fase crônica da cicatrização.
Conclusão: O uso do extrato da aroeira na dose de 100mg/
kg não apresentou efeito no processo de cicatrização de anas-
tomoses do cólon em ratos.
Efeitos da Sinvastatina na 129
Cicatrização de Feridas Cirúrgicas
em Ratos Wistar
Temário: Cirurgia / Miscelânia
Autores / Nome para referência / Instituição: PAULO
EDUARDO ALVES PINHEIRO / PINHEIRO, PEA / UNP; ANA LEONOR
ARIBALDO MEDEIROS / MEDEIROS, ALA / UNP; ANDERSON LIMA
MARTINS / MARTINS, AL / UFRN; ARTHUR SOUZA AZEVEDO /
AZEVEDO, AS / UFRN; MANOEL LOURENÇO LIMA NETO / LIMA-NETO,
ML / UFRN; AMÁLIA CINTHIA MENESES DO RÊGO / RÊGO, ACM /
UNP; ALDO DA CUNHA MEDEIROS / MEDEIROS, AC / UFRN; IRAMI
ARAÚJO FILHO / ARAÚJO-FILHO, I / UFRN, UNP;
Resumo
O processo cicatricial das feridas é uma resposta complexa e
organizada do organismo após perder sua integridade. Abran-
ge inflamação, formação de tecido de granulação e matriz extra-
celular; Nas feridas abertas, a cicatrização ocorre por segunda
intenção, vários fatores contribuem para retardar a cura das le-
sões, resultando em inflamação, edema e cicatrizes hipertróficas
e antiestéticas. Objetivo: Analisar o efeito da sinvastatina em
feridas cirúrgicas em ratos. Metodologia: 10 ratos Wistar, dis-
tribuídos aleatoriamente: grupo sinvastatina (S) e grupo controle
(C). Foi realizada uma incisão cirúrgica de 1cm x 1cm no dorso
dos animais, após anestesia e tricotomia. No C foi aplicado 0,1ml
de solução salina a 0,9% na área cruenta; no grupo S foi aplicado
0,1ml de microemulsão de Sinvastatina (10mg/ml) diariamente. O
período de cicatrização foi definido como o tempo transcorrido
desde o dia da realização da ferida até sua completa epitelização.
Depois da epitelização completa foi realizada biópsia excisional e

estudo histopatológico: presença de células inflamatórias, cicatriz
de colágeno presente, grau de reparação epitelial, presença de
tecido de granulação e tempo de cicatrização. Resultados: Os
grupos S e C não apresentaram diferenças histológicas significan-
tes. O tempo de cicatrização do grupo S: 11 dias, foi inferior ao
do grupo C:15dias. Conclusão: A microemulsão de sinvastatina
10mg/mL possui um efeito benéfico na cicatrização de feridas ci-
rúrgicas em ratos Wistar.
Eficácia e Segurança da Dilatação
Endoscópica das Estenoses das
Anastomoses Cirúrgicas em
Crianças e Lactentes com Atresia
de Esôfago
Temário: Endoscopia digestiva pediátrica
Autores / Nome para referência / Instituição:
PAULA PERUZZI ELIA / ELIA, PP / INSTITUTO FERNANDES FIGUEIRA -
FIOCRUZ; VALERIA DE SOUZA PITALUGA / PITALUGA, VS / INSTITUTO
130 FERNANDES FIGUEIRA - FIOCRUZ; ELVIRA ALONSO LAGO / LAGO,
EA / INSTITUTO FERNANDES FIGUEIRA - FIOCRUZ; PAULO ROBERTO
M. BOECHAT / BOECHAT, PRM / INSTITUTO FERNANDES FIGUEIRA -
FIOCRUZ.
Resumo
Introdução: A estenose de esôfago é a principal complicação
após a correção cirúrgica da atrêsia de esôfago (AE). O
tratamento de escolha é a dilatação endoscópica. Objetivo:
O objetivo deste estudo é determinar a eficácia e segurança
das dilatações endoscópicas com velas de Savary-Gilliard
das estenoses das anastomoses após correção cirúgica da
AE. Casuística: 39 pacientes foram incluídos neste estudo.
A idade média foi de 15 meses e 58.9% eram do sexo
masculino. Métodos: Estudo retrospectivo longitudinal dos
pacientes que foram submetidos à dilatação endoscópica
da anastomose de janeiro de 2008 a outubro de 2010.
Os dados foram coletados dos prontuários. As dilatações
foram realizadas com velas de Savary-Gilliard, sob anestesia
geral. A posição do fio-guia metálico foi confirmada através
de palpação da parede abdominal, devido à ausência de
controle fluoroscópio. A frequência e o intervalo entre cada
sessão dependeu dos sintomas e dos achados endoscópicos.
Resultados: Um total de 182 dilatações foram realizadas,
média de 4.7 dilatações por paciente. O tratamento foi
curativo em 27 pacientes (69.2%) e 12 ainda se encontram
em programa de dilatação. A anomalia mais frequentemente
encontrada foi AE com fístula traqueoesofágica distal.
Não houve complicações anestésicas ou endoscópicas.
Conclusão: A dilatação endoscópica com velas de Savary-
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
Gilliard é um procedimento eficaz e seguro em pacientes com
estenose da anastomose após correção cirúrgica da AE.
Eficácia e Segurança do Balão
Intragástrico (BIG) em Pacientes
com Diferentes Graus de Obesidade
– Experiência da Clínica Privada no
Rio de Janeiro
Temário: Endoscopia / Miscelânea
Autores / Nome para referência / Instituição: PAULA
PERUZZI ELIA / ELLIA, PP / GASTROENDO; ALVARO AUGUSTO GUIMARÃES
FREIRE / FREIRE, AAG / GASTROENDO; GUTEMBERG CORREIA DA SILVA
/ SILVA, GC / GASTROENDO; GREGORIO FELDMAN / FELDMAN, G /
GASTROENDO; JOSE MAURO TEIXEIRA / TEIXEIRA, JM / GASTROENDO;
DANIELA K. WROBEL / WROBEL, DK / GASTROENDO; CARLOS E.
MORAES / MORAES, CE / GASTROCOR.
Resumo
Introdução: O BIG tem sido utilizado no tratamento da obesi-
dade e, recentemente, tem demonstrado resultados satisfató-
rios em pré-obesos. Objetivos: Avaliar a eficácia e seguran-
ça do BIG em pacientes com diferentes graus de obesidade.
Casuística: De setembro de 2007 a outubro de 2009, 210
pacientes colocaram BIG; 203 completaram o estudo, 7 foram
excluídos por deflação espontânea do balão. A idade média
foi 44 anos e 156 eram do sexo feminino. Métodos: Estudo
longitudinal retrospectivo. Os pacientes foram divididos em 4
grupos de acordo com o IMC: pré-obeso e obesidade graus
1 a 3. Após colocação do BIG por endoscopia, os pacientes
foram acompanhados por 5 a 7 meses. A análise estatística
foi realizada pelo teste t de Student pareado e a Análise de
Variância “one-way”, e foi processada pelo software SAS® Sys-
tem. Critério de determinação de significância foi nível de 5%.
Resultados: A média do peso inicial e do IMC foi respec-
tivamente 99.7 Kg e 35.8 Kg/m2. O peso médio final e IMC
foram respectivamente 89.2 Kg e 32 Kg/m2. Houve perda sig-
nificativa de peso em todos os grupos, com média de perda de
peso absoluta de 10.5 Kg (10.4% do peso inicial) (p= 0.0001).
Não houve diferença na perda de peso relativa dos grupos
(p=0.079). Ocorreram apenas duas complicações, tratadas ci-
rurgicamente com sucesso. Conclusão: O BIG é um método
seguro e eficaz para perda de peso, havendo perda significati-
va de peso independentemente do grau de obesidade.
Eficácia Local e Complicações
da Terapêutica Neo-Adjuvante no
Carcinoma Epidermoide do Esôfago:
Radioterapia versus Radioterapia
Associado à Quimioterapia
Temário: Cirurgia / Esôfago
Autores / Nome para referência / Instituição: VALDIR
TERCIOTI JUNIOR / TERCIOTI JUNIOR, V / UNICAMP; LUIZ ROBERTO LOPES
/ LOPES, LR / UNICAMP; JOÃO DE SOUZA COELHO NETO / COELHO NETO,
JC / UNICAMP; JOSÉ BARRETTO CAMPELLO CARVALHEIRA / CARVALHEIRA,
JBC / UNICAMP; NELSON ADAMI ANDREOLLO / ANDREOLLO, NA /
UNICAMP.
Resumo
Objetivo: Avaliar por meio de um estudo retrospectivo não-
randomizado as respostas tumorais à terapêutica neo-adjuvante
dos carcinomas espino-celulares dos terços médio e distal do
esôfago. Casuística: 97 (N) pacientes divididos em: grupo I - 81
(83,5%) submetidos à radioterapia neo-adjuvante; grupo II - 16
(16,5%) submetidos a radioterapia e quimioterapia neo-adjuvantes.
Um terceiro grupo (26 pacientes) submetidos a esofagectomia
exclusiva foi utilizado na comparação das complicações pós-
operatórias. Método: Características de cada paciente (idade,
sexo e cor), o local do tumor, o estadiamento, a avaliação
histológica das modalidades de tratamento foram revisadas.
A resposta tumoral à terapêutica neo-adjuvante foi avaliada
com estudos histopatológicos da peça cirúrgica. Resultados:
Não houve diferenças estatísticas significativas quanto à cor,
sexo, idade, estadiamento e complicações pós-operatórias nos
pacientes dos três grupos analisados. Os pacientes submetidos
à radioterapia e quimioterapia neo-adjuvante apresentaram
redução tumoral mais satisfatória, com melhor eficácia local,
quando comparado ao grupo submetido apenas a radioterapia
neo-adjuvante. Conclusão: O estudo sugere que a radioterapia
associada à quimioterapia apresentou maior eficácia local na
redução tumoral em comparação com o grupo tratado apenas
com radioterapia; além disso, a terapêutica neo-adjuvante não
elevou as complicações pós-operatórias em comparação aos
pacientes submetidos à cirurgia exclusiva.
Eficácia Terapêutica do Adalimumabe
na Doença de Crohn - Série de
Casos de Pacientes do Hospital
Universitário da Universidade Federal
do Piauí
Temário: Gastroenterologia / Intestino
Autores / Nome para referência / Instituição: JOSÉ
MIGUEL LUZ PARENTE / PARENTE, JML / UFPI; DANIEL DE ALENCAR
MACEDO DUTRA / DUTRA, DAM / UFPI; CONCEIÇÃO DE MARIA DE
SOUSA COELHO / COELHO, CMS / UFPI; PAULO VINÍCIUS GOMES DE
OLIVEIRA / OLIVEIRA, PVG / UFPI; ANA VALÉRIA SANTOS PEREIRA DE
ALMEIDA / ALMEIDA, AVSP / UFPI; MÍRIAN PERPÉTUA PALHA DIAS
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
PARENTE / PARENTE, MPPD / UESPI.
Resumo
A Doença de Crohn (DC) é uma afecção inflamatória crô-
nica de causa desconhecida que pode acometer qualquer
segmento do trato gastrointestinal e órgãos extraintestinais.
O controle clínico da doença pode ser alcançado com uti-
lização de várias medicações, dentre elas o adalimumabe.
Objetivos: Avaliar a resposta terapêutica com uso de ada-
limumabe no primeiro ano de tratamento de pacientes com
DC. Resultados: A média dos IADCs na semana 0, semana
4 e após 1 ano de tratamento foram de 278, 103 e 92 res-
pectivamente. Na semana 0, 3 (23,1%) pacientes estavam
em remissão (IADC<150) e foram incluídos para uso de
adalimumabe por serem portadores da forma fistulizante; 2
(15,4%) pacientes tinham doença moderada (IADC ≥150 <
220) e 8 (69,2%) estavam com doença em estágio grave
(IADC ≥220). Após a fase de indução com adalimumabe,
11 (84,6%) pacientes estavam em remissão da doença, en-
quanto 1 (7,7%) estava com doença moderada e 1 (7,7%)
apresentava doença grave. Após um ano de tratamento 7 131
(87,5%) pacientes avaliados estavam em remissão da doença
e 1 (13,5%) estava em estágio grave da doença. Após 1 ano
de tratamento, os 3 pacientes com a forma fistulizante apre-
sentaram fechamento completo das fístulas. Conclusão:
Neste estudo, o tratamento da DC com a droga mostrou ele-
vada taxa de remissão (CDAI < 150) e resposta clínica (que-
da do CDAI >100) imédiatamente após a fase de indução; e
elevada taxa de remissão após um ano de tratamento.
Eficácia Terapêutica do Infliximabe
na Retocolite Ulcerativa Idiopática:
Série de Casos de Pacientes
do Hospital Universitário da
Universidade Federal do Piauí
Temário: Gastroenterologia / Intestino
Autores / Nome para referência / Instituição: JOSÉ
MIGUEL LUZ PARENTE / PARENTE, JML / UFPI; PAULO VINÍCIUS
GOMES DE OLIVEIRA / OLIVEIRA, PVG / UFPI; CONCEIÇÃO DE MARIA
DE SOUSA COELHO / COELHO, CMS / UFPI; DANIEL DE ALENCAR
MACEDO DUTRA / DUTRA, DAM / UFPI; ANA VALÉRIA SANTOS
PEREIRA DE ALMEIDA / ALMEIDA, AVSP / UFPI; MÍRIAN PERPÉTUA
PALHA DIAS PARENTE / PARENTE, MPPD / UESPI.
Resumo
A Retocololite Úlcerativa Idiopática (RCUI) é uma afecção
inflamatória crônica de causa desconhecida que acomete o
reto e cólons de maneira contínua e ascendente. O controle

clínico da doença pode ser alcançado com utilização de várias
medicações, dentre elas o infliximabe. Objetivos: Avaliar a
resposta terapêutica com uso de infliximabe no primeiro ano de
tratamento de pacientes com RCUI. Resultados: A média dos
escores Mayo Clinic na semana 0, semana 12 e após um ano
de tratamento foram de 9,0; 5,8 e 4,2 pontos respectivamente.
Na semana 0, 1 (10,0 %) paciente apresentava atividade leve da
doença (escore Mayo Clinic 3 - 5) e foi intruduzido o infliximabe
por intolerância à azatioprina; 6 (60,0%) estavam em atividade
moderada (escore Mayo Clinic 6 - 10) e 3 30,0%) estavam em
atividade grave da doença (escore Mayo Clinic Ã11). Após a fase
de indução com infliximabe, 4 (40,0%) dos pacientes estavam
em atividade leve de doença, 6 (60,0%) estavam com doença
moderada. Após um ano de tratamento 1 (20,0%) dos pacientes
avaliados estava em remissão da doença, 3 (60,0%) apresentavam-
se em atividade leve da doença e 1 (20%) apresentavam-se em
atividade moderada. Conclusão: Neste estudo, o tratamento da
RCUI com infliximabe mostrou elevada taxa de remissão (escore
Mayo Clinic >2) e resposta clínica tanto imédiatamente após a
fase de indução de remissão (queda do escore Mayo Clinic > 3
pontos) quanto após um ano de tratamento (queda do escore
132
Mayo Clinic > 4 pontos).
Embolização de Shunt Esplenorrenal
como Tratamento de Encefalopatia
Hepática Recorrente - Relato de Caso
Temário: Gastroenterologia / Fígado
Autores / Nome para referência / Instituição: FERNANDA
PLAZZI CARRARETTO / CARRARETTO, FP / UNESP; CÁSSIO VIEIRA DE
OLIVEIRA / OLIVEIRA, CV / UNESP; CLARISSA RIBEIRO VILLAR / VILLAR,
CR / UNESP; LETICIA DE CAMPOS FRANZONI / FRANZONI, LC / UNESP;
FÁBIO DA SILVA YAMASHIRO / YAMASHIRO, FS / UNESP; FERNANDO
GOMES ROMEIRO / ROMEIRO, FG / UNESP; CARLOS ANTONIO CARAMORI /
CARAMORI, CA / UNESP; GIOVANNI FARIA SILVA / SILVA, GF / UNESP.
Resumo
Encefalopatia Hepática (EH) é um estado reversível de alteração
cognitiva,caracterizada por alterações neuropsiquiátricas. Ocorre
em portadores de doença hepática aguda, crônica ou com shunt
portossistêmico. Substâncias nitrogenadas derivadas do intestino
chegam ao cérebro sem serem depuradas pelo fígado devido ao
shunt portossistêmico. Relato de Caso: J. S. J. 57 anos, cirrótica
por VHC com internações frequentes devido à EH grave, sem
resposta ao tratamento clínico e sem fator precipitante detectado.
US abdominal evidenciou hepatopatia crônica,hipertensão portal
e shunt potossistêmico de difícil caracterizaçao ao doppler.
Arteriografia esplênica com confirmação de shunt esplenorrenal.
Optado pela embolização do shunt com microcoils. Evoluiu
após procedimento com melhora clínica importante sem novos
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
episódios de EH. Discussão: Shunts portossistêmicos são
causas frequentes de EH recorrente em cirróticos. Deve ser
lembrado nos casos de EH sem fator precipitante e refratária
ao tratamento clínico. Nestes casos o tratamento concede
apenas melhora transitória gerando internações frequentes.
Através da embolização de shunts portossistêmicos obtém-
se melhora significativa no nível de consciência e restauração
do fluxo portal. Conclusão: Relatamos o caso de paciente
com shunt portossistêmico diagnosticado com EH recorrente
refratária ao tratamento convencional que foi satisfatoriamente
tratado com embolização do shunt usando técnicas de radiologia
intervencionista.
Emprego da Ecoendoscopia para
o Estudo do Enxerto Pancreático
após Transplante de Pâncreas com
Duodenoduodenoanastomose –
Relato de Caso
Temário: Endoscopia / Ecoendoscopia
Autores / Nome para referência / Instituição: ADRIANA
COSTA / COSTA, A. / CENTRO AVANÇADO DE ENDOSCOPIA TERAPÊUTICA
– CAEDT - SÃO PAULO - SP; HOSPITAL UNIMED SANTA HELENA
– SP; WAGNER TAKAHASHI / TAKAHASHI, W. / CENTRO AVANÇADO DE
ENDOSCOPIA TERAPÊUTICA – CAEDT - SÃO PAULO - SP; HOSPITAL
UNIMED SANTA HELENA – SP; LUIS FELIPE DE LIMA / LIMA, L.
F. / CENTRO AVANÇADO DE ENDOSCOPIA TERAPÊUTICA – CAEDT
- SÃO PAULO - SP; HOSPITAL UNIMED SANTA HELENA – SP;
LEONARDO OGAWA DE OLIVEIRA / OLIVEIRA, L. O. / HEPATO - SP;
EDUARDO TOMOHISSA YAMASHITA / YAMASHITA, E. T. / HEPATO -
SP; CAROLINA PINTO RODRIGUES EVO / EVO, C. P. R. / HEPATO
- SP; TÉRCIO GENZINI / GENZINI, T. / HEPATO - SP; HOSPITAL
BENEFICÊNCIA PORTUGUESA DE SÃO PAULO; MARCELO PEROSA /
PEROSA, M. / HEPATO - SP; HOSPITAL BENEFICÊNCIA PORTUGUESA
DE SÃO PAULO.
Resumo
Introdução: O transplante de pâncreas (TP) apresenta di-
versas alternativas técnicas para alocação do enxerto pan-
creático (EP) e sua drenagem exócrina e endócrina. Os mé-
todos de drenagem entérica (DE) são os mais empregados,
podendo o enxerto colocado no trânsito intestinal ou em alça
exclusa em Y-de-Roux. Em ambas as técnicas, a visualização
endoscópica do sitio de anastomose é praticamente inacessí-
vel. Recentemente, iniciou-se experiência com DE através de
duodenoduodenoanastomose (DDA), com bons resultados.
Trata-se de método mais fisiológico de DE e que permite in-
vestigação por diversos métodos endoscópicos. Neste relato
apresenta-se caso inédito de ecoendoscopia de pâncreas
transplantado. Relato de Caso: RAC, feminino, portado-
ra de diabetes mellitus tipo 1 desde os 15 anos de idade,
submetida ao TP após rim. Realizou-se o TP com DDA, evo-
luindo sem complicações. No segundo mês pós-operatório
apresentou elevação flutuante de amilase, sendo realizada
endoscopia digestiva alta e ecoendoscopia. Os exames fo-
ram realizados sem intercorrências, e possibilitaram inves-
tigação endoscópica do duodeno do enxerto e ecoendos-
cópica do pâncreas transplantado assim como do pâncreas
nativo e das regiões periampulares de ambos. Discussão:
A DDA após TP permite fácil acesso endoscópico ao EP po-
dendo viabilizar procedimentos diagnósticos anteriormente
não possíveis e terapêuticos como passagem de próteses,
biópsias sob visão direta ou por punção ecoguiada de forma
rápida e segura.
Emprego da Enteroscopia no
Diagnóstico e Tratamento do
Sangramento Intestinal após
Transplante de Pâncreas com
Drenagem Entérica em Y-de-Roux -
Relato de Caso
Temário: Endoscopia / Intestino delgado
Autores / Nome para referência / Instituição:
ADRIANA COSTA / COSTA, A. / HOSPITAL ALEMÃO OSWALDO CRUZ-
SP; WAGNER TAKAHASHI / TAKAHASHI, W. / HOSPITAL ALEMÃO
OSWALDO CRUZ-SP; RICARDO DIB / DIB, R. / HOSPITAL ALEMÃO
OSWALDO CRUZ-SP; ANDRÉ CAPALBO / CAPALBO, A. / HOSPITAL
ALEMÃO OSWALDO CRUZ-SP; EDUARDO YAMASHITA / YAMASHITA
E. / HOSPITAL ALEMÃO OSWALDO CRUZ-SP; MARCELO PEROSA DE
MIRANDA / MIRANDA, MP / HEPATO; TERCIO GENZINI / GENZINI,
T. / HEPATO; LEONARDO OGAWA DE OLIVEIRA / OLIVEIRA, L.O. /
HOSPITAL ALEMÃO OSWALDO CRUZ.
Resumo
Introdução: O Sangramento Intestinal (SI) pós transplante
de pâncreas (TP) é complicação de difícil diagnóstico e
tratamento, uma vez que a duodenojejunoanastomose (DJA)
tanto em alça como em Y-de-Roux, são de difícil acesso. A
enteroscopia de balão (EB) mostra-se como possibilidade
diagnóstica e terapêutica nestes casos. Objetivo: Relatar o
primeiro caso da literatura de EB no diagnóstico e tratamento
de SI em paciente submetido a TP com DJA em Y-de-Roux.
Relato de Caso: J. F. S., 23 anos, evoluiu no 2º mês pós
TP com SI. EDA, colonoscopia e angiotomografia foram
realizadas, sem detecção do sítio hemorrágico. Antigenemia
para CMV com resultado negativo. Após melhora
espontânea, recebeu alta. 2 meses após, evoluiu com novo
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
SI sendo submetida à enteroscopia de balão único (EBU)
sob anestesia geral que alcançou o duodeno do enxerto e
mostrou úlceras hemorrágicas na regão do enxerto, sendo
realizadas biópsias e hemostasia com plasma de Argônio.
Achados histopatológicos foram compatíveis com CMV. Após
5 dias houve novo SI. Submetida a nova EBU, com parada
do ressangramento através de técnica mista de Hesmostasia
com APC e injeção de adrenalina. Houve interrupção do
sangramento e a paciente recebeu alta medica. Conclusão:
A EB permite acessar diretamente o sítio das DJA após TP com
DE, áreas inacessíveis em um passado recente, permitindo a
realização de biópsias e várias modalidades terapêuticas, de
forma segura e eficaz, devendo ser considerada nos casos
de SI com EDA e colono normais.
Emprego das Técnicas de Injeção e
Sutura Endoscópica no Tratamento
da DRGE. Estudo Prospectivo e
Análise Tardia (60 Meses)
133
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para referência / Instituição:
EDUARDO GUIMARÃES HOURNEAUX DE MOURA / MOURA,EGH /
SERVIÇO DE ENDOSCOPIA GASTROINTESTINAL DO HCFMUSP; PAULO
SAKAI / SAKAI,P / SERVIÇO DE ENDOSCOPIA GASTROINTESTINAL DO
HCFMUSP; RUBENS ANTONIO AISSAR SALLUM / SALLUM,RAA /
SERVIÇO DE CIRURGIA DO ESÔFAGO DO HCFMUSP; ARI NASI / NASI,A
/ SERVIÇO DE CIRURGIA DO ESÔFAGO HCFMUSP; SUZANA LOPES DE
OLIVEIRA / OLIVEIRA,SL / SERVIÇO DE ENDOSCOPIA GASTROINTESTINAL
DO HCFMUSP; EDUARDO TURIANI HOURNEAUX DE MOURA /
MOURA,ETH / UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES; DIOGO TURIANI
HOURNEAUX DE MOURA / MOURA,DTH / UNIVERSIDADE DE MOGI
DAS CRUZES; IVAN CECCONELLO / CECCONELLO,I / DISCIPLINA DE
CIRURGIA DO APARELHO DIGESTIVO FMUSP.
Resumo
Objetivo: Investigar a eficácia das terapêuticas de injeção
de polímero (G0) e plicatura endoscópica (G1), no controle
da DRGE a longo prazo (60 meses). Material e Métodos:
Pacientes com resposta ao IBP e sem contraindicação à
cirurgia. Resultados: Predomínio do sexo M nos 2 grupos,
com a idade M=39 (G0); e, M=48 (G1). Na análise de
perdas no controle dos pacientes, observou-se que não
houve em 1, 3 e 6 meses. Há perdas em 9.6% e 47.7% no
(G0) e 6.9% e 58.7% no (G1) em 12 e 60m. A frequência
do número de pacientes sem resposta (SR) ao uso do IBP,
apresenta tendência de aumento ao longo do tempo, apos
12m, tanto no G0, quanto no G1 (p= <0.001). Na análise
da EAV houve resposta total (RT) em ambos os grupos

até 12m. Aos 60m este resultado se perde (p=0.013). A
avaliação da QVRS evidência que aos 1, 3, 6 e 12m há RT
de melhora significante em ambos os grupos. A análise de
60m, demonstra em ambos os grupos aumento significativo
no número de pacientes SR (G0 p=0.019 e G1 p=0.003).
Conclusões: A eficácia das terapêuticas de plicatura
endoscópica e injeção de polímero, no controle da DRGE
a longo prazo foram ineficazes. Não houve manutenção na
redução do uso de medicamentos; Não houve manutenção
da diminuição do índice de sintomas; A melhoria na QVRS
não foi mantida. Não houve melhoria na avaliação de saúde
após 12m. As complicações imédiatas foram limitadas e não
acompanhadas de mortalidade. Não houve resolução da
esofagite, da eletromanometria e phmetria de 24h.
Endoscopia Biliar na Colangite
Esclerosante Primária
Temário: Endoscopia / Colangiopancreatografia
endoscópica retrógrada
134
Autores / Nome para referência / Instituição:
RENATA FIGUEIREDO ROCHA / ROCHA, RF / HOSPITAL MADRE
TERESA – BELO HORIZONTE / MG, PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA
DA FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DE MINAS GERAIS.; WALTON
ALBUQUERQUE / ALBUQUERQUE, W / HOSPITAL MADRE TERESA –
BELO HORIZONTE / MG, INSTITUTO ALFA DE GASTROENTEROLOGIA –
HC – UFMG.; ROBERTO MOTTA PEREIRA / PEREIRA, RM / HOSPITAL
MADRE TERESA – BELO HORIZONTE / MG; RICARDO CASTEJON
NASCIMENTO / NASCIMENTO, RC / HOSPITAL MADRE TERESA – BELO
HORIZONTE / MG; RODRIGO ALBUQUERQUE CARREIRO / CARREIRO,
RA / HOSPITAL MADRE TERESA – BELO HORIZONTE / MG, PÓS-
GRADUAÇÃO E PESQUISA DA FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DE
MINAS GERAIS.; EDUARDO GARCIA VILELA / VILELA, EG / INSTITUTO
ALFA DE GASTROENTEROLOGIA – HC – UFMG.
Resumo
Introdução: A Colangite Esclerosante Primária (CEP)
é uma afecção colestática caracterizada por inflamação
crônica e fibrose obliterativa da via biliar. É rara, mais
comum no sexo masculino, de prognóstico desfavorável.
O tratamento endoscópico das estenoses extra-hepáticas
pode resultar em melhora clínica e bioquímica. Objetivo:
Relatar um caso de abordagem endoscópica de cálculos
e estenose do colédoco devido a CEP. Casuística e
Método: Paciente LGTM, 13 anos, masculino, feoderma,
com quadro agudo de dor abdominal, inapetência, vômitos,
mal estar e icterícia. Elevação da amilase, lipase, bilirrubinas
e das transaminases, com P-Anca positivo. CPRM: dilatação
das vias biliares, com cálculos intra e extra-hepáticos,
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
espessamento das paredes e estenose do colédoco
distal. Histologia das biópsias hepáticas compatível com
CEP. Realizada a papilotomia endoscópica com dilatação
com balão hidrostático da estenose coledociana, retirada
dos cálculos e posicionamento de prótese biliar plástica.
Resultado: O paciente apresentou melhora clínica e
laboratorial significativas. Feita a retirada da prótese com 3
meses, nova dilatação da estenose coledociana residual e
citologia biliar que foi negativa para neoplasia. Conclusão:
a endoscopia biliar pode auxiliar na conduta de estenoses
biliares extra-hepáticas da CEP quando sintomáticas,
através de dilatação, na remoção de cálculos e coleta de
material biológico.
Endoscopia Digestiva Alta -
Videolaparoscopia na Ressecção de
Lesão Subepitelial Gástrica
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para referência / Instituição:
SANDRONE GRANJA ABREU / ABREU, SG / BENEFICÊNCIA
PORTUGUESA DE SÃO PAULO; FRANCISCO DE ASSIS SUSSUARANA
JÚNIOR / SUSSUARANA, FAJR / BENEFICÊNCIA PORTUGUESA DE SÃO
PAULO; RICARDO DE SORDI SOBREIRA / SOBREIRA, RS / BENEFICÊNCIA
PORTUGUESA DE SÃO PAULO; LEONARDO GAMA REUTER / GAMA,
LRM / BENEFICÊNCIA PORTUGUESA DE SÃO PAULO; MARCELO VARGAS
ARDENGHI / ARDENGHI, MV / BENEFICÊNCIA PORTUGUESA DE SÃO
PAULO; CELSO PATRÍCIO / PATRÍCIO, C / BENEFICÊNCIA PORTUGUESA
DE SÃO PAULO; ANTÔNIO HENRIQUE FIGUEIREDO / FIGUEIREDO, AH /
BENEFICÊNCIA PORTUGUESA DE SÃO PAULO; PEDRO LUIZ BERTEVELLO
/ BERTEVELLO, PL / BENEFICÊNCIA PORTUGUESA DE SÃO PAULO.
Resumo
Paciente de 61 anos, assintomática, apresentou ao realizar
EDA uma lesão elevada, séssil, recoberta por mucosa íntegra,
endurecida ao toque com pinça, localizada no fundo gástrico,
medindo 20 mm. Submetida à ecoendoscopia que diagnósticou
lesão subepitelial, hipoecóica, com origem na 4ª camada.
Foi decidido por abordagem combinada com endoscopia
digestiva alta e videolaparoscopia, pois o autor já obteve
êxito com a ressecção submucosa e enucleação da lesão,
de características semelhantes, em duas oportunidades com
resolução endoscópica. No primeiro passo realizou-se a EDA
com injeção de solução salina na submucosa separando-a da
mucosa, ressecção da mucosa apical da lesão com alça de
polipectomia, dissecção da submucosa com tesoura e pinça
jacaré para enucleação da lesão. O cirurgião inicia a liberação
do fundo gástrico para observar onde será retirada a lesão. Após
retirada a lesão observamos necessidade de intervenção por
videolaparoscopia para ressecção em cunha com margens livres
e gastrorrafia com fio absorvível. A duração do procedimento
foi de 60 min. A paciente manteve estabilidade hemodinâmica,
o material encaminhado para estudo histopatológico tendo
como diagnóstico pâncreas ectópico tipo III, estendendo-se
à túnica muscular, e ausência de neoplasia. A EDA-VDL como
procedimento combinado é seguro, viável e oportuno mesmo
nas lesões subepiteliais da 4ª camada. Acreditamos que o
estreitamento interdisciplinar acarretará em maior expertise e
melhores resultados.
Enterorragia Após Biópsia Gástrica -
Relato de Caso
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para referência / Instituição: GUSTAVO
GONZALES REAL / REAL, GG / HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE;
CRISTINA FLORES / FLORES, C / HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE;
NADJA MACHADO VOLPATO / VOLPATO, NM / HC PORTO ALEGRE.
Resumo
Procedimentos endoscópicos diagnósticos apresentam um risco
mínimo de hemorragia, mesmo em pacientes anticoagulados. Os
dados na literatura são escassos, com relato de sangramento
significativo em 0,15% a 0,4% das endoscopias digestivas altas
diagnósticas, estando geralmente associados a biópsias de
coto gástico, borda de úlcera e ao uso de anti-inflamatórios e
anticoagulantes. Nós relatamos um caso de um homem de 65
anos, portador de cirrose alcoólica, tabagista, encaminhado para
realização de endoscopia para realizar biópsia de controle de
úlcera gástrica. Há 30 dias, havia realizado endoscopia digestiva
alta com úlcera gástrica ativa de 2 cm na incisura angularis. No
exame de controle, evidênciada úlcera em cicatrização, sendo
realizadas biópsias da borda e coletado material para pesquisa de
H. pylori. Após 12 horas do procedimento, o paciente apresentou
enterorragia em grande quantidade, com síncope e hipotensão.
Os exames laboratoriais evidênciavam um hematócrito de 24%,
hemoglobina de 8,5 g/dL, plaquetas de 124.000 e TP com 45%
de atividade (INR 1,6). Realizada endoscopia, evidênciando
úlcera em incisura angularis medindo 1,5 cm, com fibrina fina na
base, sem sinais de sangramento. Ao lado da borda proximal,
fora da área da úlcera, em provável local de biópsia, observou-se
vaso visível protuso com pequeno coágulo aderido e porejamento
sanguíneo difuso. Realizada injeção de adrenalina e colocação de
clipe sobre o vaso, com parada do sangramento.
Enteroscopia de Balão Único
(EBU) para a Avaliação do
Estômago Excluso (Ee) Em Pacientes
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
Submetidos à Gastroplastia Vertical
com Derivação Gastrojejunal em
Y-de-Roux (GVDYR) – Experiência
de um Grupo
Temário: Endoscopia / Intestino delgado
Autores / Nome para referência / Instituição: ADRIANA
COSTA / COSTA, A / HOSPITAL IPIRANGA; CENTRO AVANÇADO DE ENDOSCOPIA
TERAPÊUTICA HOSPITAL UNIMED SANTA HELENA; HOSPITAL ALEMÃO OSWALDO
CRUZ; RICARDO DIB / DIB,R / HOSPITAL IPIRANGA; WAGNER TAKAHASHI /
TAKAHASHI,W / CENTRO AVANÇADO DE ENDOSCOPIA TERAPÊUTICA HOSPITAL
UNIMED SANTA HELENA; HOSPITAL ALEMÃO OSWALDO CRUZ; DANIELLE
MAIA / MAIA, D. / CENTRO AVANÇADO DE ENDOSCOPIA TERAPÊUTICA
HOSPITAL UNIMED SANTA HELENA; EDUARDO YAMASHITA / YAMASHITA,E. /
CENTRO AVANÇADO DE ENDOSCOIA TERAPÊUTICA HOSPITAL UNIMED SANTA
HELENA; SIZENANDO LIMA JR / LIMA, S. / HOSPITAL SANTA HELENA;
ARTHUR GARRIDO / GARRIDO, A. / HOSPITAL ALEMÃO OSWALDO CRUZ;
LEONARDO OGAWA DE OLIVEIRA / OLIVEIRA, L.O. / CENTRO AVANÇADO DE
ENDOSCOPIA.
135
Resumo
Introdução: A GVDYR é o procedimento mais realizado para
o tratamento cirúrgico da obesidade mórbida. O acesso ao EE
e via biliopancreática é necessário para avaliação e tratamento
de complicações pós cirúrgicas e patologias nos seguimentos
exclusos. Objetivo: Demonstrar o sucesso na intubação do EE,
achados e aplicações terapêuticas utilizando EBU. Método:
Estudo prospectivo, com realização de EBU em pacientes pós
GVDYR, utilizando enteroscopio Olympus, sem fluoroscopia, sob
sedação moderada ou profunda, com suporte do anestesiologista
ou não. Resultados: 53 pacientes (42 fem), idade média 45 anos,
foram submetidos a 55 EBU. Tempo médio pós-cirurgia foi 7,9 anos
(2 meses-11 anos). 21 pacientes (39,62%) apresentavam sintomas
ou alterações laboratoriais, sendo dor abdominal, sangramento, e
anemia os mais frequentes. O EE foi alcançado em 90,56% dos
pacientes e 91,22% dos procedimentos, com tempo médio de exame
de 45 minutos (intervalo de 7-140min). 6 pacientes receberam
terapêutica endoscópica, que incluiu eletrocoagulação bipolar e
com argônio, endoclips, injeção de adrenalina e polipectomia. Houve
uma perfuração, tratada cirurgicamente com sucesso. Conclusão:
A EBU permitiu acesso ao EE em 90% dos casos em nosso estudo,
sem fluoroscopia ou anestesia geral com IOT, com risco aceitável
de complicações. É necessário treinamento especializado da
equipe médica. Avaliação do EE deve ser considerada nos casos de
sangramento oculto ou anemia, com EDA e Cólono prévia normais.
Enteroscopia de Balão Único –
Experiência Inicial do Serviço
Temário: Endoscopia / Intestino delgado

Autores / Nome para referência / Instituição: JOSÉ INÁCIO
VIERA SANSEVERINO / SANSEVERINO, JOSÉ INÁCIO / IRMANDADE SANTA
CASA DE MISERICÓRDIA DE PORTO ALEGRE; PAULA BAPTISTA SANSEVERINO
/ SANSEVERINO, PAULA B / UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO
SUL; GRAZIELLA RANGEL PANIZ / PANIZ, GR / IRMANDADE SANTA CASA
DE MISERICORDIA DE PORTO ALEGRE; ANDREA PRATES DA CUNHA DE
AZEVEDO / AZEVEDO, APC / IRMANDADE SANTA CASA DE MISERICORDIA DE
PORTO ALEGRE; DAVI S. KUHN / KUHN, DS / IRMANDADE SANTA CASA DE
MISERICORDIA DE PORTO ALEGRE.
Resumo
Introdução: Até a poucos anos, a avaliação endoscópica do
intestino delgado ficava restrita ao exame da primeira e segunda
porção do duodeno e do íleo terminal. Com o advento do
enteroscópio de duplo balão e recentemente do enteroscópio
de balão único tornou-se possível a abordagem endoscópica
diagnóstica e terapêutica de todo o intestino delgado. Os
autores relatam a experiência inicial com enteroscopia de balão
único, discutindo133 casos, indicação, tempo de procedimento
136 e resultados. Objetivo: Avaliar a acuidade diagnóstica e
terapêutica da enteroscopia de balão único. Métodos: Em
154 exames foi utilizado enteroscópio Olympus SIF Q 180.
Todos os procedimentos foram realizados sob anestesia geral.
A idade variou de 8 a 93 anos, sendo 72 pacientes do sexo
feminino e 61 pacientes do sexo masculino. O tempo médio de
exame foi de 50 minutos. Resultados: As principais indicações
para o exame foram sangramento digestivo, anemia, polipose,
diarreia e dor abdominal. Os principais achados histológicos
foram: adenoma tubulare de intestino, metástase de melanoma,
hiperplasia linfoide, GIST, adenocarcinoma. Nas angiectasias foi
possível realizar o tratamento. 50 exames foram sem achados
relevantes ou intercorrências. Conclusões: A enteroscopia de
balão único é um método diagnóstico efetivo e tem potencial
terapêutico.
Enucleação Videolaparoscópica de
Insulinoma de Cabeça de Pâncreas
Temário: Cirurgia / Pâncreas
Autores / Nome para referência / Instituição: FABIANA
MATOS BARBOSA / BARBOSA, FM / HOSPITAL SÃO VICENTE - CURITIBA;
ANTONIO CARLOS ROSA SENA / SENA, ACR / HOSPITAL SÃO VICENTE -
CURITIBA; CARLOS HENRIQUE TRIPPIA / TRIPPIA, CH / HOSPITAL SÃO VICENTE
- CURITIBA; TIAGO KUCHNIR MARTINS DE OLIVEIRA / OLIVEIRA, TKM /
HOSPITAL SÃO VICENTE - CURITIBA; ANGELO CECCHINI / CECCHINI, ARS /
HOSPITAL SÃO VICENTE - CURITIBA; GERALDO SEBBEN / SEBBEN, GERALDO /
HOSPITAL SÃO VICENTE - CURITIBA; RAYSSA SENA / SENA, R / HOSPITAL SÃO
VICENTE - CURITIBA; FELIPE PEDROTI LOCATELLI / LOCATELLI, FP / HOSPITAL
SÃO VICENTE - CURITIBA.
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
Resumo
Objetivo: Apresentar um vídeo mostrando a enucleação de tu-
mor de cabeça de pâncreas Método: Paciente do sexo feminino
de 45 anos, e IMC de 37, se apresentou no serviço com queixa de
perda de consciência após períodos prolongados de jejum. Du-
rante ecografia de abdômen foi identificado nódulo na cabeça do
pâncreas. A dosagem de insulina e peptídeo C após hipoglicemia
induzida mostrou níveis que sugeriram o diagnóstico de insuli-
noma. Optado por procedimento cirúrgico videolaparoscópica e
enucleação do tumor. Resultado: A cirurgia iniciou com a aber-
tura do ligamento gastrocólico com acesso à retrocavidade gástri-
ca. Os vasos gastromentais foram isolados e ligados para facilitar o
acesso ao pâncreas. Uma vez realizada a hemostasia, a dissecção
prosseguiu seguindo o trajeto da veia mesentérica superior. Foi
realizada ecografia trasoperatória para melhor identificação do tu-
mor. A dissecção prosseguiu com uso de bisturi harmônico, até a
completa enucleação da lesão. Conclusão: A ressecção de tu-
mores de pâncreas, mesmo em locais de difícil acesso, como face
posterior de cabeça do mesmo, são possíveis de ser realizadas
pela laparoscopia com treinamento adequado.
Envolvimento Gastrointestinal em
Histoplasmose Disseminada - Relato
de Casos
Temário: Gastroenterologia / Estômago / Duodeno
Autores / Nome para referência / Instituição: VIVIANE
PLASSE RENON / RENON, VP / GHC; RODRIGO MAYER LUL / LUL, RM /
GHC; MARCELO CAMPOS APPEL DA SILVA / SILVA, MCA / GHC; RAFAEL
BERGERSCH D´INCAO / D´INCAO, RB / GHC; NUTIANNE CAMARGO
SCHNEIDER / SCHNEIDER, NC / GHC; EDUARDO ANDRÉ OTT / OTT, EA /
GHC; EVERTON HADLICH / HADLICH, E / GHC; EDUARDO CAMBRUZZI /
CAMBRUZZI, E / GHC.
Resumo
Introdução: Histoplasmose é infecção fúngica que mais comu-
mente se manifesta no aparelho respiratório. Na doença dissemi-
nada, a identificação de Histoplasma capsulatum no trato diges-
tivo ocorre em mais de 70% das necropsias, embora doença clí-
nicamente manifesta seja raramente reconhecida. Há preferência
pelo íleo terminal, sendo raro o envolvimento gástrico. Objetivo:
descrever casos de 2 pacientes SIDA com diagnóstico de his-
toplasmose gastrointestinal através da endoscopia digestiva alta
(EDA). Relato dos Casos: Caso 1 – Homem, 37 anos, diag-
nóstico de SIDA há 3 anos, com CD4=12cél/uL, sem adesão ao
tratamento internou por caquexia, disfagia e hematêmese. Havia
tratado úlceras esofágicas secundárias a citomegalovirose e na
EDA atual, para controle após tratamento, visualizou-se apenas
lesão úlcerada no antro gástrico com anatomopatológico (AP) de
histoplasmose. Caso 2 – Homem, 47 anos, diagnóstico recente de
SIDA, com CD4 = 25 cel/uL, sem adesão ao tratamento internou
por enterorragia e úlcera anal. Realizou EDA com lesão elevada
na segunda porção duodenal com AP de histoplasmose. Con-
clusão: A histoplasmose é doença infrequente, com prevalência
de 2-5% em pacientes SIDA e com forma disseminada em 95%
dos casos. A apresentação gástrica é rara sendo pouco descrita
na literatura. A importância do trabalho está no diagnóstico po-
tencial de histoplasmose em pacientes SIDA com lesão gastrin-
testinais, especialmente por se tratar de doença endêmica no Rio
Grande do Sul.
Epidemiologia da DII em Centro de
Referência em Salvador-Bahia/ Brasil
Temário: Gastroenterologia / Intestino
Autores / Nome para referência / Instituição: CARLA
ANDRADE LIMA / LIMA CA / HGRS; RENATA CAVALCANTI PORTELA /
PORTELA RC / HGRS; TAMI OLIVEIRA RIBEIRO DA CRUZ / CRUZ TOR /
HGRS; MARIANA TINOCO LORDELLO DE SOUZA / SOUZA MTL / HGRS;
JACIANE ARAÚJO MOTA / MOTA JA / HGRS; NEOGELIA PEREIRA ALMEIDA
/ ALMEIDA NP / HGRS; GENOILE OLIVEIRA SANTANA / SANTANA GO /
HGRS; IGELMAR BARRETO PAES / PAES IB / HGRS.
Resumo
Introdução: Parece haver um aumento da incidência de DII no
Brasil, porém faltam estudos epidemiológicos. Objetivos: Carac-
terizar pacientes portadores de DII. Métodos: Feito um estudo de
corte transversal em um centro de referência em DII. Realizadas
entrevistas e revisão de prontuários. Resultados: Analisados 200
pacientes, sendo 61.5% com RCU, 35% com DC e 3.5% com CI.
114 pacientes eram do sexo feminino. A média de idade foi de 42.5
anos. A idade média ao diagnóstico foi de 35.8 anos, sendo que os
portadores de DC tiveram diagnóstico mais jovem (p<0.05). 43.1
% dos pacientes com RCUI tinham colite extensa, 42.3% colite es-
querda e 13.8% proctite úlcerativa. 41.4% com DC tinham doença
ileocolônica, 41.4%, colônica e 15.7% ileal. 32.9% tinham compor-
tamento inflamatório e 17.1% penetrante; 27% dos pacientes neces-
sitaram internação hospitalar no último ano. Pacientes com DC fo-
ram submetidos a mais cirurgias (p < 0.001); 86.2% dos pacientes
com RCUI usavam derivados de 5-ASA e 22.8% azatioprina.78.6%
dos pacientes com DC usavam azatioprina e 24.3% derivados de
5-ASA. 22.9% dos pacientes com DC vinham em uso de biológicos.
A maioria dos pacientes estava em remissão clínica. Conclusões:
Houve maior frequência de RCU, fato já descrito em países em de-
senvolvimento. Pacientes com DC tiveram diagnóstico mais jovens e
foram submetidos a mais cirurgias, assim como em outros centros.
A maioria encontrava-se em remissão clínica, demonstrando uma
boa resposta à terapêutica utilizada.
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
Epidemiologia da Doença
Inflamatória Intestinal no Serviço
Gastroenterologia Clínica da
Universidade Federal de São Paulo
Temário: Gastroenterologia / Intestino
Autores / Nome para referência / Instituição: ANDRÉA
ELOY BAGNARIOLLI ACCURTI / ACCURTI, AEB / UNIFESP; SENDER
MISZPUTEN / MISZPUTEN, S / UNIFESP; ISLAINE MARTINS NOGUEIRA
/ NOGUEIRA, IM / UNIFESP.
Resumo
Introdução: As Doenças Inflamatórias Intestinais (DII) com-
preendem um grupo de afecções do trato gastrointestinal
(TGI), principalmente Retocolite Úlcerativa(RCU) e Doença de
Crohn (DC), que resultam da interação de fatores ambientais,
genéticos, da microbióta e da resposta imunológica de cada
doente, com crescente incidência e prevalência nas últimas
décadas. Objetivo: Descrever as características epidemioló-
137
gicas dos doentes com DII, do ambulatório de Intestino da
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) comparando
os resultados aos descritos na literatura. Casuística: 581 pa-
cientes, maiores de 16 anos, de ambos os gêneros, com diag-
nóstico de DII. Métodos: Estudo retrospectivo, através dos
dados clínicos, de imagem e biópsia, no período de fevereiro
de 1989 a maio de 2011. Resultados: Dos 581 pacientes
observou-se a seguinte distribuição: RCU 299 (51,5%), DC
261 (44,9%) e CI (colite indeterminada) 21 (3,6%), predomi-
nando o gênero feminino (RCU66%, DC51%, CI57%) e a etnia
branca (RCU60%, DC64%, CI52%). A idade do diagnóstico
predominou entre a terceira e quarta décadas na RCU, segun-
da e quarta na DC e na terceira para a CI. Em sua maioria não
apresentavam histórico familiar de DII (RCU 82%,DC 78%,CI
76%) e pequena frequência de tabagistas (RCU 22%,DC
25%,CI 19%). Conclusão: Nossos resultados são compará-
veis com os da literatura, divergindo apenas em relação ao
maior acometimento do gênero masculino na RCU.
Eritropoetina em Altas Doses para
Controle da Anemia no Tratamento da
Hepatite C Crônica
Temário: Gastroenterologia / Fígado
Autores / Nome para referência / Instituição: LIVIA MELO
CARONE LINHARES / LINHARES, LMC / HSPE; RENATA BRANDALISE
/ BRANDALISE, R / HSPE; DANIEL PACHECO DA COSTA / COSTA, DP /
HSPE; MONICA SALUM VALVERDE BORSOI VIANA / VIANA, MSVB
/ HSPE; MARINA SEIXAS STUDART E NEVES / NEVES, MSS / HSPE;
DANIELA LAILA GARCIA / GARCIA, DL / HSPE; ANA CAROLINA STRAKE
NAVARRO / NAVARRO, ACS / HSPE; BETTY GUZ / GUZ, B / HSPE.

Resumo
Introdução: A eritropoetina é utilizada como coadjuvante no
tratamento da hepatite C, a fim de minimizar a anemia decorrente
do uso da ribavirina, permitindo assim, que a dose ideal desta seja
mantida e uma maior taxa de sucesso da terapia seja alcançada.
Contudo, este fator de crescimento é utilizado com cautela, ou até
substituído por transfusões, devido à ocorrência de hipertensão,
eventos trombóticos e neoplasias mieloproliferativas. Objetivo:
Relatar os benefícios e eventos adversos relacionados ao uso de
eritropoetina em doses elevadas. Casuística: Foram incluídos 55
pacientes tratados no período de 2005 a 2010. Método: Estudo
retrospectivo, baseado na revisão de prontuários de pacientes
tratados por hepatite C, que fizeram uso de eritropoetina.
Resultados: Em 52,7% dos pacientes a dose de eritropoetina
utilizada foi elevada, chegando à dose máxima de 40.000 UI/sem.
Apenas 7,3% dos casos apresentaram efeitos adversos. Aqueles
que fizeram uso de eritropoetina por mais de 24 semanas atingiram
uma taxa de RVS maior do que os que a utilizaram por menos tempo.
Outro achado importante foi que 38,1% dos pacientes cirróticos
138 necessitaram de elevadas doses de eritropoetina, enquanto isto
ocorreu em apenas 14,7% dos não-cirróticos. Conclusão: O
uso de altas doses de eritropoetina por até 15 meses parece ser
seguro, sendo possível evitar um grande número de transfusões
e seus riscos, tais como infecções e reações transfusionais, que
apesar de raras, podem ser graves e até fatais.
Erradicação da Neoplasia Maligna
Avançada de Esôfago Através de
Radioterapia - Relato de Caso
Temário: Cirurgia / Esôfago
Autores / Nome para referência / Instituição: CARLA
ANDRADE LIMA / LIMA CA / HGRS; RENATA CAVALCANTI PORTELA /
PORTELA RC / HGRS; TAMI OLIVEIRA RIBEIRO DA CRUZ / CRUZ TOR /
HGRS; MARIANA TINOCO LORDELLO DE SOUZA / SOUZA MTL / HGRS;
JACIANE ARAÚJO MOTA / MOTA JA / HGRS; NEOGELIA PEREIRA ALMEIDA
/ ALMEIDA NP / HGRS; GENOILE OLIVEIRA SANTANA / SANTANA GO /
HGRS; IGELMAR BARRETO PAES / PAES IB / HGRS.
Resumo
Resumo: As neoplasias malignas do esôfago são, geralmente,
diagnosticadas em fases avançadas com baixa expectativa de
cura. O tipo histológico predominante é o carcinoma espino-
celular seguido de adenocarcinoma. A proposta de cura para
lesões que ultrapassam a mucosa é a esofagectomia total para
lesão proximal e subtotal para neoplasias localizadas noterço
médio e inferior, com margens livres e linfadenectomia extensa.
O objetivo desse trabalho é relatar o caso de um paciente de
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
69 anos, tabagista e etilista que procurou o Pronto-Socorro
com queixa de disfagia progressiva há 30 dias, regurgitação
e perda ponderal de 8 kgs no período. A endoscopia diges-
tiva alta evidenciou tumoração vegetante e estenosante a 25
cm da arcada dentária superior. O anatomopatológico revelou
tratar-se de carcinoma espinocelular moderadamente diferen-
ciado. O caso relatado evidência regressão total da neoplasia
apenas com terapia neoadjuvante (radioterapia). O paciente
apresenta-se, assintomático em acompanhamento ambulato-
rial, apresentando ganho ponderal.
Eructação Supragástrica Excessiva:
Caracterização por Meio da
Manometria de Alta Resolução
e Impedanciometria
Temário: Gastroenterologia / Esôfago
Autores / Nome para referência / Instituição: RAFAEL
LIMA KAHWAGE / KAHWAGE, RL / HCFMRP-USP; ESTEBAN GONZALES
/ GONZALES, E / HCFMRP-USP; GUSTAVO DE ASSIS MOTA / MOTA,
GA / HCFMRP-USP; RICARDO BRANDT DE OLIVEIRA / OLIVEIRA, RB /
HCFMRP-USP.
Resumo
A eructação é um fenômeno fisiológico de expulsão de gases
do trato gastrointestinal alto. Segundo Roma III, a eructação
excessiva pode ser gástrica ou supragástrica. Na última, o ar é
ingerido, retido no esôfago e expelido, não havendo entrada de
gases no estômago nem relaxamento do esfíncter esofagiano
inferior (EEI). Está relacionada a ansiedade e o tratamento
comportamental promove respostas clínicas promissoras.SRF,
mulher, 41a, há 18m com crises de eructações ruidosas(15/
min) não relacionadas às refeições e epigastralgia crônica
tipo plenitude pós-prandial. O rx simples de abdome, EDA
e pHmetria de 24h foram normais. A avaliação etiológica foi
realizada por meio de manometria de alta resolução (HRM)
e impedanciometria (IM) esofágicas. A HRM+IM revelou
respostas motoras do esôfago e dos esfíncteres esofageano
superior (EES) e inferior normais, além de trânsito esofageano
c/ esvaziamento completo. Ao final destas, o registro prosseguiu
sem interferências. Durante os 5 minutos após última deglutição,
observou-se presença de gás na luz do órgão(>10000 ohms).
Eructações audíveis ocorreram simultaneamente a 3 desses
episódios. Observou-se ainda o relaxamento do EES, após
pressão negativa na luz do órgão, e entrada de gás. Logo
ocorre pressurização e encurtamento do esôfago associado
a elevação da pressão intragástrica gerando a expulsão do
ar da luz do órgão. Não houve relaxamento do EEI. Conclui-
se:a eructação supraesofágica pode ser reconhecida pela
combinação de HRM e IM.
Esfíncter Esofagiano Inferior
Hipertensivo: Causa Incomum de
Disfagia
Temário: Cirurgia / Esôfago
Autores / Nome para referência / Instituição: MARIA
APARECIDA COELHO DE ARRUDA HENRY / HENRY MACA / FMB -
UNESP; MAURO MASSON LERCO / LERCO MM / FMB - UNESP.
Resumo
O esfíncter esofagiano inferior hipertensivo compreende um
defeito exclusivo do Esfíncter Inferior do Esôfago (EIE), no qual
a pressão de repouso se encontra elevada, com valores acima
de 45 mmHg, porém com relaxamento completo em resposta
a deglutição de água. Tivemos a oportunidade de atender duas
pacientes com esta doença e, considerando a raridade da afec-
ção, julgamos oportuna a apresentação das mesmas. Caso n° 1:
Feminina, 62 anos, refere disfagia para sólidos há 5 anos. EF nor-
mal. Sorologia negativa para doença de Chagas. Esofagograma:
Esôfago de calibre normal. Endoscopia confirmou o achado ra-
diológico. Manometria esofágica (ME): ESE = 40,6 mmHg, EIE=
82,2 mmHg, peristaltismo normal. Tratamento: Cardiomiotomia
associada à fundoplicatura anterior (Heller-Pinotti), por via lapa-
rotômica. Evolução: remissão da disfagia. ME: ESE= 53 mmHg,
EIE= 28,9 mmHg, peristaltismo normal. Caso n° 2: feminina,
42 anos, refere disfagia para sólidos há 6 meses. Exame físico:
nada digno de nota. Sorologia negativa para doença de Chagas.
Esofagograma normal. Endoscopia: Relevo mucoso apresenta
5 estrias. ME: ESE= 75,5 mmHg, EIE= 48,5 mmHg, peristaltis-
mo normal. Tratamento: Semelhante ao da paciente anterior.
Evolução: remissão da disfagia. ME: ESE= 81 mmHg, EIE= 22,8
mmHg, peristaltismo normal. A operação de Heller-Pinotti resul-
tou em diminuição da pressão no EIE e remissão da disfagia. A
queda da pressão no EIE constitui fator de bom prognóstico no
tratamento desta afecção.
Esofagectomia com Linfadenectomia
de 3 Campos no Câncer do
Esôfago Acesso Totalmente Video-
Toracoscópico e Videolaparoscópico
Técnica e Resultados Tardios
Temário: Cirurgia / Esôfago
Autores / Nome para referência / Instituição: RUBENS
SALLUM / SALLUM RAA / HC FMUSP; IVAN CECCONELLO / CECCONELLO
I / HC FMUSP; JULIO ROCHA / ROCHA JRM / HC FMUSP; SERGIO
SZACHNOWICZ / SZACHNOWICZ S / HC FMUSP; FRANCISCO SEGURO
/ SEGURO FCBC / HC FMUSP; FLÁVIO TAKEDA / TAKEDA FR / HC
FMUSP; ULISSES RIBEIRO / RIBEIRO U / HCFMUSP.
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
Resumo
Com base na experiência de 70 casos ressecados totalmente por ví-
deo analisam-se os passos mais importantes para a esofagectomia
totalmente videotoracoscópica e laparoscópica com linfadenecto-
mia de 3 campos no câncer do esôfago Pacientes posicionados de
forma “hybrid-prone-to-right” com entubação seletiva do brônquio
esquerdo: realizada a dissecção torácica esofágica e das cadeias
linfonodais periesofágicas inferiores, periaórtica, infracarinal, peri-
traqueais direita e esquerda incluindo recurrenciais. Clipado ducto
torácico e drenado tórax. O paciente é virado para o decúbito dorsal
com pernas abertas e iniciado videolaparoscopia com trocartes se-
melhantes à cirurgia da fundoplicatura exceto pelo diâmetro. Disse-
cado todo o estômago com preservação da arcada da grande cur-
vatura e cadeias linfonodais do tronco celíaco. Realizado grampea-
mento laparoscópico ao longo da grande curvatura constituindo um
tubo gástrico para substituição esofágica. Completada dissecção
cervical com anastomose EG cervical Os resultados tardios em 56
casos, demonstraram média de linfonodos ressecados de 35 sendo
metade dos casos com N+ incluindo 80% dos T1s. A sobrevida de
5 anos global foi de 60%, sendo dos casos estádios III e IV de 40% 139
e N+ de 48% Conclusão: Constitui esta técnica exequível, segura
e aculturada no Departamento, possibilitando sobrevivência global
e de casos avançados (estádios III e IV) em 5 anos expressiva (60
e 40%).
Esofagite de Refluxo Pós-
Esofagectomia por Leiomioma -
Relato de Caso
Temário: Gastroenterologia / Esôfago
Autores / Nome para referência / Instituição: CARLOS
FREDERICO PORTO ALEGRE / PORTO ALEGRE, CF / HOSPITAL SANTA
CASA DE MISERICÓRDIA/RJ - 18ª ENFERMARIA; HELIO RZETELNA /
RZETELNA, HELIO / HOSPITAL SANTA CASA DE MISERICÓRDIA/RJ - 18ª
ENFERMARIA; MARIO KIRZNER / KIRZNER, M / HOSPITAL SANTA CASA
DE MISERICÓRDIA/RJ - 18ª ENFERMARIA; RUBENS BASILE / BASILE,
R / HOSPITAL SANTA CASA DE MISERICÓRDIA/RJ - 18ª ENFERMARIA;
CAMILA MARQUES DE A. BARRETO / BARRETO, CMA / HOSPITAL
SANTA CASA DE MISERICÓRDIA/RJ - 18ª ENFERMARIA; NATALIA NASSIF
FIGUEIRA / FIGUEIRA, NN / HOSPITAL SANTA CASA DE MISERICÓRDIA/
RJ - 18ª ENFERMARIA; MARTA LUCIA C. GALVÃO ALVES / GALVÃO
ALVES, MLC / HOSPITAL SANTA CASA DE MISERICÓRDIA/RJ - 18ª
ENFERMARIA; JOSÉ GALVÃO ALVES / GALVÃO ALVES, J / HOSPITAL SANTA
CASA DE MISERICÓRDIA/RJ - 18ª ENFERMARIA.
Resumo
Introdução: Esofagite tardia como complicação em esôfago
distal pós-esofagectomia. Objetivo: Relato de complicação

tardia em coto esofagiano, como manifestação de refluxo
gastrêsofágico e avaliação de tratamento. Método: Paciente
jovem, 32 anos, feminina, realizou esofagectomia total em
2006 após disfagia baixa, onde foi feito diagnóstico por via
endoscópica de leiomioma esofagiano, com indicação cirúrgica
devido ao fator obstrutivo. Já naquele período, apresentava
pirose e regurgitação ácida eventual, como sintomas típicos
de RGE. Após 02 anos do quadro, relatava aumento da
pirose, acompanhado de tosse seca e rouquidão eventual;
realizou nova EDA, com evidência de esofagite grau 01, Barret
interrogado. Realizou terapia antirrefluxo com dose dobrada,
evidênciando remissão do quadro, após nova endoscopia
digestiva alta. Conclusão: A esofagite de refluxo pode ser
encontrada mesmo em coto esofagiano pós-esofagectomia,
mostrando talvez que o paciente já apresentasse disfunção
motora anterior junto ao surgimento de leiomioma esofagiano,
retirado em 2006.
Esofagite Herpética no Diagnóstico
140 Diferencial de Hemorragia Digestiva
Alta
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para referência / Instituição: ANE MICHELI
COSTABEBER / COSTABEBER AM / UFCSPA; LIVIA CAPRARA LIONÇO /
LIONÇO LC / UFCSPA; SUELEN APARECIDA DA SILVA MIOZZO / MIOZZO
SAS / UFCSPA; JONATHAN SOLDERA / SOLDERA J / UFCSPA.
Resumo
Introdução: Esofagite herpética trata-se de doença infecciosa
que ocorre mais comumente em imunodeprimidos. Apresenta-
se com odinofagia, disfagia e dor torácica. Outras manifestações
são incomuns. Objetivo: Descrever quadro atípico de esofagite
herpética diagnosticada após hematêmese em indivíduo imuno-
competente. Relato do caso: Paciente masculino, 82 anos, com
HAS, ICC, insuficiência renal crônica, procurou atendimento por
dor epigástrica, vômitos e episódio recente de hematêmese com
instabilidade hemodinâmica. Após estabilização clínica foi subme-
tido à endoscopia que evidenciou sinais de sangramento recente
e irregularidade difusa da mucosa esofágica até terço distal, com
friabiliade, e duas erosões recobertas por coágulos, submetidas à
escleroterapia com adequado controle da hemorragia. Repetida
endoscopia, sendo o aspecto das erosões sugestivo de esofagite
herpética e o diagnóstico confirmado através de biópsia. Anti-HIV
não reagente. Recebeu tratamento com aciclovir, entretanto evo-
luiu a óbito por sepse não relacionada ao motivo da internação.
Discussão: O diagnóstico da esofagite herpética é feito por
endoscopia que mostra mucosa com friabilidade difusa, úlcera-
ções e exsudatos. Vesículas pequenas circunscritas com bordos
elevados constituem achados precoces. Em imunocompetentes
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
costuma ser autolimitada e hemorragia digestiva alta é rara. Con-
clusão: Esofagite herpética deve ser considerada no diagnóstico
diferencial de HDA em pacientes com história clínica sugestiva.
Esofagite Necrotizante Aguda
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para referência / Instituição:
NUTIANNE CAMARGO SCHNEIDER / SCHNEIDER NC / HOSPITAL MÃE
DE DEUS - POA - RS; DANIELLE FOGAÇA DAMO / DAMO, DF /
HOSPITAL MÃE DE DEUS - POA - RS.
Resumo
Paciente feminina, 54 anos, com linfoma não-Hodgkin em
tratamento quimioterápico, interna por disfagia, odinofagia e
febre. Evoluiu com hipotensão refratária à reposição de volume,
necessitando vasopressores. Exames laboratoriais iniciais
evidênciaram pancitopenia, com neutropenia. Realizada coleta
de hemoculturas e iniciado antibioticoterapia para paciente
imunossupresso. A endoscopia digestiva alta identificou
mucosa esofágica de coloração enegrecida, enrugada e friável
em toda a sua extensão, mucosa gástrica e duodenal sem
anormalidades relevantes. O exame histológico das biópsias
esofágicas revelou a presença de pseudo-hifas de Candida
sp. e áreas de necrose da mucosa. Iniciado com antifúngico.
Paciente evoluiu com choque séptico refratário e óbito.
Esogagogastroanastomose
Látero-lateral com Grampeador
Mecânico durante Esofagectomia
Transtorácica
Temário: Cirurgia / Esôfago
Autores / Nome para referência / Instituição: RENATO
VIANNA SOARES / SOARES R / HOSPITAL DO TRABALHADOR; MARCO
G PATTI / PATTI MG / UNIVERSITY OF CHICAGO.
Resumo
Os autores apresentam um vídeo no qual são demonstrados
detalhes técnicos da execução de uma esofagogastroanas-
tomose látero-lateral com grampeador mecânico durante
uma esofagectomia transtorácica.
Esôfago Negro: Síndrome da
Necrose Aguda do Esôfago
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para referência / Instituição: RENATA
SENOS CALIXTO FERREIRA / FERREIRA, RSC / UFF; RICARDO EBECKEN
/ EBECKEN, R / UFF; KÁTIA BRAZILIANO EBECKEN / EBECKEN, KB /
UFF; MARCELO SOARES NEVES / NEVES, MS / UFF; ALINE BESSA DE
OLIVEIRA / OLIVEIRA, AB / UFF; FERNANDA SOARES GOMES CANEDO
/ CANEDO, FSG / UFF; CRISTINE SOARES ENNE / ENNE, CS / UFF;
CYNARA FEUCHARD PINTO / PINTO, CF / UFF.
Resumo
Introdução: O Esôfago Negro (EN) é uma desordem clínica
rara caracterizada pela presença de uma coloração negra
do esôfago, identificada na endoscopia digestiva alta (EDA)
e que corresponde, na histologia, a necrose da mucosa. A
necrose é quase sempre circunferencial e pode atingir todo o
esôfago até a JEG. Sua etiologia é multifatorial, resultante de
uma combinação de insulto isquêmico, diminuição da barreira
mucosa e refluxo gástrico. Sexo masculino, idade avançada
e doenças crônicas, incluindo o diabetes mellitus, são alguns
dos fatores de risco para o desenvolvimento do EN. Objetivo
- Relato de Caso de uma paciente portadora de esôfago
negro. Método: Revisão de prontuário de paciente internado
no HUAP e revisão de literatura dos últimos dez anos pelo
MEDLINE. Relato de Caso: Paciente feminina de 78 anos,
branca, hipertensa e diabética, em uso de enalapril e AAS.
Admitida na emergência do HUAP apresentando hematêmese
e choque hemorrágico. EDA revelou área circunferencial de
mucosa esofágica com coloração negra difusa e úlcerações
envolvendo todo o esôfago médio e distal até a JEG, com
grande volume de sangue e coágulos escuros. A paciente foi
submetida a tratamento clínico, com reposição hidroeletrolítica,
IBP venoso e dieta zero. Após 17 dias, nova EDA evidenciou
grande úlcera longitudinal em fase de cicatrização no terço
distal do esôfago. A paciente evoluiu bem recebendo alta
hospitalar. Conclusão: Trata-se de um caso de necrose
aguda do esôfago uma situação clínica rara.
Esôfago de Barrett - Seguimento
Tardio de 176 Pacientes
Submetidos à Fundoplicatura Total
Temário: Cirurgia / Esôfago
Autores / Nome para referência / Instituição:
SERGIO SZACHNOWICZ / SZACHNOWICZ, S / HOSPITAL DAS CLÍNICAS
– FMUSP; RUBENS ANTONIO AISSAR SALLUM / SALLUM, RAA /
HOSPITAL DAS CLÍNICAS – FMUSP; ARY NASI / NASI, A / HOSPITAL
DAS CLÍNICAS – FMUSP; JULIO RAFAEL MARIANO DA ROCHA /
ROCHA, JRM / HOSPITAL DAS CLÍNICAS – FMUSP; FRANCISCO CBC
SEGURO / SEGURO, FCBC / HOSPITAL DAS CLÍNICAS – FMUSP;
FLAVIO ROBERTO TAKEDA / TAKEDA, FR / HOSPITAL DAS CLÍNICAS
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
– FMUSP; IVAN CECCONELLO / CECCONELLO,I / HOSPITAL DAS
CLÍNICAS – FMUSP.
Resumo
Introdução: A fundoplicatura total está indicada no tra-
tamento do EB, pois propicia alívio dos sintomas e di-
minui a agressão do refluxo sobre o epitélio esofágico.
Estudou-se uma série de pacientes consecutivos, com
equipe treinada e operação padronizada. Objetivos:
Avaliar os resultados em longo prazo de pacientes com
EB submetidos à fundoplicatura total. Casuística e mé-
todos: Foram avaliados 176 pacientes com diagnóstico
de EB submetidos à fundoplicatura total. O seguimento
médio foi de 58 meses após a cirurgia. Considerou-se
como falha terapêutica, o retorno dos sintomas de refluxo
com pH metria mostrando refluxo patológico, presença
de esofagite erosiva ou o aumento do EB. Resultados:
83,7% dos pacientes não apresentaram falhas terapêu-
ticas. A análise de variáveis únicas como presença de
queimação, regurgitação, hérnia hiatal, extensão do EB 141
ou alterações manométricas não mostraram diferenças
significativas nos resultados cirúrgicos. Três pacientes
sem refluxo comprovado no seguimento desenvolveram
adenocarcinoma aproximadamente 4 anos após a cirur-
gia, oito tiveram diminuição do EB pela endoscopia, e em
treze houve regressão histológica da metaplasia intes-
tinal. Conclusão: A fundoplicatura total propicia con-
trole adequado do refluxo gastroesofágico em pacientes
portadores de EB. Pode-se observar alguma regressão
da metaplasia intestinal, porém o adenocarcinoma pode
desenvolver-se mesmo em pacientes com refluxo contro-
lado. O seguimento é obrigatório nestes pacientes.
Esôfago de Barrett de Coto
Cervical em Pacientes com
Megaesôfago Avançado
Submetidos à Esofagectomia
Subtotal: Aspectos Endoscópicos
e Anatomopatológicos
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva
alta
Autores / Nome para referência / Instituição:
E LISA R YOKA B ABA / B ABA , ER / FMUSP; J ÚLIO R AFAEL
M ARIANO DA R OCHA / R OCHA , JRM / FMUSP; A DRIANA V AZ
S AFATLE -R IBEIRO / S AFATLE -R IBEIRO , AV / FMUSP; D ALTON
M ARQUES C HAVES / C HAVES , DM / FMUSP; U LYSSES R IBEIRO
J R / R IBEIRO J R , U / FMUSP; F ERNANDA C RISTINA S IMÕES
P ESSORRUSSO / P ESSORRUSSO , FCS / FMSUP; E DUARDO

G UIMARÃES H ORNEAUX DE M OURA / M OURA , EGH / FMUSP;
I VAN C ECCONELLO / C ECCONELLO , I / FMUSP.
Resumo
Introdução: Esofagectomia subtotal com reconstrução
por tubo gástrico é técnica aceita no tratamento de
pacientes com megaesôfago avançado. O refluxo
duodenogástrico é responsável pela esofagite de
coto, com possível evolução para esôfago de Barrett
(EB). Objetivo: Apresentar aspectos endoscópicos e
anatomopatológicos de EB em coto cervical de 4 pacientes
com megaesôfago avançado operado. Pacientes: 1-
MMS, 68 anos, fem: desenvolveu EB (1 cm) de padrão
pilórico, após 17 anos de cirurgia. Atualmente está no
37º ano (0,7 cm). 2- FVM, 64 anos, fem: no 5º ano PO,
detectado EB (3 cm) com metaplasia pilórico-intestinal.
Atualmente, no 26º ano, apresenta extensão de 4 cm.
3- LRSA, 54 anos, fem: no 13º ano, desenvolveu EB (1
cm), com metaplasia intestinal completa. Atualmente
142 está no 25º ano, com EB de 5 cm. 4- MLS, 65 anos, fem:
no 9º ano, apresentou pequenas projeções (< 1 cm) de
epitélio pilórico e no 12º ano, EB (1 cm) com metaplasia
pilórico-intestinal. A partir do 14º ano, no EB (3 cm),
apareceram atipias intensas nas biópsias. Devido à grave
cardiopatia, optou-se por seguimento com biópsias,
até que no 23º ano, já com 4 cm de EB, identificou-se
lesão IIa de 15 mm, cuja biópsia revelou adenocarcinoma
intramucoso moderadamente diferenciado. Foi submetida
à mucosectomia, porém faleceu 1 ano depois por ICC.
Conclusão: O EB cervical desenvolve-se após muitos
anos de esofagite de refluxo duodenogástrico e apresenta
vários aspectos endoscópicos e histológicos em sua
longa evolução.
Esôfago de Barrett: Análise dos
Aspectos Clínicos, Endoscópicos,
Anatomopatológicos,
Manométricos e Terapêuticos
Temário: Cirurgia / Esôfago
Autores / Nome para referência / Instituição: MARIA
APARECIDA COELHO DE ARRUDA HENRY / HENRY MACA / FMB -
UNESP; MARUO MASSON LERCO / LERCO MM / FMB - UNESP;
LUDIMILA DE ALMEIDA SILVA / SILVA LA / FMB - UNESP; WALMAR
KERCHE DE OLIVEIRA / OLIVEIRA WK / FMB - UNESP.
Resumo
O Esôfago de Barrett (EB) é definido como uma condição ad-
quirida caracterizada pela substituição do epitélio escamoso
do esôfago distal por epitélio glandular especializado, com
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
células caliciformes. O objetivo do presente trabalho é anali-
sar os aspectos clínicos, endoscópicos, anatomopatológicos,
manométricos e terapêuticos de pacientes com EB. Foram es-
tudados 36 pacientes (23 homens e 13 mulheres), com idades
variando entre 17 e 71 anos (média de 46,56 ± 13,87 anos) e
brancos em sua totalidade. A duração das queixas variou entre
3 meses e 40 anos (média: 13,43 ± 6,98 anos). A queixa refe-
rida pela maioria dos pacientes era pirose (80%), seguida de
regurgitação (19%). A endoscopia revelou a presença de hér-
nia hiatal em 71,8% dos pacientes, EB longo em 13 pacientes
(34,3%) e curto em 23 deles (65,6%). O estudo anatomopato-
lógico confirmou a presença da metaplasia epitelial em todos
os pacientes e displasia de baixo grau em 5 deles (13,8%).
Dezeseis pacientes foram submetidos a fundoplicatura e nos
demais optou-se por tratamento clínico. A pressão no esfíncter
inferior do esôfago apresentou valor médio de 12,22 ± 6,81
mmHg. Os autores concluem que: 1) Os aspectos demográ-
ficos e clínicos observados na presente casuística não dife-
rem dos referidos na literatura; 2) A incidência de displasia foi
pequena na presente série; 3) A conduta cirúrgica associada
a seguimento endoscópico anual adotada nos portadores de
Barrett longo tem mostrado resultados satisfatórios.
Espectroscopia no Diagnóstico de
Nódulos Pancreáticos é Relevante?
Temário: Cirurgia / Pâncreas
Autores / Nome para referência / Instituição: PAULO
ROBERTO OTT FONTES / FONTES, PR / UFCSPA; THIAGO LUCIANO
PASSARIN / PASSARIN, TL / UFCSPA; JOSE ARTUR SAMPAIO /
SAMPAIO, JA / UFCSPA; FABIO LUIS WAECHTER / WAECHTER, FL
/ UFCSPA; UIRA FERNANDES TEIXEIRA / TEIXEIRA, UF / UFCSPA;
MAURO NECTOUX / NECTOUX, M / UFCSPA; FABIO TOMAZZOLI SANTA
ROSA / SANTA ROSA, FT / UFCSPA; LUIS PEREIRA LIMA / LIMA, LP
/ UFCSPA.
Resumo
Introdução: O diagnóstico diferencial entre carcinoma e
lesões benignas do pâncreas é extremamente importante,
visto que a ressecção cirúrgica oferece a única chance de
cura nos pacientes com carcinoma pancreático. Nosso es-
tudo visa relacionar os resultados anatomopatológicos (AP)
aos achados da 1H-ERM em pacientes com massas pan-
creáticas com comprovação AP. Materiais e Métodos:
Análise retrospectiva de pacientes com massas pancreáticas
que realizaram 1H-ERM e foram submetidos a procedimento
cirúrgico com estudo AP. Foram considerados valores suges-
tivos de neoplasia quando inferiores a 2,5. A sensibilidade e
especificidade das análises foram calculadas para diferencia-
ção diagnóstica entre neoplasia pancreática. Resultados: A
sensibilidade e especificidade do teste para diagnóstico de
neoplasia pancreática foi de 100% e 80%, respectivamente.
Discussão: Com aplicação já estabelecida na diferenciação
de tumores cerebrais, a 1H-ERM possui poucas evidências
na investigação de outros tumores. A principal característica
morfológica de pancreatite crônica é atrofia e fibrose, po-
dendo estar mostrar-se bastante densa, dificultando ainda
mais na comparação com lesões malignas. Já o adenocar-
cinoma pancreático expressou elevados picos de lipídios na
1H-ERM e uma baixa relação de P (1,6–4,1 ppm)/P (0,9–1,6
ppm), sugerindo a predominância de gorduras em lesões
neoplásicas. Nosso estudo evidenciou alta sensibilidade e
especificidade para o diagnóstico de lesões sólidas em pân-
creas.
Espiroquetose Intestinal Associada
a Doença Celíaca e Giardíase em
Criança - Relato de Caso
Temário: Gastroenterologia / Gastropediatria
Autores / Nome para referência / Instituição: JULIANA
MARQUES DRIGO / DRIGO, JM / HSL; JARBAS FARACO MALDONADO
LOUREIRO / LOUREIRO, JFM / HSL; LUCAS LEONARDO TAVARES
MARTINS / MARTINS, LLT / HSL; DANIEL MORIBE / MORIBE, D /
HSL; MAURO TOPOROVSKI / TOPOROVSKI, M / HSL.
Resumo
O significado da colonização do epitélio intestinal por espi-
roquetas em adultos hígidos é desconhecido. Em crianças e
imunossuprimidos, a presença de espiroquetas pode ser cau-
sa de dor abdominal e diarreia. Objetivo: Relatar o achado
de espiroquetose intestinal em uma criança com dor abdo-
minal e diarreia associado à giardíase e doença celíaca. Ma-
terial e Método: Paciente de 13 anos com dor abdominal,
Diarreia e emagrecimento submetida a investigação clínica.
Resultados: A EDA evidenciou gastrite erosiva de antro e
bulboduodenite e biópsias duodenais com vilosidades parcial-
mente ausentes com aumento da relação vilo-cripta, consis-
tentes com o diagóstico de doença celíaca. A colonoscopia
não revelou alterações endoscópicas e biópsias seriadas do
cólon mostraram colonização superficial por bactérias espira-
ladas (Brachyspira aalborgi). O exame parasitológico de fezes
foi positivo para Giardia lamblia. Foi instituído tratamento com
metronidazol via oral que resultou em melhora dos sintomas.
Conclusão: O achado de espiroquetose intestinal pode agra-
var sintomas gastrointestinais em crianças com doença celía-
ca, havendo pronta resposta ao tratamento com antibióticos.
A relação entre a doença celíaca e a presença de espiroquetas
no cólon não está estabelecida na literatura. Aventa-se a pos-
sibilidade da doença celíaca ou giardíase estarem associada a
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
colonização por espiroquetas, porém não é possível confirmar
uma correlação clínico-patológica entre as mesmas.
Esplenose como Diagnóstico
Diferencial de Metástase de
Carcinoma Hepatocelular:
Relato de Caso
Temário: Gastroenterologia / - Fígado
Autores / Nome para referência / Instituição: SUELEN
APARECIDA DA SILVA MIOZZO / MIOZZO SAS / UFCSPA; JONATHAN
SOLDERA / SOLDERA J / UFCSPA; LIVIA CAPRARA LIONÇO / LIONÇO LC
/ UFCSPA; ANE MICHELI COSTABEBER / COSTABEBER AM / UFCSPA;
RAPHAEL BOESCHE GUIMARÃES / GUIMARÃES RB / UFCSPA; GISA MORAES
MURATT / MURATT GM / UFCSPA; MICHELE DE LEMOS BONOTTO /
BONOTTO ML / UFCSPA.
Resumo
Introdução: Múltiplos nódulos esplênicos após trauma foram des- 143
crito em 1910 por Von Kuttner. Bechbinder e LipKoff 1939 defini-
ram esplenose como condição de autotransplantação esplênica pós
trauma. Objetivo: Descrever um caso de esplenose em paciente
com carcinoma hepatocelular (CHC) tendo em vista diagnóstico di-
ferencial de implantes metastáticos peritoneais. Relato do caso:
Paciente do sexo masculino, 63 anos, com cirrose por vírus C trata-
do com interferon e ribavirina com resposta virológica sustentada.
Histórico esplenectomia há 40 anos por trauma abdominal. Apre-
senta em ressonância lesões típicas de CHC nos segmentos VI, VII
e VIII, a maior delas medindo 6 cm, além de nódulos em peritôneo
e gordura intra-abdominal. Devido à necessidade de avalição da
possibilidade de metástases, foi realizada cintilografia do fígado e
baço com 99mTc-Fitato captação irregular nas projeções da loja es-
plênica, cinco áreas de hipercaptação focal na loja esplênica e ao
longo gordura peritoneal. Discussão: Esplenose é uma condição
clínica rara associada a histórico de trauma esplênico. Os implantes
esplênicos normalmente são múltiplos com localização no peritônio,
serosa do intestino delgado e raramente extra-abdominal. Conclu-
são: Em pacientes com histórico de trauma esplênico e imagem
sugestiva de implante peritoneal deve-se aventar a possibilidade
de esplenose como diagnóstico diferencial. Este caso apresentou
CHC, sendo importante o estadiamento adequado.
Esquistossomose com Manifestação
Atípica
Temário: Endoscopia / Colonoscopia
Autores / Nome para referência / Instituição: ANA
CAROLINA CASSIS SERRA NETTO / NETTO, ACCS / IRMANDADE DA SANTA
CASA DE MISERICORDIA DE SÃO PAULO; FERNANDA KISTEMARCKER DO

NASCIMENTO BUENO / BUENO, FKN / IRMANDADE DA SANTA CASA
DE MISERICORDIA DE SÃO PAULO; REGINA RIE IMADA / IMADA, RR /
IRMANDADE DA SANTA CASA DE MISERICORDIA DE SÃO PAULO; SUZANA
LUIZ DE MIRANDA / MIRANDA, SL / IRMANDADE DA SANTA CASA DE
MISERICORDIA DE SÃO PAULO; FLAVIO AMARO OLIVEIRA BITAR SILVA /
SILVA, FAOBS / IRMANDADE DA SANTA CASA DE MISERICORDIA DE SÃO
PAULO; ADRIANA YUMI HIRAI / HIRAI, AY / IRMANDADE DA SANTA CASA
DE MISERICORDIA DE SÃO PAULO; FABIO MARIONI / M, F / IRMANDADE
DA SANTA CASA DE MISERICORDIA DE SÃO PAULO; ROGERIO COLAIACOVO
/ C, R / IRMANDADE DA SANTA CASA DE MISERICORDIA DE SÃO PAULO.
Resumo
Introdução: A Esquistossomose é uma doença endêmica,
ocasionada por diversas formas parasitárias do Schistossoma.
A espécie que mais comumente produz doença intestinal é o
Schistossoma mansoni e essas manifestações incluem reações
inflamatórias, formação de granulomas, fibrose e úlcerações tanto
em cólon quanto em intestino delgado. Essas manifestações
ocorrem preferencialmente em estágios mais agudos da doença,
144 período em que é mais provável a visualização de ovos do
schistossoma em biópsias intestinais obtidas por colonoscopia.
Objetivo: Relatar uma apresentação atipica de Esquistossomose
com acometimento intestinal diagnosticada após biópsias em
íleo terminal. Métodos: Realizou-se colonoscopia em paciente
do sexo feminino, 35 anos, natural da Bahia, com queixa de
diarreia mucossanguinolenta há três meses. Feita biópsia em
íleo terminal com obtenção de vários fragmentos. Discussão:
O exame anátomopatológico evidenciou em íleo processo
inflamatório crônico, com reação granulomatosa focal a ovo
parasitário de Schistossoma sp., confirmando a suspeita de
Esquistossomose.
Estadiamento dos Pacientes
Internados para Tratamento de
Câncer Gástrico no Hospital Geral
de Palmas (HGP) no ano de 2008
Temário: Cirurgia / Estômago
Autores / Nome para referência / Instituição: ITÁGORES HOFFMAN
I LOPES SOUSA COUTINHO / COUTINHO, IHILS / ESCOLA DE MEDICINA –
UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS (EMUFT); AMANDA SOARES RIBEIRO
JORGE / JORGE, ASR / ESCOLA DE MEDICINA – UNIVERSIDADE FEDERAL DO
TOCANTINS (EMUFT); FERNANDA NAVARINI QUEIROZ / QUEIROZ, FN /
ESCOLA DE MEDICINA – UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS (EMUFT);
RICARDO RODRIGUES DE SOUZA / SOUZA, RR / ESCOLA DE MEDICINA –
UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS (EMUFT); GUSTAVO MORALES
CAMILO REIS / REIS, GMC / ESCOLA DE MEDICINA – UNIVERSIDADE FEDERAL
DO TOCANTINS (EMUFT); ARIANE RIBEIRO DOS SANTOS / SANTOS, AR /
ESCOLA DE MEDICINA – UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS (EMUFT).
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
Resumo
Introdução: O câncer gástrico é uma das principais causas
de mortalidade por lesões malignas. O diagnóstico precoce
é de grande importância para sua cura, pois o índice de
sobrevida dos pacientes tratados precocemente é maior.
Objetivo: Avaliar o estadiamento de câncer gástrico no
contexto da cidade de Palmas – TO e região. Casuística:
Pacientes internados para tratamento de câncer gástrico no
HGP em 2008. Método: Foi realizado um estudo retrospec-
tivo através da coleta de dados dos prontuários dos pacien-
tes. Para análise estatística dos dados foi utilizado o progra-
ma Epi-Info. Resultados: No ano de 2008 foram admitidos
21 pacientes, 38,1% eram do sexo feminino e 61,9% do sexo
masculino. A análise das faixas etárias nos mostrou maior
acometimento na faixa etária entre 51 e 60 anos (42,8%). A
análise da história familiar nos mostrou que 52,4% dos pa-
cientes possuíam antecedentes familiares de câncer, sendo
45,4% destes câncer de estômago. Dentre os 21 pacientes,
14 foram submetidos à cirurgia, sendo 7 submetidos à técni-
ca de gastrectomia total, 6 foram submetidos à gastrectomia
subtotal e 1 paciente teve o tipo de técnica ignorada em
prontuário. A partir das informações de T, N e M, se obteve
o estadiamento: 14,3% foram classificados como IB, 19%
como II, 14,3% como IIIB, 33,3% como IV e 19% tiveram es-
tadiamento ignorado. Conclusão: A maioria dos pacientes
teve estadiamento IV, demonstrando que o diagnóstico e o
tratamento do câncer gástrico são feitos tardiamente.
Estariam as Gastropexias
Reduzindo as Complicações nas
Gastrostomias?
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para referência / Instituição: ADRIANA
COSTA / COSTA, A. / CENTRO AVANÇADO DE ENDOSCOPIA; RODRIGO
PORHIRIO SANT‘ANA / SANTÀNA, R.P. / CENTRO AVANÇADO DE
ENDOSCOPIA; LEONARDO OGAWA DE OLIVEIRA / OLIVEIRA, L.O. /
CENTRO AVANÇADO DE ENDOSCOPIA; CAROLINA EVO / EVO, C. / CENTRO
AVANÇADO DE ENDOSCOPIA; EDUARDO YAMASHITA / YAMASHITA, E. /
CENTRO AVANÇADO DE ENDOSCOPIA; DANIELA COELHO FERREIRA
/ FERREIRA, D.C. / CENTRO AVANÇADO DE ENDOSCOPIA; WAGNER
TAKAHASHI / TAKAHASHI,T / CENTRO AVANÇADO DE ENDOSCOPIA; RAÍSSA
MEDEIROS / MEDEIROS, R. / CENTRO AVANÇADO DE ENDOSCOPIA.
Resumo
Objetivo: Relatar nossa pequena casuística em relação a
redução do nº de ocorrências após gastropexia seguido por
gastrostomias endoscópicas pela técnica de punção em re-
lação às gastrostomias pela técnica de tração e estimular no-
vos estudos a respeito para encontrar a técnica que ofereça
melhor custo-benefício. Metodologia: Ambas as técnicas
realizadas em um único serviço, sempre realizadas por dois
médicos. As gastrostomias por tração geralmente foram re-
alizadas em pacientes ambulatoriais no setor da endoscopia
e por médicos diferentes. Já as gastrostomias por punção
c/ gastropexia foram sempre realizadas em centro cirúgico,
geralmente pelos mesmos 2 médicos e devidamente para-
mentados. Resultados: No decorrer do último ano foram
realizados 10 procedimentos de gastrostotomia com gastro-
pexia e, pelo menos durante a internação destes pacientes,
não houve chamados para avaliação como era frequente
pela técnica de tração. Discussão: A técnica de tração é
de fácil manejo e amplamente difundida em nosso meio. Pos-
sivelmente seu grande problema esteja em seu segmento.
Conclusão: Apesar de alguns viéses como na seleção do
paciente, paramentação e seleção da equipe, houve nítida
redução nas ocorrências. Na verdade há duas diferenças
neste procedimento. Uma é a gastropexia e a outra é a téc-
nica de punção. Não conseguimos isolar o quanto a gastro-
pexia estaria colaborando nesta menor incidência.
Estenose Duodenal Pós-Úlcera
Péptica – Relato de Caso
Temário: Cirurgia / Estômago
Autores / Nome para referência / Instituição: MARIANA
ALMEIDA SALEME DO VALLE / VALLE, MAS / CHM; ADRIANA LUCIA
MORAIS SERRA / SERRA, AL / CHM; THAIS TINTI / TINTI, T / CHM;
THIAGO MILANI / MILANI, T / CHM; JULIO SOUTO DA SILVA JUNIOR
/ SOUTO, J / CHM; ALEXANDRE DELL´AQUILA / DELL´AQUILA, A /
CHM; MAURICIO AZEVEDO / AZEVEDON, M / CHM; ELCIO AMBROSIO
/ AMBROSIO, E / CHM.
Resumo
A Doença Ulcerosa Péptica (DUP) permanece como umas
das mais prevalentes do trato gastrointestinal (TGI), dentre as
complicações podemos citar a estenose pós-pilórica, cujo tra-
tamento de escolha ainda é cirúrgico. O relato de caso trata-
se de um paciente masculino, 40 anos, atendido no Conjunto
Hospitalar do Mandaqui, que há 2 anos foi submetido à ulce-
rorrafia por perfuração duodenal. Evoluindo há 6 meses com
dor abdominal em andar superior, perda ponderal de 30% e
vômitos pós-alimentares. A Endoscopia Digestiva Alta (EDA)
demonstrou deformidade piloro-bulbar com estenose duode-
nal de aproximadamente 90% de dua luz, associado à estase
gástrica. Na seriografia foi evidenciado importante distensão
da câmara gástrica com perda de pregueado mucoso e estase
do contraste sem passagem para o arco duodenal. O paciente
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
foi submetido à hemigastrectomia com reconstrução à Bilroth
II, durante a cirurgia foi evidênciado aumento importante do
volume gástrico associado à espessamento da parede gás-
trica. Ressaltamos a importância do tratamento clínico e do
seguimento dos pacientes com DUP para evitar as compli-
cações, já que nesses casos pode ser necessário tratamento
cirúrgico com aumento da morbidade.
Estrongiloidíase Gastroduodenal
Grave – Relato de Caso
Temário: Gastroenterologia / Estômago/
Duodeno
Autores / Nome para referência / Instituição: WASDEN
FIGUEIREDO COSTA / COSTA, WF / HUGG; ALESSANDRA MENDONÇA
DE ALMEIDA MACIEL / MACIEL, AMA / HUGG; MARCIA LYRIO /
LYRIO, M / HUGG; CARLOS EDUARDO BRANDÃO MELLO / BRANDÃO-
MELLO, CE / HUGG.
145
Resumo
Introdução: Infecção por Strongyloides stercoralis (SS) apre-
senta distribuição mundial. O SS parasita o intestino delgado
humano, especialmente duodeno/jejuno, e larvas podem ser
encontradas do estômago ao reto. Estrongiloidíase em geral é
assintomática. Podem surgir manifestações cutâneas (lesões ur-
ticariformes/maculopapulares), seguidas de gastrointestinais (GI)
- diarreia, dor abdominal, flatulência, anorexia, náusea, vômitos
e epigastralgia. Quadros graves (hiperinfecção) se caracterizam
por manifestações GI associadas a pulmonares (tosse, dispneia
e broncoespasmo) e geralmente se relacionam à imunodefici-
ência. O diagnóstico se baseia na clínica e coprologia. Biópsia
gastro-duodenal raramente é utilizada, porém apresenta elevada
sensibilidade na hiperinfecção (90%), sendo a EDA marcador de
gravidade da doença. Relato do Caso: L.A.S.E., homem, bran-
co, 65 anos, natural RJ, portador de psoríase, queixando-se de
astenia, prurido intenso e rash cutâneo disseminado há 2 meses.
Evoluiu com piora dos sintomas, náuseas, vômitos, diarreia, perda
ponderal de 18 kg, sendo necessária internação hospitalar. EDA:
pangastrite atrófica moderada; edema, hiperemia, friabilidade e
placas esbranquiçadas em bulbo duodenal. Biópsia: Estrongiloi-
díase gastroduodenal severa; úlceras e grande quantidade de SS
em duodeno. Após tratamento com Tiabendazol 1g/dia - 30 dias,
houve remissão clínica completa. EDA de controle normal e EPF
negativo após 5 meses.
Estudo Anatomopatológico de
Tumores Colorretais da Região Oeste
do Paraná entre 2000 e 2009

Temário: Gastroenterologia / Estômago/Duodeno
Autores / Nome para referência / Instituição: MAURO
WILLEMANN BONATTO / BONATTO, MW / UNIOESTE; GUSTAVO KURACHI
/ KURACHI, G / GASTROCLÍNICA CASCAVEL; CARLOS ALBERTO DE
CARVALHO / CARVALHO, CA / GASTROCLÍNICA CASCAVEL; RICARDO
SHIGUEO TSUCHIYA / TSUCHIYA, R / UNIOESTE; DORYANE MARIA DOS
REIS LIMA / LIMA, DMR / GASTROCLÍNICA CASCAVEL; IVAN ROBERTO
BONOTTO ORSO / ORSO, IRB / GASTROCLÍNICA CASCAVEL.
Resumo
O Cancer Colorretal (CCR) é o terceira causa de câncer no mun-
do em ambos os sexos. Objetivo: O objetivo é avaliar a sua in-
cidência por idade, localização, tamanho, grau de diferenciação e
estadiamento de CCR na região oeste do Paraná Estudo retros-
pectivo anatomopatológico em 1.075 peças cirúrgicas de CCR,
entre janeiro de 2000 a dezembro de 2009 nos laboratórios APC e
ANATOM Em 1.075 casos, 534(49,68%) homens e 533(49,58%)
mulheres, 14(1,30%) menores de 30 anos, 214(19,90%) 31 e 50,
217(20,20%) 51 e 60, 221 (20,55%) 61 e 70 e 293(27,25%) mais
146
de 70 anos. Tumores, 9,86% maiores que 8 cm, 14,88% entre 6.1
e 8 cm, 33,67% entre 4,1 e 6 cm, e 38,23% inferior a 4cm. Adeno-
carcinoma foi predominante, 6 pacientes(0,005%) apresentaram
tipo histológico diferente (tumor carcinoide, carcinoma espinoce-
lular e linfoma). O grau de diferenciação tumoral; 16,65% bem
diferenciados, 64,74% moderadamente diferenciados e 8,75%
pouco diferenciados. Localização; retossigmoide (57,30%), cólon
ascendente(12,28%), ceco(9,48%), cólon descendente (7,63%),
cólon transverso(4,37%) e os tumores síncronos (1,12%). Es-
tadiamento TNM, IIa (30,70%), estágio IIIb(21,58%), estágio
I (19,53%), IIIc estágio(12,10%), estádio IIIa(4,28%), estágio
IIb(4,19%) e 5,39% com metástases (estágio IV). Houve 3 ca-
sos de neoplasia intra-epitelial de grau elevado. O número médio
dos linfonodos foi de 10,03(3-48). Conclusão: Predomínio de
CCR, estágio IIa e alta incidência em pacientes com menos de
50 anos.
Estudo Comparativo do Rendimento
de Três Técnicas de Biópsia Hepática
Quanto ao Número de Espaços Porta
em Pacientes Obesos
Temário: Gastroenterologia / Fígado
Autores / Nome para referência / Instituição: MYRIAM
MORETTO / MORETTO, M / HSL/PUCRS; VINÍCIUS DUVAL DA SILVA / SILVA,
VD / HSL/PUCRS; CARLOS KUPSKI / KUPSKI, C / HSL/PUCRS; CLÁUDIO
CÓRA MOTTIN / MOTTIN, CC / HSL/PUCRS; ARI BEN HUR STEFANI LEÃO
/ LEÃO, AB / HSL/PUCRS; ALEXANDRE VONTOBEL PADOIN / PADOIN, AV /
HSL/PUCRS; LUCIANA MARIA BERARDI CIOFFI / CIOFFI, LMB / HSL/PUCRS;
FRANCISCA SPERB INDRUSIAK / INDRUSIAK, FS / HSL/PUCRS.
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
Resumo
Introdução: A biópsia hepática (BH) é o padrão ouro para a
avaliação do tecido hepático, várias técnicas podem ser empre-
gadas na obtenção da amostra, sendo necessário um número
mínimo de 8 espaços porta para que a amostra seja adequada.
A obesidade é uma doença cada vez mais prevalente em nosso
meio e apresenta estreita relação com várias patologias hepáticas,
sendo a BH frequentemente empregada nesta população. Ob-
jetivo: Comparar 3 técnicas de biópsia hepática por agulha fina,
biópsia percutânea guiada por ecografia (BPE), biópsia percutâ-
nea às cegas (BPC) e biópsia transoperatória (BHT), quanto ao
número de espaços porta em obesos. Pacientes e Métodos:
78 pacientes biopsiados na rotina de trans e pós-cx operatório
de cirurgia bariátrica, sendo 28 (35,9%) BPE, 16 (20,5%) BPC
e 34 (43,6%) BHT, comparadas quanto ao número de espaços
porta. Resultados: O número de espaços porta (EP) da PHT foi
10,0±3,8 EP vs BPC 11,3±3,3 vs BPE 10,7±3,0 sendo p=0,437
para IC 95%. Conclusão: Neste estudo não houve diferença
estatística no número de espaços porta obtidos em amostra de
tecido hepático independentemente de qual das 3 técnicas de
biópsia tenha sido empregada.
Estudo Comparativo do uso de
Plasma de Argônio para Hemostasia
Endoscópica de Sangramento
Tumoral
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para referência / Instituição: CEZAR
FABIANO MANABU SATO / SATO, CFM / ICESP; BRUNO DA COSTA
MARTINS / MARTINS, BC / ICESP; DANIEL VALDIVIA / VALDIVIA, D /
ICESP; FÁBIO SHIGUEHISSA KAWAGUTI / KAWAGUTI, FS / ICESP; ADRIANA
VAZ SAFATLE-RIBEIRO / SAFATLE-RIBEIRO, AV / ICESP; ULYSSES RIBEIRO
JÚNIOR / RIBEIRO JR, U / ICESP; PAULO SAKAI / SAKAI, P / HCFMUSP;
FAUZE MALUF-FILHO / MALUF-FILHO, F / ICESP.
Resumo
Introdução: A hemorragia de origem tumoral é uma situação
grave e representa um desafio para o endoscopista. Apesar
de alguns relatos de sucesso na literatura com terapias
endoscópicas, ainda não há concordância quanto ao seu
uso rotineiro. Objetivo: Estudar a eficácia da hemostasia
endoscópica de lesões tumorais hemorrágicas utilizando-
se a coagulação com plasma de argônio (APC). Pacientes
e métodos: APC foi realizado em todos os pacientes com
sangramento tumoral, de janeiro a julho/2011. Os índices
de hemostasia inicial, ressangramento e sobrevida foram
comparados com um grupo controle histórico em que a terapia
endoscópica não estava estabelecida em nosso serviço.
Resultados: Dos 16 pacientes submetidos a tratamento
com argônio (grupo APC),9 tinham sangramento ativo,dos
quais 7 obtiveram êxito (77,7%). Tal grupo foi comparado com
28 pacientes que tiveram sangramento tumoral em 2010,
nos quais não se realizou nenhum tratamento endoscópico;
4 destes pacientes tinham sangramento ativo. O índice de
ressangramento no grupo APC foi de 31,3%, e 14,3% do grupo
controle (p = 0,25). A mortalidade em 1 mês foi de 50% no
grupo APC e 75% no grupo controle (p=0,11). Conclusão:
A terapia com plasma de argônio não diminuiu a mortalidade,
nem os índices de ressangramento na hemorragia digestiva
alta de ordem tumoral. Apesar de algumas séries de caso
descrevendo hemostasia satisfatória com o APC, a literatura
carece de estudos comparativos justificando seu uso rotineiro
nesta situação.
Estudo da Prevalência de
Constipação Intestinal em
Estudantes do Curso de Medicina da
Universidade Federal do Tocantins
Temário: Gastroenterologia / Intestino
Autores / Nome para referência / Instituição: ITÁGORES
HOFFMAN I LOPES SOUSA COUTINHO / COUTINHO, IHILS / ESCOLA
DE MEDICINA – UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS (EMUFT);
ARIANE RIBEIRO DOS SANTOS / SANTOS, AR / ESCOLA DE MEDICINA –
UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS (EMUFT); AMANDA SOARES
RIBEIRO JORGE / JORGE, ASR / ESCOLA DE MEDICINA – UNIVERSIDADE
FEDERAL DO TOCANTINS (EMUFT); GUSTAVO MORALES CAMILO REIS
/ REIS, GMC / ESCOLA DE MEDICINA – UNIVERSIDADE FEDERAL DO
TOCANTINS (EMUFT).
Resumo
Introdução: A Constipação Intestinal (CI) costuma ser o
resultado do consumo insuficiente de líquidos, da dieta, se-
dentarismo, falta de atendimento ao reflexo, medicamentos,
causas orgânicas ou devido a distúrbios funcionais inerentes
ao intestino. Existem ainda, fatores epidemiológicos de risco,
sexo feminino, baixo nível socioeconômico e cultural. Obje-
tivo: Avaliar a prevalência de CI em estudantes do curso de
Medicina da Universidade Federal do Tocantins – UFT, corre-
lacionando-a com hábitos de vida e gênero. Métodos: Rea-
lizou-se um estudo transversal com 200 acadêmicos do curso
de Medicina da UFT através da aplicação de um questionário
individual. Para definição de CI, utilizaram-se os Critérios de
Roma III. A pesquisa foi aprovada pelo CEP da UFT. Resul-
tados: Dos 200 questionários analisados, 111 (55,5%) foram
preenchidos por acadêmicos do sexo masculino e 89 (44,5%)
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
do sexo feminino. A idade média foi de 21,5 (±2,59) anos.
Avaliando os critérios de Roma III, observou-se uma maior
prevalência desses parâmetros no sexo feminino em relação
ao sexo masculino. Quanto aos hábitos de vida, houve corre-
lação estatisticamente significante no critério ingesta hídrica
(alta vs baixa). Dos 200 acadêmicos, 73 (36,5%) apresenta-
ram CI, sendo mais prevalente entre as mulheres 44 (49,4%)
do que entre os homens 29 (26,1%) (p=0,0006). Conclu-
sões: A CI apresentou alta prevalência no grupo estudado
com predominância no sexo feminino e associada ao hábito
de baixa ingesta hídrica.
Estudo Piloto de uma Campanha
Educativa sobre Hepatite C em
Hospital de Clínicas - Universidade
Federal do Paraná (HC-UFPR)
Temário: Gastroenterologia / Fígado
Autores / Nome para referência / Instituição: KARINA
BITTENCOURT MEDEIROS / MEDEIROS, KB / UFPR; ALANNA SILVA HUK 147
/ HUK, AS / UFPR; RENATA PEREIRA MUELLER / MUELLER, RP / UFPR;
ANDREY BERNARDO LOPES GREGO / GREGO, ABL / UFPR; NATANAEL
PIETROSKI DOS SANTOS / DANTOS, NP / UFPR; MARIELLE MALUCELLI /
MALUCELLI, M / UFPR; KELLY CRISTINA VIEIRA / VIEIRA, KC / UFPR; MARIA
LUCIA ALVES PEDROSO / PEDROSO, MLA / UFPR.
Resumo
Introdução: A Hepatite C causa doença hepática crônica e
assintomática podendo levar a cirrose hepática e hepatocar-
cinoma. O diagnóstico clínico precoce é difícil portanto o ras-
treamento desta infecção se impõe pois aumenta as chances
de tratamento e cura. Objetivos: O objetivo desta pesquisa
foi avaliar o interesse de uma comunidade hospitalar em par-
ticipar de uma primeira campanha sobre hepatite C. Casuís-
tica/Métodos: Estudo transversal descritivo. Foi analisado o
número de indivíduos que apresentou interesse em participar
de uma Campanha Educativa sobre Hepatite C, no Hospital de
Clínicas da UFPR, quando foi ofertado um teste rápido para
diagnóstico da Hepatite C. Resultados: Houve um enorme
interesse dos profissionais em geral da comunidade hospitalar
em realizar o teste diagnóstico e saber maiores informações da
doença. Foram testados 624 pessoas, 75 % mulheres, média
de idade 45,1 anos, sendo 165 profissionais de saúde. Entre os
indivíduos avaliados encontrou-se 9 (1,44%) casos de positi-
vidade ao anticorpo para o VHC. Estes tinham média de idade
de 51,78 anos, 5 eram mulheres e somente 2 indivíduos eram
profissionais de saúde. Conclusões: Este estudo mostra que
campanhas educativas têm alto interesse da comunidade hos-
pitalar e que devem ser reproduzidas também para a comuni-
dade geral.

Estudo Prospectivo do Papel do FDG-
Petscan no Câncer de Esôfago
Temário: Cirurgia / Esôfago
Autores / Nome para referência / Instituição: ALAN
MARSON / MARSON AG / HC FMUSP; RUBENS SALLUM / SALLUM
RAA / HC FMUSP; JOSÉ MENEGHETTI / MENEGHETTI ,JS / INCOR
FMUSP; SERGIO SZACHNOWICZ / SZACHNOWICZ S / HC FMUSP; ARTUR
COUTINHO / COUTINHO AG / INCOR FMUSP; JOSÉ SOARES / SOARES,J /
INCOR FMUSP; IVAN CECCONELLO / CECCONELLO I / HC FMUSP.
Resumo
Objetivo: Estudar o papel do FDG-PETscan na mudança do
estadiamento e/ou conduta no câncer de esôfago. Métodos:
96 pac. (85% homens, idade média de 58±9) consecutivos
analisados de Set 2006 a Mar 2008. 79 (79,8%) pac com ca
espinocel (CEC), 17 (17,2%) adenoca (outros 2 excluídos).
Após estadiamento padrão (endoscopia, CT, broncoscopia),
os pacientes foram submetidos ao FDG-PET.As decisões tera-
148 pêuticas foram comparadas por comissão multidisciplinarantes
antes e após o FDG-PET. Os primeiros 48 casos foram com-
parados com o período total/ subsequente. Resultados: A
sensibilidade do PET SCAN para tums primários foi de 93,75%
período1 e 92% em todos. 8 tums não foram detectados pelo
FDG-PET (6 CEC - 3 restritos à mucosa e 3 AC - 2 iniciais). A
quantificação (SUV) e não apresentou diferenças entre CEC e
Adenoca (Max SUV.: 17,7 ± 6,5 e 16 ± 7,8, p> 0,01). Em 22
pac (23%), o FDG-PET foi notável por modificar o estadiamen-
to de tumores (12 com aumento e 10 com redução do esta-
diamento) alterando, assim, a abordagem terapêutica. Em um
dos pacientes um tumor colorretal inesperado foi encontrado.
Conclusão: Resultados comparativos do primeiro e do último
período foram similares em todos os parâmetros. O FDG-PET
mostrou alta sensibilidade para tumores de esôfago (igualmen-
te para o CEC e AC). O FDG-PET alterou o estadiamento e/ou
mudou abordagens terapêuticas em 23% dos casos.
Estudo Prospectivo dos achados
Cólonoscópicos de Pacientes com
Queixa de Enterorragia submetidos
à Colonoscopia Eletiva em um
Hospital Universitário
Temário: Endoscopia / Colonoscopia
Autores / Nome para referência / Instituição: MARCELA
MENDES DIAS / DIAS, MM / FEPAR; CARLOS ROBERTO NAUFEL JÚNIOR
/ NAUFEL, CRJ / FEPAR; ANTÔNIO ROCHA GONÇALVES / GONÇALVES, AR
/ FEPAR; GUILHERME PIOVEZANI RAMOS / RAMOS, GP / FEPAR; ODEY
RAMOS JÚNIOR / RAMOS JR,O / FEPAR.
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
Resumo
Introdução: Hemorragia digestiva baixa, manifestando-se como
enterorragia, representa uma importante indicação para a realiza-
ção do exame cólonoscópico, o qual também é essencial no diag-
nóstico da etiologia do sangramento. Objetivo: Analisar a corre-
lação das indicações clínicas de enterorragia para a realização do
exame endoscópico baixo com os diagnósticos cólonoscópicos
de pacientes submetidos à colonoscopia eletiva por esta queixa.
Metodologia: Estudo prospectivo descritivo com pacientes com
queixa de enterorragia que realizaram colonoscopia eletiva. Foram
avaliados: idade, sexo, indicação do exame, diagnóstico da colo-
noscopia e exame anatomopatológico. Consideraram-se exames
alterados: doenças orificiais, colites, pólipos, tumores, doença di-
verticular. Resultados: Dos 54 sujeitos do estudo, 16 eram ho-
mens e 48 mulheres. Alterações foram encontradas em 50 (93%)
exames, sendo as mais frequentes as alterações orificiais (74%),
seguidas pela doença diverticular (38%) e pólipos intestinais
(30%). Em 23 casos(43%), um mesmo exame apresentou mais
de uma alteração, sendo as associações mais Frequentes altera-
ções orificiais e doença diverticular (20% dos exames alterados).
Conclusão: A maioria dos exames realizados com enterorragia
como indicação apresentou alterações (93%), sendo a doença
diverticular (68,5%) e os pólipos intestinais (27,8%), as patologias
frequentemente associadas ao sangramento. A associação mais
frequente foi doença diverticular e alterações orificiais (18,5%).
Estudo Prospectivo dos achados
Colorretais em Pacientes Geriátricos
Submetidos à Colonoscopia Eletiva em
um Hospital Universitário
Temário: Endoscopia / Colonoscopia
Autores / Nome para referência / Instituição: MARCELA
MENDES DIAS / DIAS, MM / FEPAR; CARLOS ROBERTO NAUFEL JÚNIOR
/ NAUFEL, CRJ / FEPAR; ANTÔNIO ROCHA GONÇALVES / GONÇALVES,
AR / FEPAR; GUILHERME PIOVEZANI RAMOS / RAMOS, GP / FEPAR;
ODERY RAMOS JÚNIOR / RAMOS JR, O / FEPAR.
Resumo
Introdução: A incidência de doenças coloproctológicas
é maior na população idosa, ressaltando a importância
do uso da colonoscopia no rastreamento dessas lesões.
Objetivo: Avaliar prospectivamente as alterações colorretais e
histológicas mais frequentes em pacientes idosos submetidos
à colonoscopia eletiva. Metodologia: Estudo prospectivo
descritivo com pacientes acima de 60 anos sendo avaliados:
idade, sexo, indicação do exame, diagnóstico da colonoscopia
e exame anatomopatológico. Foram considerados exames
alterados: doenças orificiais, colites, pólipos, tumores, doença
diverticular. Resultados: Dos 85 sujeitos do estudo, 36 eram
homens e 49 mulheres. Alterações foram encontradas em 70
exames, sendo a mais frequente doença diverticular (62,9%),
seguida pelas lesões orificiais (52,9%) e pólipos intestinais
(30%). Em 35 casos, um mesmo exame apresentou mais de
uma alteração sendo a associação mais frequente alterações
orificiais e doença diverticular (42,85%). Foram realizados
23 exames anatomopatológicos: 19 indicaram pólipos, 1
adenocarcinoma de reto e 4 não possuíam patologia concluída.
Dos pólipos avaliados, 12 eram adenomas, 5 hiperplásicos e 2
inflamatórios. Conclusão: A maioria dos exames realizados
em pacientes idosos apresentou alterações (82,3%), sendo
a doença diverticular (62,9%) e os pólipos intestinais
(30%), principalmente os adenomatosos, as alterações mais
frequentes. A associação mais frequente foi doença diverticular
e alterações orificiais (21%).
Estudo Retrospectivo de
Ecoendoscopias Realizadas no
“AME-Barradas/Seconci-SP” entre
Novembro/2009 e Julho/2011
Temário: Endoscopia / Ecoendoscopia
Autores / Nome para referência / Instituição:
MARCOS EDUARDO LERA / LERA, ME / HC-FMUSP; DALTON
MARQUES CHAVES / CHAVES, DM / HC-FMUSP; MARCELO VARGAS
ARDENGHI / ARDENGHI, MV / HOSPITAL BENEFICÊNCIA PORTUGUESA
DE SÃO PAULO; PAULO QUINTAES / QUINTAES, P / AME-BARRADAS;
NELSON FRENK / FRENK, N / AME-BARRADAS;
Resumo
Introdução: A ecoendoscopia tornou-se uma subespecilidade
da endoscopia. Ocupa uma papel importante no diagnóstico,
estadiamento e tratamento de muitas enfermidades, mas a sua
utilização de forma rotineira, limita-se a poucos centros. Objetivo:
Análise retrospectiva das ecoendoscopias realizadas no AME-
Barradas-Seconci-SP, no período de novembro de 2009 a julho de
2011. Métodos: Foram analisados retrospectivamente, através
de estudo transversal 370 procedimentos, realizados por dois
médicos, com aparelho de ecoendoscopia, setorial e miniprobe
no período de novembro de 2009 a julho de 2011. Resultados:
As principais indicações foram: lesões subepiteliais 23,3 % destes
(57 casos de estômago, 20 esôfago, 8 duodenais e 1 ceco),
massa pancreática 20%, icterícia a esclarecer 15,67%, pancreatite
12,97% e lesões císticas de pâncreas 5,6%. De todos os pacientes
57% eram do sexo feminino e 64% dos pacientes tinham entre
50 a 80 anos. Conclusão: Os achados da ecoendocopia nesta
amostra auxiliaram no diagnóstico, estadiamento e tratamento
das enfermidades digestivas e adjacentes ao trato digestivo.
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
Estudo Retrospectivo dos Achados
Ecoendoscopicos Pancreáticos no
Serviço de Econdoscopia do AME-
Barradas/Seconci-SP
Temário: Endoscopia / Ecoendoscopia
Autores / Nome para referência / Instituição: MARCOS
EDUARDO LERA / LERA, ME / HC-FMUSP; DALTON MARQUES CHAVES /
CHAVES, DM / HC-FMUSP; MARCELO VARGAS ARDENGHI / ARDENGHI, MV
/ HOSPITAL BNEFICÊNCIA PORTUGUESA DE SÃO PAULO; PAULO QUINTAES
/ QUINTAES, P / AME-BARRADAS; NELSON FRENK / FRENK, N / AME-
BARRADAS.
Resumo
Introdução: A ecoendocopia com punção tem um papel impor-
tante nas lesões pancreáticas. Permite o diagnóstico histológico e
estadiamento e evita muitas cirurgias desnecessárias. Objetivo:
Análise retrospectiva de ecoendoscopias pancreáticas realizadas
de novembro de 2009 a julho de 2011 no AME-BARRADAS. Mé-
149
todo: Foram realizadas ecoendoscopia com aparelho setorial por
dois médicos, de pacientes encaminhados com suspeita de lesão
pancreática ou história de pancreatite. Resultados: Os achados
pancreáticos mais frequentes foram: 58 casos de massas , 43 de
pancreatite crônica, 19 lesões císticas, 18 de pseudocistos, 6 de
pancreatite aguda. A punção foi positiva para neoplasia em apro-
ximadamente 64%dos casos de massa pancreática. Conclusão:
Massa pancreática foi o achado mais frequente e 64 % de suas
biópsias foram positivas para neoplasia.
Etiologia e Evolução da Hemorragia
Digestiva Alta no Paciente com Câncer
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para referência / Instituição: CEZAR
FABIANO MANABU SATO / SATO, CFM / ICESP; BRUNO DA COSTA MARTINS
/ MARTINS, B C / ICESP; DANIEL VALDIVIA / VALDIVIA, D / ICESP; FELIPE
ALVES RETES / RETES, FA / ICESP; MARCELO SIMAS DE LIMA / LIMA, MS
/ ICESP; FÁBIO SHIGUEHISSA KAWAGUTI / KAWAGUTI, FS / ICESP; MARCOS
ROBERTO TACCONI / TACCONI, MR / ICESP; FAUZE MALUF-FILHO / MALUF-
FILHO, F / ICESP.
Resumo
Introdução: A etiologia da hemorragia digestiva alta (HDA)
na população geral já está bem estabelecida. Porém, faltam
dados a respeito da etiologia e evolução natural da HDA em
pacientes oncológicos Objetivos: Determinar as principais
causas de HDA em pacientes oncológicos e o desfecho clíni-
co após episódios de sangramento Pacientes e Métodos:

Análise retrospectiva de um banco de dados coletado pros-
pectivamente no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo
(ICESP) no período de janeiro a dezembro de 2010, incluindo
todos os pacientes referenciados com suspeita de sangramento
digestivo Resultados: Dos 324 pacientes encaminhados com
suspeita de HDA, 147 casos foram confirmados. As principais
causas de sangramento foram: tumor (26,5%),varizes(19,7%),
úlcera (17,7%),gastroduodenite hemorrágica (10,9%), angioec-
tasia (7,5%), metástases (4,1%) e outros (10,9%). Consideran-
do apenas os pacientes com tumores luminais do TGI, a taxa de
sangramento tumoral subiu para 84,8%. Dezessete pacientes
(11,5%) apresentaram ressangramento dentro de 1 mês. Dos
147 casos confirmados, 109 faleceram dentro de 46 dias em
média. A mortalidade em 1 mês foi de 44,9% e em 6 meses
70,7%. Conclusão: A etiologia da HDA em pacientes com
câncer é diferente da população geral. Tumor aparece como a
principal causa de sangramento, especialmente nos pacientes
com tumores do TGI. A ocorrência de hemorragia digestiva nes-
tes pacientes já bastante debilitados é um evento gravíssimo,
vinculado à alta mortalidade.
150
Experiência de 10 anos com Balão
Intragástrico
Temário: Endoscopia / Miscelânea
Autores / Nome para referência / Instituição: JOÃO
ANTONIO SCHEMBERK JR / SCHEMBERK JR,JA / OBESOGASTRO; ALCIDES JOSE
BRANCO FILHO / BRANCO, AJ / SANTA CASA DE MISERICORDIA DE CURITIBA;
SATURNINO RIBEIRO / RIBEIRO ,S / OBESOGASTRO; THIAGO SCHEMBERK
CHAMMA / CHAMMA,TS / PUC PR; ANGELA SCHEMBERK / SCHEMBERK,A
/ OBESOGASTRO; GIAN CARLO CARVALHO / CARVALHO,G / OBESOGASTRO;
DELMA SOUZA / SOUZA, D / OBESOGASTRO.
Resumo
Introdução: A obesidade é uma doença crônica e epi-
dérmica. O uso de Balão Intragástrico é uma realidade em
nosso meio e vem ajudando muitos pacientes no controle
desta doença. O Balão Intragástrico é uma “Ferramenta na
ajuda da perda de peso”, porém ele isolado sem uma equipe
multidisciplinar composta por Nutricionista, Psicólogo e Pre-
parador Físico, não muda hábitos e portanto não se obtém
um bom resultado. Comparamos 2 grupos de pacientes que
foram submetidos ao método de colocação de Balão Intra-
gástrico a saber: Grupo 1 ( n 152 ) BIB + acompanhamento
multidisciplinar, Grupo 2 (n 109) BIB sem acompanhamento
multidisciplinar ou acompanhamento irregular. A perda de
peso e a manutenção pós retirada do BIB foi maior no grupo
1. Portanto o uso isolado do balão pouco ajuda os pacientes
obesos, e a chance de reganho de peso pós retirada é maior
comparada com o grupo 1.
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
Experiência Atual Brasileira em
Cirurgia da Obesidade Robô-
Assistida
Temário: Cirurgia / Obesidade
Autores / Nome para referência / Instituição: RICARDO
ZUGAIB ABDALLA / ABDALLA, R.Z. / ; RODRIGO BISCUOLA GARCIA / GARCIA,
R.B. / ; CLÁUDIO RENATO PENTADO DE LUCA / DE LUCA, C.R.P. / ; RAFAEL
IZAR DOMINGUES DA COSTA / DA COSTA, R.I.D. / RO.
Resumo
O ideal da cirurgia bariátrica é trazer ao paciente obeso mórbido
um significante índice de perda de peso a curto e longo
prazo, com o mínimo possível de complicações operatórias.
As técnicas minimamente invasivas se associaram à cirurgia
bariátrica e propiciaram grande redução na agressão aos
órgãos e sistemas, com diminuição da morbidade e do tempo
de recuperação. Existe significante melhora das complicações
pulmonares e de ferida operatória, além de diminuição no
tempo de internação hospitalar. Foram realizadas entre
setembro de 2008 e agosto de 2011, no Hospital Sírio –
Libanês (São Paulo), através do sistema Da Vinci S, um total
de 25 cirurgias bariátricas pelo mesmo cirurgião. Entre essas
cirurgias foram realizadas 6 colocações de banda gástrica,
5 gastrectomias verticais e 16 septações gástricas com
bypass em Y roux. Ao todo foram operados 10 homens e
17 mulheres. Três gastrectomias verticais foram realizadas em
pacientes do sexo masculino e duas em pacientes do sexo
feminino. Foram instaladas bandas gástricas em 2 homens e
4 mulheres. Por fim os bypass foram realizados em 5 homens
e 11 mulheres. Ocorreu uma complicação importante do
procedimento, devido a deiscência do grampeamento do
intestino delgado. Ocorreu no segundo pós-operatório, e foi
tratada com laparotomia e fechamento da linha de deiscência.
Não houveram complicações tardias até o presente momento
e nenhum paciente evoluiu para óbito.
Experiência do Programa de
Ligadura Elástica de Varizes
Esofágicas do Serviço de
Gastroenterologia e Hepatologia
da Irmandade Santa Casa de
Misericórdia de Porto Alegre
(ISCMPA)
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para referência / Instituição: JORGE
ALBERTO JOHN / JOHN, JA / ISCMPA; LÍVIA CAPRARA LIONÇO /
LIONÇO, LC / ISCMPA; ANE MICHELI COSTABEBER / COSTABEBER,
AM / ISCMPA; LUCIANA DOS SANTOS SCHRAIBER / SCHRAIBER, LS
/ ISCMPA; JÚLIO PEREIRA-LIMA / PEREIRA-LIMA, J / ISCMPA;
SUELEN APARECIDA DA SILVA MIOZZO / MIOZZO, SAS / ISCMPA;
JONATHAN SOLDERA / SOLDERA, J / ISCMPA.
Resumo
Introdução: Ligadura Elástica de Varizes Esofágicas
(LEVE) é um método de terapia endoscópica recomendado
para o sangramento agudo varicoso e para a sua profilaxia.
Objetivo: Descrever a experiência de um centro terciário
em LEVE. Método: Revisão e análise de relatórios de exa-
mes de pacientes submetidos à LEVE nos últimos 10 anos
no serviço de Endoscopia Digestiva da ISCMPA. Resulta-
dos: Um total de 228 pacientes, 66% do sexo masculino,
com média de idade 52 anos ± 11,47, participou do progra-
ma de LEVE neste período. Tal programa incluía sessões
de LEVE em intervalos escalonados até a erradicação das
varizes. A maioria dos pacientes, 46,8% apresentava cirrose
por vírus C, 27,9% por álcool e o restante por outras etio-
logias. Oitenta e oito pacientes (45,4%) eram Child A, 62
(28,7%) Child B, 56 (25,9) Child C, com escore Meld médio
de 14,3 ± 5,4. Havia história prévia de hemorragia digestiva
em 84,2% e a maioria (66,5%) não havia sido submetida à
escleroterapia. Cento e vinte e oito pacientes (57,1%) apre-
sentavam varizes de grande calibre no exame inicial e 70%
varizes de pequeno calibre após o final do programa. Cerca
de 60% desenvolveu úlceras pós-ligadura elástica. A frequ-
ência de varizes de fundo, justacárdicas e a gravidade da
gastropatia da hipertensão portal não se alteraram com o
tratamento. Conclusão: A LEVE é um procedimento efe-
tivo. A casuística apresentada é relevante por tratar-se da
experiência de um centro de referência neste tipo de tra-
tamento.
Experiência Recente de um Serviço
Universitário no Tratamento Cirúrgico
da Úlcera Duodenal Estenosante
Temário: Cirurgia / Estômago
Autores / Nome para referência / Instituição: KEVIN YUN
KIM / KIM, KY / UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO; RAMIRO COLLEONI
/ COLLEONI, R / UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO; CAMILLE DIEM
BENATTI / BENATTI, CD / UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO; REYNALDO
ISAACS BÉRON / BÉRON, RI / UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO;
CARLOS HARUO ARASAKI / ARASAKI, CH / UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO
PAULO; FERNANDO HERBELLA / HERBELLA, F / UNIVERSIDADE FEDERAL DE
SÃO PAULO; LAÉRCIO GOMES LOURENÇO / LOURENÇO, LG / UNIVERSIDADE
FEDERAL DE SÃO PAULO; JOSÉ CARLOS DEL GRANDE / DEL GRANDE, JC /
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO.
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
Resumo
Embora com menor frequência que nas últimas décadas al-
guns doentes com úlcera duodenal desenvolvem estenose e
necessitam do tratamento cirúrgico. Apresentamos a expe-
riência de um serviço universitário num período recente. No
período de janeiro de 2006 a julho de 2011 foram operados
12 doentes portadores de úlcera duodenal estenosante, sen-
do nove do sexo masculino. As idades variaram de 38 a 65
anos (médiana= 48). Referiam sintomas dispépticos durando
de cinco a 32 anos e uso de inibidores de bomba de prótons.
Hemorragia e perfuração haviam ocorrido em cinco doentes.
Todos apresentavam sintomas de mau esvaziamento gástri-
co e emagrecimento de 6 a 30 Kg. No exame endoscópico
além da estenose estavam associadas: esofagite erosiva em
sete doentes, úlcera gástrica em três e fístula bileodigestiva
em uma. Todos foram submetidos à gastrectomia parcial com
reconstrução à Billroth II ou em Y-de-Roux. Apenas um doente
foi operado em situação de urgência por perfuração após ten-
tativa de dilatação endoscópica. Em sete doentes foi realizada
a operação de Finsterer-Bancroft. Em seis doentes associou- 151
se vagotomia troncular. Dois doentes foram reoperados: um
por fístula e o outro por hematoma. Na avaliação tardia todos
apresentaram ganho de peso e melhora dos sintomas, porém
um doente apresenta sintomas de dumping. Apesar da ampla
disponibilidade de recursos terapêuticos ainda atendemos do-
entes com úlcera duodenal estenosante que são beneficiados
com o tratamento cirúrgico.
Exploração de Vias Biliares
Laparoscópica: Análise de 27 Casos
Consecutivos
Temário: Cirurgia / Fígado
Autores / Nome para referência / Instituição: NERTAN
LUIZ TEFILLI / TEFILLI, NL / HOSPITAL UNIVERSITÁRIO CAJURU, PUC/PR;
LUIZ CARLOS VON BAHTEN / VON BAHTEN, LC / HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
CAJURU, PUC/PR; JOSÉ SAMPAIO NETO / SAMPAIO-NETO, J / HOSPITAL
UNIVERSITÁRIO CAJURU, PUC/PR; LEANDRO BILLÓ / BILLÓ, L / HOSPITAL
UNIVERSITÁRIO CAJURU, PUC/PR; JOSÉ FERNANDO PEREIRA RODRIGUEZ
/ RODRIGUEZ, JFP / HOSPITAL UNIVERSITÁRIO CAJURU, PUC/PR; FELIPE
CASTRO VILLEGAS / VILLEGAS, FC / HOSPITAL UNIVERSITÁRIO CAJURU,
PUC/PR; MIGUEL LÓPEZ MORA / MORA, ML / HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
CAJURU, PUC/PR; THAÍSA SAMI NAKADOMARI / NAKADOMARI, TS /
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO CAJURU, PUC/PR.
Resumo
Introdução: Embora diversos trabalhos mostrem vantagens
EVBL, vários cirurgiões ainda optam por CPRE no manejo da

litíase das vias biliares. Este estudo avalia a EVBL como primeira
opção no tratamento da LVB em pacientes com vesícula biliar
tópica em hospital universitário. Métodos: Análise retrospectiva
dos pacientes submetidos à EVBL. O protocolo era tratar
preferencialmente todos os casos de LVB (exceto em colangite
associada a sépsis grave ou pancreatite severa), com vesícula
biliar tópica, por EVBL, sendo a CPRE usada somente em caso de
insucesso. Foi realizada revisão dos prontuários. Resultados: Um
total de 27 pacientes (média de 50.6 anos, 75.95% suspeitados
e 24.05% achados incidentais) foi submetido à tentativa de EVBL
de março/2009 a julho/2011. Em 96% foi obtido sucesso no
tratamento. Coledocotomia foi utilizada em 80%, sendo
realizadas derivações bileodigestivas no restante. No
seguimento médio de 8.9 meses não houve recidivas.
Morbidade significativa ocorreu em 12%, por fístula biliar,
sem casos de estenose. A permanência hospitalar média foi
5.5 dias. Não houve mortalidade hospitalar. Conclusão:
A EVBL mostrou-se um tratamento eficiente, efetivo e
seguro para LVB, em pacientes com vesícula biliar tópica.
Apesar da disponibilidade da CPRE, cirurgiões devem ser
encorajados a executar EVBL, visando diminuição no tempo
152
de internamento, redução de custos, exposição a múltiplos
atos anestésicos e riscos de diferentes procedimentos.
Exploração Videolaparoscópica da
Via Biliar por Coledocotomia
Temário: Cirurgia / Miscelânia
Autores / Nome para referência / Instituição:
HAMILTON BELO DE FRANÇA COSTA / COSTA, HAMILTON BELO /
FCMCG; GABRIELLE DINIZ DE FRANÇA COSTA / COSTA, GABRIELLE
DINIZ / FCMCG; IZABELLE DINIZ DE FRANÇA COSTA / COSTA,
IZABELLE DINIZ / SAJ.
Resumo
Introdução: Existem 2 técnicas para clarear a via biliar (VB)
na coledocolitíase, a via transcística e por coledocotomia. A
ELVBPC está sendo largamente usada no mundo, mas não
é ainda a forma padrão de tratamento. A abordagem prefe-
rida pela maioria dos serviços é a endoscópica, através da
papilotomia, que vem acompanhada de riscos de pancreati-
te aguda, hemorragia e perfuração duodenal. A ELVBPC tem
sido realizada com segurança e eficácia, por mãos experien-
tes em um único tempo, com menor permanência hospitalar
quando comparada a abordagem aberta. Relato do Caso:
Os autores apresentam um vídeo da ELVBPC numa paciente
portadora de colecistite crônica litiásica, sem sinais clínicos,
ultrassonográficos e laboratoriais de coledocolitíase. A colan-
giografia intraoperatória revelou coledocolitíase múltipla. Atra-
vés da coledocotomia videolaparoscópica, foram retirados 05
cálculos do coledodo. Antes da coledocorrafia, foi realizada
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
colangiografia intraoperatória, com colédoco aberto (técnica
do autor). Constatado o completo clareamento da via biliar,
prodecemos a coledocorrafia, em plano único de sutura con-
tínua com PDS, seguida de drenagem da VB por via transcís-
tica. Conclusão: A ELVBPC em conjunto com a colecistec-
tomia laparoscópica é uma excelente opção para um grande
número de pacientes, reduzindo a permanência hospitalar e
alguns subsequentes procedimentos endoscópicos. Em mãos
experientes, a ELVBPC tem um menor custo e é um método
seguro para o tratamento da coledocolitíase.
Extraçao de Corpo Estranho (Moeda)
do Estômago com Cateter Magnético
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para referência / Instituição: JOSÉ
RENATO DACACHE BALIEIRO / BALIEIRO,JRD / HOSPITAL CÉSAR LEITE
– MANHUAÇU MG; MARCELO SOARES PIRES / PIRES,MS / HOSPITAL
CÉSAR LEITE – MANHUAÇU MG;
Resumo
Os autores apresentam 02 casos, dentre vários realizados,
de retirada de moeda do estômago com cateter magnético,
mostrando a simplicidade do procedimento em comparação
com os métodos tradicionais de conduta expectante ou
endoscopia digestiva e exigindo na sua maioria a presença de
anestesista e equipamentos especiais . A retirada é efetuada
com imobilização da criança, anestesia tópica da orofaringe
com spray de lidocaina, bocal e passagem de sonda com
potente ímã na sua extremidade.
Extração de Corpo Estranho do
Esôfago com Cateter Magnético
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva
pediátrica
Autores / Nome para referência / Instituição: JOSÉ
RENATO DACACHE BALIEIRO / BALIEIRO,JRD / HOSPITAL CÉSAR LEITE -
MANHUAÇU MG.
Resumo
Extração de corpo estranho (mola de pregador de roupa)
da laringe, com cateter magnético. O autor apresenta a
retirada de corpo estranho da laringe com cateter com ímã
na extremidade distal de forma simples, rápida e eficiente.
Lactente de 5 meses ingeriu mola de pregador de roupa
colocada na sua boca por irmão maior. Iniciou quadro
de dispneia, rouquidão e choro frequente. Constatado
corpo estranho (mola de pregador de roupa) impactdo
na laringe. A criança foi levada para o bloco cirúrgico, e
sob sedação leve e supervisão do anestesista e com o uso
do laringoscópio foi visualizado o corpo estranho que foi
retirado com o cateter magnético sem dificuldade.
Extração de Corpo Estranho do
Esôfago com Pinça de Magill
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva
pediátrica
Autores / Nome para referência / Instituição: JOSÉ
RENATO DACACHE BALIEIRO / BALIEIRO,JRD / HOSPITAL CÉSAR -
MANHUAÇU MG.
Resumo
Introdução: a ingestão de corpo estranho, por lactentes,
não é muito comum. Entretanto, ingerem automaticamente
qualquer objeto. Fato ocorrido quando seu irmão de 4 anos
colocou o objeto na sua boca. Objetivo: Relatar a retirada de
corpo estranho (mola de pregador de roupa), de criança de 4
meses. Metodo: Procedimento realizado no bloco cirurgico,
com monitoramento, sedação e acompanhamento de anes-
tesista. Resultados: A retirada foi realizada com visão direta
com laringoscópio e pinça de magill, manobrando–a delica-
damente para soltar as bordas do corpo estranho sem lesar
a laringe. Conclusão: Aingestão de corpo estranho é um
problema clínico comum. A retirada é executada com frequên-
cia, ora com endoscopia, ora com visão direta. Uma proporção
pequena de pacientes com corpos estranhos exigem interven-
ção cirúrgica. O procedimento deve ser realizado em ambiente
cirúrgico, sedação e acompanhamento do anestesista.
Extração de Moeda do Esôfago com
Cateter Magnético
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva
pediátrica
Autores / Nome para referência / Instituição: JOSÉ
RENATO DACACHE BALIEIRO / BALIEIRO,JRD / HOSPITAL CÉSAR LEITE
- MANHUAÇU MG; MARCELO SOARES PIRES / PIRES,MS / HOSPITAL
CÉSAR LEITE - MANHUAÇU MG.
Resumo
A ingestão acidental de moedas e objetos metálicos por
crianças é relativamente frequente. O esôfago possui
04 áreas de estreitamento: esfincter superior (crico
faríngeo) arco aórtico, brônquio fonte esquerdo e esfincter
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
inferior(hiato diafragmático). A área de maior probabilidade
de fixação de moedas é na região do esfincter superior.
Demandando maior número de complicações quando o
objeto permanece aderido por tempo superior a 24h. Os
autores demonstram por vídeo, retirada de moeda com
cateter magnético no esôfago de criança de 04 anos, com
história de ingestão há 5 dias, odinogafia, disfagia, hiporexia.
Utiliza-se imoblização, anestesia tópica da orofaringe, bocal
endoscópico, gel de lidocaina na extremidade distal do
cateter magnético , sem a necessidade do anestesia ou de
endoscopia digestiva. O procedimento dura em média 05
segundos após a introdução do cateter com potente ímã na
extremidade e retirada da moeda.
Farmacobezoar por Mesalazina
em Decorrência do Tratamento da
Doença de Crohn
Temário: Gastroenterologia / Intestino
Autores / Nome para referência / Instituição: MAURO 153
BAFUTTO / BAFUTTO, M / INSTITUTO GOIANO DE GASTROENTEROLOGIA-
DISCIPLINA DE GASTROENTEROLOGIA DA FACULDADE DE MEDICINA DA
UFGO; ENIO CHAVES DE OLIVEIRA / OLIVEIRA, EC / DEPARTAMENTO
DE CIRURGIA-LABORATÓRIO DE DOENÇA DE CHAGAS DA FACULDADE
DE MEDICINA DA UFGO; ALEXANDRE AUGUSTO FERREIRA BAFUTTO
/ BAFUTTO, AAF / FACULDADE DE MEDICINA PUC-GO- INSTITUTO
GOIANO DE GASTROENTEROLOGIA; RICARDO DUARTE MARCIANO /
MARCIANO, RD / FACULDADE DE MEDICINA PUC-GO- INSTITUTO
GOIANO DE GASTROENTEROLOGIA; MICHELLE BAFUTTO GOMES COSTA
/ COSTA, MBG / FACULDADE DE MEDICINA PUC-GO- INSTITUTO
GOIANO DE GASTROENTEROLOGIA; SANDRO M. MENDONÇA /
MENDONÇA, SM / SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE GOIÂNIA;
JOFFRE REZENDE FILHO / REZENDE FILHO, J / DISCIPLINA DE
GASTROENTEROLOGIA DA FACULDADE DE MEDICINA DA UFGO.
Resumo
Introdução: A Doença de Crohn é uma doença inflamató-
ria crônica que acomete geralmente os intestinos delgado
e/ou grosso. O farmacobezoar é um acúmulo de medica-
mentos não devidamente absorvidos. As manifestações
clínicas são variadas, podendo ser assintomáticas ou até
evoluírem para um quadro de obstrução intestinal. Obje-
tivo: Relatar um caso de farmacobezoar por mesalazina
na doença de Crohn. Relato do Caso: Sexo feminino, 41
anos, há 5 anos iniciou quadro de dor epigástrica intensa
tipo cólica, que piorava com alimentação, sem melhora com
medicação. Náuseas e vômitos associados. Sem alteração
do hábito intestinal. Há 2 anos houve intensificação do qua-
dro e há 1 ano, diagnosticada a Doença de Crohn. Iniciou
tratamento com Mesalazina, sem melhora do quadro. De-

senvolveu saciedade precoce, plenitude pós-prandial, piora
da dor, acentuação dos vômitos e perda ponderal de 10kg
em 7 meses. Evacuações presentes, mas em pouca quan-
tidade. A paciente evoluiu para abdome agudo obstrutivo
e foi submetida à enterectomia, retirando 22 cm na tran-
sição jejunoileal. Pós-operatório satisfatório e no momento
esta assintomática. Conclusão: A Doença de Crohn pode
evoluir para a forma estenosante. O uso de medicamentos
pouco absorvíveis no intestino delgado pode favorecer a
formação de farmacobezoar.
Fasciolíase Hepática - Diagnóstico
por CPRE
Temário: Endoscopia / Colangiopancreatografia
endoscópica retrógrada
Autores / Nome para referência / Instituição: CEZAR
FABIANO MANABU SATO / SATO, CFM / ICESP; MARCELO SIMAS
DE LIMA / LIMA, MS / ICESP; FÁBIO SHIGUEHISSA KAWAGUTI /
154 KAWAGUTI, FS / ICESP; SÉRGIO EIJI MATUGUMA / MATUGUMA, SE
/ ICESP; ADRIANA VAZ SAFATLE-RIBEIRO / SAFATLE-RIBEIRO, AV /
ICESP; FÁBIO FERRARI MAKDISSI / MAKDISSI, FF / ICESP; PAULO
SAKAI / SAKAI, P / HCFMUSP; FAUZE MALUF-FILHO / MALUF-
FILHO, F / ICESP.
Resumo
ID: G.S., masculino, 59 anos, procedente de São Paulo - SP;
HMA: Paciente com antecedente de colectomia esquerda
por adenocarcinoma em outro serviço, encaminhado ao
Instituto do Câncer da Faculdade de Medicina da Universi-
dade de São Paulo (ICESP-FMUSP) para avaliação devido
à possível doença metastática hepática. O perfil laborato-
rial aponta para colestase com aumento de enzimas cana-
liculares e hepatocelulares, com predomínio das primeiras.
Ao exame tomográfico, confirmam-se nódulos hepáticos,
linfonodomegalias em hilo hepático e tronco celíaco, e es-
pessamento do hepatocolédoco em toda a sua extensão.
À ecoendoscopia setorial, confirmam-se os achados da
tomografia, sendo realizada punção ecoguiada de um dos
linfonodos, com resultado anátomopatológico inconclusivo.
Solicitado estudo colangiográfico retrógrado com escovado
citológico para diagnóstico definitivo da lesão. Após a inje-
ção de contraste, notam-se falhas de enchimento móveis
em ducto hepático comum, além de “estrias horizontais”
de colédoco distal, indicando colangite. Optado por reali-
zar varredura da via biliar com cesto de Dormia (Vídeo).
Após a CPRE, o paciente foi avaliado pela Infectologia, a
qual prescreveu-lhe antiparasitário de amplo espectro e an-
tibióticos, devido à provável colangite bacteriana associada.
Após o procedimento, houve queda progressiva dos níveis
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
de enzimas canaliculares e hepatocelulares, tendendo à sua
normalização.
Fasciolose Hepática - Relato de
Caso
Temário: Endoscopia / Colangiopancreatografia
endoscópica retrógrada
Autores / Nome para referência / Instituição: LEONARDO
MONTEIRO VALLINOTO / VALLINOTO, LM / SANTA CASA - SP; JOAQUIM
ALVES DE CARVALHO JÚNIOR / CARVALHO, JA / SANTA CASA - SP; ROMEU
K. NAKAMURA / NAKAMURA, RK / SANTA CASA - SP; WAGNER VALENTINO
/ VALENTINO, W / SANTA CASA - SP; FABIO MARIONE / MARIONE, F /
SANTA CASA - SP; JOSÉ FLÁVIO DE ANDRADE SILVA / ANDRADE SILVA, JF /
SANTA CASA - SP; BRUNO LOUREIRO AGRASSAR / AGRASSAR, BL / SANTA
CASA - SP; SUZANA LUIZ MIRANDA / MIRANDA, SL / SANTA CASA - SP.
Resumo
A fasciolose hepática é uma zoonose causada pelo platelminto
fascíola hepática, que habita vias biliares de animais homeotermos.
Possui ciclo evolutivo heteroxênico, o caramujo é o hospedeiro
intermediário e o homem pode ser o hospedeiro definitivo. Este
trabalho objetiva relatar caso de doença rara com diagnóstico
atípico. Relato: Após condução do caso, revisão de prontuário
e de literatura. Paciente masculino, 26 anos, proveniente da
região do pantanal Boliviano, no Brasil há 03 anos. Queixa única
de dor em episódios no hipocôndrio direito por 40 dias. Os
exames séricos apresentaram queda de hemoglobina e discreto
aumento de transaminases e enzimas canaliculares. A tomografia
computadorizada evidenciou dilatação de vias biliares intra e extra-
hepáticas, a colangiorressonância apresentou formação irregular
com 2,5cm na junção dos ductos hepáticos, conferindo dilatação
das vias biliares à montante. Indicada a colangiopancreatografia
endoscópica retrógrada, revelando irregularidade da parede do
colédoco, além de imagens de falha de enchimento irregulares
e móveis, realizada a papilotomia, seguida de varredura com
balão extrator com exteriorização dos vermes. Mesmo a CPRE,
não sendo o método diagnóstico de escolha, mais invasivo e com
maior número de complicações em relação a principal forma de
diagnóstico (sorologia por imunofluorescência, reação de fixação
de complemento ou ELISA), pôde trazer benefício no caso atual,
firmando um diagnóstico não estabelecido previamente.
Fatores de Risco para Complicações,
Sucesso e Insucesso no Tratamento
Endoscópico da Coledocolitíase –
Análise Multivariada de 2137 CPERS
em 15 Anos
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para referência / Instituição: JÚLIO PEREIRA
LIMA / LIMA, JP / UFCSPA/SANTA CASA DE PORTO ALEGRE ; JOÃO
FRANCISCO NAVARRO REOLON / REOLON, JFN / UFCSPA/SANTA CASA DE
PORTO ALEGRE ; HAMZE BAHJAT BOU HAMIE / HAMIE, HBB / UFCSPA/
SANTA CASA DE PORTO ALEGRE; FERNANDA MUSA AGUIAR / AGUIAR, FM
/ UFCSPA/SANTA CASA DE PORTO ALEGRE; ADRIANO GARCIA / GARCIA,
A / UFCSPA/SANTA CASA DE PORTO ALEGRE ; DANIELA LEMOS MARQUES
/ MARQUES, DL / UFCSPA/SANTA CASA DE PORTO ALEGRE ; EUNICE
TONELOTO / TONELOTO, E / UFCSPA/SANTA CASA DE PORTO ALEGRE.
Resumo
Introdução/Objetivo: Os fatores de risco para complicações
pós CPER terapêutica em geral são bem estabelecidos. Neste
estudo, procuramos determinar quais os fatores de risco para
sucesso, insucesso e complicações da CPER em pacientes com
coledocolitíase. Matérias/Métodos: Entre 01/96 e 12/10
realizamos 5226 CPERs, das quais 2137 em pacientes com
coledocolitíase (x idade 57,3 (0,7-104) anos; 1458F e 679M). Os
pacientes eram contatados 48h pós procedimento e os resultados
armazenados em um sistema de base de dados. Resultados:
Limpeza da via biliar foi obtida em 2028 casos (94,9%) e houve
171 complicações (8%) – pancreatite 4,1%; sangramento 2,2%;
colangite 1%; perfuração 0,3%; outros 0,4%. 12 pacientes
faleceram. Em análise multivariada, os seguintes fatores eram
associados a sucesso: pancreatite aguda prévia e dilatação da
via biliar; a insucesso: papila pequena, dificuldade de canulação
(86,2% vs. 98,7% de sucesso) e pré-corte (79,4% vs. 96,4%). Os
fatores associados a complicações foram colangite, dificuldade
de canulação e pré-corte. A óbito foram associados: idade > 60
anos, colangite (4,3% vs. 0,3%), insucesso, complicações (5,8
vs. 0,1%) e dificuldade de canulação. Conclusão: Os principais
fatores de risco associados a complicações ou óbito após CPER
em pacientes com cálculo de colédoco são dificuldade de
canulação e insucesso (relacionados ao endoscopista)e colangite
à apresentação clínica e idade (relacionados ao paciente).
Fatores de Risco para Margem
Radial Positiva (≤1mm) após TEM
nos Pacientes com Câncer de Reto
Submetidos à Quimioradioterapia
Neoadjuvante
Temário: Cirurgia / Colon
Autores / Nome para referência / Instituição: PATRÍCIO LYNN
/ LYNN, P / IAJG; GUILHERME PAGIN SÃO JULIÃO / SÃO JULIÃO, GP / USP;
RODRIGO OLIVA PEREZ / PEREZ, RO / USP; IAJG; IGOR PROSCURSHIM /
PROSCURSHIM, I / USP; JOAQUIM GAMA-RODRIGUES / GAMA-RODRIGUES,
J / IAJG; ANGELITA HABR-GAMA / HABR-GAMA, A / IAJG.
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
Resumo
Introdução: A Microcirurgia Transanal Endoscópica (TEM)
é considerada uma alternativa viável à cirurgia radical em
pacientes selecionados. A margem de resseção circunferencial
positiva (≤1mm) é considerada como um marcador significativo
de recorrência local no câncer retal. A identificação de fatores
de risco para apresentar uma margem radial positiva pode
fornecer informação relevante para estabelecer critérios de
seleção para TEM como procedimento radical após tratamento
neoadjuvante. Métodos: Pacientes com adenocarcinoma
de reto distal avançado tratados com quimioradioterapia
neoadjuvante foram incluidos. Aqueles com regressão tumoral
significativa (tamanho ≤2cm ou ycT0-2N0) foram tratados com
TEM. Características clínicas, radiológicas e patológicas foram
comparadas para determinar fatores de risco para margem radial
positiva. Resultados: 28 pacientes foram incluídos. 3 com ypT0,
5 ypT1, 15 ypT2 e 5 ypT3. Nenhum paciente apresentou margem
de ressecção comprometida. Quatro pacientes apresentaram
margem circunferencial ≤1mm (média 0.8cm). O tamanho tumoral
final foi menor nos pacientes com margem radial ≤1mm. Estádio 155
inicial avançado, estádio final ypT avançado e graus de regressão
tumoral desfavoráveis (TRG0-2) não foram fatores de risco.
Conclusão: Uma margem radial ≤1mm pode estar presente em
até 15% dos pacientes tratados com TEM após quimioradioterapia
neoadjuvante. A margem radial não deve ser subestimada nos
tumores residuais de pequeno tamanho.
Fatores Preditivos de Refluxo Ácido
Anormal em Pacientes com Tosse
Crônica
Temário: Motilidade / Motilidade digestiva
Autores / Nome para referência / Instituição: CLAUDIA LAGE
ROTTENBERG / ROTTENBERG, CL / UFRJ; EPONINA MARIA DE OLIVEIRA
LEMME / LEME, EMO / UFRJ.
Resumo
Introdução: Acredita-se que 21% a 41% dos pacientes adultos
com tosse crônica, tenham como etiologia a doença do refluxo
gastroesofágico (DRGE), entretanto o reconhecimento dos
fatores preditivos de refluxo anormal nestes pacientes ainda não
esta claro na literatura. Objetivo: Avaliar a existência dos fatores
preditivos de DRGE em pacientes com tosse crônica. Casuística
e métodos: Estudamos prospectivamente 53 pacientes (média
de idade de 55 anos), com tosse crônica e RX de tórax normais,
não fumantes e não usuários de inibidor da Enzima de Conversão
da Angiotensina. Os quais foram submetidos a: Questionário de
sintomas, Endoscopia Digestiva Alta (EDA), Esofagomanometria
(EMN) e pHmetria esofagiana prolongada (pHm), e divididos

em dois grupos segundo resultado da pHm: grupo I (n = 20)
- com refluxo anormal e grupo II (n = 33) - com refluxo normal.
Analisamos as seguintes variáveis: Sintomas típicos (pirose,
regurgitação e pirose + regurgitação), Hérnia de Hiato (HH),
Motilidade Esofagiana Ineficaz (MEI), Hipotensão do Esfíncter
Esofagiano Inferior (hipoEEI) e Índice de sintomas na pHm (IS).
Resultados: hipoEEI e a MEI foram mais prevalentes no grupo
I (p = 0,032 e 0,049 respectivamente)). Nas outras variáveis:
pirose e/ou regurgitação, HH e IS (p = 0,36; 0,50; 0,31; 0,38
e 0,26 respectivamente) não houve diferença significativa.
Conclusão: Hipotensão do EEI e Motilidade Esofagiana Ineficaz
foram preditivos de refluxo ácido anormal em pacientes com tosse
crônica.
FDG-PET em Câncer de Esôfago
Estudo de Custo-Efetividade para
Sistema Único de Saúde (SUS)
Temário: Cirurgia / Esôfago
Autores / Nome para referência / Instituição: ALAN
156
MARSON / MARSON AG / HCFMUSP; RUBENS SALLUM / SALLUM
RAA / HCFMUSP; ARTUR COUTINHO / COUTINHO, A.M.N / INCOR
FMUSP; SERGIO SZACHNOWICZ / SZACHNOWICZ S / HC FMUSP;
IVAN CECCONELLO / CECCONELLO, I. / HC FMUSP; JOSÉ MENEGHETTI /
MENEGHETTI, J.C. / INCOR FMUSP; EVELINDA TRINDADE / TRINDADE,E.
/ INCOR FMUSP; JOSÉ SOARES / SOARES J / INCOR FMUSP;
Resumo
Introdução: A importância epidemiológica do câncer de esô-
fago no Brasil motiva o interesse do MS na contribuição da PET-
FDG em sua avaliação e o impacto da incorporação do método à
tabela SUS. Material e métodos: Estudo retrospectivo de 51
casos de câncer esofágico, entre junho/2006 e março/2008. Os
pacientes foram submetidos à biópsia, estadiamento convencional
(TC e EDA), além da PET. Resultados principais: Os custos do
tratamento foram analisados com e sem a incorporação da PET-
FDG. Observou-se mudança de estadiamento pela PET em 26
dos 51 casos (51%), aumentando a identificação de linfonodos/
metástases (upstaging) em 13 pacientes ou excluindo presença
em outros 13 (downstanging). As mudanças de conduta após
PET foram: cirurgia, de 31 pra 21 (67,7%); quimioterapia, de 27
para 25 e radioterapia de 34 para 35. Em 4 casos de upstaging
(26%), cuja conduta pós-PET foi modificada, indicou-se cirurgia
em 3. Em 13 casos onde a PET reduziu estadiamento (25%), a
conduta terapêutica foi modificada em 4, sendo que em dois hou-
ve suspensão de cirurgia programada. A inclusão da PET-FDG,
determinou economia de 25,5% dos recursos financeiros totais.
Conclusões: A PET-FDG mostrou-se custo-efetiva na condução
do câncer esofágico, justificando sua inclusão nas tabelas de pro-
cedimentos do SUS.
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
Fibromixoma Plexiforme - Relato
de Caso
Temário: Gastroenterologia / Estômago/Duodeno
Autores / Nome para referência / Instituição: LUIZ CARLOS
FORNASA JUNIOR / FORNASA JR. LC / HOSPITAL NOSSA SRA DA CONCEIÇÃO;
FABIO VIZEU MEDAGLIA FILHO / MEDAGLIA FILHO. FV / HOSPITAL NOSSA SRA
DA CONCEIÇÃO; LUIZ ARTHUR DE QUADROS / QUADROS. LA / HOSPITAL NOSSA
SRA DA CONCEIÇÃO; ARTHUR RADAELLI NICOLEIT / NICOLEIT. AR / HOSPITAL
NOSSA SRA DA CONCEIÇÃO; JAIME CESAR GELOSA SOUZA / GELOSA, JCS /
HOSPITAL NOSSA SRA DA CONCEIÇÃO; RICARDO REIS DO NASCIMENTO / REIS.
RR / HOSPITAL NOSSA SRA DA CONCEIÇÃO; FERNANDO MEDEIROS ANSELMO
/ ANSELMO. FM / HOSPITAL NOSSA SRA DA CONCEIÇÃO; DARLAN MEDEIROS
KESTERING / KESTERING. DM / HOSPITAL NOSSA SRA DA CONCEIÇÃO;
Resumo
Introdução: O Fibromixoma plexiforme (tumor miofibroblástico
angiomixoide plexiforme) é uma neoplasia mesenquimal gástrica
rara com poucos casos publicados, sem predileção por sexo ou fai-
xa etária. É caracterizado como um tumor mesenquimal não-GIST
(tumor estromal gastrointestinal). Relato de Caso: J.V, masculino,
28 anos que procura a emergência por dor abdominal em epigás-
trio e hipocôndrio direito associado a náuseas, vômitos, anorexia,
sem melhora com analgésicos simples. Paciente nega patologias
prévias, referindo apenas emagrecimento importante não intencio-
nal em poucos meses. Iniciado investigação com ultrassonografia
abdominal que evidência imagem ovoide em ângulo hepático. A
tomografia computadorizada mostra formação expansiva com
10,9 x 5,3cm em região gastroduodenal com realce heterogêneo
ao contraste endovenoso e à Endoscopia digestiva alta demonstra
lesão volumosa submucosa úlcerada em antro. Realizado gastrec-
tomia parcial, com evolução favorável e alta hospitalar no 4º pós-
operatório. A histologia evidência fibromixoma plexiforme. Exames
de controle após 1 ano não detectaram recidiva. Discussão:
Conforme os poucos relatos de casos publicados, o paciente em
questão apresenta sintomatologia semelhante aos demais, exceto
pela presença de hemorragia digestiva. O fibromixoma plexiforme é
provavelmente uma condição benigna devido a não observância de
relatos de metástases ou recorrências, sendo que todos os casos
foram em antro, condizente com o caso citado.
Fibromixoma Plexiforme Gastrico -
Relato de Caso
Temário: Cirurgia / Estômago
Autores / Nome para referência / Instituição: FABIO LUIS
WAECHTER / WAECHTER, FL / UFCSPA; THIAGO LUCIANO PASSARIN /
PASSARIN, TL / UFCSPA; UIRA FERNANDES TEIXEIRA / TEIXEIRA, UF
/ UFCSPA; JOSE ARTUR SAMPAIO / SAMPAIO, JA / UFCSPA; LUIS
PEREIRA LIMA / LIMA, LP / UFCSPA; MAURO NECTOUX / NECTOUX,
M / UFCSPA; LEANDRO DIAS CESAR / CESAR, LD / UFCSPA;
PAULO ROBERTO OTT FONTES / FONTES, PR / UFCSPA.
Resumo
Introdução: O fibromixoma plexiforme é neoplasia gástrica
rara, com ocorrência de cerca de 1 caso a cada 150 casos de
GIST. Acomete pacientes de ambos os sexos ,média de 41
anos. A lesão ocorre na região antral, podendo se estender ao
piloro e bulbo duodenal. Relato do Caso: Paciente masculi-
no 42 anos com queixa há 2 meses de dor epigástrica, asso-
ciado ao quadro referia empachamento epigástrico pós-pran-
dial, abaulamento epigástrico,apresentava-se descorado com
massa palpável no epigástrico, levemente dolorosa, móvel,
Endoscopia digestiva alta presença de abaulamento do antro
gástrico e ausência de lesão na mucosa. Tomografia compu-
tadorizada mostrou lesão sugestiva de GIST gástrico. Dis-
cussão: A neoplasia mede (média de 6,3cm) podendo ser
parcialmente intraluminal, intramural e até subserosa protrusa
e com formação de múltiplos nódulos submesoteliais. Úlcera-
ção da mucosa é observada em até 2/3 dos casos relatados.
A microscopia revela caracteristicamente padrão multinodular,
plexiforme de crescimento envolvendo a parede do estômago,
principalmente na muscular própria. Há expressão para actina
de músculo liso nas células neoplásicas da maioria dos casos
(80 a 100%) e negatividade para KIT, DOG-1, CD34, desmina
e proteína S-100. O fibromixoma plexiforme do estômago con-
siderado neoplasia de comportamento benigno.
Fibrose Pulmonar como
Manifestação da DRGE (Doença do
Refluxo Gastroesofagico)
Temário: Gastroenterologia / Esôfago
Autores / Nome para referência / Instituição: LETICIA
GABRICH FONTES / FONTES,LG; / UNIFESP; RENATA DI SORDI
GASINHATO / GASINHATO,RDS / UNIFESP; LAURA TOJEIRO CAMPOS
/ CAMPOS,LT / UNIFESP; ANDREA ELOY BAGNARIOLLI ACCURTI /
ACCURTI,AEB / UNIFESP; LUCIANA CAMACHO LOBATO / LOBATO,LC
/ UNIFESP.
Resumo
Introdução: A Fibrose Pulmonar é considerada manifestação
extra ou supraesofágica da DRGE. Detalhes desta associação,
no entanto, são desconhecidos em nosso meio. Objetivos:
Elucidar a frequência desta associação e suas características.
Casuística e Métodos: Os prontuários de 30 pacientes
(77% feminino; idade média 54,9; variação de 49-77 anos),
portadores de fibrose pulmonar atendidos no Ambulatório
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
de Motilidade Digestiva, UNIFESP, no período de 2007 a
2011, foram revistos quanto a presença de DRGE (EDA e/ou
pHmetria de 24 horas positivas), índice de sintomas, resposta
terapêutica e presença de outros agentes etiológicos para
fibrose pulmonar. Resultados: 54% dos pacientes tiveram
o diagnóstico de DRGE confirmado. A forma predominante
de refluxo é a não erosiva do tipo distal combinado (43%). A
DRGE foi a única etiologia identificada em 30% dos pacientes
e associada a doença reumatológica ou a outras etiologias
respectivamente em 50% e 20% dos casos. A presença de
índice de sintomas positivo é de ocorrência rara (19%). A
resposta terapêutica é maior nos pacientes com índice de
sintomas positivo (67%) e nos com DRGE isolada (30%).
Conclusão: DRGE pode ser comprovada em apenas metade
dos pacientes suspeitos sendo em sua maioria associada a
outras etiologias sabidamente causadoras de fibrose pulmonar.
A resposta terapêutica é pouco frequente e geralmente do
tipo parcial.
Fístula Aorto-Duodenal Secundária - 157
Relato de Caso
Temário: Endoscopia / Intestino delgado
Autores / Nome para referência / Instituição: FLAVIO
HEUTA IVANO / IVANO, F.H / HOSPITAL SUGISAWA; ANTONIO KATSUMI
KAY / KAY, A.K / HOSPITAL SUGISAWA; RENAR DE BRITO BARROS /
BARROS, R.B. / HOSPITAL SUGISAWA; ANA CRISTINA ISA / ISA, A.C.
/ HOSPITAL SUGISAWA; MATHEUS JACOMETO COELHO DE CASTILHO /
CASTILHO, M.J.C. / HOSPITAL SUGISAWA; WALEYD AHMAD OMAR /
OMAR, W.A. / HOSPITAL SUGISAWA; FERNANDA CRISTINA SILVA / SILVA,
F.C. / HOSPITAL SUGISAWA; LUCINEI STADNIK / STADNIK, L. / HOSPITAL
SUGISAWA.
Resumo
Introdução: A fístula aorto-duodenal é causa rara de sangra-
mento gastrointestinal alto. Apesar da mortalidade de quase
100% se não tratado, o tratamento cirúrgico e endovascular
podem elevar a taxa de sobrevivência para até 93%. As fístulas
aortoduodenais podem ser primárias, na maioria relacionadas
a aneurismas de aorta. Já as fístulas secundárias acontecem
em 0,3% a 2,3% dos pós-operatórios com prótese de aorta,
sendo muito mais comuns. Relato do Caso: S.M, 60 anos,
masculino, submetido a cateterismo e colocação de endo-
prótese aórtica em 2009. Paciente evoluiu com episódios de
sangramento gastrointestinal baixo neste ano. Realizou então
endoscopia digestiva alta que não determinou causa do san-
gramento. Realizada então enteroscopia que mostrou lesão
tumoral sangrante em transição de segunda para terceira por-
ção duodenal. Paciente foi submetido a tratamento endovas-
cular e com boa evolução, teve alta no 10º PO. Discussão/

Conclusão: A presença de fístulas aortoduodenais pós tra-
tamento de aneurismas de aorta é cada vez mais associado ao
seu tratamento endovascular, cerca de 1.8% dos casos. O sítio
principal de fístulas é o duodeno distal. São de difícil diagnós-
tico, exigindo alto grau de suspeição e adequada investigação
com exames de imagem. O tratamento endovascular é o gran-
de fator de mudança na evolução desses pacientes.
Fístula Duodeno - Cólica em Criança
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para referência / Instituição: RAFAEL DOS
SANTOS SOUZA / SOUZA, RS / UNIFESP; FABIOLA DE ANGELE FERREIRA /
FERREIRA, FA / UNIFESP; RENATA KELLY LEPRE / LEPRE,RK / UNIFESP;
GRAZIELA CORREA VOGEL / VOGEL, GC / UNIFESP; ALESSANDRA MIGOTTO
/ MIGOTTO, A / UNIFESP; SERGIO GODOY RODRIGUES / RODRIGUES, SG
/ UNIFESP.
Resumo
158
Objetivo: Relatar um caso de fístula duodeno-cólica. Relato
de caso: V.B., masculino, 17 anos; refere que aos 5 anos de
idade apresentou melena e dor periumbilical e epigástrica, sem
irradiação, que durava alguns minutos, às vezes piorando com
a alimentação e seguido de náuseas e vômitos. A dor persistiu
diariamente, acompanhada de clocking e perda de peso. AMP
e Familiares: NDN; Exame físico: Consciente e orientado no
tempo e espaço, afebril, acianótico, anictérico, eupneico; AP e
AC: Sem alterações; Abdome: Plano, flácido, doloroso à palpação
superficial e profunda em região epigástrica e mesogástrica, sem
irradiação, sem visceromegalias;Extremidades sem alterações
Resultado de EDA: Úlcera duodenal gigante com fístula
duodeno-cólica em segunda porção duodenal Realizadas
biópsias e iniciado lansoprazol 30mg/dia. Histopatológico:
Duodenite crônica ativa com metaplasia gástrica em duodeno e
intensa eosinofilia. Antro: histologia normal e negativa para H.
pylori. Dosagem de gastrina plasmática: normal ( 45pg).
Conduta: Antrectomia com vagotomia troncular e reconstrução
em Y-de-Roux, fechamento da fístula e anastomose cólon-cólon
látero-lateral.
Fístula Toracobiliar, uma Rara
Complicação da Colangiografia
Transparieto Hepática - Relato de Caso
Temário: Gastroenterologia / Pâncreas e Vias Biliares
Autores / Nome para referência / Instituição: SÍLVIA
MARASCO / MARASCO, C / HSL/PUCRS; ARI BEN-HUR STEFANI LEÃO /
LEÃO, AB / HSL/PUCRS; CARLOS KUPSKI / KUPSKI, C / HSL/PUCRS;
MAICO NICODEM / NICODEM, M / HSL/PUCRS.
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
Resumo
Introdução: A fístula toracobiliar é uma entidade rara, sendo
mais comum pós-traumática, tendo raríssimos relatos descritos
pós colangiografia transparieto hepática (CTPH). Pode ficar li-
mitada ao espaço pleural ou envolver parênquima pulmonar.
Apresentação clínica se caracteriza por dispneias, dor torá-
cica, febre e expectoração de fluído biliar (patognomônico).
Tratamento geralmente é conservador, com drenagem tórax e
desobstrução da via biliar. Este relato de caso é sobre uma
paciente com biliotórax pós CTPH. Relato de Caso: Femini-
no, 54 anos, internada por colédocolitíase, impossibilidade de
acesso da via biliar por CPER (papila dentro de um divertículo
gigante), optado pela realização de CTPH com colocação de
fio-guia até o duodeno (técnica de Rendez-Vous) o que possi-
bilitou o acesso da via biliar por CPER, com realização de pa-
pilotomia e limpeza da via biliar. Após cerca de 24h a paciente
evoluiu com dor torácica à direita, tosse e insuficiência respi-
ratória. Ao Rx e CT de tórax presença de volumoso derrame
pleural à direita. Realizado drenagem de tórax com saída de
secreção biliar e boa evolução clínica. Conclusão: O acesso
da via biliar com fins terapêuticos muitas vezes requer o uso
CTPH, sendo que esta técnica pode apresentar uma ampla
gama de complicações. O quadro apresentado chama a aten-
ção para um acontecimento raro (apenas 2 relatos na literatura
inglesa) mas que deve ser lembrado nos casos de pacientes
com sintomas respiratórios no período pós-procedimento.
Fístulo-Papilotomia para Acesso à
Via Biliar
Temário: Endoscopia / Colangiopancreatografia
endoscópica retrógrada
Autores / Nome para referência / Instituição: NELSON MAEDA
MACHADO / MACHADO, NM / HEB; ADRIANO VISCONTI FACHIN /
FACHIN, AV / HEB; MARCELO VASCONCELLOS ANGELOTTI / ANGELOTTI,
MV / HEB; MÁRCIO AUGUSTO FERREIRA / FERREIRA, MA / HEB;
SORAIA MARIA FÉRES MAEDA / MAEDA, SMF / HEB; IRIO GONÇALVES
JÚNIOR / GONÇALVES JR.,I / HEB.
Resumo
Introdução: A dificuldade de canulação profunda do ducto
biliar, pode levar a necessidade de procedimentos mais invasivos
e algumas vezes com um índice de complicações mais elevado.
Podemos citar o pré-corte, a infundibulotomia ou fístulo-
papilotomia, a papilectomia, acessos combinados percutâneos
e endoscópicos, e a dissecção endoscópica do trato biliar
distal como variações alternativas à técnica standart. Objetivo:
Avaliar os resultados da fístulo-papilotomia para o acesso à via
biliar nos pacientes do nosso Serviço. Material e Métodos:
No período de novembro de 2003 a agosto de 2011, foram
realizadas 461 CPREs em 445 pacientes, em nosso Serviço.
Em 48 desses pacientes foi empregada a fístulo-papilotomia,
para acesso à via biliar, devido ao insucesso na canulação
habitual. Resultados: Em 48 pacientes foi utilizada a fistulo-
papilotomia, obtendo acesso à via biliar e sua opacificação em
39 pacientes (81,3 %) no primeiro exame; e em 2 pacientes
em um segundo exame, elevando o acesso à via biliar pelo
método em 85,4%. Não foi obtida a opacificação da via biliar
em 5 pacientes. Dos 48 pacientes tivemos 3 complicações
(6,3%), sendo 2 sangramentos durante o exame interrompido
por coagulação, sem necessidade de reposição sanguínea e
uma pancreatite aguda de intensidade moderada. Conclusão:
Podemos concluir que a fístulo-papilotomia, pode ser utilizada
como recurso técnico na falha da canulação da via biliar.
Formação de Cálculo na Via Biliar
após Transplante Hepático - Relato
de Caso e Revisão da Literatura
Temário: Gastroenterologia / Pâncreas e Vias
Biliares
Autores / Nome para referência / Instituição:
MAÍRA SILVA DE GODOY / GODOY, MS / HSI; MARCELO AUGUSTO
SCHEIDEMANTEL NOGARA / NOGARA, MA / HSI; RODRIGO BERTOLDO
/ BERTOLDO, R / HSI.
Resumo
Introdução: Complicações biliares após transplante hepático
são condições frequentes e responsáveis por aumento da mor-
bidade e da mortalidade. Formação de cálculos biliares e lama
biliar são complicações menos comuns (0,5-7,4%). Os fatores de
risco mais associados aos cálculos de vias biliares, são: estenose
ou trombose da artéria hepática, patologia de ducto biliar, tera-
pia imunossupressora, incompatibilidade ABO, rejeição celular,
colesterol total ≥ 200 mg/dL e triglicerídeos ≥ 150 mg/dL. Ob-
jetivo e Método: Relatamos o caso de um paciente masculino
de 46 anos, que após seis meses do transplante hepático foi in-
ternado no setor de gastroenterologia e hepatologia do Hospital
Santa Isabel de Blumenau-SC, por apresentar aumento das en-
zimas canaliculares durante consulta ambulatorial e, que durante
a investigação, foi submetido a um exame ultrassonográfico do
abdome que evidenciou a presença de cálculo no ducto biliar co-
mum proximal. Conclusão: Sabe-se que a formação de cálcu-
los na via biliar corresponde à complicação biliar menos comum
após o transplante hepático, porém sua presença está associada
a um aumento nas taxas de morbidade e mortalidade. Há uma
tendência à indicação de intervenções não cirúrgicas, em espe-
cial abordagens endoscópicas, para a realização de diagnósticos
precoces e medidas terapêuticas adequadas.
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
Fundoplicatura Laparoscópica - Follow-
Up de 14 Anos
Temário: Cirurgia / Esôfago
Autores / Nome para referência / Instituição: CARLOS
ANDRADE DE ALMEIDA / ANDRADE, CA / HOSPITAL PORTUGUÊS - SALVADOR
- BAHIA; MARIA DA CONCEIÇÃO GALVÃO / GALVÃO, MC / CLÍNICA GASTRO -
SALVADOR - BAHIA; BRUNO DA SILVEIRA ALMEIDA / ALMEIDA, BS / HOSPITAL
PORTUGUÊS - SALVADOR - BAHIA; MARCUS VINICIUS XAVIER / XAVIER, MV /
HOSPITAL ANA NERY - SALVADOR-BAHIA; MARIA ADÉLIA ALMEIDA / ALMEIDA,
MA / MEMORIAL ITAIGARA - SALVADOR - BAHIA; MARCIA SACRAMENTO DE
ARAÚJO FELIPE / FELIPE, MSA / CENTRO BAHIANO DE GASTRO E HEPATOLOGIA
-SALVADOR - BAHIA; RODRIGO JOSÉ FELIPE / FELIPE, RJ / CENTRO BAHIANO DE
GASTRO E HEPATOLOGIA - SALVADOR - BAHIA.
Resumo
Introdução: Doença do refluxo é condição de alta prevalência na
população mundial. A cirurgia videolaparoscópica é considerada
uma abordagem eficaz para o tratamento da dessa patologia. É
159
importante a avaliação dos resultados a longo prazo para definição
de conduta. Objetivo: Avaliar sintomas, complicações e grau de
satisfação em pacientes submetidos a fundoplicatura laparoscópica.
Métodos: 191 pacientes foram avaliados de Jan/1997 a Maio/2011
através de questionário padronizado e endoscopia. Recidiva foi
definida como presença de sintomas típicos, atípicos e/ou esofagite.
Resultados: O tempo de acompanhamento variou de 1 a 144
meses, com média de 47,92 ± 36,48 meses. A idade média foi de
48,35 ± 13,19 anos, sendo 108 (56,5%) homens. Em 189 (99,5%)
pacientes o motivo da cirurgia foi esofagite erosiva, sendo que 12
(6,3%) tinham Barrett e 41 (21,5%) tinham hérnia hiatal. O grau de
satisfação foi considerado excelente por 161 (84,3%) pacientes. A
recidiva foi observada em 29/191 (15,2%) pacientes, sendo 18/124
(14,5%) até 5 anos e 11/67 (16,4%) acima de 5 anos. Dos pacientes
que tiveram recidiva, vinte e seis tiveram esofagite comprovada pela
endoscopia, sendo 16/26 (61,5%) no grupo até 5 anos e 10/26
(38,5%) acima de 5 (p=0,54). Conclusão: A fundoplicatura foi
considerada um método eficaz para DRGE a longo prazo, com
excelente grau de satisfação dos pacientes.
Gasto Energético Basal Medido por
Calorimetria Indireta em Pacientes com
Carcinoma Epidermoide de Esôfago
Temário: Cirurgia / Esôfago
Autores / Nome para referência / Instituição: ANDRÉ RICARDO
PEREIRA DA ROSA / ROSA, AR / UFRGS; CAMILA BELTRAME BECKER /
BECKER, CB / UFRGS; LÉA TERESINHA GUERRA / GUERRA, LT / UFRGS;
SHANA SOUZA GRIGOLETTI / GRIGOLETTI, SS / UFRGS; CLEBER DARIO PINTO
KRUEL / KRUEL, CD / UFRGS.

Resumo
Introdução: A avaliação precisa do Gasto Energético Basal
(GEB) é importante para o planejamento adequado das neces-
sidades energéticas. Objetivo: Determinar o GEB através da
calorimetria indireta (CI) em pacientes com carcinoma epider-
moide de esôfago (CEE). Métodos: Estudo transversal com 30
pacientes internados com CEE submetidos à CI antes de iniciar a
terapia oncológica. O GEB foi estimado pela Equação de Harris e
Benedict (EHB). A avaliação nutricional incluiu dados antropomé-
tricos (Índice de Massa Corporal, circunferência do braço, dobra
cutânea triciptal, circunferência muscular do braço e perda de
peso), bioquímicos (albumina, transferrina e proteína C reativa) e
relativos à composição corporal através da bioimpedância. Além
disso, foram avaliados a capacidade pulmonar e o estadiamento
clínico (método TNM). Resultados: A média do GEB pela CI
foi de 1.421,8 ± 348,2 kcal e pela EHB de 1.310,6 ± 215,1 kcal,
diferença estatisticamente significativa (p= 0,014). Não houve as-
sociação entre o GEB pela CI e o estadiamento (p=0, 255) e o Ín-
dice de Tiffeneau (p=0,946). Não foram encontradas associações
160 significativas entre alterações de exames laboratoriais e o GEB
pela CI (p= 0,364, 0,309 e 0,780, respectivamente). Conclusão:
O GEB de pacientes com CEE foi subestimado pela EHB. Os fato-
res que mais contribuem no GEB são o Índice de Massa Corporal
e o percentual de massa magra.
Gastrectomia Subtotal com
Linfadenectomia D2 por
Videolaparoscopia
Temário: Cirurgia / Estômago
Autores / Nome para referência / Instituição: EDNO TALES
BIANCHI / BIANCHI, ET / HCFMUSP; THIAGO SHIGUEYOSHI OTSUZI / OTSUZI,
TS / HCFMUSP; ANDRE RONCON DIAS / DIAS, AR / HCFMUSP; BRUNO
ZILBERSTEIN / ZILBERSTEIN, B / HCFMUSP; ULYSSES RIBEIRO JUNIOR / RIBEIRO
JR, U / HCFMUSP; IVAN CECCONELLO / CECCONELLO, I / HCFMUSP.
Resumo
Introdução: A gastrectomia por videolaparoscopia com
linfadenectomia a D2 vem se tornando cada vez mais aceita
como tratamento de neoplasia de estômago mesmo com
o risco de metástase linfonodal. Objetivo: Demonstrar a
técnica de gastrectomia subtotal com enfoque também na
linfadenectomia D2 por meio de um vídeo obtido em um
dos pacientes tratados em nossa instituição. Método: Após
posicionar paciente em decúbito dorsal horizontal com pernas
abertas, é realizado a cirurgia por meio de 5 portais, dispostos
de maneira semilunar em região infraumbilaical e um acesso
epigástrico para afastador de fígado. Os passos cirúrgicos
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
são similares à técnica aberta convencional e demonstramos
que a mesma linfadenectomia é possível de ser realizada. A
reconstrução é em Y-de-Roux totalmente por videolaparoscopia
sem necessidade de incisão auxiliar, e a peça é retirada em
pequena incisão, neste caso, realizado em cicatriz prévia.
Resultado/Conclusão: A técnica por videolaparoscopia
é viável para tratamento de neoplasia gástrica, não sendo o
tempo cirúrgico maior e demonstramos que a linfadenectomia
é adequada para tratamento oncológico.
Gastrectomia Total a D2
Videolaparoscópica
Temário: Cirurgia / Estômago
Autores / Nome para referência / Instituição:
FABIANA MATOS BARBOSA / BARBOSA, FM / HOSPITAL SÃO VICENTE
- CURITBA; ANTONIO CARLOS ROSA SENA / SENA, ACR / HOSPITAL
SÃO VICENTE - CURITIBA; DANIEL SEIGUI KAIO / KAIO, DS /
HOSPITAL SÃO VICENTE - CURITIBA; TIAGO KUCHNIR MARTINS DE
OLIVEIRA / OLIVEIRA, TKM / HOSPITAL SÃO VICENTE - CURITIBA;
FELIPE PEDROTI LOCATELLI / LOCATELLI, FP / HOSPITAL SÃO VICENTE
- CURITIBA; ANGELO CECCHINI / CECCHINI, ARS / HOSPITAL SÃO
VICENTE - CURITIBA; RAYSSA SENA / SENA, R / HOSPITAL SÃO
VICENTE - CURITIBA; LUCIANA COLLAÇO / COLLAÇO, LW / HOSPITAL
SÃO VICENTE - CURITIBA;
Resumo
Introdução: Apresentação de vídeo: gastrectomia total
a D2 videolaparoscópica Objetivo: Apresentar um vídeo
toda a dissecção linfonodal necessária em uma gastrec-
tomia a d2 por videolaparoscopia Método: Paciente de
37 anos com eda e anatomia patologia mostrando ade-
nocarcinoma pouco diferenciado de antro com celulas
em anel de sinete. Optado pela gastrectomia toal devido
posição de tumor e agressividade do tipo histológico.
Começamos pela incisão supra umbilical, visualização de
localização de orgão e posicionamentos de demais tro-
cateres sob visão direta. Resultado: Cirurgia iniciada
pela abertura retroperitôneo através do ligamento gas-
tro-cólico. Ressecção de todo grande omento. Exposição
de pâncreas e dissecção de duodeno com sua secção.
Dissecção de todo tecido peri artéria leinal, hepática di-
reita e tronco cleiaco com bisturi armônico. Dissecção de
pequeno omento e exposição de esôfago com sua sec-
ção. Ligadura de artéria e veia gástrica direita e esquerda.
Retirada de cadeias linfonodais de 1 a 11. Reconstrução
em Y-de-Roux com ileostomia protetora. Retirado peça
com sua abertura e visualização de tumor. Conclusão:
A videogastrectomia total a D2 é factível se realizada por
cirurgiões experientes, sendo alinfadenectomia satisfa-
tória, seguindo preceitos oncológicos já estabelecidos.
Gastrectomia Vertical
Videolaparoscópica como Indicação
de Cirurgia Bariátrica no Abdome
com Difícil Acesso ao Andar
Inframesocólico
Temário: Cirurgia / Obesidade
Autores / Nome para referência / Instituição: MARCO
AURELIO SANTO / SANTO, MA / HOSPITAL DAS CLÍNICAS - FACULDADE DE
MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (FMUSP); DENIS PAJECKI
/ PAJECKI, D / HOSPITAL DAS CLÍNICAS FMUSP; DANIEL RICCIOPPO
/ RICCIOPPO, D / HOSPITAL DAS CLÍNICAS FMUSP; FLAVIO MASATO
KAWAMOTO / KAWAMOTO, FM / HOSPITAL DAS CLÍNICAS FMUSP; ALLAN
GARMS MARSON / MARSON, AG / HOSPITAL DAS CLÍNICAS FMUSP;
RENATO CATOJO SAMPAIO / SAMPAIO, RC / HOSPITAL DAS CLÍNICAS
FMUSP; RICHARD DIEGO DE MORAIS / MORAIS, RD / HOSPITAL DAS
CLÍNICAS FMUSP; IVAN CECCONELLO / CECCONELLO, I / HOSPITAL DAS
CLÍNICAS FMUSP.
Resumo
Objetivo: Pacientes superobesos (SO) com paredes
ou cavidades abdominais complicadas, realizamos em
3 casos gastrectomia vertical laparoscópica, visando a
obtenção de emagrecimento inicial previamente ao tra-
tamento definitivo. Material: Três pacientes SO foram
operados. Dois apresentavam hérnias incisionais gigan-
tes, e outro colostomia a Hartmann e extensa hérnia
paracolostômica. Com hérnia grandes, cirurgias prévias,
alta probabilidade de aderências, os riscos envolvidos
em um tratamento com grande mobilização visceral ,
presente na gastroplastia em Y Roux, associando-se a
correção da hérnia em um mesmo tempo, seriam muito
elevados. Optou-se então pela realização de gastrecto-
mia vertical laparoscópica, sem tratamento das altera-
ções abdominais associadas, deixando-se para correção
destas após a perda de peso. Resultados: As cirurgias
transcorreram sem intercorrências, sem necessidade de
abordagem de aderências, restritas em sua maioria ao
andar inframesocólico. Não houve necessidade de aces-
so às regiões dos defeitos de parede para punções de
trocáteres. Os 3 pacientes apresentaram boa recupera-
ção, com mobilização precoce, ingestão oral no PO2, e
alta no PO3. Seguem com perdas ponderais dentro da
curva esperada para a técnica. Conclusão: A gastrec-
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
tomia vertical laparoscópica mostrou-se uma boa opção
em casos de grandes defeitos de parede e abdome com-
plicado no andar inferior, uma vez que a abordagem mi-
nimamente invasiva e restrita ao estômago é uma tática
segura.
Gastrite Linfocítica em Paciente com
Doença Celíaca e Diabetes Melittus
Insulino-Dependente
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva
pediátrica
Autores / Nome para referência / Instituição: BEATRIZ JOHN
DOS SANTOS / SANTOS BJ / HCC HNSC; ANA REGINA LIMA RAMOS
/ RAMOS ARL / HCC; RAQUEL BORGES PINTO / PINTO RB / HCC;
GERUZA MARA HENDGES / HENDGES GM / HCC; VALENTINA DE OLIVEIRA
PROVENZI / PROVENZI VO / HNSC; ALEXANDRA CAUDURO PONSO /
PONSO AC / HNSC.
161
Resumo
Introdução: Gastrite linfocítica é uma entidade
histológica caracterizada por acentuada linfocitose
intra-epitelial da mucosa gástrica (3 a 25 linfócitos/100
células epiteliais). Sua causa não é estabelecida, mas
foi associada com doença celíaca (DC), infecção por
Helicobacter pylori, adenocarcinoma gástrico e linfoma
gástrico primário. Objetivo: Descrever um caso de
paciente diabético insulino-dependente (DMID)
com DC e gastrite linfocítica. Caso clínico: Paciente
com 12a9m, masculino, com DMID desde os 4 anos,
encaminhado para investigar distensão abdominal, baixo
peso e estatura. Nega história de Diarreia ou constipação.
Ao exame: Peso: 26.900 kg (P5-10) e Comp: 130cm
(<P15). Abdome distendido, sem megalias. Endoscopia
digestiva alta (EDA) com biópsias foi compatível com DC
e orientada dieta isenta de glúten. Devido à persistência
de baixa estatura e anticorpo anti-transglutaminase IgA
reagente, foi repetida EDA após 1a5m. EDA: Pangastrite
endoscópica nodular de corpo e antro moderada.
Urease: negativo. Biópsias: esôfago: SP, duodeno: SP,
estômago: infiltrado intraepitelial por linfócitos maduros
no antro e corpo, mais acentuado no corpo e com mais
de 25 linfócitos/100 células epiteliais, pesquisa de HP
negativo. Conclusões: Apesar de estar relatada em ate
45% de pacientes com DC, a gastrite linfocítica é um
achado pouco comum no nosso meio. Parece ser um
reflexo na mucosa gástrica das alterações encontradas
no duodeno em pacientes celíacos.

Gastroduodenopancreatectomia por
Videolaparoscopia. Análise de Cinco
Casos
Temário: Cirurgia / Pâncreas
Autores / Nome para referência / Instituição: RICARDO
JUREIDINI / JUREIDINI, R / ICESP - FMUSP; GUILHERME N. NAMUR /
NAMUR, GN / HC - FMUSP; THIAGO C. RIBEIRO / RIBEIRO, TC / HC
- FMUSP; GUILHERME H. GARCIA / GARCIA, GH / FMUSP; ESTELA R.
R. FIGUEIRA / FIGUEIRA, ERR / HC - FMUSP; ULYSSES RIBEIRO JR. /
RIBEIRO JR., U / ICESP - FMUSP; TELESFORO B. / BACCHELLA, T / HC -
FMUSP; IVAN CECCONELLO / CECCONELLO, I / HC - ICESP - FMUSP.
Resumo
A duodenopancreatectomia videolaparoscópica, ainda
não é amplamente realizada para o tratamento das ne-
oplasias periampulares. As técnicas cirúrgicas não são
uniformes e vários cirurgiões a realizam com dispositivos
para auxílio manual ou pequenas incisões para a recons-
162 trução com técnica habitual. Atualmente, 87 operações
totalmente laparoscópicas foram publicadas e existem
poucos dados para uma comparação com DP abertas.
No presente momento, questões relativas à adequação
das margens oncológicas e o número de linfonodos res-
secados estão sendo avaliadas. Analisaram-se cinco pa-
cientes operados entre 2009 e 2011. As variáveis foram o
tipo de reconstrução, taxa de conversão, tempo operató-
rio, perda sanguínea, tempo de internação, seguimento,
complicações, mortalidade, recuperação de linfonodos
e margens. Todas as operações foram realizadas total-
mente por videolaparoscopia. Não houve conversões. A
perda sanguínea estimada foi de 100ml.O tempo médio
de internação foi de 9 dias. O seguimento médio foi de
12 meses. A taxa de complicação global foi de 40% e
houve um óbito. O número médio de linfonodos recupe-
rados foi de 20, todas as margens de ressecção foram
negativas. Conclui-se que a DP videolaparoscópica pode
ser realizada com segurança em casos selecionados. Os
objetivos oncológicos de ressecção pancreática podem
ser alcançados. A aplicação de critérios rigorosos de ele-
gibilidade e maiores casuísticas poderão demonstrar os
benefícios da abordagem minimamente invasiva.
Gastroenterite Eosinofílica -
Relato de Caso
Temário: Cirurgia / Miscelânia
Autores / Nome para referência / Instituição: LEANDRO
OLIVEIRA MARTIN / MARTIN, LO / UNIARA- SANTA CASA DE ARARAQUARA;
FILIPE PANSANI ALBORGHETTI / ALBORGHETTI, FP / UNIARA- SANTA CASA
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
DE ARARAQUARA; CARLOS ROBERTO GRIZZO MESSENBERG / MESSENBERG,
CRG / UNIARA- SANTA CASA DE ARARAQUARA; LEONARDO AKIRA PINEZE
/ PINEZE, LA / UNIARA- SANTA CASA DE ARARAQUARA; LUCY JUNKA
YAMAMOTO / YAMAMOTO, LJ / UNIARA- SANTA CASA DE ARARAQUARA; JOSE
MICHEL HADDAD / HADDAD, JM / UNIARA- SANTA CASA DE ARARAQUARA;
GUILHERME FOCCHI HADDAD / HADDAD, GF / UNIARA- SANTA CASA DE
ARARAQUARA.
Resumo
A gastroenterite eosinofílica é uma condição clínica rara,
ocorrendo geralmente entre as 3ª e 5ª décadas, caracte-
rizada por sintomas gastrointestinais e eosinofilia perifé-
rica presente em mais de 50% dos casos. Objetivo: Re-
latar caso de gastroenterite eosinofílica e realizar revisão
do tema. Casuística: Paciente masculino, 31 anos, com
dor abdominal há 7 dias associado a náuseas, distensão
abdominal e irritação peritoneal. Laparotomia explora-
dora prévia. Exame Laboratorial: Leucócitos: 25.800/
mm3 – 26% de eosinófilos. A radiografia de abdome sem
alteraçoes e US evidênciava moderada quantidade de
líquido na cavidade peritoneal. Optado por laparotomia
exploradora sendo observada grande quantidade de lí-
quido livre e lesões hiperêmicas difusas de padrão sal-
teado pelo intestino delgado e parede gástrica. Foi rea-
lizada endoscopia intraoperatória sendo visualiza edema
da mucosa em região antropilórica. Colhido biópsia da
parede gástrica e o estudo anatomopatológico revelou
processo inflamatório crônico rico em eosinófilos em te-
cido fibromuscular. Iniciado corticoterapia no 1º PO com
melhora clínica e diminuição dos níveis séricos de eosinó-
filos preogressivmente. Alta no 6ºPO com corticoterapia.
Conclusão: A gastroenterite eosinofílica, apesar de ser
uma entidade clínica rara, pode cursar com sintomas de
abdome agudo, devendo os cirurgiões lembrarem desta
possibilidade diagnóstica, a fim de evitarem ressecções
cirúrgicas extensas e talvez desnecessárias.
Gastroenterite Eosinofílica:
Variabilidade Clínica de uma
Rara Doença
Temário: Gastroenterologia / Estômago / Duodeno
Autores / Nome para referência / Instituição: DIOGO
HENRIQUE SALIBA DE SOUZA / SOUZA, DHS / UFG; LARISSA FERNANDES
MAIA BARBOSA / BARBOSA, LFM / UFG; RODRIGO OLIVEIRA XIMENES /
XIMENES, RO / UFG; MIRELA REBOUÇAS FERNADES DE LIMA / LIMA, MRF
/ UFG; ANA CAROLINA DE PAULA MACHADO / MACHADO, ACP / UFG;
VANESSA TAVARES DE FREITAS / FREITAS, VT / UFG; MAURO BAFUTTO /
BAFUTTO, M / UFG; JOFFRE REZENDE FILHO / REZENDE FILHO / UFG.
Resumo
Introdução: A gastroenterite eosinofílica (GE) é uma
doença inflamatória rara, caracterizada por infiltração
eosinofilica do trato gastrointestinal (TGI) e se manifesta
de acordo com o envolvimento histológico do TGI.
Objetivo: Relatar três casos distintos de GE. Relato
dos Casos: Caso 1 - Mulher, 60 anos, dispepsia com
episódios de diarreia aquosa. Eosinofilia periférica.
Infiltrado eosinofílico em duodeno. Diagnóstico:
dispepsia e síndrome disabsortiva por GE. Caso 2 –
Homem, 29 anos, diarreia líquido-pastosa com distensão
abdominal. Hipoalbuminemia, eosinofilia periférica e
infiltrado eosinofílico em duodeno. Enterotomografia:
sinais de pseudo-obstrução intestinal. Diagnóstico: semi-
oclusão intestinal por GE. Caso 3 – Homem, 39 anos,
dispepsia, há 20 dias com dor e distensão abdominal.
Semi-círculo de Skoda ao exame. Eosinofilia periférica.
Ultrassom de abdome: ascite leve. Paracentese: ascite
eosinofílica (AE). Infiltrado eosinofílico em duodeno.
Diagnóstico: GE com comprometimento seroso.
Todos tratados com corticoterapia com sucesso.
Discussão: Trata-se de casos de GE cuja clínica se
desenvolveu de acordo com a infiltração histológica
do TGI. O envolvimento mucoso levou a dispepsia e
disabsorção no caso 1. O acometimento muscular, no
caso 2, determinou pseudo-obstrução intestinal. O caso
3 apresentou AE devido comprometimento da serosa.
Conclusão: A GE, apesar de rara, deve ser incluída
no arsenal diagnóstico de casos envolvendo o TGI com
eosinofilia periférica.
Gastroenteropatia Perdedora de
Proteínas Secundária a Doença de
Crohn – Relato de Caso
Temário: Gastroenterologia / Intestino
Autores / Nome para referência / Instituição:
VANESSA TAVARES DE FREITAS / FREITAS, VT / UNIVERSIDADE
FEDERAL DE GOIÁS; ANA CAROLINA DE PAULA MACHADO /
MACHADO, ACP / UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS; LARISSA
FERNANDES MAIA BARBOSA / BARBOSA, LFM / UNIVERSIDADE
FEDERAL DE GOIÁS; DIOGO HENRIQUE SALIBA DE SOUZA /
SOUZA, DHS / UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS; MIRELA
REBOUÇAS FERNANDES DE LIMA / LIMA, MRF / UNIVERSIDADE
FEDERAL DE GOIÁS; SALUSTIANO GABRIEL NETO / N, SG /
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS; MAURO BAFUTTO / BAFUTTO,
M / UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS; RODRIGO OLIVEIRA
XIMENES / XIMENES, RO / UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS.
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
Resumo
Introdução: A gastroenteropatia perdedora de
proteínas (GepP) é uma síndrome caracterizada por
perda excessiva de proteínas pelo trato gastrointestinal,
determinando hipoproteinemia, edema e, em alguns
casos, derrames cavitários. Objetivo: Relatar um
caso de GepP secundária à Doença de Crohn (DC).
Relato: Feminino, 58 anos, há 9 meses com perda
ponderal, ascite e edema de membros inferiores (MMII).
Episódios de diarreia sem investigação diagnóstica.Ao
exame: emagrecida, distensão abdominal, ascite leve e
edema de MMII. Bioquímica: anemia, hipoalbuminemia.
VHS e PCR elevados. Pesquisa de doença celíaca e
HIV: negativas. Endoscopia e colonoscopia: normais.
Trânsito de delgado: dilatação jejunal e espessamento
de íleo proximal. Enteroscopia: delgado com mucosa
brancacenta, friável, úlcerações recobertas por fibrina e
a 15 cm das lesões, subestenose impedindo progressão
do aparelho, compatível com DC. Sugerido diagnóstico
de GepP secundário à DC, foi iniciado tratamento com 163
adalinumab e prednisona. Discussão: A GepP surge
devido aumento da permeabilidade da mucosa secundário
a lesões celulares, obstrução linfática ou erosões ou
úlcerações da mucosa. No presente caso, a GepP foi
secundária a DC, cujo diagnóstico foi determinado pela
enteroscopia, que demonstrou achados endoscópicos
frequentes nessa entidade clínica. Conclusão: A
DC deve ser sempre considerada em casos de GepP,
síndrome esta que corresponde a um dos diagnósticos
diferenciais de pacientes com hipoproteinemia severa.
Gastrojejunostomia em Câncer
Gástrico Irressecável: Procedimento
de Septação Gástrica
Temário: Cirurgia / Estômago
Autores / Nome para referência / Instituição:
BRUNO ZILBERSTEIN / ZILBERSTEIN, B / HCFMUSP; HENRIQUE
DAMETTO GIROUD JOAQUIM / JOAQUIM, HDG / HCFMUSP;
ANDRÉ KONDO / KONDO, A / HCFMUSP; OSMAR KENGI
YAGI / YAGI, OK / HCFMUSP; DONATO R MUCERINO /
MUCERINO, DR / HCFMUSP; IVAN CECONELLO / CECONELLO,
I / HCFMUSP; MARCUS FERNANDO KODAMA PERTILLE RAMOS
/ RAMOS, MFKP / HCFMUSP; ULYSSES RIBEIRO JR / RIBEIRO,
U / HCFMUSP; CARLOS EDUARDO JACOB / JACOB, CE /
HCFMUSP; CLAUDIO JOSÉ CALDAS BRESCIANI / BRESCIANI,
CJC / HCFMUSP.

Resumo
A gastrojejunostomia é um procedimento paliativo frequente-
mente realizado em pacientes com neoplasia gástrica avan-
çada com obstrução ou estenose gástrica. Porém esse pro-
cedimento frequentemente resulta em aumento de tempo de
esvaziamento gástrico, sendo mostrado como bom procedi-
mento paliativo em poucos estudos. Recentemente, procedi-
mento de septação gástrica foi descrito para evitar aumento
do tempo de esvaziamento gástrico e sangramento secundá-
rio ao contato de alimento com o tumor. Métodos: 12 casos
de tumores em antro gástrico que foram tratados com sep-
tação gástrica seguida de gastrojejunostomia à Billroth II ou
com derivação em Y-de-Roux desde março de 2006 no Hos-
pital das Clínicas, Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo. Resultados: Todos os pacientes evoluiram bem
no pós-operatório, com boa aceitação de dieta por via oral
e sem episódios de vômitos ou hemorragia digestiva, com
internação média de cinco dias. Não foi registrada nenhuma
complicacão ou morte decorrente da septação gástrica no
164 presente estudo, tampouco vômitos recorrentes na casuís-
tica. Conclusão: A septação gástrica quando comparada a
outros procedimentos paliativos, mostrou ter efeito positivo
na qualidade de vida do paciente, sendo assim aceito como
alternativa à gastrojejunostomia. Esse procedimento seguro
permite exelente paliação, evita complicações de aumento do
tempo de esvaziamento gástrico. Além disso, o procedimen-
to permite exame endoscópico da lesão no caso de terapia
neoadjuvante.
Gastroplastia em Y-de-Roux Após
Uso da Manga Endoscópica no Pré
Operatório em Pacientes Obesos
Mórbidos com Diabetes Tipo 2
Temário: Cirurgia / Obesidade
Autores / Nome para referência / Instituição: MARCO
AURELIO SANTO / SANTO, MA / HOSPITAL DAS CLÍNICAS FMUSP; FLAVIO
MASATO KAWAMOTO / KAWAMOTO, FM / HOSPITAL DAS CLÍNICAS FMUSP;
DENIS PAJECKI / PAJECKI, D / HOSPITAL DAS CLÍNICAS FMUSP; PEDRO P
P CARAVATTO / CARAVATTO, PP / HOSPITAL DAS CLÍNICAS FMUSP; DANIEL
RICCIOPPO / RICCIOPPO, D / HOSPITAL DAS CLÍNICAS FMUSP; EDUARDO
MOURA / MOURA, E / HOSPITAL DAS CLÍNICAS FMUSP; MARCIO MANCINI
/ MANCINI, M / HOSPITAL DAS CLÍNICAS FMUSP; IVAN CECCONELLO /
CECCONELLO, I / HOSPITAL DAS CLÍNICAS FMUSP.
Resumo
Objetivo: Avaliar os efeitos do EndoBarrier no DM2
e na perda ponderal, e após sua retirada, analisar a
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
influência sobre os resultados do bypass gástrico em
Y-de-Roux (GBP). Material: 14 mulheres e 2 homens
com obesidade mórbida e DM2, idade média de 48,6
anos (30-57), submetidos a implante do EB, e, após sua
retirada, ao GBP. IMC inicial foi de Ã51,2 kg/m2 e o a
HbA1 era Ã8,9%. Metodologia: O EB foi mantido em
média de Ã5,4 meses. A perda de excesso de peso (PEP)
até o explante do EB foi de Ã40,4%. A HbA1c atingiu valor
≤6,5% em 10 pacientes (62,5%), com média pós EB de
6,7%. Numa média de 5 meses todos foram submetidos
ao GBP. Neste intervalo o reganho médio de 18,3% da
PEP. A HBA1c manteve-se em Ã6,9%. Resultados: Não
houve complicações maiores após o GBP, e a PEP no
pós-operatório (PO) de Ã5,7 meses foi de Ã44. No PO
todos os pacientes alcançaram HbA1c < 6,5%, mesmo
os que não tinham atingido esse nível com o EB. No
subgrupo com melhor resposta ao EB (HbA1c ≤ 6,5%
pós EB), a resposta PO foi superior (HbA1c PO: 5,7%
Vs 6,4%); a participação do EB na redução da HbA1
no grupo com melhor resposta inicial foi de 86,1% na
redução total até o PO; já no grupo em que o EB não
determinou redução da HbA1 ≤ 6,5, a participação do
EB foi de 68,6%. Conclusão: Após 6 meses, a perda
ponderal do GBP foi semelhante ao EB, mesmo no grupo
onde o EB não determinou a redução neste nível. Nos
pacientes onde o EB promoveu redução da HbA1 ≤ 6,5,
a redução pós-operatória foi ainda maior.
Gastrostomia Endoscópica Percutânea
(GEP) por Faringoesofagostomias: uma
via Alternativa
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para referência / Instituição: JULIANA
RIBEIRO DA COSTA LINO / LINO, JRC / INCA; ANA CAROLINA MARON
AYRES / AYRES,ACM / INCA; GUSTAVO FRANCISCO DE SOUZA MELLO /
MELLO, GFS / INCA; BRUNA MERCANTI SPELTA / SPELTA, BM / INCA;
MARIA APARECIDA FERREIRA / FERREIRA, MA / INCA; THERESA CHRISTINA
DAMIAN RIBEIRO / RIBEIRO, TCD / INCA; SIMONE GUARALDI / GUARALDI,
S / INCA; GILBERTO MANSUR / MANSUR, G / INCA.
Resumo
Introdução: A realização de GEP com introdução do
aparelho endoscópico por acesso cervical, através de
fístulas esôfagocutâneas ou por faringoesofagostomias,
é raramente descrita na literatura. Objetivo: Relato dos
casos de pacientes portadores de tumores de cabeça
e pescoço e faringoesofagostomias, submetidos à
GEP. Material e Métodos: De janeiro de 2002 a
dezembro de 2010 foram realizadas 728 GEPs em nosso
serviço. Vinte pacientes (17 homens e 3 mulheres),
portadores de tumores de cabeça e pescoço com
obstrução do trato aerodigestivo alto e fístulas cervicais
ou faringoesofagostomias foram submetidos ao
procedimento através de acesso cervical. Resultados:
Os procedimentos foram realizados com sucesso em
todos os pacientes, pela técnica de Gauderer-Ponsky,
utilizando kits industriais de GEP de 24 Fr. Não houve
intercorrências ou complicações agudas relacionadas ao
procedimento endoscópico. Discussão: A realização
de GEP utilizando ostomias ou fístulas cervicais como
via de acesso alternativa, embora raramente descrita
na literatura, é abordagem que pode ser utilizada com
segurança e facilidade em pacientes com obstrução
de hipofaringe, mas com trato gastrointestinal íntegro,
permitindo o fornecimento de suporte nutricional
enteral e melhoria na qualidade de vida. Conclusão:
A via de acesso cervical para realização de GEP é uma
abordagem prática e segura em pacientes com faringo-
esofagostomias ou fístulas faringoesôfagocutâneas.
Gastrostomia Endoscópica
Percutânea com Gastropexia
Temário: Gastroenterologia / Estômago/Duodeno
Autores / Nome para referência / Instituição: STEFANIA
C. DA SILVA / SILVA, SC / UNP; MATHEUS O. DA SILVA / SILVA, MO
/ UFRN; LICIA M. F. DE MESQUITA / MESQUITA, LMF / UNP; SILVIO
JOSE DE LUCENA DANTAS / DANTAS, SJL / UNP; BRENNDA MORGANA
OLIVEIRA VALENÇA / VALENÇA, BMO / UNP; LUIZA QUEIROZ SENA /
SENA, LQ / UNP; ANA BEATRIZ DE OLIVEIRA GERMANO / GERMANO,
ABO / UNP; HUGO GONÇALO GUEDES / GUEDES, HG / UNP.
Resumo
Pacientes que necessitam de terapia nutricional enteral
por períodos superiores a 6 semanas está indicada a
confecção de uma gastrostomia. Objetivo: Descrever
variante da GepG de Hashiba realizada em paciente com
neoplasia de laringe, onde a gastrostomia foi confeccio-
nada sob anestesia geral. Método: Nesta gastrostomia,
o estômago foi fixado a parede abdominal com 4 pontos
cardeais e em seguida puncionado percutaneamente.
Sob visão endoscópica da câmara gástrica, foi introdu-
zido fio-guia, feita dilatação progressiva pela técnica de
Seldinguer do ostio da punção, com dilatadores variando
de 04 a 20 fr, e então introduzido cateter tipo foley de 20
fr. Resultados: A nutrição enteral por sonda é o méto-
do de escolha para pacientes com trato gastrintestinal
funcionante e que não podem manter a ingestão por via
oral. Atualmente, o método de escolha é Gastrostomia
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
Endoscopica Percutânea (GEP), que pode ser realizada
por diferentes técnicas. Em algumas situações como de
tumor de laringe ou cavidade oral Gep é uma excelen-
te opção, uma vez que se evita a passagem do cateter
através da cavidade oral e qualquer contaminação pelos
micro-organismos do trato aerodigestivo superior ou cé-
lulas tumorais. Conclusão: Segurança da técnica con-
dizente com a descrita na literatura, apresentando baixas
taxas de complicações. Isso mostra que essa técnica é
uma alternativa para pacientes portadores de condições
que limitem a confecção de gastrostomias pelas técnicas
Pull ou Push, além do seu baixo custo.
GIST Gástrico Expressando Dog 1 e
CD 34 – Relato de Caso
Temário: Cirurgia / Estômago
Autores / Nome para referência / Instituição: VINÍCIUS
FIGUEIREDO CARNEIRO / CARNEIRO, V.F. / INSTITUTO MÁRIO PENNA;
RENI CECÍLIA LOPES MOREIRA / MOREIRA, R.C.L.. / INSTITUTO MÁRIO 165
PENNA; CÁSSIO ANDRADE CINTRA / CINTRA, C.A. / INSTITUTO MÁRIO
PENNA; SEIJI MIYATA / MIYATA, S. / INSTITUTO MÁRIO PENNA; ERLON
DE ÁVILA CARVALHO / CARVALHO, E.A. / INSTITUTO MÁRIO PENNA;
PAULA GRISOLIA OLIVEIRA NETTO SOARES / SOARES, PGON /
HOSPITAL JOÃO XXIII.
Resumo
Introdução: Recentemente foi descoberto um subgrupo
de tumor estromal gastrointestinal (GIST) que não possui
mutações c-kit, marcador da imunohistoquímica (IH) para o
diagnóstico de GIST, neoplasias mesenquimais mais comuns
do trato digestivo. Objetivos: Relatar um caso de GIST ex-
pressando CD34 e DOG1 e discutir seus aspectos prope-
dêuticos e terapêuticos. Relato do caso: paciente de 60
anos, feminino, com queixa há 8 meses de pirose, náuseas
e dor abdominal, com massa palpável em epigástrio. Reali-
zado EDA, TC de abdome e RX de tórax, evidênciado lesão
na pequena curvatura gástrica com cerca de 13,2x13,2x8,4
cm, sem sinais de metástases. Realizado ressecção em bloco
com gastrectomia parcial de pequena curvatura, associado
à hepatectomia parcial do segmento III. Anátomopato-
lógico: Neoplasia maligna fusocelular, índice mitótico <
5, fígado sem sinais de comprometimento neoplásico. IH:
(presença de CD 34 e DOG 1); com CD 117 (c-kit) nega-
tivo e actina muscular focalmente positivo. Estadiamento:
T4N0M0 – Estadio II. Não indicado quimitoterapia adjuvante.
Seguimento de 10 meses sem queixas e sem sinais de recidi-
va. Conclusão: O tratamento do GIST, independentemente
de seu aspecto molecular, deve ser cirúrgico sempre que
possível. A neoadjuvância ainda não foi estabelecida em pro-

tocolos. O profissional deve estar atento e conhecer as ferra-
mentas mais modernas de diagnóstico, para então oferecer
ao paciente um tratamento eficaz.
GIST Gástrico Volumoso como
Causa de Disfagia
Temário: Endoscopia / Ecoendoscopia
Autores / Nome para referência / Instituição:
NELSON COELHO / COELHO, N / HOSPITAL MÃE DE DEUS - SETOR DE
ECOENDOSCOPIA; NUTTIANE CAMARGO SCHNEIDER / SCHNEIDER, N C
/ HMD; ANTONIO DE BARROS LOPES / LOPES, AB / HMD.
Resumo
JGF, 58 anos, com história de adenocarcinoma em 2007, em
tratamento com Arimidex, consulta por disfagia progressiva
para sólidos e pastosos, acompanhada de dor retroesternal
e emagrecimento de 3 kg. Endoscopia digestiva alta revelou
166
volumosa lesão subepitelial de fundo gástrico promovendo
redução do lúmen do esôfago distal. Face a estes achados
a paciente foi submetida à ecoendoscopia setorial sendo
observada lesão hipoecóica com áreas císticas no seu
interior envolvendo toda a espessura da parede gástrica,
medindo cerca de 13 x 12 X 8 cm. Punção ecoguiada
com agulha 19 G permitiu obtenção de material foi para
análise em cell block, apresentando proliferação fusocelular
com CD 117 positiva, confirmando a suspeita de tumor
estromal gastrointestinal (GIST). Estadiamento clínico não
demonstrava lesões metastáticas. A paciente foi submetida
à gastrectomia total com ressecção do baço e glândula
adrenal esquerda, com limites cirúrgicos livres. Encontra-se
atualmente em tratamento adjuvante com Imatinib com boa
evolução.
GIST Gigante de Jejuno
Temário: Cirurgia / Intestino Delgado
Autores / Nome para referência / Instituição: NELSON
MAEDA MACHADO / MACHADO, NM / HOSPITAL ESTADUAL BAURU;
ADRIANO VISCONTI FACHIN / FACHIN, AV / HOSPITAL ESTADUAL
BAURU; MARCELO VASCONCELLOS ANGELOTTI / ANGELOTTI, MV /
HOSPITAL ESTADUAL BAURU; MÁRCIO AUGUSTO FERREIRA / FERREIRA,
MA / HOSPITAL ESTADUAL BAURU; CLEVERSON TEIXEIRA SOARES /
SOARES, CT / HOSPITAL ESTADUAL BAURU; ULISSES FREDERIGUE
JÚNIOR / FREDERIGUE JR, U / HOSPITAL ESTADUAL BAURU; IRIO
GONÇALVES JÚNIOR / GONÇALVES JR. , I / HOSPITAL ESTADUAL
BAURU.
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
Resumo
Introdução: GISTs (GastroIntestinal Stromal Tumors) são
um subgrupo de tumores mesenquimais e representam o
tipo mais comum de neoplasia mesenquimal do TGI. Ex-
pressam o KIT (Tyrosine Kinase Receptor - CD117). Re-
presentam menos de 1 % dos tumors do TGI. Sua origem
foi inicialmente atribuída às células de Cajal, no tecido me-
sodérmico, mas atualmente tem sido reconhecido que os
GISTs se originam das células tronco totipotentes mesen-
quimais. Tem grande variação de tamanho, desde alguns
milímetros até maiores que 30 cm,com média de 5 e 8 cm.
Objetivo: Apresentar um caso de um GIST de jejuno gi-
gante tratado em nosso serviço. Material e Métodos: D.
Z, feminina em 62 anos, queixava-se de massa em abdome
há 6 meses. Havia uma tomografia de abdome de outro
serviço evidênciando massa heterogênea sem determinar
sua origem. Após exames e avaliações de rotina a paciente
foi submetida à laparotomia onde se evidenciou grande
tumoração endurecida, com cerca de 26 cm de diâmetro
originado-se no jejuno proximal adjacente ao ângulo de
Treitz., sem aderência ou invasão de outros órgãos. Pro-
cedeu-se a enterectomia e anastomose. Resultados: A
paciente evoluiu sem complicações após a ressecção da
lesão. O estudo Anatomopatológico e Imunohistoquímico
evidenciou GIST de jejuno, com baixo índice mitótico. A
paciente encontra-se em seguimento há 3 anos sem evi-
dências de recidiva. Conclusão: Os GISTs podem fazer
parte do diagnóstico diferencial das massas abdominais.
GIST Ileal Associado à
Neurofibromatose Tipo 1
Temário: Cirurgia / Intestino Delgado
Autores / Nome para referência / Instituição: KEVIN
YUN KIM / KIM, KY / UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO; RAMIRO
COLLEONI / COLLEONI, R / UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO;
RICARDO ARTIGIANI / ARTIGIANI, R / UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO
PAULO; RICARDO TADAYOSHI AKIBA / AKIBA, RT / UNIVERSIDADE
FEDERAL DE SÃO PAULO; ENARCO GRIGOLLI FILHO / GRIGOLLI FILHO, E
/ UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO; DAVID CARLOS SHIGUEOKA
/ SHIGUEOKA, DC / UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO; MILTON
SCALABRINI / SCALABRINI, M / UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO;
LAÉRCIO GOMES LOURENÇO / LOURENÇO, LG / UNIVERSIDADE FEDERAL
DE SÃO PAULO.
Resumo
A neurofibromatose tipo I (NFI) é uma doença autossômica
dominante com incidência de 1/2500 nascidos vivos.O gene
NFI é um gene supressor de tumor. Estando ele mutado, os in-
divíduos portadores desenvolvem neoplasias com maior frequ-
ência do que a população geral. A associação de GIST ocorre
em cerca de 7% dos portadores de NFI. Estes tumores tipica-
mente localizam-se no intestino delgado e frequentemente são
múltiplos. Relato do caso: Paciente de 47 anos do sexo femi-
nino portadora de neurofibromatose referia há dois anos crises
de dor em cólica na fossa ilíaca direita, com piora progresiva.
Realizou ultrassonografia que observou massa multiloculada e
com contornos lobulados e área de necrose de permeio locali-
zada no hipogástrio, entre alças intestinais, com íntimo contato
com as paredes intestinais. A investigação foi complementa-
da com tomografia computadorizada abdominal que revelou a
presença de duas massas nodulares hipervascularizadas, com
necrose central, confluentes e aderidas à parede do íleo dis-
tal. Foi submetida à laparotomia exploradora que identificou
no íleo duas massas de 4,5 e 2,5 cm coalescentes e aderidas
ao ovário direito. Foi realizada enterectomia com salpingoo-
forectomia englobando as duas lesões. Apresentou boa evo-
lução pós-operatória. O exame anatomopatológico com perfil
Imunohistoquímico da peça operatória revelou Tumor Estromal
Gastrointestinal (GIST) de baixo risco de malignidade.
GIST - Relato de Caso
Temário: Cirurgia / Estômago
Autores / Nome para referência / Instituição: CRISLEI
CASAMALI / CASAMALI, C. / UCS; MOHAMAD READ / READ, M. /
UCS; TADEU ASCOLI / ASCOLI, T. / UCS; STELA MARINI / MARINI,
S. / UCS; JOÃO DOMINGOS LIONÇO / LIONÇO, JD / UCS; GABRIELA
FRANÇOES ROSTEROLLA / ROSTEROLLA, GF / UCS; NATHALIE BELLÓ /
BELLÓ, N. / UCS; GUILHERME FEDRIZZI / FEDRIZZI, G. / UCS.
Resumo
Introdução: Este trabalho relata o caso de um paciente por-
tador de um tumor estromal do trato gastrointestinal (GIST),
localizado no estômago. Relato de Caso: Paciente femini-
na, 53 anos, com queixa de dor em hipocôndrio direito (HD)
há um ano. Nega história de perda de peso. Ao exame físico,
evidenciou-se uma massa palpável em HD com cerca de 15
cm de diâmetro, móvel, de consistência endurecida. Para elu-
cidar o achado, solicitou-se uma tomografia de abdome, a qual
mostrou uma massa heterogênea na topografia gástrica, com
padrão de crescimento intramural. Depois de realizado o diag-
nóstico histopatológico, precedeu-se o tratamento cirúrgico.
Discussão: O estômago é o principal órgão acometido pelos
GIST’s, ocorrendo em 60% dos casos. Ainda assim são raros,
representando cerca de 1% dos tumores primários gastroin-
testinais. Apesar de terem um comportamento intermediário,
atualmente são considerados malignos. Sua incidência tem au-
mentado, não estando esclarecido se isto se deve ao diagnós-
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
tico mais precoce ou a algum outro fator associado. Acomete
pacientes com idade média de 60 anos, sendo assintomáticos
em 69% das vezes. No caso relatado, tornou-se sintomático
devido ao efeito de massa, comprimindo estruturas anatômicas
ao seu redor. Achados ocasionais de procedimentos cirúrgicos
ocorrem em 21% dos diagnósticos. O tratamento preconizado
é cirúrgico, objetivando-se a ressecção com margens livres.
A linfadenectomia não é realizada devido ao baixo risco de
metástases.
Glândulas Sebáceas Ectópicas no
Esôfago - Relato de Caso
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para referência / Instituição: ISABELA
CECILIO SAHIUM / SAHIUM, IC / HOSPITAL ALEMÃO OSWALDO CRUZ;
FÁBIO YUJI HONDO / HONDO, FY / HOSPITAL ALEMÃO OSWALDO
CRUZ; EVANDRO SOBROZA DE MELLO / MELLO, ES / HOSPITAL
ALEMÃO OSWALDO CRUZ; BRUNO DA COSTA MARTINS / MARTINS,
BC / HOSPITAL ALEMÃO OSWALDO CRUZ; GABRIEL IZAR DOMINGUES 167
DA COSTA / COSTA, GID / HOSPITAL ALEMÃO OSWALDO CRUZ; SÔNIA
NÁDIA FYLYK / FYLYK, SN / HOSPITAL ALEMÃO OSWALDO CRUZ; PAULO
SAKAI / SAKAI, P / HOSPITAL ALEMÃO OSWALDO CRUZ; SHINICHI
ISHIOKA / ISHIOKA, S / HOSPITAL ALEMÃO OSWALDO CRUZ.
Resumo
Introdução: A presença de glândulas sebáceas ectópicas
no esôfago (tecido endodérmico) é uma alteração intrigan-
te, visto que estas originam-se do ectoderma. Existem me-
nos de 30 casos descritos na literatura. Relato: Paciente
de 67 anos, masculino, assintomático, submetido à EDA,
que revelou mucosa esofágica espessada e nacarada asso-
ciada à múltiplas lesões nodulares branco-amareladas, me-
dindo entre 1 e 3 mm, distribuídas por toda a extensão do
órgão. As biópsias demonstraram focos de glândulas sebá-
ceas maduras, além de moderada hipercromasia da cama-
da basal e alongamento de papilas. A imunohistoquímica
foi positiva para citoqueratina AE1/AE3 e negativa para
fungos e vírus. Discussão: Estudos sugerem três teorias
para a origem das glândulas sebáceas no esôfago: erro em-
brionário congênito, metaplasia adquirida de glândulas da
submucosa, ou metaplasia das células basais do esôfago
secundária ao RGE. Não há até o momento nenhum re-
lato de complicações relacionadas a esta condição, nem
mesmo a associação com tumores malignos. Conclusão:
Glândulas sebáceas ectópicas no esôfago é achado raro,
podendo estar associadas à DRGE. É importante o diag-
nóstico diferencial com acantose, monilíase, papilomatose
e esofagite eosinofílica. o diagnóstico definitivo se faz com
biópsias e complementação com imunohistoquímica. Não

há tratamento específico proposto na literatura e tampouco
consenso quanto à necessidade e periodicidade de segui-
mento dessas lesões.
Glomerulonefrite como
Manifestação Clínica de Infecção
pelo Vírus C
Temário: Gastroenterologia / Fígado
Autores / Nome para referência / Instituição: FELIPE
FINOKETTI / FINOKETTI F / UFCSPA; RAPHAEL BOESCHE GUIMARÃES
/ GUIMARÃES RB / UFCSPA; LÍVIA CAPRARA LIONÇO / LIONÇO LC /
UFCSPA; ANE MICHELI COSTABEBER / COSTABEBER AM / UFCSPA;
SUELEN DA SILVA APARECIDA MIOZZO / MIOZZO SAS / UFCSPA;
JONATHAN SOLDERA / SOLDERA J / UFCSPA.
Resumo
Introdução: Existe uma grande associação entre pacien-
tes infectados pelo vírus da hepatite C e gomerulonefrite.
168 Objetivo: Descrever um caso paciente com quadro de
síndrome nefrótica e histórico de transfusão sanguínea.
Relato do caso: Paciente feminino, 55 anos, hipertensa
apresenta há dois anos de cefaleia e vômitos associados a
edema palpebral com evolução para quadro de anasarca,
internada em hospital. Realizada investigação insuficiência
cardíaca, recebeu alta com manejo com diuréticos. Não
respondeu a terapêutica, encaminhada para investigação
com proteínuria nefrótica, complemento normal, proteinú-
ria 24h = 13.5g dislipidemia, TGO 86, TGP 47, TP 60%,
albumina 2, bilirrubinas total 0.4. Biópsia renal com imu-
nofluorescênica indireta com evidência de IgG, IgM, C1q,
C3c, C4 glomerulonefrite membranoproliferativa (GNMP).
Anti-HCV e PCR positivos, crioglobulina negativa. Discus-
são: Pelo menos 40% dos pacientes infectados pelo vírus
da hepatite C desenvolvem manifestações extra-hepáticas
durante a doença. A GNMP é a manifestação clínica ex-
tra-hepática mais comum associada ao vírus da hepatite
C. Aproximadamente 80% dos pacientes com GNMP não
possuem alterações hepáticas. A biópsia renal demonstra
deposição de IgG e IgM e C3. Conclusão: Em pacientes
com histórico de transfusões sanguíneas sempre devemos
suscitar a hipótese de hepatite C, devemos estar atentos
para as manifestações extra-hepáticas.
Grande Nódulo Hepático Regenerativo
Associado à Hepatite Autoimune
Temário: Gastroenterologia / Fígado
Autores / Nome para referência / Instituição:
MOHAMAD READ ALI TAYEH / TAYEH, MRA / UCS; BRUNO
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
ACHUTTI DUSO / DUSO, BA / UCS; MARCIO COELHO / COELHO,
M / UCS; MARIANA MOTTA / MOTTA, M / UCS; STELA MARINI /
MARINI, S / UCS.
Resumo
Introdução: A hepatite autoimune (HAI) é uma inflamação crônica
do fígado, de etiologia desconhecida. O acometimento abrange am-
pla faixa etária e o quadro clínico é bastante heterogêneo. Destaca-
mos a apresentação atípica relacionada a grande nódulo regenerativo
hepático. Relato de Caso: Paciente feminina, 15 anos, previamente
hígida, iniciou com quadro de fadiga, prurido e icterícia. Investigação
inicial através de ultrassonografia (US) abdominal, que evidenciou
formação nodular hepática, isoecóica e hipervascularizada ao estu-
do doppler. Tomografia computadorizada (TC) de abdôme mostrou
formação expansiva, medindo 6,6 cm. Apresenta pesquisa de anti-
corpo anti-músculo liso e fator anti-nuclear reagentes, ambos em titu-
lações de 1:640 e níveis de IgG de 2.880. Sorologias virais negativas
e biópsia videolaparoscópica com típico infiltrado linfoplasmocitário
reforçam a hipótese diagnóstica de hepatite autoimune. Instituímos
tratamento com Prednisona 60mg/d e plano de acompanhamento
ambulatorial com novo estudo tomográfico entre 3 e 6 meses. Dis-
cussão: Considerando as diversas formas de manifestação clínica da
hepatite autoimune, assim como sua correlações com outras doenças
autoimunes do fígado, devemos atentar para apresentações atípicas e
até então pouco conhecidas, a fim de criar um banco de dados capaz
de sugerir condutas sistematizadas e baseadas em evidência.
Hemangioma Cavernoso de Pâncreas
Levando à Hipertensão Portal em
Gestante
Temário: Cirurgia / Pâncreas
Autores / Nome para referência / Instituição: CLAUDIA N.
HASIMOTO / HASIMOTO, CN / UNESP; CRISTIANE Y. MATSUO / MATSUO,
CY / UNESP; JUAN C. LHANOS / LHANOS, JC / UNESP; LEONARDO
PELAFSKY / PELAFSKY, L / UNESP; RODRIGO S. DE C. PEREIRA / PEREIRA,
RSC / UNESP; JOSÉ G. MINOSSI / MINOSSI, JG / UNESP.
Resumo
Introdução: O hemangioma cavernoso de pâncreas representa 1 a
2% de todos os tumores pancreáticos. É um tumor vascular composto
de grandes vasos sanguíneos dilatados e muitas vezes contém grande
quantidade de sangue. Objetivo: Relatar um caso de uma gestante
que apresentava hipertensão portal devido um hemangioma caver-
noso de pâncreas. Relato de Caso: NGUS, 19 anos, gestante (16
semanas), branca. Durante investigação de quadro de hipertensão
portal com varizes de esôfago diagnosticada em outro serviço após
episódio de HDA foi submetida a US que revelou uma imagem cística
septada, sem fluxo ao Doppler, medindo 7,9x6,1x6,5 cm em cauda
pancreática e baço de dimensões aumentadas. Paciente realizou
RNM que confirmou imagem cística de contornos lobulados, com
finos septos em seu interior (cistoadenoma), além da esplenomega-
lia. Optado em conjunto com a paciente pela resolução da gestação
e posterior programação de conduta cirúrgica. Foi então submetida
a procedimento cirúrgico com o diagnóstico pré-operatório de cis-
toadenoma de cauda de pâncreas e esplenomegalia. Foi realizado
pancreatectomia caudal e esplenectomia e o anatomopatológico
revelou tratar-se de hemangioma cavernoso medindo 11x9x8 cm e
pesando 249,7 gramas situado em topografia de cauda de pâncreas,
baço sem alterações. No pós-operatório paciente evoluiu bem, sem
intercorrências. Conclusão: O hemangioma cavernoso de pâncreas
é uma lesão rara e deve ser considerada como diagnóstico diferencial
de lesões tumorais pancreáticas.
Hemangioma de Intestino Delgado -
Relato de Caso
Temário: Endoscopia / Intestino delgado
Autores / Nome para referência / Instituição: LEONARDO
REUTER MOTTA GAMA / GAMA, LRM / BENEFICÊNCIA PORTUGUESA DE
SÃO PAULO; RICARDO DE SORDI SOBREIRA / SOBREIRA,RS / BENEFICÊNCIA
PORTUGUESA DE SÃO PAULO; SANDRONE GRANJA DE ABREU / ABREU,
SG / BENEFICÊNCIA PORTUGUESA DE SÃO PAULO; FRANCISCO ABREU
SUSSUARANA / SUSSUARANA, FA / BENEFICÊNCIA PORTUGUESA DE
SÃO PAULO; CELSO MARQUES RAPOSO / RAPOSO, CM / BENEFICÊNCIA
PORTUGUESA DE SÃO PAULO; CAIO MARIO LO TURCO / LO TURCO, CM /
BENEFICÊNCIA PORTUGUESA DE SÃO PAULO; MAURO LAMELAS CARDOSO
/ CARDOSO, ML / BENEFICÊNCIA PORTUGUESA DE SÃO PAULO; EDUARDO
HENRIQUE BRANDÃO / BRANDÃO, EH / BENEFICÊNCIA PORTUGUESA
DE SÃO PAULO; MARCELO VARGAS ARDENGHI / ARDENGHI, MV /
BENEFICÊNCIA PORTUGUESA DE SÃO PAULO.
Resumo
Os tumores do intestino delgado são considerados raros, re-
presentando aproximadamente 5% dos tumores do TGI. Os tu-
mores benignos mais comuns incluem os leiomiomas, lipomas,
adenomas, linfangiomas e lesões vasculares, por exemplo, os
hemangiomas. Os pacientes normalmente são assintomáticos,
mas podem apresentar sintomas, tais como: dor abdominal, san-
gramento, intussepção e obstrução intestinal. O hemangioma é
um achado raro, representando 7-10% dos tumores benignos do
intestino delgado. Apresenta-se mais comumente como múltiplas
lesões localizadas principalmente em jejuno médio e são frequen-
temente associados à hemangiomas cutâneos. Em contraste aos
demais tumores benignos do intestino delgado, os hemangiomas
são, em sua maioria, sintomáticos, cursando com sangramento
agudo, intermitente e de grande volume, além de anemia crônica
e refratária à tratamento, podendo medir alguns milímetros ou até
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
se apresentarem como uma massa infiltrativa. A enteroscopia é
um dos métodos endoscópicos utilizados para investigação de
hemorragias gastrointestinais de origem obscura, quando há a
suspeita de lesões no intestino delgado. T.C.O. , 29 anos, solteira,
auxiliar administrativa, natural de São Paulo-SP. Paciente encami-
nhada para realização de enteroscopia de duplo balão devido à
anemia de longa data, sem exteriorização aparente. Foi submetida
à enteroscopia de duplo balão, que evidenciou lesão vascular em
4ª porção duodenal, compatível com hemangioma.
Hemangioma Hepático
Apresentando-se com Quadro de
Hemobilia – Relato de Caso
Temário: Cirurgia / Fígado
Autores / Nome para referência / Instituição: MYRNA
MENDONÇA DE ARAÚJO / ARAÚJO, MM / HOSPITAL DE BASE ARY
PINHEIRO; ELDER CARDOSO DE OLIVEIRA / OLIVEIRA, EC / HOSPITAL DE
BASE ARY PINHEIRO; RENATO RORIZ DA SILVA / RORIZ, R / HOSPITAL
DE BASE ARY PINHEIRO; ALBER PESSOA DE FIGUEIREDO / FIGUEIREDO, 169
A.P. / HOSPITAL DE BASE ARY PINHEIRO; ALEXEI ALMEIDA ANDRADE /
ANDRADE, AA / HOSPITAL DE BASE ARY PINHEIRO; WOLFF HANS FARIAS
DE JESUS / DE JESUS, WHF / HOSPITAL DE BASE ARY PINHEIRO; ANDRÉ
LUIZ FERMINO / FERMINO, AL / HOSPITAL DE BASE ARY PINHEIRO;
CARLA CONCOLATO / CONCOLATO, C / UNIR.
Resumo
A hemobilia é uma rara, porém letal complicação do trato
biliar. Mais de 50% dos casos de hemobilia ocorrem
por trauma ou lesão iatrogênico em procedimentos
hepatobiliares, sendo a causa mais comum biópsias de
fígado por agulha. A.A.S, 53 anos apresentou quadro
súbito de dor em hipocôndrio direito evoluindo com
hemorragia digestiva alta e anemia severa. Após realização
de endoscopia digestiva alta e colonoscopia normais,
foi submetido à USG que mostrou debris no interior
da vesícula biliar e tomografia computadorizada com
imagem sugestiva de hemangioma hepático. Optou-se
por realizar colecistectomia convencional evidênciado
vesícula biliar turgida repleta de coágulos. Procedeu-se a
coledocotomia com retirada de coágulos, lavagem da via
biliar e colangiografia intra-operatória dentro dos padrões
de normalidade, com drenagem externa com dreno de kehr.
A paciente evoluiu com novo episódio de sangramento
digestivo alto e pelo dreno de Kehr de curso autolimitado.
Necessitou ser politransfundida. A paciente encontra-se
sem sangramento há 3 semanas e em acompanhamento
ambulatorial aguardando cirurgia para tratamento do
hemangioma.

Hematoma de Instalação Súbita
Esofágico - Relato de Caso
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para referência / Instituição: SUZANA
LUIZ DE MIRANDA / MIRANDA, SL / SANTA CASA DE SÃO PAULO;
ADRIANA YUMI HIRAI / HIRAI, AY / SANTA CASA DE SÃO PAULO;
FERNANDA KISTEMARCKER DO NASCIMENTO BUENO / BUENO, FKN /
SANTA CASA DE SÃO PAULO; JOAQUIM ALVES DE CARVALHO JÚNIOR
/ CARVALHO-JÚNIOR, JA / SANTA CASA DE SÃO PAULO; WAGNER
VALENTINO / VALENTINO, W / SANTA CASA DE SÃO PAULO; JOSÉ
FLÁVIO DE ANDRADE / ANDRADE, JF / SANTA CASA DE SÃO PAULO;
FÁBIO MARIONI / MARIONI, F / SANTA CASA DE SÃO PAULO;
EDUARDO STEGLICH / STEGLICH / HOSPITAL SAMARITANO.
Resumo
O hematoma esofágico de instalação súbita pode ter
como causas a manipulação endoscópica prévia, a
rotura de vasos do médiastino ou ainda pode acontecer
170
posteriormente a vômitos, quando se define hematoma
espontâneo. Paciente do sexo masculino, 76 anos,
antecedente de insuficiência renal dialítica e mieloma
múltiplo. Queixa de dois episódios de hematêmese. Negava
dor torácica, vômitos, traumas ou exames endoscópicos
prévios. Em bom estado geral, descorado, consciente,
PA 100/60mmHg, FC 100bpm. Exames séricos com
hemoglobina 8,1; leucócitos 18.310, plaquetas 113.000 e
INR 1,3. A endoscopia digestiva alta evidenciou hematoma
não pulsátil acometendo 50% da circunferência do
órgão, iniciando-se a 25cm da arcada dentária superior,
se estendendo à transição esofagogástrica sem sinais de
sangramento ativo. O ecografia transesofágica evidenciou
placa de ateroma úlcerada no segmento proximal da
aorta descendente. A angiotomografia computadorizada
revelou aneurisma sacular medindo 2,5x2,0cm, orifício
de 1,0cm em comunicação com a luz arterial. Realizada a
colocação de endoprótese aórtica com pontes cirúrgicas
carótida-carotídea e carótida-subclávia, posteriormente
apresentou parada cardiorespiratória, com óbito 24
horas após a admissão. Após a condução do caso,
concluiu-se que o endoscopista deve sempre aventar
a hipótese de rotura dos vasos do médiastino como
etiologia dos hematomas de instalação súbita esofágicos,
possibilitando o diagnóstico e terapêutica precoce.
Hematoma Esofagiano Espontâneo
em Pacientes Transplantados de
Medula Óssea – Relato de 2 Casos
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
Autores / Nome para referência / Instituição: ANA
CAROLINA MARON AYRES / AYRES, ACM / INCA; JULIANA RIBEIRO DA
COSTA LINO / LINO, JCR / INCA; BRUNA MERCANTI SPELTA / SPELTA,
BM / INCA; GUSTAVO FRANCISCO SOUZA MELLO / MELLO, GFS /
INCA; ALEXANDRE PELOSI / PELOSI, A / INCA; GILBERTO MANSUR
/ MANSUR. G / INCA; SIMONE GUARALDI / GUARALDI, S / INCA;
MARIA APARECIDA FERREIRA / FERREIRA, MA / INCA.
Resumo
Introdução: O hematoma de esôfago é raro.
Apresentação clínica é caracterizada por dor torácica,
odinofagia e disfagia, podendo também ocorrer
hematêmese. A fisiopatologia envolve o aumento
abrupto da pressão intraesofágica, como trauma e
vômitos, em associação a anormalidades da coagulação.
Pode, também, estar relacionado a complicações de
procedimentos endoscópicos. Materiais e Métodos -
Relato de Casos de pacientes com hematoma esofagiano
em pacientes pós-transplante de medula óssea,
diagnosticados por endoscopia digestiva alta Objetivos:
Descrever as características clínicas e endoscópicas dos
pacientes que apresentaram o diagnóstico de hematoma
esofágico. Resultados: Foram identificados 2 pacientes
(um homem e uma mulher) com hematoma esofágico.
Ambos eram portadores de doença hematológica,
encontravam-se no 13o dia de pós-transplante de medula
óssea, apresentavam plaquetopenia, e evoluíram com
quadro de vômitos, dor torácica e hematêmese. Após
identificação endoscópica do hematoma, a TC de tórax
não demonstrou perfurações de esôfago. Tratados com
dieta zero e antibioticoterapia IV. A revisão endoscópica
demonstrou absorção completa e cicatrização das
lacerações da mucosa esofágica. Conclusão: A
endoscopia digestiva alta tem um importante papel no
diagnóstico do hematoma de esôfago. Os casos que
evoluem sem sinais clínicos ou radiológicos de perfuração
podem receber tratamento conservador, com evolução
favorável e sem complicações adicionais.
Hematoma Esofagiano: uma Causa
Rara de Hemorragia Digestiva Alta
por Anticoagulação
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para referência / Instituição: EDIR
DE SOUZA PORTO JÚNIOR / PORTO, ES / HFAG; PRISCILLA DE SOUZA
MEDEIROS / MEDEIROS, PS / HFAG; LARISSA LOUREIRO DE CARVALHO /
CARVALHO, LL / HFAG; FERNANDA NIGRI DE ALMEIDA / ALMEIDA, FN /
HFAG; GUSTAVO FIGUEREDO DE MORAES / MORAES, GF / HFAG; ELLEN
FRANCIONI TEIXEIRA / TEIXEIRA, EF / HFAG; POLIANA SIRELLI DE OLIVEIRA
/ OLIVEIRA, PS / HFAG; RAQUEL NOVAES FOSSARI / FOSSARI, RN / HFAG.
Resumo
Hematoma esofagiano é uma condição rara caracterizada
por hemorragia submucosa com dissecção intramural
da parede. Pode ocorrer de forma espontânea, mas em
60% dos casos associa-se a um fator predisponente. O
objetivo é relatar um caso raro de hematoma esofagiano
espontâneo decorrente de anticoagulção. M.A.S, 73
anos, feminina, portadora de HAS e FA crônica, em
uso regular de Warfarin e AAS, com quadro de dor
retroesternal sem irradiação e desconforto respiratório
iniciados há 1 hora, evoluindo com hematêmese
vultuosa. Apresentava alteração do coagulograma (INR
4.58, TAP 18%), e descartada patologia cardiovascular
com enzimas cardíacas e ECG normais. Submetida
à TC de tórax que descartou a hipótese de dissecção
de Aorta, demonstrando imagem hiperdensa que
ocluía parcialmente a luz do esôfago, compatível
com hematoma esofagiano. Foi submetida à EDA que
mostrou extenso hematoma que iniciava em esôfago
proximal e estendia-se até distal, ocupando 50% da luz,
com laceração de mucosa provocando sangramento
ativo. Realizada hemostasia parcial do sangramento com
Ethamolin, infusão de plasma, suspensão do Warfarin
e AAS. Evoluindo com resolução do hematoma em
nove dias, sem qualquer complicação. O hematoma
esofagiano apresenta prognóstico favorável, com
resolução conservadora e clínica em 80% dos casos,
ficando a abordagem por endoscopia para diagnóstico e
a terapêutica endoscópica requer ainda mais estudos.
Hematoma Esplênico Infectado
Temário: Cirurgia / Miscelânia
Autores / Nome para referência / Instituição: FERNANDO
ANTÔNIO GALVÃO PEREIRA JÚNIOR / PEREIRAJÚNIOR,FAG / FMV;
MARCIA MACHADO GALVÃO PEREIRA / PEREIRA,MMG / FMV; MAURO
GOMES BASTOS FILHO / BASTOS, MG / FMV; LUIZA HELENA MIRANDA
/ MIRANDA, LH / FMV; FERNANDA DINIZ DE OLIVEIRA / OLIVEIRA, FD
/ FMD; TÁCIO GUAEDELLI MENDONÇA MESQUITA / MESQUITA, TGM /
FMV; FERNANDA DE SOUZA SANTANA / SANTANA, FS / FMV; LUCIANA
STUDART RODRIGUES REIS / REIS LSR / FMV.
Resumo
Introdução: As lesões do baço ocorrem mais frequen-
te-mente associadas ao trauma contuso em acidentes
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
automobi-lísticos,quedas e agressões físicas. Podem
ocorrer de forma isolada ou associadas à outras lesões
intra-abdominais. Objetivo: Relatar caso de hemato-
ma esplênico infectado(HEI) que se manifestou cerca
de 2 anos após trauma abdo-minal fechado. Método:
Paciente feminino, 35a, internada com febre persistente
há 20 dias, associada dor QSE.-Hemoculturas positivas
para S.aureus. TC Abdomê evidenciou coleções subcap-
sulares sugestivas de hematoma esplênico 72x12 mm,
com sinais associados de infecção. Havia história de
acidente automobilístico há 2 anos atrás. Resultado:
Tratada com antibioticoterapia com melhora -Nova TC
de controle com regressão parcial do hematoma, sem
sinais infecciosos. Foi encaminhada para avaliação de
esplectomia. Conclusão: A bactéria mais comum é o
S. aureus. O tratamento de escolha é a esplenectomia
e antibioticos. Nas últimas décadas, grandes alterações
têm ocorrido no tratamento de lesões esplênicas. Isso
devido ao conhecimento de que a susceptibilidade às in-
fecções é maior em indivíduos esplenectomizados. Cada
vez mais o manejo não cirúrgico do traumatismo esplêni- 171
co vem substituindo a esplenectomia como método mais
comum de preservação do baço.
Hemocromatose Hereditária com
Homozigoze H63D – Relato de Caso
Temário: Gastroenterologia / Fígado
Autores / Nome para referência / Instituição: HUMBERTO
BERGAMASCHI FONSECA / BERGAMASCHI, H / HSM; IANDRA ALVES
FERREIRA BERGAMASCHI FONSECA / BERGAMASCHI, I / HSM; VITOR
BERGAMASCHI FONSECA / BERGAMASCHI, V / UVV.
Resumo
Paciente RGB, 50 anos, masculino, afro-brasileiro. Inter-
nado no Hospital Santa Mônica com quadro de hepatite
aguda ictérica iniciado em fevereiro de 2011. Queixava-
se de náuseas, anorexia, febre (1 episódio - 37,9 C), co-
lúria, acolia fecal e icterícia iniciado há 1 semana com
piora progressiva. Negava etilismo, uso de drogas injetá-
veis, promiscuidade, cirurias, hemoderivados, tatoo. HAS
em uso de Metildopa há +/- 3 anos. Negava diabetes
ou outras patologias. Transaminases chegaram 40xLSN,
bilirrubinas a 21mg/dL as custas de direita. Foi inicial-
mente tratado com sintomáticos e inicado investigação
da dç hepática de base. Durante evolução houve queda
progressiva de transaminases e enzimas de colestase.
Exames de investigação: Sorologias para HAV, HBV,
HCV, E. barr, CMV, Dengue => Negativas;PCR p/ HCV
Qualitativo => Não detectado; Cobre sérico, Ceruloplas-

mina, Cobre urinário => Normais;FAN, Antimusculo liso,
antimitocôndria, eletroforse de ptn => Normais;Ferritina
=>> 1500;Ferro sérico => 298;Índice de Saturação de
transferrina => 93%; Pequisa de Mutação c282y e H63D
=> Homozigoze H63D; Biópsia Hepática: Septos fi-
brosos porta porta // porta centro. Coloração de PERLs
com identificação de sobrecarga férrica e mensuração
de ++++/4+. Diagnóstico: Hemocromatose Hereditá-
ria associada ao gene HFE (Homozigoze H63D) Cirrose
Hepática Histológica Tratamento: Suporte e fleboto-
mia.
Hemorragia Digestiva Alta Associada
ao Estresse
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para referência / Instituição: ALESSAN-
DRA MIGOTTO, SERGIO GODOY, GRAZIELA CORREA VOGEL, FABÍOLA DE
ANGELE, RENATA KELLY LEPRE, RAFAEL DE SOUZA, BENEDITO HERANI
FILHO / POMPILIO, CE; CECCONELLO, I / UNIFESP.
172
Resumo
Paciente P.F, 33 anos, masculino, pardo após quadro de
agressão física e uso de cocaína evoluiu com encefaloa-
tia hipoxica pós paracardiorespiratoria em AESP. Evoluiu
em unidade de terapia intensiva com quadro de insufici-
ência renal aguda e rabdomiólise, realizando diálise e em
uso de ranitidina 150mg/dia. Apresentou 2 episódios de
hemorragia digestiva alta (HDA) com esteriorização por
melena. Na endoscopia notou-se sangramento difuso da
mucosa de fundo e corpo gástrico. Paciente foi submeti-
da a tratamento clínico com omeprazol 80 mg em bolus,
bomba de infusão 6mg/h e jejum. Após 4 dias realizada
nova endoscopia evidênciando gastrite enantematosa
leve em antro. Segundo a literatura, pacientes de terapia
intensiva, se constitui em um grupo vulnerável a doença
aguda de mucosa gástrica pelo estrêsse. As situações
clínicas desses pacientes para evoluirem com HDA são:
insuficiência renal ou respiratória, sepse, coagulopatia,
hipotensão, queimaduras graves. O tratamento clínico
desses pacientes foi realizado comparando uso de ome-
prazol 80 mg/dia com cimetidina 300 mg/dia, observan-
do melhora da mucosa gástrica em 48 horas com uso do
omeprazol e controle hemodinâmico do paciente, após
novo controle endoscópico.
Hemorragia Digestiva Alta Secundária
a Úlcera de Cameron - Relato de Caso
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
Autores / Nome para referência / Instituição: SUSAN
LOUISE KAKITANI TAKATA / TAKATA, SLK / HC-UFPR; THIAGO SANTOS
ROSA / ROSA, TS / HC-UFPR; RICARDO MONTE JÚNIOR / MONTE
JÚNIOR, R / HC-UFPR; KELLY CRISTINA VIEIRA / VIEIRA, KC / HC-UFPR;
FERNANDA SUMIRE ARAKI / ARAKI, FS / HC-UFPR; BRUNO MARINO
SCHIOCCHET MONARIN / MONARIN, BMS / HC-UFPR; ÉLCIO JULIATO
PIOVESAN / PIOVESAN, EJ / HC-UFPR; HEDA AMARANTE / AMARANTE,
H / HC-UFPR.
Resumo
Introdução: As úlceras de Cameron são erosões ou
úlceras dispostas sobre as pregas da mucosa gástrica ao
nível do hiato diafragmático, em pacientes com hérnias do
hiato volumosas. Objetivo: Relatar o caso de paciente
com úlcera de Cameron que apresentou sangramento
digestivo alto. Relato de Caso: Paciente masculino
de 64 anos, previamente hipertenso. Apresentou
quadro de melena e hematêmese por um período de
aproximadamente 15 dias antes da procura ao pronto
atendimento. História de uso de anti-inflamatório não-
esteroidal devido a artrite gotosa. Endoscopia digestiva
alta mostrou hérnia de hiato por deslizamento de
pequeno volume, úlceras de Cameron (saco herniário),
úlcera gástrica, úlcera duodenal ativa (Sakita A1/ Forrest
III). Biópsia compatível com lesões úlceradas gástricas e
gastrite antral crônica em acentuada atividade. Iniciado
tratamento com omeprazol, com melhora progressiva
do paciente. Discussão: As úlceras de Cameron são
erosões ou úlceras que surgem em hérnia hiatal. Ocorrem
em até 5% dos pacientes com hérnia hiatal submetidos
a endoscopia. Sua importância clínica se deve ao
potencial risco de sangramento gastrointestinal e por
ser causa de anemia ferropriva. A patogênese é pouco
compreendida, mas o refluxo gastroesofágico e trauma
são potenciais fatores de risco. O tratamento consiste
em uso de inibidores de bomba de prótons e manejo
endoscópico do sangramento. A cirurgia de correção da
hérnia de hiato deve ser considerada em pacientes com
sangramento recorrente.
Hemorragia Digestiva Baixa de Causa
Incomum
Temário: Gastroenterologia / Intestino
Autores / Nome para referência / Instituição:
ALINE BESSA DE OLIVEIRA / BESSA, AO / UFF; FERNANDA
SOARES GOMES CANEDO / CANEDO, FSG / UFF; RENATA SENOS
CALIXTO FERREIRA / SENOS, RCF / UFF; MARCELO SOARES NEVES
/ NEVES, MS / UFF; REILA TALINE SARAIVA / SARAIVA, RT /
UFF; ANIELLO PALOMBO / PALOMBO, A / UFF; ANGELA CRISTINA
GOUVEA CARVALHO / CARVALHO, ACG / UFF.
Resumo
Introdução: Hemorragia digestiva baixa (HDB) tem pre-
valência maior em idosos, cessando espontaneamente em
cerca de 90% dos casos. Objetivo - Relato de Caso de
paciente jovem apresentando hemorragia digestiva maciça.
Método: Acompanhamento de paciente admitido no ser-
viço de emergência do HUAP e revisão da literatura dos úl-
timos 30 anos pelo MEDLINE. Relato de Caso: Paciente
de 20 anos, masculino, apresentou 4 episódios de hemor-
ragia digestiva (fezes cor de vinho) associados a síncope.
Ao exame: Lúcido, hipocorado 3+/4+, sudoreico, com ex-
tremidades frias. PA: 100x60 mmHg, FC:124 bpm, FR: 20
irpm. Exames: Ht-15, 5%, Hb-5,6, Plaq-117000, TAP-57%,
INR- 1,4. EDA: úlcera gástrica sem sinal de sangramento
recente. Angio-TC: sem anormalidades. Colonoscopia: não
visualizou lesão que justificasse sangramento. Arteriografia:
imagem pontilhada em topografia de cólica direita e “lago
venoso” em topografia de alças de delgado em mesentéri-
ca superior. Apresentou nova instabilidade hemodinâmica
sendo submetido à laparotomia exploradora que evidenciou
pólipo com coágulo aderido na transição jejunoileal, que foi
ressecado e apresentava sangramento ativo. Biópsia: vaso
ectasiado com paredes espessadas, localizado na submu-
cosa, compatível com lesão de Dieulafoy. Paciente evoluiu
bem, recebendo alta no sexto dia após cirurgia. Conclu-
são: Trata-se de um caso de HDB ocasionada por lesão de
Dieulafoy localizada no jejuno, correspondendo a menos de
10 casos descritos até o momento nesta topografia.
Hemorragia Digestiva Baixa por
Prolapso Retal de Adenoma Túbulo-
Viloso - Relato de Caso
Temário: Cirurgia / Cólon
Autores / Nome para referência / Instituição: CARLENO
DA SILVA COSTA / COSTA, CS / UFPA; BERNARD COSTA FAVACHO /
FAVACHO, BC / UFPA; THAMER COSTA MAGALHÃES / MAGALHÃES,
TC / UFPA; THIAGO COIMBRA ALVES / ALVES, TC / UFPA; RAFAEL
MAIA / MAIA, R / HUJBB; HELDER COSTA IKEGAMI / IKEGAMI, HC /
HUJBB; RAIMUNDO NONATO RIBEIRO DE OLIVEIRA JÚNIOR / JÚNIOR,
RNRO / HUJBB; ANDRÉA SIMONNE DO NASCIMENTO HENRIQUES /
HENRIQUES, ASN / HUJBB.
Resumo
Introdução: No que diz respeito aos antecedentes de
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
sangramento gastrintestinal baixo, sabe-se que existem
diversas causas possíveis, sendo as mais comuns as
afecções anorretais, como as hemorróidas. Neoplasias
colônicas causam aproximadamente 20% dos episódios
de sangramento do trato gastrointestinal baixo, havendo
ainda, grande discordância entre diferentes autores no
que se refere ao exato mecanismo responsável pelo san-
gramento de um pólipo. Relato de caso: Paciente do
sexo masculino, 69 anos, admitido em serviço de cirurgia
geral de referência no estado em 17/09/10, para realizar
o pré-operatório, papilotomia endoscópica e para reti-
rada de cálculo do ducto colédoco. Apresentava-se em
regular estado geral durante o período inicial de inter-
nação hospitalar quando evoluiu com franca hemorragia
digestiva baixa (HDB), com sinais de choque hemorrági-
co. Ao exame proctológico verificou-se na inspeção es-
tática a presença de lesão vegetante de aspecto vinhoso
de aproximadamente 15 cm em seu maior diâmetro. He-
mograma mostrou hemoglobina de 8.9 g/dL e hemató-
crito de 26%. Submeteu-se a exérese cirúrgica simples
da lesão vegetante do reto com envio de peça cirúrgica 173
para análise histopatológica evidênciando tratar-se de
adenoma túbulo viloso moderadamente diferenciado e
bordas com margens livres de ressecção. Conclusão:
O prolapso de pólipo retal é uma causa relativamente in-
comum de HDA sendo o tipo histológico encontrado um
fator precursor importante de neoplasia colorretal.
Hemorragia Digestiva Baixa Severa
Obscura por GIST de Delgado - Relato
de Caso
Temário: Cirurgia / Intestino Delgado
Autores / Nome para referência / Instituição: EDUARDO
LOPES MARTINS / MARTINS, EL / UFPR; VÍTOR MAMORU HAIDA /
HAIDA, VM / UFPR; RAFAEL DE CASTRO E SOUZA PIRES / PIRES, RCS
/ UFPR; SERGIO OSSAMU IOSHI / IOSHI, SO / UFPR; JORGE MASSAYUKI
YOKOCHI / YOKOCHI, JM / UFPR; MILTON MARCIO MACHOTA JUNIOR /
MACHOTA JR, MM / UFPR; FERNANDO ISSAMU TABUSHI / TABUSHI, FI /
UFPR; BENUR POLONIO / POLONIO, B / UFPR.
Resumo
Introdução: O tumor estromal gastrintestinal (GIST) é
o mais comum tumor mesenquimal do trato digestório
e representam 1 % das neoplasias deste sítio. A preva-
lência é maior no sexo feminino e o pico de incidência
ocorre entre a 4 e 6 década de vida. Acomete todo trato
gastrintestinal sendo o estômago o local mais atingido,
seguido pelo intestino delgado, reto e esôfago. Possui

apresentação clínica variada, sendo muitas vezes desco-
berto acidentalmente. Objetivo: Relato de um caso de
hemorragia digestiva baixa associado a GIST de intestino
delgado, identificado por tomografia computadorizada e
diagnosticado através de marcadores Imunohistoquími-
cos. Relato de Caso: Paciente feminina com 44 anos,
dois episódios de hemorragias digestivas vultuosas obs-
curas, diagnosticada com angiotomografia de vasos ab-
dominais. Submetida à enterectomia segmentar por GIST
jejunal. Caso ilustrado com imagens de angiotomografia,
macroscopia, microscopia e imunoistoquímica da peça
cirúrgica. Conclusão: O GIST apesar de ser um tumor
raro deve ser sempre lembrado devido a sua variada for-
ma de apresentação e o local onde está localizado. O
tratamento consiste em ressecção cirúrgica associado
ou não a quimioterápicos.
Hemorragia Digestiva Média – Relato
de Caso
174 Temário: Endoscopia / Intestino delgado
Autores / Nome para referência / Instituição: ANDREZA
GAUTERIO CAVALCANTI / CAVALCANTI, AG / UCS; CRISLEI CASAMALI /
CASAMALI, C / UCS; GABRIELA ROSTIROLLA / ROSTIROLLA,G / UCS; STELA
MARINI / MARINI,S / UCS; EDSON PICCOLI / PICCOLI,E / UCS; NORBERTO
DALOSTO / DALOSTO,N / UCS; SILVANA SARTORI BALBINOT / BALBINOT,SS /
UCS; RAUL ANGELO BALBINOT / BALBINOT,RB / UCS.
Resumo
Introdução: A hemorragia digestiva média tem origem
entre o ângulo de Treitz e a válvula ileocecal. Frequente-
mente apresenta-se como hemorragia obscura, ou seja,
hemorragia cuja causa é desconhecida após realização
de endoscopia digestiva alta e baixa. Relato do Caso:
Paciente com quatro internações prévias em outros hos-
pitais em um ano por melena sem detecção da causa. No
Hospital Geral de Caxias do Sul foi investigado com exa-
mes laboratoriais, EDA e colonoscopia que não mostra-
ram a origem do sangramento. Solicitamos a realização
de uma cápsula endoscópica que mostrou sangramento
logo após o ângulo de Treitz. Então, o paciente foi sub-
metido à laparotomia com realização de uma enterosco-
pia no trans-operatório e esclerose com hot-biopsy nas
lesões angiodisplásicas visualizadas. Evoluiu sem novos
sangramentos. Discussão: O método diagnóstico ideal
para hemorragia digestiva média não está definido. Suge-
re-se repetir endoscopias e utilizar cápsula endoscópica,
angiografia, cintilografia com eritrócitos marcados com
99mTc ou enteroscopia de duplo balão. Em candidatos à
ressecção intestinal pode-se realizar enteroscopia intra-
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
operatória. As angiodisplasias podem causar hemorragia
digestiva aberta ou oculta, normalmente de localização
no intestino delgado, de baixo débito, crônica e intermi-
tente. Em cerca de 15% dos casos a hemorragia é aguda
e de grande volume. Estas lesões angiodisplásicas san-
grantes caracterizam-se por uma recorrência hemorrági-
ca mais frequente.
Hemorragia Digestiva por Tumor
Glômico Gástrico - Relato de Caso
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para referência / Instituição: MARIANA
TROCCOLI REZENDE DE SOUZA / SOUZA, MT / GASTROENDO; PAULA
PERUZZI ELIA / ELIA, PP / GASTROENDO; GUTEMBERG CORREA DA
SILVA / SILVA, GC / GASTROENDO; ÁLVARO AUGUSTO GUIMARÃES
FREIRE / FREIRE, AAG / GASTROENDO; JOSÉ MAURO TEIXEIRA /
TEIXEIRA, JM / GASTROENDO; GREGÓRIO FELDMAN / FELDMAN, G
/ GASTROENDO; FREDERICO CAMPOS / CAMPOS, F / LABORATÓRIO
DE PATOLOGIA HE; MÔNICA PUREZA DE ALMEIDA / ALMEIDA, MP /
LABORATÓRIO DE PATOLOGIA HE.
Resumo
Introdução: O tumor glômico é um tumor vascularizado
proveniente de células mesenquimatosas da pele e tecido
celular subcutâneo. Localizam-se preferencialmente na
região subungueal das falanges distais. A localização gástrica
é rara, predominando em antro. Acomete preferencialmente
pacientes do sexo feminino, com idade média de 39 anos. O
tratamento é cirúrgico. Objetivo: Relatar um caso raro de
tumor glômico gástrico. Relato De Caso: Paciente do sexo
feminino, 38 anos de idade, apresentando melena desde o
parto. No 28º dia após o parto evoluiu com hematêmese
e instabilidade hemodinâmica. Apresentava hematócrito
de 12% e hemoglobina de 4,1 g/dL. Solicitada endoscopia
digestiva alta que revelou volumosa massa arredondada,
de contornos regulares, coloração vinhosa, medindo cerca
de 5 cm, obstruindo o piloro, com sangramento ativo. A
paciente foi encaminhada para a cirurgia sendo realizada
gastrectomia subtotal com reconstrução em Y-de-Roux. A
imunohistoquímica da peça revelou se tratar de um tumor
glômico, demonstrando células com imunoreatividade com
os anticorpos anti-antígeno de proliferação celular Ki67
(10%), actina de músculo liso e vimentina. Conclusão: O
tumor glômico gástrico é raro, representando cerca de 7%
do total das neoplasias gástricas benignas não epiteliais.
O tratamento é cirúrgico, e deve ser precoce para evitar a
recorrência.
Hepatite Autoimune após Infecção por
Vírus Herpes Simples Tipo 1
Temário: Gastroenterologia / Fígado
Autores / Nome para referência / Instituição: PATRÍCIA
SCHMITT FERTIG KIRSTEN / KIRSTEN, PSF / HRHDS; ROBERTA HELOÍSA
MARTINELLI FISCHER / FISCHER, RHM / HRHDS; JULIANA POLIDO
DE ARAÚJO / ARAÚJO, JP / HRHDS; FANGIO FERRARI / FERRARI, F /
HRHDS; HAROLDO LUIZ JORDELINO DA LUZ / LUZ, HLJ / HRHDS;
PAULO MARCELO NASCIMENTO DA SILVA MAFRA / MAFRA, PMNS /
HRHDS; MARCELO OCHOA / OCHOA, M / HRHDS; CARLOS RENATO
FRANCALACCI / FRANCALACCI, CR / HRHDS.
Resumo
Introdução: Hepatite Autoimune é uma doença
inflamatória de etiologia desconhecida que cursa
com destruição progressiva do parênquima hepático,
podendo evoluir para cirrose na ausência de tratamento
imunossupressor. Método: Descrição de caso clínico
de paciente internada em novembro de 2010 no Hospital
Regional Hans Dieter Schmidt. Resultados: M.B.V.,
feminina, 27 anos, iniciou há 6 dias com icterícia, colúria
e dor em hipocôndrio direito. Sem comorbidades. Ao
exame físico apresentava icterícia e hepatomegalia.
Exames laboratoriais: TGO 1320, TGP 1450, bilirrubina
total 13,06 (direta 9,43). Sorologia para Herpes simples
tipo 1 IgM reagente. Demais sorologias (Hepatites A, B
e C, toxoplasmose, CMV, EBV, HIV) não reagentes. FAN
1:320, gamaglobulina 2,31, anticorpos anti-mitocôndria,
anti-músculo liso e anti-LKM1 não reagentes. USG de
abdome sugerindo hepatopatia aguda. Tratada com
aciclovir, evoluindo com melhora clínica e laboratorial.
Em acompanhamento, permaneceu assintomática, porém
ainda com elevação de transaminases, evoluindo com novo
aumento de bilirrubinas, realizando-se biópsia hepática,
a qual evidenciou hepatite aguda, focos inflamatórios
compostos por linfócitos, plasmócitos, com necrose
hepatocítica na interface, sugerindo causa autoimune.
FAN 1:1280. Iniciado azatioprina e prednisona, evoluindo
com melhora laboratorial. Conclusão: Estudos tem
evidênciado que infecções virais podem estar implicadas
como importantes agentes desencadeadores de hepatite
autoimune.
Hepatite B Crônica: Perfil
Epidemiológico em 18 anos de
Acompanhamento (1993-2011) no
Serviço de Gastro-Hepatologia do
Hospital de Base
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
Temário: Gastroenterologia / Fígado
Autores / Nome para referência / Instituição: JORDANA
DE MELO SILVA / SILVA, JORDANA DE MELO / FAMERP; ERILANE LEITE
GUEDES / GUEDES, ERILANE LEITE / FAMERP; PATRÍCIA DA SILVA
FUCUTA PEREIRA / PEREIRA, PATRÍCIA DA SILVA FUCUTA / FAMERP;
EDLA POLSINELLI BEDIN / BEDIN, EDLA POLSINELLI / FAMERP;
JULIANA MIGUEL BILAR / BILAR, JULIANA MIGUEL / FAMERP;
MELISSA MAIA BRAZ / BRAZ, MELISSA MAIA / FAMERP; EDSON
CARTAPATTI DA SILVA / SILVA, EDSON CARTAPATTI / FAMERP; MÁRCIA
FUMIE DA ROCHA / ROCHA, MÁRCIA FUMIE / FAMERP.
Resumo
Introdução: A identificação do estágio da doença crô-
nica causada pelo vírus da hepatite B (HBV) é importan-
te na determinação da conduta clínica e medicamentosa
a ser instituída. Objetivo: Identificar, pelo perfil clínico-
epidemiológico e histológico, em 18 anos de acompa-
nhamento em um centro de referência, pacientes com
indicação terapêutica baseada nas diversas fases da
175
hepatite B crônica. Material e Métodos: Estudo re-
trospectivo de coorte em portadores crônicos de HBV,
monoinfectados, pelos seus prontuários. Resultados:
Acompanhados 261 pacientes com média de idade 47
anos. Sexo masculino 66% e raça branca 80%. Fator
de risco para transmissão: indeterminada 49%, familiar
21%, vertical 12%, sexual 7%, transfusão sanguínea
6%, percutânea 3,5% e uso de droga injetável 1,5%.
Classificados em portador inativo 61%, imunotolerante
15%, hepatite crônica HBeAg negativo 15% e hepati-
te crônica HBeAg positivo 9%. Médiana da ALT de 0,6
x limite superior da normalidade (variação 0,1 a 41,1).
Realizado HBV DNA em 143 (55%) pacientes: detec-
tável 110 (77%) e indetectável 33 (23%). Cirrose clíni-
ca em 35 (13,4%) pacientes. Biópsia hepática realizada
em 68 (26%) pacientes: fibrose 0-2 em 79,5% e 3-4 em
20,5%, atividade peri-portal 2-4 em 60% (classificação
SBP/SBH). Conclusão: A maioria foi classificada como
portadora inativa e 24% dos pacientes nas fases de ati-
vidade da doença (hepatite crônica HBeAg positivo e
hepatite crônica HBeAg negativo) tiveram indicação de
intervenção terapêutica.
Hepatite C - Série de Casos no
Ambulatório de Hepatologia da UCS
Temário: Gastroenterologia / Fígado
Autores / Nome para referência / Instituição: LUCIANO JOSÉ
DA SILVA / SILVA,LJ / UCS; ANDRÉ CASTAGNA WORTMANN / WORTMANN,AC
/ UCS; STELA SCAGLIONI MARINI / MARINI,SS / UCS; SILVANA SARTORI

BALBINOT / BALBINOT,SS / UCS; RAFAEL SARTORI BALBINOT / BALBINOT.
RS / ULBRA; NORBERTO DALOSTO / DALOSTO,N / UCS; EDSON PICCOLI /
PICCOLI,E / UCS; RAUL ANGELO BALBINOT / BALBINOT,RA / UCS.
Resumo
Introdução: A hepatite crônica pelo VHC acomete
cerca de 3% da população mundial, sendo a principal
causa de transplante hepático. A prevalência de anti–
HCV é de 0.94% a 1.89% na faixa etária entre 10 e 69
anos no nordeste do Rio grande do Sul. Objetivos:
Avaliar as características virais, laboratoriais, histológicas
e a RVS dos portadores de Anti-C reagentes tratados
no Ambulatório de Hepatologia do nosso Hospital
Universitário. Método: Estudou-se 144 prontuários e
elegeu-se 28 pacientes HCV + ,virgens de tratamento,
de Janeiro de 2007 a Dezembro de 2009. Analisou-se
sexo, idade, genótipo e carga viral pelo PCR RNA-HCV
e grau de fibrose hepática,conforme o protocolo do
Ministério da Saúde do Brasil (MSB). Usou-se Ribavirina
176 e Interferon de acordo com o protocolo do MSB.
Resultados: 58% eram do sexo feminino. A média
etária foi de 42.7 anos. Obteve-se RVS em 57.1%, e não
responderam ao tratamento 52.9%. Destes 52% eram
genótipo 1, 10% genótipo 2 e 38% genótipo 3. Dentre
os não respondedores 48% eram tipo 1, 6% tipo 2 e 46%
tipo 3. Conclusão: Nosso número tornou-se reduzido
devido à transferência do Ambulatório de Hepatologia,
compulsoriamente, pela Secretaria de Saúde de nosso
município, para suas dependências impedindo o
acompanhamento dos pacientes por nossa equipe no
Ambulatório da Universidade. Acreditamos que um novo
esquema de tratamento com novas drogas associadas as
atuais melhorem os índices de RVS.
Hepatite Sifilítica Colestática na
Sífilis Secundária - Relato de Caso
Temário: Gastroenterologia / Fígado
Autores / Nome para referência / Instituição: JONATHAN
SOLDERA / SOLDERA J / UFCSPA; SUELEN APARECIDA DA SILVA
MIOZZO / MIOZZO SAS / UFCSPA; LIVIA CAPRARA LIONÇO / LIONÇO
LC / UFCSPA; ANE MICHELI COSTABEBER / COSTABEBER AM / UFCSPA;
KARINA TRINDADE TAVARES / TAVARES KT / UFCSPA; LAHAYNA ELSNER
DE SOUZA DA SILVA / SILVA LES / UFCSPA; GRAZIELLA RANGEL PANIZ
/ PANIZ GR / UFCSPA.
Resumo
Introdução: A hepatite sifilítica é uma manifestação in-
comum da sífilis secundária e pode ser facilmente subes-
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
timada. Objetivo: Descrever um caso de hepatite sifilíti-
ca em seu padrão colestático característico. Relato do
caso: Paciente do sexo masculino, 51 anos, previamente
hígido, procura atendimento por quadro de icterícia, sin-
tomas gripais e rash cutâneo não-pruriginoso acometen-
do tronco, mãos e pés. Apresentava hiperbilirrubinemia,
discreta elevação de aminotransferases e aumento im-
portante de enzimas canaliculares. Ecografia abdominal
com aumento da ecogenicidade da interface das vias
biliares. Coletado VDRL título 1:256 e teste de aglutina-
ção para sifílis reagente. Procedida punção lombar com
exclusão de neurossífilis. Com o diagnóstico de hepatite
sifilítica na sífilis secundária, foi tratado com penicilina
benzatina 2.400.000 UI 1x/semana por 3 semanas. Ao
final do tratamento houve resolução da icterícia, das ro-
séolas sifilíticas e sifílides palmoplantares e normalização
das bilirrubinas, aminotransferases e das enzimas canali-
culares. Discussão: A hepatite sifilítica geralmente cur-
sa com quadro colestático secundário a disseminação do
treponema no tecido hepático, com icterícia, discreto au-
mento das aminotransferases e aumento importante das
enzimas canaliculares. Conclusão: A hepatite sifilítica é
um diagnóstico diferencial das hepatites agudas. É ge-
ralmente benigna e apresenta resolução completa com o
tratamento padrão da sífilis secundária com penicilina.
Hepatocarcinoma Fibrolamelar –
Relato de Caso
Temário: Gastroenterologia / Fígado
Autores / Nome para referência / Instituição: LARISSA
FERNANDES MAIA BARBOSA / BARBOSA, LFM / UFG; DIOGO HENRIQUE
SALIBA DE SOUZA / SOUZA, DHS / UFG; RODRIGO OLIVEIRA XIMENES /
XIMENES, RO / UFG; MIRELA REBOUÇAS FERNANDES DE LIMA / LIMA, MRF
/ UFG; ANA CAROLINA DE PAULA MACHADO / MACHADO, ACP / UFG;
VANESSA TAVARES DE FREITAS / FREITAS, VT / UFG; RODRIGO SEBBA AIRES /
AIRES, RS / UFG; RAJASEKHAR VENKATA ANNE / ANNE, RV / UFG.
Resumo
Introdução: O hepatocarcinoma fibrolamelar (CHCFL) é
uma neoplasia rara, considerada variante do hepatocarcinoma.
Não há relação com cirrose, hepatite B ou C. Diagnosticado,
geralmente, em estágio avançado devido escassez de
sintomas, é reconhecido, incidentalmente, em exames de
imagem. Objetivo: Relatar um caso de CHCFL. Relato:
Masculino, 15 anos, hígido, há 1 ano iniciou dor abdominal
súbita, em hipocôndrio direito e epigástrio, após ingesta
etílica. Realizou ultrassom de abdome: massa em lobo direito
hepático. Bioquímica hepática e alfafetoproteína normais.
Sorologias para vírus B e C, auto-anticorpos, perfil de ferro
e cobre sem alterações. Tomografia computadorizada (TC)
de abdome: lesão expansiva, 11x8 cm, heterogênea, sólida,
cicatriz central, hipodensa, finas calcificações de permeio
e intenso realce heterogêneo após contraste, localizada na
transição entre lobo direito e esquerdo. Biópsia hepática
compatível com CHCFL. Realizada hepatectomia ampliada.
Discussão: Trata-se de jovem com CHCFL cujo único
sintoma foi dor abdominal aguda. O CHCFL acomete jovens,
não altera alfafetoproteína e o principal achado tomográfico
é o de massa hepática lobulada, com margens definidas e
cicatriz fibrosa central, como demonstrado no caso. Após
confirmação histopatológica, a ressecção cirúrgica é o
tratamento proposto. Conclusão: O tratamento cirúrgico
do CHCFL é uma opção terapêutica, com considerável taxa
de ressecabilidade e sobrevida, desde que não existam
metástases.
Hepatotoxicidade do Suco de Noni -
Relato de Caso em Paciente com
Ressecção Hepática
Temário: Gastroenterologia / Fígado
Autores / Nome para referência / Instituição: MYRNA
MENDONÇA DE ARAUJO / ARAUJO, MM / HBAP; RENATO RORIZ / RORIZ,
R / HBAP; ALBER PESSOA FIGUEIREDO / FIGUEIREDO, AP / HBAP; ELDER
CARDOSO DE OLIVEIRA / OLIVEIRA, EC / HBAP; ALEXEI ALMEIDA ANDRADE
/ ANDRADE, AA / HBAP; THIAGO DE OLIVEIRA MARANHÃO / MARANHÃO,
TO / HBAP; ANDRÉ LUIZ FERMINO / FERMINO, AL / HBAP; PABLO HERNESTO
TARRAM VIA / TARRAM, PHV / UNIR.
Resumo
Noni (Morinda citrifolia L) é uma das plantas medicinais
tradicionais mais importantes na Polinésia e que atualmente
tem o seu consumo mundial aumentando, promovido por
diversas publicações leigas que o seu fruto possui proprie-
dades medicinais, muitas delas curativas. No entanto, pou-
cos estudos científicos existem que comprovem as suas re-
ais propriedades terapêuticas e o seu uso seguro. Paciente
RLS, 39 anos, submetido à hepatectomia direita por tumor
do tipo linfoma não-Hodgkin tipo B, em segmento ambula-
torial há 2 anos e 9 meses, evoluiu com quadro de astenia,
dor em andar superior de abdome e icterícia após fazer
uso por 3 dias de polpa de fruta de Noni com suco de uva
industrializado (30 ml, 3 vezes ao dia). Apresentava os se-
guintes exames (7 dias após a suspensão): bilirrubina total
5,32 mg/dL e direta 2,71 mg/dL, gama-gt 2.076 U/l, fosfa-
tase alcalina 1.625 e TGO 146 e TGP 335 (exames prévios:
TGO 41, TGP 66). Dez dias após o primeiro exame realizou
controle laboratorial: bilirrubina total 1,36 mg/dL e direta
1,31 mg/dL, gama-gt 196 U/l, fosfatase alcalina 1.625 U/l,
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
TGO 146 U/l e TGP 335 U/l. Alguns estudos apontam que o
noni não apresenta hepatotoxicidade, devendo ser melhor
investigado sobre suas propriedades terapêuticas já que
existem vários relatos de casos contrariando a seguridade
do fruto.
Hernia Interna Pós Colectomia
Videolaparoscópica - Relato de 3 Casos
Temário: Cirurgia / Colon
Autores / Nome para referência / Instituição: RUBENS
VALARINI / VALARINI, R / HOSPITAL EVANGÉLICO DE CURITIBA; VITOR
MAMORO HAIDA / HAIDA, V.M / UFPR; GUSTAVO DE SOUZA ARANTES
FERREIRA / FERREIRA, G.S.A / UFPR; FLAVIA THAINA BONATO / BONATO,
FT / UFPR; FERNANDO ISSAMU TABUSHI / TABUSHI, FI / HOSPITAL VITA
CURITIBA; BENUR POLONIO / POLONIO, B / UFPR.
Resumo
Dentre as complicações que podem ocorrer após uma res- 177
secção colorretal videolaparoscópica está a oclusão intes-
tinal por hérnia interna. Este fato ocorre quando o intestino
delgado se insere entre o mesocólon e o retroperitôneo.
O objetivo deste trabalho é relatar os casos de três pa-
cientes com quadro de oclusão intestinal por hérnia interna
pós colectomia por videolaparoscopia de um total de 294
pacientes operados. Dois pacientes foram reoperados por
vídeo e um foi submetido à laparotomia convencional para
resolução dos quadros. São comparados estes dados com
os da literatura. Apresenta-se um esquema de introdução
do intestino delgado na brecha mesentérica e mostra-se
imagens de correção cirúrgica por vídeo da oclusão. Suge-
re-se o fechamento da brecha mesentérica após colectomia
esquerda com sutura antes de finalizar a cirurgia.
Hernioplastia Inguinal com Prolene
Hernia System (PHS) - Experiência
Inicial
Temário: Cirurgia / Miscelânia
Autores / Nome para referência / Instituição: EDMUNDO
LARANJA DA SILVA / LARANJA S, E / HOSPITAL MÃE DE DEUS, PORTO
ALEGRE; RAFAEL DUTRA VILA / DUTRA VILA, R / HOSPITAL MÃE DE DEUS,
PORTO ALEGRE.
Resumo
20 milhões de pessoas são anualmente operadas por hérnia
inguinal em todo o mundo. A variedade de técnicas existentes

indica a dificuladade de entendimento dos aspectos fisiopatológico
do problema e a insatisfação com o índice de recidivas. Nos últimos
anos o uso de próteses, ao invés de técnicas de mobilização
tecidual, temse tornado padrão ouro no tratamento da doença. Os
autores apresentam sua experiência inicial, em aproximadamente
40 pacientes com o uso do Prolene Hernia System, PHS. Técnica,
resultados e complicações são apresentados. Concluem pela
validade do método como alternativa no tratamento das hérnias.
Pequeno vídeo com detalhes da operação é mostrado no final da
apresentação.
Herpes Esofágico em Paciente
Imunocompetente – Relato de Caso
Temário: Endoscopia / Colangiopancreatografia
endoscópica retrógrada
Autores / Nome para referência / Instituição: ALEXEI
ALMEIDA ANDRADE / ANDRADE, AA / HOSPITAL DE BASE ARY PINHEIRO;
ALBER PESSOA DE FIGUEIREDO / FIGUEIREDO, A.P. / HOSPITAL DE BASE
178
ARY PINHEIRO; RENATO RORIZ DA SILVA / RORIZ, R / HOSPITAL DE BASE
ARY PINHEIRO; THIAGO DE OLIVEIRA MARANHÃO / MARANHÃO, TO /
HOSPITAL DE BASE ARY PINHEIRO; ANDRÉ LUIZ FERMINO / FERMINO,
AL / HOSPITAL DE BASE ARY PINHEIRO; ELDER CARDOSO DE OLIVEIRA
/ OLIVEIRA, EC / HOSPITAL DE BASE ARY PINHEIRO; WOLFF HANS
FARIAS DE JESUS / DE JESUS, WHF / HOSPITAL DE BASE ARY PINHEIRO;
MYRNA MENDONÇA DE ARAÚJO / ARAÚJO, MM / HOSPITAL DE BASE
ARY PINHEIRO.
Resumo
O acometimento esofágico por herpes simples é com fre-
quência descrita nos pacientes imunodeprimidos, sendo
uma condição rara em indivíduos imunocompetentes. A
apresentação clínica do herpes esofágico não é específica,
caracterizando-se por dor retroesternal, odinofagia e febre.
Os indivíduos do sexo masculino são mais frequentemente
afetados, e a maioria dos casos apresenta-se como primo-
infecção. O diagnóstico definitivo depende da realização
de endoscopia com biópsias, estudo histológico e cultura.
O seu curso é habitualmente benigno, no entanto, o trata-
mento com aciclovir acelera a resolução sintomática e li-
mita a gravidade da infecção. Relato de Caso: Paciente
feminino, 36 anos, sem comorbidades, profissional da área
de saúde. Queixa de odinofagia com 48 horas de duração,
associado a discreto desconforto retroesternal. Negava fe-
bre, vômitos ou outros sinais sistêmicos. Foi submetido à
endoscopia digestiva alta que evidenciou lesões ulcerosas
superficiais (aftoides) e flictemas de conteúdo translúcido,
sugestivo de herpes esofágico. Sendo realizado biópsia de
resultado inconclusivo e sorologia IgM positiva para herpes
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
simples. Foi solicitado sorologia para HIV, duas amostras,
ambas com resultado negativo. Foi introduzido aciclovir via
oral 200mg 4/4h (1.000mg/dia). Apresentando regressão
completa dos sintomas e alterações endoscópicas. Pacien-
te segue em acompanhamento ambulatorial há mais de um
ano sem recorrência de sintomas ou aparecimento de cau-
sa de imunodepressão.
Hérnia de Morgagni
Temário: Cirurgia / Miscelânia
Autores / Nome para referência / Instituição: JOAQUIM
POZZOBON SOUZA / SOUZA, JP / GASTROCIRURGICA; RAISSA NASRALLA
SOUZA / SOUZA, RN / UNOCHAPECO.
Resumo
Relato de caso de trabalhador da construção civil, 52 anos,
atendido com trauma torácico à esquerda e achado de ve-
lamento torácico contralateral, sem queixas de dispneia, al-
teração intestinal ou dolorimento realcionado ao achado. In-
vestigado com Rx de Tórax, TC de Tórax e realizado cirurgia
- laparotomia exploradora com confirmação diagnóstica de
Hérnia de Morgagni com conteúdo de grande parte do intes-
tino delgado, ceco, cólon ascendente e parte do transverso e
grande omento.
Hérnia de Petersen. Relato de Caso
Temário: Cirurgia / Obesidade
Autores / Nome para referência / Instituição: FLAVIO
HEUTA IVANO / IVANO, F.H / HOSPITAL SUGISAWA; MATHEUS JACOMETO
COELHO DE CASTILHO / CASTILHO, M.J.C. / HOSPITAL SUGISAWA; ANA
CRISTINA ISA / ISA, A.C. / HOSPITAL SUGISAWA; ROSANA HAPSI ISA /
ISA, R.H. / PUCPR; FERNANDA CRISTINA SILVA / SILVA, F.C. / HOSPITAL
SUGISAWA; RENAR BARROS / BARROS, R. / HOSPITAL SUGISAWA; LUCINEI
STADNIK / STADNIK, L. / HOSPITAL SUGISAWA; CARLA ELISA SALTURI /
SALTURI, C.E. / HOSPITAL SUGISAWA.
Resumo
Introdução: O tratamento cirúrgico da obesidade mór-
bida por videolaparoscopia vem aumentando considera-
velmente nos últimos anos, desde a descrição da técnica
por Wittgrove. Uma das complicações deste procedi-
mento é a obstrução intestinal. As hérnias internas são
as principais responsáveis pela obstrução intestinal no
pós-operatório tardio. O fechamento de rotina de todos
os espaços mesentéricos criados tende a diminuir a in-
cidência desta complicação. Relato do Caso: C. K. R,
42 a, dor abdominal com 3 dias de evolução, sem me-
lhora com analgesia, associado à distensão abdominal
no exame físico. Ecografia de abdome total normal. TAC
torção mesojejunal. HD: hérnia de Petersen. Paciente
foi submetido a tratamento cirúrgico laparoscópico com
evidências de hérnia de Petersen, a qual foi desfeita e
fechado espaço retrocólico. Paciente apresentou boa
evolução, com alta no segundo dia de pós-operatório.
Conclusão: O quadro clínico de hérnias internas cons-
titui-se em dor abdominal, associada a vômitos, náuseas
e diarreias, sinais de sofrimento de alça e são as prin-
cipais responsáveis pela obstrução intestinal no pós-
operatório tardio. Em seu estudo, Ahmed analisou que
hérnias internas fazem parte das complicações tardias
mais comuns após derivação gástrica em Y-de-Roux e
merece exploração imédiata para prevenir sofrimento de
alça. Assim, ratificamos a necessidade de a operação ser
precoce, principalmente quando se trata de pacientes
com quadro abdominal característico.
Hidatidose Hepática com Invasão de
Vias Biliares
Temário: Cirurgia / Fígado
Autores / Nome para referência / Instituição: FELIPE
ANDRÉ MARASCA / MARASCA; F.A / HUSM; GABRIEL DOTTA /
DOTTA; G / HUSM.
Resumo
A hidatidose hepática requer investigação e tratamento em
pacientes com sintomas e que vivem em áreas endêmicas
pelo risco de disseminação, infecção ou ruptura dos cistos
hidáticos. O caso relata uma paciente de 28 anos de ida-
de que iniciou com dor abdominal difusa progressiva por
2 semanas que evoluiu com icterícia, acolia fecal e colúria.
Foram solicitados exames laboratoriais que evidênciaram
aumento de bilirrubinas, transaminases, leve leucocitose
e eosinofilia. A hipótese surgiu após os exames de ima-
gem, onde a ultrassonografia evidenciou volumosa lesão
cística em todo lobo esquerdo do fígado e no segmento
VIII do mesmo, associado à dilatação de vias biliares intra
e extra hepáticas, sem colelitíase. A tomografia computa-
dorizada abdome revelou fígado de volume normal, com
formações císticas multisseptadas com finas calcificações
parietais em meio ao parênquima. Foi indicado tratamento
cirúrgico com injeção de solução salina hipertônica a 33%
no interior dos cistos e realizado hepatectomia esquerda e
segmentectomia VIII. Houve reação de hipersensibilidade
tipo I (choque anafilático) sendo rapidamente controlada
pela equipe anestésica. Feito colecistectomia e exploração
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
da via biliar através do ducto cístico com retirada de uma
hidátide no colédoco distal. O pós-operatório teve boa evo-
lução. O diagnóstico histopatológico confirmou hidatidose.
A paciente recebeu alta hospitalar e encaminhada ao am-
bulatório com terapia de Albendazol 400mg VO 12/12h por
seis meses.
Hipertensão Portal de Causa não
Cirrótica – Relato de um Caso
Temário: Gastroenterologia / Fígado
Autores / Nome para referência / Instituição: VANESSA
FERLIN / FERLIN, VANESSA / UFPEL; LYSANDRO ALSINA NADER / NADER,
LYSANDRO ALSINA / UFPEL; CAROLINA ZIEBELL CARPENA / CARPENA,
CAROLINA ZIEBELL / UFPEL; ELZA CRISTINA MIRANDA DA CUNHA /
CUNHA, ELZA CRISTINA MIRANDA DA / UFPEL; FÁBIO SOBRAL RANGEL
/ RANGEL, FÁBIO SOBRAL / UFPEL; FELIPE EDUARDO RODRIGUES /
RODRIGUES, FELIPE EDUARDO / UFPEL; THIAGO ALEXANDRE RODRIGUES
/ RODRIGUES, THIAGO ALEXANDRE / UFPEL.
179
Resumo
Introdução: A Hipertensão Portal de Causa Não Cirró-
tica (HPNC) engloba um grupo de doenças heterogê-
neas, que se desenvolvem em decorrência de alterações
intra ou extra hepáticas. Em geral, as lesões que levam
a HPNC são de origem vascular e são classificadas de
acordo com o local onde há resistência ao fluxo de san-
gue em pré-hepáticas, hepáticas ou pós-hepáticas. Re-
lato de caso: Paciente MLDA, 26 anos, feminina, en-
caminhada ao Ambulatório de Hepatologia – UFPel para
investigação de esplenomegalia e sangramento diges-
tivo de repetição. História pregressa de cirurgia abdo-
minal aos 3 anos de idade por linfoma. Sorologias virais
negativas, laboratório normal. Ecografia abdominal evi-
dênciando esplenomegalia e parênquima hepático sem
alterações. Endoscopia digestiva alta: Varizes de
fundo gástrico calibrosas. Realizou angiorressonância
magnética onde foi demonstrado estreitamento da veia
mesentérica superior, de provável etiologia cicatricial.
Encaminhada para cirurgia de desconexão ázigo-portal.
Discussão: Pacientes portadores de HPNC beneficiam-
se de procedimentos cirúrgicos para descompressão do
sistema porta como shunts, TIPS ou cirurgias de desvas-
cularização. São candidatos os pacientes que possuem
boa reserva hepática, cardiopulmonar e ausência de car-
cinoma hepatocelular. Estes procedimentos são uma boa
alternativa quando as medidas conservadoras, como li-
gadura endoscópica e betabloqueadores falham em pre-
venir um novo episódio de sangramento digestivo.

Hipertensão Portal Sequelar a Abscesso
por Infecção Fúngica: Relato de Caso
Temário: Gastroenterologia / Fígado
Autores / Nome para Referência / Instituição: EMANUELLE
TEREZA GOMES DAS NEVES / DAS NEVES, E.T.G. / UNP; AUZELÍVIA
PASTORA RÊGO MEDEIROS FALCÃO / FALCÃO, A.P.R.M. / UNP;
CLÁUDIA NOBRE AUGUSTO / AUGUSTO, C.N. / UNP; MACERLY LAYSE
DE MENEZES DANTAS / DANTAS, M.L.M / UNP; PEDRO EPAMINONDAS
LOPES NETO / LOPES NETO, E.P. / UNP; HILÂNIA FERNANDES DE
ARAÚJO / DE ARAÚJO, H.F. / UNP.
Resumo
Introdução: A hipertensão portal é uma condição fisiopatológica
resultante da resistência aumentada ao fluxo sanguíneo portal,
geralmente relacionada a cirrose, tendo como uma das causas
menos frequentes infecções fúngicas. Objetivos: Abordar um
caso raro de hipertensão portal secundária à infecção fúngica,
revelando a dificuldade no tratamento e suas possíveis sequelas.
180 Delineamento e Métodos: Trata-se de um relato de caso
retrospectivo de uma paciente do sexo feminino, 33 anos, com
histórico recente de Leucemia Mieloide Aguda, submetida à
quimioterapia, após a qual evoluiu com infecção fúngica em
fígado e baço de difícil tratamento. Dois anos após evoluiu com
ascite. Ao exame físico havia presença de circulação colateral
tipo cava e sinal do piparote positivo. Os exames laboratoriais
revelaram GGT: 1.490 U/L; Fosfatase Alcalina: 965 U/L; GASA:
1,8 g/dL (indicativo de hipertensão portal). A ressonância revelou
hepatoesplenomegalia com sinais sequelares de microabscessos
no fígado e baço, sem dilatação de vias biliares. Endoscopia
digestiva alta revelou varizes incipientes de esôfago. Conclusão:
A hipertensão portal relacionada à infecção fúngica tem sido
pouco descrita na literatura, tornando o relato apresentado um
caso raro, de difícil tratamento e com sequelas que demandam
controle e acompanhamento constante.
Hipoalbuminemia no Pós-Operatório de
Cirurgia Bariátrica
Temário: Gastroenterologia / Miscelânia
Autores / Nome para Referência / Instituição: NICOLAU
FERNANDES KRUEL / KRUEL, N.F. / UNISUL; GILSON DE SOUZA
SILVÉRIO / SILVÉRIO, G.S. / UNISUL; NICHOLAS TAVARES KRUEL
/ KRUEL, N.T. / UNISUL; LAILA ARIOLI CHEADE / CHEADE, L.A.
/ UNISUL; MARIA EDUARDA PIRES DE SOUZA / SOUZA, M.E.P. /
UNISUL; LUDMILA BERGER DE FIGUEIREDO / FIGUEIREDO, L.B. /
UNISUL; CRISTIANE MIGNOT MEYER / MEYER, C.M. / UNISUL;
FAUSTO HAFEMANN / HAFEMANN, F / UNISUL.
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
Resumo
Introdução: Há controvérsias no melhor tratamento cirúrgico
da obesidade mórbida. Objetivo: Realizar uma análise
comparativa entre o Bypass gástrico em Y de Roux e a derivação
biliopancreática com preservação gástrica e avaliar a presença de
hipoproteinemia no pós-operatório. Métodos: Acompanhou-
se prospectivamente pacientes do ambulatório de obesidade
mórbida, que foram divididos em dois grupos, com relação ao tipo
de cirurgia realizada Bypass gástrico em Y de Roux e Derivação
Biliopancreática com preservação gástrica em um período de
2 anos após o procedimento. Resultados: Compararam-se
os parâmetros entre os grupos, e posteriormente na casuística
geral. Na comparação, o grupo 1 e 2 não apresentaram diferença
que se mostrou importante, sendo pareados para o estudo
proposto. A hipoalbuminemia ocorreu em 29% dos pacientes
com derivação biliopancreática contra 1,82% nos pacientes com
bypass gástrico, havendo diferença estatisticamente significativa
O grupo 2 mostrou diferença significativa em relação à diarreia
e presença de hipoproteinemia. O grupo 1 mostrou diferença
significativa em relação à presença de vômitos e tendência à
anemia no pós-operatório. Conclusão: Os dados deste trabalho
permitem concluir que as técnicas Bypass gástrico em Y de
Roux e Derivação Biliopancreática com preservação gástrica são
efetivas para diminuição de peso, a DBP está mais associada com
hipoproteinemia no pós-operatório, enquanto a anemia foi mais
frequente nos pacientes submetidos ao Bypass.
Histoplasmose Duodenal: Relato de Caso
Temário: Gastroenterologia / Estômago/Duodeno
Autores / Nome para Referência / Instituição: GUSTAVO
GONZALES REAL / REAL, G.G. / HCPA; HELENICE PANKOWSKI BREYER
/ BREYER, H.P. / HCPA; ALEXANDRE LUIS KLAMT / KLAMT, A.L. /
HCPA.
Resumo
Hisplasmose é uma infecção fúngina invasiva que comumente
se apresenta como doença pulmonar. O desenvolvimento de
doença disseminada depende da imunidade do hospedeiro
e o envolvimento do trato gastrointestinal ocorre em 3-12%
dos casos. Os sítios mais envolvidos, são o cólon seguido
do intestino delgado. Nós relatamos o caso de um homem,
76 anos, branco, agricultor, em investigação para quadro
de demência e parkinsonismo, que apresentava quadro de
diarreia aquosa sem elementos patológicos com seis meses de
evolução, emagrecimento e anemia. Os exames laboratoriais
evidenciavam anemia microcítica, ferropenia e deficiência de
vitamina B12. A sorologia para HIV foi positiva, com contagem de
CD4 de 659 U/ml. Exame parasitológico de fezes, coprocultura,
pesquisa de patógenos oportunistas nas fezes foram negativos.
Realizou endoscopia digestiva alta que revelou segunda porção
duodenal com áreas de pontilhado branco em placas, algumas
com ulceração central. O exame anatomopatológico revelou
histoplasmose duodenal, sob a forma de inflamação crônica
ulcerada.
Homens Perdem Mais Peso que
Mulheres: Mito ou Realidade? Análise de
342 Pacientes Submetidos ao Tratamento
Endoscópico do Excesso de Peso
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para Referência / Instituição: RICARDO
JOSÉ FITTIPALDI FERNANDEZ / FITTIPALDI-FERNANDEZ, R.J. /
ENDOGASTRO MED SERVICE; BEATRIZ PEIXOTO RAMOS / RAMOS, B.P.
/ ENDOGASTRO MED SERVICE; ANDRÉIA N. OLIVEIRA / OLIVEIRA, A.N.
/ UERJ, ENDOGASTRO MED SERVICE; CARLOS PEIXOTO / PEIXOTO, C.
/ ENDOGASTRO MED SERVICE; BRUNA SARAIVA NESI / NESI, B.S. /
ENDOGASTRO MED SERVICE; CRISTINA FAJARDO DIESTEL / DIESTEL,
C.F. / UERJ, ENDOGASTRO MED SERVICE.
Resumo
Introdução: O excesso de peso estatisticamente acomete
ligeiramente mais mulheres que homens, sendo então possível
sugerir que homens emagrecem mais e mais facilmente que
mulheres. Objetivo: Comparar a perda de peso entre homens
e mulheres submetidos ao tratamento com balão intragástrico
(BIG). Métodos: Analisaram-se 342 pacientes, divididos em
dois grupos de acordo com o sexo, 266 mulheres e 76 homens.
Utilizou-se BIG da Allergan (BIB®). Os pacientes apresentaram
Índice de Massa Corporal (IMC) inicial mínimo de 27 kg/m². Os
dados foram analisados por estatística descritiva e teste t de
Student. Resultados: A redução média no IMC das mulheres
foi de 6,89 e nos homens de 7,78, não se observando diferença
entre eles (p=0,0953). Não houve ainda diferença entre a perda
percentual do peso corporal nas mulheres (média=19,23) e nos
homens (média=19,45) (p=0,7987). Entretanto, verificou-se
diferença entre a perda em percentual do excesso de peso entre
mulheres (média=74,26) e homens (média=58,40) (p=0,0021).
Tal situação pode ser explicada pelo fato de homens terem um
IMC médio inicial (39,50) significativamente maior que o das
mulheres (35,90), (p<0,0001). Como no estudo mulheres
apresentaram menos excesso de peso, é natural que perdas
em percentual do peso corporal semelhantes entre os gêneros
se traduzam numa maior perda em percentual do excesso de
peso nas mulheres. Conclusao: O estudo sugere ser mito que
homens perdem mais peso que mulheres quando submetidos
ao mesmo tratamento.
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
Hospital Federal do Andaraí – Serviço de
Endoscopia Digestiva: Tumor Carcinoide
Gástrico: Relato de Caso
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para Referência / Instituição: LUIZ FERNANDO
CANTARELLI BENDLIN / BENDLIN, L.F.C. / HFA; LUIS FERNANDO
R. DIB / DIB, L.F.R. / HFA; SYLVIA VILELA / VILELA, S. / HFA;
CHARISSE DE RODRIGUEZ / RODRIGUEZ, C. / HFA; MARTA DOMENICA
/ DOMENICA, M. / HFA.
Resumo
Introdução: Tumores neuroendócrinos ou carcinoides
gástricos originam-se na camada epitelial da mucosa, comuns
após a 6ª década de vida. O tipo I (80%), hipergastrinemia
com gastrite atrófica e anemia perniciosa, prognóstico bom,
baixo potencial metastático, lesões Polipoides pequenas de
corpo e fundo; tipo II (5%), hipergastrinemia relacionada à
neoplasia das células G presentes na S. de Zollinger-Ellison ou
MEN-1, malignidade intermediária, lesões Polipoides múltiplas 181
do estômago; tipo III (15%), esporádica, pouco frequente,
agressivo, lesões grandes e isoladas com mucosa gástrica
normal. Objetivo: Mostrar um caso de tumor carcinoide, com
diagnóstico, terapêutica e seguimento. Relato de caso:
Paciente masculino, 47 anos, branco, natural do RJ, iniciou há 7
anos progressiva astenia, parestesia e paresia de MMII. Recebeu
diagnóstico de anemia perniciosa. A reposição de Vitamina B12
regrediu parcialmente os sintomas. Em novembro de 2010 EDA
com pólipos sésseis, sendo um hiperemiado com cerca de 1,2cm
em parede anterior do corpo médio e sinais de atrofia da mucosa
adjacente. Discussão: Histopatológico tumor carcinoide
de padrão insular. Ecoendoscopia: lesão sólida hipoecóica,
homogênea de origem na mucosa não envolvendo as camadas
subjacentes. O tumor carcinoide foi retirado totalmente na EDA
confirmado por biópsia subsequente negativa. Conclusão:
Avaliação dos pólipos gástricos deve ser minuciosa, para afastar
patologias potencialmente malignas como o tumor carcinoide.
Hospital Federal do Andaraí, Serviço de
Endoscopia Digestiva. Relato de caso: Pólipo
Gástrico Hiperplásico com Foco de
Displasia de Alto Grau
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para Referência / Instituição: LUIZ FERNANDO
CANTARELLI BENDLIN / BENDLIN, L.F.C. / HFA; FERNANDA LOUREIRO
GARCIA / GARCIA, F.L. / HFA; SIMONE VIANA BRAGA / BRAGA, S.V.
/ HFA; ROBERTA JULIANA LISBOA / LISBOA, R.J. / HFA; FABIANNA
SOBRAL / SOBRAL, F. / HFA.

Resumo
Introdução: Os pólipos hiperplásicos correspondem ao tipo
de pólipo mais comum do estômago (70 a 90%). Ocorrem
principalmente após a sexta década de vida em homens e
costumam ser assintomáticos. Geralmente são únicos, medem
cerca de 1 cm, são mais comuns no antro e associam-se a
anormalidades de mucosa. Relato de caso: Paciente masculino,
branco, 51 anos, foi encaminhado ao Setor de Endoscopia Digestiva
do Hospital Federal do Andaraí para realização de endoscopia
digestiva alta devido à perda ponderal. O exame evidenciou a
presença de 4 pólipos gástricos sésseis distribuídos em fundo e
antro medindo entre 1 e 2 cm. Foram realizadas polipectomias
com alça diatérmica. O resultado histopatológico mostrou pólipos
hiperplásicos apresentando um deles foco de displasia de alto
grau. Todas as margens eram livres de lesão. Discussão:
A incidência de focos de displasia e de adenocarcinoma em
pólipos gástricos hiperplásicos varia de 0,6 a 2,1% e de 2 a 19%,
respectivamente. O principal fator de risco é o tamanho do pólipo
maior do que 2 cm. Estudos recomendam a realização de biópsias,
182 polipectomias em caso de presença de displasia, tratamento de
H. pylori e acompanhamento endoscópico devido ao risco de
desenvolvimento de neoplasia. Conclusão: É necessária maior
atenção por parte dos endoscopistas e patologistas na avaliação
de pólipos gástricos hiperplásicos, pois os mesmos podem
corresponder a lesões pré-malignas.
Ileíte por Salmonella - Relato de Caso
Temário: Endoscopia / Colonoscopia
Autores / Nome para Referência / Instituição: DANIELLE
FOGAÇA DAMO / DAMO, D.F. / HOSPITAL MÃE DE DEUS RS; NUTIANNE
CAMARGO SCHNEIDER / SCHNEIDER, N.C. / HOSPITAL MÃE DE DEUS
RS;
Resumo
Paciente feminina, 64 anos, diabética, hipertensa, usuária crônica
de corticóide por artrite Reumatoide, interna por diarreia líquida,
com sangue e muco, cerca de 6-8 episódios ao dia, desidratação.
Exames laboratoriais demonstraram leucopenia (3200 leucócitos
totais) e perda de função renal (creatinina 3,2 e Ureia 160). Já
havia usado ciprofloxacin em tratamento ambulatorial 3 dias
antes da internação, sem melhora. Foram coletadas amostras de
fezes para coprocultura, parasitológico e hemocultura e seguiu-
se antibioticoterapia com ciprofloxacin endovenoso. Mesmo
após 5 dias de tratamento, permanecia com diarreia. Indicada
colonoscopia que evidenciou mucosa colônica de aspecto normal,
apenas apresentando divertículos em cólon sigmoide, sem sinais
inflamatórios; válvula ileo-cecal edemaciada, enantemática, com
úlcera recoberta por fibrina e hematina e mucosa dos 15 cm do
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
íleo terminal com edema, enantema, friabilidade e ulcerações
rasas recobertas por fibrina. Realizadas biópsias sendo o material
enviado para exame histológico, cultura, pesquisa de BAAR e
fungos. Através da cultura da biópsia diagnosticou-se ileíte por
Salmonella sp.
Ileo Biliar
Temário: Cirurgia / Intestino Delgado
Autores / Nome para Referência / Instituição: MOHAMAD
READ ALI TAYEH / TAYEH. M.R. / UCS; CHRISSIÊ F. CAPITANIO /
CAPITÂNIO, C.F. / UCS; ALEX SANDER MAZZOCHINI / MAZZOCHINI,
A.S. / HOSPITAL POMPEIA; CIRO MENNA BARRETO DUARTE / DUARTE,
C.M.B. / HOSPITAL POMPEIA; LUCAS CADORE / CADORE, L. / HOSPITAL
POMPEIA; PEDRO B. WESTPHALEN / WESTPHALEN, P.B. / HOSPITAL
POMPEIA;
Resumo
Introdução: O íleo biliar é decorrente da impactação de cálculos
biliares em um segmento do intestino, sendo responsável por cerca
de 1% a 4% dos casos de obstrução intestinal mecânica. É uma
complicação rara e grave da colelitíase. Os sintomas mais comuns
são náuseas, vômitos, dor e distensão abdominal. A laparotomia
é diagnóstica em 50% dos casos. O tratamento é eminentemente
cirúrgico. Relato de caso: Feminino, 89 anos, cor branca,
procedente de Caxias do Sul, foi levada ao serviço de emergência
com história de dor abdominal difusa há sete dias, tendo esta se
intensificado nas 48 horas precedentes. Ao chegar à emergência
do Hospital Pompeia, a paciente apresentava-se com distensão
abdominal, náusea e vômitos. Na avaliação estava séptica.
Abdome difusamente doloroso à palpação, com redução dos
ruídos hidroaéreos e dor à descompressão brusca. Foi realizada
TC abdominal que demonstrou aerobilia, presença de um cálculo
biliar medindo 3,4 cm no íleo. Foi realizado enterotomia, correção
da fístula bilio-entérica e colecistectomia. Paciente evoluiu no
pós-operatório com complicações respiratórias, insuficiência
renal aguda, sepse grave e óbito. Conclusão: O íleo biliar é
uma emergência cirúrgica. Portanto, esta patologia deve sempre
ser lembrada em quadro de obstrução intestinal, associados a
achados radiológicos característicos. Salientamos a importância
do diagnóstico, pois se tardio ou o não-diagnóstico é um fator
determinante para o aumento da morbimortalidade.
Impactação Alimentar em Paciente com
Divertículo de Zenker - Relato de Caso
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para Referência / Instituição: FERNANDA
BIZINELLI / BIZINELLI, F. / UFPR; BRUNO EUGÊNIO CANHETTI MONDIN
/ MONDIN, B.E.C. / UFPR; SANDRA TEIXEIRA / TEIXEIRA, S. / UFPR;
KELLY CRISTINA VIEIRA / VIEIRA, K.C. / UFPR; RICARDO MONTE
JÚNIOR / MONTE JR, R. / UFPR; SILVANO SADOWSKI / SADOWSKI, S.
/ UFPR; VANESSA NASCIMENTO KOSAK / KOSAK, V.N. / UFPR;
Resumo
M.W., feminina, 63 anos. Diagnóstico de divertículo de
Zenker (DZ) em 2006, por queixa de disfagia e engasgos.
Realizou 3 sessões de diverticulotomias endoscópicas neste
ano, mas manteve leve desconforto para deglutir. Perdeu
o seguimento. Foi admitida no Pronto Atendimento no dia
01/08/11 por odinofagia aguda e sensação de corpo estranho
na hipofaringe, com evolução de 24 horas, com início após
alimentação. Realizou endoscopia digestiva alta (EDA) que
mostrou DZ com óstio amplo e resíduo alimentar impactado,
realizada a sua retirada. Fragmento Ósseo: O DZ é um falso
divertículo, adquirido, da parede posterior do esôfago, no
triângulo de Killian (área frágil entre o músculo constritor
inferior da faringe e fibras do músculo cricofaríngeo). É o
divertículo mais comum do esôfago; sua prevalência varia
entre 0,01%-0,11%, mais comum entre a 7ª-8ª décadas de
vida, no sexo masculino. Os pacientes podem queixar-se de
disfagia, regurgitação, halitose, emagrecimento, tumoração
cervical, com evolução de poucas semanas a muitos anos. As
principais complicações são aspiração recorrente, perfuração,
degeneração neoplásica, impactação. A suspeita diagnóstica
é clínica e a confirmada pela seriografia; pode ser achado
incidental da EDA. Desde 1993, o principal tratamento para os
divertículos médios (2-5 cm) é a miotomia endoscópica, que é
oferecida aos pacientes sintomáticos.
Impacto da Colite Pseudomembranosa
na Evolução da Doença Inflamatória
Intestinal: Relato de Casos
Temário: Gastroenterologia / Intestino
Autores / Nome para Referência / Instituição: CARINE LEITE
/ LEITE, C. / HOSPITAL SÃO LUCAS PUC/RS; MARTA BRENNER
MACHADO / MACHADO, M.B. / HOSPITAL SÃO LUCAS PUC/RS;
SÍLVIA TERRES MARASCO / MARASCO, S.T. / HOSPITAL SÃO LUCAS
PUC/RS; RENATA BITENCOURT DE OLIVEIRA / OLIVEIRA, R.B. /
HOSPITAL SÃO LUCAS PUC/RS;
Resumo
As evidências apontam para crescente impacto da colite
pseudomembranosa (CPs) na evolução da doença inflamatória
intestinal (DII). Apresentamos dois casos ilustrativos de como
a CP altera a história natural desta doença crônica. Paciente
masculino, 40 anos, história de internação hospitalar por dor
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
abdominal e diarreia com sangue, realizou retossigmoidoscopia,
compatível com CPs. Boa evolução com metronidazol, mas
recidivou após alta, respondendo à vancomicina. No entanto
apresentou quadro pela terceira vez, introduziu-se o tratamento
anterior com melhora parcial. Repetida retossigmoidoscopia:
erosões em toda a mucosa – anatomopatológico compatível com
retocolite ulcerativa. Obteve melhora com mesalazina. Paciente
masculino, 68 anos, portador de retocolite ulcerativa, erradicação
recente de Helicobacter pylori. Interna por atividade severa da
doença. Submetido à retossigmoidoscopia, compatível com CP.
Não respondeu a metronidazol, incluido vancomicina via oral,
com boa resposta. No entanto, reinterna em um mês com diarreia
mucossanguinolenta e toxemia. Colonoscopia com úlceras
profundas e intenso processo inflamatório. Sem melhora com
tratamento clínico, evoluiu para megacólon tóxico e colectomia
total. A CPs pode ocorrer em portadores de DII mesmo sem
história de antibioticoterapia nos últimos três meses e acometer o
delgado e bolsa ileal, inclusive isoladamente. Embora seja causa
de 5% dos casos de exacerbação, a CPs é subdiagnosticada
devido ao quadro atípico.
183
Importância da Enteroscopia Assistida
por Balão no Diagnóstico de Doença
Celíaca em Pacientes com Diarreia
Temário: Endoscopia / Intestino delgado
Autores / Nome para Referência / Instituição: ADRIANA VAZ
SAFATLE-RIBEIRO / SAFATLE-RIBEIRO, A.V. / FMUSP; SÍLVIA MANSUR
REIMÃO / REIMÃO, S.M. / FMUSP; BRUNO FREDERICO MEDRADO
/ MEDRADO, B.F. / FMUSP; KIYOSHI IRIYA / IRIYA, K. / FMUSP;
EDUARDO GUIMARÃES HOURNEAUX DE MOURA / MOURA, E.G.H. /
FMUSP; PAULO SAKAI / SAKAI, P. / FMUSP;
Resumo
Doença celíaca é afecção decorrente da intolerância ao glúten
com consequente atrofia dos vilos intestinais e má absorção.
Enteroscopia está indicada principalmente no diagnóstico de
pacientes com anticorpo antiendomísio positivo e biópsias
duodenais inconclusivas além daqueles refratários ao tratamento.
Objetivos: Demonstrar a contribuição da enteroscopia assistida
por balão (EAB) na avaliação do intestino delgado em pacientes
com diarreia associada ou não à perda ponderal e dor abdominal.
Pacientes e Métodos: 40 pacientes com diarreia, após exclusão
de causa definida, seja infecciosa, inflamatória ou cirúrgica, foram
incluídos no estudo. EAB foi realizada via oral até íleo proximal
com biópsias seriadas. Resultados: EAB evidenciou alteração
sugestiva de atrofia, com aspecto serrilhado e diminuição de
pregas em 23 pacientes. Tais alterações foram confirmadas à
histologia com diminuição da relação vilo-cripta e linfocitose
intra-epitelial em 18 pacientes (18/40; 45% dos casos). Média

de idade dos pacientes foi de 39,6 anos (16 a 85 anos), sendo
12 do sexo masculino. Dois casos apresentavam associação
com imunodeficiência comum variável. Jejunite ulcerativa foi
observada em 2 pacientes e linfoma T enteropático em 1 paciente.
Conclusões: 1. EAB proporciona avaliação do intestino delgado
e confirmação histológica em pacientes com diarreia e suspeita
de doença celíaca; 2. EAB é útil no segmento destes pacientes,
especialmente no diagnóstico de jejunite ulcerativa e neoplasia.
Importãncia do Bypass Gástrico em Y de
Roux no Controle do Diabetes Mellitus
Tipo 2
Temário: Cirurgia / Obesidade
Autores / Nome para Referência / Instituição: CARLENO DA
SILVA COSTA / COSTA, C.S. / UFPA; BERNARD COSTA FAVACHO /
FAVACHO, B.C. / UFPA; RENAN DOMINGUES GAVIÃO DE CARVALHO /
CARVALHO, R.D.G. / CESUPA; TAINÁ RIPARDO GUERRA / GUERRA,
T.R. / CESUPA; FERNANDA BRAGAGNOLO REMOR / REMOR, F.B. /
184 CESUPA; MÁRCIA RODRIGUES IONTA / IONTA, M.R. / CESUPA;
RAQUEL ALMEIDA CUNHA / CUNHA, R.A. / CESUPA; TÁRIK OLÍVAR
DE NUNES VALENTE / VALENTE, T.O.N. / CESUPA;
Resumo
Introdução: O diabetes mellitus do tipo 2 (DM2) é uma doença
metabólica complexa, multifatorial e de presença global. Estudos
apontam que modificações anatômicas de várias regiões do trato
gastrointestinal parecem contribuir também para melhora do
DM2 através de mecanismos fisiológicos distintos. Sendo assim, a
cirurgia bariátrica é extremamente eficiente no controle de algumas
doenças associadas, especialmente o DM2. Objetivo: Evidenciar
a influência da técnica Bypass Gástrico em Y de Roux (BGYR)
no controle do DM2. Metodologia: Estudo realizado através
de levantamento bibliográfico dos últimos 5 anos, publicados na
Bireme, Medline, Scielo e Lilacs. Resultados: Atualmente, o
BGYR é o procedimento cirúrgico mais empregado no controle
de pacientes obesos com DM2. Os mecanismos responsáveis
pela perda de peso e pelo controle das doenças associadas
são decorrentes do efeito restritivo (grau de má absorção) e de
fatores hormonais (glucagon-like peptide-1) responsáveis pelo
controle do apetite (grelina) e velocidade do trânsito intestinal
do alimento. Indicações para o BGYR: pacientes com IMC >40
kg/m2 ou com IMC >35 kg/m2 com comorbidades (hipertensão
arterial, dislipidemia, DM2, entre outras). Conclusão: O BGYR é
um método extremamente eficiente de controle do DM2, doença
tradicionalmente considerada progressiva e ainda é a mais utilizada
para tratar obesidade com muita consistência no resultado (até
98% de remissão da doença) e possui poucas complicações a
longo prazo.
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
Imunodeficiência Comum Variável Como
Diagnóstico Diferencial de Doença de
Crohn
Temário: Gastroenterologia / Intestino
Autores / Nome para Referência / Instituição: MARIA HELENA
LOUZADA PEREIRA / LOUZADA, M.H. / SERVIÇO DE GASTROENTEROLOGIA
UFRJ; LUCIANA VANDESTEEN / VANDESTEEN L. / SERVIÇO DE
GASTROENTEROLOGIA UFRJ; CYRLA ZALTMAN / ZALTMAN, C. / SERVIÇO
DE GASTROENTEROLOGIA UFRJ; HEITOR SIFFERT PEREIRA DE SOUZA
/ SOUZA, H.S.P. / SERVIÇO DE GASTROENTEROLOGIA UFRJ; CESAR
AMORIM / AMORIM, C. / SERVIÇO DE GASTROENTEROLOGIA UFRJ;
ANTÔNIO JOSÉ DE V. CARNEIRO / CARNEIRO, A.J.V. / SERVIÇO DE
GASTROENTEROLOGIA UFRJ; HOMERO FOGAÇA / FOGAÇA, H. / SERVIÇO
DE GASTROENTEROLOGIA UFRJ; MÁRCIA HENRIQUES DE MAGALHÃES
COSTA / COSTA, M.H.M. / SERVIÇO DE GASTROENTEROLOGIA UFRJ;
Resumo
Introdução: A imunodeficiência comum variável é uma
deficiência primária caracterizada por hipogamaglobulinemia
e deficiência na produção de anticorpos, que se apresenta
comumente com diarreia. Objetivos: Descrever o caso de um
paciente com diarreia e diagnóstico equivocado de doença de
Crohn por 21 anos até o diagnóstico de imunodeficiência comum
variável. Relato do caso: 38 anos, há 21 anos com diarreia alta (6
evacuações/dia). Queixava-se de artralgias, úlceras aftóides orais
e linfadenopatia periférica. Colonoscopia evidenciava ulcerações
rasas e hiperplasia linfoide no íleo terminal. Devido à hipótese de
doença de Crohn foi iniciado tratamento empírico com mesalazina
e prednisona sem melhora clínica significativa. No seguimento
clínico apresentou diversas intercorrências infecciosas como
pneumonias e sinusites de repetição, tuberculose pulmonar e
gastrite por citomegalovírus, que proporcionaram a hipótese
de imunodeficiência, confirmada a seguir com a baixa dosagem
das imunoglobulinas e o histopatológico. Resultados: Iniciado
tratamento com reposição de Imunoglobulina venosa, evoluindo
com melhora sintomática. Conclusões: A imunodeficiência
comum variável se manifesta com infecções recorrentes
sinopulmonares e gastrointestinais. O acometimento deste último
é complexo, podendo simular outras patologias como o Crohn.
A histopatologia tem papel fundamental na elucidação diagnóstica,
assim como a dosagem de imunoglobulinas.
Imunoexpressão de Proteínas Juncionais
(Claudina 1, 3 e 4), Ciclooxigenase-2 e
Infiltrado Inflamatório em Pacientes com
Doença do Refluxo Erosiva e não Erosiva
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para Referência / Instituição: SILVANA
SARTORI BALBINOT / BALBINOT, S.S. / UCS; PAULO SAKAI / SAKAI, P.
/ USP; ULISSES RIBEIRO JR. / RIBEIRO JR, U. / USP; RAUL ANGELO
BALBINOT / BALBINOT, R.A. / UCS; ADRIANA SAFLATE-RIBEIRO /
SAFLATE-RIBEIRO,A / USP; RAFAEL SARTORI BALBINOT / BALBINOT,
R.S. / ULBRA; VENÂNCIO A. F. ALVES / ALVES, V.A.F. / USP; FLAIR
JOSÉ CARRILHO / CARRILHO, F.J. / USP;
Resumo
Objetivo: Caracterizar a imunoexpressão (IE) das proteínas
juncionais: claudinas 1, 3 e 4, Cox-2, proteínas pró-inflamatórias
e infiltrado inflamatório, incluindo linfócitos (CD45), linfócitos
T (CD3), linfócitos B (CD20 ) e células natural killer (CD57)
em pacientes com doença do refluxo não-erosiva (DRNE) em
comparação com esofagite erosiva (EE) tipo A ou B (LA). Método:
28 pacientes com DRNE foram comparados com 31 pacientes
com EE. Os controles foram 16 amostras esofágicas normais. 4
biópsias de esôfago foram tomadas via endoscópica a partir de
5 e 10 cm da linha Z. Imunohistoquímica para Claudinas 1, 3 e 4,
Cox-2, CD3, CD20,CD45 e CD57 foi realizada utilizando o método
avidina-biotina peroxidase. Resultados: Não houve diferença
entre os resultados das biópsias sobre (IE) Cox-2, infiltrado
inflamatório e moléculas das proteínas juncionais. Claudinas 1 e 4
mostraram um aumento na (IE) na DRNE, em comparação com o
EE, enquanto não houve diferença na claudina 3 entre os grupos.
A Cox-2 mostrou uma (IE) aumentada no grupo EE. Houve um
aumento da (IE) de CD3,CD57 e CD20 linfócitos no EE em
comparação com o DRNE, enquanto que não houve diferença
para o CD45. Conclusões: 1. A (IE) das claudinas 1 e 4 está
diminuída na EE, quando comparada a DRNE. 2. Inflamação está
aumentada na EE, principalmente devido à infiltração de linfócitos
T (CD3 e CD57) e linfócitos B, 3. Inibidores da Cox-2 poderiam
ser utilizados para diminuir o dano epiteliais em EE.
Incisão Endoscópica das Membranas
Esofágicas na Síndrome de Plummer-
Vinson
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para Referência / Instituição: JULIANA
HIRATSUKA / HIRATSUKA, J. / ISCMSP; MAURÍCIO SAAB ASSEF
/ ASSEF, M.S. / ISCMSP; WAGNER VALENTINO / VALENTINO, W.
/ ISCMSP; ADRIANO DE VAZ CUBAS / CUBAS, A.V. / ISCMSP;
AUGUSTO CARBONARI / CARBONARI, A. / ISCMSP; IGOR ANTUNES
MARCHETTI / MARCHETTI, I.A. / ISCMSP; ALINE PAULA DE SOUZA
SILVA / SILVA, A.P.S. / ISCMSP; FÁBIO MARIONI / MARIONI, F. /
ISCMSP.
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
Resumo
Introdução: A presença de disfagia, anemia ferropriva e
membranas esofágicas caracterizam a Síndrome de Plummer-
Vinson, que tem sua incidência mais frequente em mulheres de
meia idade. O diagnóstico é baseado na evidência de anemia
ferropriva e membranas esofágicas detectadas por esofagograma
ou endoscopia digestiva alta. O tratamento consiste na
suplementação de ferro e controle da disfagia. Este controle é
feito geralmente por dilatações com sondas do esôfago. Relato
de casos: Os autores relatam o uso de incisões endoscópicas
para o alívio da disfagia em dois pacientes com Síndrome de
Plummer-Vinson. Em ambos os pacientes não foi possível a
passagem com segurança de fio-guia de Savary-Gilliard, afim de
proceder com as dilatações esofágicas, sendo, então optado pela
incisão endoscópica. Ambos os pacientes evoluíram com melhora
da disfagia e sem complicações relacionadas ao procedimento.
Discussão: o uso de incisão endoscópica para o tratamento
de estenoses esofágicas relacionadas à Síndrome de Plummer-
Vinson é alternativa técnica endoscópica para o alívio da disfagia
destes pacientes. Mais estudos são necessários para avaliar sua 185
segurança e resultados a longo prazo.
Indicadores Nutricionais Associados
à Sobrevida de Pacientes com Câncer
de Esôfago Internados em Hospital
Universitário
Temário: Cirurgia / Esôfago
Autores / Nome para Referência / Instituição: MARIA
APARECIDA COELHO DE ARRUDA HENRY / HENRY M.A.C.A. / FMB
UNESP; VANIA CRISTINA LAMÔNICA / LAMÔNICA V.C. / FMB
UNESP; LIDIA RAQUEL CARVALHO / CARVALHO L.R. / IBB UNESP;
FERNANDO MORETO / MORETO F. / FMB UNESP; ROBERTO CARLOS
BURINI / BURINI R.C. / FMB UNESP.
Resumo
Dentre os tumores que acometem o trato gastrointestinal, o
câncer de esôfago (CE) é o de pior prognóstico, tendo em
vista a sua agressividade clínica. A disfagia só aparece quando
75% da luz esofágica foi comprometida, impedindo a adequada
ingestão alimentar. Desta forma, o estado nutricional deve estar
conectado à sobrevida desses pacientes. Este trabalho procura
estabelecer associações de indicadores do estado nutricional
com o estadiamento da doença e sobrevida dos pacientes. Foram
estudados 26 pacientes (24 homens e 2 mulheres, 58,4 ± 11,8
anos) internados (HC-Faculdade de Medicina de Botucatu,
UNESP) com diagnóstico de CE. Todos foram submetidos à
avaliações antropométricas (cálculos de IMC, adiposidade

e massa muscular) e laboratoriais (linfócitos, albumina [Alb]
e glutationa [GSH]). A análise estatística (p=0,05) para as
variáveis dependentes de estadiamento da doença (ANOVA),
ocorrência de óbito (teste t de Student) e tempo de sobrevida
(teste Kaplan-Meyer) mostrou que o estadiamento EII (TNM)
discriminou os pacientes mais jovens (49 ± 10 anos) e de maior
sobrevida (13,3 ± 2,5 meses). A morte prematura (4,1 ± 2,8
meses) apresentou tendência associativa com os mais velhos
(p=0,09) e com maiores concentrações de GSH (p=0,08). Em
contrapartida, a normoalbuminemia foi a única variável associada
à maior sobrevida dos pacientes (p=0,03). Portanto, indicadores
bioquímico-nutricionais constituem preditores úteis ao prognóstico
de sobrevida de pacientes com câncer de esôfago.
Infecção pelo Helicobacter pylori e seu
Potencial Risco para o Desenvolvimento
do Câncer Gástrico
Temário: Gastroenterologia / Estômago/Duodeno
Autores / Nome para Referência / Instituição: DENIS
186 CONCI BRAGA / BRAGA, D.C. / UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA
CATARINA (UNOESC); JAMILE LEDA SPESSATTO / SPESSATTO, J.L. /
UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA (UNOESC); RICARDO
SCOPEL PASINI / PASINI, R.S. / UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA
CATARINA (UNOESC).
Resumo
Introdução: Há um grande número de estudos e evidências
que implicam o Helicobacter pylori na gênese do câncer gástrico.
A carcinogênese do estômago apresenta múltiplas etapas, que
vão desde a gastrite atrófica até o adenocarcinoma. Objetivo:
Verificar a prevalência do helicobacter em amostras biopsiadas
de locais diferentes da mucosa gástrica, observar a presença de
lesões macroscópicas indicativas de câncer gástrico, bem como
sua associação à infecção pelo micro-organismo. Casuística:
Foram avaliados 271 pacientes, provenientes do Sistema Único de
Saúde, que realizaram endoscopia digestiva alta em clínica sediada
no município de Joaçaba. Método: Estudo prospectivo realizado
entre 2009 e 2010, através da análise dos laudos endoscópicos.
Os achados foram relacionados com a presença do H. pylori
através do teste rápido da urease. Resultados: Das endoscopias
analisadas, 62% (n=168) eram do sexo feminino. A faixa etária
de maior prevalência foi dos 30 a 39 anos. Quanto à realização
do teste da urease, 77 pacientes tiveram positividade no corpo
gástrico, 50 no antro e 56 em ambas as regiões. O teste foi negativo
em 88 pacientes. O achado endoscópico mais prevalente foi a
gastrite endoscópica antral enantematosa (32,4%). Conclusão:
Dentre as regiões anatômicas gástricas analisadas, a prevalência
maior da bactéria se deu na região do corpo gástrico. A doença
ulcerosa gástrica deve ser investigada com maior suspeição por
constituir fator de risco para o adenocarcinoma gástrico.
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
Infecção Sistemica Grave por
Strongyloides Stercoralis em
Imunocompetente
Temário: Gastroenterologia / Estômago/Duodeno
Autores / Nome para Referência / Instituição: VICTOR ROSSI
BASTOS / BASTOS, V.R. / HSA-OSID; DANIELE DO NASCIMENTO
PEREIRA / PEREIRA, D.N. / HSA-OSID.
Resumo
Paciente JBL, sexo masculino, 51 anos, negro, casado, natural
e procedente de Salvador, pedreiro. QP: Edema de MMII há 15
dias. História: Há 15 dias, iniciou quadro de edema em MMII,
progressivo até raiz de coxa e bolsa escrotal. Nega aumento do
volume abdominal, Dispneia, edema em face, alterações diurese
ou dejeções. Perda ponderal de 30 kg em um ano.Episódios
de vômitos com conteúdo alimentar há 2 meses. Episódios de
parasitose de repetição há um ano. Etilismo esporádico nos
finais de semana. Ao exame paciente em regular estado geral
e nutricional. Extremidades: edema 3+/4+ até raiz de coxas.
Pele: ressecamento importante de MMII. Realizada investigação
diagnóstica para síndrome edematosa, sendo afastadas disfunção
renal (proteinúria de 24h sem alterações) e insuficiência cardíaca
e hepática. Feita suspeita de enteropatia perdedora de proteína
(albumina 1,6), sem diarreia. Endoscopia Digestiva Alta 25-03-11
(EDA) mostrou aspecto sugestivo de linite plástica, com biópsia
gástrica com presença de larvas de Strongiloydes stercoralis.
Feito tratamento com Ivermectina e Albendazol. EDA 28-06-11
controle, após tratamento, evidenciou infiltração difusa da mucosa
gastroduodenal, porém não sugestiva de linite plástica. Biópsia
realizada durante exame, demonstrou manutenção das larvas do
helminto. Sorologias para HIV, HTLV e hepatites virais não reagente.
Parasitológico de fezes da admissão evidenciou presença de
parasitas intestinais (ascaridíase, amebíase e ancilostomíase).
Infiltração Intestinal em Paciente com
Leucemia Mieloide Aguda: Relato de
Caso
Temário: Endoscopia / Colonoscopia
Autores / Nome para Referência / Instituição: CARLENO DA
SILVA COSTA / COSTA, C.S. / UFPA; BERNARD COSTA FAVACHO /
FAVACHO, B.C. / UFPA; RENAN DOMINGUES GAVIÃO DE CARVALHO
/ CARVALHO, R.D.G. / CESUPA; RENARA CRISTINA DE ÁVILA /
ÁVILA, R.C. / CESUPA; DANIELLA LOUREIRO DOS SANTOS / SANTOS,
D.L. / CESUPA; RAISSA TORRINHA SILVA DE FARIAS / FARIAS,
R.T.S. / CESUPA; MÁRCIA RODRIGUES IONTA / IONTA, M.R. /
CESUPA; VIRGINIA SOARES VAN DEN BERG / VAN DEN BERG, V.S.
/ CESUPA;
Resumo
Introdução: A Leucemia Mieloide Aguda (LMA) caracteriza-
se pela proliferação clonal e pelo bloqueio maturativo das células
hematopoéticas, com substituição difusa da medula óssea por
células neoplásicas. A LMA acomete predominantemente idosos
acima de 60 anos de idade. Relato de caso: MSN, sexo
femino, 51 anos, mal estado geral, anictérica, sem antecedentes
pessoais, queixando-se de vômitos incoercíveis durante 2 meses,
sendo iniciado investigação com endoscopia digestiva alta (EDA)
com normalidade de resultados. Foi solicitado colonoscopia
(C), diagnosticando lesão ulcerosa em cólon ascendente, feito
a biópsia da lesão foi encaminhada para avaliação laboratorial.
Enquanto aguardava o resultado, a mesma apresentou anemia e
células blásticas através de Hemograma Completo, com indicação
para realização do Mielograma, cujo resultado foi de LMA– M2.
Ao resultado da biopsia: Sarcoma Granulocítico, compatível com
LMA. Definiu-se como conduta: Transplante de medula e o início
de quimioterapia, recebendo Arac® e Zavedos®, observando
a remissão do quadro de vômitos. Paciente acompanhada,
clínicamente, durante 8 meses e submetida à nova C observando
regressão total da lesão. Conclusão: o Sarcoma Granulocítico é
um tumor que frequentemente aparece em pacientes portadores
de LMA. O diagnóstico pode ser dificultado, principalmente nos
casos sem acometimento sistêmico, nos quais os exames de
imagem e as manifestações clínicas pouco diferem de outras
doenças.
Influência das Condições Clínicas e
Nutricionais Pré-Operatórias na Evolução
de Pacientes com Neoplasia Periampolar
(Np) Submetidos à Cirurgia
Temário: Cirurgia / Pâncreas
Autores / Nome para Referência / Instituição: HELOISA
MARTINS SOMMACAL / SOMMACAL, H.M. / PROGRAMA DE PÓS-
GRADUAÇÃO EM MEDICINA: CIÊNCIAS CIRÚRGICAS; VIVIAN PIERRI
BERSCH / BERSCH V.P. / GRUPO DE VIAS BILIASRES E PÂNCREAS DO
HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE; SANTO PASCUAL VITOLA /
VITOLA S.P. / GRUPO DE VIAS BILIARES E PÂNCREAS DO HOSPITAL DE
CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE; ALESSANDRO BERSCH OSVALDT / OSVALDT
A.B. / PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MEDICINA: CIENCIAS
CIRURGICAS; GRUPO DE VIAS BILIARES E PÂNCREAS DO HCPA;
Resumo
Introdução: Estado clínico e reservas nutricionais no pré-
operatório de pacientes com NP podem influenciar no seu
desfecho e prognóstico. Objetivo: Relacionar estado clínico e
nutricional de pacientes com NP pré-op com tempo de internação
e complicações. Método: Pacientes com NP submetidos à
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
cirurgia pela Equipe de Pâncreas e Vias Biliares do HCPA, de 03/10
a 08/11 foram avaliados pelo %PP, IMC, circunferência muscular
do braço, albumina, transferrina e escalas de performance NRI
e NRS. Desfechos avaliados as complicações clínicas e dias de
hospitalização. Resultados: Os pacientes foram divididos em
dois grupos conforme a quantidade de parâmetros nutricionais
alterados: G1menos de 3 exames alterados (15 pacientes) e G2
três ou mais parâmetros alterados (31 pacientes). Desses 24
tinham DM e 29 HAS. Entre eles 28 eram ex tabagistas, 8 ainda
fumavam e 10 nunca fumaram. Tempo de internação foi menor
no G1(média 18 dias ± 3,54) que no G2 (média 21 dias ± 7,96).
As complicações pós-op. foram encontradas em igual proporção
nos 2 grupos, porém o número de complicações por pessoa
ficou menor no G1 (média 1,3 ± 0,54) que G2 (média 1,9 ± 0,4)
(p=0,42). Conclusão: Pacientes com maiores alterações nos
parâmetros avaliados tiveram tempo de internação e número de
complicações pós-operatórias maiores que aqueles com melhor
status pré-operatório, sendo necessário o desenvolvimento e
aplicação de protocolos de reabilitação nutricional antes do
procedimento(FIPE – HCPA, GENOPROT – CNPq).
187
Ingesta de Sal Induzindo Lesão Aguda
em Mucosa Gástrica: Relato de um Caso
no Gastrocentro-Unicamp
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para Referência / Instituição: JÚLIA CARDOSO
VAZ DIAS / DIAS J.C.V. / UNICAMP; LEONARDO NOGUEIRA TAVEIRA /
TAVEIRA, L.N. / UNICAMP; ALEXANDRE KHODR FURTADO / FURTADO,
A.K. / UNICAMP; SINNARA SOUZA LISBOA / LISBOA, S.S. / UNICAMP;
CRISTIANE KIBUNE NAGASAKO / NAGASAKO, C.K. / UNICAMP; CIRO
GARCIA MONTES / MONTES, C.G. / UNICAMP; ADEMAR YAMANAKA
/ YAMANAKA, A. / UNICAMP; JOSÉ OLYMPIO MEIRELLES-SANTOS /
MEIRELLES-SANTOS, O. / UNICAMP;
Resumo
Introdução: A mucosa do trato gastrointestinal está susceptível
a lesões causadas por diversas substâncias exógenas,
conhecidamente anti-inflamatórios não-Esteroides e substâncias
cáusticas. A agressão causada pelo sal é rara e pouco estudada.
Objetivo: Descrever o caso de um paciente que procurou o PS
do HC Unicamp com quadro de hematemese após a ingesta de
grande quantidade de sal. Relato de caso: JCB, masculino, 33
anos, com diagnóstico de esquizofrenia sem acompanhamento
psiquiátrico regular, apresentou hematêmese em pequena
quantidade cerca de 18 horas após ingesta de aproximadamente
200g de sal de cozinha associado à pequena quantidade de
perfume (3 borrifadas). Negava uso de outras medicações ou
drogas. Encontrava-se em BEG, PA 120 x 80 mmHg, FC 72.
Exames laboratoriais: Hb 12,9; Ht 34,7%; AP 82%; RNI 1,13;

R 0,99. A endoscopia digestiva alta (EDA) realizada 24 horas
após a ingesta demonstrou grande úlcera com focos de necrose
acometendo corpo e antro quase circunferencialmente. Esôfago e
duodeno sem lesões. Após 6 dias de jejum enteral e omeprazol
endovenoso, foi iniciada dieta oral. Não apresentou novos
sangramentos. O omeprazol foi mantido em dose convencional
via oral. EDA 4 meses após evidenciou cicatrização completa da
lesão. Conclusão: O sal pode causar lesão em mucosa gástrica
podendo ser tratada com repouso enteral e uso de inibidor
da bomba de prótons. A sua patogenia, no entanto, ainda é
desconhecida.
Ingestão de Corpo Estranho: Experiência
de um Centro de Referência
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para Referência / Instituição: CARLA
ANDRADE LIMA / LIMA, C.A. / HGRS; DANIELA TEIXEIRA OLIVEIRA
/ OLIVEIRA D.T. / HGRS; LÍVIA MASCARENHAS DANTAS / DANTAS
188 L.M. / HGRS; MÁRCIO RIOS LEITE / LEITE M.R. / HGRS; JOÃO
CARLOS DOS SANTOS BARRETO / BARRETO J.C.S. / HGRS; VICTOR
ALVES GALVÃO / GALVÃO V.A. / HGRS; MARCOS CLARÊNCIO BATISTA
SILVA / SILVA M.C.B. / HGRS; IGELMAR BARRETO PAES / PAES I.B.
/ HGRS.
Resumo
Introdução: A ingestão de corpo estranho é uma frequente
causa de emergência gastrointestinal. A maioria é eliminada
espontaneamente do trato digestivo, entretanto cerca de 10-
20% necessita de retirada endoscópica ou cirúrgica. Objetivos:
Analisar o perfil dos pacientes com ingestão de corpo estranho
em um centro de endoscopia na cidade de Salvador-BA.
Métodos: Foi realizado um estudo retrospectivo em um centro
de referência em endoscopia de emergência. Foram revisados
todos os laudos de endoscopia digestiva alta durante o período
de Agosto/2010 a Agosto/2011. Resultados: Foram realizadas
5882 endoscopias, sendo que 556 (9.5%) tiveram como
indicação ingestão de corpo estranho. A maioria dos pacientes
(32.9%) eram crianças entre 0 e 10 anos. Adultos na 4a e 5a
décadas correspondiam a 14.6% e 16.9%, respectivamente.
O sexo feminino representava 50,9% dos pacientes. Em 290
exames (52.2%) foram identificados corpos estranhos. A
maioria dos corpos estranhos (63.8%) estava no esôfago,
18.4% na orofaringe, 12.8% em estômago e apenas 1.7% no
duodeno. Os principais corpos estranhos encontrados foram
moeda (36.2%) e espinha de peixe (30%). Foram relatadas 28
complicações, sendo 50% laceração. Conclusões: A maioria
dos pacientes com ingestão de corpo estranho eram crianças
e a localização mais comum o esôfago, dados semelhantes aos
de outros centros. Foi observada uma elevada frequência de
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
espinhas de peixe nos exames, o que pode estar relacionado ao
fato de nossa cidade ser litorânea.
Injeção Perifístular de Adalimumab
em Pacientes com Doença de Crohn
Fistulizante Resistentes ao Infliximab
Temário: Gastroenterologia / Intestino
Autores / Nome para Referência / Instituição: MAURO
BAFUTTO / BAFUTTO, M. / INSTITUTO GOIANO DE GASTROENTEROLOGIA-
DISCIPLINA DE GASTROENTEROLOGIA DA FACULDADE DE MEDICINA
DA UFGO; DIOGO H. SALIBA SOUZA / SOUZA, D.H.S. / INSTITUTO
GOIANO DE GASTROENTEROLOGIA-DISCIPLINA DE GASTROENTEROLOGIA
DA FACULDADE DE MEDICINA DA UFGO; ALEXANDRE AUGUSTO
FERREIRA BAFUTTO / BAFUTTO, A.A.F. / FACULDADE DE MEDICINA
PUC-GO - INSTITUTO GOIANO DE GASTROENTEROLOGIA; RICARDO
DUARTE MARCIANO / MARCIANO, R.D. / FACULDADE DE MEDICINA
PUC-GO - INSTITUTO GOIANO DE GASTROENTEROLOGIA; IZABELLA
CRISTINA CARDOZO BOMFIM / BOMFIM, I.C.C. / FACULDADE DE
MEDICINA PUC-GO - INSTITUTO GOIANO DE GASTROENTEROLOGIA;
ENIO CHAVES DE OLIVEIRA / OLIVEIRA, E.C. / DEPARTAMENTO DE
CIRURGIA-LABORATÓRIO DE DOENÇA DE CHAGAS DA FACULDADE DE
MEDICINA DA UFGO; JOFFRE REZENDE FILHO / REZENDE FILHO, J. /
DISCIPLINA DE GASTROENTEROLOGIA DA FACULDADE DE MEDICINA DA
UFGO.
Resumo
Introdução: As fístulas se desenvolvem em cerca de um terço dos
pacientes com Doença de Crohn (DC). O tratamento da Doença de
Crohn Fistulizante (DCF) envolve diferentes estratégias. Objetivo:
Avaliar o tratamento da DCF por meio da injeção perifístular de
Adalimumab. Relato de caso: Três pacientes apresentando DCF
perianal em atividade, resistentes ao tratamento com Infliximab e
Azatioprina por um ano, foram submetidos à injeção perifístular de
adalimumab durante seis semanas. As visitas ocorreram nas semanas
0, 2, 4, 6, e em cada visita, respectivamente, onde foram injetadas
160mg, 80mg, 40mg, 40mg de adalimumab. Uma avaliação final foi
feita na semana 8. Durante cada visita, o paciente foi avaliado de
acordo com o PDAI (índice de atividade da doença perianal) e CDAI
(índice de atividade da Doença de Crohn).Resultados:Paciente 1 O
PDAI foi 15, 9, 6, 3 e 0 nas semanas 0, 2, 4, 6 e 8. Paciente 2 O PDAI
foi 11, 6, 3, 3 e 0 nas semanas 0, 2, 4, 6 e 8. Paciente 3 O PDAI foi 4 na
semana 0, e 0 nas semanas 2, 4,6 and 8. A DC nos pacientes 1, 2 e 3
estava em remissão ao final da oitava semana, com CDAI < 100, <150
e <100 respectivamente. Todos os pacientes tiveram o fechamento
completo da fístula ao final das oito semanas. Os pacientes foram
avaliados 6 meses após receberem tratamento de manutenção
sistêmico Sc de Adalimumab. Um paciente teve relapso da fístula.
Conclusão: A injeção perifístular de adalimumab mostrou-se de
fácil aplicação, bem tolerada e eficaz no tratamento da DCF.
Instabilidade Gástrica-Acotovelamento
pós Sleeve
Temário: Cirurgia / Obesidade
Autores / Nome para Referência / Instituição: ALCIDES
JOSÉ BRANCO FILHO / BRANCO, A.J. / SANTA CASA DE CURITIBA;
JOÃO ANTONIO SCHEMBERK JR. / SCHEMBERK, J.A. / SANTA CASA
DE CURITIBA; LUIS SÉRGIO NASSIF / NASSIF, L.S. / SANTA CASA DE
CURITIBA; LUIS FELIPE PERRIN OLIVEIRA / OLIVEIRA, L.F.P. / SANTA
CASA DE CURTIBA; DANIEL EMILIO DALLEDONE SIQUEIRA / SIQUEIRA,
D.E.D. / SANTA CASA DE CURITIBA; ALINE MORAES MENACHO /
MENACHO, A.M. / SANTA CASA DE CURITIBA; FELIPE XAVIER / XAVIER,
F. / SANTA CASA DE CURITIBA; ANDRÉ GUBERT WEISS / WEISS, A.G.
/ SANTA CASA DE CURITIBA.
Resumo
A gastrectomia vertical foi inicialmente descrita como parte
da operação de derivação biliopancreática. Atualmente, essa
cirurgia é uma alternativa viável como tratamento isolado da
obesidade mórbida. Publicações recentes demonstram que esse
procedimento é seguro em termos de morbimortalidade, com
adequada diminuição do IMC, e impacto positivo na resolução
das comorbidades relacionadas à obesidade. Porém, existem
complicações relacionadas à gastrectomia vertical como a fístula
do ângulo de Hiss e estenose do tubo gástrico. Objetivo:
Demonstrar a descoberta incidental de acotovelamento gástrico
após gastrectomia vertical, sem repercussões clínicas para a
paciente. Métodos: Paciente feminina, 38 anos, IMC=44,
submetida à gastrectomia vertical sem intercorrências. Um ano
após a cirurgia realizou videocolecistectomia e foi observado um
acotovelamento importante a nível de incisura angular. Como a
paciente era assintomática foram somente liberadas as aderências.
No pós-operatório da videocolecistectomia foi realizada uma
seriografia para visualização do resultado da gastrectomia
vertical. O exame demonstrou angulação importante em “C” do
estômago, porém sem prejuízo do esvaziamento gástrico. Apesar
de ter ocorrido um acotovelamento gástrico no pós-operatório da
gastrectomia vertical, esse não manifestou repercussões clínicas
para a paciente.
Insuficiência Adrenal por
Paracoccidioidomicose: Diagnóstico
Através de Punção Aspirativa por Agulha
Fina (Paaf) Guiada por Ecoendoscopia
Temário: Endoscopia / Ecoendoscopia
Autores / Nome para Referência / Instituição: LUCIANA
CLEAVER AUN / AUN, L.C. / SERVIÇO DE ENDOSCOPIA GASTROINTESTINAL
FMUSP; FRED OLAVO ARAGÃO ANDRADE CARNEIRO / CARNEIRO,
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
F.O.A.A. / SERVIÇO DE ENDOSCOPIA GASTROINTESTINAL FMUSP;
DALTON MARQUES CHAVES / CHAVES, D.M. / SERVIÇO DE ENDOSCOPIA
GASTROINTESTINAL FMUSP; ELISA RYOKA BABA / BABA, E.R. /
SERVIÇO DE ENDOSCOPIA GASTROINTESTINAL FMUSP; THIAGO NUNES
SANTOS / SANTOS, T.N. / SERVIÇO DE ENDOSCOPIA GASTROINTESTINAL
FMUSP; HUMBERTO SETSUO KISHI / KISHI, H.S. / SERVIÇO DE
ANATOMIA-PATOLÓGICA FMUSP; PAULO SAKAI / SAKAI, P. / SERVIÇO
DE ENDOSCOPIA GASTROINTESTINAL FMUSP; EDUARDO GUIMARÃES
HOURNEAUX DE MOURA / MOURA, E.G.H. / SERVIÇO DE ENDOSCOPIA
GASTROINTESTINAL FMUSP;
Resumo
Introdução: A descoberta de nódulos adrenais funcionantes
ou acidentais é relativamente frequente. A punção endoscópica
ecoguiada pode ser opção para os casos de dúvida diagnóstica,
como na paracoccidiomicose adrenal. Objetivo: Apresentar
relato de infecção fúngica da adrenal diagnosticada por PAAF
via ecoendoscopia. Relato: Paciente masculino, 56 anos, ex-
trabalhador rural, iniciou quadro de escurecimento de pele e
189
mucosas associado à confusão mental e hipotensão arterial.
Dados laboratoriais demonstraram hiponatremia, hipercalemia,
ACTH elevado e níveis baixos de cortisol, aldosterona e
dehidroepiandosterona. Tomografia de abdome identificou nódulos
em adrenais, de aspecto inespecífico. Foi realizada ecoendoscopia
com PAAF em adrenal direita. O anatomopatológico evidenciou
estruturas fúngicas com esporulação múltipla, compatíveis
com Paracoccidioides sp. Iniciada terapia com anfotericina B e
manutenção com sulfametoxazol-trimetropim. Para correção
dos distúrbios hormonais crônicos foi utilizado prednisona e
fludrocortisona. Conclusão: Não é comum a punção por
agulha fina de adrenais através da ecoendoscopia, pois pouco
se consegue diferenciar citologia de tumores benignos de
carcinomas. No caso descrito, visto que o nódulo adrenal
acarretou em alterações hormonais e os achados tomográficos
foram inespecíficos, a PAAF foi fundamental para diagnóstico.
Nestes casos, a punção ecoguiada pode ser boa opção, com
baixas taxas de complicações descritas (2,8%).
Insuficiência Renal Aguda Associada à
Hepatite Aguda a Grave: Relato de Caso
Temário: Gastroenterologia / Fígado
Autores / Nome para Referência / Instituição: LÍVIA CAPRARA
LIONÇO / LIONÇO L.C. / UFCSPA; ANE MICHELI COSTABEBER /
COSTABEBER A.M. / UFCSPA; SUELEN APARECIDA DA SILVA MIOZZO
/ MIOZZO S.A.S. / UFCSPA; JONATHAN SOLDERA / SOLDERA J.
/ UFCSPA; JEFERSON GASS / GASS J. / UFCSPA; MAIARA
ISABEL MUSSKOPF / MUSSKOPF I.M. / UFCSPA; JORGE ALBERTO
JOHN / JOHN J.A. / UFCSPA; LUCIANA DOS SANTOS SCHRAIBER /
SCHRAIBER L.S. / UFCSPA;

Resumo
Introdução: O envolvimento renal é comum nas hepatites pelos
vírus B e C, porém pouco reconhecido na hepatite pelo vírus A
(HVA). Recentemente foram descritas complicações sistêmicas
do HVA, entre elas, artrite, crioglobulinemia e insuficiência
renal. Objetivo: Descrever um caso de hepatite aguda A
grave complicada por perda da função renal. Relato de caso:
Paciente do sexo masculino, 25 anos, previamente hígido, procura
atendimento por icterícia, artralgia, anorexia e picos febris há
8 dias. Sem história de uso de drogas ou álcool. Apresentava
hiperbilirrubinemia e elevação de transaminases. Ecografia
abdominal sem alterações. Diagnosticada hepatite aguda por
HVA (anti-HVA IgM+). Evoluiu com anemia, piora da icterícia e
das provas de coagulação. Apresentou também perda da função
renal, sugestiva de necrose tubular aguda. Aventada possibilidade
de outra hepatopatia associada. Biópsia hepática evidenciou
inflamação lobular e portal e áreas de apoptose, compatível com
quadro de hepatite viral aguda. Afastada doença de Wilson. Após
tratamento conservador, apresentou melhora laboratorial gradual,
190 recebendo alta hospitalar assintomático. Discussão: A nefropatia
relacionada ao HVA geralmente é leve, manifestada por discreta
proteinúria ou microhematúria, com recuperação espontânea.
Conclusão: Neste caso foi descrita uma apresentação atípica da
hepatite pelo HVA. Assim, é importante considerar tal diagnóstico
nos pacientes com quadro de hepatite aguda e perda da função
renal.
Investigação Diagnóstica em Hepatite
por Escarlatina: Relato de um Caso
Temário: Gastroenterologia / Gastropediatria
Autores / Nome para Referência / Instituição: MIRELLA
CRISTIANE DE SOUZA / SOUZA, M.C. / FURB; ALINE CONCATO /
CONCATO, A. / FURB; DIEGE TOSTA MARCON / MARCON, D.T. /
FURB; CARLA CRISTINE DA SILVA / SILVA, C.C. / FURB; THALITA
CRISTINA POKRYVIECKI / POKRYVIECKI, T.C. / FURB.
Resumo
Escarlatina é uma infecção sistêmica causada por Streptococo
beta hemolítico do grupo A, após infecção de via aérea superior
ou pele. As complicações frequentemente descritas são
glomerulonefrite e febre reumática. A hepatite por escarlatina
é rara e, quando acontece, deve se afastar doenças hepáticas
crônicas assintomáticas. J.M, 4 anos, branca, feminina. Inicia com
febre alta e exantema, sendo feito diagnóstico de escarlatina. Após
2 dias de evolução inicia com prurido, icterícia, colúria e acolia.
Realiza exames, com os seguintes Resultados: AST 200;ALT
310; BT 9,6; BD 3,9;GGT 450; FA 500;albumina 4; US de abdome
com hiperecogenicidade periportal e intra-hepática difusa. Pós
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
exames complementares e por piora clínica, inicia cefuroxima.
Realiza exames de investigação: sorologias para hepatites virais
negativas; STORCH negativos; FAN, anti- ML e anti-LKM NR;
alfa-1 anti-tripsina 362; ceruloplasmina 48,2 e cobre sérico
normal.Apresenta após 15 dias de evolução bom estado geral
e os seguintes exames: BT 1,64 ; BD 1,2; AST 66,10; ALT 119.
Na faixa etária pediátrica existem escassos casos publicados de
hepatite associada à escarlatina. A clínica típica e a resolução da
hepatite com antibioticoterapia adequada sugerem o diagnóstico.
Na faixa etária pediátrica uma doença aguda pode ser o “gatilho”
de uma doença crônica até então assintomática. Este caso serve
para reforçar a necessidade de investigação de doenças hepáticas
crônicas na vigência de hepatite por escarlatina.
Investigação Etiológica de Constipação
no Autismo: Relato de um Caso
Temário: Gastroenterologia / Gastropediatria
Autores / Nome para Referência / Instituição: MIRELLA
CRISTIANE DE SOUZA / SOUZA, M.C. / FURB; HUGO LEONARDO
MADEIRA MORENO / MORENO, H.L.M. / FURB; ROBÉRIO RODRIGO
HORA MELO / MELO, R.R.H. / FURB.
Resumo
Autismo é uma desordem do desenvolvimento neurológico de
etiologia desconhecida caracterizada por prejuízo severo na
interação social. A literatura atual sugere possíveis associações
entre autismo e disfunções gastrointestinais. A.S, 6 anos, branco,
masculino. Inicia com 1 ano atraso nos marcos de desenvolvimento
e aos 3 anos prejuízo na interação social, tendo diagnóstico de
autismo. Desde os 3 anos apresenta constipação em uso de
lactulona e óleo mineral, sem melhora. No último ano apresentou
escape fecal e encoprese. Ao exame físico apresenta distensão
abdominal, fezes em fossa ilíaca esquerda, peso e estatura entre
os percentis 25 e 50. A radiografia simples de abdome evidenciou
fecaloma e o enema opaco megacólon funcional. Tem anemia e
ferro sérico diminuído. Iniciado polietilenoglicol com melhora de
sintomas e solicitado exames de triagem para doença celíaca.
Constipação é um achado frequente em crianças, com prevalência
de até 29,6%. A constipação refratária é uma manifestação atípica
de doença celíaca, bem como a esquizofrenia, a depressão e o
autismo. Estudos recentes têm demonstrado relação entre doença
celíaca e autismo. Este caso serve para reforçar a necessidade
de investigação de doença celíaca em paciente autista com
constipação.
Isomerismo Esquerdo em Adulto: Imagem
da Sindrome de Heterotaxia e Relato de
Caso
Temário: Gastroenterologia / Miscelânia
Autores / Nome para Referência / Instituição: JONATHAN
SOLDERA / SOLDERA J. / UFCSPA; SUELEN APARECIDA DA SILVA
MIOZZO / MIOZZO S.A.S. / UFCSPA; ANE MICHELI COSTABEBER
/ COSTABEBER A.M. / UFCSPA; LÍVIA CAPRARA LIONÇO / LIONÇO
L.C. / UFCSPA; MICHELE DE LEMOS BONOTTO / BONOTTO M.L.
/ UFCSPA; GISA MORAES MURATT / MURATT G.M. / UFCSPA;
RAPHAEL BOESCHE GUIMARÃES / GUIMARÃES R.B. / UFCSPA.
Resumo
Introdução: Heterotaxia é uma condição rara caracterizada por
posição anômala de várias víscerasou parte delas. O resultado
é a associação com múltiplas anomalias congênitas. Poliesplenia
é uma subcategoria da heterotaxia, caracterizada pela presença
de múltiplos baços e uma tendência para os órgãos assimétricos
desenvolverem-se de forma simétrica, o que tem sido chamado de
isomerismo ou, “bilateral left-sidedness”. A incidencia de anomalias
cardíacas e muito alta, variando de 50 a 100%. Objetivo:
Descrever um caso de poliesplenia em paciente adulto, sem
evidências de anomalias cardíacas. Relato do caso: Paciente do
sexo feminino, 39 anos, previamente higida, procura atendimento
por dor epigástrica, náuseas e vômitos há 1 mês. Ressonância
de abdômen com múltiplos pequenos bacos, pâncreas truncado,
interrupção da veia cava inferior com continuação pela veia
azigos a mal-rotacao intestinal, situs ambíguo com poliesplenia
(isomerismo esquerdo-imagem anexa). Sinais de esteatose focal
nos segmentos V, VI e VII. Ecodopplercardigrama dentro dos
limites da normalidade. Discussão: A síndrome de poliesplenia
é complexa e na maioria dos casos é acompanhada por múltiplas
anormalidades, entre as mais comuns defeitos cardíacos.
Conclusão: Normalmente o diagnóstico é feito no nascimento.
Nosso objetivo é relatar um caso diagnosticado na idade adulta,
sem anomalias cardíacas associadas.
Isquemia Mesentérica por
Angiostrongilíase
Temário: Cirurgia / Intestino Delgado
Autores / Nome para Referência / Instituição: FELIPE ANDRÉ
MARASCA / MARASCA; F.A. / HUSM; RICARDO NERY DA SILVEIRA /
SILVEIRA; R.N. / HUSM;
Resumo
Angiostrongilíase abdominal é doença esporádica decorrente
da infecção pelo nematódeo Angiostrongylus costaricensis.
Pode manifestar-se como abdome agudo secundário à isquemia
mesentérica, além de marcada eosinofilia. Os hospedeiros
intermediários são os moluscos terrestres, os definitivos os
roedores e o acidental o homem. A infecção ocorre pela ingesta
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
da larva presente nos moluscos e no muco eliminado por eles.
O verme infiltra os vasos do mesentério provocando processo
inflamatório endotelial que leva à trombose e isquemia intestinal.
Sintomas são dor abdominal, náuseas e febre baixa que podem
ser confundidos com doença inflamatória intestinal e apendicite.
Pode ocorrer quadros de suboclusão intestinal e isquemia com
perfuração. O diagnóstico pode ser feito por sorologia (ELISA)
e por exame anatomopatológico. O tratamento cirúrgico é
necessário quando ocorre necrose intestinal. Paciente feminina,
18 anos, com dor abdominal difusa associado à eosinofilia.
À laparotomia evidenciou-se necrose de alça do íleo distal,
realizando-se enterectomia. No pós-operatório apresentou
fístula enterocutânea. O anatomopatológico evidenciou necrose
isquêmica, infiltrado eosinofílico e presença de nematódeo
na luz dos vasos sanguíneos, achados compatíveis com
angioestrongilíase. Realizado tratamento com Mebendazol e
tratamento cirúrgico da fístula, com boa evolução pós operatória.
Isquemia Mesentérica por Embolia
Arterial Cardiogênica 191
Temário: Cirurgia / Intestino Delgado
Autores / Nome para Referência / Instituição: SANDRO
NAMIKAWA / NAMIKAWA, S. / HMWF; DEBORA AZEREDO PACHECO
/ PACHECO, D.A. / HMWF; KAIO TOLEDO CARDOSO / CARDOSO, K.T.
/ HMWF; RODRIGO DIAS COSTA / COSTA, R.D. / HMWF; ADRIANO
RAMON CHAVES / CHAVES, A.R. / HMWF; LUIS GUSTAVO CAPOCHIN
ROMAGNOLO / ROMAGNOLO, L.G.C. / HMWF; MARCELO KASSOUF
/ KASSOUF, M. / HMWF; ELCIO SHIYOITI HIRANO / HIRANO, E.S. /
HMWF;
Resumo
Introdução: Isquemia mesentérica aguda é uma emergência
cirúrgica frequentemente fatal em grande parte pela demora
no diagnóstico. Tem como causas principais embolia arterial
cardiogênica, trombose arterial, trombose venosa mesentérica.
Caso CRM, 54 anos, masculino, quarto pós operatório de
apendicectomia, apresentava dor em flanco e fossa ilíaca
direita, distensão abdominal e dor à palpação abdominal difusa,
associado a 1 episódio de febre. Iniciado suporte clínico e
antibioticoterapia. Na TC abdômen: edema de alças intestinais
e trombo em ventrículo esquerdo. Evolui com sépse no 4° dia,
sendo submetido à laparotomia exploradora onde evidenciou-
se isquemia mesentérica. No 9° pós-operatório apresentou
fístula enterocutânea de alto débito e piora do estado geral. Foi
reabordado cirurgicamente e identificada deiscência anastomótica
com realização de ileostomia. Iniciou choque séptico após 2 dias,
evoluindo com insuficiência renal aguda anúrica e óbito após 7
dias. Discussão: Apesar do avanço dos métodos diagnósticos
e do conhecimento da fisiopatologia, o diagnóstico da isquemia

intestinal permanece clínico. O sucesso no tratamento depende,
do diagnóstico precoce e intervenção imediata. Conclusão:
Uma vez que a presença de sinais clínicos ou radiológicos
indicam lesão intestinal irreversível em pacientes com IMA, são
necessários critérios de seleção amplos, caso se queira alcançar
um diagnóstico precoce e um tratamento bem sucedido.
Leiomioma Esofágico Ressecado por
Toracoscopia
Temário: Cirurgia / Esôfago
Autores / Nome para Referência / Instituição: MAXWEL CAPSY
BOGA RIBEIRO / RIBEIRO, M.C.B. / UNICAMP; GUILHERME DELFINO
CALOMENI / CALOMENI, G.D. / UNICAMP; ANDRÉ BRANDALISE
/ BRANDALISE, A. / CENTRO MÉDICO DE CAMPINAS; NELSON
BRANDALISE / BRANDALISE, N. / CENTRO MÉDICO DE CAMPINAS;
JOÃO COELHO DE SOUZA NETO / COELHO NETO, JS / UNICAMP;
LUIZ ROBERTO LOPES / LOPES, L.R. / UNICAMP; NELSON ADAMI
ANDREOLLO / ANDREOLLO, N.A. / UNICAMP;
192
Resumo
Introdução: O leiomioma, embora raro, é o tumor benigno mais
comum do esôfago. Quando sintomático, sua ressecção está
indicada, classicamente por toracotomia, e, recentemente, com
crescente aceitação, por toracoscopia. Objetivo: Demonstrar e
discutir um vídeo de uma ressecção deste tumor por toracoscopia.
Relato de caso: Relatamos o caso de uma mulher, 56 anos,
com disfagia para sólidos e líquidos, associada à dor torácica
às alimentações, há 1 ano. EDA evidenciou tumor submucoso
esofágico, com cerca de 4 cm de diâmetro, a 30 cm da arcada
dentária superior. Tomografia revelou lesão esofágica exofítica,
homogênea, 1 cm abaixo da carina. Esofagograma mostrou falha
de enchimento com limites bem delimitados, compatível com
leiomioma de esôfago. Manometria foi normal. Foi submetida
à toracoscopia direita e realizada enucleação extra-mucosa
da lesão. Anátomo-patológico da peça evidenciou neoplasia
mesenquimatosa fusocelular cujo perfil imuno-histoquímico
confirmou se tratar de leiomioma. Discussão: A ressecção,
através de toracoscopia, do leiomioma esofágico tem se tornado
a abordagem de escolha, sendo factível, segura, com bons
resultados e excelente recuperação pós-operatória.
Leishmaniose Visceral (LV) como Causa
de Hepatite Aguda Fulminante Relato de
Caso
Temário: Gastroenterologia / Fígado
Autores / Nome para Referência / Instituição: CLARISSA
RIBEIRO VILLAR / VILLAR, C.R. / UNESP - FACULDADE DE MEDICINA
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
DE BOTUCATU; LETÍCIA DE CAMPOS FRANZONI / FRANZONI, L.C. /
UNESP - FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU; FERNANDO
GOMES DE BARROS COSTA / COSTA, F.G.B. / UNESP - FACULDADE
DE MEDICINA DE BOTUCATU; FERNANDO GOMES ROMEIRO / ROMEIRO,
F.G. / UNESP - FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU; FÁBIO DA
SILVA YAMASHIRO / YAMASHIRO, F.S. / UNESP - FACULDADE DE
MEDICINA DE BOTUCATU; CARLOS ANTÔNIO CARAMORI / CARAMORI,
C.A. / UNESP - FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU; FERNANDA
PLAZZI CARRARETTO / CARRARETTO, F.P. / UNESP FACULDADE DE
MEDICINA DE BOTUCATU; LÍGIA YUKIE SASSAKI / SASSAKI, L.Y. /
UNESP - FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU.
Resumo
Introdução: A LV é uma infecção parasitária causada pela
Leishmania que pode evoluir com comprometimento hepático
caracterizado por hepatite aguda grave. Caso: Gestante, 26a,
proc. Bauru-SP, apresentou quadro febril e parto normal prematuro.
Foi diagnosticada infecção puerperal e tratada com antibióticos,
porém evoluiu com febre, icterícia, colúria, dor abdominal em
epigástrio e hipocôndrio direito, aumento das enzimas hepáticas
e canaliculares, sendo encaminhada no 24º puerpério para o
HC/UNESP com icterícia e hepatoesplenomegalia. USG e TC de
abdome sem outras alterações. Sorologias virais negativas. Evoluiu
com pancitopenia e mielograma sem alterações. Biópsia hepática:
hepatite aguda em intensa atividade, microgranulomas e estruturas
compatíveis com LV. Apesar do início da Anfotericina B lipossomal
e do suporte hemoterápico, a paciente evoluiu com sangramento
abdominal, encefalopatia hepática e piora da função hepática e
renal e óbito no 31º puerpério. Discussão: Deve ser considerado
caso suspeito de LV a presença de febre e esplenomegalia em
pacientes de área endêmica, sendo o diagnóstico firmado com a
detecção do parasita em tecido infectado. O envolvimento hepático
é relatado em 2-28% dos pacientes, sendo a icterícia marcador de
mau prognóstico. Conclusão: A LV deve ser considerada em
casos de hepatite e febre prolongada principalmente em locais
endêmicos. É um problema de saúde pública e a falta de ações de
controle favorece a transmissão e o aumento da letalidade.
Lesão Colônica de Crescimento Lateral
Sobre Lipoma Pediculado: Relato de
Caso
Temário: Endoscopia / Colonoscopia
Autores / Nome para Referência / Instituição: RODRIGO DE
REZENDE ZAGO / ZAGO, R.R. / HOSPITAL SÍRIO LIBANES; CLÁUDIO
ROGERIO SOLAK / SOLAK, C.R. / HOSPITAL SÍRIO LIBANES; CAROLINA
VIANA TEIXEIRA / TEIXEIRA, C.V. / HOSPITAL SÍRIO LIBANES; DARIO
BIROLINI / BIROLINI, D. / HOSPITAL SÍRIO LIBANES; CLAUDIO AUGUSTO
VIANNA BIROLINI / BIROLINI, C.A.V. / HOSPITAL SÍRIO LIBANES;
ALVARO MOURA SERAPHIM / SERAPHIM, A.M. / HOSPITAL SÍRIO
LIBANES; VINICIUS PFUETZENREITER / PFUETZENREITER, V. / HOSPITAL
SÍRIO LIBANES; JOAO ELIAS CALACHE NETO / CALACHE NETO, J.E. /
HOSPITAL SÍRIO LIBANES;
Resumo
A existência de lesões adenomatosas como pólipos e lesões
de crescimento lateral (LST) sobre a mucosa que recobre os
lipomas do cólon é rara. Objetivo: Relatar caso de paciente
com diagnóstico endoscópio de LST sobre lipoma pediculado do
cólon. Revisar os casos na literatura e descrever a terapêutica
endoscópica. Casuística: Paciente de 81 anos, sexo masculino,
com antecedente de sigmoidectomia por adenocarcinoma há
dois anos, Submetido à colonoscopia em hospital especializado
de São Paulo SP. Resultados: Na colonoscopia, encontrou-se
LST de 4 cm sobre uma lesão pediculada de 6 cm, compatível
com lipoma, localizada no ângulo hepático. Foram realizadas
biópsias da LST com diagnóstico de adenoma com displasia de
alto grau. Optou-se por realizar colectomia direita. A literatura
relata três casos de lesões adenomatosas sobre lipomas, com
os seguintes tratamentos: dois endoscópicos (polipectomia e
mucosectomia do adenoma sobre o lipoma) e um cirúrgico. O
tratamento endoscópico de lipomas pediculados é recomendado
para pacientes com lesões sintomáticas maiores que 2,0 cm. A
preferência é pela aplicação de “endoloop” no pedículo com a
técnica de “ligar e deixar cair”. Conclusão: A concomitância
de lesões adenomatosas sobre lipoma do cólon é rara, havendo
apenas três outros casos semelhantes na literatura. O caso
relatado de LST sobre lipoma pediculado no cólon foi submetido ao
tratamento cirúrgico. Há possibilidade de tratamento endoscópio
para esse tipo de lesão.
Lesão Induzida por Hpv Retal
Mimetizando Padrão Vascular de
Adenoma Viloso
Temário: Endoscopia / Colonoscopia
Autores / Nome para Referência / Instituição: RODRIGO
DE REZENDE ZAGO / ZAGO, R.R. / HOSPITAL SÍRIO LIBANES; PAULO
ALBERTO FALCO PIRES CORREA / CORREA, P.A.F.P. / HOSPITAL SÍRIO
LIBANES; MARCELO AVERBACH / AVERBACH, M. / HOSPITAL SÍRIO
LIBANES.
Resumo
Introdução: Paciente de 34 anos, sexo feminino, submetia à
colonoscopia por alteração do hábito intestinal. À retrovisão no
reto, observam-se lesões elevadas junto ao canal anal, a maior
medindo 1,5 cm (imagens superiores). Realizada magnificação e
cromoscopia digital (FICE Fujinon). As imagens são compatíveis
com padrão tipo IV de abertura de criptas de Kudo (imagem
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
inferior esquerda) e tipo IV da classificação de padrão vascular
de Teixeira (imagem inferior direita), sugerindo diagnóstico de
adenoma viloso. As biópsias confirmaram diagnóstico de lesão
induzida por HPV (condiloma acuminado). Portanto, as lesões
induzidas pelo HPV podem se assemelhar aos adenomas vilosos
mesmo após utilização de magnificação e cromoscopia digital.
Lesão Subepitelial após Ressecção
Endoanal de Neoplasia: Papel
Diagnóstico da Ecoendoscopia
Temário: Endoscopia / Ecoendoscopia
Autores / Nome para Referência / Instituição: BRUNA
RICHARD MERCANTE SPELTA / SPELTA B.R.M. / INCA HC I; GUSTAVO
FRANCISCO DE SOUZA E MELLO / MELLO G.F.S. / INCA HC I; MARIA
APARECIDA FERREIRA / FERREIRA M.A. / INCA HC I; SIMONE
GUARALDI DA SILVA / GUARALDI S. / INCA HC I; JULIANA RIBEIRO
DA COSTA LINO / LINO J.R.C. / INCA HC I; ANA CAROLINA MARON
AYRES / AYRES A.C.M. / INCA HC I; ALEXANDRE DIAS PELOSI /
PELOSI A.D. / INCA HC I; GILBERTO REYNALDO MANSUR / MANSUR 193
G.R. / INCA HC I;
Resumo
Introdução: A introdução da ecoendoscopia (EE) com
punção ecoguiada (EE-PAAF) agrega valor ao estudo das
lesões subepiteliais, tornando ferramenta útil ao seu diagnóstico
etiológico. Objetivos: Relatar caso clínico de lesão subepitelial
em ampola retal cuja conclusão diagnóstica foi estabelecida
pela EE-PAAF. Materiais e Métodos: Paciente de 57 anos com
adenocarcinoma papilífero de reto inferior tratado há oito anos
(2002) por ressecção endoanal que evoluiu sem recidiva até
2010 quando, em colonoscopia de controle, foi identificada lesão
elevada com aspecto subepitelial sob área cicatricial, tendo sido
proposto estudo complementar pela EE-PAAF. Resultados:
A EE demonstrou lesão sólida, hipoecóica e heterogênea com
contorno arredondado, lobulado comprometendo as camadas
submucosas e muscular própria, medindo 34mm X 24mm,
sem linfonodomegalia perirretal. Foi realizada EE-PAAF a qual
demonstrou células malignas compatíveis com adenocarcinoma
recidivado. Conclusão: A EE-PAAF é útil no seguimento pós-
cirúrgico do câncer colorretal, permitindo a detecção precoce de
recidivas e aumentando a chance de cura.
Lesões Colônicas: LSTS e Pólipos Acima
de 20 mm, o Tamanho é Importante?
Análise das Lesões Diagnosticadas em
2010 no Hospital das Clínicas de São
Paulo (HCFMUSP)

Temário: Endoscopia / Colonoscopia
Autores / Nome para Referência / Instituição: RAFAEL GONZAGA
NAHOUM / NAHOUM, R.S. / HCFMUSP; GERSON CESAR BRASIL
JUNIOR / BRASIL, G.C. / HCFMUSP; MARCELO CIDRAO FROTA /
FROTA, M.C. / HCFMUSP; LUIZ CARLOS CERQUEIRA DE ALMEIDA
FILHO / FILHO, L.C.C.A. / HCFMUSP; THIAGO MAGALHAES BASTOS
/ BASTOS, T.M. / HCFMUSP; ALEXANDRE DE SOUZA CARLOS /
CARLOS, A.S. / HCFMUSP; FLAIR JOSE CARRILHO / CARRILHO, F.J.
/ HCFMUSP; CLAUDIO LYOITI HASHIMOTO / HASHIMOTO, C.L. /
HCFMUSP;
Resumo
Introdução: No Brasil, o câncer colorretal (CCR) é o 4º em
mortalidade nos homens e o 3º entre as mulheres, segundo o
INCA. Estudos mostram que, das lesões acima de 20mm, 90%
são benignas, sendo 39% adenomas túbulo-vilosos, 30%
adenoma tubular e 4% adenoma viloso. Outro estudo mostrou
que as taxas de adenomas avançados (>10mm ou <10mm com
displasia de alto grau ou predomínio viloso) variam entre 3,7 a
194
6,4%. As lesões com mais de 10mm têm 66 a 78% de chance
de serem lesões avançadas enquanto as menores varia entre 1,3
a 2,2%. Objetivo: Analisar as características e a histologia de
pólipos e lesões maiores de 20mm diagnosticados no HCFMUSP.
Métodos: Analisados 3688 exames colonoscópicos realizados
em 2010, sendo encontrados 60 exames com laudos, no qual
havia em sua descrição e/ou conclusão as palavras: “pólipo” e/ou
“lesões de crescimento lateral” com medidas das lesões maiores
ou iguais à 20 mm. Resultados: Das 60 lesões analisadas,
25 (41%) eram acima de 30mm, 66,7% eram distais e 65%
apresentava outra lesão concomitante. Foram ressecadas através
de polipectomias 46,7% das lesões e por mucosectomia 36,7%.
Foram diagnosticados 10 adenocarcinomas, sendo 5 deles em
lesões acima de 30mm. O adenoma túbulo-viloso correspondeu
à 43,4% das lesões e, dentre as lesões adenomatosas, 28,3%
apresentava displasia de alto grau. Conclusão: Apesar da
amostra reduzida, o estudo sugere que lesões maiores são mais
graves, necessitando de tratamento e acompanhamento por
períodos mais prolongados.
Lesões Concomitantes de Esôfago e
Estômago Provocadas pela Ingestão de
Substância Cáustica
Temário: Cirurgia / Esôfago
Autores / Nome para Referência / Instituição: CRISTIANE YURI
MATSUO / MATSUO C.Y. / FMB UNESP; LUCAS TEIXEIRA PONTON
/ PONTON L.T. / FMB UNESP; MAURO MASSON LERCO / LERCO
M.M. / FMB UNESP; MARIA APARECIDA COELHO DE ARRUDA
HENRY / HENRY M.A.C.A. / FMB UNESP.
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
Resumo
A ingestão de substâncias cáusticas ou corrosivas constitui
importante situação de emergência. O comprometimento
esofágico é o mais comum, sendo a concomitância de lesões
gástrica e esofágica referida em 20% dos casos. O objetivo desta
comunicação é apresentar os aspectos clínicos, diagnósticos e
terapêuticos de paciente que apresentou estenoses de esôfago
e estômago após ingerir substância cáustica. Relato de caso:
Paciente masculino, 50 anos, branco refere disfagia para sólidos
e líquidos e emagrecimento há 5 meses, após ingerir substância
cáustica. EF:bom estado geral, eupnéico, afebril, PA: 110x80mmHg,
FC:88bpm, FR:18 movimentos/min e IMC=20,2 kg/m2. O raio
X de esôfago, estômago e duodeno demonstrou estenose com
irregularidade mucosa desde o terço médio do esôfago até a cárdia
e microgastria por desuso. EDA: mucosa esofágica exulcerada
dos 24 aos 36 cm da ADS, cárdia estenosada. Foram realizadas
jejunostomia e dilatação das estenoses esofágicas com sondas de
Savary. A resposta ao tratamento dilatador do esôfago foi favorável,
todavia a estenose antro pilórica não permitia a ingestão alimentar
adequada, fato que motivou a indicação de esofagectomia trans-
hiatal, piloroplastia ampla e esofagocolonoplastia. O paciente
apresentou boa evolução, com adequada ingestão alimentar e
ganho de peso. Os autores concluem que a lesão concomitante
de esôfago e estômago após ingestão de cáustico piora o
prognóstico, pois exige intervenção de maior porte e consequente
elevada morbidade.
Lesões Subepiteliais do Trato
Gastrointestinal: Análise Retrospectiva
das Lesões Subepiteliais do Serviço de
Ecoendoscopia Ame-Barradas/ Seconci-
SP
Temário: Endoscopia / Ecoendoscopia
Autores / Nome para Referência / Instituição: MARCOS
EDUARDO LERA / LERA, M.E. / HC-FMUSP; DALTON MARQUES
CHAVES / CHAVES, D.M. / HC-FMUSP; MARCELO VARGAS ARDENGHI
/ ARDENGHI, M.V. / HOSPITAL BENEFICÊNCIA PORTUGUESA DE SÃO
PAULO; PAULO QUINTAES / QUINTAES, P. / AME-BARRADAS;
NELSON FRENK / FRENK, N. / AME-BARRADAS.
Resumo
Introdução: A ecoendoscopia mudou a avaliação e condução
das lesões subepiteliais do trato digestivo, principalmente
esofágicas e gástricas. Além de esclarecer a camada da parede
do tubo digestivo que está inserida a lesão , permitiu o diagóstico
citológico e histopatológico, através da biópsia por punção com
agulha fina. Objetivo: Análise retrospectiva das ecoendoscopias
realizadas no AME-BARRADAS das lesões subepiteliais, com
ênfase na localização e no diagnóstico. Método Foram avaliadas 71
lesões subepiteliais, 44 gástricas, 16 esofágicas e 11 duodenais . Os
exames foram realizados por dois médicos, com aparelho setorial
e miniprobe. As lesões menores que 2,0 cm e com características
benignas não foram puncionadas. Resultados: Com relação à
localização, o estômago foi o local mais frequente 62 %, destes a
região do corpo a mais prevalente em 45%. Em 52,3 % das lesões
gástricas não foram puncionados. Em 25% das lesões gástricas
foram confirmados como GIST pela citologia ou histopatologia. O
esôfago distal foi o local mais frequentes das lesões esofágicas,50
% dos casos. O tumor estromal gastointestinal foi diagnosticado
em 1 caso ( 6,25 % ) das lesões esofágicas. Das lesões duodenais,
as características ecoendoscópicas de lipoma foi o achado mais
frequente. Conclusão: As lesões gástricas foram as mais
frequentes e tiveram o tumor estromal gastrointestinal como tipo
histológico mais prevalente das lesões biopsiadas.
Linfangectasia Intestinal Primária
(LIP): Apresentação de Série de Casos
com Diferentes Aspectos Clínicos e
Abordagem Terapêutica Acompanhados
em Centro de Referência (Ambulatório
de Intestino – HC/UFMG)
Temário: Gastroenterologia / Intestino
Autores / Nome para Referência / Instituição: ANDREA
FRANCHINI SILVEIRA DE CASTILHO / CASTILHO, A.F.S. / INSTITUTO
ALFA DE GASTROENTEROLOGIA HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UFMG;
FRANCISCO GUILHERME CANCELA E PENNA / PENNA, F.G.C. /
INSTITUTO ALFA DE GASTROENTEROLOGIA HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA
UFMG; CÉLIO GERALDO DE OLIVEIRA / OLIVEIRA, C.G. / INSTITUTO
ALFA DE GASTROENTEROLOGIA HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UFMG;
VITOR DE OLIVEIRA BOTELHO DE CARVALHO / CARVALHO, V.O.B. /
INSTITUTO ALFA DE GASTROENTEROLOGIA HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA
UFMG; EDUARDO GARCIA VILELA / VILELA, E.G. / INSTITUTO ALFA
DE GASTROENTEROLOGIA HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UFMG; MARIA
ISABEL TOULSON DAVISSON CORREIA / CORREIA, M.I.T.D. / INSTITUTO
ALFA DE GASTROENTEROLOGIA HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UFMG;
MARIA DE LOURDES DE ABREU FERRARI / FERRARI, M.L.A. / INSTITUTO
ALFA DE GASTROENTEROLOGIA HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UFMG.
Resumo
Introdução: LIP é doença rara, caracterizada por dilatação
de linfáticos e perda de linfa para lume intestinal. Manifesta-se
por enteropatia perdedora de proteína e má-absorção intestinal.
Objetivo: Relatar 5 casos com diferentes evoluções. NGS-fem-
45a. Internações por hipoproteinemia, diarreia e anasarca. Tratada
com dieta hiperproteica/hipolipídica e triglicérides de cadeia
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
média (TCM). Internações para suporte nutricional com nutrição
parenteral total (NPT). Hiperglicemia e dislipidemia motivaram
uso de solução periférica de aminoácidos a 10% (SPA10%),
boa resposta. Início de octreotide, melhor controle da doença.
SAGF-fem-45a. diarreia desde infância. Bom controle com
dieta hipolipídica/hiperproteica e TCM. PCS-masc-49a. diarreia,
perda de peso e serosite. Má aderência à dieta. Internações por
hipoalbuminemia. Dislipidemia e TVP. Mantém anticoagulação,
octreotide, orientação dietética e quando necessária reposição
com SPA10%. LZV-fem-44a. Internações por hipoproteinemia.
Submetida à ileocolectomia por obstrução. Biópsia: linfangiectasia
intestinal. Após cirurgia mantém albumina normal. MMOA-masc-
22a. Ascite, anasarca, diarreia e hipoproteinemia. Boa resposta
a suporte nutricional com NPT e dieta hipolipídica/hiperproteica
e TCM. Conclusão: LIP é doença crônica de difícil abordagem
terapêutica e com notável repercussão na qualidade de vida
dos pacientes. Presente relato retrata espectro de gravidade
e diferentes esquemas terapêuticos de orientação dietética a
cirurgia.
195
Linfangiectasia Intestinal Localizada:
Relato de Caso
Temário: Endoscopia / Colonoscopia
Autores / Nome para Referência / Instituição: MAURO
WILLEMANN BONATTO / BONATTO, MW / UNIOESTE; CAMILA
PIAIA / PIAIA, C / UNOCHAPECÓ; GABRIEL DA ROCHA BONATTO /
BONATTO, GR / UNIPLAC; RICARDO SHIGUEO TSUCHIYA / TSUCHIYA,
R / UNIOESTE; CARLOS ALBERTO DE CARVALHO / CARVALHO, CA /
GASTROCLÍNICA CASCAVEL LTDA; IVAN ROBERTO BONOTTO ORSO /
ORSO, IRB / GASTROCLÍNICA CASCAVEL; DORYANE MARIA DOS REIS
LIMA / LIMA, DMRL / GASTROCLÍNICA CASCAVEL; GUSTAVO KURACHI
/ KURACHI, G / GASTROCLÍNICA CASCAVEL.
Resumo
Introdução: Linfangiectasia intestinal é uma doença rara,
caracterizada por dilatação dos linfáticos mesentéricos e
espessamento da parede intestinal. Ocorre devido a uma
obstrução do fluxo linfático, pode ser generalizada ou localizada,
e a clínica varia com a sua localização. Objetivos: Relatar caso
linfangiectasia intestinal localizada, manifestando-se com melena.
Métodos: Revisão de literatura e descrição do caso clínico.
Relato de caso: Paciente masculino, 45 anos, com quadro de
melena e dor epigástrica. Exame físico normal. A colonoscopia
mostrou áreas com placas irregulares esbranquiçadas localizadas
no ceco, sugestivas de linfangiectasia. A histologia confirmou
intensa linfangiectasia. Discussão: A linfangiectasia é tipicamente
um processo difuso do intestino delgado, caracterizado por perda
entérica de proteínas, má-absorção e ascite. Em contraste, nosso
paciente tinha envolvimento localizado do intestino grosso, sem

alterações absortivas e outros sintomas, apenas com quadro de
melena. Freeman, em sua revisão, referiu que perda crônica de
sangue oculto pode ocorrer em alguns pacientes, sendo que
esta pode ser uma associação com angiodisplasia intestinal,
sugerindo assim o possível mecanismo para a perda de sangue
com linfangiectisia. Conclusão: A patogênese da linfangiectasia
intestinal permanece obscura, sendo sua história natural em longo
prazo avaliada apenas de forma limitada.
Linfoma de Burkitt do Trato
Gastrointestinal em Paciente
Imunossuprimido
Temário: Endoscopia / Miscelânea
Autores / Nome para Referência / Instituição: MARIA
HELENA LOUZADA PEREIRA / LOUZADA, M.H. / SERVIÇO DA
GASTROENTEROLOGIA UFRJ; MARÍLIA SANTANA / SANTANA, M. /
SERVIÇO DA GASTROENTEROLOGIA UFRJ; MÔNICA FERREIRA BAPTISTA
/ BAPTISTA, M.F. / SERVIÇO DA GASTROENTEROLOGIA UFRJ; MÁRCIO
196 CARVALHO DA COSTA / COSTA, M.C. / SERVIÇO DA GASTROENTEROLOGIA
UFRJ; LUCIANA VANDESTEEN / VANDESTEEN, L. / SERVIÇO DA
GASTROENTEROLOGIA UFRJ; ANTÔNIO JOSÉ DE V. CARNEIRO /
CARNEIRO, A.J.V. / SERVIÇO DA GASTROENTEROLOGIA UFRJ; HOMERO
FOGAÇA / FOGAÇA, H. / SERVIÇO DA GASTROENTEROLOGIA UFRJ;
CELESTE ELIA / ELIA, C. / SERVIÇO DA GASTROENTEROLOGIA UFRJ.
Resumo
Introdução: O linfoma de Burkitt (LB) é uma neoplasia rara
de células B, agressiva e de rápido crescimento, descrito em
1958. Corresponde a 2% dos linfomas e 4 a 20% dos linfomas
não-Hodgkin. Está relacionado ao Epstein Barr com ativação do
oncogene c-myc no cromossomo 8. Divide-se em tipo endêmico,
esporádico e associado ao HIV, este último, variando entre 30 a 40%
dos casos. O vírus do HIV aumenta em cerca de 100x a associação
a esse linfoma e pode cursar como sua primeira manifestação da
doença. A manifestação clínica mais evidente é a linfonodomegalia
e o acometimento do trato gastrointestinal (TGI) é comum,
principalmente o colônico. Objetivos: Descrever um caso de LB
disseminado em paciente HIV positivo. Relato do caso: Fem., 39
anos, SIDA, sem tratamento antirretroviral, com quadro há um mês
de febre, sudorese, linfonodomegalia, perda ponderal e diarreia. A
endoscopia evidenciou candidíase esofagiana, além de estômago
e duodeno com áreas de mucosa nodular, friável, com depressão
central e bordos elevados, diagnosticado como LB após biópsia
e imunohistoquímica (Ki67, CD10 e CD20+). A colonoscopia
revelou as mesmas lesões no íleo e todo o colo. O mielograma
também mostrou acometimento da doença. Resultados: Após
tratamento com corticóide e quimioterapia com esquema CHOP,
houve melhora clínica e remissão endoscópica. Conclusões: O
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
LB é raro e o acometimento difuso do TGI é ainda mais incomum.
O tratamento quimioterápico é eficaz, com boa resposta clínica e
endoscópica.
Linfoma de Burkitt Gástrico em Paciente
Soronegativo. Relato de Caso e Revisão
da Literatura
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para Referência / Instituição: CLÁUDIO
SANTOS DE BRITTO JÚNIOR / BRITTO JR, C.S. / HFCF; TULIO MEDINA
/ MEDINA, T. / HFCF; ROBERTA RIGUEIRA / RIGUEIRA, R. / HFCF;
CAROLINA MENEZES / MENEZES, C. / HFCF; CAROLINA IMAMURA /
IMAMURA, C. / HFCF; LEONARDO LAFAYETTE / LAFAYETTE, L. / HFCF;
ROSANA CIUFFO / CIUFFO, R. / HFCF; FERNANDO SOUZA / SOUZA,
F. / INCA.
Resumo
Linfoma de Burkitt (LB) é classificado pela World Health Organization
(WHO) como um linfoma não-Hodgkin de células B agressivo,
com alto grau de proliferação. Há maior prevalência em crianças
e homens jovens, com acometimento nodal. LB é classificado
pela WHO como: endêmico (98% relacionado à infecção pelo
vírus Epstein-Baar-EBV), esporádico (20% relacionado ao EBV)
e associado à imunodeficiência (30-40% em HIV+). O desafio
é distingui-lo do linfoma difuso de grandes células B (LDGCB),
visto que o tratamento difere entre as duas entidades. Objetivo:
Relato de caso e revisão da literatura de linfoma de Burkitt gástrico.
Paciente: Fem., 37 anos, HDA: Dor epigástrica, vômitos, hiporexia e
há 3 meses disfagia para sólidos com perda ponderal de 10 kg. Ex.
físico: Emagrecida, hipocorada, massa dolorosa fixa em epigástrio.
Lab.: EBV e HIV negativos. EDA: Importante abaulamento em
esôfago distal e lesão ulceroinfiltrante em todo corpo gástrico
com redução na distensibilidade do orgão. TC abdome: Volumosa
massa mesogástrica, 14x10x12cm, sem plano de clivagem com
lobo esquerdo do fígado, pequena curvatura gástrica e estruturas
vasculares. Histopatológico/Imunohistoquímica: Linfoma não-
Hodgkin de células B com alto grau de agressividade, compatível
com Linfoma de Burkitt. Conclusão: O LB é altamente agressivo,
porém com boa resposta à quimioterapia direcionada, sendo
acometimento gástrico extremamente raro. É diferenciado do
LDGCB por imunohistoquímica e citogenética.
Linfoma de Pequenas Células B em
Alça Jejunal Cega de Gastrectomia com
Reconstrução a Billroth Ii: Relato de Caso
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para Referência / Instituição: EDUARDO
GUIMARÃES HOURNEAUX DE MOURA / MOURA, E.G.H. / UNIVERSIDADE
DE SÃO PAULO; BRUNO FREDERICO MEDRADO / MEDRADO, B.F. /
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO; MARIANA SOUZA VARELLA FRAZAO
/ FRAZAO, M.S.V. / UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO; THIAGO NUNES
SANTOS / SANTOS, T.N. / UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO; FRED OLAVO
ARAGÃO ANDRADE CARNEIRO / CARNEIRO, F.O.A. / UNIVERSIDADE DE
SÃO PAULO; LUIZ HENRIQUE MAZZONETTO MESTIERI / MESTIERI, LHM
/ UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO; ELISA RYOKA BABA / BABA, E.R. /
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO; SILVIA REIMAO MANSUR / MANSUR,
S.R. / UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO; PAULO SAKAI / SAKAI, P. /
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO.
Resumo
Introdução: O trato gastrointestinal (TGI) é a localização
extranodal mais comum de linfomas. De acordo com a topografia
no TGI, o acometimento gástrico é o mais prevalente e o intestino
delgado como sítio primário é incomum, representando apenas
8,6% dos casos. Relato: Paciente do sexo feminino, de 91 anos de
idade, assintomática e história de gastrectomia com reconstrução a
Billroth tipo II há 42 anos. Em exame endoscópico anual de controle,
foi evidenciada em porção proximal da alça aferente, junto à boca
anastomótica, lesão elevada de superfície granular, medindo cerca
de 20 mm e de limites mal definidos. Observou-se ainda em coto
duodenal, outra lesão elevada, acometendo 75% da circunferência,
medindo cerca de 25mm em seu maior eixo. O anatomopatológico
e perfil imunohistoquímico demonstraram linfoma de pequenas
células B com baixo índice proliferativo. Um ano antes havia realizado
endoscopia com evidência de lesão similar cujo anatomopatológico
descrevia infiltrado linfocítico sem definir linfoma. Discussão/
Conclusão: Descreve-se um caso de acometimento atípico do
TGI por subtipo incomum de linfoma acometendo multifocalmente
paciente pós operada de gastrectomia e apresentando evolução
clínica indolente.
Linfoma Gástrico Diagnosticado em
Paciente com Doença Celíaca: Relato de
Caso
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para Referência / Instituição: EDENILCE
EVANGELISTA CORREIA / CORREIA, E.E. / HGF; DANIEL DE HOLANDA
ARAÚJO / ARAÚJO, D.H. / HGF; GILDO BARREIRA FURTADO / FURTADO,
G.B. / HGF; DALGIMAR BESERRA DE MENEZES / MENEZES, D.B.
/ HGF; FATIMA MARIA EVANGELISTA CORREIA / CORREIA, F.M.E. /
UNIFOR;
Resumo
Introdução: A doença celíaca é uma enfermidade inflamatória
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
do intestino delgado induzida pela ingestão de glúten em
pessoas geneticamente predisponíveis, a qual pode resultar
em atrofia da mucosa intestinal e má-absorção, com um
amplo espectro de sintomas. Está associado a um risco 3 a 6
vezes maior de desenvolver linfoma o qual persiste por cinco
anos após o diagnóstico, apesar de uma rígida dieta sem
glúten. Objetivo: Relatar o caso de um paciente com Doença
Celíaca acompanhado no serviço de gastroenterologia de
uma instituição terciária de Fortaleza deste o ano de 2010,
com diagnóstico de Linfoma Anaplásico de Grandes Células.
Metodologia: Estudo descritivo, utilizando dados do arquivo
médico do paciente acompanhado no Hospital Geral de
Fortaleza deste 2010. Resultado: RTS, masculino, 33 anos,
com diagnóstico de doença celíaca há um ano. Em Janeiro de
2011, passou apresentar dor epigástrica intensa, associada
à distensão abdominal, empachamento e perda ponderal.
Realizou endoscopia digestiva alta que evidenciou lesões
ulceradas múltiplas em corpo e antro. Apresentava múltiplas
massas nodulares na região mesentérica e retroperitoneal
associado à ascite à tomografia . À análise histopatológica e
imunohistoquímica da amostra gástrica concluiu trata-se de 197
um Linfoma Anaplásico de Grandes Células B. Conclusão: A
associação de Doença Celíaca e Linfoma é bastante descrita na
literatura, entretanto o subtipo mais observado é o de células T,
sendo incomum o de células B.
Linfoma Hepatoesplênico de Células T
Associado à Tiopurina em Paciente com
Retocolite Ulcerativa: Relato de Caso
Temário: Gastroenterologia / Intestino
Autores / Nome para Referência / Instituição: FERNANDA
SALES PEREIRA MELO / MELO, F.S.P. / HUPES, UFBA - SALVADOR,
BAHIA; RENATA CAVALCANTI PORTELA / CAVALCANTI, R.P. / EBMSP
SALVADOR, BAHIA; LUDMILLA TEIXEIRA MATOS / MATOS, L.T. /
HUPES, UFBA - SALVADOR, BAHIA; LUCAS GAMA BARBOSA /
BARBOSA, L.G. / HUPES, UFBA - SALVADOR, BAHIA; EDVAN DE
QUEIROZ CRUSOÉ / CRUSOÉ, E.Q. / HUPES, UFBA - SALVADOR,
BAHIA; GENOILE OLIVEIRA SANTANA / SANTANA, G.O. / HUPES,
UFBA - SALVADOR, BAHIA.
Resumo
Introdução: Linfoma hepatoesplênico de células T (HSTCL) é uma
condição rara e usualmente fatal que afeta primariamente homens
jovens, com até 35 anos de idade. O tratamento com tiopurinas na
doença inflamatória intestinal (DII) tem sido associado ao HSTCL,
especialmente quando combinado à terapia com anticorpos anti-
fator de necrose tumoral (Anti-TNF). Relato de caso: Paciente
25 anos, sexo masculino, com diagnóstico de Retocolite Ulcerativa
(RCU) desde 2003, vinha em tratamento com Sulfassalazina 6g/dia,

e cursos de prednisona durante exacerbações. Em julho de 2007 foi
iniciado tratamento com 50mg de azatioprina, com posterior ajuste
da dose pelo peso até 150mg/dia, mantendo o quadro clínico em
remissão. Após 03 anos e 03 meses do uso da azatioprina, o paciente
passou a apresentar alterações no leucograma com leucopenia. Foi
Submetido à investigação, tendo o diagnóstico de HSTCL. Oito meses
após o diagnóstico o paciente foi a óbito com linfoma refratário à
quimioterapia. Discussão: Foram publicados até o momento 16 casos
de pacientes com RCU que desenvolveu HSTCL após tratamento
prolongado com tiopurina. Estudos adicionais são necessários para
entender o papel das tiopurinas e Anti-TNF no desenvolvimento do
HSTCL. O uso de tiopurinas associadas ou não à terapia anti-TNF em
pacientes do sexo masculino, com até 35 anos de idade, durante um
período de 24 meses ou mais merece uma cuidadosa avaliação risco
x benefício.
Linfoma Hepático Primário – Relato de
Caso
Temário: Gastroenterologia / Fígado
198
Autores / Nome para Referência / Instituição: DANIEL
PACHECO DA COSTA / COSTA, D.P. / HSPE; LIVIA MELO CARONE
LINHARES / LINHARES, L.M.C. / HSPE; RENATA BRANDALISE /
BRANDALISE, R. / HSPE; MARINA SEIXAS STUDART E NEVES / NEVES,
M.S.S. / HSPE; ALINE LOPES CHAGAS / CHAGAS, A.L. / HSPE;
MARIANA SOUZA SALA / SALA, M.S. / HSPE; MICHELLE CARAVALHO
HARRIZ / HARRIZ, M.C. / HSPE; PAULA BECHARA POLETTI / POLETTI,
P.B. / HSPE.
Resumo
Introdução: Linfoma hepático primário (LHP) é o linfoma
confinado ao fígado, sem evidência de acometimento linfonodal,
baço, medula óssea ou outras estruturas linfoides. LHP é de
incidência rara, constituindo 0,4% dos linfomas extra nodais e
relatados na literatura, até 2003, apenas 254 casos. Pode apresentar-
se de forma assintomática até um quadro de insuficiência hepática.
Relato de caso: M.S., feminina, 54 anos com história de náuseas
e icterícia há 2 dias. Tinha antecedentes pessoais de hipertensão
arterial e artrite Reumatoide. Exame físico compatível com icterícia
e discreta hepatomegalia. Exames evidenciaram ictericia colestática
e desidrogenase lática de 15000. Exames de imagem mostravam
fígado de aspecto heterogêneo, sem lesão em via biliar. Evoluiu
com febre e desconforto abdominal em hipocôndrio direito, sendo
aventada a hipótese de colecistite alitiásica. Foi submetida à
laparotomia, observou-se heterogeneidade hepática (realizadas
biópsias) e ausência de lesões em vias biliares. Biópsia hepática
compatível com linfoma. Discussão: LHP é mais frequente em
homens, com idade média de 55 anos, apresentando dor ou
desconforto abdominal em mais de 50% das vezes. Os sintomas
B estão presentes em cerca de 30% dos casos. Exames do
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
perfil hepática e canalicular, desidrogenase lática (DHL) e B2
microglobulina estão alterados em mais de 70% dos casos. O LHP
pode se apresentar de diversas maneiras, inclusive como um
padrão colestático, como visto no caso relatado.
Linfoma Malt Gástrico – Relato de Caso
em Paciente Pediátrico
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para Referência / Instituição: JULIANA
MARQUES DRIGO / DRIGO, J.M. / HOSPITAL SÍRIO LIBANES; CAROLINA
VIANA TEIXEIRA / TEIXEIRA, C.V. / HOSPITAL SÍRIO LIBANES; RODRIGO
DE REZENDE ZAGO / ZAGO, R.R. / HOSPITAL SÍRIO LIBANES; CLÁUDIO
ROGÉRIO SOLAK / SOLAK, C.R. / HOSPITAL SÍRIO LIBANES; CARLOS
ALBERTO CAPPELLANES / CAPPELLANES, C.A. / HOSPITAL SÍRIO
LIBANES; DANIEL MORIBE / MORIBE, D. / HOSPITAL SÍRIO LIBANES;
KIYOSHI HASHIBA / HASHIBA, K. / HOSPITAL SÍRIO LIBANES.
Resumo
Introdução: O trato gastrointestinal é o sítio extranodal de
maior acometimento do linfoma. O linfoma primário do trato
gastrointestinal é raro, entretanto o envolvimento secundário desse
segmento do aparelho digestivo é relativamente comum. Apesar
de pouco frequente, os linfomas primários do trato gastrointestinal
têm grande importância, já que seu diagnóstico, evolução e
prognóstico são diferentes em relação aos linfomas primários de
outros sítios ou outras neoplasias gástricas. Objetivo: Demonstrar
o achado de linfoma MALT associado a infecção por Helicobacter
pylori em paciente pediátrico. Casuistica: Paciente do sexo
feminino, 13 anos de idade, oriental, com queixa de epigastralgia,
submetida à endoscopia digestiva alta em hospital especializado
de São Paulo. Resultados: A endoscopia digestiva alta revelou
lesão ulcerada no corpo gástrico. O exame anátomo patológico
das biópsias endoscópicas da lesão foi Linfoma MALT, com
Helicobacter pylori positivo. Realizou-se erradicação do H. pylori
e tratamento clínico com rituximabe. Houve melhora do quadro
endoscópico, com áreas de regeneração cicatricial e atrofia no
corpo gástrico, sem sinais de processo neoplásico no exame de
controle. Conclusão: Linfoma MALT gástrico em crianças é
uma condição rara. O diagnóstico endoscópico e a realização de
biópsias são fundamentais ao diagnóstico. O tratamento clínico
com erradicação do H. pylori e uso de anticorpo monoclonal pode
apresentar boa resposta endoscópica.
Linfoma não-Hodgkin de Delgado: Relato
de Caso
Temário: Cirurgia / Intestino Delgado
Autores / Nome para Referência / Instituição: ÉLIO FERRAZ
SALVADOR FILHO / FILHO, E.F.S. / UNIDERP; CAIO NOGUEIRA
DOS SANTOS / SANTOS, C.N. / UMC; EDUARDO QUEIROZ ABREU /
ABREU, E.Q. / UNAERP; FELIPE ISOLDI CONTROLI / CONTROLI, F.I. /
UNIFESP; CARLOS EDUARDO DE BARROS FORTES / FORTES, C.E.B.
/ UNITAU; GUSTAVO SANTOS PATRÍCIO / PATRÍCIO, G.S. / UMC;
SU BONG KIM / KIM, S.B. / UNIFESP; FRANZ ROBERT APODACA
TORREZ / TORREZ, F.R.A. / UNIFESP.
Resumo
Linfoma não-Hodgkin é uma neoplasia do sistema linfático na
qual as células linfáticas começam a se modificar multiplicando-
se sem controle. Atualmente em grande destaque nos meios de
comunicação por acometer pessoas públicas. Pode ser indolente
(de crescimento lento), agressivo (de crescimento rápido) ou
possuir características de ambos os tipos. O linfoma de células
B é o tipo mais comum, A incidência é de quatro casos/100 mil
indivíduos na faixa dos 20 anos, 40 casos/100 mil indivíduos
faixa dos 60 anos, 80 casos/100 mil indivíduos após os 75
anos. Os principais fatores de risco: infecções pelos vírus HIV,
Epstein-Barr, HTLV1 e pela bactéria Helicobacter pylori. Dentre
os acometimentos o do trato gastrointestinal, tem-se como mais
comum a intussuscepção na altura da vavula íleo-cecal em jovens.
Este trabalho tem como objetivo relatar o caso de uma mulher 64
anos, com quadro de dor abdominal, saciedade prandial precoce
e emagrecimento de 05kg em 7 meses, com massa palpável em
FID e imagem de tumoração visualizada à tomografia, com entrada
no serviço de emergência com quadro de suboclusão intestinal,
evoluindo para oclusão e intraoperatório visualizado perfuração
de intestino delgado à 20 cm da válvula íleo-cecal, com anatomo
patológico de Linfoma não-Hodgkin invadindo muscular profunda.
Sendo atualmente acompanha em ambulatório de oncologia e
cirurgia geral.
Linfoma não-Hodgkin de Intestino
Delgado – Relato de Caso
Temário: Gastroenterologia / Intestino
Autores / Nome para Referência / Instituição: CIBELE FRANZ
FONSECA / FRANZ, C / HSE-RJ; BRUNA RICHARD MERCANTE SPELTA
/ SPELTA, BRM / HSE-RJ; JULIANA MENESES / MENESES, J / HSE-
RJ; MARIA TERESA ALVAREZ / ALVAREZ, MT / HSE-RJ; PAULA
NARDIN BARROS / BARROS, PN / HSE-RJ; LETICIA CANCELLA
NABUCO / NABUCO, LC / HSE-RJ;
Resumo
DTG, 26 anos, feminina, negra, admitida com dor abdominal,
vômito, anorexia e diarreia há 6 meses, associados à perda
ponderal de 14kg. No último mês, evoluiu com ascite acentuada
e edema de MMII. Exame físico: Hipocorada, emagrecida e
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
dispneica. Adenomegalia supra-clavicular à esquerda. AR: MVUA
diminuído em 13 inferior D. ABD: Ascite tensa causando restrição
respiratória. Massa endurecida (palpável após paracentese
de alívio) da região epigástrica até hipogástrica. Exames lab.:
Anemia ferropriva; leuc= 7.500; plaq= 533.000; Ptn= 4; Alb= 1,8;
HIV= negativo; amilase= 86; lipase= 220; Trigl= 62; BT= 0,43.
Líq. ascítico: leitoso; LDH=1391; ptn=2,6; Glic=65; Alb=0,8;
GASA=0,9; Trigl=898; leuc=1260; PMN=11%; MONO=89%;
Hm=335; Citol. oncótica: neg. EDA e Colono: normais. TC tórax
e abd: DP à D. Massa (15x12cm) heterogênea em projeção
para-aórtica, se estendendo do nível infra-pancreático até nível
de L5. Adenomegalia retrocrural bilateral. Baço normal. BX
linfonodo: Ki67: + em 50% das células neoplásicas Linfoma
não-Hodgkin Difuso De Grandes Células B (intestino delgado).
Evolução: Apresentou obstrução intestinal por intussuscepção
sem necessidade de cirurgia (resolvida durante QT) e alta em 3
meses do diagnóstico. Após 4 anos, evoluiu com odinofagia e
disfagia. EDA com lesão elevada em esôfago e histopatológico
com infiltração linfomatosa. Por recidiva tumoral, reiniciou
quimioterapia, porém apresentou sepse pulmonar e faleceu.
199
Linfoma Primário de Cólon Ascendente:
Relato de Caso
Temário: Endoscopia / Colonoscopia
Autores / Nome para Referência / Instituição: THIAGO
ALONSO DOMINGOS / DOMINGOS, T.A. / UNIVERSIDADE ANHANGUERA
UNIDERP; ANTÔNIO MARTINS FREITAS JUNIOR / FREITAS JUNIOR, A.M.
/ UNIVERSIDADE ANHANGUERA UNIDERP; DECIO IANDOLI JUNIOR /
IANDOLI JUNIOR, D. / UNIVERSIDADE ANHANGUERA UNIDERP; FLÁVIA
ALVES MARQUES DE SOUZA / SOUZA, F.A.M. / UNIVERSIDADE
ANHANGUERA UNIDERP; MARIANA SOARES DE ALMEIDA / ALMEIDA,
M.S. / UNIVERSIDADE ANHANGUERA UNIDERP.
Resumo
Relato de caso: Paciente IAOMS, 49 anos, sexo feminino,
referindo dor tipo cólica intermitente em fossa ilíaca direita
associada à melena há dois meses. Realizou ultrassom de
abdômen e endoscopia digestiva alta, ambos normais. A
colonoscopia visualizou em cólon ascendente, uma lesão elevada
com cerca de 4cm, recoberta por mucosa íntegra, exceto por
pequena úlcera no ápice. As biópsias revelaram infiltrado linfoide,
com predomínio de pequenos linfócitos (neoplasia linfoide). Foi
submetida à hemicolectomia direita videolaparoscópica com
anastomose ileocolônica. O estudo anatomopatológico confirmou
o diagnóstico de linfoma MALT de células B (CD20+) com invasão
tumoral até a camada muscular profunda, infiltrando focalmente a
serosa. Discussão: O aparelho digestivo é o local mais comum
de linfomas extranodais, sendo o estômago a sede em cerca
de 70% dos casos. Linfomas primários colorretais são raros,

compreendendo 0,2-0,6% das neoplasias malignas do intestino
grosso. Os sintomas são inespecíficos como dor abdominal, perda
de peso, massa abdominal e sangramento, sendo comum doença
avançada no momento do diagnóstico. Pode se apresentar como
massa vegetante, ulcerada, infiltrativa ou compressão extraluminal.
O tipo histológico mais comum é o linfoma não-Hodgkin de células
B de intermediário ou alto grau. A imunohistoquímica é obrigatória
a fim de caracterizar a lesão e permitir abordagem correta. Nos
casos de linfoma MALT colônicos, ressecção cirúrgica é a conduta
recomendada.
Líquen Plano: uma Manifestação Extra-
Hepática da Hepatite C
Temário: Gastroenterologia / Fígado
Autores / Nome para Referência / Instituição: FELIPE EDUARDO
RODRIGUES / RODRIGUES, F.E. / UFPEL; LYSANDRO ALSINA NADER /
NADER, L.A. / UFPEL; JANAÍNA KOPP / KOPP, J. / UFPEL; THIAGO
ALEXANDRE RODRIGUES / RODRIGUES, T.A. / UFPEL; VANESSA
FERLIN / FERLIN, V. / UFPEL; FÁBIO SOBRAL RANGEL / RANGEL, F.S.
200
/ UFPEL; CAROLINA ZIEBELL CARPENA / CARPENA, C.Z. / UFPEL;
ELZA CRISTINA MIRANDA DA CUNHA / CUNHA, E.C.M. / UFPEL.
Resumo
Introdução: O líquen plano é uma das manifestações extra-
hepáticas dermatológicas que pode ocorrer, embora raramente,
em pacientes com hepatite C crônica. Relato de caso:
Paciente A.A.B., 57 anos, masculino, natural de Pelotas, estava em
acompanhamento no ambulatório de Gastroenterologia da UFPEL.
Desde maio de 2008 procura atendimento devido a lesões de pele.
Na consulta, apresentava lesões hiperceratóticas, anulares, com
centro hiperpigmentado e pruriginosas nas mãos, cotovelos, dorso,
membros inferiores, pés, nádegas e lábio inferior. A biópsia das lesões
evidenciou dermatite crônica liquenóide. Em exames laboratoriais
tinha anti-HCV e PCR para HCV positivos. De acordo com o Protocolo
Clínico e Diretrizes Terapêuticas para a Hepatite Viral C e coinfecções,
nos pacientes sintomáticos, as manifestações extra-hepáticas devem
ser consideradas e justifica-se o tratamento independentemente da
histologia. Foram solicitados exames laboratoriais pré-tratamento,
sem a necessidade de realização de biópsia hepática, para iniciar
tratamento para a hepatite por vírus C. Discussão: No presente
caso, o paciente relatava queixa com duração maior que três anos de
lesões pelo corpo. Embora existam divergências na literatura quanto à
prevalência da doença hepática crônica associada ao líquen plano, a
indicação de tratamento para HCV nesse caso é pontual e correta.
Manejo da Isquemia Mesentérica –
Relato de Caso
Temário: Cirurgia / Miscelânia
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
Autores / Nome para Referência / Instituição: PAULO EDUARDO
ALVES PINHEIRO / PINHEIRO, P.E.A. / UNP; ANA LEONOR ARIBALDO
DE MEDEIROS / MEDEIROS, A.L.A. / UNP; HUGO GONÇALO GUEDES
/ GUEDES, H.G. / UNP; ANA BEATRIZ DE OLIVEIRA GERMANO /
GERMANO, A.B.O. / UNP; LUIZA QUEIROZ SENA / SENA, L.Q. /
UNP; BRENNDA MORGANA OLIVEIRA VALENÇA / VALENÇA, B.M.O.
/ UNP; SILVIO JOSE DE LUCENA DANTAS / DANTAS, S.J.L. / UNP;
MATHEUS OLIVEIRA DA SILVA / SILVA, M.O. / UFRN.
Resumo
A trombose de veia mesentérica responde por 5% a 15% das
isquemias mesentéricas, que geralmente envolve a veia mesentérica
superior. Objetivo: Relatar manejo de paciente com isquemia
mesentérica. Discussão: Mulher, 46a, epigastralgia súbita,
náuseas, sudorese, plenitude gástrica e cólicas. Após laparotomia
exploradora, verificou-se isquemia mesentérica decorrente da
trombose da veia mesentérica superior. Foi realizada enterectomia
extensa e hemicolectomia direita, preservando 15 cm de jejuno, o
qual foi anastomozado com o cólon transverso. Após uma semana,
foi submetido à nova laparotomia para drenagem de abscesso e
confecção de gastrostomia. Nas primeiras semanas apresentou
distúrbios metabólicos e hidroeletrolitico graves e por 50 dias
recebeu nutrição parenteral exclusiva; após esse tempo foi
associado nutrição enteral. Nas imagens da seriografia intestinal,
observou-se sinais de hiperplasia da mucosa, aprofundamento
das criptas e dilatação das alças intestinais, evidenciando um
quadro adaptativo. Atualmente encontra-se em nutrição enteral
domiciliar com ótima adaptação, tendo passado mais de seis
meses sem necessidade de terapia parenteral complementar.
Conclusão: Nas ressecções extensas, o diagnóstico precoce,
o manejo imediato (anticoagulantes e terapêutica cirúrgica) e
o acompanhamento adequado podem diminuir a mortalidade e
garantir um bom prognóstico e qualidade de vida dos pacientes.
Manejo Endoscópico da Coledocolitíase
Análise dos Fatores de Insucesso
Temário: Endoscopia / Colangiopancreatografia
endoscópica retrógrada
Autores / Nome para Referência / Instituição: EDUARDO
GUIMARÃES HOURNEAUX DE MOURA / MOURA E.G.H. / SERVIÇO DE
ENDOSCOPIA GASTROINTESTINAL DO HCFMUSP; MARIANA SOUZA
VARELLA FRAZÃO / FRAZÃO M.S.V. / SERVIÇO DE ENDOSCOPIA
GASTROINTESTINAL HCFMUSP; FERNANDA CRISTINA SIMÕES
PESSORRUSSO / PESSORRUSSO F.C.S. / SERVIÇO DE ENDOSCOPIA
GASTROINTESTINAL HCFMUSP; CARLA CRISTINA GUSMON / GUSMON
C.C. / SERVIÇO DE ENDOSCOPIA GASTROINTESTINAL HCFMUSP;
GEORGE PORTO OLIVEIRA / OLIVEIRA G.P. / SERVIÇO DE ENDOSCOPIA
GASTROINTESTINAL HCFMUSP; THIAGO NUNES SANTOS / SANTOS
T.N. / SERVIÇO DE ENDOSCOPIA GASTROINTESTINAL HCFMUSP;
FLÁVIO COELHO FERREIRA / FERREIRA F.C. / SERVIÇO DE ENDOSCOPIA
GASTROINTESTINAL HCFMUSP; PAULO SAKAI / SAKAI P. / SERVIÇO
DE ENDOSCOPIA GASTROINTESTINAL HCFMUSP.
Resumo
Introdução: A colangiopancreatografia retrógrada (CPRE) é o
exame inicial de escolha para o tratamento da coledocolitíase, evitando
o tratamento cirúrgico na maioria dos casos, com sucesso em até
95%. Casuística: Manejo da coledocolitíase por CPRE incluindo a
terapêutica empregada, as taxas de sucesso, sessões necessárias
bem como as taxas de insucesso em serviço terciário. Método:
Estudo retrospectivo que abrange os casos de coledocolitíase no
período de julho de 2009 a junho de 2011. Resultados: Um total
de 2252 CPRE foi realizado no período. Destas, 589 tiveram como
conclusão o termo coledocolitíase. A via de acesso predominante foi
a papilotomia. A remoção do cálculo foi efetuada com balão extrator
ou cesta de Dormia. Houve predomínio do sexo feminino (67,2%),
com idade média de 53 anos. O sucesso ocorreu em 82,7% dos
casos, sendo que 376 em sessão única. O uso de prótese plástica
foi necessário em 162 casos com intuito de evitar colangite aguda e
facilitar a lise do cálculo em procedimento subsequente. O insucesso
terapêutico ou perda do controle ocorreu em 88 casos. O tamanho
do cálculo foi fator limitante no sucesso. Conclusão: A terapêutica
básica da utilização da papilotomia com uso de balão extrator ou
cesta de Dormia apresenta sucesso técnico na maioria dos casos
de coledocolitíase. O insucesso da técnica básica associa-se à
desproporção do cálculo com a dimensão da papila.
Manejo Laparoscópico da Fístula no Pós-
Operatório de Cirurgia Bariátrica
Temário: Cirurgia / Obesidade
Autores / Nome para Referência / Instituição: NICOLAU
FERNANDES KRUEL / KRUEL, N.F. / UNISUL; NICHOLAS TAVARES
KRUEL / KRUEL, N.T. / UNISUL; GILSON DE SOUZA SILVÉRIO /
SILVÉRIO, G.S. / UNISUL; ISABEL GOULART COUTO / COUTO, I.G.
/ UNISUL; FERNANDA EYMAEL KOCHE / KOCHE, FE / UNISUL;
MARIA LUIZA MUSSI / MUSSI, M.L. / UNISUL; DIÓGENES MOREIRA
HEERDT / HEERDT, D.M. / UNISUL; MARCELO BORGES MOREIRA /
MOREIRA, M.B. / UNISUL.
Resumo
Introdução: Uma das complicações mais temidas da cirurgia de
Capella são as fístulas, geralmente a nível da linha de grampeamento.
Existem controvérsias em relação ao melhor tratamento das fístulas
pós-operatórias de cirurgia bariátrica. Objetivo: Comparar as
diferentes técnicas endoscópicas: clipes e cola de fibrina, material
acelular fibrogênico e prótese autoexpansível e o tratamento
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
cirúrgico laparoscópico. Métodos: Realizada uma metanálise de
publicações acerca da incidência das diferentes fístulas pós cirurgia
bariátrica e sua terapêutica pelas diversas técnicas endoscópicas
e laparoscópicas. Resultados: Dos artigos analisados, foram
incluídos na metanálise um total 18, 10 referentes ao tratamento
laparoscópico dessa fístulas e 8 referentes ao tratamento das
mesmas pela terapêutica endoscópica. Dos 5393 pacientes pós
cirurgia bariátrica, 79 apresentaram fístulas, sendo 49 deles tratados
com sucesso por laparoscopia, 10 por cirurgia convencional ou pelo
tratamento conservador. Nota-se o predomínio do sexo masculino
e idade média de 40.7 anos. A endoscopia tratou com sucesso 71
pacientes com este tipo de fístula de um total de 91. O resto foi
tratado por laparoscopia e cirurgia convencional. Conclusão: A
abordagem terapêutica inicial das fístulas é a via endoscópica, mas
cabe a cirurgia laparoscópica e aberta o tratamento definitivo dos
casos não resolvidos pela endoscopia.
Manifestação Inédita de um Caso
de Neoplasia Intraductal Mucinosa
201
Papilífera do Pâncreas
Temário: Endoscopia / Ecoendoscopia
Autores / Nome para Referência / Instituição: EDUARDO
HENRIQUE COSTA BRANDAO / BRANDAO, E.H. / BENEFICENCIA
PORTUGUESA DE SÃO PAULO; RICARDO DE SORDI SOBREIRA /
SOBREIRA, R.S. / HOSPITAL BENEFICÊNCIA PORTUGUESA DE SÃO
PAULO; CELSO EDUARDO PATRICIO / PATRICIO, C.E. / HOSPITAL
BENEFICÊNCIA PORTUGUESA DE SÃO PAULO; CELSO MARQUES RAPOSO
JUNIOR / JUNIOR, C.M.R. / HOSPITAL BENEFICÊNCIA PORTUGUESA DE
SÃO PAULO; LEONARDO REUTER MOTTA GAMA / GAMA, L.R.M. /
HOSPITAL BENEFICÊNCIA PORTUGUESA DE SÃO PAULO; MARLISON
ANTONIO CARNEIRO DE AGUIAR / AGUIAR, M.A.C. / HOSPITAL
BENEFICÊNCIA PORTUGUESA DE SÃO PAULO; SANDRONE GRANJA DE
ABREU / ABREU, S.G. / HOSPITAL BENEFICÊNCIA PORTUGUESA DE SÃO
PAULO; MARCELO VARGAS ARDENGHI / ARDENGHI, M.V. / HOSPITAL
BENEFICÊNCIA PORTUGUESA DE SÃO PAULO;
Resumo
Introdução: A Neoplasia Intraductal Mucinosa Papilífera
(NIMP) é uma patologia que origina-se no ducto pancreático
principal ou nos seus ramos, com produção de mucina, levando
à dilatação cística intraductal. Histologicamente é classificado
em benigno, borderline e maligno. Frequentemente são
diagnosticados acidentalmente. A pancreatite é a apresentação
mais comum. Objetivo: Relatar um caso de NIMP cuja
manifestação clínica deu-se de maneira inédita (pesquisa
MEDLINE) através de hemorragia digestiva. Métodos: Paciente
AMS, masculino, 76 anos, com melena e perda de peso de 8

kg há 4 meses. Na admissão encontrava-se estável, eupnéico e
descorado +2/+4 com Hb:9 e 6,2 no controle após 12 hs. Na
endoscopia digestiva alta notou-se saída de sangue vivo pela
papila duodenal. Investigado com US abdominal, colangio RM, TC
de abdômen, sem diagnóstico definitivo, o qual foi definido através
de ecoendoscopia com PAAF. Resultado: Esclarecimento
de um episódio de hemobilia através da ecoendoscopia com
PAAF, evidenciando diagnóstico de NIMP cuja manifestação por
hemorragia digestiva nunca foi relatada segundo levantamento
pelo banco de dados MEDLINE. Conclusão: Demonstramos
a importância da indicação da ecoendoscopia com punção em
paciente com patologia pancreática de etiologia não definida.
Paciente com diagnóstico resolvido, encaminhado para tratamento
definitivo ambulatorial.
Manifestações Otorrinolaringológicas
(ORL) da Doença do Refluxo
Gastroesofágico (DRGE). Correlação
entre o Índice de Sintomas de Refluxo
202 Faringo-Laringeo (RFL) e Refluxo
Anormal por Phmetria Prolongada (PHM)
Temário: Motilidade / Motilidade digestiva
Autores / Nome para Referência / Instituição: ANGELA
ALVARIZ / ALVARIZ, A.C. / ESOFAGOLAB; EPONINA LEMME / LEMME,
E. / ESOFAGOLAB;
Resumo
Introdução: RFL tem sido implicado na etiologia de sintomas
ORL da DRGE. Belafsky et al. (Laryngoscope2001;111:1313-7)
desenvolveram um questionário de 9 itens, criando o Índice de
sintomas de refluxo (ISR) para avaliação destas queixas. Cada
item varia de 0 a 5. Os autores concluíram que esse questionário
tem alta reprodutibilidade e validade para o diagnóstico de RFL
quando escore > 13. Objetivo: Avaliar a aplicabilidade do ISR
para o diagnóstico de RFL em pacientes com queixas ORL,
comparando aos achados da pHM. Material e Métodos:
Pacientes encaminhados para realização de pHM com queixa
principal (QP) de sintomas ORL por pelo menos 3 meses,
responderam ao questionário. Foi realizada pHM com cateter
posicionado 5 cm acima do esfíncter inferior determinado pela
manometria. Considerou-se refluxo anormal o tempo total de pH
< 4 > 4,5%. Os resultados foram confrontados com os obtidos no
questionário ISR. A significância estatística foi definida por p<0,05.
Resultados: Incluídos 25 pacientes, 80% feminino, média de
idade 48 anos, QP pigarro(32%), tosse(32%), rouquidão(20%),
queimação/dor de garganta(12%) e globus(4%). A incidência
de refluxo anormal à pHM foi de 28% (7/25). O ISR foi anormal
(>13) em 56% (14/25). A concordância entre o achado de refluxo
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
anormal à pHM e ISR anormal foi encontrada em apenas 8% dos
pacientes (2/25) p=0,17. Conclusão: Neste pequeno número
de pacientes, não houve concordância entre o diagnóstico de
refluxo à pHM e a suspeita de RFL avaliado pelo ISR.
Manometria Esofágica na Esclerose
Sistêmica (Esclerodermia) Demonstra
Alterações Precocemente?
Temário: Motilidade / Motilidade digestiva
Autores / Nome para Referência / Instituição: CARINE LEITE
/ LEITE, C. / HOSPITAL SÃO LUCAS-PUC/RS; MARGARITA PINEIRO
RODRIGUEZ / RODRIGUEZ, M.P. / HOSPITAL SÃO LUCAS-PUC/RS;
CARLOS KUPSKI / KUPSKI, C. / HOSPITAL SÃO LUCAS-PUC/RS;
MAURO WALDEMAR KEISERMAN / KEISERMAN, M.W. / HOSPITAL
SÃO LUCAS-PUC/RS; JOAO FELIZ DUARTE DE MORAES / MORAES,
J.F.D. / PUC-RS; MIRNA DA MOTA MACHADO / MACHADO, M.M. /
HOSPITAL SÃO LUCAS-PUC/RS.
Resumo
Introdução: A esclerose sistêmica é uma doença poli-sistêmica
cuja característica fundamental é esclerose cutânea. Os portadores
apresentam, com frequência, acometimento gastrointestinal, e 75-
90% destes pacientes envolvimento esofágico. A manometria detecta
comprometimento esofágico precoce nestes pacientes, a maioria em
fase assintomática. Desta forma, este exame complementar faz parte
da avaliação clínica e prognóstica. Objetivamos verificar a proporção de
pacientes assintomáticos já com comprometimento da motilidade em
manometria. Métodos: Avaliamos retrospectivamente 55 pacientes
portadores de esclerose sistêmica que realizaram manometria em
nosso Laboratório de Motilidade Digestiva. Resultados: A maioria
dos pacientes é do sexo feminino (85,5%) com doença cutâneo-
limitada (78,4%). Idade média de 55 anos. Dentre os pacientes
com motilidade preservada, 38,88% da amostra é de indivíduos
assintomáticos (mas de forma aproximada 35,27% dos que apresentam
hipomotilidade não relatam disfagia). Assim, 61,11% dos pacientes
com manometria normal relatam disfagia. Constatamos também que
63,15% dos assintomáticos apresentam comprometimento motor.
Conclusão: Muitos pacientes com esclerodermia assintomáticos
já apresentam distúrbio motor, e nem sempre a disfagia é um sinal
de hipomotilidade. A avaliação manométrica deve ser realizada
independe da clínica para melhor estadiamento.
Marcadores Sorológicos das Hepatites
B E C em Doadores de Sangue de um
Hospital Universitário no Sul do Brasil
Temário: Gastroenterologia / Fígado
Autores / Nome para Referência / Instituição: JULIA DE
LUCA MACCARINI / MACCARINI, J.D.L / UFSC; CARLOS ALBERTO
KUNTZ NAZÁRIO / NAZÁRIO, C.A.K. / UFSC; WILLIAM QUEIROZ
GUIMARÃES WIEGANDT CEGLIO / CEGLIO, W.Q.G.W. / UFSC;
RÔMULO CAVALGANTE SERPA / SERPA, R.C. / UFSC; LEONARDO
DE LUCCA SCHIAVON / SCHIAVON, L.L. / UFSC; ESTHER BUZAGLO
DANTAS CORRÊA / DANTAS-CORRÊA, E.B. / UFSC; JOVINO DOS
SANTOS FERREIRA / FERREIRA, J.S. / UFSC; JANAÍNA LUZ NARCISO
SCHIAVON / NARCISO-SCHIAVON, J.L. / UFSC.
Resumo
Introdução: As infecções pelos vírus de hepatite B (HBV) e C
(HCV) constituem grave problema de saúde pública, pois podem
evoluir para cirrose hepática e hepatocarcinoma. Objetivo: Avaliar a
positividade de sorologias para HBV e HCV em doadores de sangue
(DS). Métodos: Estudo transversal que avaliou dados de DS com
HBsAg(+), anti-HBc(+) e anti-HCV(+) do HU/UFSC entre 2009-
2010. Resultados: No período de estudo, 4.676 indivíduos doaram
sangue no HU/UFSC. Foram incluídos no estudo 107 DS com
sorologias (+), sendo que 4 DS (0,1%) apresentaram HBsAg(+),
73 (1,6%) anti-HBc(+) e 30 (0,6%) anti-HCV(+). Entre 4 DS com
HBsAg(+) e anti-HCV(-), 3 repetiram a sorologia e 2 confirmaram
HBsAg(+) enquanto que 1 era falso(+) (HBsAg(-) com anti-HBc(-)).
Entre 71 indivíduos anti-HBc(+) isolado (HBsAg(-)), somente 45
repetiram a sorologia, onde 60% apresentaram anti-HBs(+), 18%
eram falsos (+) (anti-HBc(-)) e 0% apresentaram HBsAg(+). Entre
30 doadores com anti-HCV(+), 13 repetiram o anti-HCV, sendo
que apenas 8% confirmaram resultados (+) e 54% apresentaram
resultados negativos. Entre DS que realizaram o 2º anti-HCV, 8
realizaram o teste confirmatório RIBA. Entre 5 doadores com anti-
HCV indeterminado na 2ª avaliação, 100% apresentaram RIBA(-).
Conclusões: O anti-HBc é um marcador sensível para detecção
de infecção prévia pelo HBV, mas não detectou casos de portadores
crônicos do HBV, onde o primeiro teste de HBsAg foi negativo. Entre
DS com anti-HCV indeterminado, nenhum se confirmou positivo.
Massa Abdominal em Mulher Jovem
Temário: Cirurgia / Pâncreas
Autores / Nome para Referência / Instituição: HAMILTON PETRY
DE SOUZA / SOUZA, H.P. / FAMED PUCRS; RICARDO BREIGEIRON
/ BREIGEIRON, R. / FAMED PUCRS; DANIEL WEISS VILHORDO /
VILHORDO, D.W. / PUCRS; LEANDRO DAMIANI / DAMIANI, L. /
PUCRS; FABIANO TRENTINI BARANCELLI / BARANCELLI, F.T. / HSL-
PUCRS; CARLA BOCCHI / BOCCHI, C. / HSL PUCRS.
Resumo
Objetivo: Descrever um caso de tumor sólido pseudopapilar de
pâncreas (tumor de Frantz). Descrição do Caso: Uma jovem de
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
23 anos consultou com queixa de plenitude pós-prandial há um ano,
que se acompanhou de massa abdominal, náuseas, vômitos e dor
em hipocôndrio direito. Realizou tomografia computadorizada de
abdômen que revelou no arco duodenal, lesão expansiva, medindo
cerca de 7,5 cm em seu maior diâmetro, que sofria impregnação pelo
meio de contraste de forma heterogênea, causando impressão sobre
a cabeça do pâncreas e deslocando as alças de intestino delgado.
A paciente foi submetida à cirurgia com o achado de uma massa de
aproximadamente 8cm de diâmetro situada em região justaduodenal,
determinando compressão do duodeno e conectando-se ao
processo uncinado do pâncreas. Realizada congelação trans-
operatória sugestiva de benignidade. O exame anatomopatológico
com imunoistoquímica demonstrou padrão condizente com tumor
sólido pseudopapilar de pâncreas. Paciente teve boa evolução pós-
operatória, com alta 72 horas após o procedimento e retorno às suas
atividades habituais. Conclusões: O tumor sólido pseudopapilar de
pâncreas é neoplasia rara, com baixo potencial de malignidade, que
ocorre predominantemente em mulheres jovens, entre a segunda e
terceira décadas de vida com quadro clínico de massa ou desconforto
abdominal, podendo alguns casos ser assintomáticos. Apresenta
crescimento lento e alto índice de cura com a ressecção cirúrgica.
203
Má Rotação Intestinal: um Diagnóstico
a se Pensar em Abdome Agudo – Relato
de Casos e Revisão da Literatura
Temário: Cirurgia / Intestino Delgado
Autores / Nome para Referência / Instituição: LUIZ CARLOS
FORNASA JUNIOR / FORNASA, L.C.J. / HOSPITAL NOSSA SRA
CONCEIÇÃO TUBARÃO SC; JAIME CÉSAR SOUZA GELOSA / GELOSA
J.C.S. / UNISUL; RICARDO REIS DO NASCIMENTO / NASCIMENTO,
R.R. / UNISUL; ARTHUR NICOLEITE / NICOLEITE, A. / UNISUL;
DIEGO MACHADO SILVANO / SILVANO, D.M. / UNISUL; LUIZ
ARTHUR DE QUADROS / QUADROS, L.A. / HOSPITAL NOSSA SENHORA
DA CONCEICAO TUBARAO; DARLAN MEDEIROS KESTERING / KESTERING,
D.M. / UNISUL; FABIO VIZEU MEDAGLIA FILHO / MEDAGLIA FILHO,
F.V. / HOSPITAL NOSSA SRA DA CONCEIÇÃO.
Resumo
Introdução: Má rotação intestinal e um diagnóstico a ser
considerado no abdome agudo. Entidade que faz parte do cotidiano
do cirurgião pediátrico, que se torna um desafio diagnóstico quando
presente em adultos. Relato do caso: D.S. fem. 21 anos, deu
entrada no centro obstétrico com historia de dor abdominal intensa
em epigastro e HE há 3 dias, piora progressiva e febre alta nas
últimas 24 hs. Dor de início incidioso e anorexia, sem queixas genito-
urinarias. Ao exame apresentava-se em bom estado geral, abdômen
plano, tenso, RHA+, dor abdominal intensa à palpação de epigástrio
e HE com sinais de irritação peritoneal. Exames: Lab.- leucograma

infeccioso com desvio a esquerda, US abdome com líquido livre e TC
abdome com massa pseudotumoral em HE e pneumoperitônio. Após
avaliação da cirurgia geral optou-se por tratamento cirúrgico, em que
se observou todo o intestino delgado disposto para o lado direito do
abdômen, e o cólon para o lado esquerdo. O ceco encontrava-se no
HE com apendicite aguda supurada. Realizou-se apendicectomia e
limpeza da cavidade. A paciente evoluiu bem. Outros dois achados
intraoperatórios de má-rotação intestinal foram durante gastroplastia
redutora videolaparoscópica em paciente de 36 anos, onde optou-se
por conversão cirúrgica. O segundo, um paciente de 8 anos submetido
à laparotomia, devido a trauma hepático contuso. Conclusão: A
raridade da má rotação intestinal torna-se, em adultos, um diagnóstico
difícil por não ser aventada como hipótese diagnóstica.
Megacólon Idiopático Incidental na
Investigação de Infecção de Via Aérea
Inferior: Relato de Caso
Temário: Gastroenterologia / Intestino
204 Autores / Nome para Referência / Instituição: CARLOS
FREDERICO PORTO ALEGRE / PORTO ALEGRE, C.F. / HOSPITAL SANTA
CASA DE MISERICÓRDIA/RJ 18ª ENFERMARIA; HELIO RZETELNA /
RZETELNA, H. / HOSPITAL SANTA CASA DE MISERICÓRDIA/RJ 18ª
ENFERMARIA; MARIO KIRZNER / KIRZNER, M. / HOSPITAL SANTA CASA
DE MISERICÓRDIA/RJ 18ª ENFERMARIA; RUBENS BASILE / BASILE, R.
/ HOSPITAL SANTA CASA DE MISERICÓRDIA/RJ 18ª ENFERMARIA;
CAMILA MARQUES DE A. BARRETO / BARRETO, C.M.A. / HOSPITAL
SANTA CASA DE MISERICÓRDIA/RJ 18ª ENFERMARIA; HERBERT
GOULART DE SOUZA / SOUZA, G.S. / HOSPITAL SANTA CASA DE
MISERICÓRDIA/RJ 18ª ENFERMARIA; MARTA LUCIA C. GALVÃO ALVES
/ GALVÃO ALVES, M.L.C. / HOSPITAL SANTA CASA DE MISERICÓRDIA/
RJ 18ª ENFERMARIA; JOSÉ GALVÃO ALVES / GALVÃO ALVES, J. /
HOSPITAL SANTA CASA DE MISERICÓRDIA/RJ 18ª ENFERMARIA.
Resumo
Introdução: Achado radiológico em exames de emergência
por quadro infeccioso agudo. Objetivo: Relatar um caso de
Megacólon Idiopático assintomático em paciente feminina com
quadro pneumônico. Métodos: Paciente com 50 anos, nulipara,
com tosse, expectoração purulenta, febre e adinamia, foi à unidade
de emergência, onde realizou Rx tórax, evidenciando alça intestinal
em hemitórax esquerdo. Apresentava constipação crônica, força
evacuatória, eructações frequentes; no mesmo período realizou
exames laboratoriais, TC de abdomen/pelve e sorologia para Doença
de Chagas (Machado Guerreiro e Elisa), evidenciando um Megacólon
Idipoatico. Realizou ainda uma manometria anoretal, mostrando uma
hipertonia anal de repouso, com assimetria esfincteriana, percepção
alterada e o reto com grande capacidade e complascência,
característico de Megacólon, junto a contrações parciais na tentativa
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
de evacuações, sugerindo em conjunto um Anismo. Conclusão: O
Megacólon adquirido pode ter várias origens: neurológica, músculo
entéricas, endócrinas e metabólicas, além de psiquiátricas. A
disfunção anoretal pode estar ligada à distrofia miotônica como causa
neurológica originando o Anismo associado, todos como achado
incidental em investigação de quadro infeccioso.
Melanoma Gástrico Metastático como
Causa de HDA: Relato de Caso
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para Referência / Instituição: LUCIANA
LOPES DE OLIVEIRA / OLIVEIRA, L.L. / IPSEMG; VINICIUS GONÇALVES
SEABRA / SEABRA, V.G. / IPSEMG; DEBORA REGINA PENA LANGONI
/ LANGONI, D.R.P. / IPSEMG; ALESSANDRA SILVEIRA MENDES
FERREIRA / FERREIRA, A.S.M. / IPSEMG; CARLOS EDUARDO DE
OLIVEIRA RIBEIRO / RIBEIRO, C.E.O. / IPSEMG; JULIANO SILVA
OLIVEIRA / OLIVEIRA, J.S. / IPSEMG; LUIZ FERNANDO ABRAHÃO
REIS / REIS, L.F.A. / IPSEMG; DANIEL RACHID MARTINS / MARTINS,
D.R. / IPSEMG.
Resumo
O sangramento digestivo é uma das principais apresentações do
melanoma maligno metastático para o trato gastrointestinal (TGI).
Corresponde a uma causa rara de hemorragia digestiva alta (HDA):
apenas 7% dos casos de HDA são decorrentes de tumores do TGI, e
dos tumores gástricos, apenas 5,4% são metástases secundárias, das
quais o melanoma maligno é a causa mais frequente (29.6%). Apesar
de metástases para o TGI serem relativamente comuns, presentes
em mais de 60% das autópsias dos casos de melanoma maligno
disseminado, apenas 2% deles são diagnosticados ante mortem,
pois cursam com sintomas inespecíficos na maioria dos casos, como
fadiga, anemia e dor abdominal. O sítio mais comum de metástases de
melanoma no TGI é o intestino delgado, sendo menos frequentes no
estômago. O prognóstico é ruim, com sobrevida média de 4 a 6 meses.
O caso corresponde a J.B.T. 82 anos, sexo masculino, com história
de melena. Hipertenso e coronariopata, antecedente de melanoma
Cutâneo invasor (nível IV de Clark) diagnosticado 9 meses antes. Aos
exames: anemia aguda, Hb 6.2 g/dL. Realizado endoscopia digestiva
alta de urgência que mostrou inúmeras lesões enegrecidas entre
2 e 15mm, distribuídas no estômago e duodeno, compatíveis com
metástases do Melanoma cutâneo e confirmadas com histopatologia,
sendo uma delas ulcerada e de bordas elevadas, a qual foi atribuída a
causa do sangramento digestivo. Devido ao prognóstico reservado, o
paciente foi hemotransfundido e Submetido à tratamento paliativo.
Melanoma Gástrico Metastático: Relato
de Caso
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para Referência / Instituição: EDENILCE
EVANGELISTA CORREIA / CORREIA, E.E. / HGF; GILDO BARREIRA
FURTADO / FURTADO, G.B. / HGF; DALGIMAR BESERRA DE MENEZES
/ MENEZES, D.B. / HGF; FATIMA MARIA EVANGELISTA CORREIA /
CORREIA, F.M.E. / UNIFOR.
Resumo
Introdução: Os locais mais comuns de metástase do mela-
noma maligno são pele, pulmão e cérebro. Metástases para
trato gastrointestinal não são raras, entretanto manifestam-se
clínicamente em fase avançada da doença; sendo, frequentemente,
diagnosticados apenas em estudos pós- morte. Objetivo: Relatar
o caso de um paciente com melanoma gástrico metastático de sítio
primário indeterminado. Metodologia: Estudo descritivo, utilizando
dados do arquivo médico do paciente acompanhado no Hospital
Geral de Fortaleza no ano de 2009. Resultados: Paciente,sexo
masculino, 44 anos, admitido da emergência desta instituição com
quadro neurológico a esclarecer. Tomografia de crânio evidenciou
lesão expansiva (3,8 x 4,2cm) em lobo parietal esquerdo com
desvio da linha média e edema ao redor. Evoluiu com piora da
desorientação e melena. Realizou endoscopia digestiva alta com
visualização de múltiplas lesões Polipoides gástricas e duodenais
azuladas, vegetantes e friáveis. Submeteu-se à neurocirurgia com
ressecção da lesão e foi a óbito no 15º dia de pós-operatório devido
hemorragia intracraniana. A análise microscópica da amostra
endoscópica foi compatível com metástase gástrica de melanoma
maligno. Conclusão: O estômago, após o intestino delgado,
é o local mais comum de metástase no trato gastrointestinal,
estando frequentemente associada à invasão em outros órgãos,
apresentando uma sobrevida média menor que um ano.
Melanoma Gástrico Metastático: Relato
de Caso
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para Referência / Instituição: LIZA MARIA
LOPES DA SILVA ALVARENGA / ALVARENGA, L.M.L.S. / HOSPITAL DE
CÂNCER DE BARRETOS; DENISE PEIXOTO GUIMARAES / GUIMARAES,
D.P. / HOSPITAL DE CÂNCER DE BARRETOS; EMILIANO DE CARVALHO
ALMODOVA / ALMODOVA, E.C. / HOSPITAL DE CÂNCER DE BARRETOS;
GILBERTO FAVA / FAVA, G. / HOSPITAL DE CÂNCER DE BARRETOS;
ALDENIR FRESCA / FRESCA, A. / HOSPITAL DE CÂNCER DE BARRETOS;
THIAGO RABELO DA CUNHA / CUNHA, T.R. / HOSPITAL DE CÂNCER DE
BARRETOS; WAGNER COLAIACOVO / COLAIACOVO, W. / HOSPITAL DE
CÂNCER DE BARRETOS.
Resumo
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
Introdução: O melanoma maligno (MM) pode acometer o
trato gastrointestinal primariamente ou por metástases a distância.
O prognóstico do melanoma metastático é ruim. As metástases
do MM localizam-se mais frequentemente nos gânglios linfáticos
(73,6%), pulmão (71,3%), fígado (58,3%) cérebro (54,6%), osso
(48,6%) e suprarenais (46,8%). A incidência no aparelho digestivo
é de 43,5%, sendo o jejuno-íleo o local mais acometido (35,6%),
seguido do cólon (28,2%), estômago (22,7%) e esôfago (9,3%).
Objetivo: Relatar um caso de MM gástrico metastático. Relato
de caso: Paciente do sexo feminino, 65 anos, portadora de MM
em dorso, referindo dor epigástrica e hemiparesia esquerda há 15
dias. Durante a investigação realizou tomografia computadorizada de
crânio que evidenciou múltiplas metástases cerebrais. Endoscopia
digestiva alta apresentou seis lesões ulceradas, localizadas no
corpo gástrico, medindo de 1,0 a 2,5cm de diâmetro cada, com
bordas elevadas e centro recoberto por pigmentação escurecida.
Realizadas biópsias, com anátomo-patológico (AP) compatível com
MM gástrico metastático e imunohistoquímica HMB-45 e S100
positivas. Conclusão: Se sintomas não relacionados ao melanoma
cutâneo, deve-se suspeitar de metástases. O diagnóstico correto
da metástase gástrica exige história clínica precisa, combinada com 205
achados endoscópicos e AP.
Melanoma Primário de Esôfago: Relato
de Caso
Temário: Endoscopia / Miscelânea
Autores / Nome para Referência / Instituição:
EDUARDO GUIMARAES HOURNEAUX DE MOURA / MOURA, E.G.H.
/ UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO; BRUNO FREDERICO MEDRADO /
MEDRADO, B.F. / UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO; LUIZ HENRIQUE
MAZZONETTO MESTIERI / MESTIERI, L.H.M. / UNIVERSIDADE DE
SÃO PAULO; STEPHANIE WODAK MENESES / MENESES, S.W. /
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO; THIAGO NUNES SANTOS / SANTOS, T.N.
/ UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO; ELISA RYOKA BABA / BABA, E.R. /
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO; MARCOS EDUARDO LERA DOS SANTOS
/ DOS SANTOS, M.E.L. / UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO; PAULO SAKAI
/ SAKAI, P. / UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO.
Resumo
Introdução: O Melanoma primário maligno do esôfago é uma
doença incomum e agressiva e representa 0,1% das neoplasias
esofágicas, com idade de apresentação média aos 60 anos.
Usualmente localizam-se no terço médio e inferior do esôfago,
de aspecto polipoide e são recobertos por mucosa normal. Seus
sintomas mais comuns são disfagia, dor retroesternal, perda ponderal
e regurgitação. Objetivo: Relatar um caso de melanoma primário de
esôfago. Relato do caso: JCR, 59 anos, masculino, com queixa
de disfagia há 5 meses associada à perda ponderal de 14kg no
período. Durante a investigação realizou Endoscopia Digestiva Alta

que identificou lesão pediculada a 30cm da ADS que se estende
por 5cm e acomete cerca de 80% da luz do órgão. O relatório
anatomopatológico e imunohistoquímico revelou Melanoma Maligno
com extensas áreas de necrose. À tomografia de tórax observa-se
lesão expansiva em terço distal do esôfago, medindo 4,7x3,8x2,1cm
e linfonodos mediastinais. No estadiamento não houve evidência de
lesão primária, sendo diagnosticado como melanoma primário de
esôfago. O paciente foi submetido à esofagectomia subtotal com
esofagogastroanastomose, com evolução clínica satisfatória após 4
meses, estando ainda em acompanhamento clínico. Discussão/
Conclusão: Descrevemos um caso de melanoma maligno primário
do esôfago, doença pouco frequente, com evolução clínica geralmente
desfavorável. A terapêutica de escolha é a ressecção cirúrgica,
podendo ser associada à quimioterapia.
Melanose de Esôfago
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para Referência / Instituição: RENATA
FIGUEIREDO ROCHA / ROCHA, R.F. / HOSPITAL MADRE TERESA – BELO
206
HORIZONTE / MG. PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA DA FACULDADE
DE CIÊNCIAS MÉDICAS DE MINAS GERAIS.; RICARDO CASTEJON
NASCIMENTO / NASCIMENTO, R.C. / HOSPITAL MADRE TERESA –
BELO HORIZONTE / MG.; ROBERTO MOTTA PEREIRA / PEREIRA, R.M.
/ HOSPITAL MADRE TERESA – BELO HORIZONTE / MG.; WALTON
ALBUQUERQUE / ALBUQUERQUE, W. / HOSPITAL MADRE TERESA – BELO
HORIZONTE / MG.; RODRIGO ALBUQUERQUE CARREIRO / CARREIRO,
R.A. / HOSPITAL MADRE TERESA – BELO HORIZONTE / MG. PÓS-
GRADUAÇÃO E PESQUISA DA FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DE
MINAS GERAIS.
Resumo
Introdução: Melanose pode ser encontrada no duodeno, íleo e
cólon, mas no esôfago é extremamente rara. Melanose esofágica
tem sido relatada associada à malignidade, mas pode ser encontrada
como lesão isolada. Alguns estudos relatam sua associação com
melanoma primário do esôfago e com elevado risco de displasia
e carcinoma espinocelular no trato digestivo superior de homens
alcoólatras. Objetivo: relatar três casos de melanose de esôfago
diagnosticados por endoscopia digestiva alta (EDA). Casuística
e Método: Nas EDA realizadas no período de janeiro de 2001
a junho de 2011, foram identificados três casos de melanose de
esôfago. As pacientes eram do sexo feminino, leucodermas, com
idade entre 43 e 76 anos, sem história de tabagismo, uso de
laxativos ou alcoolismo. Foram evidenciadas, em terço médio e
distal do esôfago, pequenas áreas de mucosa lisa, com coloração
enegrecida, medindo entre 2 a 6 mm de diâmetro, com mucosa
adjacente sem alterações. Resultado: As áreas enegrecidas do
esôfago foram biopsiadas e o estudo histopatológico evidenciou
cortes de mucosa escamosa apresentando acantose, com discreto
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
acúmulo de pigmento acastanhado (melanina) na camada basal.
Controle endoscópico posterior mostrou desaparecimento da área
de melanose em uma das pacientes. Nenhum tipo de neoplasia foi
detectado. Conclusão: Melanose de esôfago é um achado raro,
que deve ser melhor estudado, e quando encontrado deve incentivar
a avaliação minuciosa de todo o esôfago e orofaringe.
Melhora da Resistência Insulínica
e Redução do Risco Cardiovascular
em Pacientes Obesos com Diabetes
Tipo 2 Implantados com o Dispositivo
Endoscópico de Exclusão Duodeno
Jejunal
Temário: Endoscopia / Intestino delgado
Autores / Nome para Referência / Instituição: EDUARDO
GUIMARÃES HOURNEAUX DE MOURA / MOURA, E.G.H. / SERVIÇO
DE ENDOSCOPIA DO HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FMUSP; BRUNO DA
COSTA MARTINS / MARTINS, B.C. / HCFMUSP; GUILHERME SAUNITI
LOPES / LOPES, G.S. / HCFMUSP; ROBERTO BONOTTO ORSO / ORSO,
I.R.B. / HCFMUSP; SUZANA LOPES DE OLIVEIRA / OLIVEIRA, S.L. /
HCFMUSP; MANOEL DOS PASSOS GALVÃO NETO / GALVÃO-NETO,
M.P. / GASTRO OBESO CENTER; MARCIO C. MANCINI / MANCINI,
M.C. / DISCIPLINA DE ENDOCRINOLOGIA E METABOLOGIA DA FMUSP;
MARCO AURÉLIO SANTO / SANTO, M.A. / DISCIPLINA DE CIRURGIA DO
APARELHO DIGESTIVO DO DEPTO. DE GASTROENTEROLOGIA DA FMUSP;
PAULO SAKAI / SAKAI, P. / DEPARTAMENTO DE GASTROENTEROLOGIA DA
FMUSP; ALMINO CARDOSO RAMOS / RAMOS, A.C. / GASTRO OBESO
CENTER; ARTHUR BELARMINO GARRIDO JÚNIOR / GARRIDO-JÚNIOR,
A.B. / FMUSP; ALFREDO HALPERN / HALPERN, A. / DISCIPLINA DE
ENDOCRINOLOGIA E METABOLOGIA DA FMUSP; IVAN CECCONELLO
/ CECCONELLO, I. / CIRURGIA DO APARELHO DIGESTIVO DO DEPTO.
DE GASTROENTEROLOGIA DA FMUSP; EDUARDO G. H. DE MOURA
/ MOURA, E.G.H. / FMUSP; BRUNO C. MARTINS / MARTINS,
B.C. / FMUSP; GUILHERME S LOPES / LOPES, GS / FMUSP;
SUZANA L. DE OLIVEIRA / OLIVEIRA, S.L. / FMUSP; MARCIO C.
MANCINI / MANCINI, M.C. / FMUSP; PAULO SAKAI / SAKAI, P.
/ FMUSP; ALMINO C. RAMOS / RAMOS, A.C. / GASTRO OBESO
CENTER; MANOEL DOS P. GALVÃO NETO / GALVÃO-NETO, M.P. /
GASTRO OBESO CENTER; ARTHUR B. GARRIDO JÚNIOR / GARRIDO-JR,
A.B. / FMUSP; ALFREDO HALPERN / HALPERN, A. / FMUSP; IVAN
CECCONELLO / CECCONELLO, I. / FMUSP.
Resumo
Objetivos: identificar pacientes portadores de resistência insulínica
e síndrome metabólica através da relação TG/HDL. Este estudo avalia
a eficácia do dispositivo endoscópico de exclusão duodenojejunal
(DEEDJ) na melhora da resistência insulínica e redução do risco
cardiovascular em pacientes obesos com diabetes tipo 2, utilizando a
relação TG/HDL, porcentagem de perda de peso e controle glicêmico.
Métodos: A relação foi utilizada com um valor de corte de 3,5. O
valor da relação inicial foi comparado com a relação obtida 6 meses
após o implante para avaliar se ocorreu melhora desta resistência.
Também foram avaliados a melhora da hemoglobina glicada e a perda
de peso obtida com o dispositivo e estes dados foram correlacionados
com a melhora da relação TG/HDL.Resultados: Todos os pacientes
apresentaram melhora estatisticamente significante dos níveis de
HbA1c, com a maioria dos pacientes (70,3%) obtendo controle do
diabetes com níveis abaixo de 7% ao final do estudo. Os pacientes
apresentaram perda de peso significante com média de 12,6% do
peso inicial. Houve melhora importante na resistência insulínica e
síndrome metabólica com redução significativa da relação TG/HDL de
5,75 para 4,36 (p<0,001) e com 42,6% dos pacientes apresentando
uma relação menor do que 3,5 ao final do estudo.Conclusão: O
DEEDJ é efetivo no controle do diabetes, perda de peso, melhora da
resistência insulínica e redução do risco cardiovascular em pacientes
obesos com diabetes tipo 2.
Mesotelioma de Peritoneu: Relato de
Caso
Temário: Cirurgia / Miscelânia
Autores / Nome para Referência / Instituição: ÉLIO FERRAZ
SALVADOR FILHO / FILHO, E.F.S. / UNIDERP; CAIO NOGUEIRA
DOS SANTOS / SANTOS, C.N. / UMC; EDUARDO QUEIROZ ABREU /
ABREU, E.Q. / UNAERP; CARLOS EDUARDO DE BARROS FORTES /
FORTES, C.E.B. / UNITAU; ORLANDO TRAMA / TRAMA, O. / UMC;
SU BONG KIM / KIM, S.B. / UNIFESP; FRANZ ROBERT APODACA
TORREZ / TORREZ, F.R.A. / UNIFESP; MARCEL KEITI KITAMURA /
KITAMURA, M.K. / UMC.
Resumo
Das neoplasias malignas do peritoneu, o mesotelioma tem a
incidência de 1-2 casos por 1.000.000/ano, sendo a mesma
crescente (principalmente nos países industrializados) nos últimos
anos. E que geralmente devido à grande variedade de achados
clínicos, radiológicos e histológicos, leva a um diagnóstico tardio e
devido à falta de medidas terapêuticas é dada como uma doença
de mau prognostico. Tendo como padrão ouro diagnóstico, a
laparotomia exploradora com a realização de biopsia sendo que,
a imunohistoquímica determina o diagnóstico definitivo. Temos
como objetivo relatar o caso de uma mulher de 64 anos, com
entrada no serviço de emergência, com queixas e saciedade
prandial precoce iniciada há 2 meses e epigastralgia do tipo
pontada e intermitente, sem irradiações, com aumento do volume
abdominal e perda ponderal de 15kg no período. Portando
consigo exames complementares de imagens que sugeriam
espessamento heterogêneo e irregular do omento aderidos à
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
parede abdominal (Mental Cake), com endoscopia digestiva alta
e colonoscopia evidenciando gastrite leve e doença diverticular
dos colóns respectivamente. Submetida há uma laparotomia
exploradora com presença de líquido ascito e vários implantes
neoplásicos na cavidade e o grande omento presença de massa
e isquêmico. Exame de citologia laudado como líquido ascito
positivo para malignidade, compatível com mesotelioma epitelial.
Anatomo patológico laudado como mesotelioma difuso do tipo
epitelial.
Metástase Cutânea de Carcinoma
Epidermoide de Esôfago
Temário: Cirurgia / Esôfago
Autores / Nome para Referência / Instituição: PAULO
ROBERTO OTT FONTES / FONTES, P.R. / UFCSPA; THIAGO LUCIANO
PASSARIN / PASSARIN, T.L. / UFCSPA; UIRA FERNANDES TEIXEIRA
/ TEIXEIRA, U.F. / UFCSPA; JOSE ARTUR SAMPAIO / SAMPAIO, J.A.
/ UFCSPA; FABIO LUIS WAECHTER / WAECHTER, F.L. / UFCSPA;
MAURO NECTOUX / NECTOUX, M. / UFCSPA; LEANDRO DIAS 207
CESAR / CESAR, L.D. / UFCSPA; LUIS PEREIRA LIMA / LIMA, L.P.
/ UFCSPA.
Resumo
Introdução: Os cânceres que com maior frequência acometem
a pele com metástases são melanoma, mamas e pulmões. A
metástase cutânea é por si só evento raro, mais ainda quando
originada do esôfago o adenocarcinoma esofágico é o tipo
mais implicado quando da existência dessas lesões, tornando
a metástase originada de carcinoma epidermoide evento impar.
Apresentamos a seguir um caso desta associação que evoluiu
com metástase cutânea disseminada. Relato do Caso: Trata-
se de um homem de 47 anos, tabagista e alcoolista, queixava-
se de perda de 19 kg em 4 meses associada à odinofagia e
disfagia progressiva, à endoscopia digestiva alta que evidenciou
tumoração vegetante de 6 cm no esôfago médio, AP mostrou
tratar-se de carcinoma epidermoide, associado a múltiplas
lesôes cutâneas com surgimento há 30dias com crescimento
rápido. Estudo histopatológico de fragmento da lesão mostrou
carcinoma pouco diferenciado de padrão basalóide com
atividade mitótica evidente comprometendo a derme e sem
relação com a epiderme. Discussão: Apesar da raridade de
metástases cutâneas derivadas do carcinoma epidermoide e
da localização infrequente na face dessas lesões, o diagnóstico
final tornou-se um tanto facilitado pelo conhecimento prévio do
câncer esofágico localmente avançado. O presente relato reforça
a necessidade de sempre lembrar a possibilidade do diagnostico,
cutâneo de neoplasias internas, muitas vezes antecedendo o
diagnóstico do sitio primário.

Metástase de Carcinoma de Mama em
Via Bilar: Relato de Caso
Temário: Cirurgia / Fígado
Autores / Nome para Referência / Instituição: FABIO LUIS
WAECHTER / WAECHTER, F.L. / UFCSPA; THIAGO LUCIANO PASSARIN
/ PASSARIN, T.L. / UFCSPA; UIRA FERNANDES TEIXEIRA / TEIXEIRA,
U.F. / UFCSPA; JOSE ARTUR SAMPAIO / SAMPAIO, J.A. / UFCSPA;
LUIS PEREIRA LIMA / LIMA, L.P. / UFCSPA; CRISTINE KRUSE /
KRUSE, C. / UFCSPA; PAULO ROBERTO OTT FONTES / FONTES, P.R.
/ UFCSPA.
Resumo
Introdução: O carcinoma metastático de mama apresenta evolução
lenta entre diagnóstico inicial e tratamento. A disseminação pode
ocorrer em diversos sítios anatômicos, entretanto o envolvimento
dos ductos biliares intra e extra-hepáticos é incomum. Relato do
caso: Paciente feminima, 46 anos, mastectomia com linfadenectomia
axilar por carcinoma ductal. Apresentou metástase hepática no
208 segmento tendo sido submetida à hepatectomia direita quatro anos
antes. Ressonância magnética evidenciou dilatação da via biliar
intra-hepática com impregnação pelo gadolíneo junto a bifurcação
do ducto II e III. Submetida à hepatectomia com ressecção da via
biliar, AP metástase de carcinoma de mama em via biliar. Segmento
de um ano não mostra recidiva das doença Discussão: Carcinoma
de mama é a forma mais comum de câncer em mulheres. Metástases
para o trato gastrointestinal são raras. Em um estudo de autópsia em
337 casos, 3,4% tinham metástases notrato gastrointestinal. A causa
usual da icterícia em pacientes com carcinoma de mama metastático
é maciça substituição do fígado por depósitos secundários. Icterícia
pode também ser produzida pela obstrução das vias biliares intra e
extra-hepáticas, a localização pode estar em qualquer lugar da região
peri-ampular à porta hepatis. Este caso sugere que uma abordagem
agressiva deve ser adotada nos pacientes ictéricos com câncer de
mama metastático para excluir que a icterícia seja decorrente do
comprometimento metastático difuso do fígado.
Metástase Esofágica de um Carcinoma
Hepatocelular Incidental
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para Referência / Instituição: MAÍRA SILVA
DE GODOY / GODOY, M.S. / HOSPITAL SANTA ISABEL, BLUMENAU,
SANTA CATARINA; MARCELO AUGUSTO SCHEIDEMANTEL NOGARA /
NOGARA, M.A.S. / HOSPITAL SANTA ISABEL; RODRIGO BERTOLDO /
BERTOLDO, R. / HOSPITAL SANTA ISABEL.
Resumo
Introdução: Carcinoma hepatocelular (CHC) é o tumor maligno
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
primário de fígado mais prevalente. Na grande maioria das vezes cursa
com alterações nos níveis séricos de alfafetoproteína e com aspecto
característico nos exames de imagem. Em menos de 10% dos casos
são indetectáveis aos métodos diagnósticos (tumores incidentais).
Metástases para o esôfago são muito raras, ocorrendo com uma
frequência de 0,4%. O diagnóstico confirmatório de metástase de
CHC para esôfago é realizado através da análise anatomopatológica
e pelo teste imunoistoquímico das lesões. Objetivo e Método:
relatar o caso de um paciente masculino de 46 anos com diagnóstico
anatomopatológico de carcinoma hepatocelular incidental que, após
um período de oito meses do transplante hepático, apresentou quadro
de disfagia progressiva pela presença de lesões polipoides causadas
pela metástase esofágica do carcinoma hepatocelular. Conclusão:
os critérios disponíveis atualmente para o diagnóstico de CHC e
identificação de metástases apresentam limitações, e na minoria dos
casos leva à realização de transplante hepático em pacientes não
elegíveis para o procedimento. Apesar das metástases esofágicas
serem raras, deve-se ter elevado grau de suspeição em pacientes
com história prévia de carcinoma hepatocelular e início de disfagia e/
ou hemorragia digestiva.
Metástase para Papila Duodenal:
Incomum Disseminação do Câncer de
Mama
Temário: Endoscopia / Colangiopancreatografia
endoscópica retrógrada
Autores / Nome para Referência / Instituição: ANTÔNIO
CARLOS BARROS LIMA JÚNIOR / LIMA JÚNIOR, A.C.B. / HOSPITAL LIFE
CENTER; VITOR NUNES ARANTES / ARANTES, V.N. / HOSPITAL LIFE
CENTER; OMAR LOPES CANÇADO JÚNIOR / CANÇADO JÚNIOR, O.L. /
HOSPITAL LIFE CENTER; MOISES SALGADO PEDROSA / PEDROSA, M.S.
/ HOSPITAL LIFE CENTER.
Resumo
Introdução: A metástase do câncer de mama para a papila
duodenal é um evento raro, existindo raros casos relatados na
literarura. Objetivo: Relatar o caso de uma metástase para a
papila duodenal em paciente com diagnóstico prévio de câncer de
mama. Casuística e Métodos: Paciente do sexo feminino na 6ª
década de vida, com diagnóstico de neoplasia de mama, submetida
à quimioterapia, radioterapia e operada há 3 anos, evoluindo com
icterícia e com colangioressonância, demonstrando estenose de
colédoco distal e dilatação das vias biliares extra e intra-hepáticas.
Resultado: Realizada CPRE associada a biopsias e citologia. O
material foi enviado a anatomia patológica e imunohistoquímica
sendo confirmada a origem de metástase por neoplasia de mama.
Conclusão: A metástase do câncer de mama para a papila duodenal
é um evento raro, sendo importante o médico ficar alerta às queixas
gastrointestinais das pacientes com diagnóstico prévio de câncer de
mama.
Metástases Gástricas: Incidência e
Aspectos Endoscópicos
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para Referência / Instituição: JÚLIA CARDOSO
VAZ DIAS / DIAS, J.C.V. / UNICAMP; CRISTIANE KIBUNE NAGASAKO
/ NAGASAKO, C.K. / UNICAMP; CIRO GARCIA MONTES / MONTES,
C.G. / UNICAMP; FÁBIO GUERRAZI / GUERRAZI, F. / UNICAMP;
MARIA APARECIDA MESQUITA / MESQUITA, M.A. / UNICAMP;
ADEMAR YAMANAKA / YAMANAKA, A. / UNICAMP; MARINA BOSSI
/ BOSSI, M. / UNICAMP; JOSÉ OLYMPIO MEIRELLES-SANTOS /
MEIRELLES-SANTOS, O. / UNICAMP.
Resumo
Introdução: O estômago é sítio incomum de metástases. O
aspecto endoscópico dessas lesões é variado e até o momento
não existem critérios que uniformizem o seu diagnóstico. Objetivo:
Avaliar a incidência e os aspectos endoscópicos das metástases
gástricas (MG) nos últimos 10 anos, no Hospital de Clínicas (HC)
da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Casuística:
Pacientes com MG diagnosticados no período de 01/01/2000 a
01/09/11, no HC da Unicamp. Método: Estudo retrospectivo.
Avaliação da incidência, sítio primário da neoplasia, características
endoscópicas e sobrevida. Resultados: Foram diagnosticados 15
casos de MG nos últimos 10 anos, totalizando 1% das neoplasias
gástricas malignas. A idade média foi 62 anos (80% do sexo
feminino). O sítio da neoplasia primária mais comum foi mama (n=8),
seguido de melanoma (n=5). Os aspectos endoscópicos foram: lesão
elevada com ulceração central (n=7), neoplasia gástrica precoce
(n=4) e avançada (n=4). Em sete casos, as lesões eram múltiplas. A
sobrevida média foi 7 meses. Conclusão: Apesar de raras, as MG
devem ser consideradas no diagnóstico diferencial das neoplasias
gástricas malignas. A apresentação endoscópica é variável, devendo-
se ter alta suspeição para seu correto diagnóstico.
Microcirurgia Endoscópica Transanal
(Met) Experiência HC-FMUSP/ICESP
Temário: Cirurgia / Cólon
Autores / Nome para Referência / Instituição: CARLOS
FREDERICO S. MARQUES / MARQUES, C.F.S. / ICESP/FMUSP;
CAIO SERGIO NAHAS / NAHAS, C.S.R. / ICESP/FMUSP; SÉRGIO
NAHAS / NAHAS, S.C. / ICESP/FMUSP; GUILHERME CUTAIT
COTTI / COTTI, G.C. / ICESP/FMUSP; ULYSSES RIBEIRO JUNIOR
/ RIBEIRO JR, U. / ICESP/HCFMUSP; RODRIGO ÂMBAR PINTO /
AMBAR, R.A. / ICESP/FMUSP; GUILHERME NAMUR / NAMUR, G.
/ ICESP/FMUSP; MARCELO RODRIGUES BORBA / BORBA, M.R.
/ HU-FMUSP; IVAN CECCONELLO / CECCONELLO, I. / ICESP/
FMUSP; EDNO TALES BIANCHI / BIANCHI, E.T. / ICESP/FMUSP.
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
Resumo
A microcirurgia transanal endoscópica é a técnica de ressecção
de lesões neoplásicas colorretais através do ânus auxiliado por
aparato especialmente desenvolvido para o trabalho dentro da luz
retal através da insuflação de CO2. É possível através desta técnica
ressecções de espessura total e o defeito pode ser corrigido através
de sutura manual. Foram avaliados prospectivamente 49 pacientes
submetidos à técnica de ressecção transanal microscópica para
neoplasias colorretais entre agosto 2008 e agosto 2011. Os autores
demonstram a técnica e a atual casuística.
Mieloma Múltiplo e Hematêmese –
Relato de Caso
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para Referência / Instituição: RODRIGO
OLIVEIRA XIMENES / XIMENES, R.O. / UNIVERSIDADE FEDERAL DE
GOIÁS; LARISSA FERNANDES MAIA BARBOSA / BARBOSA, L.F.M. /
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS; VANESSA TAVARES DE FREITAS / 209
FREITAS, V.T. / UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS; ANA CAROLINA
DE PAULA MACHADO / MACHADO, A.C.P. / UNIVERSIDADE FEDERAL
DE GOIÁS; DIOGO HENRIQUE SALIBA DE SOUZA / SOUZA, D.H.S. /
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS; MIRELA REBOUÇAS FERNANDES
DE LIMA / LIMA, M.R.F. / UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS; JOSÉ
ABEL ALCANFOR XIMENES / XIMENES, J.A.A. / UNIVERSIDADE
FEDERAL DE GOIÁS; LUCIANA MORELLI CALDEIRA / CALDEIRA, L.M. /
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS.
Resumo
Introdução: Mieloma Múltiplo (MM) é uma neoplasia da medula
óssea com crescimento descontrolado de células plasmáticas. O
trato gastrointesntinal é acometido em até 5% dos casos. Ocorre
no intestino delgado, seguido pelo estômago, cólon e esôfago.
Objetivo: Relatar um caso de paciente com MM e hematêmese.
Relato de caso: Homem, 51 anos, com astenia, anemia, dor lombar
intensa, irradiada para membro inferior esquerdo e dificuldade de
deambulação de inicio há 8 meses. Feito hipótese de MM, confirmada
por eletroforese de proteína, mielograma, biópsia de medula óssea
e ressonância magnética demonstrando fratura em coluna lombar.
Evoluiu com quadro de hematêmese. A endoscopia digestiva alta
evidenciou 03 lesões polipoides sésseis, sendo 02 localizadas em
antro de 0,5cm, e 01 em duodeno de 0.8cm, todas com umbilicação
central. As biópsias mostraram infiltração de neoplasia composta por
células plasmocitoides. A imunohistoquímica determinou infiltração
por MM e expressão exclusiva de cadeia leve kappa. Discussão: O
acomentimento gastrointestinal do MM geralmente é assintomático,
no entanto, no presente caso seu diagnóstico se deu após um quadro
de hematêmese. Endoscopicamente, o MM apresenta-se como

úlceras, ocasionalmente com espessamento irregular da mucosa e
pólipos. Conclusão: Assim é importante o clínico, o endoscopista
e o patologista estarem atentos para o diagnóstico diferencial das
lesões gastroduodenais, já que o MM pode mimetizar lesões de
etiologias variadas.
Miotomia Endoscópica Submucosa para
Tratamento da Acalasia
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para Referência / Instituição: ANTÔNIO
CARLOS COÊLHO CONRADO / CONRADO, A.C.C. / HOSPITAL DA
RESTAURAÇÃO; PEDRO CAVALCANTI DE ALBUQUERQUE / ALBUQUERQUE,
P.C. / HOSPITAL DA RESTAURAÇÃO; LÍGIA ALMEIDA CARLOS DINIZ /
DINIZ, L.A.C. / HOSPITAL DA RESTAURAÇÃO; JOÃO GUILHERME GUERRA
DE ANDRADE LIMA / LIMA, J.G.G.A. / HOSPITAL DA RESTAURAÇÃO;
ADMAR BORGES DA COSTA JÚNIOR / COSTA JÚNIOR, A.B. / HOSPITAL
DA RESTAURAÇÃO; JÚLIA CORRÊA DE ARAÚJO / ARAÚJO, J.C. / HOSPITAL
DA RESTAURAÇÃO.
210
Resumo
Introdução: As terapêuticas para tratamento da acalasia têm
como objetivo a redução na pressão do esfíncter inferior do
esôfago (EIE). Podem-se empregar medicamentos, dilatação
com balão, miotomia cirúrgica e ainda esofagectomia. Objetivo:
Mostrar que o EIE pode também ser seguramente acessado e
seccionado por via endoscópica através da confecção de túnel
na submucosa. Casuística: O serviço acumula experiência de
3 casos em humanos, com sucesso. Método: Homem de 53a,
IMC de 23,7, há 6 anos com disfagia por megaesôfago chagásico.
Submetido à miotomia endoscópica do EIE, usando gastroscópio
Fujinon de 9,6mm, canal único de 2,8mm e cap na extremidade.
Injeção submucosa com solução de manitol 20% e adrenalina
para confecção de túnel submucoso até total exposição e secção
longitudinal das fibras circulares, utilizando somente corrente
de corte, com fechamento da mucosa por clipes. Paciente sob
sedação, extubado e cateter de O2. Monitorizado por oximetria
de pulso. Instituição de antibioticopterapia profilática. Dieta líquida
introduzida no 2º DPO, progredindo para pastosa no dia seguinte.
Como o método não contempla procedimento antirrefluxo, IBP será
de uso definitivo. Resultado: A terapêutica mostrou-se eficaz,
com o paciente assintomático já na reintrodução da dieta. Os
benefícios foram confirmados por esofagograma e EDA no 4ºDPO.
Conclusão: Demonstra que o método pode ser uma alternativa
segura e menos invasiva para o tratamento da acalasia.
Modelo Experimental em Coelhos para
Pesquisa de Linfonodo Sentinela do
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
Estômago Através de Duplo Método –
Corante e Pesquisa Radio-Guiada
Temário: Cirurgia / Estômago
Autores / Nome para Referência / Instituição: JOSÉ ROBERTO
ALVES / ALVES, J.R. / UNICAMP-SP; LUIZ ROBERTO LOPES / LOPES,
L.R. / UNICAMP-SP; TÂNIA SASASAKI / SASASAKI, T. / UNICAMP-
SP; CELSO DARÍO RAMOS / RAMOS, C.D. / UNICAMP-SP; LUCIANA
RODRIGUES MEIRELLES / MEIRELLES, L.R. / UNICAMP-SP.
Resumo
Introdução: Gould et al. (1960), Cabanas (1977) e Morton et al.
(1992), fundamentaram o conceito da pesquisa do linfonodo sentinela.
Seu uso foi consagrado no câncer de mama e melanoma evitando
grandes linfadenectomias. Contudo, carece de padronização para
utilização no câncer gástrico. Com o Código de Nuremberg (1947)
e a Declaração de Helsinki (1975) estabeleceu-se que a realização
de pesquisas em seres humanos deve basear-se primordialmente
em resultados originados da experimentação em animais. Objetivo:
Criar um modelo animal para pesquisa de linfonodos sentinelas em
estômago. Métodos: Em 32 coelhos (linhagem Nova Zelândia)
foi realizada, via laparotomia, injeção subserosa em parede anterior
de corpo gástrico de 0,1 ml de fitato marcado com tecnécio-99m
(0,2 mCi) e posteriormente pelo mesmo orifício, de 0,2 ml de Azul
Patente V® 2,5%. A cavidade abdominal foi avaliada “in vivo” com
gamma probe aos 5, 10 e 20 minutos, para pesquisa de suspeitas de
linfonodos azuis e/ou radioativos. Após 20 minutos realizou-se exérese
do estômago, baço e suspeitas de linfonodos, para procura de tecido
linfoide por estudo histológico. Resultados: Foram identificados
linfonodos em 30 coelhos (93,75%) com média de 2,2 por animal.
Das 90 suspeitas de linfonodos detectadas, em 70 casos (77,77%)
obteve-se confirmação para tecido linfoide. A amostra apresentou
taxa de mortalidade de 2 casos (6,25%). Conclusão: O modelo
experimental apresentado em coelhos para pesquisa de linfonodos
gástricos foi factível, de fácil execução e baixa mortalidade, podendo
ser usado para treinamento.
Mortalidade por Cirrose Hepática
Alcoólica no Brasil, no Período de
2003/2006
Temário: Gastroenterologia / Fígado
Autores / Nome para Referência / Instituição: LUIGI CARLO
DA SILVA COSTA / COSTA, L.C.S. / UFPA; CARLENO DA SILVA COSTA
/ COSTA, C.S. / UFPA; BERNARD COSTA FAVACHO / FAVACHO, B.C. /
UFPA; LUIZ FERNANDO RIBEIRO DE MIRANDA MOURÃO / MOURÃO,
L.F.R.M. / UFPA; LUIZ CARLOS ALMEIDA COSTA / COSTA, L.C.A. /
GASTROCLÍNICA-MARABÁ; THAMER COSTA MAGALHÃES / MAGALHÃES,
T.C. / UFPA; NEWTON QUINTINO FEITOSA JÚNIOR / JÚNIOR, N.Q.F.
/ HUJBB; RENAN DOMINGUES GAVIÃO DE CARVALHO / CARVALHO,
R.D.G. / CESUPA.
Resumo
Introdução: A Cirrose Hepática Alcoólica (CHA) é induzida pelo
etanol e/ou seus metabólitos e representa o protótipo de doença
em que convergem fatores biológicos, clínicos, epidemiológicos e
psicológicos. Apresenta incidência alta em quase todos os países,
inclusive no Brasil, afetando homens e mulheres, adultos, crianças
e o próprio feto, sendo uma das manifestações do alcoolismo fetal.
Objetivo: Analisar a mortalidade por CHA no Brasil, no período de
2003 a 2006, baseado nas 5 regiões geográficas brasileiras. Método:
Realizou-se estudo descritivo sobre os óbitos causados por CHA de
todos os indivíduos, de ambos os sexos e diversas faixas etárias,
ocorridos entre 2003 e 2006, registrados pelo Sistema de Informação
sobre Mortalidade, do Ministério da Saúde. Resultados: Entre 2003
e 2006 evidenciou-se gradativa elevação dos óbitos decorrente de
CHA: 4757 em 2003; 5013 em 2004; 5370 em 2005; e 5535 em 2006.
Do total de 20675 óbitos por CHA registrados no Brasil, obteve-se
564 no Norte, 4422 no Nordeste, 1366 no Centro-Oeste, 9668 no
Sudeste e 4655 no Sul brasileiro. O gênero masculino foi acometido
em 87,96% dos casos. A faixa etária de 45-54 anos predominou em
todas as regiões (Norte: 27,83%; Nordeste: 28,26%; Centro-Oeste:
30,45%; Sudeste: 33,81%; Sul: 31,79%). Conclusão: O consumo
excessivo de álcool é uma ameaça à saúde pública mundial. A
CHA deve ser considerada doença grave e pode gerar quadro de
coma e morte. Medidas para reduzir os danos devem assentar na
informação.
Mortalidade por Hipertensão Porta no
Brasil - Período de 2003/2006
Temário: Gastroenterologia / Fígado
Autores / Nome para Referência / Instituição: LUIGI CARLO
DA SILVA COSTA / COSTA, L.C.S. / UFPA; CARLENO DA SILVA COSTA
/ COSTA, C.S. / UFPA; BERNARD COSTA FAVACHO / FAVACHO,
B.C. / UFPA; LUIZ CARLOS ALMEIDA COSTA / COSTA, L.C.A. /
GASTROCLÍNICA-MARABÁ; LUIZ FERNANDO RIBEIRO DE MIRANDA
MOURÃO / MOURÃO, L.F.R.M. / UFPA; THAMER COSTA MAGALHÃES
/ MAGALHÃES, T.C. / UFPA; NEWTON QUINTINO FEITOSA JÚNIOR /
JÚNIOR, N.Q.F. / HUJBB.
Resumo
Introdução: A hipertensão porta não é uma doença em si. Na
verdade, representa complicação de várias doenças. Entre elas, cita-
se a cirrose hepática, neoplasias do fígado, das vias biliares ou do
pâncreas, insuficiência cardíaca direita e oclusão da veia cava inferior,
por trombos ou tumores. Há probabilidade de quadro hemorrágico,
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
com chance de culminar em óbito. Objetivo: Analisar a mortalidade
por HP no Brasil, no período de 2003 a 2006, baseado nas 5 regiões
geográficas brasileiras. Método: Realizou-se um estudo descritivo
sobre os óbitos causados por HP de todos os indivíduos, de ambos
os sexos e em diversas faixas etárias, ocorridos entre 2003 e 2006,
registrados pelo Sistema de Informação sobre Mortalidade do
Ministério da Saúde. Resultados: Entre 2003 e 2006 evidenciou-
se gradativa redução dos óbitos decorrente de HP: 375 em 2003;
365 em 2004; 332 em 2005; 317 em 2006; 49,17% dos casos foi
registrado na região Nordeste, enquanto que 2,08% foi registrado
na região Norte. Constatou-se predomínio da faixa etária acima de
65 anos nas 5 regiões (Norte: 31,03%; Nordeste: 37,18%; Centro-
oeste: 36,36%; Sudeste: 31,22%; Sul: 46,83%). Houve relevante
predominância de casos no gênero masculino (65,8%). Conclusão:
Apesar da redução dos índices de mortalidade, a subnotificação
pode mascarar uma realidade distinta. Assim, todo paciente com
hipertensão porta deve ser considerado como portador de doença
grave e ser tratado como tal.
Mortalidade por Lesão Aguda da Mucosa 211
Gastroduodenal no Brasil - Período de
2003/2006
Temário: Gastroenterologia / Estômago/Duodeno
Autores / Nome para Referência / Instituição: LUIGI CARLO
DA SILVA COSTA / COSTA, L.C.S. / UFPA; CARLENO DA SILVA COSTA
/ COSTA, C.S. / UFPA; BERNARD COSTA FAVACHO / FAVACHO,
B.C. / UFPA; LUIZ CARLOS ALMEIDA COSTA / COSTA, L.C.A. /
GASTROCLÍNICA-MARABÁ; LUIZ FERNANDO RIBEIRO DE MIRANDA
MOURÃO / MOURÃO, L.F.R.M. / UFPA; THAMER COSTA MAGALHÃES
/ MAGALHÃES, T.C. / UFPA; NEWTON QUINTINO FEITOSA JÚNIOR /
JÚNIOR, N.Q.F. / HUJBB; MÁRCIA RODRIGUES IONTA / IONTA, M.R.
/ CESUPA.
Resumo
Introdução: A Lesão Aguda da Mucosa Gastroduodenal
(LAMGD), também conhecida como gastrite aguda hemorrágica,
consiste de erosões superficiais da mucosa gástrica, acometendo
inicialmente a região proximal do estômago. Geralmente decorre
do uso de álcool, aspirina, anti-inflamatórios, corticosteroides e
em situações clínicas como choque ou trauma. Objetivo: Analisar
a mortalidade por LAMGD no Brasil, no período de 2003 a 2006,
baseado nas 5 regiões geográficas brasileiras. Método: Realizou-se
um estudo descritivo sobre os óbitos causados por CHA de todos os
indivíduos, de ambos os sexos e em diversas faixas etárias, ocorridos
entre 2003 e 2006, registrados pelo Sistema de Informação sobre
Mortalidade, do Ministério da Saúde. Resultados: Entre 2003 e
2006 evidenciou-se gradativa elevação dos óbitos decorrente de
LAMGD: 146 em 2003; 151 em 2004; 182 em 2005; 212 em 2006.
47,75% dos casos foi registrado na região Sudeste. Constatou-se

predomínio da faixa etária acima de 65 anos nas 5 regiões (Norte:
44,44%; Nordeste: 55,55%; Centro-Oeste: 50%; Sudeste: 61,81%;
Sul: 66,37%). Apenas 3,76% dos casos foram submetidos à cirurgia.
Não houve discrepância relevante entre os gêneros (Masculino:
55,43%; Feminino: 44,57%). Conclusão: O diagnóstico precoce
da LAMGD é parte fundamental para que se possa combatê-la de
maneira definitiva. Os índices de mortalidade crescem a cada ano
e não devem ser menosprezados. A informação é fundamental na
busca da redução desses índices.
Motilidade Esofágica Após Derivação
Gástrica em Y de Roux para Obesidade
Mórbida. Achados à Manometria de Alta
Resolução
Temário: Motilidade / Motilidade digestiva
Autores / Nome para Referência / Instituição: BRUNA
DELL‘ACQUA CASSÃO / CASSÃO, B.D. / UNIFESP; FERNANDO
AUGUSTO MARDIROS HERBELLA FERNANDES / HERBELLA, F.A. /
212 UNIFESP; LUCIANA C SILVA / SILVA, L.C. / UNIFESP; FERNANDO
POMPEU PIZA VICENTINE / VICENTINE, F.P.P. / UNIFESP.
Resumo
Introdução: A cirurgia bariátrica pode provocar alterações na
motilidade esofágica. Entretanto, há paucidade de estudos com a
manometria de alta resolução (MAR). Objetivo: Avaliar a motilidade
esofágica em pacientes submetidos à derivação gástrica em Y de
Roux (DGYR) para obesidade mórbida através da MAR. Casuística:
Foram estudados 18 pacientes (17 mulheres, idade média 53 anos)
submetidos à DGYR para obesidade mórbida por laparotomia.
Método: Todos os pacientes foram submetidos à MAR em média
3 anos após a cirurgia. Resultados: O esfíncter esofagiano inferior
(EEI) teve pressão basal média de 18±13 (variação 0-51) mmHg, em
7 pacientes (39%) com hipotonia e 1 (5%) hipertonia. O relaxamento
foi anormal em 1 paciente. O comprimento total e abdominal do EEI
foi de 4±1 (1-7) cm e 2±1 (0-3) cm, respectivamente. A amplitude
distal do corpo esofágico (média de 3 e 7 cm acima do EEI) foi de
77±22 (40-120) mmHg, com 1 paciente (5%) com hipocontratilidade.
Ondas peristálticas forma vistas em 95±0 (0,6-1) %. O esfíncter
esofagiano superior tinha pressão basal média de 118±82 (33 – 334)
mmHg, com 1 paciente (5%) com hipotonia e 8 pacientes (44%) com
hipertonia. Conclusão: Após DGYR, há um número significante de
pacientes com hipotonia do EEI e hipertonia do EES.
Mucosectomia e Dissecção Endoscópica
de Submucosa de Neoplasias Superficiais
do Esôfago: os Dois Extremos de Tamanho
para Tratamento Endoscópico
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para Referência / Instituição: RODRIGO
ALBUQUERQUE CARREIRO / CARREIRO, R.A. / HOSPITAL MADRE TERESA
- BELO HORIZONTE/MG; PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA DA FACULDADE
DE CIÊNCIAS MÉDICAS DE MINAS GERAIS; WALTON ALBUQUERQUE /
ALBUQUERQUE, W. / HOSPITAL MADRE TERESA-BELO HORIZONTE/
MG; INSTITUTO ALFA DE GASTROENTEROLOGIA-HC-UFMG; ROBERTO
MOTTA PEREIRA / PEREIRA, R.M. / HOSPITAL MADRE TERESA-BELO
HORIZONTE/MG; RICARDO CASTEJON NASCIMENTO / NASCIMENTO,
R.C. / HOSPITAL MADRE TERESA-BELO HORIZONTE/MG; RENATA
FIGUEIREDO ROCHA / ROCHA, R.F. / HOSPITAL MADRE TERESA-
BELO HORIZONTE/MG; PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA DA FACULDADE
DE CIÊNCIAS MÉDICAS DE MINAS GERAIS; VITOR NUNES ARANTES
/ ARANTES, V.N. / INSTITUTO ALFA DE GASTROENTEROLOGIA-HC-
UFMG; PAULA HARUMI SOUZA UEJO / UEJO, P.H.S. / INSTITUTO
ALFA DE GASTROENTEROLOGIA-HC-UFMG.
Resumo
Introdução: O diagnóstico das neoplasias superficiais do esôfago
tem aumentado nos países com programas de screening. Com isso
tem-se buscado técnicas de tratamento de menor morbimortalidade
que a esofagectomia, sem perder os conceitos oncológicos. A técnica
de ressecção endoscópica tem-se mostrado efetiva e com menores
riscos para o tratamento destas afecções, quando bem indicada.
Objetivo: Relato de dois casos de neoplasia superficiais de esôfago
(CCE), tratados endoscopicamente pela técnica de ressecção
endoscópica, uma de 4mm e a outra de 4cm, circunferencial.
Casuística e Método: Dois pacientes com diagnóstico de CCE de
esôfago, 0-IIb, foram submetidos à ressecção endoscópica das lesões
em monobloco, um pela técnica de mucosectomia (lesão menor) e
outro por dissecção endoscópica de submucosa (lesão extensa e
circunferencial). Resultado: ao exame anatomopatológico das peças
de ressecção as margens laterais e profundas estavam livres (ambos
m2). Um pte teve boa evolução e o outro apresentou estenose no
local da ressecção circunferencial que necessitou de 3 sessões
de dilatação, com sucesso. Conclusão: A técnica de ressecção
endoscópica em monobloco é uma viável para o tratamento das
neoplasias superficiais de esôfago, independentemente do tamanho,
com obtenção de espécime para avaliação anatomopatológica final,
podendo ser curativa.
Mudanças da Microbiologia da Peritonite
Bacteriana Espontânea (PBE) em uma
Década
Temário: Gastroenterologia / Fígado
Autores / Nome para Referência / Instituição: JONATHAN
SOLDERA / SOLDERA, J. / UFCSPA/HNSC; CESAR AL-ALAM ELIAS /
ELIAS, C.A. / HCPA/HNSC; PAULO ROBERTO LERIAS ALMEIDA / ALMEIDA,
P.R.L. / HNSC; CRISTIANE VALLE TOVO / TOVO, C.V. / HNSC.
Resumo
Métodos: Avaliados através da revisão de prontuários os
pacientes com cultura de líquido de ascite positiva. Foram estudados
e comparados três períodos: P1 de 01/01/97 à 31/12/98, P2 de
01/01/02 à 31/12/03 e P3 de 01/04/07 à 31/03/09. A estatística foi
feita no SPSS e no Pepi 4. Resultados: Foram 20 casos de bactérias
gram-negativas no P1 (55,5%), 16 casos no P2 (35,5%) e 21 casos no
P3 (50%). As comparações obtiveram um p=0,07 entre P1 e P2, um
p=0,62 entre P1 e P3 e um p=0,17 entre P2 e P3. No P1, houveram
33 casos com 3 infecções polimicrobianas. Bactérias mais
frequentes no P1: E. coli em 13 casos (36,1%), SCoN em 6 casos
(16,6%), K. pneumoniae em 5 casos (13,8%), S. aureus em 4 casos
(11,1%), E. faecalis em 3 casos (8,3%) e outros em 5 casos (13,8%).
No P2, houveram 43 casos com 2 infecções polimicrobianas. Bactérias
mais frequentes no P2: SCoN em 16 casos (35,5%), S. aureus em
8 casos (17,7%), E. coli em 7 casos (15,5%), K. pneumoniae em 3
casos (6,6%) e outros em 11 casos (24,4%). No P3, houveram 39
casos com 3 infecções polimicrobianas. Bactérias mais frequentes
no P3: E. coli em 14 casos (33,3%), E. faecalis em 7 casos (16,6%),
S. viridans em 4 casos (9,5%), S. aureus em 4 casos (9,5%), SCoN
em 3 casos (7,1%), K. pneumoniae em 2 casos (4,7%) e outros em 8
casos (19%). Conclusões: As bactérias gram-positivas mostraram-
se no P3 com prevalência semelhante à das gram-negativas, mais aos
custos de streptococcus do que aos custos de staphylococcus.
Múltiplos Tumores Neuroendócrinos no
Estômago e Duodeno: Relato de Caso
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para Referência / Instituição: THIAGO RABELO
DA CUNHA / CUNHA, T.R. / HOSPITAL DE CÂNCER DE BARRETOS; DENISE
PEIXOTO GUIMARÃES / GUIMARÃES, D.P. / HOSPITAL DE CÂNCER DE
BARRETOS; EMILIANO DE CARVALHO ALMODOVA / ALMODOVA, E.C.
/ HOSPITAL DE CÂNCER DE BARRETOS; GILBERTO FAVA / FAVA, G. /
HOSPITAL DE CÂNCER DE BARRETOS; LIZA MARIA LOPES DA SILVA
ALVARENGA / ALVARENGA, L.M.L.S. / HOSPITAL DE CÂNCER DE
BARRETOS; ALDENIR FRESCA / FRESCA, A. / HOSPITAL DE CÂNCER DE
BARRETOS; WAGNER COLAIACOVO / COLAIACOVO, W. / HOSPITAL DE
CÂNCER DE BARRETOS.
Resumo
Introdução: O tumor neuroendócrino/carcinoide (NET) do trato
gastrintestinal é raro, comprometendo mais comumente o intestino
delgado e apêndice. No estômago e duodeno, aparecem em 4,33%
e 2,76%, respectivamente. Múltiplos NETs em estômago e duodeno,
simultaneamente, são raros, com apenas relatos de casos na
literatura. Objetivo: Relatar um caso de NET, múltiplos, em estômago
e duodeno. Relato de caso: Paciente do sexo masculino, 28 anos,
com quadro de epigastralgia e melena. Endoscopia digestiva alta
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
evidenciou inúmeras lesões polipoides sésseis (0-Is) de até 5mm no
corpo gástrico e várias lesões não Polipoides (tipo 0-IIa, 0-IIa+IIc)
de 4 a 15mm, no duodeno, todas com a superfície de coloração
avermelhada, sendo realizadas biópsias. Anatomopatológico e
perfil imuno-histoquímico (cromogranina/sinaptofisina/enolase/
AE1/AE3 positivas) revelaram NET Grau II (WHO 2010) com índice
de proliferação celular (Ki-67) de 15%, além de gastrite crônica.
Enteroscopia mostrou lesões apenas até a segunda porção duodenal.
Colonoscopia e tomografia abdominal foram normais. O tratamento
proposto foi gastrectomia total com duodenopancreatectomia.
Conclusão: Os NETs podem ser múltiplos e ocorrer no estômago
e duodeno simultaneamente. A endoscopia digestiva é importante
na suspeita e confirmação diagnóstica, assim como no prognóstico
e melhor definição terapêutica, através da avaliação da extensão
da doença e realização de biópsias para anatomopatológico, perfil
imuno-histoquimico e Ki-67.
Necrose Esofágica Aguda (NEA) em
Pacientes com Câncer Relato de 14
Casos 213
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para Referência / Instituição: ANA CAROLINA
MARON AYRES / AYRES, A.C.M. / INCA; JULIANA RIBEIRO DA COSTA
LINO / LINO, J.R.C. / INCA; BRUNA MERCATI SPELTA / SPELTA,
B.M. / INCA; GUSTAVO FRANCISCO SOUZA MELLO / MELLO, G.F.S.
/ INCA; THERESA CHRISTINA DAMIAN RIBEIRO / RIBEIRO, T.C.D.
/ INCA; SIMONE GUARALDI / GUARALDI, S. / INCA; ALEXANDRE
PELOSI / PELOSI, A. / INCA; GILBERTO MANSUR / MANSUR, G. /
INCA.
Resumo
Introdução: NEA é uma condição rara, cuja etiologia e fisio-
patologia são pouco compreendidas, mas múltiplos fatores
associados estão envolvidos. Objetivo: Relatar os casos de NEA do
Instituto Nacional de Câncer (INCA), com uma revisão na literatura.
Materiais e Métodos: De janeiro de 1999 a junho de 2010 foram
realizadas 30.714 EDAs no HC I / INCA. Realizamos uma análise
retrospectiva dos dados clínicos, endoscópicos, histológicos,
terapêuticos e evolutivos até o óbito ou alta hospitalar dos pacientes
com diagnóstico de NEA no período. Resultados: Todos os 14
(0,05%) pacientes com diagnóstico de NEA apresentavam doença
maligna associada a comorbidades e/ou complicações clínicas
graves e apresentavam o aspecto endoscópico típico da doença,
com necrose circunferencial predominando nos 2/3 distais do
esôfago. Foram feitas biópsias de esôfago em 5 (36%) dos pacientes.
No acompanhamento destes pacientes, 8 (57%) evoluiram para
óbito e 6 (43%) receberam alta hospitalar. Conclusão: NEA é uma
entidade rara, de causa multifatorial, que parece estar associada
com quadro clínico descompensado. O tratamento deve ser

direcionado para a doença de base e a supressão da secreção ácida
gástrica parece ser conveniente. Pacientes com câncer podem ter
uma mortalidade aumentada.
Necrose Gástrica Aguda Secundária à
Hérnia Diafragmática Traumática Crônica
Temário: Cirurgia / Estômago
Autores / Nome para Referência / Instituição: MYRNA
MENDONÇA DE ARAÚJO / ARAÚJO, M.M. / HOSPITAL DE BASE
ARY PINHEIRO; WENCESLAU RUIZ LINHARES NETO / NETO, W.R.L.
/ HOSPITAL ESTADUAL E PRONTO-SOCORRO JOÃO PAULO II; RENATO
RORIZ DA SILVA / RORIZ, R. / HOSPITAL DE BASE ARY PINHEIRO;
ANDRÉ LUIZ FERMINO / FERMINO, A.L. / HOSPITAL DE BASE ARY
PINHEIRO; ALEXEI ALMEIDA ANDRADE / ANDRADE, A.A. / HOSPITAL DE
BASE ARY PINHEIRO; ELDER CARDOSO DE OLIVEIRA / CARDOSO, E.C.
/ HOSPITAL DE BASE ARY PINHEIRO; ALBER PESSOA DE FIGUEIREDO
/ FIGUEIREDO, A.P. / HOSPITAL DE BASE ARY PINHEIRO; LARISSA
MONTEIRO GUERZONI / GUERZONI, L.M. / UNIR.
214
Resumo
A lesão diafragmática corresponde a menos de 1% das lesões do
trauma, sendo a hérnia, uma de suas principais complicações.
Lesões frênicas por arma branca podem não ser percebidas na
abordagem inicial do paciente, que pode evoluir com hérnia crônica,
às vezes assintomática e manifestar quadro de obstrução intestinal,
isquemia e necrose. Neste caso, homem de 16 anos, com história de
ferimento por arma branca em transição tóraco-abdominal esquerda,
sendo realizada drenagem pleural. Após um ano, foi admitido
com epigastralgia intensa, irradiando para precórdio, vômitos e
hematêmese. Ao exame, desidratado, hipocorado, RHA diminuídos,
abdome difusamente doloroso. RX de tórax com derrame pleural
extenso E e a drenagem saída de grande quantidade de pus. À
endoscopia digestiva alta evidenciou-se fístula gástrica com necrose
parcial da parede (corpo e fundo). Realizou-se cirurgia com achado
de líquido sero-sanguinolento livre, sufusões em epíplon, hérnia
diafragmática e encarceramento gástrico intratorácico com necrose
total. Feita gastrectomia total, esôfago-jejuno anastomose em Y de
Roux, esplenectomia e frenorrafia. Evolui regularmente no pós-
operatório. A necrose gástrica devido ao encarceramento crônico
intratorácico, por hérnia diafragmática traumática, é uma complicação
muito rara e o tratamento cirúrgico precoce é a única conduta que
pode diminuir a mortalidade desta complicação grave.
Necrosectomia Endoscópica Transmural
na Terapêutica da Pacreatite Aguda
Grave. Relato de Caso
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
Autores / Nome para Referência / Instituição: LEONARDO
JOSÉ LAFAYETTE DE SOUZA / SOUZA, L.J.L. / HFCF; CAROLINA
IMAMURA DOS SANTOS / SANTOS, C.I. / HFCF; CAROLINA DE
QUEIROZ MENEZES / MENEZES, C.Q. / HFCF; ROSANA DA SILVA
CIUFFO / CIUFFO, R.S. / HFCF; VLADIMIR MOLINA DE OLIVEIRA /
OLIVEIRA, V.M. / HFCF; ROBERTA RIGUEIRA PINTO GUERRA BRIA /
BRIA, R.R.P.G. / HFCF; TULIO MEDINA GUERRA PEREIRA CALDAS
/ CALDAS, T.M.G.P. / HFCF; CLAUDIO SANTOS DE BRITTO JUNIOR /
BRITTO JR, C.S. / HFCF.
Resumo
Introdução: Necrose pancreática organizada é um termo
usado para descrever coleções encapsuladas de suco pancreático
e tecido necrótico, que se desenvolvem após a pancreatite aguda
severa. Historicamente, essa evolução está associada à elevada
morbidade, mortalidade e manejo cirúrgico. Porém, com o advento
das técnicas endoscópicas minimamente invasivas, a endoscopia
terapêutica possibilita criar um acesso de drenagem transgástrica
à cavidade necrótica, facilitando a entrada direta do endoscópio,
com subsequente debridamento de tecido necrótico e lavagem da
cavidade. Objetivo: Relatar a técnica de necrosectomia endoscópica
transmural no tratamento da pancreatite aguda grave. Paciente:
Masculino, 36 anos, etilista, admitido na emergência com dor
abdominal diagnosticada como pancreatite aguda alcoólica Baltazar
E. Após 30 dias, evoluiu com piora clínica e evidência tomográfica de
necrose pancreática abaulando a parede gástrica. Em conjunto com a
equipe cirúrgica, optou-se por drenagem endoscópica, que consiste
em punção da cavidade transmural abaulada, dilatação desse trajeto
fistuloso e necrosectomia endoscópica direta na frequência de 2x/
sem., totalizando 10 procedimentos sem complicações e com
resolução da doença. Conclusão: Logo, a eficácia e segurança da
necrosectomia endoscópica emergem como um método terapêutico
de primeira linha no tratamento da pancreatite aguda grave.
Neoplasia Intraductal Mucinosa
Papilífera de Pâncreas Relato de Cinco
Novos Casos
Temário: Gastroenterologia / Pâncreas e Vias Biliares
Autores / Nome para Referência / Instituição: MARÍLIA
MARQUES PEREIRA LIRA / LIRA, M.M.P. / HOSPITAL DE BASE DO DF;
JORDANA SOARES TAVARES / TAVARES, J.S. / HOSPITAL DE BASE DO
DF; VINNICIUS GUSTAVO CAMPOS / CAMPOS, V.G. / HOSPITAL DE BASE
DO DF; ISABELA LOPES CARDOSO / CARDOSO, I.L. / HOSPITAL DE BASE
DO DF; VANESSA MORAIS CARDOSO / CARDOSO, V.M. / HOSPITAL DE
BASE DO DF; KAMEL TANGARI WAZIR / WAZIR, K.T. / HOSPITAL DE
BASE DO DF; COLUMBANO JUNQUEIRA NETO / JUNQUEIRA NETO, C. /
HOSPITAL DE BASE DO DF; CARMEM ALVES PEREIRA / PEREIRA, C.A. /
HOSPITAL DE BASE DO DF;
Resumo
Introdução: A neoplasia intraductal mucinosa papilífera (NIDMPP)
é uma síndrome caracterizada por dilatação do ducto pancreático
principal associada a acometimento de ramos secundários, com
hipersecreção de mucina, obstrução ductal e pancreatite crônica
obstrutiva. A incidência estimada em 1 a 3% das neoplasias exócrinas
e entre 20 e 30% das neoplasias císticas do pâncreas, mais frequente
a partir da sexta década, em ambos os sexos. É considerada uma
lesão pré-maligna e a abordagem cirúrgica depende da localização e
da clínica do paciente. Relato de casos: Apresentamos 05 novos
casos de NIDMPP sendo 04 do sexo feminino, média de 70,5 anos e
01 do sexo masculino com 29 anos. A sintomatologia mais frequente
foi desconforto mesogástrico e intolerância alimentar. Quatro
pacientes apresentavam queixas disabsortivas e emagrecimento foi
relatado em 03 pacientes. A bioquímica revelou elevação de enzimas
canaliculares hepáticas em 02 pacientes e os marcadores tumorais
foram normais. As colangiorressonâncias foram características e
demonstraram acometimento exclusivo do ducto pancreático principal
em 01 paciente, tendo os demais importante ectasia de ductos
secundários. Conclusão: O exame detalhado do ducto pancreático
principal e de seus ramos em pacientes com queixas disabsortivas
vagas pode permitir o diagnóstico precoce e o tratamento adequado
destes pacientes. A faixa etária e a presença de comorbidades pode
ser um fator limitante na indicação de ressecções pancreáticas.
Neoplasias Gastricas Sincrônicas
Temário: Gastroenterologia / Estômago/Duodeno
Autores / Nome para Referência / Instituição: DANIEL
NAVARINI / NAVARINI, D. / HSVP; CARLOS AUGUSTO MADALOSS /
MADALOSSO, C.A. / HSVP; IRAN MORAES JUNIOR / JUNIOR, I.M.
/ HSVP; IGNACIO FERNANDEZ BLANCO INCLAN / BLANCO, I.F. /
HOSPITAL LA PAZ; FERNANDO FLECK / FLECK, F. / UPF.
Resumo
Introdução: A presença de neoplasias concomitantes ou
seja dois ou mais crescimentos anormais de tecido ocorrendo
simultaneamente é bastante infrequente. Objetivo: Relatar um
caso de paciente com neoplasia sincrônica Relato do caso:
G.R.M, 56 anos, natural e procedente de Passo Fundo procura o
consultório do Gastroenterologista com queixas de plenitude pós-
prandial há 2 meses. Relata também perda ponderal de 7 quilos
nos últimos 4 meses. Foi realizada Endoscopia Digestiva Alta que
evidenciou-se lesão infiltrante que comprometia toda a parede do
estômado na região do fundo gástrico, além disso evidencio-se lesão
na região do antro gástrico. As duas lesões foram biopsiadas e o
anatomopatológico revelou que a lesão localizada no fundo gástrico
tratava-se de uma adenocarcinoma e a lesão no antro gástrico tratar-
se de um GIST. Paciente foi submetido à gastrectomia total e evoluiu
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
satisfatóriamento no pós-operatório. Revisão de Literatura:
Neoplasias sincronias são duas ou mais neoplasias com tipo
histológico diferente em um mesmo sitio. Costumam ser encontradas
com mais frequência no cólon em virtude da transformação de
pólipos em adenocarcinomas. Conclusão: Portanto as neoplasias
sincrônicas são bastante infrequentes principalmente no estômago.
Quando fazemos diagnóstico de uma neoplasia em algum órgão do
trato gastrointestinal é importante que analisemos todo o órgão em
virtude da possível presença de neoplasia sincrônica.
Neoplasias Malignas do Estômago –
Análise de 720 Gastrectomias
Consecutivas
Temário: Cirurgia / Estômago
Autores / Nome para Referência / Instituição: MARCELO
GARCIA TONETO / TONETO, M.G. / PUCRS; CARLA BOCCHI /
BOCCHI, C. / PUCRS; JULIANA TONIETTO ZAMPIERI / ZAMPIERI, J.T.
/ PUCRS;
215
Resumo
Introdução: As neoplasias malignas do estômago ainda estão
entre os tumores que mais matam no Brasil. Objetivo: Analisar
uma série de gastrectomias e as mudanças nas características
anatomopatológicas dos tumores operados em um hospital
universitário. Casuística e Método: Estudo retrospectivo. Foram
incluídos pacientes com tumores ressecados entre Janeiro de 1991
e Maio de 2011. Os pacientes foram divididos em dois grupos
baseados na época de realização do procedimento. Resultados:
Foram revisados 720 pacientes, sendo os tipos histológicos mais
comuns: 626 (86,9%) adenocarcinomas, 45 (6,25%) GISTs e 19
(2,64%) linfomas. A idade variou entre 19 e 97 anos, com média de
62,2 (13,7) anos. Entre os adenocarcinomas, o gênero predominante
foi o masculino com 420 (67,09%) casos. Apesar de a localização no
terço inferior ser a mais comum em ambos os grupos, houve aumento
no diagnóstico dos tumores proximais. Apenas 59 (10,4%) dos
tumores foram precoces, não havendo diferença significativa entre
os dois grupos. Conclusões: Os resultados encontrados neste
estudo mostram o aumento no diagnóstico dos tumores estromais na
última década. O terço inferior do estômago é o local predominante.
O diagnóstico é tardio na maioria dos casos, não havendo melhora
nos últimos anos. Esta revisão demonstra que persiste o diagnóstico
tardio em nosso meio, sendo uma das explicações para o seu mau
prognóstico.
O Ângulo de Fase como Preditor
de Fibrose Hepática em Pacientes
Portadores de Hepatite por Vírus C

Temário: Gastroenterologia / Fígado
Autores / Nome para Referência / Instituição: MARIANA DE
SOUZA DORNA / DORNA, M.S. / UNESP - BOTUCATU; GIOVANNI
FARIA SILVA / SILVA, G.F. / UNESP - BOTUCATU; CASSIO VIEIRA DE
OLIVEIRA / OLIVEIRA, C.V. / UNESP - BOTUCATU; MARCOS MINICUCCI
/ MINICUCCI, M. / UNESP - BOTUCATU.
Resumo
A perda da massa magra corporal está associada a aumento da
morbimortalidade em pacientes com vírus C(HCV). A falta de
estudos com essa população nos fez avaliar a relação do ângulo de
fase e fibrose hepática desses pacientes. Avaliaram-se pacientes
com HCV, acima de 18 anos, entre jan e dez de 2010. Excluíram-
se pacientes com ICC, HIV, IRC e/ou VHB, com tratamento prévio
para HVC há menos de um ano. Dados demográficos e laboratoriais
foram obtidos na primeira consulta. Foram submetidos à avaliação da
composição corporal por bioimpedância elétrica unifrequencial e à
biópsia hepática. Comparação entre os grupos:teste t de Student ou
Man-Whitney. Associação entre o ângulo de fase e fibrose:regressão
216 logística multivariada e curva ROC. Nível de significância:5%. Foram
avaliados 108 pacientes, sendo 56,48% do sexo masculino com
idade de 51,3±12,1 anos. Gtp1 presente em 76,85% dos pacientes
e 61,11% apresentavam fibrose hepática avançada. Os pacientes
com fibrose graus 3 e 4 e mais velhos(p<0,001), apresentaram
maior HOMA (p<0,001) e AST (p<0,001), e menor ângulo de fase
(p=0,001) quando comparados com aqueles de fibrose 1 e 2.O
ângulo de fase foi preditor de maior grau de fibrose, mesmo quando
ajustado por gênero, idade, HOMA e HDL(OR:0,332; CI95%: 0,122-
0,904; p=0,031). Ponto de corte do ângulo de fase que determina
maior grau de fibrose avaliado pela curva ROC foi ≤6,4(AUC:0,676;
CI95%: 0,619-0,814; p<0,001). Assim, o ângulo de fase é preditor de
maior grau de fibrose em pacientes com HCV, e valores menores que
6,4 estão associados à maior grau de fibrose .
O Obeso Mórbido Idoso: é o Momento
de Ampliarmos os Limites da Indicação
Cirúrgica?
Temário: Cirurgia / Obesidade
Autores / Nome para Referência / Instituição: MARCO AURELIO
SANTO / SANTO, M.A. / HOSPITAL DAS CLÍNICAS FMUSP; DENIS
PAJECKI / PAJECKI, D. / HOSPITAL DAS CLÍNICAS FMUSP; ROBERTO
DE CLEVA / CLEVA, R. / HOSPITAL DAS CLÍNICAS FMUSP; DANIEL
RICCIOPPO / RICCIOPPO, D. / HOSPITAL DAS CLÍNICAS FMUSP; ALLAN
GARMS MARSON / MARSON, A.G. / HOSPITAL DAS CLÍNICAS FMUSP;
NIDIA HORIE / HORIE, N. / HOSPITAL DAS CLÍNICAS FMUSP; FABIO
ENEIAS LUZ / LUZ, F.E. / HOSPITAL DAS CLÍNICAS FMUSP; IVAN
CECCONELLO / CECCONELLO, I. / HOSPITAL DAS CLÍNICAS FMUSP.
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
Resumo
Objetivo: No Brasil, os pacientes idosos são aqueles com mais
de 60 anos, e para eles preconiza-se a avaliação individualizada do
risco e benefícios do tratamento cirúrgico. O objetivo deste estudo
foi avaliar os dados demográficos e a presença de comorbidades em
pacientes acima de 60 anos à espera de cirurgia bariátrica em um
hospital público. Material e Metodos: Foram compilados o número
de pacientes acompanhados em pré-operatório, a idade, sexo, peso,
altura e IMC, e presença de comorbidades. Resultados: Em fevereiro
de 2011, 217 pacientes de um total de 1600 (13, 5%) que estavam
à espera de tratamento cirúrgico tinham mais de 60 anos. A idade
média foi de 65 + 5,5 anos. Eram 49 (22, 6%) do sexo masculino e
168 (67, 4%) do sexo feminino. A média do IMC foi de 46 + 8, 7 kg/
m2 (intervalo 36-108), sendo que 45 (21,1%) pacientes eram super-
obesos (SOM). As comorbidades mais comuns foram hipertensão
arterial em 198 (91%), DM2 em 101 (46,5%), dislipidemia em 96
(44%), SAOS em 43 (19,8%), insuficiência cardíaca congestiva em
13 (6%), doença coronariana em 10 (4,6%) e problemas ortopédicos
em 52 (24%). Do total, 52 pacientes (24%) foram classificados como
de alto risco, com base na SOM ou a gravidade das comorbidades.
Conclusão: Um número expressivo de pacientes com mais de 60
anos são candidatos à cirurgia bariátrica e apresentam alta prevalência
de comorbidades. Com base nestes dados, os limites de idade para a
cirurgia bariátrica devem ser rediscutidos.
O Padrão Endoscópico das Lesões Retais
pelo HPV pode Mimetizar Adenomas
Vilosos
Temário: Endoscopia / Colonoscopia
Autores / Nome para Referência / Instituição: RODRIGO DE
REZENDE ZAGO / ZAGO, R.R. / HOSPITAL SÍRIO-LIBANES; CLAUDIO
ROGERIO SOLAK / SOLAK, C.R. / HOSPITAL SÍRIO-LIBANES; CAROLINA
VIANA TEIXEIRA / TEIXEIRA, C.V. / HOSPITAL SÍRIO-LIBANES; MARCELO
AVERBACH / AVERBACH, M. / HOSPITAL SÍRIO-LIBANES; PAULO
ALBERTO FALCO PIRES CORREA / CORREA, P.A.F.P. / HOSPITAL SÍRIO-
LIBANES; JOSE LUIZ PACCOS / PACCOS, J.L. / HOSPITAL SÍRIO-LIBANES;
LUCIO GIOVANNI BATISTA ROSSINI / ROSSINI, L.G.B. / HOSPITAL SÍRIO-
LIBANES; GIULIO FABIO ROSSINI / ROSSINI, G.F. / HOSPITAL SÍRIO-
LIBANES.
Resumo
Introdução: As lesões induzidas pelo vírus HPV tipo 6 e tipo 11
manifestam-se na forma de condiloma e têm comportamento benigno.
O acometimento do canal anal e reto pode ser ocasionalmente
identificado durante a colonoscopia. A utilização de endoscópios de
alta definição com magnificação e cromoscopia auxiliam a avaliação
dessas lesões. Objetivo: Descrever dois casos de pacientes com
lesões internas do canal anal e reto por HPV sem acometimento
externo, diagnosticado durante a colonoscopia. Avaliar o padrão
endoscópico como diagnóstico diferencial dos adenomas.
Casuística: Dois pacientes submetidos à colonoscopia diag-
nóstica e rastreamento em hospital especializado de São Paulo –
SP, utilizando-se equipamento Fujinon com magnificação e
cromoscopia digital (FICE). Resultados: Os pacientes apresentavam
lesões elevadas no canal anal e reto distal. A utilização de magnificação
e cromoscopia digital sugeriu padrão tipo IV de abertura de criptas
da classificação de Kudo e padrão tipo IV de vascularição da
classificação de Teixeira, compatíveis com lesões vilosas. As biópsias
realizadas confirmaram o diagnóstico de condiloma acuminado,
com identificação do vírus HPV tipo 6 e 11 pela técnica de PCR.
Conclusão: As lesões internas do canal anal e reto induzidas pelo
HPV identificadas podem se assemelhar aos adenomas vilosos
mesmo com os recursos da magnificação e cromoscopia digital.
O Papel das Plaquetas na Regeneração
Hepática
Temário: Cirurgia / Fígado
Autores / Nome para Referência / Instituição: MÓNICA
LÓPEZ / LÓPEZ, M. / CENTRO DE TERAPIA GÊNICA, HCPA
E PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GENÉTICA E BIOLOGIA
MOLECULAR, UFRGS; ALESSANDRO BERSCH OSVALDT / OSVALDT,
A.B. / SERVIÇO DE CIRURGIA DIGESTIVA HCPA, PROGRAMA DE PÓS-
GRADUAÇÃO EM MEDICINA: CIÊNCIAS CIRÚRGICAS; CAROLINA CRUZ
/ CRUZ, C. / CENTRO DE TERAPIA GÊNICA, HCPA E PROGRAMA DE
PÓS-GRADUAÇÃO EM GENÉTICA E BIOLOGIA MOLECULAR, UFRGS;
CARLOS KIELING / KIELING, C. / LABORATÓRIO DE HEPATOLOGIA E
GASTROENTEROLOGIA EXPERIMENTAL, HCPA; PROGRAMA DE PÓS-
GRADUAÇÃO: CIÊNCIAS EM GASTROENTEROLOGIA, FACULDADE DE
MEDICINA, UFRGS; RAFAEL MAURER / MAURER, R. / LABORATÓRIO
DE HEPATOLOGIA E GASTROENTEROLOGIA EXPERIMENTAL, HCPA;
GUSTAVO OCHS DE MUÑOZ / MUÑOZ, G.O. / LABORATÓRIO DE
HEPATOLOGIA E GASTROENTEROLOGIA EXPERIMENTAL, HCPA; LUISE
MEURER / MEURER, L. / UNIDADE DE PATOLOGIA EXPERIMENTAL,
HCPA; URSULA MATTE / MATTE, U. / CENTRO DE TERAPIA GÊNICA,
HCPA E PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GENÉTICA E BIOLOGIA
MOLECULAR, UFRGS.
Resumo
A falência hepática aguda (FHA) é caracterizada pela rápida e
grave perda de função. As células e plaquetas derivadas da medula
óssea promovem a regeneração hepática. O objetivo deste estudo
foi avaliar o efeito das plaquetas em modelo de FHA. Ratos Wistar
submetidos à hepatectomia parcial de 90% (HP 90%) foram divididos
em três grupos: medula óssea total (MOT, n=20), plasma rico em
plaquetas (PRP, n=20) e cápsulas vazias (CV, n=23). AS células
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
obtidas da medula óssea de rato foram encapsuladas em alginato
de sódio e implantadas no peritônio (3x107 células/animal). As
variáveis estudadas foram: sobrevida, glicemia diária, histologia
hepática e razão entre os lobos hepáticos remanente/peso estimado
do fígado (RL/EL). A sobrevida em 10 dias foi maior no grupo PRP
(85%), seguido de MOT (65%) e CV (30%) (log rank=0.001). Os
níveis glicêmicos foram semelhantes entre os grupos. A avaliação
histopatológica não demonstrou diferença no número de mitoses e
apoptose mas um grau maior de esteatose hepática no grupo MOT
comparado ao PRP (p=0,021). A razão RL/EL foi maior no grupo
MOT (p=0.038) comparado ao grupo PRP. Os grupos PRP e MOT
promoveram a regeneração hepática, porém o grupo PRP teve maior
aumento de sobrevida na FHA induzida por HP 90%. (Apoio: FIPE
HCPA, CNPq).
O Uso da CPER Associada à Litotripsia
Extracorpórea no Tratamento do Cálculo
Biliar Intrahepático: Relato de Caso
Temário: Endoscopia / Colangiopancreatografia
endoscópica retrógrada 217
Autores / Nome para Referência / Instituição: ARI BEN-
HUR STEFANI LEÃO / LEÃO, A.B. / HSL/PUCRS; CARLOS KUPSKI
/ KUPSKI, C. / HSL/PUCRS; GABRIEL STEFANI LEÃO / LEÃO, G.S.
/ UNISUL;
Resumo
Introdução: O tratamento da litíase biliar intrahepática é um
desafio aos métodos minimamente invasivos. Descrevemos o caso de
uma paciente com múltiplas comorbidades com impossibilidade de
tratamento cirúrgico, com litíase biliar intrahepática e colangites de
repetição, onde foram empregadas técnicas combinadas de litotripsia
extracorpórea (LECO) e CPER na resolução do problema. Relato de
caso: Feminina, 76 anos, diabética, hipertensa e cardiopata severa,
apresentando cálculo biliar intrahepático no ramo esquerdo com três
centimetros de diâmetro, sendo necessário a realização de CPER
com papilotomia e limpeza da via biliar com cateter basket e balão,
seguido de 3 sessões de LECO com potência de 20Kv e 2500 pulsos
cada e nova CPER para limpeza das vias biliares após cada sessão
de LECO. Pacientes e Métodos: Relato de caso de uma paciente
com cálculo intrahepático submetida à tratamento combinado com
CPER (Olympus JF 150) e litotripsia extracorpórea (Dornier-Philipis).
Conclusão: O uso da litotripsia extracorpórea em combinação com
a CPER é uma alternativa viável e minimamente invasiva no tratamento
de cálculos intrahepáticos em pacientes selecionados.
O Uso de Ligaduras Elásticas para o
Tratamento da Ectasia Vascular do Antro
Gástrico

Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para Referência / Instituição: RITA CHELLY
FÉLIX TAVARES / TAVARES, R.C.F. / UFC; MARCELO VICTOR RIBEIRO
SALES / SALES, M.V.R. / UFC; DARLA VIANA RAMOS / RAMOS, D.V.
/ UFC; RÉGIS BEZERRA SILVA / SILVA, R.B. / UFC; MIGUEL ÂNGELO
NOBRE E SOUZA / SOUZA, M.A.N. / UFC; MARCELLUS HENRIQUE
LOIOLA PONTE DE SOUZA / SOUZA, M.H.L.P. / UFC; GILDO BARREIRA
FURTADO / FURTADO, G.B. / UFC.
Resumo
Introdução: A ectasia vascular do antro gástrico (EVAG), também
conhecida por estômago em melancia, é uma anormalidade vascular
do estômago que pode se apresentar na forma de estrias ou como
múltiplas petéquias acometendo difusamente o antro. A EVAG pode
estar associada às doenças autoimune s ou à hipertensão portal e seu
tratamento tem sido realizado predominantemente com coagulação
por plasma de argônio. Relato de caso: RDS, 46 anos, feminino,
hepatopata crônica de etiologia não determinada, foi encaminhada
para investigação de pancitopenia. Referia anemia de longa data
218
(mais de 10 anos), tendo sido realizadas mais de nove transfusões
sanguíneas. A cinética do ferro era compatível com perda ou
privação crônica de ferro. Entre 2008 e 2011 apresentou níveis de
hemoglobina constantemente baixos, geralmente menores que 6mg/
dL, apesar de receber múltiplos concentrados de hemácias. Durante
o internamento, foi descoberto a presença de EVAG, sendo decidido
a realização de terapia com ligaduras elásticas. Foram realizadas 4
sessões de ligaduras, com erradicação das ectasias vasculares
e melhora persistente dos níveis hematimétricos. Discussão: O
tratamento da EVAG com ligaduras elásticas demonstrou ser seguro
e eficaz, sendo mais uma ferramenta disponível para o tratamento
desta patologia.
Uso de Pneumoperitônio Pré-Operatório
no Tratamento de Hérnia Inguinal Gigante
Temário: Cirurgia / Miscelânia
Autores / Nome para Referência / Instituição: JOSÉ GUILHERME
MINOSSI / MINOSSI, J.G. / UNESP; JUAN CARLOS LHANOS / LHANOS,
J.C. / UNESP; LEONARDO PELAFSKY / PELAFSKY, L. / UNESP;
CLAUDIA NISHIDA HASIMOTO / HASIMOTO, C.N. / UNESP; RODRIGO
SEVERO DE CAMARGO PEREIRA / PEREIRA, R.S.C. / UNESP; CESAR
TADEU SPADELLA / SPADELLA, C.T. / UNESP.
Resumo
Introdução: O pneumoperitônio progressivo visa o tratamento
das hérnias volumosas, com perda de seu domicílio na cavidade
abdominal. Objetivo: Relatar um caso em que foi utilizado a técnica
do pneumoperitônio pré-operatório no tratamento de uma hérnia
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
inguinal gigante. Relato de caso: BB, 80 anos, masculino. Com
queixa de abaulamento progressivo em região inguinal direita há 20
anos. Nos últimos dois anos já não era possível reduzir o conteúdo
herniário para a cavidade abdominal e paciente começou apresentar
importante dificuldade para deambular, dirigir e realizar outras
pequenas atividades. Ao exame físico foi evidenciado um grande
abaulamento em região inguino-escrotal à direita, irredutível com
RHA presentes na tumoração. O pneumoperitônio foi iniciado 17 dias
antes da cirurgia através da instalação do cateter de pig tail guiado
por US no flanco esquerdo, o volume total injetado nesse período foi
de aproximadamente 20 litros. A cirurgia realizada foi ressecção de
aproximadamente dois metros de intestino delgado e cólon direito,
com íleo-transverso anastomose. A ressecção intestinal foi necessária,
devido à dificuldade em reduzir o conteúdo herniário. A herniorrafia
foi realizada com o uso de tela de polipropileno pela técnica de
Linchestein. No pós-operatório paciente evoluiu sem intercorrências
recebendo alta no 5º PO. Conclusão: O pneumoperitônio é uma
técnica relativamente simples e segura, sendo indicado para hérnias
que perderam o domicílio na cavidade abdominal.
O Uso de Procinético pode Reduzir
O Tempo de Passagem da Cápsula
Endoscópica pelo Estômago? Pode
Influenciar no Tempo de Passagem da
Cápsula pelo Intestino Delgado? Estudo
Comparativo
Temário: Endoscopia / Intestino delgado
Autores / Nome para Referência / Instituição: CARLOS SAUL
/ SAUL, C. / FUGAST; RONALDO J. TORRESINI / TORRESINI, R.J. /
FUGAST; CLÁUDIO ROLIM TEIXEIRA / TEIXEIRA, C.R. / FUGAST;
JÚLIO C. PEREIRA LIMA / PEREIRA LIMA, J.C. / FUGAST.
Resumo
Introdução: Demora excessiva de passagem da cápsula
endoscópica pelo estômago pode reduzir o tempo de exame do
delgado e não permitir exame completo do mesmo.Objetivos:
Analisar se, com o uso de procinético (Pc) o tempo de passagem
da cápsula pelo estômago (TPCE) pode ser reduzido, e comparar se
haverá efeito de aceleração na passagem pelo delgado.Casuística:
Na análise do TPCE foram avaliados 71 pacientes que ingeriram Pc, e
105 pacientes que não usaram Pc. Compararam-se a seguir o tempo
de passagem da cápsula pelo delgado (TPCD) em 63 pacientes que
usaram Pc, e em 108 pacientes que não usaram Pc. Método: O
teste estatístico utilizado para os comparativos foi o teste U de Mann-
Whitney. A cápsula empregada foi a da empresa Given (Yokenan-
Israel) mod M2A e PillCam SB. O Pc utilizado foi a Domperidona
(Motylium/Lab Jansen EUA) na dose de 10mg, 20min antes de
iniciar o exame. Resultados: O tempo (mediana) de passagem
pelo estômago no grupo de pac que ingeriram Pc foi de 16min e
do grupo que não ingeriu Pc (105 pac) foi de 29min. Observou-se
diferença estatisticamente significativa (p=0,015) O tempo(mediana)
de passagem pelo delgado no grupo de pac que ingeriram PC foi
de 207min e no grupo que não recebeu Pc foi de 216min. não se
observando diferença com significância estatística (p=0,469).
Conclusões: Este estudo demonstrou que o Pc, na dose utilizada,
teve efeito na redução do TPCE, e não mostrou influiu em aumento de
velocidade da passagem da cápsula pelo delgado.
Obliteração de Variz Duodenal Rota
Utilizando Cianoacrilato
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para Referência / Instituição: JOÃO PAULO DE
SOUZA PONTUAL / PONTUAL, J.P.S. / IMIP - PE; GUSTAVO CARNEIRO
LEÃO FILHO / LEÃO, G.C.F. / IMIP - PE; MARCOS PAULO GOMES DE
MATTOS / MATTOS, M.P.G. / IMIP - PE; SUÊNIA TAVARES FRANÇA /
FRANÇA, S.T. / IMIP - PE; THIAGO LIMA / LIMA, T. / IMIP - PE.
Resumo
A HDA secundária ao rompimento de variz duodenal é um
evento raro e potencialmente grave. Relatos de caso descrevem
tratamento endoscópico bem sucedido usando esclerosantes,
cianoacrilato ou ligadura elástica, contudo não há evidência
que aponte superioridade de qualquer uma das modalidades. O
vídeo é referente a um paciente masculino, 42 a, com história de
hematêmese e enterorragia volumosas há 24h. Ao dar entrada
no PS, apresentava instabilidade hemodinâmica (FC=120bpm,
PA=80x30 mmHg), sudorese e agitação, hemoglobina de
5,5 g/dL. História de hipertensão portal por esquistossomose
hepatoesplênica com erradicação prévia de varizes esofágicas
por endoscopia. Após estabilização hemodinâmica, o pcte.
foi Submetido à uma endoscopia digestiva alta com achados:
retrações cicatriciais no terço distal do esôfago sem varizes;
tumoração subepitelial localizada parede posterior do bulbo
proximal, medindo 2,0cm, com ulceração apical. Esta lesão,
apesar de ser muito semelhante a um GIST ulcerado, apresentava
consistência totalmente complacente, sendo dado o diagnóstico
de variz duodenal rota. Optou-se por realizar obliteração da
mesma com N-butil-2-cianoacrilato, 2mL, em solução com
lipiodol (1:1), sendo obtido um preenchimento adequado da
variz. O paciente evoluiu sem intercorrências, recebendo alta no
3º dia de internação hospitalar. No controle endoscópico após 8
semanas, foi identificada a variz obliterada ainda sem sinais de
extrusão do cianoacrilato.
Obstrução Esofágica Completa após
Ligadura Elástica: Relato de Caso
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para Referência / Instituição: BRUNO
LOUREIRO AGRASSAR / AGRASSAR, B.L. / ISCMSP; JOAQUIM
ALVES DE CARVALHO JÚNIOR / CARVALHO JR, J.A. / ISCMSP; FÁBIO
MARIONI / MARIONI, F. / ISCMSP; LUCIO GIOVANNI BATTISTA
ROSSINI / ROSSINI, L.G.B. / ISCMSP; JOSÉ FLÁVIO DE ANDRADE
SILVA / SILVA, J.F.A. / ISCMSP; ANGELO PAULO FERRARI JÚNIOR
/ FERRARI JR, A.P. / ISCMSP; LEONARDO MONTEIRO VALLINOTO /
VALLINOTO, L.M. / ISCMSP.
Resumo
A ligadura elástica é uma modalidade eficaz na terapêutica
endoscópica das varizes esofágicas, possui complicações como dor,
úlcera e estenose. Tem-se como objetivo relatar caso de complicação
da ligadura elástica de varizes esofágicas, trazendo à evidência para
que possa ser reconhecida no acompanhamento dos pacientes
submetidos ao método. Estudo realizado através de relato de caso,
revisão de prontuário e literatura. Paciente do sexo masculino com
55 anos, portador de varizes esofágicas decorrentes de cirrose
por hepatopatia viral. Apresentou dor retroesternal e vômitos pós- 219
prandiais por 12 horas, sintomas com início súbito após realizar
endoscopia digestiva alta e ligadura elástica em outro serviço, para
a profilaxia secundária da hemorragia digestiva. Submetido à novo
exame endoscópico que evidenciou ligadura elástica envolvendo
todas as paredes do esôfago, ocasionando obstrução total do órgão
a 26 cm da arcada dentária superior. A banda elástica foi retirada,
após a sua secção com tesoura endoscópica, sem intercorrências. O
exame de controle presenciou erosão circunferencial no local onde
previamente havia a obstrução pela ligadura. O paciente apresentou
boa evolução, com remissão completa dos sintomas, e ingesta
de alimentos sólidos sem disfagia. Após a revisão de literatura,
encontrou-se somente 03 publicações com o mesmo relato, conclui-
se então que a obstrução esofágica é complicação rara da ligadura
elástica das varizes esofágicas.
Obstrução Intestinal após Enema Opaco:
Relato de Caso
Temário: Gastroenterologia / Intestino
Autores / Nome para Referência / Instituição: SUSAN LOUISE
KAKITANI TAKATA / TAKATA, S.L.K. / UFPR; THIAGO SANTOS ROSA /
ROSA, T.S. / UFPR; KELLY CRISTINA VIEIRA / VIEIRA, K.C. / UFPR;
RICARDO MONTE JUNIOR / MONTE JR, R. / UFPR; CAMILO DALLAGNOLL
/ DALLAGNOLL, C. / UFPR; BRUNO MARINO SCHIOCCHET MONARIM
/ MONARIM, B.M.S. / UFPR; MAURICIO ZAPPAROLI / ZAPPAROLI, M.
/ UFPR; ODERY RAMOS JÚNIOR / RAMOS JR, O. / UFPR.
Resumo
Introdução: Estudos baritados são procedimentos de baixo risco,

porém não isentos de complicações, como perfuração, aspiração,
embolização e impacção. Objetivo: Relatar o caso de paciente
com quadro de obstrução intestinal após enema opaco. Caso:
Paciente feminina, 26 anos, com história de Megacólon Agangliônico
Congênito (MAC) com tratamento cirúrgico pela técnica de Soave-
Boley (rebaixamento mucoso retal) aos 12 anos. Evoluiu com
estenose 7 cm acima da borda anal e a tratava com dilatações desde
então. Foi admitida no PA com queixa de distensão abdominal,
náusea, vômitos e parada da eliminação de gases e fezes. Relato:
há 2 semanas ter feito enema opaco na cidade onde mora. Exames
de imagem eram sugestivos de obstrução intestinal por barioma
e a paciente foi submetida à colectomia esquerda à Hartmann,
recebendo alta com colostomia funcionante e em bom estado geral.
No anatomopatológico da peça cirúrgica foi encontrado segmento
colônico agangliônico. Discussão: Diferentemente de outras causas
de obstrução intestinal, a obstrução intestinal por barioma é fácil de
ser diagnosticada, pois o bário é radiopaco. O local mais comum de
impacção do barioma é em alças colônicas à esquerda, uma vez que
o intestino nessa região tem menor calibre e as fezes menor conteúdo
hídrico. Os tratamentos propostos podem ser com a realização de
enemas e lactulose, dissolução colonoscópica ou através de cirurgia
220
com laparotomia mais colotomia e por vezes colectomia.
Obstrução Intestinal Decorrente de
Hérnia de Richter - Relato de Caso
Temário: Cirurgia / Intestino Delgado
Autores / Nome para Referência / Instituição: MAÍNA SALES
BERNINI / BERNINI, M.S. / UNISC; DOUGLAS RAFAEL BELING /
BELING, D.R. / UNISC; SAMANTA FEILSTRECKER / FEILSTRECKER, S.
/ UNISC; MÁRIO ANTONIO FERRARI / FERRARI, M.A. / UNISC;
MARCELO BECK GUIMARÃES / GUIMARÃES, M.B. / UNISC;
NEORI GUSSON / GUSSON, N. / UNISC; MILENA WESTPHALEN /
WESTPHALEN, N. / UNISC.
Resumo
A hérnia de Richter ocorre por pinçamento lateral da borda
antimesentérica do intestino, permitindo o estrangulamento da
alça. Parte da circunferência da parede intestinal passa a constituir
o conteúdo herniário e, por isso, mesmo com o encarceramento,
pode não haver obstrução intestinal. O íleo terminal é a porção
mais acometida do intestino. O diagnóstico clínico é difícil por seu
pequeno tamanho e sintomas iniciais amenos. O tratamento é sempre
cirúrgico e leva em consideração sua localização e o reconhecimento
da viabilidade da alça envolvida. Relatamos um caso de paciente
feminina, 87 anos, com início de dor abdominal súbita, de forte
intensidade associada a vômitos e distensão abdominal. Evoluiu com
vômitos fecaloides e melhora gradual da dor. Ao exame, apresentava
ruídos hidroaéreos aumentados, distensão abdominal moderada, dor
à palpação abdominal, sem sinais de irritação peritonial. O manejo
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
inicial no setor de emergência considerou pseudo-obstrução intestinal
como principal hipótese diagnóstica. Após 48 horas de tratamento
conservador sem melhora foi solicitada avaliação cirúrgica, sendo
constatada ao exame físico presença de hérnia inguinal encarcerada
à direita. Embora seja causa pouco frequente de obstrução intestinal,
a hérnia de Richter apresenta maior tendência à isquemia, o que
reforça a necessidade de diagnóstico e tratamento precoces.
Obstrução Pilórica por Migração da
Sonda de Gastrostomia
Temário: Endoscopia
Autores / Nome para Referência / Instituição: DURVAL
PESSOTTI JUNIOR / PESSOTTI, D.J. / HOSPITAL SÃO LUIZ; HEITOR
CORRÊA BARBIN / BARBIN, H.C. / HOSPITAL SÃO LUIZ; ROMEU K.
NAKAMURA / NAKAMURA, R.K. / HOSPITAL SÃO LUIZ.
Resumo
Paciente de 87 anos com estado demencial avançado, institu-
cionalizado, gastrostomizado há 5 anos deu entrada na UTI com
quadro de pneumonia aspirativa maciça, insuficiência respiratória,
sendo necessário intubação orotraqueal. Após três dias de UTI,
paciente apresentou saída de líquido enegrecido peri sonda de
gastrostomia, sendo solicitado endoscopia digestiva alta. Na
endoscopia notamos hérnia hiatal de 4,0 cm, esofagite erosiva
intensa, estenose de esôfago distal, sendo necessário dilatação com
Savary para passagem do aparelho, grande quantidade de líquido de
estase (2000 ml), sonda de gastrostomia com balão, migrada para
o duodeno, levando à obstrução pilórica. Realizada desinsuflação
do balão da sonda de gastrostomia e reposição da mesma, na
revisão endoscópica observamos úlcera ativa, profunda, localizada
na incisura angularis, pelo contato da sonda de gastrostomia com a
mucosa gástrica. Ressaltamos nesse caso que a migração da sonda
de gastrostomia, com consequente obstrução pilórica, levou a uma
broncoaspiração maciça, insuficiência respiratória e úlcera gástrica
por contato.
Ocorrência de Carcinoma Hepatocelular
em Pacientes com Doença Hepática
Gordurosa não Alcoólica
Temário: Gastroenterologia / Fígado
Autores / Nome para Referência / Instituição: RAUL CARLOS
WAHLE / WAHLE, R.C. / CENTRO TERAPÊUTICO ESPECIALIZADO EM
FÍGADO (CETEFI), H. BENEFICÊNCIA PORTUGUESA SP; MARIA JULIANA
L. CAVALCA / CAVALCA, M.J.L. / CENTRO TERAPÊUTICO ESPECIALIZADO
EM FÍGADO (CETEFI), H. BENEFICÊNCIA PORTUGUESA SP; MARIA
ELIZABETH CALORE NEIVA / NEIVA, M.E.C. / CENTRO TERAPÊUTICO
ESPECIALIZADO EM FÍGADO (CETEFI), H. BENEFICÊNCIA PORTUGUESA
SP; FLÁVIA COSTA CARDOSO / CARDOSO, F.C. / CENTRO TERAPÊUTICO
ESPECIALIZADO EM FÍGADO (CETEFI), H. BENEFICÊNCIA PORTUGUESA
SP; FÁBIO ROSA MORAES / MORAES, F.R. / CENTRO TERAPÊUTICO
ESPECIALIZADO EM FÍGADO (CETEFI), H. BENEFICÊNCIA PORTUGUESA
SP; EVANDRO DE OLIVEIRA SOUZA / SOUZA, E.O. / CENTRO
TERAPÊUTICO ESPECIALIZADO EM FÍGADO (CETEFI), H. BENEFICÊNCIA
PORTUGUESA SP; VERÔNICA DESIRÉE SAMUDIO CARDOZO / CARDOZO,
V.D.S. / CENTRO TERAPÊUTICO ESPECIALIZADO EM FÍGADO (CETEFI),
H. BENEFICÊNCIA PORTUGUESA SP; ADÁVIO DE OLIVEIRA E SILVA /
OLIVEIRA E SILVA, A. / CENTRO TERAPÊUTICO ESPECIALIZADO EM
FÍGADO (CETEFI), H. BENEFICÊNCIA PORTUGUESA SP.
Resumo
Introdução: O risco de carcinoma hepatocelular (CHC) em
pacientes com doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA)
é desconhecido, entretanto estima-se que seja baixo em relação
a outras doenças hepáticas crônicas. A ocorrência de CHC nesta
população parece ser um achado pouco comum e não está definido
até o momento que os portadores de devam realizar rastreamento
para CHC. Objetivos: Avaliar a ocorrência de CHC relacionada
à DHGNA em uma coorte de pacientes com CHC em um serviço
especializado em Hepatologia no Brasil. Material e Métodos:
Foi realizada análise retrospectiva no período de 2004 a 2010 dos
prontuários de pacientes com diagnóstico de CHC, acompanhados
em um serviço de referência em Hepatologia. O diagnóstico do CHC
foi estabelecido baseado na classificação de Barcelona. Resultados:
Foram avaliados 100 pacientes com CHC e foi observada a ocorrência
de seis casos de CHC (6%), sendo que todos os pacientes eram
do sexo masculino. A média de idade dos pacientes no momento
do diagnóstico do CHC foi de 57,8 ± 3,3 anos. Todos os pacientes
tinham cirrose hepática estabelecida ou fibrose significativa (F3/F4)
por esteato-hepatite não alcoólica. Além disso, todos os pacientes
eram diabéticos. Conclusões: O risco de desenvolvimento de CHC
nos pacientes com DHGNA parece se restringir a pacientes com
cirrose hepática concomitante ou fibrose significativa, sendo que os
homens diabéticos podem apresentar um maior risco de desenvolver
o CHC.
Operação de Merendino no Tratamento
da Fístula Gastro-Cutânea após
Gastroplastia Vertical
Temário: Cirurgia / Estômago
Autores / Nome para Referência / Instituição: BRUNO
ZILBERSTEIN / ZILBERSTEIN, B. / GASTROMED; MARNAY HELBO
DE CARVALHO / CARVALHO, M.H. / GASTROMED; JULIANA ABBUD
FERREIRA / FERREIRA, J.A. / GASTROMED; CELY MELO DA COSTA
BUSSONS / BUSSONS, C.M.C. / GASTROMED; RENATO RIBEIRO DE
ARAUJO PEREIRA / PEREIRA, R.R.A. / GASTROMED.
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
Resumo
Objetivo: A fístula gastrocutânea da transição esôfago-gástrica
após gastrectomia vertical (gv), tem sido cada vez mais relatada,
sendo de difícil resolução. Esta apresentação visa descrever e
apresentar o tratamento da fístula da transicão esôfago-gástrica após
gastroplastia vertical, empregando-se a operação de merendino.
Método: Paciente sexo feminino, 21 anos, submetida há 23 meses a
gv, evoluindo com fístula crônica na transição esôfago-gástrica para
pele e para cavidade pleural. Após várias tentativas de resolução
endoscópica, inclusive com uso de próteses, aplicação de stomafix(r),
surgisis(r) e cola biológica sem sucesso, é submetida à correção
cirúrgica com ressecção da transição esôfago-gástrica e interposição
intestinal entre o esôfago terminal e o estômago proximal (operação
de merendino). Resultado: A paciente evoluiu sem intercorrências,
com resolução da fístula, e boa aceitação da alimentação por via oral.
Conclusão: A operação de merendino pode ser considerada como
boa opção para o tratamento da fístula de transição esôfago-gástrica
após gv, obviando a necessidade ou o emprego da gastrectomia
total.
221
Os Efeitos Pleiotrópicos da Sinvastatina
na Coagulação de Ratos Wistar
Portadores de Sepse Abdominal
Temário: Cirurgia / Miscelânia
Autores / Nome para Referência / Instituição: ANA LEONOR
ARIBALDO MEDEIROS / MEDEIROS, A.L.A. / UNP; PAULO EDUARDO
ALVES PINHEIRO / PINHEIRO, P.E.A. / UNP; NATHÁLIA LUÍSE ROSÁRIO
ALVES MOTA / MOTA, N.L.R.A. / UFRN; CAMILA CARLOS TAVARES /
TAVARES, C.C. / UFRN; AMÁLIA CINTHIA MENESES DO RÊGO / RÊGO,
A.C.M. / UNP; MARILIA DANIELA FERREIRA CARVALHO / CARVALHO,
M.D.F. / UFRN; ALDO DA CUNHA MEDEIROS / MEDEIROS, A.C. /
UFRN; IRAMI ARAÚJO FILHO / ARAÚJO-FILHO, I. / UNP, UFRN.
Resumo
Sepse é uma síndrome clínica grave causada por agente infeccioso
associado à bacteremia e síndrome da resposta inflamatória sistêmica.
Objetivo: Avaliar a sinvastatina na coagulação de ratos com sepse
abdominal. Metodologia: 24 ratos Wistar, 3 meses, ±273g, divididos
em Grupo LPC: ligadura e punção do ceco e LPC/S: ligadura e punção
do ceco tratados com sinvastatina (10mg/kg, via oral por gavagem 18
e 2 h antes da ligadura e punção do ceco). Laboratório: Hemograma;
TTPa; PT; Contagem e morfologia de plaquetas; D-dímero; Fator VII;
Fator VIII; Dados em média ± desvio padrão e analisados ANOVA
seguido pelo Teste de Turkey, p<0,05. Resultados: Não foram
encontradas diferenças estatisticamente significativas. Discussão:
O modelo utilizado para o tratamento prévio com sinvastatina em
ratos com peritonite não apresentou efeitos contrários encontrados

em ratos com peritonite. Apesar de ser um modelo já validado pela
literatura, devemos aumentar o tempo de tratamento, pois segundo
Undas et al. (2001), as estatinas possuem efeitos adicionais na função
endotelial, fibrinólise e ações antitrombóticas. Pacientes tratados com
estatinas, uma acentuada diminuição na geração de trombina tem
sido observada, embora as características e mecanismos não tenham
sido determinadas. Conclusão: Estudos com outros modelos de
tratamento devem continuar, pois a prática clínica têm demonstrado,
a relevância crescente sobre este tema, uma vez que o quadro de
sepse ainda abriga uma alta mortalidade.
PAAF por Ecoendoscopia (EUS) ou
Ultrassom Transrretal (TRUS) no
Diagnóstico de Endometriose Intestinal
Temário: Endoscopia / Ecoendoscopia
Autores / Nome para Referência / Instituição: NUTIANNE
CAMARGO SCHNEIDER / SCHNEIDER, N.C. / CFBEUS - SANTA CASA
SÃO PAULO; LUCIANO OKAWA / OKAWA, L. / CFBEUS - SANTA CASA
222 SÃO PAULO; SHEILA FILIPPI / FILLIPI, S. / CFBEUS - SANTA CASA
SÃO PAULO; PAULO AYROZA RIBEIRO / RIBEIRO, P.A. / SANTA CASA
SÃO PAULO; FRANCISCO MARTINS / MARTINS, F. / SANTA CASA SÃO
PAULO; LUCIO GIOVANNI BATISTA ROSSINI / ROSSINI, L.G. / CFBEUS -
SANTA CASA SÃO PAULO.
Resumo
Introdução: Endometriose (EDT) é uma doença que afeta até
15% das mulheres em idade fertil, podendo se manifestar através de
lesões subepiteliais (LSE) colorretais. Exames clínicos e de imagem
permitem o diagnóstico presuntivo de EDT intestinal. A punção
aspirativa com agulha fina (PAAF) guiada por EUS ou TRUS é
usada para diagnosticar LSE, porém existem poucos trabalhos sobre
diagnóstico de EDT intestinal. Objetivo: Reportar a realização da
PAAF por EUS ou TRUS no diagnóstico da EDT intestinal. Material
e Métodos: Entre 03/2006 e 03/2011 foram realizadas PAAF em
106 LSE de pacientes com sintomas de EDT profunda. O diagnóstico
histológico foi definido pela presença de glândulas e/ou estroma.
Resultados: Comparando os achados histológicos da PAAF com
os da cirurgia, obteve-se uma sensibilidade de 100%. O tipo celular
misto foi o mais encontrado (83,5%) e 54,1% eram indiferenciadas.
Ocorreram 02 complicacões: sangramento anal (recidiva de fissura
anal) e infecção de endometrioma ovariano. Discussão: Pela
possibilidade de modificar a conduta terapêutica, baseados na
natureza da lesão, recomendamos a PAAF em pacientes com suspeita
de EDT intestinal que não irão realizar ressecção intestinal, nos casos
de dúvida diagnóstica e na suspeita de recorrência da EDT na linha de
sutura. Conclusão: PAAF por EUS ou TRUS é um método sensível
para determinar o diagnóstico histológico de EDT colorretal e permite
determinar do tipo celular predominante e o grau de diferenciação
celular.
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
Padrão Comportamental da Doença
Inflamatória Intestinal nos Pacientes
Provenientes do Ambulatório de Intestino
da Universidade Federal de São Paulo
Temário: Gastroenterologia / Intestino
Autores / Nome para Referência / Instituição: ANDRÉA ELOY
BAGNARIOLLI ACCURTI / ACCURTI, A.E.B. / UNIFESP; SENDER
MISZPUTEN / MISZPUTEN, S. / UNIFESP; ISLAINE MARTINS
NOGUEIRA / NOGUEIRA, I.M. / UNIFESP.
Resumo
Introdução: A doença inflamatória intestinal (DII) corresponde
a um grupo de doenças que vem aumentando em incidência e
prevalência nos países desenvolvidos e em desenvolvimento. Formada
principalmente pela Retocolite Ulcerativa (RCU) e pela doença de
Crohn (DC), estas doenças apresentam grande morbidade e impacto
negativo na vida de seus doentes. Objetivo: Descrever o padrão
comportamental da DII nos pacientes do ambulatório de intestino
da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) Casuística: 581
pacientes maiores de 16 anos e de ambos os gêneros portadores de
DII. Métodos: Estudo retrospectivo com pacientes cujo diagnóstico
foi obtido através da história clínica, exame endoscópico e biópsia,
no período de fevereiro de 1989 a maio de 2011. Resultados:
através da análise dos 581 pacientes pode-se observar o seguinte
padrão de comportamento: RCU 46% pancolite, 16% proctite, 26%
proctosigmoidite, 6% colite esquerda, com 12% de complicações e
10% de cirurgias. DC 20 %colite, 1% colite/retite, 30% ileíte, 44%
ileíte/colite, 1% retite e 1% ileíte/colite/retite, com complicações em
50% dos casos e necessidade de cirurgia em 45%. Conclusão:
Nossos dados se mostram bastante alinhados com os descritos na
literatura, divergindo apenas em relação à presença de colite esquerda
na RCU que, em nossa população, se mostrou inferior aos dados da
literatura.
Padrão Histopatológico Predominante em
Adenocarcinomas da Ampola de Vater
Temário: Cirurgia / Pâncreas
Autores / Nome para Referência / Instituição: DANIEL WEISS
VILHORDO / VILHORDO, D.W. / UFRGS; ALESSANDRO BERSCH
OSVALDT / OSVALDT, A.B. / UFRGS; DIEGO MENDONÇA UCHOA /
UCHOA, D.M. / UFRGS; MARIA ISABEL EDELWEISS / EDELWEISS,
M.I. / UFRGS.
Resumo
Introdução: Padrão histopatológico de adenocarcinomas de
Ampola de Vater (AAV) tem sido estudado como fator prognóstico.
Objetivo: Analisar o padrão histopatológico predominante em
pacientes tratados por AAV. Método: Revisão de blocos de parafina/
lâminas de pacientes tratados por AAV entre 2000 e 2010 no Hospital
de Clínicas de Porto Alegre. Padrão histopatológico analisado por
2 patologistas e 1 cirurgião conforme classificação proposta por
Albores-Saavedra, modificada de Kimura. Casuística/Resultados:
Produtos de cirurgia ou biópsia foram obtidos para reanálise em 60
casos, entre 72 indivíduos tratados por neoplasia de AV. A mediana
de idade foi 63,5 anos. 55% pertenciam ao sexo masculino e 44%
feminino. O padrão intestinal foi o predominante, em 43 casos, seguido
por pancreatobiliar em 15 pacientes, além de 1 adenoescamoso e 1
mucinoso. Ressecção com intenção curativa foi realizada em 71,8% e
a abordagem predominante foi cirurgia de Whipple – 76,1%; cirurgia
com preservação do piloro foi utilizada em 23,9%. Tratamento paliativo
ocorreu com derivações (12,5%), ampulectomia transduodenal
(3,1%), ressecção endoscópica (1,5%) e endoprótese biliar (12,5%).
Estadiamento patológico entre os ressecados revelou T1:15,2%; T2:
36,9%, T3:45,6%, T4: 2,2%, N0: 45,6%, N1: 54,3%, e número de
linfonodos dissecados com mediana de 5,9. Mortalidade cirúrgica
entre os ressecados foi 8,7%. Conclusão: Em concordância com a
literatura, o padrão predominante foi o intestinal.
Padronização Técnica da
Duodenopancreatectomia com
Preservação do Piloro e Reconstrução
em Dupla Alça
Temário: Cirurgia / Pâncreas
Autores / Nome para Referência / Instituição: RICARDO
JUREIDINI / JUREIDINI, R. / ICESP - FMUSP; GUILHERME NACCACHE
NAMUR / NAMUR, G.N. / HC - FMUSP; GUILHERME HENRIQUE
GARCIA / GARCIA, G.H. / FMUAP; PAULO ANDRE OLIVIERI / OLIVIERI,
P.A. / FMUSP; ESTELA REGINA RAMOS FIGUEIRA / FIGUEIRA, E.R.R. /
HC - FMUSP; WILSON MODESTO POLLARA / POLLARA, W.M. / HC -
FMUSP; ULYSSES RIBEIRO JR. / RIBEIRO JR., U. / HC - FMUSP;
TELESFORO BACCHELLA / BACCHELLA, T. / HC - FMUSP; IVAN
CECCONELLO / CECCONELLO, I. / HC - ICESP - FMUSP.
Resumo
A gastroduodenopancreatectomia padrão envolve uma gastrectomia
distal com a remoção da cabeça do pâncreas, duodeno, primeiros
15 cm de jejuno, ducto biliar comum e da vesícula biliar. A
duodenopancreatectomia com preservação do piloro preserva
o antro gástrico, piloro, e os 2 a 3 cm proximais do duodeno,
que é anastomosada ao jejuno para restaurar a continuidade
gastrointestinal. A reconstrução bíliopancreática em dupla alça é
uma alternativa de reconstução utilizada em nosso serviço para
diminuir a morbidade da fístula pancreática há mais de 20 anos. As
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
menores taxas de mortalidade operatória e os melhores resultados
a longo prazo do câncer têm sido demonstrados em centros de alto
volume dessas operações onde a média do tempo operatório para
o procedimento de 5,5 horas, com uma perda sanguínea média
de 350 mL e mortalidade de menos de 4 por cento. A técnica de
duodenopancreatectomia com preservação pilórica e reconstrução
em dupla alça em uma paciente portadora de adenocarcinoma de
papila duodenal será apresentada nesse vídeo.
Paliação Endoscópica por Próteses em
Tumores de Esôfago Avançado
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para Referência / Instituição: FABRICIO
DE SOUSA MARTINS / MARTINS, F.S. / HGCC; RICARDO RANGEL
DE PAULA PESSOA / PESSOA, R.R.P. / HGCC; FRANCISCO PAULO
PRADO PONTE JUNIOR / PONTE JUNIOR, F.P.P. / HGCC; RICARDO
AUGUSTO ROCHA PINTO / PINTO, R.A.R. / HGCC; PATRICIA GADELHA
RATTACASO / RATTACASO, P.G. / HGCC; JEANY BORGES E SILVA
RIBEIRO / RIBEIRO, J.B.S. / HGCC. 223
Resumo
As próteses esofágicas são uma alternativa segura, eficaz e menos
invasiva para o tratamento da obstrução esofágica causada por
tumores do aparelho digestivo, permitindo o restabelecimento da
alimentação oral e melhorando a qualidade de vida do paciente. Trata-
se de um estudo observacional, descritivo e retrospectivo realizado
no referido hospital. A amostra foi composta por todos os pacientes
que se submeteram à colocação de próteses de esôfago entre julho
de 2009 e setembro de 2011. Foram analisados 30 prontuários(28
eram do sexo masculino e 2 feminino). A média de idade foi de 61
anos(variando de 33 a 82 anos). As indicações encontradas foram: 22
carcinoma espinocelular, e 8 de adenocarcinoma; 8 casos associado
à fístula traqueoesofágica; 1 caso à fístula esofagopleural. Foram
utilizadas 17 próteses metálicas revestidas e 13 não recobertas. A
distribuição da localização foi: 2 esôfago cervical, 19 em esôfago
médio, 8 em esôfago distal, e 1 recidiva em anastomose esôfago-
jejunal. Os sinais e sintomas mais comuns são entalo e perda de
peso. A complicação mais comum pós-colocação foi a dor, ocorrendo
em 27 pacientes. A colocação das próteses esofágicas, através de
procedimento endoscópico, foi benéfica no tratamento paliativo em
pacientes com tumores em estágio avançado, inoperáveis, ou que
apresentavam recidivas tumorais, sobretudo se presença de fístulas.
Pancreatectomia Central Laparoscópica
por uma Neoplasia Sólida
Pseudopapilífera (Tumor de Frantz) do
Corpo do Pâncreas

Temário: Cirurgia / Pâncreas
Autores / Nome para Referência / Instituição: RICARDO
JUREIDINI / JUREIDINI, R. / ICESP - FMUSP; GUILHERME NACCACHE
NAMUR / NAMUR, G.N. / HC - FMUSP; MARCOS ROBERTO
TACCONI / TACCONI, M.R. / ICESP - FMUSP; FLAVIO ROBERTO
TAKEDA / TAKEDA, F.R. / HC FMUSP; ESTELA REGINA RAMOS
FIGUEIRA / FIGUEIRA, E. R. / HC - FMUSP; TELESFORO BACCHELLA
/ BACCHELLA, T. / HC - FMUSP; WILSON MODESTO POLLARA /
POLLARA, W.M. / HC - FMUSP; IVAN CECCONELLO / CECCONELLO,
I. / HC - FMUSP.
Resumo
A pancreatectomia central é uma alternativa para o tratamento de
lesões benignas ou com baixo potencial de malignidade no corpo
do pâncreas. Essa técnica oferece maior preservação funcional
pancreática, porém é tecnicamente mais complexa e possui taxas
maiores de morbidade. Até o momento, foram relatados 30 casos
operados por videolaparoscopia ou por robótica. Apresentamos
um vídeo de pancreatectomia central totalmente laparoscópica com
224
anastomose do pâncreas distal em Y de Roux. Paciente de 41 anos,
sexo feminino, com nódulo sólido em corpo de pâncreas de 1,5cm.
A punção guiada por ecoendoscopia mostrou tratar-se de neoplasia
sólida pseudopapilífera. O procedimento durou 330 min com perda
sanguínea estimada em 50 ml. Paciente recebeu alta no 8º pós-
operatório, com boa evolução. Resultado final da anatomia patológica
confirmou a neoplasia sólida pseudopapilífera com margens livres.
A pancreatectomia central laparoscópica é um procedimento
complexo, porém factível por videolaparoscopia e pode ser indicada
nos pacientes com tumores benignos ou com baixo potencial de
malignidade localizados no corpo do pâncreas.
Pancreatectomia Distal com
Esplenectomia por Videolaparoscopia
Temário: Cirurgia / Pâncreas
Autores / Nome para Referência / Instituição: RICARDO
JUREIDINI / JUREIDINI, R. / ICESP - FMUSP; GUILHERME NACCACHE
NAMUR / NAMUR, G.N. / HC - FMUSP; THIAGO COSTA RIBEIRO /
RIBEIRO, TC / HC - FMUSP; PAULO ANDRÉ OLIVIERI / OLIVIERI, PA
/ FMUSP; ESTELA REGINA RAMOS FIGUEIRA / FIGUEIRA, E.R.R. /
HC - FMUSP; WILSON MODESTO POLLARA / POLLARA, W.M. / HC
- FMUSP; TELESFORO BACCHELLA / BACCHELLA, T. / HC - FMUSP;
IVAN CECCONELLO / CECCONELLO, I. / HC - ICESP - FMUSP.
Resumo
A utilização da videolaparoscopia ainda não foi completamente
estabelecida nas ressecções pancreáticas, sobretudo pela
complexidade técnica dessas operações. Desde 2006, 53 pacientes
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
foram submetidos à pancreatectomia distal laparoscópica no Hospital
das Clínicas e no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo da
FMUSP. Apresentamos um vídeo de pancreatectomia distal com
esplenectomia após ter ultrapassado a curva de aprendizagem com
ênfase na padronização do método. A secção pancreática foi realizada
com grampeador e reforço com material bioabsorvível. A duracão da
operação foi de 2,0h. O tempo de internação foi de quatro dias. O
método videolaparoscópico consiste no padrão atual da ressecção
do pâncreas distal em nosso serviço.
Pancreatectomia Distal por
Videolaparoscopia: Análise de 53
Pacientes
Temário: Cirurgia / Pâncreas
Autores / Nome para Referência / Instituição: RICARDO
JUREIDINI / JUREIDINI, R. / ICESP - FMUSP; GUILHERME NACCACHE
NAMUR / NAMUR, G.N. / HC - FMUSP; THIAGO COSTA RIBEIRO /
RIBEIRO, T.C. / HC - FMUSP; GUILHERME HENRIQUE GARCIA /
GARCIA, G.H. / FMUSP; ESTELA REGINA RAMOS FIGUEIRA / FIGUEIRA,
E.R.R. / HC - FMUSP; WILSON MODESTO POLLARA / POLLARA, W.M.
/ HC - FMUSP; ULYSSES RIBEIRO JR. / RIBEIRO JR., U. / ICESP -
FMUSP; TELESFORO BACCHELLA / BACCHELLA, T. / HC - FMUSP; IVAN
CECCONELLO / CECCONELLO, I. / HC - ICESP - FMUSP.
Resumo
Introdução: A utilização da videolaparoscopia ainda não foi
completamente estabelecida nas ressecções pancreáticas, sobretudo
pela complexidade técnica dessas operações. Desde 2006, 53
pacientes foram submetidos à pancreatectomia distal laparoscópica
no HC e no ICESP da FMUSP. Objetivo e Método: Avaliou-se
ocorrência de fístulas, abcessos, sangramento, tempo cirúrgico, taxa
de conversão e mortalidade. Os pacientes foram distribuídos em: Grupo
1 (G1), pancreatectomia distal com preservação esplênica e Grupo 2
(G2) pancreatectomia distal com esplenectomia. Resultados: As
fístulas foram classificadas conforme o Grupo Internacional para o
Estudo de Fístula Pancreática. No G1(n=22) houve seis fístulas grau A
e duas grau B e um infarto esplênico. No G2 (n=31) houve 13 fístulas
grau A, três grau B e uma grau C. A duracão média das ope-rações
foi de 3,0h sendo que a preservação esplênica foi em média, uma
hora mais rápida. No grupo G2 ocorreu um abcesso intra-cavitário e
duas conversões. Não houve necessidade de trans-fusão sanguínea
e não ocorreu óbito. O tempo médio de internação foi de cinco dias.
Conclusões: Os resultados desta casuística são semelhantes aos de
pancreatectomias distais convencionais e pancreatectomias por vídeo
no que diz respeito à incidência de fístulas e outras complicações,
porém observou-se vantagens com relação ao tempo de internação,
tempo cirúrgico, queixa de dor e melhor resultado cosmético.
Pancreatectomia Videolaparoscópica
com Preservação Esplênica: Relato de
Dois Casos
Temário: Cirurgia / Pâncreas
Autores / Nome para Referência / Instituição: ANTONIO M.
CURY FILHO / CURY FILHO, M. / INSTITUTO JACQUES PERISSAT; EDUARDO
BONIN / BONIN, E. / INSTITUTO JACQUES PERISSAT; MARCELO LOUREIRO
/ LOUREIRO, M. / INSTITUTO JACQUES PERISSAT; MARCELO FERREIRA /
FERREIRA, M. / INSTITUTO JACQUES PERISSAT; CHRISTIANO CLAUS /
CLAUS, C. / INSTITUTO JACQUES PERISSAT; CAROLINA GONÇALVES /
GONÇALVES, C. / INSTITUTO JACQUES PERISSAT; DANIELLSON DIMBARRE
/ DIMBARRE, D. / INSTITUTO JACQUES PERISSAT; RAFAELA DE ARAUJO
MOLTENI / MOLTENI, R.A. / UFPR.
Resumo
Introdução: Inúmeras técnicas de pancreatectomia distal
videolaparoscópica foram descritas, porém, em sua grande maioria,
o pâncreas e o baço são ressecados em bloco. Apesar da maior
dificuldade técnica, a preservação esplênica é justificada pela
importante função imunológica exercida pelo baço. Objetivo:
Descrever dois casos de ressecção videolaparoscópica de tumor
cístico de corpo e cauda de pâncreas com preservação esplênica.
Casuística e Método: Duas pacientes foram submetidas ao
procedimento. A primeira, sob investigação de sintomas dispépticos
recentes, apresentou lesão pancreática durante ecografia que, na
Ressonância Magnética, apresentou imagem sugestiva de tumor
pancreático sólido-cistico, com 2,8 cm. Segunda paciente com lesão
de 3,4cm em cauda pancreática visualizada na tomografia, sem
sintomas. Através da técnica laparoscópica, as lesões pancreáticas
foram visualizadas e a região distal do pâncreas ressecada.
Resultados: O tempo operatório médio foi de 150 minutos e não
houveram complicações intra ou pós-operatórias. O sangramento
operatório foi desprezível sem necessidade de transfusão sanguínea.
As pacientes receberam alta no 3 e 4° dia de pós-operatório. O exame
anatomopatológico revelou cistoadenoma seroso no primeiro caso
e mucinoso no segundo, sem presença de invasão angiolinfática.
Conclusões: Nos casos relatados, a técnica foi factível e permitiu,
além das vantagens tradicionais da cirurgia laparoscópica, os
benefícios da preservação esplênica.
Pancreatite Aguda e Síndrome
Colestática Secundária a Hematoma
Duodenal Intramural: Relato de Caso
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para Referência / Instituição: FERNANDA
SALES PEREIRA MELO / MELO, F.S.P. / HUPES, UFBA SALVADOR,
BAHIA; LUCAS GAMA BARBOSA / BARBOSA, L.G. / HUPES, UFBA
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
SALVADOR, BAHIA; LUDMILLA TEIXEIRA MATOS / MATOS, L.T. /
HUPES, UFBA SALVADOR, BAHIA; CLÁUDIO VASCONCELOS DE
OLIVEIRA / OLIVEIRA, C.V. / HUPES, UFBA SALVADOR, BAHIA;
DELVONE FREIRE GIL ALMEIDA / ALMEIDA, D.F.G. / HUPES, UFBA
SALVADOR, BAHIA; EMÍLIA PEREIRA DE MAGALHÃES / MAGALHÃES, E.P.
/ HUPES, UFBA SALVADOR, BAHIA; RAYMUNDO PARANÁ FERREIRA
FILHO / FERREIRA FILHO, R.P. / HUPES, UFBA SALVADOR, BAHIA.
Resumo
Introdução: Hematoma duodenal intramural é uma condição rara,
normalmente decorrente de trauma abdominal. O seu desenvolvimento
como complicação no tratamento endoscópico é ainda mais
raro, geralmente associado a pacientes com susceptibilidade a
sangramentos. Relato de caso: Paciente 24 anos, sexo feminino,
portadora de insuficiência renal crônica secundária a nefropatia
por IgA, deu entrada no hospital para tratamento dialítico. Devido
a relato de melena, foi submetida à endoscopia digestiva alta (EDA)
que visualizou coágulo no ângulo superior do duodeno (Forrest IIb).
O exame foi complementado com duodenoscópio, sendo realizada
injeção com solução de adrenalina. Vinte e quatro horas após, a 225
paciente apresentou distensão abdominal, icterícia, vômitos e aumento
das enzimas colestáticas e pancreáticas. Tomografia de abdômen
evidenciou dilatação das vias biliares, distensão gástrica e hematoma
duodenal, confirmado por nova EDA. A paciente foi submetida à
cirurgia com retirada do hematoma e gastroenteroanastomose.
Cursou inicialmente com queda das enzimas colestáticas e
pancreáticas, porém voltou a apresentar piora laboratorial e sepse,
tendo evoluído para óbito. Discussão: Descrevemos um caso de
hematoma intramural como complicação no tratamento endoscópico
de úlcera duodenal hemorrágica, resultando em obstrução biliar e
pancreatite aguda. Essa complicação, embora rara, deve ser levada
em consideração, principalmente em pacientes com distúrbios de
coagulação.
Pancreatite Aguda por Obstrução de
Áscaris Impactado na Papila Duodenal
Maior: Diagnóstico e Tratamento por
Endoscopia Digestiva Alta em Paciente
Indígena no Estado do Pará
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para Referência / Instituição: CARLENO DA
SILVA COSTA / COSTA, C.S. / UFPA; LUIGI CARLO DA SILVA COSTA
/ COSTA, L.C.S. / UFPA; BERNARD COSTA FAVACHO / FAVACHO,
B.C. / UFPA; LUIZ CARLOS ALMEIDA COSTA / COSTA, L.C.A. /
GASTROCLÍNICA-MARABÁ; LUIZ FERNANDO RIBEIRO DE MIRANDA
MOURÃO / MOURÃO, L.F.R.M. / UFPA; THAMER COSTA MAGALHÃES
/ MAGALHÃES, T.C. / UFPA;

Resumo
Pancreatite aguda (PA) é um processo inflamatório agudo com
variável envolvimento de outros órgãos próximos ou à distância.
Cerca de 80% dos casos são devido ao alcoolismo e litíase biliar.
Outras causas seriam: traumas, ascaridíase, hepatites, patologias
vasculares, idioática. A ascaridíase é uma helmintíase causada por
Ascaris lumbricóides. O objetivo do estudo é relatar um caso de uma
paciente que apresentou quadro de PA devido obstrução da papila
duodenal por Áscaris, cujo diagnóstico e o tratamento foram feitos
via endoscopia digestiva alta (EDA). Relato de caso: GSS, sexo
feminino, 52 anos, indígena, foi admitida no serviço de endoscopia
digestiva e gastroenterologia, apresentando dor intensa em faixa
no andar superior do abdome acompanhado de náuseas e vômitos
incoercíveis há 2 dias. Ao exame físico apresentava 39°C, taquicardia,
palidez cutânea mucosa e distensão abdominal. Achado laboratorial
mostrou alterações de amilase sérica, transaminases, gama GT e
fosfatase alcalina. Foi submetida à EDA onde se detectou a presença
de Ascaris vivo no duodeno. Por duodenoscopia com aparelho de
visão lateral, foi realizado o flagrante do verme impactado na papila
226 duodenal. O mesmo foi removido por alça de polipectomia. Foi
internada com suporte clínico e mebendazol, tendo boa evolução
clínica. Conclui-se que diante de um quadro de PA, sempre se deve,
além de alcoolismo e litíase biliar, pensar em ascaridíase como possível
causa de obstrução das vias biliares.
Pancreatite Autoimune Secundária à
Síndrome de Sjögren: Relato de Caso
Temário: Gastroenterologia / Pâncreas e Vias Biliares
Autores / Nome para Referência / Instituição: JONATHAN
SOLDERA / SOLDERA, J. / UFCSPA; SUELEN APARECIDA DA SILVA
MIOZZO / MIOZZO, S.A.S. / UFCSPA; LÍVIA CAPRARA LIONÇO /
LIONÇO, L.C. / UFCSPA; ANE MICHELI COSTABEBER / COSTABEBER,
A.M. / UFCSPA; GISA MORAES MURATT / MURATT, G.M. / UFCSPA;
MICHELE DE LEMOS BONOTTO / BONOTTO, M.L. / UFCSPA; RAPHAEL
BOESCHE GUIMARÃES / GUIMARÃES, R.B. / UFCSPA.
Resumo
Introdução: Pancreatite autoimune é uma desordem rara,
correspondendo a cerca de 6% dos casos de pancreatite crônica.
Embora o número absoluto seja pequeno, houve aumento de relatos
desse quadro. Sabe-se que pode haver associação com diversas
patologias, incluindo Síndrome de Sjögren. Objetivo: Descrever
caso de pancreatite autoimune secundária à Síndrome de Sjögren.
Relato do caso: Paciente do sexo feminino, 53 anos, diabética,
hipertensa, com história de pancreatite aguda idiopática, encaminhada
para investigação de imagem pancreática de 3,8 cm. Referia
xerostomia, xeroftalmia e artralgias há 5 meses. Nova TC mostrou
três lesões pancreáticas, uma delas com aspecto de pseudocisto.
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
Colangiopancreatorressonância evidenciou pâncreas heterogêneo
e ectasia de vias biliares. FAN positivo, fator Reumatoide reagente,
anti-DNA negativo, IgG pouco elevada, IgG4 aumentada, Anti-SSA
e Anti-SSB negativos. Cintilografia de glândulas salivares compatível
com Síndrome de Sjögren. Paciente ficou assintomática durante a
internação, sendo orientada a higiene oral e uso de lágrimas artificiais.
Discussão: Dor abdominal é um dos sintomas mais comuns em
pacientes com pancreatite auto-imune. Outro achado importante é o
aumento de IgG4. Conclusão: Deve-se aventar etiologia autoimune
em pacientes com pancreatite crônica idiopática e crises recorrentes
de dor, especialmente se houver quadro compatível com Síndrome
de Sjögren.
Pancreatite Crônica Complicada: Relato
de Caso de Intervenção Endoscópica
Como Tratamento de dor Abdominal
Persistente
Temário: Endoscopia / Colangiopancreatografia
endoscópica retrógrada
Autores / Nome para Referência / Instituição: FERNANDA
MADUREIRA ALVARENGA ÁVILA / ÁVILA, F.M.A. / FACULDADE DE
MEDICINA DO ABC - FMABC-SP; VIVIAN MAYUMI USHIKUBO /
USHIKUBO, V.M. / HOSPITAL HELIÓPOLIS - SUS ⁄ SP; FABIANA VIEIRA
DE SOUZA / SOUZA, F.V. / HOSPITAL HELIÓPOLIS- SUS ⁄ SP; ETHEL
Z. CHEHTER / CHEHTER, E.Z. / FACULDADE DE MEDICINA DO ABC -
FMABC-SP;
Resumo
Introdução: Pancreatite crônica (PC) é uma inflamação irreversível
do parênquima com evolução para fibrose, podendo acarretar graves
complicações. Relato de caso: ANA, 57 anos, masculino, etilista,
há 1 ano com emagrecimento e epigastralgia pós-prandial. Exame
físico: Regular estado geral, IMC 18kg⁄m², dor à palpação epigástrica.
Exames: Hb 13,9; Leuco 8.400; glicemia 101, amilase 150, lipase 80,
esteatócrito 8,5%; EDA: abaulamento na mucosa da papila duodenal;
TC ABD: cabeça pancreática aumentada, calcificações difusas e
dilatação do ducto de Wirsung. Ecoendoscopia: calcificações, aumento
da cabeça pancreática, dilatação do ducto de Wirsung(14mm), com
cálculos intra-ductais. Tratamento: Iniciadas enzimas pancreáticas e
realizada CPRE com esfincterectomia, dilatação do ducto principal
e passagem de prótese(7Fr x 7cm). Evolução: Diminuição da dor e
ganho de peso. Após 3 meses, realizada nova CPRE e observada
obstrução da prótese, estenose na porção cefálica do ducto e dilatação
dos ductos pancreáticos a montante, com nova esfincterectomia e
repassagem de prótese(8,5Fr x 12cm). Paciente segue estável em
acompanhamento. Discussão: Obstrução dos ductos pancreáticos
por cálculo e ⁄ ou estenose é uma das causas de dor abdominal na PC
e indicação de tratamento endoscópico, com risco de complicação de
3,2% a 15,7% e mortalidade de 1%. Conclusão: Terapia endoscópica
é importante tratamento da PC para controle dos sintomas, prevenção
de progressão da doença e correção das complicações.
Pancreatite de Etiologia Calculosa após
Abortamento Induzido por Misoprostol:
Relato de Caso
Temário: Gastroenterologia / Pâncreas e Vias Biliares
Autores / Nome para Referência / Instituição: MÁRCIA
SILVANA MENEZES ALBUQUERQUE / ALBUQUERQUE, M.S.M. /
HOSPITAL GERAL DO ESTADO PROFESSOR OSVALDO BRANDÃO VILELA;
LARISSA CAVALCANTI BARROS / BARROS, L.C. / FACULDADE DE
CIÊNCIAS MÉDICAS DE CAMPINA GRANDE; RENATO VASCONCELOS
SOUZA DE ALMEIDA / ALMEIDA, R.V.S. / UNIVERSIDADE FEDERAL DE
ALAGOAS; JULIO ONOFRE DE OLIVEIRA TAVARES / TAVARES, J.O.O. /
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS;
Resumo
Introdução: A pancreatite aguda é uma complicação rara durante
a gravidez (1 em 1500/1 em 3000) e a colelitíase é a principal
etiologia. Alguns fármacos usados como adjuvantes no abortamento
podem precipitar uma pancreatite, sendo este um evento bastante
raro. Relato do caso: Paciente do sexo feminino, 26 anos, dá
entrada no pronto-socorro com queixa de dor abdominal difusa
há 3 dias. Tem história de abortamento induzido por misoprostol
há 15 dias. Apresenta abdome distendido, doloroso difusamente à
palpação, com irritação peritoneal. Ultrassonografia mostra coleção
líquida de conteúdo misto no fundo-de-saco posterior e colelitíase.
À laparotomia exploradora: grande quantidade de líquido biliar na
cavidade abdominal, útero, ovário e trompas normais, pâncreas com
edema e áreas de necrose no corpo e cauda, lesões em pingo de vela
na cavidade e áreas de necrose dissecante no retroperitôneo. Exames
laboratoriais mostraram aumento de lipase. Discussão: Os achados
da laparotomia exploradora e exames complementares apontam
para o diagnóstico de pancreatite. Embora a paciente tenha usado
misoprostol, este fármaco mostrou efeito inibidor sobre a secreção
pancreática. Assim, a provável etiologia da pancreatite é a colelitíase,
causa mais comum. O exame físico e a história clínica devem ser
bem estudados nos pacientes com dor abdominal em unidades de
emergência. O conhecimento do diagnóstico diferencial norteia uma
terapêutica adequada e resolutiva.
Paniculite Pancreática: Relato de Caso
Temário: Gastroenterologia / Pâncreas e Vias Biliares
Autores / Nome para Referência / Instituição: KELLY CRISTINA
VIEIRA / VIEIRA, K.C. / HC-UFPR; RICARDO MONTE JÚNIOR /
MONTE JR, R. / HC-UFPR; FERNANDA BIZINELLI / BIZINELLI, F. /
HC-UFPR; BRUNO EUGÊNIO CANHETTI MONDIN / MONDIN, B.E.C. /
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
HC-UFPR; SUSAN LOUISE KAKITANI TAKATA / TAKATA, S.L.K. / HC-
UFPR; FABRÍCIO MARQUES / MARQUES, F. / HC-UFPR; SÉRGIO
OSSAMU IOSHII / IOSHII, S.O. / HC-UFPR; DOMINIQUE MUZZILLO /
MUZZILLO, D. / HC-UFPR.
Resumo
Introdução: A paniculite pancreática é uma doença derma-
tológica rara, caracterizada pela necrose da gordura subcutânea
associada a doenças pancreáticas. Objetivo: Relatar o caso de
pancreatite crônica, cuja primeira manifestação foi a lesão de pele,
sem sintomas abdominais. Caso: Paciente feminina, de 72 anos,
iniciou com lesões nodulares nas pernas que progrediram com
ulceração e dor local intensa, com um ano de evolução. Neste
período, emagreceu 14 kilos, sem qualquer sintoma abdominal.
Como a biópsia de pele foi compatível com paniculite pancreática,
a paciente foi internada para investigação. Apresentava valores
elevados das enzimas pancreáticas (amilase:1843 U/L, lipase:
19640 U/L) e os exames de imagem evidenciaram uma formação
ovalada na cabeça do pâncreas, com compressão sobre o
ducto principal. Realizou ultrassom endoscópico, com punção 227
de dois cistos na cabeça pancreática. A análise histológica
mostrou apenas células inflamatórias e a colangiorressonância
de controle evidenciou sinais de pancreatite crônica. Evoluiu
com cicatrização das lesões de pele após curto período de
dieta enteral e octreotide para inibir a secreção pancreática;
sem aumento das enzimas após o retorno da dieta via oral. A
paciente está em acompanhamento ambulatorial. Discussão:
Tanto a etiologia como o tratamento da paniculite pancreática
não estão bem definidos. Isto decorre de sua raridade. Ademais,
apresenta-se como marcador de doenças pancreáticas, as quais
são geralmente assintomáticas.
Papel da Cromoscopia Digital no
Diagnóstico do Esôfago de Barrett
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para Referência / Instituição: RAFAELA DE
ARAUJO MOLTENI / MOLTENI, R.A. / UFPR. GISELE KEIKO MACHADO
SHIMIZU / SHIMIZU, G.K.M. / UFPR; RAFAEL KRIEGER MARTINS /
MARTINS, R.K. / UFPR; LUIZ FERNANDO TULLIO / TULLIO, L.F. /
HOSPITAL SANTA CRUZ DE CURITIBA PR; LUIZ FELIPE PAULA SOARES
/ SOARES, L.F.P. / HOSPITAL SANTA CRUZ DE CURITIBA PR; JONY
OGATA / OGATA, J. / HOSPITAL SANTA CRUZ DE CURITIBA PR; CÍCERO
DE ANDRADE URBAN / URBAN, C.A. / HOSPITAL SANTA CRUZ DE
CURITIBA-PR.
Resumo
Introdução: O Esôfago de Barrett é uma das principais
complicações da Doença do Refluxo Gastroesofágico e um

importante fator de risco para o adenocarcinoma esofágico. O
spectral imaging color enhancement (FICE) consiste em uma
tecnologia que salienta a topografia da superfície mucosa,
facilitando a identificação de alterações. Apesar de seu potencial
para guiar áreas de biópsia, seu papel na prática clínica ainda
não está definido. Objetivo: Determinar o papel da cromoscopia
digital (FICE) no diagnóstico do esôfago de Barrett. Casuística
e Método: Análise retrospectiva de laudos de endoscopias
digestivas altas de pacientes com suspeita endoscópica de esôfago
de Barrett atendidos no período de 2006 a 2009. Os pacientes
foram divididos em dois grupos: biópsia guiada pelo ácido acético
e pelo ácido acético associado ao FICE. Resultados: A média
de idade dos 235 pacientes foi de 50 anos, sendo 60% do sexo
masculino. Detectou-se esôfago de Barrett em 25 das 71 (35 %)
biópsias guiadas exclusivamente pelo ácido acético e em 46 das
146 (39 %) das guiadas pelo ácido acético associado ao FICE. Não
houve diferença na capacidade de detecção da metaplasia com a
adição do FICE na amostra estudada (p=0.282). Conclusões:
Embora exista um maior contraste de cores com o uso do FICE
quando comparado ao acido acético isoladamente, nesta amostra
não proporcionou acréscimo na capacidade de detecção do
228
esôfago de Barrett.
Papel da Ecoendoscopia no Linfoma
Gástrico Difuso de Grandes Células B
Temário: Endoscopia / Ecoendoscopia
Autores / Nome para Referência / Instituição: THIAGO
ANDRADE TATAGIBA / TATAGIBA, TA / CLÍNICA ECHOENDO RJ; OLÍVIA
BARBERI LUNA / LUNA, OB / CLÍNICA ECHOENDO RJ;
Resumo
Introdução: O estômago é a localização mais frequente dos
linfomas Não-Hodgking extra-ganglionares (25% dos casos). 60%
dos linfomas gastrointestinais localizam-se no estômago. O linfoma B
gástrico subdivide-se em dois tipos: Linfoma do tipo MALT (40%) e o
Linfoma Difuso de Grandes Células B (LDGCB). Objetivo: Descrever
um caso de LDGCB e a importância da Ecoendoscopia na avaliação
pré e pós-tratamento. Método - Relato de caso: MMM, masculino,
51 anos, com queixa de disfagia. Endoscopia digestiva alta revelou
uma lesão ulcerada e infiltrativa na cárdia, e com extensão para o
corpo gástrico. Histopatológico e imunohistoquímica diagnosticaram
um LDGCB. Através da Ecoendoscopia foi possível avaliar a extensão
da lesão, seu estadiamento (usT3 N+ M-) e sua regressão após
tratamento. Discussão: À ecoendoscopia o linfoma se apresenta
como uma lesão hipoecogênica e infiltrativa. O tipo de baixo grau
apresenta um espessamento da mucosa podendo se estender até
submucosa (T1 e T2 da Classificação TNM). O estádio T3 (serosa)
pode surgir no tipo alto grau. Com este método pode-se também
avaliar a presença de linfonodos regionais (N1 / N+ da Classificação
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
TNM). Conclusões: O aspecto ecoendoscópico inicial do linfoma
gátrico (pré-tratamento) é um importante fator preditivo de resposta
ao tratamento médico conservador (radio e quimioterapia). Estudos
demonstram que o estadiamento da lesão promovido por este método
está intimamente relacionado ao prognóstico do paciente.
Papiloma Esofagiano Visto na
Endoscopia: Relato De Caso
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para Referência / Instituição: NATALIA
NASSIF FIGUEIRA / FIGUEIRA, N.N. / SCMRJ; HERBERT GOULART DE
SOUZA SANTOS / SANTOS, H.G.S. / SCMRJ; DANIELA DE ARAÚJO
CAVALCANTE / CAVALCANTI D.A. / SCMRJ; CAMILA MARQUES DE
ALCÂNTARA BARRETO / BARRETO C.M.A. / SCMRJ; KIRLLA MEDICI
ALVARENGA / ALVARENGA, K.M. / SCMRJ; HELIO RZETELNA /
RZETELNA, H. / SCMRJ; CARLOS FREDERICO PEREIRA PORTO ALEGRE
ROSA / ROSA, C.F.P.P.A. / SCMRJ; JOSÉ GALVÃO ALVES / GALVÃO-
ALVES, J. / SCMRJ.
Resumo
Introdução: Papilomas de esôfago são lesões benignas epiteliais,
raras, na maioria das vezes assintomáticas, embora as lesões grandes
possam causar disfagia, observadas endoscopicamente como uma
lesão localizada na parte inferior do esôfago. Relato de caso:
Paciente O.S.S., masculino, pardo, 46 anos, casado, Rio de janeiro.
Encontrando-se ansioso, relatando que há alguns meses iniciou
um quadro de disfagia importante que dificultava a passagem de
alimentos, citando também epigastralgia leve. Paciente apresentava
exames laboratoriais e físicos normais, com história prévia de lesões
verrucosas genitais compatíveis com HPV tratadas com cauterização
há 01 ano. Paciente com HAS em uso de Atenolol, nega DM. Foi
solicitada EDA com biópsia que mostrou: lesão elevada, única,
verrucosa, oval de aproximadamente 5mm, pálida, de contornos
bem definidos e superfície irregular localizada em esôfago médio.
Histopatológico compatível com Papiloma Esofagiano. Conclusão:
o papiloma esofagiano é uma lesão benigna relativamente rara
na literatura, sua história natural é desconhecida e o risco de
malignização ainda é um tema controverso. Seus principais fatores
etiológicos são: irritação da mucosa cronicamente, podendo ser por
trauma, impactação alimentar crônica, etilismo, tabagismo, cirurgia
gastroesofágica, doença do refluxo, por isso sendo mais prevalente na
parte inferior do esôfago, e infecção por HPV. O tratamento proposto
é a retirada endoscópica e posterior avaliação histopatológica.
Paracoccdioiodomicose Íleo-Colônica Em
Criança De 10 Anos
Temário: Endoscopia / Colonoscopia
Autores / Nome para Referência / Instituição: JOCELI
OLIVEIRA DOS SANTOS / SANTOS, J. O. / HACM - HOSPITAL ALIANÇA
CASA MATER; MARIA DO ESPÍRITO SANTO A. MOREIRA / MOREIRA,
MARIA DO ESPÍRITO SANTO, A. / HILP - HOSPITAL INFANTIL LUCIDIO
PORTERLA; CARLOS DIMAS DE CARVALHO SOUSA / SOUSA, C.D.C. /
HSM - HOSPITAL SÃO MARCOS; EDILSON DE CARVALHO S. JÚNIOR
/ JÚNIOR, EDILSON DE CARVALHO, S. / HSM - HOSPITAL SÃO
MARCOS.
Resumo
Introdução: A paracoccidioidomicose (PCM) é a principal
micose sistêmica da América Latina. É causada pelo fungo
Paracoccidioides brasiliensis, descrito por Adolfo Lutz, em 1908. No
Brasil, concentra-se nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste. Nosso
objetivo é descrever um caso de PCM subaguda em criança de 10
anos, cujo diagnóstico foi feito através da colonoscopia. Relato
do caso: Paciente feminina, 10 anos, residente na zona rural do
Pará. Há 8 meses com diarreia muco-sanguinolenta, cólicas, febre,
emagrecimento. Estado geral comprometido, desidratada, desnutrida,
hipocorada e linfonodomegalia em região cervical. A colonoscopia
revelou borramento da vascularização submucosa e várias formações
Polipoides, desde o reto até íleo terminal. O histopatológico revelou
ileite granulomatosa por paracoccidioides. Foi instituída terapêutica
com Anfoterina B com expressiva melhora. Discussão: A PCM é
considerada grave problema de saúde pública por seu alto potencial
incapacitante. A infecção ocorre através da inalação do fungo na forma
micelial. A partir do pulmão há disseminação linfo-hematogênica.
A forma aguda/subaguda tem predominância em crianças e
adolescentes, com evolução rápida, curso imprevisível e recaídas
frequentes. A colonoscopia foi um recurso valioso, por caracterizar
as lesões da mucosa intestinal e por possibilitar a coleta de biópsias
para o diagnóstico definitivo no estudo anátomo-patológico.
Paracoccidioidomicose de Cabeça
Pancreática – Relato De Caso
Temário: Cirurgia / Pâncreas
Autores / Nome para Referência / Instituição: CLAUDIA
NISHIDA HASIMOTO / HASIMOTO, C.N. / UNESP; CRISTIANE YURI
MATSUO / MATSUO, C.Y. / UNESP; JUAN CARLOS LHANOS /
LHANOS, J.C. / UNESP; RODRIGO SEVERO DE CAMARGO PEREIRA /
PEREIRA, R.S.C.P. / UNESP; LEONARDO PELAFSKY / PELAFSKY, L. /
UNESP; JOSÉ GUILHERME MINOSSI / MINOSSI, J.G. / UNESP.
Resumo
Introdução: A paracoccidioidomicose é uma infecção fúngica
que ocorre endemicamente em várias áreas rurais do Brasil.
Acomete principalmente em trabalhadores rurais do sexo masculino.
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
Objetivo: Relatar um caso de paracoccidioidomicose de cabeça de
pâncreas, tratado inicialmente como neoplasia. Relato de caso:
JCS, 45 anos, branco,casado. Deu entrada em nosso serviço com
história de icterícia progressiva e emagrecimento. TC evidenciou
cabeça de pâncreas de dimensões aumentadas, limites não definidos
e dilatação de Wirsung (neoplasia). Foi optado por biópsia guiada
por US porém não foi possível janela para punção. Chamava atenção
o marcador Ca 19.9 normal. Foi optado então por conduta cirúrgica
e o achado intraoperatório foi grande massa tumoral localizada em
cabeça pancreática irressecável. Tentado realização de anastomose
biliodigestiva sem sucesso, pois alça jejunal não alcançou via biliar.
Realizado gastroenteroanastomose e derivação biliar externa com
colocação de dreno de Kehr. As biópsias realizadas no intraoperatório
revelaram processo inflamatório crônico inespecífico. Após 6 meses
de evolução o quadro clínico permaneceu inalterado e o paciente com
derivação biliar externa. Realizado nova biópsia guiada por US que
revelou tratar-se de Pb micose. Iniciou-se tratamento específico para
esta moléstia e paciente encontra-se evoluindo bem. Conclusão:
Pacientes com grande tumoração de cabeça de pâncreas, com
CA 19.9 normal, devem ter o seu diagnóstico realizado a qualquer
custo. 229
Paraganglioma Gangliocítico da Papila
Duodenal Associado a Adenocarcinoma
da Cárdia: Relato de Caso
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para Referência / Instituição: MAURÍCIO
SAAB ASSEF / ASSEF, M.S. / ISCMSP; IGOR ANTUNES MARCHETTI
/ MARCHETTI, I.A. / ISCMSP; OSVALDO ARAKI / ARAKI, O. /
ISCMSP; FRANK SHIGEO NAKAO / NAKAO, F.S. / ISCMSP;
AUGUSTO CARBONARI / CARBONARI, A. / ISCMSP; PAULO KASSAB /
KASSAB, P. / ISCMSP; CARLOS ALBERTO MALHEIROS / MALHEIROS,
C.A. / ISCMSP; LUCIO ROSSINI / ROSSINI, L. / ISCMSP.
Resumo
Introdução: Paragangliomas são tumores raros, do ectoderma
neural remanescente, formados por grupos de células cromafins,
que podem produzir, armazenar e excretar catecolaminas.Sua
associação com outras doenças malignas no trato GI superior é rara
e seu tratamento não é claro. Relato de caso: Paciente masculino
53anos com quadro de dor abdominal, náuseas e vômitos há 1ano e
perda ponderal de 5 kg. Ao exame palpou-se massa epigástrica de
3cm.CT abdome mostrou espessamento do esôfago distal e cárdia,
e nódulo de 1cm na papila duodenal. EDA mostrou adenocarcinoma
do esôfago distal e cárdia, transponível. EUS da papila mostrou
lesão de 2cm de mucosa e submucosa, sem invasão da muscular
própria ou ductos biliares/pancreáticos. Paciente foi submetido à
esofagogastrectomia, com duodenotomia e excisão do tumor de
papila e colecistectomia. Anatomopatológico com adenocarcinoma

esofagogástrico e paraganglioma gangliocítico da papila duodenal.
Discussão: Paragangliomas Gangliocíticos da papila são tumores
raros. Há poucos casos relatados na literatura e não encontramos
qualquer um associado com outras doenças malignas do trato GI
superior. Diagnóstico é incidental já que a maioria dessas lesões
é assintomática. O diagnóstico final deve ser feito com exames
laboratoriais, como dosagem plasmática e urinária de catecolaminas.
EUS pode determinar a invasão da lesão e obter amostras histológicas,
onde a análise imunohistoquímica pode confirmar o diagnóstico.
Passos Técnicos da Esplenectomia
Videolaparoscópica no Tratamento da
Hipertensão Portal Esquistossomótica
Temário: Cirurgia / Miscelânia
Autores / Nome para Referência / Instituição: MAURICE
YOUSSEF FRANCISS / FRANCISS, M.Y. / GASTROMED; BRUNO
ZILBERSTEIN / ZILBERSTEIN, B. / GASTROMED; MARNAY HELBO
DE CARVALHO / CARVALHO, M.H. / GASTROMED; JULIANA ABBUD
230 FERREIRA / FERREIRA, J.A. / GASTROMED; CELY MELO DA COSTA
BUSSONS / BUSSONS, C.M.C. / GASTROMED; RENATO RIBEIRO DE
ARAUJO PEREIRA / PEREIRA, R.R.A. / GASTROMED.
Resumo
Objetivo: Apresentar a sistematização técnica da esplenectomia
videolaparoscópica, em paciente portador de hipertensão portal de
etiologia esquistossomótica. Método: Paciente masculino, de 64
anos, com quadro de hemorragia digestiva alta e esplenomegalia, por
hipertensão portal esquistossomótica. Foi Submetido à tratamento
endoscópico com 6 sessões de escleroterapia durante 5 meses, com
recidiva do sangramento. Indicado então tratamento cirúrgico com a
desconexão ázigo-portal com esplenectomia laparoscópica com uso
de bisturi harmônico, Ultracision (R), grampeador videolaparoscópico,
Endoghia (R), com 2 cargas brancas endovasculares. O vídeo mostra
de maneira didática os passos técnicos: as punções, inventário da
cavidade, dissecção e liberação do baço, ligadura dos vasos do
hilo esplênico e a retirada da peça cirúrgica por incisão transversa
suprapúbica. Resultados: Paciente apresentou boa evolução, com
retirada do dreno no 4o PO e alta sem intercorrências. Conclusão:
A esplenectomia com desconexão ázigo-portal por laparoscópica
pode ser utilizada no tratamento adjuvante da hipertensão portal de
etiologia esquistossomótica.
Pâncreas Ectópico – Diagnóstico
Incidental: Série de Casos e Revisão de
Literatura
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para Referência / Instituição: LARISSA
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
FERNANDES MAIA BARBOSA / BARBOSA, L.F.M. / HOSPITAL UROLÓGICO
DE GOIÂNIA; DIOGO HENRIQUE SALIBA DE SOUZA / SOUZA, D.H.S. /
HOSPITAL UROLÓGICO DE GOIÂNIA; MIRELA REBOUÇAS FERNANDES
LIMA / LIMA, M.R.F. / HOSPITAL UROLÓGICO DE GOIÂNIA; LUCIANA
MORELLI CALDEIRA / CALDEIRA, L.M. / HOSPITAL UROLÓGICO DE
GOIÂNIA; MARCUS VINICIUS RIBEIRO FERNANDES / FERNANDES,
M.V.R. / HOSPITAL UROLÓGICO DE GOIÂNIA; MARCUS TULIUS DE BRITO
LEMES SOUSA / SOUSA, M.T.B.L. / HOSPITAL UROLÓGICO DE GOIÂNIA;
JARBAS JABUR BITTAR NETO / NETO, J.J.B. / HOSPITAL UROLÓGICO
DE GOIÂNIA; LAURENCE AMORIM CANEDO GONÇALVES / GONÇALVES,
LAC / HOSPITAL UROLÓGICO DE GOIÃNIA.
Resumo
Introdução: O pâncreas ectópico (PE) consiste na presença de
tecido pancreático em localização anômala, sem conexão anatômica,
neural ou vascular com o pâncreas normal. É raro, benigno, usualmente
assintomático e encontrado como achado de exame ou ato operatório,
principalmente em região gastroduodenal. Objetivo: Relatar 4 casos
de PE diagnosticados incidentalmente em endoscopia digestiva alta
(EDA). Relato: Entre fevereiro/2009 a julho/2011 foram realizadas
1432 EDAs pelo Grupo Integrado de Videoendoscopia (GIVE) para
investigar dispepsia. Em 04 endoscopias (0,27%) foram encontrados,
incidentalmente, 04 casos de PE, sendo 2 mulheres e 2 homens,
idade média 46 anos, todos em antro gástrico, extensão média de 1,5
cm, associados à gastrite endoscópica enantematosa leve de antro. O
diagnóstico de PE foi feito baseado nas características endoscópicas
e confirmado pela biópsia, evidenciando tecido pancreático,
principalmente na submucosa de antro gástrico. Discussão: Trata-
se de pacientes submetidos à EDA devido a dispepsia, que foram,
incidentalmente, diagnosticados como portadores de PE. Nota-se,
assim como na literatura, faixa etária média de 45 anos, localização mais
frequente no antro gástrico e associação com gastrite enantematosa.
O diagnóstico geralmente é realizado pelo achado endoscópico de
tumor de submucosa com umbilicação central e confirmado por
histologia. Conclusão: O PE, apesar de raro, deve ser considerado
no diagnóstico diferencial de lesões gástricas.
Perda de Peso Pré-Operatória em
Superobesos: Análise da Influência do
Tempo de Internação sobre a Curva de
Emagrecimento
Temário: Cirurgia / Obesidade
Autores / Nome para Referência / Instituição: MARCO AURELIO
SANTO / SANTO, M.A. / HOSPITAL DAS CLÍNICAS - FMUSP; DANIEL
RICCIOPPO / RICCIOPPO, D. / HOSPITAL DAS CLÍNICAS - FMUSP;
MITSUNORI MATSUDA / MATSUDA, M. / HOSPITAL DAS CLÍNICAS -
FMUSP; PAULO ENGLER / ENGLER, P. / HOSPITAL DAS CLÍNICAS -
FMUSP; ALLAN GARMS MARSON / MARSON, A.G. / HOSPITAL DAS
CLÍNICAS - FMUSP; FLAVIO MASATO KAWAMOTO / KAWAMOTO, F.M. /
HOSPITAL DAS CLÍNICAS - FMUSP; ANDRE BRITTO / BRITTO, A. /
HOSPITAL DAS CLÍNICAS - FMUSP; IVAN CECCONELLO / CECCONELLO,
I. / HOSPITAL DAS CLÍNICAS - FMUSP.
Resumo
Objetivo: Na superobesidade (SO) a morbimortalidade é maior
em todas as técnicas bariátricas. A perda de peso pré-operatória
nestas condições diminui o risco operatório. O objetivo é analisar a
evolução ponderal e a influência do tempo de internação em hospital
secundário sobre a perda de peso. Material: Vinte pacientes SO
foram submetidos ao programa, de 2006 a 2010. A idade média foi
46 anos, e o IMC médio de 66 kg/m2 (51-98), sendo 12 mulheres.
Todos submetidos à bypass gástrico em Y de Roux convencional.
Metodologia: seguimento com controle biométrico, e Submetido
à dieta média de 5 cal/kg/dia. A análise estatística foi feita através
de testes de análise não paramétrica ANOVA, e de comparações
múltiplas, em média até a 24a semana de internação Resultados:
Após 14 semanas, a variação de peso semanal perdeu significância.
Até este período, a perda de peso média foi de 1,9 kg/semana; em 14
semanas a perda média foi de 15,2% do peso inicial. O tempo médio
de internação foi de 21,3 semanas, e a perda de peso média foi de
19,7%. O IMC médio caiu de 67,2 para 54,7 kg/m2. Todos tiveram
boa evolução cirúrgica, com média de internação PO de 4,6 dias. A
morbimortalidade foi nula neste grupo. Conclusão: Em pacientes
SO, a perda de peso pré-operatório é uma importante ferramenta
para reduzir os riscos cirúrgicos. Em 14 semanas de internação com
dieta hipocalórica e seguimento multidisciplinar, foi obtida perda
ponderal média de 15,2%, havendo estabilização da perda.
Perfil de Lesões do Aparelho Digestivo
Observadas em Laparotomias
Exploradoras por Trauma Abdominal
Temário: Cirurgia / Miscelânia
Autores / Nome para Referência / Instituição: RAFAEL
KRIEGER MARTINS / MARTINS, R.K. / UFPR; RAFAELA DE ARAÚJO
MOLTENI / MOLTENI, R.A. / UFPR; HÉCTOR SBARAINI FONTES /
FONTES, H.S. / UFPR; GABRIELA MOREIRA KRAFT / KRAFT, G.M. /
UFPR; MARINA SONAGLI / SONAGLI, M. / UFPR; IWAN AUGUSTO
COLLAÇO / COLLAÇO, I.A. / UFPR; ADONIS NASR / NASR, A. /
UFPR; LETÍCIA MENEZES DE AZEVEDO / AZEVEDO, L.M. / UFPR.
Resumo
Introdução: O trauma vem se tornando, cada vez mais, um
problema de saúde pública, e já ocupa a primeira causa de morte
no Brasil na população com menos de 40 anos. Neste contexto,
o trauma abdominal figura como um dos maiores desafios para o
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
cirurgião, e o reconhecimento das lesões encontradas é de suma
importância. Objetivos: Analisar as lesões do aparelho digestivo
observadas durante a exploração da cavidade abdominal de pacientes
vítimas de trauma. Casuística e Método: Análise retrospectiva das
laparotomias exploradoras realizadas em um serviço de trauma no
período de junho de 2010 a maio de 2011. Resultados: A idade
média das vítimas foi de 30 anos com predomínio do sexo masculino
(85%). Foram realizadas 206 laparotomias exploradoras, sendo
76,2% por ferimento penetrante e 23,8% por trauma contuso. Algum
tipo de lesão intra-abdominal foi encontrada em 182 (88%) delas.
As lesões mais frequentemente vistas no trauma penetrante foram
hepáticas (31%), intestino delgado (30%), cólon (19%) e gástricas
(15%). No trauma fechado houve predomínio de lesões esplênicas
(40%), de intestino delgado (24%) e hepáticas (22%). Conclusão:
O homem jovem se apresenta como a maior vítima de trauma,
sendo o ferimento penetrante a causa mais comum. Observamos
que vísceras parenquimatosas e maciças são atingidas com grande
frequência, sendo o fígado e baço os órgãos mais acometidos no
trauma penetrante e contuso, respectivamente; e o intestino delgado
em seguida, em ambos os mecanismos.
231
Perfil de Pacientes Cirróticos Admitidos
no Serviço de Emergência Hospital
de Clínicas – Universidade Federal do
Paraná (HC-UFPR)
Temário: Gastroenterologia / Fígado
Autores / Nome para Referência / Instituição: KARINA
BITTENCOURT MEDEIROS / MEDEIROS, K.B. / UFPR; BRUNO ENGÊNIO
CANHETTI MONDIN / MONDIN, B.E.C. / UFPR; FERNANDA BIZINELLI
/ BIZINELLI, F. / UFPR; RAFAELA DE ARAUJO MOLTENI / MOLTENI,
R.A. / UFPR; RAFAEL KRIEGER MARTINS / MARTINS, R.K. / UFPR;
RODRIGO SFREDO KRUGER / KRUGER, R.S. / UFPR; KELLY CRISTINA
VIEIRA / VIEIRA, K.C. / UFPR; RICARDO MONTE JÚNIOR / JÚNIOR,
R.M. / UFPR.
Resumo
Introdução: As doenças hepáticas conferem alta morbi-
mortalidade; em 2009 ocorreram 56.392 internações no SUS e 9.355
óbitos no Brasil. As complicações mais comuns em cirróticos são
peritonite bacteriana espontânea, hemorragia digestiva, encefalopatia
hepática e ascite. É preciso conhecê-las, pois, se presentes,
relacionam-se com internações frequentes e maiores índices de
mortalidade. Objetivo: Analisar o perfil de pacientes cirróticos
admitidos nas unidades de emergência do HC-UFPR. Casuística
e Método: Foi realizada análise prospectiva via preenchimento de
formulário de pacientes cirróticos descompensados do momento de
internação à alta hospitalar, de março a agosto de 2011. Analisaram-
se idade, sexo, etiologia da cirrose, comorbidades, causa da

internação, classificação de Child-Pugh, evolução clínica, desfecho
e perfil laboratorial. Resultados: Dos 39 internamentos de 28
pacientes analisados, 64% eram homens. A média de idade foi 54,5
anos. Entre as causas de cirrose encontraram-se alcoólica (32% dos
casos), vírus C (21,4%), criptogênica (14,3%) e esteatohepatite não-
alcoólica (10,7%). O Child médio foi de 9 pontos. As principais causas
de internamento foram hemorragia digestiva (33,3%), encefalopatia
hepática (23%), dor abdominal e ascite (25,6%). Ocorreram 11 óbitos
(28,2 % das internações). Conclusões: Houve uma maior frequência
de internações por hemorragia digestiva alta, com alta mortalidade
geral, o que é esperado devido à alta complexidade dos pacientes
admitidos.
Perfil de Pacientes com Carcinoma
Hepatocelular em um Serviço se
Referência na Região Sudeste so Brasil
Temário: Gastroenterologia / Fígado
Autores / Nome para Referência / Instituição: RAUL CARLOS
232 WAHLE / WAHLE, R.C. / CENTRO TERAPÊUTICO ESPECIALIZADO EM
FÍGADO (CETEFI), H. BENEFICÊNCIA PORTUGUESA SP; PAULA
HUGHENEY CRUZ / HUGHENEY CRUZ, P. / CENTRO TERAPÊUTICO
ESPECIALIZADO EM FÍGADO (CETEFI), H. BENEFICÊNCIA PORTUGUESA
SP; RAFAEL HYGINO RODRIGUES CREMONIN / CREMONIN, R.H.R.
/ CENTRO TERAPÊUTICO ESPECIALIZADO EM FÍGADO (CETEFI), H.
BENEFICÊNCIA PORTUGUESA SP; LUCAS CAGNIN / CAGNIN, L. / CENTRO
TERAPÊUTICO ESPECIALIZADO EM FÍGADO (CETEFI), H. BENEFICÊNCIA
PORTUGUESA SP; MARCELA MENDES ASSUMPÇÃO / ASSUMPÇÃO,
M.M. / CENTRO TERAPÊUTICO ESPECIALIZADO EM FÍGADO (CETEFI),
H. BENEFICÊNCIA PORTUGUESA SP; MAIZA DA SILVA COSTA / COSTA,
M.S. / CENTRO TERAPÊUTICO ESPECIALIZADO EM FÍGADO (CETEFI),
H. BENEFICÊNCIA PORTUGUESA SP; GERUSA MÁXIMO DE ALMEIDA /
ALMEIDA, G.M. / CENTRO TERAPÊUTICO ESPECIALIZADO EM FÍGADO
(CETEFI), H. BENEFICÊNCIA PORTUGUESA SP; ADÁVIO DE OLIVEIRA E
SILVA / OLIVEIRA E SILVA, A. / CENTRO TERAPÊUTICO ESPECIALIZADO EM
FÍGADO (CETEFI), H. BENEFICÊNCIA PORTUGUESA SP.
Resumo
Introdução: O carcinoma hepatocelular (CHC) é o tumor maligno
primário do fígado mais frequente que ocorre principalmente em
pacientes cirróticos. Ainda existem poucos dados sobre o perfil
clínico-epidemiológico do perfil de portadores de CHC em nosso
meio. Objetivos: Avaliar o perfil clínico-epidemiológico de pacientes
em um serviço de referência em Hepatologia da região Sudeste do
Brasil. Casuística e Métodos: Foi realizada análise retrospectiva
no período de 2004 a 2010 dos prontuários de pacientes com
diagnóstico de CHC em nossa instituição. Resultados: Foram
avaliados 100 pacientes com CHC sendo que todos eram cirróticos
ou tinham fibrose hepática significativa (F3/F4). A média de idade
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
foi de 57,3 ± 10,6 anos, sendo 83% eram homens. A hepatite viral
C foi a etiologia mais comum (62%), seguida pela hepatite viral B
(16%) e álcool (11%). A maioria tinha nódulo hepático único em 47%
e o diâmetro médio da lesão foi de 3,7 ± 2,7cm. O diagnóstico foi
feito apenas por métodos de imagem em 70% dos casos, sendo que
11% tinham AFP >200ng/mL. Em relação ao Child-Pugh, a maioria
era A (57%) e B (31%) e 72% tinham hipertensão portal significativa.
Segundo a classificação de Barcelona adotado em nosso meio, 56%
dos casos eram precoces e 22% avançados. Conclusões: A adoção
de programas de detecção precoce de CHC em grupos de riscos
como os cirróticos em nosso meio tem permitido a identificação de
tumores em estágios iniciais, sendo possível ampliar o emprego de
tratamentos curativos.
Perfil de Tratamento e Taxas de
Resistência na Hepatite B Crônica em
Vírus Selvagens e Mutantes
Temário: Gastroenterologia / Fígado
Autores / Nome para Referência / Instituição: ERILANE LEITE
GUEDES / GUEDES, E.L. / FAMERP; JORDANA DE MELO SILVA /
SILVA, J.M. / FAMERP; PATRÍCIA DA SILVA FUCUTA PEREIRA /
PEREIRA, P.S.F. / FAMERP; EDLA POLSINELLI BEDIN / BEDIN, E.P.
/ FAMERP; JULIANA MIGUEL BILAR / BILAR, J.M. / FAMERP;
MELISSA MAIA BRAZ / BRAZ, M.M. / FAMERP; EDSON CARTAPATTI
DA SILVA / SILVA, E.C. / FAMERP.
Resumo
Introdução: Terapia da hepatite B crônica é baseada no perfil
HBeAg e a resistência viral às drogas dificulta sua abordagem.
Objetivo: Descrever a terapia e taxa de resistência na hepatite B
de acordo com o perfil HBeAg. Material e Métodos: Analisar a
terapia da hepatite B crônica entre 1993 e 2011. Variáveis categóricas
comparadas pelo exato de Fischer e numéricas pelo t de Student
ou Mann-Whitney. Resultados: De 261 pacientes, 84 tratamentos
foram realizados em 54 (portadores de hepatite B crônica HBeAg(+)
30 e HBeAg(-) 24): média de idade 45 e 54 anos (p=0,06), homens
80% e 79% (p=1,0), ALT mediana 1,23 e 0,72xLSN (p=0,01) e fibrose
3-4, 18% e 29% (p=0,46), respectivamente. Entre os HBeAg(+):
imunomoduladores (IFN/PegIFN) em 24 pacientes por 24 semanas;
análogos de nucleos(t)ídeos (AN): lamivudina em 14, adefovir em 6,
entecavir em 2 e tenofovir em 1 paciente. Entre os HBeAg(-): IFN/
PegIFN em 12 pacientes por 48 semanas; AN: lamivudina em 10,
adefovir em 4 e tenofovir em 2 pacientes. Tempo de uso e taxa de
resistência nos AN, para HBeAg(+) e HBeAg(-), respectivamente:
lamivudina 61 e 33 meses, 69% e 50%; adefovir 31 e 46 meses, 10%
e 0%; tenofovir 16 e 8 meses, sem resistência; entecavir, somente 2
pacientes HBeAg(+) com 16 meses, sem resistência. Conclusão:
Maior idade e menor nível de ALT nos HBeAg(-) demonstram a
história natural da doença. Alta taxa de resistência à lamivudina
evidenciada tanto nos HBeAg(+) quanto HBeAg(-), mesmo com
menor tempo de uso no último grupo.
Perfil dos Pacientes Submetidos à
Endoscopia Digestiva Alta no Município
de Capinzal, Santa Catarina
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para Referência / Instituição: DENIS
CONCI BRAGA / BRAGA, DC / UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA
CATARINA (UNOESC); ANTONIO AUGUSTO DETONI / DETONI, AD
/ UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA (UNOESC); DIEGO
ANSELMINI / ANSELMINI, D / UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA
CATARINA (UNOESC); HERALDO METZKER FILHO / FILHO, HM /
UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA (UNOESC); JEFERSON
RODRIGUES / RODRIGUES, J / UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA
CATARINA (UNOESC).
Resumo
Introdução: Os sintomas dispépticos são comuns, constituindo
um problema de saúde pública que, em muitos casos, está longe de
ser solucionado. Objetivo: Avaliar o perfil dos pacientes submetidos
à endoscopias no Hospital São José em Capinzal, meio oeste de Santa
Catarina. Casuística: Foram estudados 545 prontuários de pacientes
submetidos à exames endoscópicos. Método: Estudo transversal
e retrospectivo, no período de 2006 a 2010. Correlacionar o laudo
endoscópico com as variáveis: sexo, idade, sintomas e positividade
para o H. pylori. Resultados: O gênero feminino correspondeu a
52,5% (n=286). A média de idade foi de 48,5 anos. Epigastralgia foi
o sintoma de maior prevalência (78,7%), seguida por pirose (32,3%).
Apenas 14,9% (n=82) dos exames não apresentavam alteração.
A gastrite enantematosa antral foi o principal achado diagnóstico
(41,6%). Dentre os pacientes com úlcera gástrica e duodenal, 68%
eram tabagistas, 40,7% usavam anti-inflamatórios não-esteroidais
e, 53,7% eram etilistas. A infecção pelo H. pylori foi observada em
46,1% (n=251). Dentre os pacientes com gastrite endoscópica
erosiva, a prevalência foi de 71,4% (n=194). Nos diagnósticos de
úlcera gástrica (n= 73) e duodenal (n=91), a positividade para o
micro-organismo foi de 81% e 95%, respectivamente. Conclusão: A
discussão crítica destes achados possibilita a elaboração de diretrizes
que nortearão programas de prevenção primária e atenção à saúde
no município estudado, bem como em sua região.
Perfil Epidemiológico dos Doadores de
Sangue com Sorologias Positivas para os
Vírus das Hepatites B (HBV) e C (HCV)
e/ou Vírus da Imunodeficiência Humana
(HIV)
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
Temário: Gastroenterologia / Fígado
Autores / Nome para Referência / Instituição: WILLIAM
QUEIROZ GUIMARÃES WIEGANDT CEGLIO / CEGLIO, WQGW /
UFSC; JOVINO DOS SANTOS FERREIRA / FERREIRA, JS / UFSC;
VERA LÚCIA PAES CAVALCANTI FERREIRA / FERREIRA, VLPC / UFSC;
RÔMULO CAVALGANTE SERPA / SERPA, RC / UFSC; JULIA DE LUCA
MACCARINI / MACCARINI, JDL / UFSC; CARLOS ALBERTO KUNTZ
NAZÁRIO / NAZÁRIO, CA / UFSC; ESTHER BUZAGLO DANTAS CORRÊA
/ DANTAS-CORRÊA, EB / UFSC; JANAÍNA LUZ NARCISO SCHIAVON /
NARCISO-SCHIAVON, JL / UFSC.
Resumo
Introdução: Apesar da credibilidade do doador de sangue (DS),
na entrevista ser relevante na prevenção de infecções por transfusão,
durante a janela imunológica, o único meio de se evitar estas
transmissões permanece nos testes altamente sensíveis. Objetivo:
Identificar o perfil dos DS associado a sorologias positivas SOROL(+)
para HBV, HCV e/ou HIV. Método: Estudo observacional, transversal.
Incluídos 4.678 DS cadastrados no Serviço de Hemoterapia do 233
HU/UFSC no período de 2009/2010, conforme RDC 153/2004.
Resultados: Dos 4.678 DS, 114 (2,4%) tiveram SOROL(+) para
HBV, HCV e/ou HIV. DS com SOROL(+) comparados aos SOROL(-)
apresentaram: predomínio na primeira doação (51,8% vs. 30,3%;
p<0,001), transfusões anteriores (3,5% vs. 0,7%; p=0,013) e eram
casados/união estável (31,6% vs. 20,3%; p=0,003). Houve uma
tendência maior naqueles com cirurgias prévias (25,4% vs. 18,5%;
p=0,062), acidentes(4,4% vs. 1,7%; p=0,051). Os com ensino
médio completo (83,0% vs. 93,3%; p<0,001) tiveram menor fator
de risco, enquanto profissionais da área de saúde (5,3% vs. 10,8%;
p=0,059) uma menor tendência. Não houve significância estatística
quanto ao gênero (p=0,923) e a história prévia de uso de drogas,
há um ano da doação (p=1,000). Notou-se ordem crescente para:
anti-HIV, anti-HCV e anti-HBV. Conclusão: DS que doaram pela
primeira vez e com história prévia de transfusão de sangue são os
mais susceptíveis a SOROL(+) para HBV/HCV/HIV. Estas variáveis
devem ser consideradas na triagem clínica.
Perfil Epidemiológico dos Pacientes
Com Doença Inflamatória Intestinal de
Hospital Terciário de São Paulo
Temário: Gastroenterologia / Intestino
Autores / Nome para Referência / Instituição: RENATA
BRANDALISE / BRANDALISE, R / HSPE; DANIEL PACHECO DA COSTA /
COSTA, DP / HSPE; CLEDSON SILVEIRA DA SILVA / SILVA, CS / HSPE;
JOSÉ CAROLOS DE AGUIAR BONADIA / BONADIA, JCA / HSPE; DÉBORA
DOURADO POLI / POLI, DD / HSPE; LUCIANE MILANE REIS / REIS, LM
/ HSPE; LIVIA MELO CARONE LINHARES / LINHARES, LMC / HSPE;
PAULA BECHARA POLETTI / POLETTI, PB / HSPE.

Resumo
Introdução: A prevalência da doença inflamatória intestinal
(DII) vem aumentando nos últimos 50 anos. No Brasil poucos
estudos epidemiológicos foram realizados. Objetivo: traçar o perfil
epidemiológico dos pacientes com DII em hospital da cidade de São
Paulo. Casuística: Foram incluídos 114 pacientes acompanhados
nos ambulatórios, com início dos sintomas no período de 1977 a
agosto de 2011. Método: Estudo transversal, baseado na revisão
de prontuários. Resultados: dos 114 pacientes, 59% eram do sexo
feminino. Quanto ao diagnóstico, 48% apresentavam RCUI, 47%
DC e 3% colite indeterminada. As comorbidades mais encontradas
foram HAS em 42% dos casos, depressão (16%) e tabagismo
prévio ou atual (9%). A maioria (38%) manifestou a doença com
mais de 40 anos, 26% entre 17 e 40 anos, enquanto que apenas
4% manifestaram a DII antes dos 17 anos. Naqueles com RCUI 47%
apresentavam pancolite e 43% proctossigmoidite. Nos pacientes
com DC, os principais locais de acometimento foram o íleo distal e
o cólon, com comportamento estenosante em 42% dos casos, não
estenosantes e não fistulizante em 35% e fistulizante em 23%. Entre as
234 manifestações extra-articulares destacam-se as articulares em 17% e
dermatológicas em 5% dos casos. Outras doenças autoimune s foram
observadas em 16% dos pacientes. Conclusão: Os resultados estão
de acordo com os dados da literatura, com exceção do pico de idade
de apresentação da doença, que nos estudos é de 20 a 30 anos para
RCUI e 30 a 40 anos para DC.
Perfil Epidemiológico dos Pacientes
Submetidos à Endoscopia Digestiva Baixa
em um Centro Terciário do Nordeste
Brasileiro
Temário: Endoscopia / Colonoscopia
Autores / Nome para Referência / Instituição: JEANY BORGES
E SILVA RIBEIRO / RIBEIRO, JBS / HGCC; FABRICIO DE SOUSA
MARTINS / MARTINS, FS / HGCC; RICARDO RANGEL DE PAULA
PESSOA / PESSOA, RRP / HGCC; JOSÉ AIRTON GONÇALVES SIEBRA /
SIEBRA, JAG / HGCC; ERNANI XIMENES RODRIGUES / RODRIGUES,
EX / HGCC; PATRÍCIA GADELHA RATTACASO / RATTACASO, PG /
HGCC; FRANCISCO PAULO PONTE PRADO JÚNIOR / PRADO JR, FPP
/ HGCC.
Resumo
Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico dos pacientes
submetidos à endoscopia digestiva baixa em um centro terciário do
Nordeste brasileiro, ressaltando a sua importância como método
diagnóstico e terapêutico. Materiais e Métodos: Análise
retrospectiva de 702 laudos de pacientes submetidos à colonoscopia
e retossigmidoscopia em ambiente de hospital terciário no período
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
de Abril de 2002 a Abril de 2009. Resultados: A idade média foi
de 54,55 anos, e houve predomínio do sexo feminino (59,12%).
Hemorragia Digestiva Baixa (14,39%), alteração do hábito intestinal
(12,39%) e diarreia (11,82%) foram as indicações para realização de
endocopia digestiva baixa mais frequentes. As endoscopias digestivas
baixas foram normais em 57,51% dos diagnósticos identificados
nos laudos e foram identificados doença inflamatória intestinal em
11,14%. A neoplasia maligna do trato gastrintestinal foi identificada
em 6,3% dos exames. Dentre os pacientes com neoplasia maligna
do trato gastrintestinal, 23,07% dos pacientes realizaram o exame por
apresentarem hemorragia digestiva baixa ou sangue oculto nas fezes.
Utilizando-se do teste do Qui-quadrado, não houve uma relação
significativa entre a idade dos pacientes e as alterações encontradas
nos laudos de endoscopia digestiva baixa (P = 0,2754, ,(χ2: 1,189
,DF=1). Conclusão: A colonoscopia e retossigmoidoscopia são
excelentes métodos tanto diagnósticos como terapêuticos na
investigação das doenças digestivas.
Perfuração Gastroduodenal Relacionada
ao Uso Agudo de Crack
Temário: Cirurgia / Estômago
Autores / Nome para Referência / Instituição: KEVIN YUN
KIM / KIM, KY / UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO; JULIANA
CRISTINA PACHECO / PACHECO, JC / UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO
PAULO; RAMIRO COLLEONI / COLLEONI, R / UNIVERSIDADE FEDERAL
DE SÃO PAULO; MAURÍCIO PANDINI MONTEIRO DE BARROS / BARROS,
MPM / UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO; DAVID CARLOS
SHIGUEOKA / SHIGUEOKA, DC / UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO
PAULO; CARLOS HARUO ARASAKI / ARASAKI, CH / UNIVERSIDADE
FEDERAL DE SÃO PAULO; MILTON SCALABRINI / SCALABRINI, M /
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO; JOSÉ CARLOS DEL GRANDE /
DEL GRANDE, JC / UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO.
Resumo
O uso do crack é um grave problema de saúde pública no nosso
meio. Perfuração gastroduodenal nesses usuários tem sido relatada
nas últimas décadas, porém a fisiopatologia dessas lesões ainda não
foi esclarecida. Apresentamos três casos de doentes masculinos
com idades de 28, 41 e 50 anos, usuários da droga há 11, 12 e
26 anos e com úlcera perfurada após uso agudo de crack. Dois
pacientes tinham quadro clínico evidente e sinais radiográficos de
pneumoperitônio. Um apresentava úlcera pilórica com peritonite
purulenta após 48 horas de evolução. O outro com úlcera duodenal
foi diagnosticado rapidamente. O terceiro fora admitido há dois dias
na fase aguda de intoxicação e desenvolveu dor abdominal intensa
sem sinais de irritação peritoneal. O diagnóstico só foi realizado na
tomografia abdominal e confirmado na laparotomia que revelou úlcera
duodenal. Todos foram tratados com medidas de suporte clínico,
antibioticoterapia (metronidazol e ceftriaxona) e laparotomia com
sutura da perfuração e omentoplastia. Apresentaram boa evolução
com alta até o quinto dia de pós-operatório sendo encaminhados
para acompanhamento psiquiátrico. Os usuários de crack quando
comparados aos demais pacientes com úlcera perfurada eram mais
jovens, sem infecção por H. pylori e tiveram evolução clínica mais
favorável. A possibilidade de ocorrência de úlcera perfurada deve ser
considerada na abordagem desses doentes, salientando-se que nem
sempre suas manifestações clínicas são típicas ou evidentes.
Peritonite Meningocócica: Relato de
Caso
Temário: Cirurgia / Miscelânia
Autores / Nome para Referência / Instituição: HERMANO
AUGUSTO DE MEDEIROS JÚNIOR / MEDEIROS JÚNIOR, HA / HOSPITAL
GERAL DE ITAPECERICA DA SERRA HGIS; RODRIGO BROGGIO TEÓFILO
/ TEÓFILO, RB / HOSPITAL GERAL DE ITAPECERICA DA SERRA HGIS;
ROBERTO HYUN DAE SHIN / SHIN, RHD / HOSPITAL GERAL DE
ITAPECERICA DA SERRA HGIS; MARCIO FUGINAMI GOTTO / GOTTO, MF
/ HOSPITAL GERAL DE ITAPECERICA DA SERRA HGIS; JOSE ROBERTO
MELCHIORI BUCCO / BUCCO, JRM / HOSPITAL GERAL DE ITAPECERICA
DA SERRA HGIS.
Resumo
Introdução: Meningococcemia é uma infecção generalizada,
ocasionada pelo patógeno Neisseria meningitidis. Trata-se de afecção
grave, caracterizada por febre alta, profundo acometimento do
estado geral, dores e púrpura pelo corpo, nem sempre acompanhado
de meningite. Objetivo: Relatar caso de meningococcemia com
peritonite difusa. Relato do caso: Paciente masculino, 23 anos,
com queixa de cefaléia, astenia e cervicalgia há 15 dias. Avaliado
pela Clínica Médica, com suspeita inicial de meningite. Evoluiu
com quadro de dor abdominal difusa e, por ausência de sinais de
meningismo, excluída hipótese de meningite e solicitada avaliação
cirúrgica. Realizada CT abdominal que evidenciou apêndice cecal
com espessura no limite superior da normalidade, sendo optado por
laparotomia exploradora. Durante ato operatório, visualizado apêndice
cecal com sinais inflamatórios discretos e peritonite purulenta difusa.
Realizada apendicectomia. Mantida antibioticoterapia com evolução
pós operatória satisfatória. Culturas posteriormente revelaram
infeccção por meningococo. Conclusão: Peritonite purulenta pode
ser uma apresentação da meningococcemia; no caso relatado, houve
boa evolução com tratamento cirúrgico e antibioticoterapia.
Pioderma Gangrenoso Associado a
Doença de Crohn
Temário: Gastroenterologia / Intestino
Autores / Nome para Referência / Instituição: MÁRCIA
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
MACHADO GALVÃO PEREIRA / PEREIRA, MMG / FMV; FERNANDO
ANTONIO GALVÃO PEREIRA JÚNIOR / PEREIRAJÚNIOR, FAG / FMV;
FILIPE GALVÃO VASCONCELLOS / VASCONCELLOS,FG / FMV; MAURO
GOMES BASTOS FILHO / BASTOSFILHO,MG / FMV; LUIZA HELENA
MIRANDA / MIRANDA, LH / FMV; MYLENA NOVAIS COSTA LOPES /
LOPES,MNC / FMV; FERNANDA DINIZ OLIVEIRA / OLIVEIRA, FD /
FMV; TÁCIO GUARDELLI MENDONÇA MESQUITA / MESQUITA, TGM
/ FMV.
Resumo
Introdução: O pioderma gangrenoso (PG) é uma afecção
crônica neutrofílica da pele de causa desconhecida associado a
doenças crônicas, inclusive a DC. Objetivo: Relato de caso DC que
apresentou como manifestação extra-intestinal, PG, que obteve boa
resposta ao uso de imunossupressor. Método: Paciente do sexo
feminino, 46 anos, portadora de DC há 10 anos, com tratamento
irregular, que apresentou lesões cutaneas dolorosas em MsIs, de
bordos elevados e irregulares, eritematosos com fundo granuloso,
associada artralgias, febre e diarreia baixa muco-sanguinolenta,
queda em estado geral. Colonoscopia compatível com pancolite 235
granulomatosa. Resultado: Iniciado tratamento com corticoterapia
e salicilatos, associados a imunossupressor(azatioprina). Melhora
do quadro, com desaparecimento das lesões cutâneas em 4 meses.
Conclusão: A associação do PG a doenças sistêmicas ocorrem em
50%dos casos, incluindo a DII. O manejo desta afecção está atrelado
ao tratamento da doença de base, imunossupressores sistêmicos
constituem o padrão de tratamento.
Plantas utilizadas em Gastroenterologia
em Serviço de Saúde Público Federal em
São Luís, Maranhão, Brasil
Temário: Gastroenterologia / Estômago/Duodeno
Autores / Nome para Referência / Instituição: FLAVIA MARIA
MENDONÇA DO AMARAL / AMARAL, FMM / UFMA; MARIA DO
SOCORRO DE SOUSA CARTÁGENES / CARTÁGENES, MSS / UFMA;
DENISE FERNANDES COUTINHO-MORAES / COUTINHO-MORAES, DF /
UFMA; MARIA NILCE DE SOUSA RIBEIRO / RIBEIRO, MNS / UFMA;
THAYANA LINHARES SANTOS / SANTOS, TL / UFMA; RIVADÁVIA
RAMOS NEIVA FILHO / NEIVA FILHO, RR / SOGASTRO; VANESSA DO
AMARAL NEIVA / NEIVA, VA / UFMA; JORGE VICTOR DA SILVA COSTA
/ COSTA, JVS / UNICEUMA.
Resumo
Introdução: Atualmente é comprovado a ascensão da Fitoterapia
dado o difícil acesso da população aos serviços de saúde, os efeitos
colaterais dos fármacos de referência, a tendência à automedicação,
o modismo no uso de produtos naturais e, especialmente, a Política

Nacional de Saúde com estímulo ao uso de práticas alternativas e/ou
complementares. Objetivo: Visando à implantação da Fitoterapia na
Assistência a Saúde, este estudo objetiva avaliar o uso de plantas em
gastroenterologia. Metodologia: Estudo observacional, transversal
analítico, para avaliação do emprego de plantas em usuários da clínica
de gastroenterologia de serviço de saúde público federal em São
Luís, estado do Maranhão; seguido da aquisição e identificação das
espécies referidas de uso popular. Resultados: A prevalência do uso
de plantas em gastroenterologia foi de 76,25 %, predominando entre
28 a 37 anos, comprovando que a maioria dos entrevistados refere
interesse na implantação e oferta da Fitoterapia no referido serviço
de saúde. Nesse estudo, Plectranthus barbatus Andrews (boldo),
Melissa officinalis L. (erva cidreira) e Maytenus ilicifolia Mart. ex Reiss
(espinheira santa) são espécies, com estudos de validação científica,
mais referidas para distúrbios do aparelho digestivo. Conclusão:
Os resultados incentivam a implantação real da Fitoterapia na
Assistência à Saúde, possibilitando opção terapêutica alternativa e/
ou complementar em gastroenterologia.
236 Polipose Linfomatosa Múltipla – Linfoma
do Manto Gastrointestinal
Temário: Endoscopia / Colonoscopia
Autores / Nome para Referência / Instituição: MARIA HELENA
LOUZADA PEREIRA / LOUZADA, MH. / SERVIÇO DA GASTROENTEROLOGIA
UFRJ; LUIZ ABRAHÃO JUNIOR / ABRAHÃO JR, L. / SERVIÇO DA
GASTROENTEROLOGIA UFRJ; JOÃO AUTRAN NEBEL / NEBEL, JA. /
SERVIÇO DA GASTROENTEROLOGIA UFRJ.
Resumo
Introdução: Os linfomas do tubo digestivo são entidades
incomuns que representam apenas 1-4% de todas as neoplasias
gastrointestinais. Os linfomas colônicos são particularmente raros,
correspondendo a apenas 0,5% dos tumores dessa topografia. A
polipose linfomatosa múltipla (PLM) apresenta-se com múltiplos
nódulos ou pólipos em um ou mais segmentos do trato GI
(esôfago ao reto), que expressa o envolvimento gastrointestinal
por linfomas não-Hodking. Foi descrita por Cornes em 1961 e tem
maior incidência em homens com média de idade de 60 anos. O
linfoma das células do manto é originado das células B periféricas
da zona do manto dos folículos secundários. Corresponde a cerca
de 3-10% dos linfomas não-Hodgkin. É uma patologia agressiva,
com prognóstico ruim apesar de quimioterapia sistêmica precoce.
Sobrevida média de 3-4 anos. Objetivos: Descrever um caso de
PLM com grande quantidade de lesões gastrointestinais. Relato
do caso: Masculino, 77 anos, com linfadenopatia disseminada,
astenia, perda ponteral e enterorragia, com endoscopia
e colonoscopia evidenciando múltiplas lesões Polipoides
submucosas hipervascularizadas, com diagnóstico de linfoma
de células do manto às biópsias (CD20 e ciclina D1 positivos).
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
Acometimento de linfonodos, medula óssea e gastroduodenal
também foi evidenciado. Conclusão: O linfoma do manto é o
que mais frequentemente se apresenta sob a forma de polipose
múltipla, caracterizando-se pela positividade imunohistoquimica
para a ciclina D1.
Potencial Terapêutico de Antígenos de
Ancylostoma Ceylanicum em Modelo de
Doença Inflamatória Intestinal Induzida
por Dextran Sulfato de Sódio
Temário: Gastroenterologia / Miscelânia
Autores / Nome para Referência / Instituição: GUILHERME
GROSSI LOPES CANÇADO / CANÇADO, GGL / UFMG; JACQUELINE
ARAÚJO FIUZA / FIUZA, JA / UFMG; LUCAS DE CARVALHO DHOM
LEMOS / LEMOS, LCD / UFMG; NATASHA DELAQUA RICCI / RICCI, ND
/ UFMG; PEDRO HENRIQUE GAZZINELLI-GUIMARÃES / GAZZINELLI-
GUIMARÃES, PH / UFMG; DEBORAH APARECIDA NEGRÃO-CORRÊA
/ NEGRÃO-CORRÊA, DA / UFMG; CLÁUDIA MARTINS CARNEIRO /
CARNEIRO, CM / UFOP; RICARDO TOSHIO FUJIWARA / FUJIWARA,
RT / UFMG.
Resumo
Introdução: A doença de Crohn e a retocolite ulcerativa são as
formas mais comuns das doenças inflamatórias intestinais (DII), as
quais se caracterizam por inflamação crônica do trato gastrointestinal
de etiologia não esclarecida. Recentemente, demonstrou-se o
potencial terapêutico de parasitos intestinais na abordagem das DII.
Não obstante, observa-se escassez de estudos com ancilostomídeos,
helmintos de alta prevalência e comprovado poder imunomodulador.
Objetivo: Avaliar o potencial terapêutico de antígenos de
Ancylostoma ceylanicum na DII induzida por dextran sulfato de
sódio (DSS) em modelo murino. Métodos: Camundongos BALB/c
foram divididos em dois grupos de 18 animais, os quais receberam
água filtrada ou DSS 5% ad libitum por 7 dias. Concomitantemente,
subgrupos de 6 animais foram tratados com injeção intraperitoneal
diária de 100uL de antígeno bruto de verme adulto (Aw) ou produtos
excretados/secretados (ES) a 40ug/mL ou salina (PBS) por 7
dias. Avaliações clínicas seriadas através de escore previamente
padronizado foram realizadas diariamente durante a indução da colite.
Ao final do 8o dia, os animais foram sacrificados e o cólon coletado
para análise histopatológica e dosagem de IFN-γ, TNF-α, IL-17, IL-4,
IL-10, EPO e MPO teciduais por ELISA. Resultados: Camundongos
controle não apresentaram sinais de inflamação, enquanto todos os
parâmetros inflamatórios se elevaram nos animais submetidos ao
DSS. Tratamento de camundongos colíticos com Aw e/ou ES reduziu
significativamente os escores clínico e microscópico, atividade de MPO
e EPO e produção das citocinas IFN-γ, TNF-α e IL-17. Níveis de IL-4
e IL-10 não se alteraram significativamente. Análises histopatológicas
revelaram importante redução do infiltrado inflamatório e área de
erosão/ulceração colônica após tratamento com Aw. Conclusão:
Tratamento com antígenos de ancilostomídeos modula a resposta
imune na colite induzida por DSS. Vislumbra-se a criação de novos
agentes terapêuticos para DII a partir desses antígenos.
Pólipo Cloacogénico Inflamatório – uma
Causa Incomum de Hemorragia Retal
Temário: Endoscopia / Colonoscopia
Autores / Nome para Referência / Instituição: FABÍOLA DE
ANGELE FERREIRA / FERREIRA, FA / VANGUARD MEDICINA DIAGNÓSTICA
SÃO BERNARDO DO CAMPO - SP; MOACIR ELIAS JORGE JUNIOR /
JORGE, ME / VANGUARD MEDICINA DIAGNÓSTICA SÃO BERNARDO
DO CAMPO - SP; MARIO EDUARDO MENDES DA SILVA / SILVA, MEM
/ VANGUARD MEDICINA DIAGNÓSTICA SÃO BERNARDO DO CAMPO -
SP; GRAZIELLA CORREA VOGEL / VOGEL, GC / VANGUARD MEDICINA
DIAGNÓSTICA SÃO BERNARDO DO CAMPO - SP; GRIGNA TEIXEIRA
CARVALHO / CARVALHO, GT / VANGUARD MEDICINA DIAGNÓSTICA
SÃO BERNARDO DO CAMPO - SP; RAMIRO COLLEONI / COLLEONI, R /
VANGUARD MEDICINA DIAGNÓSTICA SÃO BERNARDO DO CAMPO - SP;
STELLA MARIS DE OLIVEIRA AMÂNCIO / AMANCIO, SMO / VANGUARD
MEDICINA DIAGNÓSTICA SÃO BERNARDO DO CAMPO - SP.
Resumo
O pólipo cloacogénico inflamatório é lesão benigna pouco frequente,
originada no epitélio da zona de transição anorretal e que deve ser
considerada no diagnóstico diferencial de outras lesões polipoides.
Descrito pela primeira vez em 1981, está incluído no espectro das
alterações histopatológicas descritas na síndrome do prolapso
mucoso. Pode ocorrer em qualquer idade, no entanto 80% dos
doentes têm menos de 50 anos, sem predomínio de gênero. Os pólipos
podem ser únicos ou múltiplos, geralmente são sésseis, e apresentam
dimensões entre 1 e 5 cm. A manifestação clínica mais comum é o
sangramento retal, porém muitos portadores são assintomáticos. A
remoção completa das lesões é considerada o tratamento de escolha;
principalmente dos indivíduos sintomáticos. Relato do caso: MSRL,
masculino, 37 anos referia episódios de sangramento retal após
as evacuações. Foi encaminhado para retossigmoidoscopia onde
identificamos uma lesão polipoide de 2 cm, pediculada e localizada
acima da borda anal. A lesão foi removida com alça de polipectomia,
sem intercorrências. O estudo histopatológico do espécime revelou
um pólipo cloacogénico inflamatório. Posteriormente, o paciente
realizou colonoscopia que não mostrou alterações. Não apresentou
novos episódios de sangramento.
Pólipo Fibroide Inflamatório
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para Referência / Instituição: RENATA SENOS
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
CALIXTO FERREIRA / FERREIRA, RSC / UFF; RICARDO EBECKEN /
EBECKEN, R / UFF; MARCELO SOARES NEVES / NEVES, MS / UFF;
ALINE BESSA DE OLIVEIRA / OLIVEIRA, AB / UFF; FERNANDA SOARES
GOMES CANEDO / CANEDO, FSG / UFF; DANIELLE BARÃO SOUZA
DE AGUIAR / AGUIAR, DBS / UFF; HILTON GUEIROS LEITÃO NETO /
NETO, HGL / UFF.
Resumo
Introdução: O pólipo inflamatório fibroide, também chamado
tumor de Vanek, é um tumor benigno, de etiopatogenia desconhecida,
de localização submucosa, pouco frequente, caracterizado
histologicamente pela proliferação de células fusiformes estromais,
várias estruturas vasculares e infiltrado eosinofílico. Localiza-se
preferencialmente no estômago distal, ocasionalmente no íleo e mais
raramente no esôfago e cólon. Representa o tumor gástrico benigno
menos frequente, com uma frequência similar em homens e mulheres
e um pico de incidência a partir da sexta década de vida, sendo a
malignização um evento excepcional.Objetivo: Relato de caso de
uma paciente portadora de pólipo fibróide. Método: Revisão de
prontuário de paciente internada no HUAP e revisão de literatura dos 237
últimos dez anos pelo MEDLINE. Relato de caso: Paciente feminina
de 57 anos, encaminhada ao serviço de endoscopia do HUAP com
história de melena após uso abusivo de AAS e diclofenaco de sódio,
foi submetida à endoscopia digestiva alta que revelou lesão vegetante
com superfície ulcerada e friável, medindo cerca de 4 cm de diâmetro
e dura ao toque na região pré-pilórica. A paciente foi submetida à
ecoendoscopia que evidenciou lesão hipoecogênica, discretamente
heterogênea e de contornos regulares, localizada na segunda camada
ecogênica (mucosa profunda) do antro gástrico. Realizado, então,
ressecção endoscópica com endoloop.Conclusão: Trata-se de um
caso de pólipo inflamatório fibroide uma entidade clínica rara.
Pólipos Duodenais Secundários à
Hipertensão Portal: Relato de Caso
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para Referência / Instituição: EDENILCE
EVANGELISTA CORREIA / CORREIA, EE / HGF; GILDO BARREIRA
FURTADO / FURTADO, GB / HGF; LUCIANO MONTEIRO FRANCO /
FRANCO, LM / HGF; FATIMA MARIA EVANGELISTA CORREIA /
CORREIA, FME / UNIFOR.
Resumo
Introdução: Varizes esofágicas e gastropatia hipertensiva são
manifestações comuns da hipertensão porta. A duodenopatia é uma
apresentação não usual, podendo ser visualizadas petéquias difusas,
edema, friabilidade mucosa, erosões, úlceras e, mas raramente,
pólipos. Objetivo: Descrever o caso de um paciente hepatopata

crônico com duodenopatia portal, apresentando-se com múltipos
pólipos duodenais. Metodologia: Estudo descritivo, a partir da
revisão de dados do prontuário, obtido no setor de arquivos médicos
do Hospital Geral de Fortaleza. Resultados: JLN, masculino,
42 anos, acompanhado no serviço de transplante hepático do
Hospital Geral de Fortaleza, devido à hepatopatia crônica alcoólica
diagnosticada 2007. Paciente apresentava ascite refratária,
encefalopatia crônica e varizes esofágicas de médio e grosso
calibre à endoscopia digestiva alta em tratamento com ligadura
elástica. Evoluiu com síndrome hepatorenal tipo 2 e anemia sem
exteriorização de sangramento em fevereiro de 2010. Realizou nova
endoscopia alta que evidenciou múltiplos pólipos duodenais, sem
sinais de sangramento, sendo realizado estudo histopatológico
que evidenciou brotamento angiomatoides duodenais secundários
hipertensão portal. Conclusão: Este caso representa uma
manifestação gastrointestinal rara da hipertensão portal com
achados endoscópicos incomum de múltiplos pólipos sésseis
duodenais e com diagnóstico histopatológico de duodenopatia
portal.
238
Pólipos Gástricos: Análise Retrospectiva
de 1273 Endoscopias
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para Referência / Instituição: CARLA ELISA
SALTURI / SALTURI, CE / HOSPITAL SUGISAWA; FERNANDA CRISTINA
DA SILVA / SILVA, FC / HOSPITAL SUGISAWA; FLAVIO HEUTA IVANO /
IVANO, FH / HOSPITAL SUGISAWA; ANTONIO KATSUMI KAI / KAI, AK
/ HOSPITAL SUGISAWA; DANIELE G. SAKAMOTO / SAKAMOTO, DG /
HOSPITAL SUGISAWA; CAROLINE P. HARO / HARO, C. P / HOSPITAL
SUGISAWA.
Resumo
O diagnóstico de pólipos gástricos durante exame de endoscopia
digestiva alta vem aumentando nos últimos anos. A incidência
varia na literatura de 0.33% a 6.35%. Histologicamente os pólipos
são subdivididos em neoplásicos e não neoplásicos. Houve,
recentemente, um aumento na prevalência de pólipos de glândulas
fúndicas, variando de 16.3% a 77%. Atribui-se tal variação a fatores
geográficos, genéticos e sócioeconômicos. O presente estudo
objetiva avaliar retrospectivamente a prevalência histológica dos
subtipos de pólipos gástricos em exame de endoscopia digestiva
alta realizados em um único centro. Num período de trinta dias
(junho 2011) foram realizados 1273 exames. Foram revisados os
resultados do exame histológico e do teste rápido da urease. Dentre
os 1273 exames realizados no período, observou-se a presença
de pólipos em 126, perfazendo uma prevalência de 9.89%. Os
subtipos histológicos de pólipos encontrados foram: hiperplásicos,
54%, glândulas fúndicas, 26%, hiperplasia foveolar polipoide, 16%,
e adenoma tubular com displasia de alto grau, 0.79%. O teste da
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
urease foi positivo em 0.8% dos pacientes com pólipos. Conclui-se
que o aumento na proporção de pacientes com pólipos observado
na literatura é também observado na população estudada, e que
a prevalência histológica encontrada condiz com os achados de
estudo prévio realizado em nosso país, corroborando a idéia de
que a prevalência é influenciada por diversos fatores.
Prevalência da Infecção por H. pylori na
Cidade de São Paulo
Temário: Gastroenterologia / Estômago/Duodeno
Autores / Nome para Referência / Instituição: HUGO DE
LACERDA WERNECK JR / WERNECK JR, HL / CLÍNICA PARTICULAR;
ABRAHÃO EMÍDIO PEDREIRA DE ALBUQUERQUE / ALBUQUERQUE, AEP
/ CLÍNICA PARTICULAR.
Resumo
Introdução: O objetivo deste estudo é avaliar a prevalência da
infecção pelo Helicobacter pylori na cidade de São Paulo. MÉTODO.
Durante um período de quatro meses de abril/2011 a agosto/2011
foram avaliadas duzentas e oitenta endoscopias digestivas de pacientes
com idades entre dezesseis e oitenta e cinco anos, residentes na
cidade de São Paulo. Todos foram submetidos ao teste da urease para
detecção da H. pylori. Resultados: Dos 280 pacientes, 67 (23,9%)
apresentaram teste da urease positivo e dentre os paciente infectados
as patologias mais prevalentes foram: gastrite (83%), esofagite (56%),
úlcera duodenal (7,4%) e úlcera gástrica (4,4%). Quatro pacientes
(5,9%) apresentaram teste da urease positivo e endoscopia normal.
A infecção estava presente tanto em moradores de bairros de classe
média alta como na periferia da cidade. Todos os pacientes portadores
da bactéria foram tratados com esquema tríplice incluindo Omeprazol,
Amoxicilina e Claritromicina. Discussão: Embora a infecção pelo H.
pylori seja bastante prevalente entre nós (acomete aproximadamente
uma em cada quatro pessoas), os dados coletados indicam uma
tendência de queda neste índice.
Prevalência da Infecção pelo
Helicobacter pylori no Município de
Itapiranga, Santa Catarina
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para Referência / Instituição: DENIS
CONCI BRAGA / BRAGA, DC / UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA
CATARINA (UNOESC); ALISSON KLEBER VIZENTIN / VIZENTIN, AK /
UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA (UNOESC); LUCIANA
ANTON DE OLIVEIRA / OLIVEIRA, LA / UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA
CATARINA (UNOESC); CARLOS RODRIGUES DE OLIVEIRA / OLIVEIRA,
CR / UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA (UNOESC).
Resumo
Introdução: A infecção pela bactéria Helicobacter pylori,
de transmissão oral-fecal, possui grande patogenia. Assim, é
importante evidenciar a sua prevalência, especialmente em lugares
nos quais ainda não foi determinada. Objetivo: Determinar a
prevalência da infecção pelo Helicobacter pylori nos pacientes
submetidos à endoscopia digestiva alta no município de Itapiranga
– SC. Casuística: Foram considerados válidos para o estudo 770
prontuários. Método: Estudo transversal e retrospectivo onde
foram incluídas endoscopias realizadas no período de 2004 a 2010.
Para a detecção da bactéria foi usado o teste da urease. Apenas
uma clínica realiza exames no município, sendo estes realizados
pelo mesmo profissional. Resultados: A idade abrangeu entre
10 e 91 anos. 419 eram do sexo feminino (54%). A positividade
para a bactéria foi de 35,2% (n=271). Quanto à faixa etária, a
maior prevalência foi dos 21 aos 30 anos para as mulheres (39%)
e de 51 a 60 anos no sexo masculino (47,5%). Nos pacientes com
lesões pépticas e esofagite (n=158), 45% (n=71) apresentaram
positividade para o micro-organismo. Homens com esofagite
e presença do H. pylori têm prevalência de 40% (p<0,05).
Conclusão: Este estudo contribuiu para a formação de um perfil
epidemiológico brasileiro da infecção pelo helicobacter. A partir
dele, é possível estabelecer grupos que apresentam maior risco e
implantar medidas de ação e prevenção.
Prevalência da Infecção por Cepas de
Helicobacter pylori (H. pylori) CagA-
Positivo em Crianças e Adolescentes
Sintomáticos em Porto Alegre (RS)
Temário: Gastroenterologia / Gastropediatria
Autores / Nome para Referência / Instituição: CRISTINA
TARGA FERREIRA / FERREIRA, CT / UFRGS; JULIANA GHISLENI
DE OLIVEIRA / OLIVEIRA, JG / UFRGS; ANNA CAROLINA SARAIVA
CAMERIN / CAMERIN, ACS / UFRGS; LUÍSE MEURER / MEURER, L
/ UFRGS; THEMIS REVERBEL DA SILVEIRA / SILVEIRA, TR / UFRGS.
Resumo
A presença de cepas cagA-positivo está associada a desfechos
clínicos adversos. A prevalência média da infecção por essas cepas
em crianças brasileiras é de 72%. Descrever a prevalência da
infecção por cepas cagA-positivo em crianças e adolescentes em
Porto Alegre, RS. Estudo transversal com crianças e adolescentes
sintomáticos submetidos à endoscopia digestiva alta (EDA).
Critérios de inclusão: idade entre 1 e 18 anos. Critérios de
exclusão: contraindicação à realização de biópsia; uso de antibiótico,
de bloqueadores H2 e de inibidores da bomba de prótons nos 30
dias anteriores ao exame; uso de anti-inflamatório não esteroide e
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
ou de ácido acetil-salicílico nos 3 dias anteriores ao exame. Foram
coletados 5 fragmentos de biópsia gástrica (antro, corpo e incisura
angular) para exame histológico e 4 (2 de corpo e 2 de antro) para
teste da urease e diagnóstico pela técnica de reação em cadeia da
polimerase (PCR), respectivamente. Foram incluídos 400 pacientes,
com idade média 9,8 anos. Foram identificados 54/400 (13,5%)
casos de infecção pelo H.pylori em pelo menos dois dos três testes.
A prevalência de cepas cagA-positivo foi de 29% (IC 16-42%). Não
houve diferença estatisticamente significativa quanto às características
endoscópicas e histológicas entre os indivíduos colonizados por
cepas cagA-positivo e cagA-negativo. A prevalência da infecção por
cepas cagA-positivo em crianças e adolescentes parece ser menor
no nosso meio em comparação a outras regiões brasileiras.
Prevalência da Infecção por Helicobacter
pylori em Portadores de Fibrose Cística e
Avaliação das Alterações Endoscópicas e
Histológicas da Mucosa Gastroduodenal
Temário: Gastroenterologia / Miscelânia 239
Autores / Nome para Referência / Instituição: ANA
FLÁVIA PASSOS RAMOS / RAMOS, AFP / INSTITUTO ALFA DE
GASTROENTEROLOGIA, HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UFMG; MARCELO
BICALHO DE FUCCIO / FUCCIO, MB / AMBULATÓRIO DE FIBROSE CÍSTICA
DE ADULTOS, UFMG; LUCIANA DIAS MORETZSOHN / MORETZSOHN,
LD / INSTITUTO ALFA DE GASTROENTEROLOGIA, HOSPITAL DAS CLÍNICAS,
UFMG; ALFREDO JOSÉ BARBOSA / BARBOSA, AJ / INSTITUTO ALFA
DE GASTROENTEROLOGIA, HOSPITAL DAS CLÍNICAS, UFMG; MARIA
DO CARMO FRICHE PASSOS / PASSOS, MCF / INSTITUTO ALFA DE
GASTROENTEROLOGIA, HOSPITAL DAS CLÍNICAS, UFMG; RHAISSA SAID
CARVALHO / CARVALHO, RS / INSTITUTO ALFA DE GASTROENTEROLOGIA,
HOSPITAL DAS CLÍNICAS, UFMG; LUIZ GONZAGA VAZ COELHO /
COELHO, LGV / INSTITUTO ALFA DE GASTROENTEROLOGIA, HOSPITAL
DAS CLÍNICAS, UFMG.
Resumo
Na fibrose cística (FC), as secreções de bicarbonato pancreático
e duodenal estão reduzidas, com neutralização ácida insuficiente,
entretanto, a ulceração duodenal na FC é um evento incomum
(paradoxo da FC). Estudos de prevalência de infecção por H. pylori
(HP) nos portadores de FC são escassos. Objetivos: determinar a
prevalência da infecção por HP e avaliar os achados endoscópicos e
histológicos da mucosa gastroduodenal. Pacientes e Métodos: 32
portadores de FC (53,1% mulheres, média 29,3 anos) foram incluídos
no estudo. Todos realizaram teste sorológico e teste respiratório
com 13C-Ureia para detecção da infecção por HP; 20 pacientes
realizaram endoscopia digestiva alta com medida do pH intragástrico
e 18 realizaram biópsias gastroduodenais. Resultados: Prevalência
de infecção por HP: 67,8% e de infecção ativa: 21,9%. Endoscopia

digestiva evidenciou duodenite erosiva em 15% dos pacientes e
cicatriz de úlcera duodenal em 10%. Média do pH intragástrico:
1,89. Histologicamente, 66,7% dos pacientes apresentaram mucosa
gástrica normal e 94,5% apresentaram inflamação duodenal ativa,
com metaplasia gástrica duodenal em 66,7%. Conclusões: Adultos
portadores de FC têm prevalência de infecção por HP de 68% e todo o
espectro de anormalidades gastroduodenais induzidas pela bactéria,
incluindo ulceração duodenal. O uso prolongado de antibióticos e a
neutralização duodenal insuficiente da acidez reduzem infecção ativa,
gravidade das alterações histológicas e manifestações clínicas.
Prevalência das Manifestações Oculares
na Doença Inflamatória Intestinal
Temário: Gastroenterologia / Intestino
Autores / Nome para Referência / Instituição: SENDER J.
MITZPUTEN / MITZPUTEN J.S. / UNIFESP; ORLANDO AMBROGINI
JUNIOR / AMBROGINI J.O. / UNIFESP; MARJORIE COSTA ARGOLLO /
ARGOLLO C.M. / UNIFESP; LUIZ ROISMAN / ROISMAN L. / UNIFESP.
240
Resumo
As manifestações oculares na doença Inflamatória Intestinal (DII),
apesar de infrequentes, com prevalência entre 2-3%, confere elevada
morbidade, podendo evoluir para quadros mais graves com diminuição
da acuidade visual e até cegueira. Foram estudados 81 pacientes
portadores de DII encaminhados ao serviço de oftalmologia do Hospital
São Paulo. Desses, 47 com diagnóstico de doença de Crohn (DC)
e 33 de Retocolite Ulcerativa (RCUI). A prevalência de episclerite e
esclerite, respectivamente, em pacientes com DC e RCUI, foi de 11%
e 0, e 12%/6%. Sessenta e sete % dos pacientes apresentava doença
controlada, enquanto que 33%, apresentava doença em atividade. As
queixas oculares geralmente são inespecíficas e a relevância clínica
pode não ser apreciada pelo paciente ou pelo médico assistente,
retardando o diagnóstico e instituição do tratamento. O presente
estudo demostra a importância da avaliação oftalmológica regular em
pacientes portadores de DII, mesmo que assintomáticos.
Prevalência de Anti-HCV em uma
Amostra Aleatória e Voluntária de
Goiânia-Goiás
Temário: Gastroenterologia / Fígado
Autores / Nome para Referência / Instituição: AMÉRICO
DE OLIVEIRA SILVÉRIO / SILVÉRIO, AO / PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE
CATÓLICA DE GOIÁS; JORDANA PEDROSO CABRAL ROSA / ROSA, JPC /
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS; LARISSA BEATRIZ LOPES
TITO / TITO, LBL / PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS;
LAURA DAYANE MOREIRA DE JESUS / JESUS, LDM / PONTIFÍCIA
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS; LETÍCIA FERREIRA BUENO /
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
BUENO, LF / PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS; NATASHA
MARQUES MOTA / MOTA, NM / PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA
DE GOIÁS.
Resumo
Introdução: Em inquérito realizado pela Sociedade Brasileira
de Hepatologia foi observada prevalência de anticorpo (anti-VHC)
contra vírus da hepatite C (VHC), em doadores de sangue de 1,23%,
que variou de 0,65% na região sul até 2,12% na norte, na região
centro-oeste foi de 1,04%. Todavia, temos poucos dados sobre a sua
prevalência na população geral. Objetivo: Avaliar a prevalência de
anti-HCV em uma população geral. Casuística: 366 sujeitos que
voluntariamente participaram da oficina de triagem de Hepatite C
durante a Semana da Cultura e Cidadania da PUC-GO. Método:
Foi realizada uma pesquisa de campo descritiva-fenomenológica
a partir de uma amostra aleatória e voluntária. Foram analisados
aspectos qualitativos e quantitativos dos participantes através de um
questionário e da realização do teste rápido para HCV. Resultados: O
anti-HCV foi positivo em 8/366 (2,2%). A média de idade foi maior nos
pacientes anti-HCV positivo (53,4 ± 8,4 versus 37,9 ± 17,4; p=0,02).
Observamos relação entre a história de transfusão sanguínea (37,5%
versus 7,0%; p=0,02), o uso de drogas (25,0% versus 0,3%; p=0,002)
e a positividade do anti-HCV. Não encontramos relação com o uso
de piercing, presença de tatuagem, tratamento com acupuntura,
profissinal da área de saúde, tratamento dialítico, cirurgia e hemofilia.
Conclusão: A prevalência encontrada foi o dobro da observada em
doadores de sangue na nossa região e a história prévia de transfusão
e uso de drogas foram os principais fatores de risco.
Prevalência de Infecção por H. pylori e
Ocorrência de Gastropatias em Pacientes
Cirróticos
Temário: Gastroenterologia / Estômago/Duodeno
Autores / Nome para Referência / Instituição: MARIA HELENA
LOUZADA PEREIRA / LOUZADA, MH. / SERVIÇO DE GASTROENTEROLOGIA
UFRJ; CLÁUDIA EQUI / EQUI, E. / SERVIÇO DE GASTROENTEROLOGIA
UFRJ; MÔNICA FERREIRA BAPTISTA / BAPTISTA, MF. / SERVIÇO DE
GASTROENTEROLOGIA UFRJ; FLÁVIA FURTADO DE MENDONÇA /
MENDONÇA, FF. / SERVIÇO DE GASTROENTEROLOGIA UFRJ; MARÍLIA
SANTANA / SANTANA, M. / SERVIÇO DE GASTROENTEROLOGIA UFRJ;
HOMERO FOGAÇA / FOGAÇA, H. / SERVIÇO DE GASTROENTEROLOGIA
UFRJ; ANTÔNIO JOSÉ DE V. CARNEIRO / CARNEIRO, AJV. / SERVIÇO
DE GASTROENTEROLOGIA UFRJ; CELESTE ELIA / ELIA, C. / SERVIÇO DE
GASTROENTEROLOGIA UFRJ.
Resumo
Introdução: O Helicobacter pylori (HP) tem alta prevalência
em nosso meio, sendo diretamente relacionada a lesões pépticas.
A prevalência de HP nos cirróticos(cirrot.)tem sido estimada em
49%, não havendo diferenças entre as causas da cirrose. Em
cirrot., a prevalência de úlcera péptica tem sido descrita de 5-20 %
comparada a 4% da população, mas o papel do HP é desconhecido.
Um questionamento habitual no exame endoscópico é se a gastrite
erosiva (GE) estaria relacionada com doença péptica ou com
gastropatia hipertensiva porta(GHP). Objetivos: Correlacionar a
infecção pelo HP com a GHP e GE. Métodos: Estudo retrospectivo
com 200 cirrot. com hipertensão porta submetidos à EDA no HUCFF,
com biópsias para HP. Registrados nome, idade, sexo, patologia
base, GHP, GE, urease e histopat. para HP. Correlacionados os
dados com os descritos na literatura(lit). Resultados: Dos 200
cirrot.+GE estudados, 120 (60%) apresentavam positividade para o
HP quando comparada a 47% na lit. e, a 80% de positividade na
população geral. 138 cirrot.+GE (69%) apresentaram GHP, sendo
80 destes(58%) positivos para HP, comparados a 55% na lit. Dos
62 cirrot.+GE sem GHP, 40 têm HP positivo (64,5%) comparado a
75% na lit. Conclusões: A prevalência do HP em cirrot.+GE neste
estudo, foi discretamente superior à descrita na lit., porém < que na
população, não apresentando desta forma uma forte associação com
a etiologia da GE. A associação de GE e GHP em cirrot. não está
associada à > prevalência de HP(p=0,69).
Prevalência de Metaplasia Intestinal
no Esôfago Distal em Unidade de
Endoscopia Digestiva Referencia para a
Região Central do Rio Grande do Sul
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para Referência / Instituição: DIEGO
MICHELON DE CARLI / DE CARLI, DM / UFSM; ISABEL CRISTINA
SCHUTZ FERREIRA / FERREIRA, ICS / UFSM; MILENE DA SILVA
ANTUNES / ANTUNES, MS / UFSM; SOFIA LAURA ROHDE / RODHE,
SL / UFSM; RODOLFO VAGNER XAUBET / XAUBET, RV / UFSM;
TIAGO GERALDO WOYCIECHOWSKY / WOYCIECHOWSKY, TG / UFSM;
KALIL FONTANA / FONTANA, K / UFSM; RENATO BORGES FAGUNDES
/ FAGUNDES, RB / UFSM.
Resumo
Introdução: Metaplasia intestinal (MI) do esôfago distal ocorre
em consequência de refluxo gastroesofágico. Os dados da sua
prevalência no Brasil são escassos. Objetivo: Estimar a prevalência
da MI do esôfago distal em hospital de referência da região central do
RS, em um período de 15 anos. Casuística: Laudos de endoscopias
digestivas altas (EDA) e de exames anatomopatológicos (AP)
Método: Revisados os laudos das EDA, realizadas entre 1997
e 2011 no HUSM, bem como os laudos AP nos casos em que
ocorreu a suspeita de epitelização colunar (EC) do esôfago distal.
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
MI foi definido pela presença de células caliciformes no exame AP e
positividade das sulfomucinas à coloração pelo Alcian Blue pH 2,5.
Laudos endoscópicos incompletos e exames AP não conclusivos
foram excluídos da análise. Resultados: Foram revisados 12430
laudos endoscópicos. A suspeita de EC ocorreu em 270 exames
endoscópicos. Destes foram excluídos 17 casos. MI foi confirmado
pelo exame AP em 102 pacientes, conferindo prevalência de 0,8%,
no período estudado Conclusão: No período considerado, a
prevalência de metaplasia intestinal do esôfago distal nos pacientes
submetidos à endoscopia digestiva alta por indicações diversas foi
de 0,8%.
Prevalência do Helicobacter pylori em
uma População Pediátrica de Goiânia –
Dados Preliminares
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva pediátrica
Autores / Nome para Referência / Instituição: AMÉRICO DE
OLIVEIRA SILVÉRIO / SILVÉRIO, AO / PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA
DE GOIÁS; JOSÉ EDUARDO MEKDESSI / MEKDESSI, JE / INSTITUTO 241
DO APARELHO DIGESTIVO; FERNANDA LAUAR SAMPAIO MEIRELLES /
MEIRELLES, FLS / PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS;
LÍGIA PAULA ARAÚJO / ARAÚJO, LP / PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE
CATÓLICA DE GOIÁS; MARILIA CAMELO BUENO UEHARA / UEHARA,
MCB / PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS; SÉRGIO
TERUAKI MIAMAE / MIAMAE, ST / INSTITUTO DO APARELHO DIGESTIVO;
YARA ROCHA XIMENES / XIMENES, YR / LABORATÓRIO CAPC.
Resumo
Introdução:O Helicobacter pylori (HP) é um dos patógenos mais
prevalente em todo o mundo, ocorrendo em qualquer faixa etária.
Estima-se que acometa metade da população mundial. Em adultos
está associado à úlcera péptica, ao adenocarcinoma gástrico e ao
linfoma gástrico primário. Todavia, a importância e prevalência deste
patógeno em crianças ainda são incertas. Objetivo: Determinar
a prevalência da infecção pelo HP em uma população pediátrica.
Casuística: 324 pacientes pediátricos. Métodos: Avaliamos os
achados endoscópicos e histopatológicos de pacientes com idade
de zero a quinze anos submetidos à endoscopia digestiva alta e que
fizeram biópsia gástrica. O protocolo foi aprovado no Comitê de Ética.
Resultados: O HP foi positivo em 27/324 (8,3%) dos casos (IC 95%
variando de 5,7% a 12,0%). Não houve relação entre a presença de
HP e o gênero (p=0,4). A média de idade dos pacientes HP positivos
foi de 9,6 +/- 4,0 anos e de 6,9 +/- 4,1 anos nos negativos (p=0,003).
Em 57/324 (17,6 %) pacientes encontramos achado histológico de
gastrite, dos quais 27 (47,4%) apresentavam HP. Gastrite acentuada,
moderada e leve foi encontrada, respectivamente, em 1 (3,7%), 21
(77,8%) e 5 (18,5%) pacientes com HP positivo e em nenhum, 1
(3,4%) e 29 (96,7%) dos HP negativo (p=0,0000001). Conclusão:

Nossos achados mostram uma prevalência baixa de HP em pacientes
pediátricos (8,3%). O risco de adquirir HP aumenta com a idade. E o
processo infamatório é mais acentuado nos pacientes HP positivo.
Prevalência dos Genótipos do Vírus da
Hepatite B em Amostra de Pacientes de
um Centro Urbano no Sul do Brasil
Temário: Gastroenterologia / Fígado
Autores / Nome para Referência / Instituição: ANDRÉ
CASTAGNA WORTMANN / WORTMANN AC / CLÍNICA PRIVADA/H.
TACCHINI; JULIANA DE PAOLI / PAOLI J / ULBRA; MIRELLI GABARDO
KLEIN / KLEIN MG / ULBRA; NILO IKUTA / IKUTA N / ULBRA;
VAGNER RICARDO LUNGE / LUNGE VR / ULBRA; ADRIANA MARIA
CIROLINI / CIROLINI AM / SMS BENTO GONÇALVES; RAQUEL MENON
LOVATEL / LOVATEL RM / SMS BENTO GONÇALVES; DANIEL SIMON /
SIMON D / ULBRA.
Resumo
242
A prevalência da infecção pelo vírus da hepatite B (HBV) no
Brasil é heterogênea. Dados do município de Bento Gonçalves
revelam uma incidência de casos de HBV muito superior às médias
nacional e estadual. Este estudo teve por objetivo analisar os perfis
epidemiológico e genotípico da infecção pelo HBV neste município; a
amostra envolveu portadores de HBV de dois centros especializados,
com idade superior a 18 anos. Foram incluídos 102 indivíduos (55
homens), com idade média de 45 anos. Cinquenta e quatro pacientes
(52,9%) relataram pais ou irmãos infectados pelo HBV; 16 (15,7%)
referiram provável transmissão vertical. Mulheres apresentaram
menor escolaridade e maior compartilhamento de objetos pessoais
do que os homens. A ingestão excessiva de álcool foi maior em
homens do que mulheres. Amostras de plasma de todos os pacientes
foram submetidas à detecção do HBV através da reação em cadeia da
polimerase (PCR) e 54 amostras apresentaram resultados positivos
(52,9%). Destas, 52 foram genotipadas: o genótipo D foi identificado
em 48 amostras (92,3%), e o genótipo A, em quatro (7,7%). Mais
de 60% dos pacientes reportaram que os quatro avós eram de
ascendência étnica italiana e outros 18% reportaram que ao menos
dois avós tinham esta ascendência. A predominância do genótipo D
permite supor que os imigrantes da Itália (que colonizaram a região
no século XIX), onde também há elevada frequência do genótipo D,
disseminaram este genótipo na região.
Prevenção das Lesões Iatrogênicas da
Via Biliar: Curva de Aprendizado da
Colecistectomia Videolaparoscópica
e Valor da Colangiografia no
Intraoperatório
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
Temário: Cirurgia / Miscelânia
Autores / Nome para Referência / Instituição: PAULO EDUARDO
ALVES PINHEIRO / PINHEIRO, PEA / UNP; PEDRO EPAMINONDAS
LOPES NETO / LOPES- NETO, PE / UNP; EMANUELLE TEREZA GOMES
NEVES / NEVES, ETG / UNP; LICIA MARAH FIGUEREDO MESQUITA
/ MESQUITA, LMF / UNP; MARCELY LAISE DE MENESES DANTAS /
DANTAS, M.L.M / UNP; AMÁLIA CINTHIA MENESES DO RÊGO / RÊGO,
ACM / UNP; ELTON CARLOS LEONARDO NOGUEIRA / NOGUEIRA,
ECL / UFRN; IRAMI ARAÚJO FILHO / ARAÚJO-FILHO, I / UFRN,
UNP.
Resumo
Introdução: Colecistectomia é a operação abdominal mais
realizada. A videolaparoscopia é a via de acesso padrão. Entretanto,
atribui-se a laparoscopia maior índice de lesões iatrogênicas da via
biliar. Objetivo: Analisar os fatores envolvidos nas lesões da via biliar
durante colecistectomia laparoscópica comparada à cirurgia aberta
bem como o papel da curva de aprendizado e colangiografia intra-
operatória na prevenção das lesões biliares. Métodos: Pesquisa nas
bases de dados Scielo, Web of Sciente e PubMed: “Cholecystectomy
laparoscopy”, “Cholangiography”, “Biliary Tract/ injuries”. Discussão:
A cirurgia videolaparoscópica (CVL) no Brasil foi realizada pela primeira
vez em 1990/SP. Tornou-se padrão ouro no manejo da colelitíase.
A revolução cirúrgica se apoiou nos benefícios da abordagem
minimamente invasiva, demanda de pacientes e interesse econômico
da indústria. A CVL associa-se a baixa morbidade, redução no tempo
de internação, dor pós-operatória, retorno precoce ao trabalho e
melhor resultado estético comparada à convencional. De todos os
tipos de lesão biliar, a injúria iatrogênica durante a CVL é a mais
frequente. A curva de aprendizado dos cirurgiões e o elevado número
de pacientes operados são fatores responsáveis pela elevação da
taxa de lesão de ducto biliar. Publicações evidenciaram que as lesões
biliares caíram para 0,2% a 0,6%, inversamente proporcional a curva
de aprendizado. Conclusão: Resultados requerem bom senso,
perspicácia técnica e atenção aos detalhes.
Previsão da Resposta Tumoral após
Tratamento Neoadjuvante com
Quimioradioterapia em Pacientes com
Câncer do Reto Distal Utilizando Dados
de Expressão Gênica Diferencial
Temário: Cirurgia / Cólon
Autores / Nome para Referência / Instituição: PATRÍCIO LYNN
/ LYNN, P / IAJG; GUILHERME PAGIN SÃO JULIÃO / SÃO JULIÃO,
GP / USP; RODRIGO OLIVA PEREZ / PEREZ, RO / USP, IAJG; IGOR
PROSCURSHIM / PROSCURSHIM, I / USP; JOAQUIM GAMA-RODRIGUES
/ GAMA-RODRIGUES, J / IAJG; ANGELITA HABR-GAMA / HABR-
GAMA, A / IAJG.
Resumo
Objetivos: A quimioradioterapia neoadjuvante pode levar à
completa regressão do tumor em uma proporção de pacientes
com câncer de reto distal. Estes pacientes são candidatos ideais
para estratégias alternativas à excisão total do mesorreto. Apesar
disso, a identificação destes pacientes é difícil. Uma assinatura
gênica capaz de identificar aqueles pacientes que têm maior
chance de desenvolver regressão completa do tumor seria de
grande utilidade clínica. Métodos: Biópsias de 22 pacientes com
adenocarcinoma de reto distal foram coletados prospectivamente.
O RNA total foi extraído e utilizado para a análise de transcriptoma
completo. Sequências foram mapeadas contra a sequência do
genoma humano e apenas aquelas identificadas em regiões
exônicas foram considerados para análise de expressão gênica.
Resultados: 9 pacientes com regressão completa foram
comparados a 13 pacientes com incompleta. 120 milhões de
genes em média foram gerados por paciente. Aproximadamente
50% das sequências foram exclusivamente mapeados no genoma
humano. Esta análise foi capaz de identificar 15 genes expressos
de forma diferencial entre pacientes com resposta completa e
incompleta e permitiu a previsão da resposta dos pacientes com
acurácia 91%. Conclusão: A informação sobre expressão gênica
diferencial entre tumores pode fornecer uma ferramenta adicional
útil na identificação de pacientes que apresentam regressão
completa e incompleta e assim auxiliar na seleção e indicação de
tratamentos alternativos.
Propiedades Biomecanicas do Esofago
de Pacientes com Esofagite Eosinofílica
Estudados Através da Ultrassonografia
Intraluminal de Alta Frequência
Temário: Motilidade / Motilidade digestiva
Autores / Nome para Referência / Instituição: LUIZ JOÃO
ABRAHÃO JUNIOR / ABRAHAO JR, LJ / UFRJ; EPONINA MARIA DE
OLIVEIRA LEMME / LEMME, EMO / UFRJ; LEANDRO DE OLIVEIRA
HENRIQUES / HENRIQUES, LO / UFRJ; WALTER DOS SANTOS
GONCALVES / GONCALVES, WS / UFRJ.
Resumo
Introdução: Disfagia é o principal sintoma de pacientes com
esofagite eosinofílica(EE). Em grande número de casos a endoscopia e
esofagomanometria são normais ou inconclusivas. Objetivo: Estudar
através da ultrassonografia intraluminal de altra frequência(USIAF),
os parâmetros biomecânicos do esôfago de pacientes com esofagite
eosinofílica. Métodos: Quatro pacientes com EE (3 homens, média
de idade de 35,7 anos) com disfagia, sem estenose e sem tratamento
prévio foram submetidos à USIAF-esofagomanometria. Parâmetros
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
analisados: área de corte transversal (ACT) muscular e da luz
esofágica a 2 cm do EEI (período basal e após três deglutições de
5 ml de água). Os dados foram comparados aos de seis voluntários
saudáveis submetidos ao mesmo protocolo.Teste t foi utilizado para
comparação de médias e P valor=0,05. Resultados: ACT muscular
média (49,6+5,3x46,6+3,9 cm3) e da luz esofágica 2 cm acima do
EEI (47,6+9,3x38,6+4,2cm3) no período basal foi semelhante aos
controles. ACT da luz 2 cm acima do EEI após três deglutições
foi de 141,03 + 45,88 cm3 que, embora menor ao dos controles
(220,7+42,3 cm3) não atingiu significância estatística. ACT muscular
média 2 cm acima do EEI após três deglutições foi de 75,0+9,8
cm3, significativamente menor que a dos controles (109,3+11,1
cm3–p=0,05). Conclusões: Atividade da musculatura longitudinal
está significativamente reduzida em pacientes com EE. Embora a
distensibilidade também tenha sido menor, não atingiu significância
estatíatica.
Prótese Biliar Metálica Totalmente
Revestida para Tratamento Endoscópico
de Estenose e Fístula Biliar após 243
Transplante Hepático
Temário: Endoscopia / Colangiopancreatografia
endoscópica retrógrada
Autores / Nome para Referência / Instituição: RENATA
FIGUEIREDO ROCHA / ROCHA, RF / HOSPITAL MADRE TERESA-BELO
HORIZONTE/MG; PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA DA FACULDADE DE
CIÊNCIAS MÉDICAS DE MINAS GERAIS.; WALTON ALBUQUERQUE /
ALBUQUERQUE, W / HOSPITAL MADRE TERESA-BELO HORIZONTE/
MG; INSTITUTO ALFA DE GASTROENTEROLOGIA-HC-UFMG.; ROBERTO
MOTTA PEREIRA / PEREIRA, RM / HOSPITAL MADRE TERESA BELO
HORIZONTE/MG;; RICARDO CASTEJON NASCIMENTO / NASCIMENTO,
RC / HOSPITAL MADRE TERESA BELO HORIZONTE/MG;; RODRIGO
ALBUQUERQUE CARREIRO / CARREIRO, RA / HOSPITAL MADRE
TERESA-BELO HORIZONTE/MG; PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA DA
FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DE MINAS GERAIS.; VITOR NUNES
ARANTES / ARANTES, VN / INSTITUTO ALFA DE GASTROENTEROLOGIA-
HC-UFMG.; ALEXANDRE PRADO DE RESENDE / RESENDE, AP /
INSTITUTO ALFA DE GASTROENTEROLOGIA-HC-UFMG.
Resumo
Introdução: Estenoses e fístulas biliares permanecem como
fonte importante de morbidade após transplante hepático (TH). A
endoscopia é uma ferramenta útil na abordagem dessas complicações,
reduzindo a necessidade de reintervenção cirúrgica. Objetivo: relatar
o uso e a retirada de prótese biliar metálica totalmente revestida no
tratamento de estenose e fístula biliar refratárias a abordagem clássica
após TH. Casuística e Método: paciente submetido à TH devido à
cirrose criptogênica e carcinoma hepatocelular. Evoluiu com estenose

da anastomose colédoco-coledociana e fístula, abordados duas vezes
pelo protocolo de Costamagna, sem sucesso. Decidido o implante
de prótese metálica autoexpansível totalmente revestida. Resultado:
O paciente foi monitorado mensalmente, com normalização clínica
e laboratorial. Seis meses após o procedimento, a prótese metálica
estava bem posicionada, totalmente expandida, e visibilizou a mesma
no duodeno que foi facilmente removida com pinça de pelicano.
Conclusão: Prótese metálica autoexpansível totalmente revestida
pode oferecer boa opção terapêutica para estenose e/ou fístula biliar,
com redução de procedimentos subsequentes, o que se torna uma
ferramenta bastante atrativa para esses pacientes muito sofridos e
manipulados.
Prótese Metálica Autoexpansível (Sems)
no Tratamento Paliativo da Obstrução
Maligna Colorretal (OMC)
Temário: Endoscopia / Colonoscopia
Autores / Nome para Referência / Instituição: WAGNER
COLAIACOVO / COLAIACOVO, W. / HOSPITAL DE CÂNCER DE BARRETOS;
244
ALDENIR FRESCA / FRESCA, A. / HOSPITAL DE CÂNCER DE BARRETOS;
GILBERTO FAVA / FAVA, G. / HOSPITAL DE CÂNCER DE BARRETOS;
DENISE PEIXOTO GUIMARAES / GUIMARAES, D.P. / HOSPITAL DE CÂNCER
DE BARRETOS; THIAGO RABELO DA CUNHA / CUNHA, T.R. / HOSPITAL
DE CÂNCER DE BARRETOS; LIZA MARIA LOPES DA SILVA ALVARENGA /
ALVARENGA, L.M.L.S. / HOSPITAL DE CÂNCER DE BARRETOS; PEDRO
LUIZ TOLEDO DE ARRUDA LOURENÇÃO / LOURENÇÃO, P.L.T.A. /
UNESP-BOTUCATU; EMILIANO DE CARVALHO ALMODOVA / ALMODOVA,
E.C. / HOSPITAL DE CÂNCER DE BARRETOS.
Resumo
Introdução e Objetivos: SEMs aparece como alternativa à
cirurgia no tratamento (tto) da OMC. Este estudo avaliou o uso
de stent brasileiro (Braile Oncologia) no tto paliativo exclusivo
(PE) e como ponte para cirurgia (PC) de pacientes (pts) com
OMC. Casuística e Métodos: De 2008 a 2011, foi colocado
stent em 34 pts (19 PE e 15 PC) sob radioscopia e endoscopia.
O stent é feito de nitinol (comprimento, 70-130mm), podendo ser
introduzido através do canal de trabalho do endoscópio (TTS) ou
não (Não-TTS). Sucesso técnico e clínico (melhora dos sintomas
após 24h), complicações e a sobrevida global (SG) (da inserção
do stent ao óbito) e livre de obstrução (SLO) (da inserção do stent
à obstrução) foram avaliados. Resultados: Locais de obstrução:
reto e sigmoide (91,2%) e descendente (8,8%). Sucesso técnico
em 100% do grupo PE e 63,2% do PC. O insucesso técnico
ocorreu apenas no grupo Não-TTS. Sucesso clínico em 100%
dos pts. No grupo PC, 60% dos pts receberam quimioterapia e
o tempo de permanência do stent 1,67 meses (95% CI, 0,80-
2,55). As complicações ocorreram em 26.7% [migração (6,7%),
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
perfuração (13,3%), mal-posicionamento do stent (6,7%)]. No
grupo PE, a SG média foi de 13,08 meses (95% CI, 10,01-16,14)
e complicações ocorreram em 42,9% [dor (8,3%), perfuração
(8,3%) e obstrução (33,3%)]. A SLO foi de 12,91 meses (IC
95%, 8,49-17,33). Óbito relacionado ao stent ocorreu em 2,9%
de todos os pts. Conclusão: A prótese brasileira foi segura e
eficaz no tto paliativo da OMC.
Prótese Metálica Autoexpansível (Sems)
no Tratamento Paliativo de Carcinoma de
Células Escamosas (CEC) do Esôfago:
Resultado de 80 Casos
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para Referência / Instituição: WAGNER
COLAIACOVO / COLAIACOVO, W / HOSPITAL DE CÂNCER DE BARRETOS;
EMILIANO DE CARVALHO ALMODOVA / ALMODOVA, E.C. / HOSPITAL
DE CÂNCER DE BARRETOS; GILBERTO FAVA / FAVA, G. / HOSPITAL DE
CÂNCER DE BARRETOS; DENISE PEIXOTO GUIMARAES / GUIMARAES,
D.P. / HOSPITAL DE CÂNCER DE BARRETOS; ALDENIR FRESCA /
FRESCA, A. / HOSPITAL DE CÂNCER DE BARRETOS; THIAGO RABELO
DA CUNHA / CUNHA, T.R. / HOSPITAL DE CÂNCER DE BARRETOS;
LIZA MARIA LOPES DA SILVA ALVARENGA / ALVARENGA, L.M.L.S. /
HOSPITAL DE CÂNCER DE BARRETOS.
Resumo
Introdução e obejtivo: SEMS é usada no tratamento (tto)
paliativo da estenose maligna do esôfago. Este estudo avaliou o
uso de stent Brasileiro (Braile Oncologia) nestes casos. Casuística e
Métodos: Stent brasileiro é feito de nitinol (diâmetro interno, 20mm;
comprimento, 70 a 130mm) montada em sistema de liberação de 24Fr
de diâmetro. De 2006 a 2010, 80 pacientes (pts) foram tratados com
stent brasileiro, recoberto ou descoberto, colocados sob radioscopia
e endoscopia. Após stent, 40 pts foram tratados com radio e/ou
quimioterapia (RT/QT). Sucesso técnico e clínico, complicações e
sobrevida global (tempo entre a inserção do stent e óbito) foram
avaliados. Resultados: Colocados 21 stents descobertos e 59
recobertos. Sucesso técnico em 100% e clínico (melhora da disfagia)
em 95,8% dos pts, após 24h de stent. Complicações ocorreram em
50% dos pts sendo mais frequentes nos pts que receberam RT/QT
após o stent (p=0,042): ingrowth/overgrowth (1,3%), impactação
alimentar (2,5%), sangramento (8%), hiperplasia (3,8%), fístulas
(6,3%), úlcera (1,3%), migração (5%), dor retroesternal (30%). Óbito
relacionado ao stent em 3,8%. As médias de sobrevidas foram maiores
nos pts tratados com RT/QT após o stent (5,21+-3,9 meses) que para
o grupo de pts sem tto (1,75+-2,2 meses) (p<0.001). Conclusões:
O stent brasileiro é seguro e eficaz no tto paliativo do CEC obstrutivo
de esôfago. Estudos são necessários para comparar diferentes stents,
sobrevida e riscos do tto adicional com RT/QT.
Prótese Metálica Autoexpansível com
Válvula Antirrefluxo Para Paliação do
Câncer de Esôfago Distal – Avaliação de
Eficácia e Segurança
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para Referência / Instituição: CEZAR FABIANO
MANABU SATO / SATO, CFM / ICESP; FELIPE ALVES RETES / RETES,
FA / ICESP; MARCELO SIMAS DE LIMA / LIMA, MS / ICESP; FÁBIO
YUJI HONDO / HONDO, FY / ICESP; ADRIANA VAZ SAFATLE-RIBEIRO
/ SAFATLE-RIBEIRO, AV / ICESP; ULYSSES RIBEIRO JUNIOR / RIBEIRO
JR, U / ICESP; PAULO SAKAI / SAKAI, P / HCFMUSP; FAUZE
MALUF-FILHO / MALUF-FILHO, F / ICESP.
Resumo
Introdução: As próteses metálicas auto-expansíveis (PMAE) de
esôfago têm se tornado o método de escolha para paliação da disfagia
em pacientes com neoplasia de esôfago inoperável. No entanto,
quando transcárdicas, podem provocar refluxo. Recentemente, novos
modelos de prótese têm sido desenvolvidos, com a utilização de
válvulas antirrefluxo (VAR), na tentativa de diminuir esta complicação.
Objetivos: Avaliar a eficácia e segurança da utilização de PMAE com
VAR em lesões do esôfago distal. Métodos: Avaliação retrospectiva
dos 25 casos submetidos à passagem de PMAE transcárdica, com
válvula antirrefluxo, no serviço de endoscopia do Instituto do Câncer
do Estado de São Paulo. Resultados: De Novembro de 2008 a Julho
de 2011, 25 pacientes (22 H e 3 M) foram submetidos à passagem
de PMAE transcárdica com VAR. Catorze (56%) eram portadores
de CEC e 11, de (44%) adenocarcinoma. Sucesso técnico ocorreu
em todos os pacientes. A melhora da disfagia foi observada em 23
pacientes (92%). Apenas dois pacientes (8%) apresentaram refluxo
clínico que foi controlado com uso de IBP. Complicações: migração
em 4 pacientes (16%), impactação de corpo estranho em 2 (8%),
sangramento em 2 (8%), dor em 6 pacientes (24%), fístula em 1
(4%), refluxo em 2 (8%), crescimento tumoral em 2 (8%). Todas as
complicações foram tratadas com medidas clínicas ou endoscópicas.
Conclusão: As PMAE com VAR são eficazes e seguras para
paliação da disfagia e controle do refluxo gastroesofágico.
Pseudodiverticulose Esofágica Associada
à Estenose: Relato de Caso no Serviço de
Endoscopia do HUGG
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para Referência / Instituição: KELSON
FERREIRA RIBEIRO / RIBEIRO, KF / HUGG; LUIS GUSTAVO SANTOS
PÉRISSÉ / PERISSÉ, LGS / HUGG; RICARDO MAGGESSI / MAGGESSI,
R / HUGG; BRUNO JORGE DE ALMEIDA / ALMEIDA, BJ / HUGG;
MÁRCIA LYRIO / LYRIO, M / HUGG; TATIANA QUINTAES STUDART
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
/ STUDART, TQ / HUGG; RONALDO TAAM / TAAM, R / HUGG;
PAULO CEZAR MARQUES PÉRISSÉ / PÉRISSÉ, PCM / HUGG.
Resumo
Introdução: Pseudodiverticulose do esôfago é uma doença rara
e benigna. É mais comum em homens (3:2)(1), com idade média no
momento do diagnóstico de 53,5 anos(2). Em 47% dos pacientes,
a disfagia é o sintoma mais comum, que ocorre independente da
formação de estenose(3). Objetivo: Relato de caso de paciente com
pseudodiverticulose esofágica associada à estenose em endoscopia
realizada no HUGG. Relato de caso: Mulher, 53 anos, casada, do
lar, natural do RJ. Há 10 anos iniciou quadro de disfagia para sólidos,
com evolução para líquidos e emagrecimento de 10 kg. Tabagista
15 maços/ano. Etilista social. Feita EDA e esofagograma contrastado
com visualização de estenose cerrada de esôfago superior. Realizada
dilatação esofágica com velas de Savary-Miller (até 15mm) após
passagem de fio-guia metálico sob radioscopia, resultando em
melhora da disfagia e ganho de peso após 15 dias. Conclusão:
A pseudodiverticulose esofágica é frequentemente associada ao
refluxo gastroesofágico e outras doenças como doença de Crohn, 245
tuberculose, Mallory-Weiss e acalasia. A avaliação radiológica é vital
para o diagnóstico com esofagograma contrastado e TC. A EDA
visualiza os orifícios diverticulares, no entanto, há relatos de que
isso é visto em apenas 20% dos pacientes. A dilatação pode ser
necessária em pacientes com estenose e realizada por endoscopistas
experientes devido ao risco de perfuração.
Pseudomelanose Duodenal – Relato de
Caso
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para Referência / Instituição: AMÉRICO DE
OLIVEIRA SILVÉRIO / SILVÉRIO, AO / PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA
DE GOIÁS; WANESSA MASSON MOURA / MOURA, WM / PONTIFÍCIA
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS; PATRICIA DE MORAES SILVA /
SILVA, PM / PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS; CAMILA
FILARDI SILVEIRA / SILVEIRA, CF / PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA
DE GOIÁS; CAIRO JOSÉ RODRIGUES JUNIOR / RODRIGUES JÚNIOR, CJ /
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS; BEATRIZ LINS GALVÃO
DE LIMA / LIMA, BLG / PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS;
YARA ROCHA XIMENES / XIMENES, YR / LABORATÓRIO CAPC.
Resumo
Introdução: Pseudomelanose duodenal (PD) é uma doença rara,
caracterizada pela deposição de pigmento escuro em macrófagos
da lâmina própria da mucosa duodenal, não havendo pigmentação
de outras partes do trato gastrointestinal. Há uma maior prevalência
em hipertensos, em uso de propanol e hidralazina, aqueles com

hemorragia digestiva alta, insuficiência renal crônica (IRC) e
diabetes mellitus (DM). Este aspecto endoscópico pode resultar
da deposição de diferentes pigmentos, incluindo lipomelanina,
sulfeto, ferro ceroide e hemossiderina. Objetivo: Relatar o caso
de um paciente com PD. Casuística: Caso de paciente com PD.
Método: Coleta de dados do prontuário e revisão da literatura com
especial enfoque nos aspectos histopatológicos da PD. Resultado:
JMS, 61 anos, masculino, com epigastralgia, náuseas e plenitude
pós-prandial. Piora com o jejum e melhora após alimentação e com
uso de oM.E.P.razol. Hipertenso há 30 anos, transplante renal há
3 anos HAS, DM há 2 anos. Em uso de micofenolato, tracolimus,
prednisona, losartana, hidralazina, clonidina, propanolol e
oM.E.P.razol. Submetido à endoscopia digestiva alta que evidenciou
a presença de pangastrite enantemato-erosiva moderada, pólipo
hiperplásico em fundo gástrico e coloração enegrecida na mucosa
duodenal. A histopatologia evidenciou alterações inflamatórias
leves com moderada melanose da mucosa duodenal. Conclusão:
O presente relato fortifica a hipótese da associação de PD em
pacientes hipertensos, usando propanol, com IRC e DM.
246
Pseudomelanose Duodenal: Relato de
Caso e Revisão de Literatura
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para Referência / Instituição: ANTÔNIO
CARLOS BARROS LIMA JÚNIOR / LIMA JÚNIOR, ACB / HOSPITAL
LIFE CENTER; LUIS FERNANDO FREIRE RAMOS / FREIRE RAMOS, LF /
HOSPITAL LIFE CENTER; WANDER CAMPOS MARCOS / MARCOS, WC
/ HOSPITAL LIFE CENTER; VITOR NUNES ARANTES / ARANTES, VN /
HOSPITAL LIFE CENTER; DAVID DE LANNA / LANNA, D / HOSPITAL
LIFE CENTER; RODRIGO PAIXÃO LOPES / LOPES, RP / HOSPITAL LIFE
CENTER; HEVERTON DE FELIPE CATALDO / CATALDO, HF / HOSPITAL
LIFE CENTER; DEZIMAR LUIS DUARTE / DUARTE, DL / HOSPITAL
LIFE CENTER; FABRICIO LUIS DA SILVA COUTINHO / COUTINHO, FLS
/ HOSPITAL LIFE CENTER; ARTUR GUSTAVO BLOM DE OLICEIRA /
OLIVEIRA, AGB / HOSPITAL LIFE CENTER.
Resumo
Introdução: A pseudomelanose duodenal é um achado raro
e benigno sendo descrito em alguns artigos associado ao uso de
anti-hipertensivos Objetivo: Relatar o caso de uma paciente com
pseudomelanose duodenal. Casuística e Métodos: Relatar o
caso de uma paciente na sétima década de vida, hipertensa e com
passado de neoplasia de mama, sem queixas gastrointestinais e
com diagnóstico de pseudomelanose duodenal. Resultado: Achado
casual em endoscopia digestiva alta. Conclusão: O diagnóstico,
prognóstico, tratamento e follow-up da pseudomelanose duodenal
ainda não estão determinados na literatura atual.
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
Pseudomixoma Peritoneal: Relato de
Caso e Revisão de Literatura
Temário: Gastroenterologia / Miscelânia
Autores / Nome para Referência / Instituição: GUSTAVO
GONZALES REAL / REAL, G.G. / HCPA; ADRIANO LUBINI / LUBINI,
A / HCPA; LARISSA CARVALHO SEVERICO / SEVERIVO, LC / UFPEL;
ANDRÉ GONZALES REAL / REAL, AG / UCPEL; TÂNIA WEBER
FURLANETTO / FURLANETTO, TW / HCPA.
Resumo
Pseudomixoma peritoneal é uma doença incomum, caracterizada
pela presença de coleções líquidas gelatinosas em abdome e pelve,
com implantes mucinosos na superfície peritoneal. A maioria dos
casos é associada a neoplasias apendiculares. Os sintomas mais
importantes são aumento de volume abdominal, emagrecimento, dor
abdominal e sintomas mimetizando apendicite aguda. Esta condição
clínica progride com disseminação peritoneal, obstrução intestinal e
comprometimento nutricional. Nós relatamos um caso de uma mulher
de 68 anos com emagrecimento, aumento de volume abdominal
e massa anexial, causando hidronefrose bilateral. Laparotomia
evidenciou massa ocupando cavidades intraperitonial e retroperitonial,
com aspecto compatível com pseudomixoma peritoneal secundário à
neoplasia de apêndice.
Pseudotumor Pancreático
Temário: Gastroenterologia / Pâncreas e Vias Biliares
Autores / Nome para Referência / Instituição: JOSÉ GALVÃO
ALVES / GALVÃO-ALVES, G. / SCMRJ; TATIANA ASSAD BRAZ / ASSAD-
BRAZ, T. / SCMRJ; MARTA CARVALHO GALÃO / GALVÃO, M.C /
SCMRJ; ANDRÉA DE FARIA MENDES / MENDES, A.F / SCMRJ.
Resumo
Introdução: G.A.R, 68 anos, branco, casado, economista, natural
de Minas Gerais. Objetivo: Correlacionar os níveis de CA 19-9 com
as lesões pancreáticas. Método: Paciente assintomático. Realizou
exames de rotina e foi detectado pelo ultrassom abdominal, cálculo no
ducto pancreático principal (DPP). Realizada a sua retirada, via CPRE,
com sucesso apenas na segunda tentativa ficando assintomático.
Após a primeira, iniciou com dores epigástricas fortes, de caráter
recorrente, com irradiação para todo o abdome superior, em barra,
associado à distensão abdominal, emagrecimento, hiporexia, náuseas
e vômitos. Após quatro meses, voltaram os sintomas, sendo claro nos
exames, um novo cálculo em DPP. Apresenta um consumo total de
14,4g de etanol/dia e é ex-tabagista, 1 maço/dia. Está com orientação
nutricional, em uso de Creon® 20.000UI às refeições, com boa resposta.
Resultados: Exames de imagem com sinais de pancreatite crônica
e litíase intraductal no DPP. Detectada à ressonância magnética de
2010, lesão na cabeça do pâncreas, sendo realizado Ecoendoscopia
(EE). Laboratorialmente, apresentava alterações de amilase, lipase,
glicemia, de CA 19-9, que chegou a 2.650U/ml. Valores de IgG4,
PTH e CEA, normais. Conclusão: EE diagnosticou um Pseudotumor
Pancreático, com biópsia negativa para neoplasia, mostrando que
os níveis de CA 19-9 elevados, isoladamente, não são diagnósticos
precisos de neoplasia pancreática, tendo a EE, com biópsia guiada,
um papel fundamental nesta diferenciação.
Punção Suprapapilar para Acesso
Seletivo do Ducto Biliar Comum
Temário: Endoscopia / Colangiopancreatografia
endoscópica retrógrada
Autores / Nome para Referência / Instituição: FLÁVIO COELHO
FERREIRA / FERREIRA, FC / HC-FMUSP.
Resumo
Introdução: A canulação do ducto biliar é pré requisito para o
diagnóstico e subsequente tratamento das patologias das vias
biliares durante a CPRE. A punção seletiva do ducto pode prevenir
ou minimizar episódios de pancreatite pós exame, à medida que evita
os potenciais mecanismos desencadeantes à injúria pancreática.
Esta pode ser realizada através da punção suprapapilar utilizando
um cateter especialmente projetado. Objetivo: Descrição de uma
técnica de canulação da via biliar principal incluindo demonstração
do dispositivo utilizado (Cateter de Artifon); a explanação da
técnica e dos resultados imediatos em dois pacientes. Casuística:
Os autores apresentam vídeo de acesso alternativo à via biliar
principal em pacientes com obstrução biliar benigna e maligna. Os
procedimentos foram realizados de acordo com normas institucionais
de ensino, no Serviço de Endoscopia Gastrointestinal do HC-FMUSP.
Método: O acesso biliar pela técnica de punção suprapapilar foi
realizado em paciente com obstrução biliar benigna (coledocolitíase)
e maligna (tumor de papila). A decisão de utilizar esse acesso foi
baseada na falha ao acesso biliar minimamente invasivo por CPRE
devido a dificuldades técnicas em ambos os casos. Resultados:
Realizada punção suprapapilar com remoção de cálculos de forma
efetiva e sem intercorrências. Conclusão: A punção suprapapilar
para canulação biliar é útil para cateterização seletiva do ducto e evita
a injúria pancreática.
Qualidade de Vida dos Pacientes
Submetidos à Hepatectomia
Temário: Cirurgia / Fígado
Autores / Nome para Referência / Instituição: ADRIANA
REGINA GUIMARÃES MARTIN / MARTIN, ARG / ISCMSP; MAURÍCIO
ALVES RIBEIRO / RIBEIRO,MA / ISCMSP; LUIZ ARNALDO SZUTAN /
SZUTAN,LA / ISCMSP.
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
Resumo
OMS propôs a mensuração e quantificação da qualidade de vida.
Objetivo: Avaliar a QV dos pacientes submetidos à hepatectomia
pelo grupo de cirurgia hepática de um hospital de ensino.
Selecionados 67 pacientes submetidos à hepatectomia dos últimos
15 anos. Agrupados pela etilogia CHC primário, secundário á
metástase ginecológica, colorretal, melanoma, CA vesícula biliar
e tumor neuroendócrino. Variáveis: Colostomia definitiva ou
temporária, progressão da doença e quimioterapia. Pesquisa
exploratória, retrospectiva no levantamento de prontuários e
prospectiva na aplicação dos questionários, qualitativa. Aplicado
o questionário da OMS, Whoqol-bref, por 7 domínios somáticos:
Físico, Psicológico, Nível de Independência, Financeiro, Relações
sociais, Meio-ambiente e Espiritualidade/Crenças Pessoais e
acrescentado mais 7 questões relacionadas à cirurgia juntamente
com outro instrumento Chronic Liver Disease Questionnaire(CLDQ)
para as doenças hepáticas.Teste estatístico não paramétrico de
Mann-Whitney. Resultados: Pontuação maior(5000–140) para
otimismo, aproveita a vida, elevada autoestima, satisfação aparência
e pontuação menor(100–26) para os fatores econômico, limitações 247
físicas, segurança, dor e inabilitação para as atividades laborais. Dor
PO maior limitante para as atividades laborais, período de 3 meses,
retornam a rotina diária, com tendência ao sedentarismo.
Questões Elementares Sobre Doença
Celíaca
Temário: Gastroenterologia / Intestino
Autores / Nome para Referência / Instituição: HUGO DE
LACERDA WERNECK JR / WERNECK JR, HL / CLÍNICA PARTICULAR;
ABRAHÃO EMÍDIO PEDREIRA DE ALBUQUERQUE / ALBUQUERQUE, AEP
/ CLÍNICA PARTICULAR;
Resumo
Introdução: A Doença Celíaca é uma enfermidade ainda pouco
conhecida da população em geral e, mesmo entre os médicos,
existem inúmeras dúvidas quanto ao diagnóstico, tratamento e
acompanhamento. Em virtude de não existir literatura farta sobre o
assunto, sanar tais dúvidas torna-se, por vezes, uma tarefa árdua.
Objetivos: Esclarecer questões simples e básicas que são pouco
abordadas na literatura específica. Método: Após extensa e
cuidadosa revisão bibliográfica foram listadas sessenta perguntas
e respostas com o propósito informativo à população celíaca. Esse
poster é uma síntese do questionário e uma ferramenta de utilidade
pública. Discussão: Embora seja uma doença antiga, até pouco
tempo atrás era considerada uma doença rara e mesmo os tratados
de gastroenterologia pouco traziam sobre a afecção. Hoje em dia,
sabe-se mais sobre a patologia, mas temos um longo caminho a
percorrer.

RCUI após 6 anos de Diagnóstico de
Artrite Reumatoide – Relato de Caso
Temário: Gastroenterologia / Miscelânia
Autores / Nome para Referência / Instituição: IANDRA
ALVES FERREIRA BERGAMASCHI FONSECA / BERGAMASCHI, I / HSM;
HUMBERTO BERGAMASCHI FONSECA / BERGAMASCHI, H / HSM; VITOR
BERGAMASCHI FONSECA / BERGAMASCHI, V / UVV.
Resumo
Paciente CPL, 35 anos, sexo feminino, parda, natural e moradora de
Vila Velha – ES, do lar. Iniciou há 6 anos com artralgia de pequenas
e grandes articulações sendo diagnosticada por reumatologista
com artrite reumatoide, diagnóstico firmado apenas pela clínica
pois não apressntava marcadores positivos. Foi iniciado tratamento
com prednisona e ciclosporina a mesma evoluiu com melhora da
artralgia porém desenvolveu pioderma gangrenoso em ambas
pernas, gerando várias internacões. Há 8 meses abriu quadro de
dor abdominal, diarreia líquida / pastosas 4-5 x dias sem sangue
248 muco ou pús. Com melhora após aumento de dose do corticoide.
Foi submetida à colonoscopia com identificação de pseudopólipos
em cólon ascendente e áreas de hiperemia com erosões em reto,
sigmoide, cólon descedente e transverso, com realização de biópsia,
identificando RCUI. Realizou tratamento com ATB terapia, terapia
com O² hiperbárico e imunosupressor para o pioderma gangrenoso e
após controle foi iniciado Infliximab (5mg/kg) a cada 8 semanas com
remissão da sintomatologia. Hoje paciente mantém assintomática em
uso de Infliximab.
Reativação de Tuberculose em Pacientes
em uso de Imunobiológicos com Rastreio
Prévio Negativo: Série de Casos
Temário: Gastroenterologia / Intestino
Autores / Nome para Referência / Instituição: CLÁUDIA
UTSCH BRAGA / BRAGA, CU / UNIFESP; BRUNA DOS SANTOS SILVA
AZEVEDO / AZEVEDO,BSS / UNIFESP; PATRICIA DE SOUZA ALMEIDA
/ ALMEIDA,PS / UNIFESP; SARA CRISTINA BATISTA DE LIMA /
LIMA,SCB / UNIFESP; MARJORIE COSTA ARGOLLO / ARGOLLO,MC /
UNIFESP; ROBERTO FELIPE SOARES DIAS LOYOLA / LOYOLA,RFSD /
UNIFESP; SENDER JANKIEL MISZPUTEN / MISZPUTEN,SJ / UNIFESP;
ORLANDO AMBROGINI JÚNIOR / AMBROGINI,O / UNIFESP; ISLAINE
MARTINS NOGUEIRA / NOGUEIRA,IM / UNIFESP.
Resumo
Introdução: Os inibidores do TNF-alfa constituem uma nova
modalidade de tratamento biológico das doenças inflamatórias
intestinais. Entretanto, existe risco de surgimento de infecções
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
oportunistas associadas ao seu uso. Recomenda-se prova de
tuberculina (PPD) e radiografia (RX) de tórax prévias para excluir
tuberculose (TB) ativa ou antiga. Objetivo: Relatar a reativação
de TB durante o uso de inibidor de TNF-alfa com rastreio negativo.
Resultados: Foram observados, no serviço de gastroenterologia da
Unifesp, quatro pacientes com doença de Crohn e reativação de TB
durante o tratamento com imunobiológico. Todos foram submetidos
à rastreio com PPD e RX de tórax. Todos eram homens, com doença
de Crohn em cólon e fístula peri-anal. Foram 2 casos de TB pleural,
1 pulmonar e 1 miliar. O diagnóstico foi suspeitado através de RX e
confirmado por ADA (na TB pleural) e baciloscopia de escarro. O
tempo entre o início do uso do imunobiológico e do diagnóstico da
TB variou de 3 a 12 meses. Todos interromperam o uso do anti-TNF-
alfa após diagnóstico de TB e reiniciaram após terapia com esquema
RIPE. Três usavam Infliximabe, o outro, Adalimumabe. Discussão:
Devido à alta prevalência de TB em nosso meio, o rastreio com PPD e
RX de tórax antes do início do uso de imunobiológicos pode não ser
suficiente. Métodos mais sensíveis (teste de liberação de interferon-
gama) ou rastreio periódico com RX de tórax e PPD durante o
tratamento com anti-TNF-alfa são opções para o rastreio da TB.
Reativação do Vírus da Hepatite B em
Paciente Triplo Coinfectado (HIV, HCV e
HBV): Relato de Caso
Temário: Gastroenterologia / Fígado
Autores / Nome para Referência / Instituição: FABIANA
VIEIRA DE SOUZA / SOUZA, FV / HOSPITAL HELIÓPOLIS SECRETARIA
DE ESTADO DA SAÚDE ⁄ SP; VIVIAN MAYUMI USHIKUBO / USHIKUBO,
VM / HOSPITAL HELIÓPOLIS SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE ⁄ SP;
FERNANDA MADUREIRA ALVARENGA ÁVILA / ÁVILA FMA / FACULDADE
DE MEDICINA DO ABC-FMABC-SP; GISELE CORDEIRO / CORDEIRO,
G / FACULDADE DE MEDICINA DO ABC-FMABC-SP; FABÍOLA RABELO
/ RABELO, F / FACULDADE DE MEDICINA DO ABC-FMABC-SP.
Resumo
Introdução: A coinfecção pelo HIV, HBV e HCV é fator de risco
para cirrose e hepatotoxicidade associada ao uso de HAART, com
diminuição significativa da sobrevida. Relato de caso: IM, 40
anos, masculino, etilista crônico, drogadito, portador de SIDA há
10 anos, sem uso de TARV há 2 anos; iniciou 2 semanas antes da
internação, com icterícia, aumento do volume abdominal e diarreia.
Exame Físico: Regular estado geral, emagrecido, ictérico (3+⁄4+),
desidratado(1+⁄4+), ascite moderada e edema em MMII (1+⁄ 4+).
Exames: Hb 11.4, Leuco 5300(S 4611, L 424), Plaquetas 85mil, INR
3.76, AST167, ALT140, GGT 59, FA 250, Alb 2.4, BT 20.3 (BD 13.1),
Ur 25, Cr 1.1, Na 139. Líquido Ascítico: GASA 2, PMN 4. Anti-HCV
+, HCV-RNA +, HBsAg +, AntiHBc IgM +, AntiHBc IgG +, HBeAg
+, AntiHBe -, AntiHBs -, VHB-DNA 1.000.000 UI ⁄ ml. USG ABD:
hepatopatia crônica e ascite. EDA: 2 varizes finas no esôfago. Child-
Pugh C12 e Meld 33. Tratamento: Efavirens, Lamivudina e Tenofovir.
Evoluiu com PBE, encefalopatia hepática grau II, insuficiência
hepática, choque séptico e óbito. Discussão: Na coinfecção
tripla há um risco aumentado de reativação do vírus da Hepatite
B nos casos de imunossupressão grave, com possível evolução
para fígado terminal. Conclusão: A coinfecção é prevalente em
2% dos imunossuprimidos nos EUA, principalmente na população
drogadita. É importante intensificar a educação de redução de risco
de transmissão viral do HIV e dos vírus hepatotrópicos por exacerbar
a morbimortalidade.
Recanalização Ecoguiada de Estenose
de Anastomose Colorretal Pós-
Operatória em Criança com Doença de
Hirschsprung
Temário: Endoscopia / Ecoendoscopia
Autores / Nome para Referência / Instituição: FLÁVIO
COELHO FERREIRA / FERREIRA, FC / HC-FMUSP; RENATO BARACAT
/ BARACAT, R / HC-FMUSP; MARIANA SOUZA VARELLA FRAZÃO
/ FRAZÃO, MSV / HC-FMUSP; GUSTAVO MELO BENEVIDES /
BENEVIDES, GM / HC-FMUSP; CAROLINA REBELLO / REBELLO, C /
FMUSP; EDUARDO GUIMARÃES HOURNEAUX DE MOURA / MOURA,
EGH / HC-FMUSP; PAULO SAKAI / SAKAI, P / HC-FMUSP;
EVERSON LUIZ ALMEIDA ARTIFON / ARTIFON, ELA / HC-FMUSP.
Resumo
Introdução: A Doença de Hirschsprung (DH) pode ser
tratada através da ressecção cirúrgica de segmento colônico
agangliônico. Em casos em que ocorre estenose da anastomose
a terapia para dilatação pode ser realizada por via cirúrgica ou
endoscópica. Este relato visa a descrição de uma técnica efetiva
e factível de recanalização ecoguiada de estenose colorretal pós
operatória por doença de Hirschsprung. Casuística: Os autores
apresentam vídeo de recanalização de estenose colorretal, guiada
por ecoendoscopia, em pós operatório de retossigmoidectomia
por Doença de Hirschsprung. O procedimento foi realizado após
discussão com equipe cirúrgica e com familiares, de acordo
com normas institucionais de ensino no Serviço de Endoscopia
Gastrointestinal do HC-FMUSP. Método: A recanalização colorretal
ecoguiada foi conseguida através da punção do limite proximal da
estenose seguida da introdução de fio-guia e passagem de prótese
metálica parcialmente recoberta. O procedimento foi realizado com
anestesia geral e controle fluoroscópico. Resultados: O paciente
evoluiu bem, sem dor, urgência evacuatória ou sintomas obstrutivos
até o tratamento cirúrgico definitivo, após 5 meses. Não houveram
complicações imediatas ou tardias. Conclusão: Concluiu-se com
este caso que a recanalização colorretal ecoguiada como método
paliativo pré operatório, pode ser útil nos casos que o melhor preparo
clínico e nutricional são necessários antes da cirurgia definitiva.
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
Reconstrução de Períneo Pós-Ressecção
Do Câncer Anorretal
Temário: Cirurgia / Cólon
Autores / Nome para Referência / Instituição: CARLOS
FREDERICO S MARQUES / MARQUES, CFS / ICESP/FMUSP;
FÁBIO DE FREITAS BUSNARDO / BUSNARDO, FF / ICESP/FMUSP;
RACHEL ROSSINI BATISTA / BATISTA, RR / ICESP/FMUSP; CAIO
SERGIO NAHAS / NAHAS, CS / ICESP/FMUSP; SÉRGIO NAHAS /
NAHAS, S / ICESP/FMUSP; GUILHERME CUTAIT COTTI / COTTI,
GC / ICESP/FMUSP; ULYSSES RIBEIRO JUNIOR ICESP/FMUSP
/ RIBEIRO JUNIOR, U / ICESP/FMUSP; MARCUS CASTRO FERREIRA
ICESP/FMUSP / FERREIRA, MC / ICESP/FMUSP; IVAN
CECONELLO ICESP/FMUSP / CECONELLO, I / ICESP/FMUSP;
EDNO TALES BIANCHI / BIANCHI, ET / ICESP/FMUSP.
Resumo
A amputação abdominoperineal do reto (APR) é uma opção no
tratamento de casos localmente avançados de adenocarcinoma de 249
reto e na recorrência/persistência do câncer de ânus. As casuísticas
têm índices de complicações da ferida perineal muito variáveis,
podendo atingir até 80%. As complicações estão associadas à
presença de tecido irradiado com baixa capacidade de cicatrização,
a presença de tensão excessiva no fechamento e a impossibilidade
de preencher cavidades. As complicações da ferida perineal incluem
abscessos, deiscências, ulcerações, fístulas, hérnias e presença de
vaginas não funcionais. O uso de retalhos para a reconstrução de
períneo após APR está associado à menor morbidade. Os autores
descrevem sua experiência inicial com a utilização de retalhos para
o fechamento de feridas perineais. Entre 12/2008 e 05/2011 foram
realizadas 48 APR por neoplasia anorretal. Em 26 casos, a ressecção
foi a APR exclusiva e em 22 casos com órgãos adjacentes. Em 8
casos com ressecção ampliada foi realizada reconstrução perineal
com retalhos locais. O seguimento foi de 20 meses nos pacientes
não reconstruídos e de 12 meses nos reconstruídos. A reconstrução
com retalhos foi realizada no mesmo tempo cirúrgico da APR, com
média de 1,62 retalhos por paciente (em 5 pacientes dois retalhos
foram utilizados para reparo do defeito perineal). Para o fechamento
foram utilizados 9 retalhos fasciocutâneos do sulco glúteo, 3 retalhos
miocutâneos de grácilis e 1 retalho miocutâneo de reto abdominal.
Refluxo Gastroesofágico (RGE) após
Tratamento da Acalásia: Avaliação Tardia
com Phmetria Esofagiana Prolongada
Temário: Gastroenterologia / Esôfago
Autores / Nome para Referência / Instituição: EPONINA
MARIA DE OLIVEIRA LEMME / LEMME, EMO. / SERVIÇO DE
GASTROENTEROLOGIA - UFRJ; PAULA A. NOVAIS / NOVAIS, PA. /

SERVIÇO DE GASTROENTEROLOGIA - UFRJ; MARIA HELENA LOUZADA
PEREIRA / LOUZADA, MH. / SERVIÇO DE GASTROENTEROLOGIA -
UFRJ; FLÁVIA FURTADO DE MENDONÇA / MENDONÇA, FF. / SERVIÇO
DE GASTROENTEROLOGIA - UFRJ; BEATRIZ BICCAS / BICCAS, B. /
SERVIÇO DE GASTROENTEROLOGIA - UFRJ; LAURA HELMAN / HELMAN,
L. / SERVIÇO DE GASTROENTEROLOGIA - UFRJ; LUIZ JOÃO ABRAHÃO
JUNIOR / ABRAHÃO JR, LJ. / SERVIÇO DE GASTROENTEROLOGIA - UFRJ;
ÂNGELA ALVARIZ / ALVARIZ, A. / SERVIÇO DE GASTROENTEROLOGIA -
UFRJ.
Resumo
Introdução: RGE é a principal complicação dos tratamentos
(TTO) da acalásia (AC), dilatacão pneumática da cárdia (DPC)
e esofagomiotomia. Hipotetiza-se que, com o passar do tempo,
os pacientes (pts) com RGE detectado precocemente, possam
apresentar resolução espontânea do mesmo, uma vez que é
esperada recorrência de algum grau de disfagia. Objetivo:
Analisar as pHmetrias (pHm) de pts com RGE após TTO da
AC, correlacionando-as com a queixa de pirose (P) e sucesso
250 terapêutico. Método: 85 pts com AC tratados com DPC (42) ou
Esofagomiotomia lap com fundoplicatura (EMLap-43) submetidos
à pHm+manometria 1-3m após (pHm precoce-pHmP). Os com
RGE,repetiram os exames pelo menos 8m após(pHm tardia-pHmT).
Resultado: RGE à pHmP ocorreu em 31% no grupo DPC e 4,7%
no grupo EMlap, sem relação com a queixa de P e associado a
hipotensão do EEI. A taxa de melhora da disfagia nos pts com RGE
à pHmP foi de 86,7%. No seguimento tardio (média 32m), 9/15 dos
com RGE na pHmP, repetiram a pHm e desses, 56% mantiveram
RGE. O RGE na pHmT não se associou à hipotensão do EEI. A
queixa de P foi mais prevalente neste grupo. A taxa de disfagia
não se alterou na avaliação tardia. Conclusão: RGE à pHm foi
mais frequente após DPC e se correlacionou com maior incidência
de hipotensão do EEI apenas na pHmP. A resolução do RGE na
pHmT não alterou a taxa de disfagia. A queixa de P aparentemente
sugeriu o diagnóstico na avaliação tardia. É necessário > tempo de
acompanhamento e > número de pts para avaliar a persistência
destes achados.
Regressão de Fibrose Hepática em
Pacientes Portadores de Hepatite C
Temário: Gastroenterologia / Fígado
Autores / Nome para Referência / Instituição: CÁSSIO VIEIRA
DE OLIVEIRA / OLIVEIRA, CV / UNESP; CARLOS ALBERTO DE ASSIS
JÚNIOR / JÚNIOR, CAA / UNESP; FÁBIO DA SILVA YAMASHIRO /
YAMASHIRO, FS / UNESP; MARIANA DE SOUZA DORNA / DORNA,
MS / UNESP; LICIANA VAZ DE ARRUDA SILVEIRA / SILVEIRA, LVA
/ UNESP; KUNNIE RABELLO COELHO / COELHO, KR / UNESP;
CARLOS ANTONIO CARAMORI / CARAMORI, CA / UNESP; GIOVANNI
FARIA DA SILVA / SILVA, GF / UNESP.
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
Resumo
Introdução: O vírus da hepatite C (VHC) é uma das mais
importantes causas de cirrose hepática (CH). A fibrose é reversível
apesar da progressão potencial para CH. Objetivos: Avaliar a
Regressão de Fibrose Hepática(RFH). Casuística: 54 pacientes
F3/F4, NAIVEs, biópsias pré e pós tratamento com peginterferon e
ribavirina. Métodos: Categorizamos 2 grupos: resposta virológica
sustentada (RVS) e não respondedores (NR). Exclusão: pacientes
co-infectados (HIV,VHB), fragmentos < 1,5cm/<10 espaços portas.
Realizada análise histológica, semi-quantitativa, coloração Masson /
METAVIR e morfométrica, coloração Picro Sirius Red: digitalmente
determinamos a densidade da área ocupada por fibrose (AF) /
campo. Cálculo por software da relação entre AF/área total fragmento
= % fibrose. Nas variáveis relacionadas ao escore Metavir foram
realizados o Teste do sinal (não paramétrico), Qui-quadrado ou
exato de Fisher. Resultados: 24(44,4%) pacientes do grupo NR
e 30(55,6%) RVS, 37(68,6%) genótipo (gtp) 1, e 17(29,4%) gtp 3,
39(72,2%) sexo masculino (sm). A análise morfométrica demonstrou
diminuição na área de fibrose de 3% (p=0,02), redução de 3%
(p=0,05) para os RVS, 4% (p=0,005) nos gtp 1 e 3% (p=0,03)
no sm. Na análise semiquantitativa/Metavir, 38,9% (p=0,004) dos
pacientes apresentaram redução, 49,7% (p=0,016) dos NR, nos
gtp 1 37,1%(p=0,01) e 38,4% (p=0,003) do sm. Conclusões: Foi
demonstrado RFH por dois métodos, semiquantitativo e morfométrico,
em portadores de VHC e com grau avançado de fibrose.
Regressão Espontânea de Pseudocisto
Pancreático - Relato de Caso
Temário: Cirurgia / Pâncreas
Autores / Nome para Referência / Instituição: ADRIANA LUCIA
MORAIS SERRA / SERRA, AS / CHM; FABRICIO SILVA E SILVA / SILVA,
F / CHM; RENATO TAUIL / TAUIL, R / CHM; ALEXANDRE DELL‘
AQUILA / DELL‘AQUILA, A / CHM; MARIANA ALMEIDA SALEME DO
VALLE / VALLE, MS / CHM; FABIO LABAT / LABAT, F / CHM; DIEGO
ROMANELLI MESQUITA / MESQUITA, DR / CHM; MANLIO SPERANZINI
/ SPERANZINI, M / CHM.
Resumo
Introdução: Os pseudocistos são formações císticas de parede
fibrosa,sem epitélio de revestimento, contendo suco pancreático ou
restos de material necrótico, sendo complicação relativamente comum
das pancreatites. Tem-se observado em trabalhos realizados que cerca
de 70% das vezes regridem espontaneamente. Objetivo: Relatar
um caso de regressão espontânea de pseudocisto de pâncreas em
paciente jovem, sem história de pancreatite. Resultados: Paciente
feminina, 36 anos, com queixa de dor abdominal difusa mais aumento
do volume, empachamento e vômitos. Laboratório com discreto
aumento da amilase sérica e tomografia de abdome observando-se
presença de extensa formação abdomino-pélvica, medindo cerca
de 22x18x15cm com o pâncreas não visualizado. Houve regressão
espontânea de tal formação abdominal com melhora dos sintomas
relatados e tomografia de seguimento após 1 ano com formação
peri-pancreática em corpo de 5x3x1cm, não havendo necessidade
de procedimento cirúrgico. Conclusão: Antigamente indicava-
se a drenagem dos pseudocistos mesmo que assintomáticos
quando estes tivessem mais de 6cm. Atualmente é conduzido
preferencialmente de maneira conservadora. Nos casos em que não
ocorre regressão espontânea e com presença de sintomas, pode-se
realizar a aspiração percutânea por agulha, drenagem contínua por
cateter ou endoscópica. A cirurgia é indicada na impossibilidade ou
falência da drenagem transparietal ou endoscópica, persistência dos
sintomas, aumento progressivo do pseudocisto e complicações.
Relação entre Índice de Massa Corpórea
e Sintomas da Doença do Refluxo
Gastroesofágico (DRGE) nos Pacientes
do Ambulatório Médico Universitário
(Amu) da Universidade do Oeste de
Santa Catarina
Temário: Gastroenterologia / Esôfago
Autores / Nome para Referência / Instituição: DENIS CONCI
BRAGA / BRAGA, DC / UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA
(UNOESC); THIAGO MUNIZ DE LIMA / LIMA, TM / UNIVERSIDADE
DO OESTE DE SANTA CATARINA (UNOESC); ROGER RAMOS PADILHA
/ PADILHA, RR / UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA
(UNOESC).
Resumo
Introdução: A incidência da Doença do Refluxo Gastroesofágico
(DRGE) ocorre com mais frequência em pessoas com maior índice
de massa corporal, porém ainda não está totalmente esclarecido
até que ponto é possível dizer se essa patologia ocorre devido ao
estilo de vida, excesso de peso, ou pela combinação destes fatores.
Objetivo: Avaliar a relação entre Índice de Massa Corpórea
(IMC) e sintomas da DRGE nos pacientes do ambulatório de
gastroenterologia do Ambulatório Médico Universitário da
UNOESC. Correlacionar intensidade, frequência, duração dos
sintomas com o IMC. Estabelecer associação com tabagismo,
etilismo e demais fatores para a DRGE. Casuística: 345
pacientes, diagnosticados com DRGE através de endoscopia ou
com phmetria. Método: Questionário de 13 questões para avaliar
IMC, tabagismo, etilismo e sintomas da DRGE. Resultados: 48%
(n=165) apresentavam esofagite erosiva. Nos homens (n=200),
30% apresentavam sobrepeso (n=60), 10% eram obesos (n=20).
Nas mulheres (n=145), 45% (n=65) tinham sobrepeso e, 20%
eram obesas (n=29). A prevalência de hérnia hiatal e esofagite
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
erosiva foram maiores nos pacientes com obesidade, 64%
(n=220) e 68% (n=234), respectivamente. A associação com
etilismo e tabagismo está associada à maior prevalência dos
sintomas de DRGE, independentemente do IMC. Conclusão:
A associação positiva entre DRGE e obesidade encontrada no
estudo possibilita a criação de medidas para minimizar a presença
deste fator de risco na patogenia da doença.
Relação entre Manometria Pré-
Operatória e Disfagia Pós-Operatória
em Pacientes com Doença do Refluxo
Gastroesofágico (DRGE) Tratados
Cirurgicamente
Temário: Cirurgia / Esôfago
Autores / Nome para Referência / Instituição: MAXWEL
CAPSY BOGA RIBEIRO / RIBEIRO, MCB / UNICAMP; JOÃO COELHO
DE SOUZA NETO / COELHO NETO, JS / UNICAMP; LUIS ROBERTO
LOPES / LOPES, LR / UNICAMP; NELSON ADAMI ANDREOLLO /
251
ANDREOLLO, NA / UNICAMP.
Resumo
Introdução: A disfagia após o tratamento cirúrgico da DRGE é
uma complicação frequente. Alguns autores defendem a manometria
pré-operatória como um meio de selecionar os pacientes mais
suscetíveis a tal sintoma e, assim, tentar meios de prevení-la.
Objetivo: Relacionar a manometria pré-operatória com a ocorrência
de disfagia pós-operatória. Casuística: 67 pacientes operados
entre 2000 a 2004. Métodos: Todos os casos foram submetidos à
manometria pré-operatória e os doentes avaliados durante seguimento
ambulatorial. Resultados: Manometria pré-operatória normal em
8,95%, 77,61% com hipotonia do EEI e 41,79% com alterações da
contratilidade do corpo esofageano (28 pacientes). Destes, 22 com
hipocontratilidade do corpo e 6 com hipercontratilidade. Dos pacientes
com hipocontratilidade, 14 com disfagia pré-operatória. Destes, 8
mantiveram disfagia, porém, com igual ou menor intensidade do que
antes da cirurgia. Dos pacientes com hipercontratilidade, 4 tinham
disfagia pré-operatória e 2 mantiveram a disfagia após cirurgia,
entretanto, ambos com menor intensidade. Conclusão: Alteração
de contratilidade esofágica e/ou disfagia pré-operatória não significa
agravo da disfagia após cirurgia para DRGE, e, portanto, não contra-
indica tratamento cirúrgico nesses pacientes.
Relato de Caso de Apresentação
Incomum de Hepatoblastoma em
Adulto Jovem
Temário: Cirurgia / Fígado

Autores / Nome para Referência / Instituição: THIAGO JORDÃO
MATTOSINHO / MATTOSINHO, TJ / UNICAMP; ALEXSANDRO SORDI
LIBARDONI / LIBARDONI, AS / UNICAMP; MILENA GARCIA / GARCIA,
M / UNICAMP; PRISCILA FALSARELLA / FALSARELA, P / UNICAMP;
ELAINE CRISTINA DE ATAIDE / ATAIDE, EC / UNICAMP; CECILIA
ESCANHOELA / ESCANHOELA C / UNICAMP; ANAISA PORTES RAMOS
/ RAMOS, AP / UNICAMP; ILKA DE FATIMA SANTANA FERREIRA BOIN /
BOIN, IFSF / UNICAMP.
Resumo
Introdução: Hepatoblastoma (HB) é um raro tumor hepático
maligno que usualmente ocorre nos três primeiros anos de vida.
Relato de caso: L.L.S.S, 23 anos, feminino, apresentou dor em
hipocôndrio direito associado à massa abdominal. Tomografia
Computadorizada (TC), evidenciou lesão hepática de grande
extensão. Alfafetoproteína (AFP) sérica > 60500 ng/ml e CA-125 de
82,6 U/ml. O diagnóstico de HB foi confirmado por biópsia. Iniciada
quimioterapia (QT) com carboplatina, doxorrubicina e cisplatina,
com boa resposta clínica (redução à palpação tumoral em 70%). Foi
252 também optado por quimioembolização, a fim de reduzir a massa
tumoral. A ressecção cirúrgica ocorreu com exérese de massas
tumorais volumosas em parede abdominal (10cm), lobo direito
(15cm) e lobo esquerdo (20cm), conglomerado linfonodal de 15cm.
A paciente evoluiu bem e recebeu alta no 5º dia pós-operatório. A
biópsia revelou HB epitelial, com múltiplos êmbolos angiolinfáticos .
Até o momento, a paciente mantém acompanhamento ambulatorial,
sem queixas clínicas. Discussão: HB em adolescentes e adultos
jovens é extremamente raro e o prognóstico é reservado devido ao
diagnóstico tardio. Os sintomas são inespecíficos e a apresentação
usual é de massa e dor abdominal associada à perda de peso. O
diagnóstico inicial é baseado em exames de imagem e nível sérico
de AFP, porém a confirmação requer biópsia. A completa ressecção
cirúrgica é a chave do tratamento e a única forma de atingir resultados
clínicos otimizados.
Relato de Caso de Hemangioma
Pancreático Manifestando-se com
Hemorragia Digestiva Alta Varicosa em
Gestante
Temário: Gastroenterologia / Pâncreas e Vias Biliares
Autores / Nome para Referência / Instituição: LETÍCIA DE
CAMPOS FRANZONI / FRANZONI, LC / UNESP- HOSPITAL DAS CLÍNICAS
BOTUCATU/SP; CLARISSA RIBEIRO VILLAR / VILLAR, CR / UNESP
HOSPITAL DAS CLÍNICAS BOTUCATU/SP; FERNANDA PLAZZI CARRARETO
/ CARRARETO, FP / UNESP HOSPITAL DAS CLÍNICAS BOTUCATU/SP;
FERNANDO GOMES ROMEIRO / ROMEIRO, FG / UNESP HOSPITAL DAS
CLÍNICAS BOTUCATU/SP; FÁBIO DA SILVA YAMASHIRO / YAMASHIRO,
FS / UNESP HOSPITAL DAS CLÍNICAS BOTUCATU/SP; CÁSSIO VIEIRA
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
DE OLIVEIRA / OLIVEIRA, CV / UNESP HOSPITAL DAS CLÍNICAS
BOTUCATU/SP; LÍGIA YUKIE SASSAKI / SASSAKI, LY / UNESP
HOSPITAL DAS CLÍNICAS BOTUCATU/SP; GIOVANNI FARIA SILVA / SILVA,
GF / UNESP HOSPITAL DAS CLÍNICAS BOTUCATU/SP.
Resumo
Introdução: Na literatura há apenas 10 casos relatados de
hemangioma pancreático em adultos, e somente um deles com
hemorragia digestiva. Relatamos um caso de hemorragia digestiva alta
varicosa por hipertensão portal secundária a hemangioma pancreático.
Relato de caso: Gestante de 16 semanas, com 19 anos, apresentou
hematêmese massiva controlada por ligadura elástica de varizes
esofágicas. Ultrassonografia, tomografia e ressonância magnética
de abdome mostraram esplenomegalia, dilatação de veia esplênica e
imagem cística septada em cauda pancreática, com volume de 164cm³.
Em dois meses notou-se crescimento da lesão (200cm³), quando foi
optado por interrupção da gestação e pancreatectomia distal, cujo
exame anatomopatológico mostrou hemangioma cavernoso de 11 x 9
x 8cm, pesando 249,7g. Discussão: Relatamos o segundo caso de
hemangioma pancreático em adulto causando hemorragia digestiva
por hipertensão portal. Salientamos o rápido crescimento tumoral
documentado durante a gestação.
Relato de Caso de Herniação do
Estômago Através de Fundoplicatura de
Nissen
Temário: Cirurgia / Estômago
Autores / Nome para Referência / Instituição: LETÍCIA
SCHAEFER / SCHAEFER, L / UNIVALI; FABIANA HELENO ZARSKE DE
MELLO / DE MELLO, FHZ / UNIVALI; JOEL ANTONIO BERNHARDT /
BERNHARDT, JA / UNIVALI; THOMAS COELHO ASSMANN / ASSMANN,
TC / UNIVALI.
Resumo
A fundoplicatura de Nissen é o tratamento cirúrgico mais utilizado para
a doença do refluxo gastroesofágico associado à hérnia hiatal, e vem
sendo cada vez mais realizado por via laparoscópica. Complicações
podem ocorrer no pós-operatório, como herniação gástrica através
da válvula. Este relato de caso objetiva chamar a atenção para esta
rara complicação. Relata-se o caso de uma mulher de 52 anos
com queixa de dor epigástrica e torácica de início agudo e de forte
intensidade, associada a náuseas e vômitos no sexagésimo dia do
pós-operatório de fundoplicatura de Nissen videolaparoscópica para
correção cirúrgica de hérnia hiatal. Ao exame físico apresentava dor
leve à palpação de epigástrio, abdome flácido, sem massas palpáveis
e com ruídos hidroaéreos normais. Na endoscopia digestiva alta havia
restos alimentares e não houve progressão do aparelho. Repetiu-se o
procedimento após 24 horas demonstrando um estômago subdividido
em duas câmaras, assim como demonstrou a seriografia digestiva. Foi
realizada a videolaparoscopia diagnóstica que demonstrou grande
distensão gástrica e herniação de corpo e antro gástricos posterior
à válvula da fundoplicatura, que se encontrava alargada e sem
fixação ao esôfago, confirmando o diagnóstico de herniação gástrica
através da fundoplicatura. A válvula foi desfeita, o conteúdo gástrico
aspirado, refez-se a válvula parcial, com fixação no pilar diafragmático
e no esôfago. A paciente evoluiu sem complicações.
Relato de Caso de Pseudotumor
Inflamatório Hepático Associado a
Aneurisma Arterial e Hemobilia em
Paciente Cirrótico por Colangite
Esclerosante Primária
Temário: Cirurgia / Fígado
Autores / Nome para Referência / Instituição: ALEXSANDRO
SORDI LIBARDONI / LIBARDONI, AS / UNICAMP; THIAGO JORDÃO
MATTOSINHO / MATTOSINHO, TJ / UNICAMP; PRISCILA FALSARELLA /
FALSARELLA, P / UNICAMP; MILENA GARCIA / GARCIA, M / UNICAMP;
ELAINE CRISTINA DE ATAIDE / ATAIDE, EC / UNICAMP; GUILHERME
DELFINO CALOMENI / CALOMENI, GD / UNICAMP; ILKA DE FATIMA
SANTANA FERREIRA BOIN / BOIN, IFSF / UNICAMP.
Resumo
Pseudotumor inflamatório (PTI) é uma patologia composta por células
inflamatórias e miofibroblastos. PTI hepático é uma lesão rara, descrita
por Pack 1953, havendo menos de 300 casos descritos na literatura.
Sem etiliogia definida associa-se a outras lesões inflamatórias:
colangite esclerosante (CEP) e doenças auto-imunes. Relato: ETA,
masculino, 64, hepatopatia crônica secundária à CEP, queixa de massa
abdominal epigástica e hemorragia digestiva alta. Angiotomografia:
revelou formação cística de 69x38mm no segmento 2 e contendo
aneurisma de 12x10mm em ramo da artéria hepática esquerda,
dilatação de vias biliares intra-hepáticas suspeita de hemobilia .
Submetido à embolização do aneurisma e antibioticoterapia de largo
espectro, não havendo resposta clínica. Optou-se por abordagem
cirúrgica: segmentectomia lateral esquerda. Anatomopatológico
confirmou PTI hepático. Conclusão: Dor abdominal, febre
intermitente, icterícia, perda ponderal são os principais sinais e
sintomas. A investigação radiológica é mais elucidativa. Porém,
seus achados são inespecíficos e a diferenciação com outras lesões
torna-se difícil. A biópsia percutânea é uma opção, não inócua. Seu
diagnóstico e tratamento ainda revelam-se controversos. A conduta
clínica é aceita como adequada e o tratamento cirúrgico mostra-se
necessário quando não há resposta clínica. Não há relato na literatura
de outro caso em que um PTI tenha-se associado a aneurisma arterial
ou hemobiia.
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
Relato de Caso de Tumor Estromal
do Trato Gastrointestinal Metastático
Tratado com Droga Inibidora da Tirosina
Quinase
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para Referência / Instituição: ADÉBLIO JOSÉ
DA CUNHA / CUNHA, AJ / USS; LARA MENDES REZENDE COSTA /
COSTA, LMRC / FCMSJF; FLÁVIO AUGUSTO SILVA FERNANDES /
FERNANDES, FAS / UNIPAC.
Resumo
Relatar um caso de tumor estromal do trato gastrointestinal (GIST)
gástrico metastático tratado com droga inibidora da tirosina quinase.
Método: Paciente masculino, 46 anos no momento do diagnóstico,
apresentou sintomas de empachamento e emagrecimento de 6
quilos em 2 meses. Após endoscopia digestiva alta apresentou lesão
vegetante e ulcerada na transição esôfago-gástrica com invasão
do cardia com aspecto de adenocarcinoma e a biópsia evidenciou
neoplasia fusocelular ulcerada compatível com GIST. Realizou TC 253
do abdome superior com impressão de massa gástrica volumosa,
com crescimento exofítico, estendendo-se até junto da cauda do
pâncreas e borda medial do baço, nódulos hepáticos sugestivos
de acompanhamento neoplásico secundário e linfonodomegalia
peri-portal. Diagnóstico imuno histoquímico foi também realizado.
Tratado com imatinib e atualmente encontra-se em uso do sunitinibe.
Resultados: Os GIST são derivados das células de Cajal que
expressam o receptor tirosina quinase transmembrana (Kit -CD117).
No GIST, há uma mutação no gene Kit, causando um estímulo sem
oposição da proliferação celular. Conclusão: A importância do
diagnóstico da lesão precoce para melhor prognóstico, através de
exames de imagem como a EDA. Nos casos de tumores localizados,
a ressecção cirúrgica é o tratamento de escolha; em pacientes com
doença inoperável ou metastática está indicado o início imediato da
droga imatinb (STI571).
Relato de Caso e Revisão da Literatura:
Pâncreas Divisum e Tratamento
Endoscópico
Temário: Endoscopia / Colangiopancreatografia
endoscópica retrógrada
Autores / Nome para Referência / Instituição: PATRÍCIA
FRIZZARINI EXPOSITO / EXPOSITO, PF / UNICAMP; CIRO GARCIA
MONTES / MONTES, CG / UNICAMP; TATIANA COSTALLAT RICCI /
RICCI, TC / UNICAMP; MARINA DA SILVEIRA BOSSI / BOSSI, MS /
UNICAMP; JULIANA CUSTODIO / CUSTODIO, J / UNICAMP; ALEXANDRE
KHODOR FURTADO / FURTADO, AK / UNICAMP; ADEMAR YAMANAKA
/ YAMANAKA, A / UNICAMP; JOSÉ OLYMPIO MEIRELLES SANTOS /
MEIRELLES-SANTOS, JO / UNICAMP.

Resumo
Introdução: O pâncreas surge no embrião na quarta semana de
gestação com a formação do broto ventral e dorsal. Ocorre rotação e
fusão do broto dorsal e ventral formando o ducto pancreático principal.
No pâncreas divisum (PD) a fusão entre os brotos não acontece ou
é incompleta e os dois segmentos drenam de forma independente.
Objetivo: Relatar caso de pancreatite de repetição com diagnosticado
de PD tratado endoscopicamente. Relato de caso: MS, 13 anos,
fem, dor abdominal recorrente com 3 episódios de pancreatite aguda
e amilasemia superior a 1000. Colangiorressonância sugestiva de
pâncreas divisum. Submetida à CPRE que demonstrou ducto ventral
curto com finas ramificações. Pancreatografia pela papila menor
demonstra ducto pancreático dorsal dilatado e irregular. Realizado
esfincterotomia da papila menor, dilatação para 7 Fr e locação de
prótese plástica de 7 Fr. Houve melhora clínica sem novos episódios
de pancreatite e migração espontânea da prótese após 4 semanas.
Discussão: 5% dos PD são sintomáticos e a alteração anatômica não
é a responsável isolada pelos episódios de pancreatite. A insuficiência
ou estenose da papila menor é a causadora da obstrução relativa
254 do ducto pancreático dorsal causando hipertensão intraductal e
consequente pancreatite obstrutiva. Conclusão: Dilatação da papila
menor com colocação de prótese é um excelente tratamento para os
portadores de PD sintomáticos, evitando-se terapêutica cirúrgica e
possível evolução para pancreatite crônica.
Relato de Caso Abscesso Peri-
Pancreatico, com Drenagem Espontânea
por Via Duodenal
Temário: Gastroenterologia / Pâncreas e Vias Biliares
Autores / Nome para Referência / Instituição: MARCELO
COSTA SILVA / SILVA,MC / SERVIÇO DE GASTRO-HEPATOLOGIA
(HOSPITAL E CLÍNICA SÃO ROQUE) IPIAÚ-BAHIA; CAROLINA ALVES
COSTA SILVA / SILVA, CAC / UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA;
TAMI DE OLIVEIRA RIBEIRO CRUZ / CRUZ, TOR / ESCOLA BAIANA DE
MEDICINA E SAÚDE PÚBLICA; GUSTAVO UZÊDA MACHADO / MACHADO,
GU / ESCOLA BAIANA DE MEDICINA E SAÚDE PUBLICA; ALEXANDRE
KALIL CASTANHEIRA ALEXANDRE / ALEXANDRE, AKC / SERVIÇO DE
RADIOLOGIA DO HOPSITAL E CLÍNICA SÃO ROQUE (IPIAÚ-BAHIA).
Resumo
W.S. S, masculino, 23 anos, atendido no serviço de emergência
em 25/04/2011 com dor abdominal, vômitos e febre. Evolução de
10 dias. Sinais de irritação peritoneal, abdome tenso, desidratado,
temperatura de 38.9C. Na avaliação inicial apresentava leucocitose
(27.800 leucócitos, 12% de bastões e 76% de segmentados.
Plaquetas de 464.000, glicose de 83 mg/dL,colesterol total 129 mg/
dL, HDL 28 mg/dL, LDL 90 mg/dL, AST 17 U/L, ALT 30 U/L, gama
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
GT 123 U/L, sumário de urina com proteinúria (+),Amilase 93 U/L,
Ureia 20, creatinina 0,64, Na 135 mEq/L, K 3,7 mEq/L, Ca 8,62 mg/
dL, Lipase 101 U/L. Realizado Us abdominal total, sendo observado
imagem Peri-pancreática mal definida sugerindo abscesso. Realizado
EDA que mostrava abaulamento do bulbo duodenal, com hiperemia,
sem lesões visíveis. Realizou-se TC de abdome onde as imagens
mostravam formação em topografia de cabeça de pâncreas com áreas
de liquefação central, sugerindo abscesso extenso com compressão
de arco duodenal. Foi programado drenagem percutânea da lesão
guiada por TC. Paciente evoluiu com melhora do quadro da dor
de forma rápida, antes da realização da drenagem, com melhora
do quadro geral, queda na contagem de leucócitos (10.600) em
28/04/2011. Nova TC de abdome evidenciou desaparecimento total
da lesão. Realizado nova endoscopia digestiva, onde foi observado
lesão ovalada em arco duodenal, com drenagem de matéria purulento
e caseoso. Paciente evoluiu bem, sendo acompanhado e sem
apresentar recorrência do quadro clínico.
Relato de Caso: Carcinoma Epidermoide
de estômago
Temário: Cirurgia / Estômago
Autores / Nome para Referência / Instituição: THIAGO
SHIGUEYOSHI OTSUZI / OTSUZI, TS / HCFMUSP; BRUNO
ZILBERSTEIN / ZILBERSTEIN, B / HCFMUSP; HENRIQUE DAMETTO
GIROUD JOAQUIM / JOAQUIM, HDG / HCFMUSP; GUILHERME
PAGIN SAO JULIAO / JULIAO, GPS / HCFMUSP; CARLOS EDUARDO
JACOB / JACOB, CE / HCFMUSP; IVAN CECONELLO / CECONELLO,
I / HCFMUSP; OSMAR KENGI YAGI / YAGI, OK / HCFMUSP;
DONATO ROBERTO MUCERINO / MUCERINO, DR / HCFMUSP;
ULYSSES RIBEIRO JR / RIBEIRO, U / HCFMUSP; CLAUDIO JOSÉ
CALDAS BRESCIANI / BRESCIANI, CJC / HCFMUSP; RENATO ARIONI
LUPINACCI / LUPINACCI, RA / HCFMUSP.
Resumo
Introdução: Carcinoma epidermoide primário do estômago é
uma patologia rara, geralmente associada a um mau prognóstico e
diagnóstico tardio. O diagnóstico é baseado na exclusão de outros
sítios primários mais frequentes de CEC. A patogênese é incerta apesar
de diversas hipóteses. Relato de caso: Trata-se de uma paciente do
sexo feminino de 49 anos que apresentou queixasse dispépticas por
3 meses que evoluiram para hemorragia digestiva alta 2 meses após.
Apresentava leucocitose persistente de aproximadamente 16.000
leucócitos/mm3 durante todo o período com melhora apenas após
a cirurgia. O diagnóstico de CEC foi feito por biópsia pré-operatória
e confirmado após o estudo histológico e imunohístoquímico do
espécime cirúrgico, em que foi observado a invasão metastática
em 4 linfonodos. O tratamento inicial foi gastrectomia subtotal com
hepatectomia lateral esquerda en bloc por invasão tumoral, além
de linfadenectomia DII. A paciente apresentou fístula biliar no pós-
operatório e atualmente possui seguimento de 3 meses sem evidência
de doença, aguardando tratamento adjuvante. Conclusão: O CEC
de estômago é uma patologia rara com comportamento agressivo, os
fatores patogênicos da doença ainda não estão claros. A leucocitose
paraneoplásica tem sido observada em alguns casos.
Relato de Caso: Câncer Epidermoide de
Esôfago com Apresentação Endoscópica
Multicêntrica, um Diagnóstico Incomum
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para Referência / Instituição: ARI BEN HUR
STEFANI LEÃO / LEAO, AB / HSL-PUCRS; CARINE LEITE / LEITE, C /
HSL-PUCRS; CLAÚDIO ROBERTO MONTANO LODEIRO / LODEIRO, CR
/ HSL-PUCRS; CARLOS KUPSKI / KUPSKI, C / HSL-PUCRS; GABRIEL
STEFANI LEÃO / LEÃO, GS / UNISUL.
Resumo
Introdução: O câncer esofágico é uma das neoplasias mais
incidentes no Brasil. O subtipo epidermoide representa 96% dos casos.
Os principais fatores de risco para o câncer epidermoide esofágico
(CEE), são tabagismo e etilismo há outros menos frequentes, mas
bem definidos como a acalásia, história prévia de lesão cáustica
esofágica e a tilose palmoplantar. A maioria dos pacientes apresenta
lesão única, embora em estudos histológicos seja comum o
diagnóstico de lesões secundárias. Descrevemos um caso incomum
de diagnóstico endoscópico de CEE multicêntrico. Relato do caso:
Masculino, 49 anos, com emagrecimento, disfagia e odinofagia há 2
meses. Tabagista em abstenção há 3 anos, 10 maços/ano, negava
etilismo. Na endoscopia digestiva alta (EDA) se evidenciou 3 lesões:
junto ao esfíncter esofágico superior com 1,5 cm de diâmetro,
vegetante; 18 cm da arcada dentária superior (ADS), nodular, com
1 cm e distando 33 cm da ADS, lesão de aspecto úlcerovegetante
com cerca de 2 cm de diâmetro. Biópsias em frascos separados
para o exame anatomopatológico (AP). Ao AP compatíveis com CEE
moderadamente diferenciado. Conclusão: Dilek descreveu um caso
de CEE múltiplo diagnosticado em pré-operatório. Esta apresentação
é rara. Já está bem definida a possibilidade de multicentricidade e
da disseminação intramural, porém através de estudos de minuciosa
análise anatomopatológica. Devendo ser lembrado que, apesar de
rara, tal apresentação implica em alterações prognósticas nesta
doença.
Relato de caso: Colite por
Citomegalovirus em Pacientes com AIDS
Temário: Gastroenterologia / Intestino
Autores / Nome para Referência / Instituição: SÉRGIO
BIZINELLI / BIZINELLI,S / HC-UFPR; SÉRGIO IOSHII / IOSHII,S / HC-
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
UFPR; RICARDO MONTE JÚNIOR / MONTE JR, RICARDO / HC-UFPR;
KELLY CRISTINA VIEIRA / VIEIRA, KC / HC-UFPR; SUSAN LOUISE
KAKITANI TAKATA / TAKATA, SLK / HC-UFPR; ARTHUR CONELIAN
GENTILI / GENTILI, AC / HC-UFPR; JULIANA CARLA HECKE / HECKE,
JC / HC-UFPR; ENÉAS EDUARDO SUCHARSKI / SUCHARSKI, EE /
HC-UFPR.
Resumo
Introdução: A infecção pelo citomegalovirus (CMV) acomete
pacientes imunocomprometidos, sendo a principal causa viral de
diarreia em indivíduos com HIV. Objetivo: Relatar um caso de
paciente com colite por CMV previamente diagnosticado com
doença inflamatória intestinal. Caso: S.O., 57 anos, masculino, com
diarreia crônica (10 episódios/dia) com características de melena
associado a emagrecimento de 40 kg em 8 meses. Colonoscopia
com úlcera na válvula ileocecal e biópsia com colite crônica e aguda
inespecífica. Iniciado tratamento em outro serviço para doença
inflamatória intestinal com Azatioprina sem resposta. Internou no
Hospital de Clínicas para investigação. Realizado diagnóstico de
HIV e repetido colonoscopia com mesmo achados, EDA com úlcera 255
gástrica ativa – Sakita A1; biópsia com gastrite e duodenite por CMV.
Iniciado tratamento com Ganciclovir com melhora clínico laboratorial,
apresentando queda progressiva da antigenemia. Discussão: CMV
é o principal patógeno do cólon de pacientes HIV+, causando 5 a
10% das colites e é encontrado em 25,5% desses indivíduos com
diarreia. Os principais sintomas incluem diarreia, dor abdominal,
perda de peso e anorexia, podendo ser confundido com doença
inflamatória intestinal. A biópsia e a colonoscopia são essenciais para
o diagnóstico definitivo. Portanto, a alta prevalência da infecção no
trato gastrointestinal em pacientes HIV+ e a gravidade dos sintomas
são alertas para a possibilidade de infecção pelo CMV.
Relato de Caso: Correção de Estenose de
Anastomose Bilio-Digestiva Pela Técnica
de Hepp-Couinaud
Temário: Cirurgia / Miscelânia
Autores / Nome para Referência / Instituição: LUIZ CARLOS
FORNASA JUNIOR / FORNASA JR. LC / HOSPITAL NOSSA SRA DA
CONCEIÇÃO; FABIO VIZEU MEDAGLIA FILHO / MEDAGLIA FILHO. FV
/ HOSPITAL NOSSA SRA DA CONCEIÇÃO; LUIZ ARTHUR DE QUADROS
/ QUADROS. LA / HOSPITAL NOSSA SRA DA CONCEIÇÃO; ARTHUR
RADAELLI NICOLEIT / NICOLEIT. AR / HOSPITAL NOSSA SRA DA
CONCEIÇÃO; RANIER BERGER / BERGER. R / UNISUL; RENATA
HEINZEN / HEINZEN, R / UNISUL; JAIME CESAR GELOSA SOUZA
/ GELOSA. JCS / HOSPITAL NOSSA SRA DA CONCEIÇÃO; RICARDO
REIS DO NASCIMENTO / NASCIMENTO. RR / HOSPITAL NOSSA SRA DA
CONCEIÇÃO.

Resumo
Paciente feminina, 71 anos, viúva, aposentada, submetida
à colecistectomia em 1998, em outro serviço, por colelitíase, após
8 meses apresentou episódios de colangite de repetição, onde foi
optado por uma nova intervenção e realização de uma anastomose
biliodigestiva. Em Agosto de 2011, foi admitida no HNSC, por
apresentar icterícia, febre com calafrios, colúria, acolia fecal, associado
a cólicas em hipocôndrio direito. Ao exame físico apresentava regular
estado geral, ictérica (3+/4+), febril, AC e AP sem particularidades,
abdome doloroso a palpação em HCD, ausência de visceromegalias
ou sinais de irritação peritoneal. Foi internada com suspeita de
Síndrome Colestática. Nos exames laboratoriais iniciais, apresentou
BT: 6,95, BD: 4,43, BI: 2,54, fosfatase alcalina: 1.486 e gama GT de
782. A USG abdominal evidenciou dilatação das vias biliares intra e
extra-hepáticas e cálculo em colédoco. Iniciado antibioticoterapia
e solicitada uma colangiorressonância que mostrou dilatação do
colédoco, imagem sugestiva de cálculo na porção distal de colédoco
e também estenose de anastomose biliodigestiva em sua parte
proximal. Após 1 semana do início do quadro, foi realizada cirurgia
256 pela técnica de Hepp Couinaud, com boa evolução no pós operatório,
recebendo alta após no 9° pós operatório. Discussão: A técnica
de Hepp Couinaud, apesar de ser bastante delicada e necessitar
de experiência, foi a de escolha no momento devido às alterações
encontradas, com bom êxito e longa expectativa de vida.
Relato de Caso: Diagnóstico e
Tratamento da Colangiopancreatopatia
Associada a IgG4
Temário: Gastroenterologia / Pâncreas e Vias Biliares
Autores / Nome para Referência / Instituição: LILIAN MACHADO
/ MACHADO, L / HUPE-UERJ; FÁTIMA FIGUEIREDO / FIGUEIREDO, F
/ HUPE-UERJ; GILBERTO DE ALMEIDA SILVA JUNIOR / SILVA JUNIOR,
GA / HUPE-UERJ.
Resumo
Introdução: A doença sistêmica associada à IgG4 tem descrição
recente e sua principal apresentação é como pancreatite autoimune.
O envolvimento biliar, ainda mais raro e conhecido como colangite
esclerosante (CE) associada à IgG4, pode apresentar-se isoladamente
ou não e tem a vantagem sobre outras formas de CE por potencial
resposta ao uso de corticoides. Objetivo: Descrição de um caso de
paciente com colangiopancreatopatia associada a IgG4. Caso clínico:
Mulher, 61 anos, diabética, assintomática, com exames laboratoriais
apenas com colestase leve e ultrassonografia com fígado de textura
heterogênea. Colangioressonância demonstrou áreas de estenose
e dilatação das vias biliares intra-hepáticas à esquerda, Wirsung
com estenose na porção cefálica, dilatação a motante, assim como
dos ductos pancreáticos secundários. Ecoendoscopia confirmou as
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
alterações pancreáticas e a dosagem de IgG4 mostrou-se elevada
em cinco vezes (665 mg/dl). Iniciado tratamento com prednisona
40 mg/dia, mantida por 4 meses. Ao final do tratamento houve
normalização das enzimas hepáticas, da dosagem de IgG4 (63 mg/dl)
e a ecoendoscopia mostrou melhora das irregularidades do Wirsung.
A paciente segue em acompanhamento para avaliar manutenção da
remissão da doença. Conclusão: A CE associada a IgG4 deve ser
suspeitada nos casos de colestase com alterações das vias biliares,
mesmo se o envolvimento pancreático não for evidente. A resposta
inicial aos corticoides é um fator de bom prognóstico.
Relato de Caso: Embolização Seguida de
Ressecção de Colangiocarcinoma
Temário: Cirurgia / Fígado
Autores / Nome para Referência / Instituição: LUIZ CARLOS
VON BAHTEN / BAHTEN, LC / PUC-PR; LEANDRO BILLO / BILLO, L /
PUC-PR; THAISA SAMI NAKADOMARI / NAKADOMARI, TS / PUC-PR;
HENRIQUE LUCKOW INVITTI / INVITTI, HL / PUC-PR; SORAYA LÚCIA
NERES DE SOUZA / SOUZA, SLN / PUC-PR; LAÍS PRIGOL / PRIGOL,
L / PUC-PR.
Resumo
Colangiocarcinoma é uma lesão maligna do epitélio do ducto biliar. A
incidência e prevalência são baixas. Aparece mais na sexta década de
vida sendo na maioria em homens. É mais frequente encontrá-lo na
confluência dos ductos hepáticos, onde é chamado colangiocarcinoma
hilar ou tumor de Klatskin. A etiologia é desconhecida. O objetivo desse
trabalho é relatar o caso de uma paciente feminina, 54 anos, admitida
no Hospital Universitário Cajuru, com história de icterícia há dois meses
e perda ponderal de 17 kg. Realizada uma colangioressonância onde
foi visualizado um colangiocarcinoma Bismuth IIIa com extensão de 4
cm, linfonodomegalia no hilo hepático sem encarceramento vascular
e retroperitônio livre. Devido ao aumento de bilirrubinas às custas de
direta (>10), a paciente foi submetida à drenagem percutânea para
descompressão da via biliar, embolização e posterior hepatectomia
direita estendida. Paciente em pós-operatório recente ainda sob
cuidados intensivos. O tratamento de escolha quando há margem
histológica negativa é a excisão cirúrgica completa do tumor, que é o
único tratamento potencialmente curativo para o colangiocarcinoma
hilar. Entretanto a ressecabilidade desse tumor é baixa. A técnica
utilizada nesse caso relatado associa a embolização seguida da
ressecção completa do tumor. Já que a embolização provoca a
exclusão do lobo afetado, induzindo uma hipertrofia do lobo hepático
contralateral, tornando o tumor potencialmente ressecável.
Relato de Caso: Fibrose Hepática
Congênita
Temário: Gastroenterologia / Fígado
Autores / Nome para Referência / Instituição: JOSÉ PERICLES
MAGALHÃES VASCONCELOS / VASCONCELOS, JPM / UFC; KELLY
CRISTHIAN LIMA OLIVEIRA / OLIVEIRA, KCL / UFC; YTHAY AMERSON
TAVARES SARAIVA / SARAIVA, YAT / UFC; VASCONCELOS, AA /
VASCONCELOS, AA / FMJ.
Resumo
Objetivos: Os autores relatam caso de fibrose hepática congênita
em adolescente com hipertensão portal, hepatoesplenomegalia,
anemia e varizes esofagianas. Métodos e Resultados: Paciente
feminino, 17 anos, apresentou distensão abdominal dolorosa
no 1° ano de vida. USG abdominal aos 6 anos de idade mostrou
hepatoesplenomegalia discreta e EDA constatou varizes de
esôfago, além de anatomopatológico de fígado sugestivo de fibrose
hepática. Em 17/12/2007, novo USG revelou hepatoesplenomegalia
discreta, heterogeneidade hepática e hiperecogenicidade renal.
Em 25/03/2008 encontrava-se emagrecida e hipocorada, com
hepatoesplenomegalia, sendo prescrito Propranolol 40mg/dia.
Novos exames mostraram anemia (hgb6.5/hct21%), plaquetopenia,
hipoalbuminemia (3.0), TAP: 45%, INR: 2.1, varizes de esôfago
grau IV. Foi então prescrito, além do Propranolol 80mg/dia, sulfato
ferroso 80mg/dia, vitamina K 10mg EV/3dias e dieta hiperproteica
e hipercalórica. Após 2 meses, retorna com melhora da palidez.
Novos exames revelaram persistência da anemia (hgb 9/hct 28%)
e da hipoalbuminemia (3.3), TAP: 55% e INR: 1.5, sendo prescrito
propranolol 120mg/dia e sulfato ferroso 120mg/dia e vitamina K
mensal. Retornou 4 meses após, assintomática e com exame físico
inalterado, relatando menarca. Os exames revelaram anemia discreta
(hgb 11/hct 36%), albumina 3.3, TAP: 65%, INR: 1.5. Conclusões:
Evoluiu bem e sem hemorragia digestiva até o momento, que é o
evento mais temível quando há varizes de esôfago.
Relato de Caso: Ganglioneuroma Intra-
Abdominal
Temário: Cirurgia / Miscelânia
Autores / Nome para Referência / Instituição: SANDRO
NAMIKAWA / NAMIKAWA, S / HMWF; KAIO TOLEDO CARDOSO /
CARDOSO, KT / HMWF; MARCELO MITSUO FUNAI / FUNAI, MM
/ HMWF; LUIS GUSTAVO CAPOCHIN ROMAGNOLO / ROMAGNOLO,
LGC / HMWF; GUSTAVO DA SILVEIRA TRINDADE / TRINDADE, GS
/ HMWF; ADRIANO RAMON CHAVES / CHAVES, AR / HMWF;
MARCELO KASSOUF / KASSOUF, M / HMWF; ELCIO SHIYOITI HIRANO
/ HIRANO, ES / HMWF.
Resumo
Introdução: Tumores neurogênicos frequentemente seguem a
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
distribuição de gânglios simpáticos ao longo de áreas paraespinhais
e em alguns casos outros sítios podem estar envolvidos (ex.: bexiga,
parede intestinal ou abdominal, vesícula). Ganglioneuroma são
tumores raros, benignos, que surgem de gânglios simpáticos, e em
sua maioria são assintomáticos, mesmo se volumosos. Caso Mulher,
24 anos, branca, em investigação para dispepsia há 4 meses, sem
outros antecedentes ou queixas. Apresentou ao USG abdominal:
massa hipoecóica, circunscrita, cerca de 10 cm de diâmetro entre
a região subhepática e o estômago, vesícula biliar não visualizada,
vias biliares sem alterações. À laparoscopia foi identificada massa
de grande volume, converteu-se para laparotomia e a tumoração
localizada em topografia de vesícula biliar (que não foi visualizada),
apresentava aspecto homogêneo e sólido, sendo totalmente
ressecada, medindo 13x11x6,5cm; Histopatologia: ganglioneuroma
Discussão: Ganglioneuroma é um tumor benigno e raro que acomete
principalmente adultos jovens, ocorre comumente no retroperitôneo
e mediastino posterior. Pode ocasionar sintomas por compressão de
estruturas vizinhas. A orientação diagnóstica se faz por exames de
imagem (USG, TC, RM) e a definição é através da histologia. Neste
caso, o sítio do tumor era a vesícula biliar, possivelmente causando
atrofia completa da mesma por compressão intríseca. O tratamento 257
do ganglioneuroma é exclusivamente cirúrgico e a recidiva é rara.
Relato de Caso: Gastrite Herpética
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para Referência / Instituição: MARCELO COSTA
SILVA / SILVA, MC / SERVIÇO DE GASTRO-HEPATOLOGIA DO HOSPITAL E
CLÍNICA SÃO ROQUE (IPIAÚ-BAHIA); CAROLINA ALVES COSTA SILVA /
SILVA, CAC / UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA; TAMI DE OLIVEIRA
RIBEIRO DA CRUZ / CRUZ, TOR / ESCOLA BAHIANA DE MEDICINA
E SAÚDE PÚBLICA; GUSTAVO UZÊDA MACHADO / MACHADO, GU /
ESCOLA BAHIANA DE MEDICINA E SAÚDE PÚBLICA; LUIZ ANTONIO
RODRIGUES DE FREITAS / FREITAS, LAR / FIOCRUZ.
Resumo
Introdução: Lesão pelo herpes simples na mucosa gastroduodenal
e um achado raro, sendo descrito em pacientes com doença
linfoproliferativa. Levantamento de dados na literatura encontrou-
se apenas um relato de caso publicado (Pubmed). As lesões
endoscópicas são pouco conhecidas. Descrição Do Caso
Clínico: Paciente feminina, RCCS, 37 anos, atendida em serviço de
emergência com quadro de dor epigástrica de evolução há 4 dias.
Vômitos esporádicos, sem melhora com uso de analgésicos. Paciente
com bom estado geral,sem antecedentes. Relatou presença de lesos
bolhosas em região genital e região sacra há 10 dias cujo aspectos
sugeriam lesão por herpes. Foi realizada endoscopia digestiva alta,
sendo evidenciado lesões aftoides disseminadas por todo estômago.
Realizou-se biópsia hepática para estudo anatomopatológico das
lesões, cuja avaliação demonstrou infiltração inflamatória da lâmina

própria: Células mononucleares e granulócitos. Células glandulares
com núcleos aumentados de tamanho, alguns lobulados e outras
com inclusões eosinófilas. Consistente com gastrite herpética.
Conclusão: Chamar a atenção para os endoscopistas da
possibilidade de lesões por herpes simples em pacientes sem
doença de base associada. Paciente evoluiu bem com tratamento
antiviral, com desaparecimento das lesões.
Relato de Caso: Hemorragia Digestiva
Alta por Úlcera Péptica Duodenal com
Diagnóstico Seriográfico
Temário: Gastroenterologia / Estômago/Duodeno
Autores / Nome para Referência / Instituição: SUSAN LOUISE
KAKITANI TAKATA / TAKATA, SLK / UFPR; THIAGO SANTOS ROSA /
ROSA, TS / UFPR; KELLY CRISTINA VIEIRA / VIEIRA, KC / UFPR;
RICARDO MONTE JÚNIOR / MONTE JR, R / UFPR; BRUNO MARINO
SCHIOCCHET MONARIM / MONARIM, BMS / UFPR; MAURICIO
ZAPPAROLI / ZAPPAROLI, M / UFPR; CAMILO DALLAGNOLL /
258 DALLAGNOLL, C / UFPR; SERGIO BIZINELLI / BIZINELLI, S / UFPR.
Resumo
Introdução: Úlceras pépticas ocorrem em torno de 10% da
população adulta e podem se localizar em estômago e duodeno e são
importantes não apenas pela sua sintomatologia, mas também pela
sua morbidade e mortalidade, associadas a obstrução, sangramento
e perfuração. Objetivo: Relatar o caso de paciente com úlcera
péptica com diagnóstico por Seriografia Esôfago-Estômago-Duodeno
(SEED). Caso: Paciente feminina, 67 anos, com queixa de fraqueza,
palidez e melena há 4 dias. História de úlcera gástrica em tratamento
há 3 meses. Hemodinamicamente estável. Hemograma demonstrou
Hb de 5g/dL. Após transfusão de concentrado de hemácias realizou
Endoscopia Digestiva Alta (EDA), que demonstrou deformidade
antral com estreitamento da luz, recoberta por úlceras confluentes,
sem sangramento recente. Não foi possível progredir o aparelho
além do piloro. Foi solicitada SEED que delineou provável úlcera de
bulbo duodenal. Visto também neste exame divertículo de duodeno.
Discussão: A detecção de sangramento de úlcera péptica de
estômago ou duodeno tem maior sensibilidade pela EDA (90%)
quando em comparação com a SEED (70-80%). Isso é explicado
pela dificuldade de revestimento mucoso adequado pelo bário na
presença de sangramento e por não conseguir determinar se a lesão
encontrada é realmente o foco da hemorragia. O achado mais comum
no estudo baritado é uma piscina de bário, que representa a úlcera,
contendo uma falha de enchimento tênue e irregular que representa
um coágulo.
Relato de Caso: Infarto Omental
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
Temário: Cirurgia / Cólon
Autores / Nome para Referência / Instituição: SANDRO
NAMIKAWA / NAMIKAWA, S / HMWF; RODRIGO DIAS COSTA / COSTA,
RD / HMWF; KAIO TOLEDO CARDOSO / CARDOSO, KT / HMWF;
DEBORA AZEREDO PACHECO / PACHECO, DA / HMWF; ROSIMARA
DENALDI / DENALDI, R / HMWF; GUSTAVO DA SILVEIRA TRINDADE
/ TRINDADE, GS / HMWF; MARCELO KASSOUF / KASSOUF, M /
HMWF; ELCIO SHIYOITI HIRANO / HIRANO, ES / HMWF.
Resumo
Introdução: O infarto omental é causa rara de dor abdominal,
geralmente localizada em quadrante inferior ou superior direito. Os
fatores que predispõe ao infarto omental incluem obesidade, atividade
física exacerbada, cirurgia abdominal recente, alimentação copiosa,
distúrbios da coagulação e trauma abdominal. Caso: HCM,74
anos, feminino, admitida com quadro de dor abdominal persistente
localizada em fossa ilíaca esquerda associada a febre,evolui sem
alterações de hábito intestinal com presença de plastrão palpável no
foco de dor. Ausência de leucocitose. TC de abdômen: compatível
com infarto omental em região de fossa ilíaca esquerda. Realizado
suporte clínico e antibioticoterapia empírica. Apresentou boa
evolução clínica com involução da dor abdominal, recebendo alta
após dez dias. Discussão: O diagnóstico pré-operatório é difícil
podendo ser facilitado por exames como ultrassonografia e tomografia
computadorizada de abdome sendo este último o exame de escolha.
Conclusão: Concluímos sobre a importância da investigação
criteriosa dos pacientes com dor abdominal, associados ou não, a
sintomas gastrointestinais,pois o infarto omental se mostra como uma
enfermidade autolimitada, que simula patologias cirúrgicas assim
como o próprio abdome agudo.O diagnóstico deve ser prévio através
de ultrassonografia ou mesmo de tomografia para que se possa evitar
assim laparotomias de indicação errônea.
Relato de Caso: Pileflebite como
Complicação Rara da Doença de Crohn
Temário: Gastroenterologia / Intestino
Autores / Nome para Referência / Instituição: GILBERTO DE
ALMEIDA SILVA JUNIOR / SILVA JUNIOR, GA / HCA; LILIAN MACHADO
/ MACHADO, L / HCA; LEONARDO DA CRUZ PEIXOTO / PEIXOTO,
LC / HCA; ALINE MURUCCI FERREIRA / FERREIRA, AM / HCA;
CINTIA BRACARENSE MELO / MELO, CB / HCA; FRANCISCA RENEE
GAMERRE SAMPAIO / SAMPAIO, FRG / HCA; JORAMA LEÃO PEREIRA
DO NASCIMENTO / DO NASCIMENTO, JLP / HCA.
Resumo
Introdução: Pileflebite é uma tromboflebite séptica da veia
porta ou de suas tributárias. É incomum, em geral secundária
a infecções intra-abdominais. Pode também estar associada à
doença inflamatória intestinal (DII) e tem mortalidade de até 50%
quando não diagnosticada precocemente. Objetivo: Descrição
de um caso de paciente com Doença de Crohn (DC) e pileflebite.
Caso clínico: Mulher, 26 anos, com DC no íleo terminal há 6 anos.
Procurou emergência com febre e dor intensa na fossa ilíaca direita.
Exames laboratoriais com leucocitose, proteína C reativa elevada e
tomografia computadorizada (TC) do abdome com espessamento do
íleo terminal e pequena quantidade de líquido na cavidade. Iniciados
ciprofloxacin, metronidazol e hidrocortisona intravenosos. Evoluía com
melhora quando, no 7º dia de tratamento, apresentou febre e dor
na metade superior do abdome, piora do leucograma e elevação de
enzimas hepáticas. Nova TC mostrou trombose da veia mesentérica
superior e da veia porta, hepatoesplenomegalia. Feito diagnóstico de
pileflebite, sendo iniciada anticoagulação plena e troca do antibiótico
para piperacilina-tazobactam. Foram completadas 4 semanas de
antibioticoterapia venosa e a anticoagulação mantida por 6 meses.
O ramo esquerdo da veia porta permeneceu ocluído ao final do
tratamento, sem hipertensão porta. Conclusão: Há raras descrições
na literatura da pileflebite como complicação da DII. O diagnóstico e
manejo precoce possibilitaram o desfecho favorável neste caso.
Relato de Caso: Pneumomediastino
Espontâneo em Mulher Jovem após
Episódio de Tosse
Temário: Cirurgia / Miscelânia
Autores / Nome para Referência / Instituição: SANDRO
NAMIKAWA / NAMIKAWA, S / HMWF; KAIO TOLEDO CARDOSO /
CARDOSO, KT / HMWF; RODRIGO DIAS DA COSTA / COSTA, RD /
HMWF; DEBORA AZEREDO PACHECO / PACHECO, DA / HMWF;
LUIS GUSTAVO CAPOCHIN ROMAGNOLO / ROMAGNOLO, LGC /
HMWF; ROSIMARA DENALDI / DENALDI, R / HMWF; MARCELO
KASSOUF / KASSOUF, M / HMWF; ELCIO SHIYOITI HIRANO / HIRANO,
ES / HMWF.
Resumo
Introdução: Pneumomediastino é a presença de ar no interstício
mediastinal devido a traumas, infecções ou espontaneamente,
podendo apresentar dor torácica, dispneia e enfisema subcutâneo.
Caso APL, 25 anos, fem., cervicalgia súbita há 1 dia após episódios
de tosse intensa. Sem desconforto respiratório. Negava tabagismo,
traumas ou pneumopatias. Exame físico: BEG, saturimetria em ar
ambiente: 98%; Pulmão: M.V. bilateral sem R.A., FR: 16; Cárdio:
2BRNF sem sopros, FC: 74; Enfisema subcutâneo em região
cervical e supraclavicular bilateral. Radiografia cervical e de tórax:
ar no espaço retrofaríngeo e pneumomediastino de mínimo volume.
A paciente ficou internada com sintomáticos, recebeu alta no 2°
dia com melhora da dor e do enfisema subcutâneo e resolução
completa do quadro no 7° dia. Discussão Pneumomediastino
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
espontâneo (PME) é mais frequente em adultos jovens expostos a
mudanças bruscas de pressão intratorácica, que ocasiona a ruptura
de alvéolos com extravasamento de ar pelo interstício dissecando
até o mediastino, podendo-se associar com dor torácica, dispneia,
enfisema subcutâneo e crepitação à ausculta cardíaca. A presença
de ar na região para-faríngea ou mediastinal no raio X confirmam o
diagnóstico e seu tratamento é conservador. Conclusão: O PME é
um evento raro e com sintomatologia súbita. Alterações radiológicas
devem estar presentes para confirmar o diagnóstico e outras causas
secundárias devem ser afastadas. O tratamento é expectante e
sintomático.
Relato de caso: Subestenose Duodenal
Associada à Estrongiloidíase
Temário: Gastroenterologia / Intestino
Autores / Nome para Referência / Instituição: VANIELA
ZONTA / ZONTA, V / HCFMRP-USP; BRUNO VERSCHOOR /
VERSCHOOR, B / HCFMRP-USP; SAULO FREITAS FERREIRA /
FERREIRA, SF / HCFMRP-USP; DIEGO CARDOSO BAIMA / BAIMA, 259
DC / HCFMRP-USP; FERNANDO SILVEIRA MARQUES / MARQUES,
FS / HCFMRP-USP; MARCELO VICENTE TOLEDO DE ARAÚJO /
ARAÚJO, MVT / HCFMRP-USP; LUCIANO CHAVES LIMA / LIMA,
LC / HCFMRP-USP; MÁRCIA GUIMARÃES VILLANOVA / VILLANOVA,
MG / FMHCRP-USP.
Resumo
Introdução: A estrongiloidíase é uma afecção intestinal comum,
geralmente assintomática, mas que pode apresentar quadros
atípicos e mais agressivos, como a síndrome de superinfecção e a
estrongiloidíase disseminada. Obstrução intestinal é uma complicação
pouco reconhecida. Objetivo: Relatar o caso de um paciente com
quadro de subestenose duodenal associada à estrongiloidíase. Relato
de caso: Homem de 59 anos apresentou queixa de dor abdominal,
vômitos pós-alimentares, diarreia há 60 dias e perda ponderal de 16
kg no período. Ressonância magnética com alteração de alças de
delgado sugestivas de processo inflamatório, estase líquida gastro-
duodenal, adenomegalia mesentérica e ascite. Endoscopia digestiva
alta demonstrou bulbo duodenal deformado, mucosa edemaciada
e friável com subestenose. Análise histológica mostrou processo
inflamatório crônico granulomatoso com reação giganto-celular do
tipo corpo estranho associado a estruturas parasitárias compatíveis
com S. stercoralis. Exame parasitológico de fezes com presença de
estrongilóides. Tratado com albendazol com rápida melhora clínica e
endoscópica. Conclusão: A obstrução intestinal é uma complicação
rara da estrongiloidíase. A diversidade de manifestações clínicas
torna o diagnóstico extremamente difícil. Um alto índice de suspeição
é necessário para o diagnóstico correto e rápido, que pode levar a
tratamento bem sucedido.

Relato de caso: Tratamento Conservador
de Lesão Hepática Grau IV Pós-Trauma
Abdominal Contuso
Temário: Cirurgia / Fígado
Autores / Nome para Referência / Instituição: LUIZ CARLOS
VON BAHTEN / BAHTEN,LC / PUC-PR; PAULO FONSECA DE SOUZA
GUIMARÃES / GUIMARÃES,PFS / PUC-PR; FERNANDO HENRIQUE
MAURO / MAURO, FH / PUC-PR; GABRIEL RAMOS JABUR / JABUR,GR
/ PUC-PR; SORAYA LÚCIA NERES DE SOUZA / SOUZA,SLN / PUC PR;
ROSANA HAPSI ISA / ISA,RH / PUC-PR; LAÍS PRIGOL / PRIGOL, L /
PUC PR.
Resumo
Relato de caso de um jovem de 23 anos,admitido no Hospital
Universitário Cajuru, vítima de queda de moto, apresentando-se
com os dados vitais estáveis, trauma de tórax e abdominal contuso.
Devido estabilidade hemodinâmica, foi submetido à TAC de abdome
e pelve que demonstrou presença de lesão hepática dos segmentos
260
VI e VII, com extensão aos segmentos V e VIII, classificando como
grau IV e grande quantidade de líquido livre intra-abdominal. Devido a
estabilidade hemodinâmica, estabeleceu-se tratamento conservador
para este trauma. Seguiu-se conduta de exame físico, exames
laboratoriais seriados e cuidados de UTI durante 48 horas, o paciente
evoluiu satisfatoriamente, sendo transferido para enfermaria. Na
ultrassonografia de controle após 48 horas, havia imagem compatível
com hematoma hepático dos segmentos VI e VII com projeção para
segmentos V e VIII, presença de líquido na cavidade peritoneal. Após
72 horas, paciente evoluiu com piora dos exames laboratoriais e sinais
de SIRS, sendo submetido à laparotomia exploradora que no inventário
evidenciou moderada quantidade de sangue e bile. Foi realizada
lavagem da cavidade abdominal sem aborgadem da lesão hepática.
Paciente evoluiu bem, tendo alta hospitalar e acompanhamento
ambulatorial. O acompanhamento clínico e com exames seriados no
tratamento conservador de trauma abdominal contuso é essencial
para o sucesso do tratamento. No caso de descompensação clínica, a
abordagem cirúrgica pode ser necessária e não deve ser retardada.
Relato de caso: Tuberculose Intestinal
Acometendo Reto, Cólon e Íleo Terminal
em Paciente HIV Negativo
Temário: Endoscopia / Colonoscopia
Autores / Nome para Referência / Instituição: CRISTINE SOARES
ENNE / ENNE, CS / HUAP; HILTON GUEIROS LEITÃO NETO / NETO,
HGL / HUAP; CYNARA FEUCHARD PINTO / PINTO, CF / HUAP;
DANIELLE SOUZA BARÃO DE AGUIAR / AGUIAR, DSB / HUAP; LAMIN
RAMOS DOS SANTOS / SANTOS, LR / HUAP; RENATA SENOS CALIXTO
FERREIRA / FERREIRA, RSC / HUAP; ROSELENE ALVARES TEIXEIRA
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
LEAL / LEAL, RAT / HUAP; JORGE MUGAYAR FILHO / FILHO, JM /
HUAP.
Resumo
Introdução: A tuberculose intestinal acomete cerca de 20-25%
dos pacientes portadores de tuberculose pulmonar, sendo a região
íleocecal o local de acometimento mais comum. Objetivo: Relato
de caso de um paciente HIV negativo, que apresentou tuberculose
pulmonar e intestinal, com lesões em reto, cólon e íleo terminal de
aspecto atípico. Material e Métodos: Revisão de prontuário de
paciente da enfermaria de Gastroenterologia do HUAP e revisão de
literatura no UpToDate. Relato de caso: Paciente masculino, 40
anos, iniciou 6 meses antes da internação diarreia líquida, cerca de 15
episódios/dia, associada à perda ponderal de 12 kg no período. Após
5 meses do início do quadro, surgiram tosse seca, febre vespertina
e sudorese noturna. Exame físico evidenciando desnutrição e
desidratação importantes e crepitações em 2/3 inferiores do
hemitórax direito; PPD não reator, HIV negativo, e colonoscopia que
evidenciou úlceras profundas, distribuídas pelo reto, cólon e íleo
distal. Após BAAR do escarro positivo, foi iniciado tratamento com
esquema RHZE para tuberculose com importante melhora do quadro
intestinal. Realizada colonoscopia após 3 semanas de tratamento com
relevante melhora das lesões. Conclusão: A localização atípica, bem
como o aspecto não característico das lesões ulceradas tornou difícil
o diagnóstico endoscópico, sendo o diagnóstico etiológico sugerido
pela história clínica, histologia compatível das biópsia colônicas, e a
rápida reposta ao esquema RHZE.
Relato de caso: Vólvulo Gástrico
Apresentação Crônica
Temário: Gastroenterologia / Estômago/Duodeno
Autores / Nome para Referência / Instituição: ODERY RAMOS
JÚNIOR / RAMOS JR, O / HC-UFPR; RICARDO MONTE JÚNIOR /
MONTE JR, R / HC-UFPR; KELLY CRISTINA VIEIRA / VIEIRA, KC /
UFPR HC; BRUNO EUGÊNIO CANHETTI MONDIN / MONDIN, BEC
/ HC-UFPR; FERNANDA BIZINELLI / BIZINELLI, F / HC-UPR;
LEONARDO PIAZZA / PIAZZA, L / HC-UFPR; SUSAN LOUISE KAKITANI
TAKATA / TAKATA, SLK / HC-UFPR; GIORGINA GOBBO / GOBBO, G
/ HC-UFPR.
Resumo
Introdução: Vólvulo gástrico é uma rotação anormal do
estômago maior que 180o e pode causar obstrução e resultar em
encarceramento e estrangulamento. Classifica-se em dois tipos:
organoaxial e mesenteroaxial. Tem como apresentação clássica
a tríade de Borchardt (dor epigástrica; náuseas com intenção de
vômitos, sem sucesso; e impossibilidade de passagem de sonda
nasogástrica). Objetivo: Relatar um caso clínico de vólvulo gástrico
com apresentação crônica. Caso: Paciente feminina, 60 anos, iniciou
em 2006 com sintomas típicos DRGE. Realizou EDA que mostrou
hérnia de hiato por deslizamento de moderado volume e esofagite
erosiva distal leve; iniciado omeprazol com boa resposta. Em 2009,
iniciou com dor epigástrica associado à plenitude pós-prandial.
Realizou US abdominal em mai/10 normal e nova EDA em set/09
que mostrou hérnia de hiato mista. Realizado seriografia que mostrou
estômago parcialmente herniado para o interior do tórax, antro
deslocado superiormente, com imagem sugestiva de vólvulo gástrico
mesenteroaxial associado à volumosa hérnia paraesófagica. Plano de
tratamento cirúrgico. Discussão: Os vólvulos gástricos são sub-
diagnosticados e divididos em idiopáticos, adquiridos e congênitos.
Podem se apresentar de forma aguda, com dor epigástrica ou no
hipocôndrio esquerdo de forte intensidade e súbita, e crônica,
com sintomas gástricos inespecíficos. Normalmente manejada com
tratamento cirúrgico. O vólvulo gástrico deve entrar no diagnóstico
diferencial de dor epigástrica.
Relato de caso:
gastroduodenopancreatectomia
em Tumor Sólido Pseudopapilar do
Pâncreas (Tumor de Frantz)
Temário: Cirurgia / Pâncreas
Autores / Nome para Referência / Instituição: LUIZ CARLOS
VON BAHTEN / BAHTEN,LC / PUC PR; NERTAN LUIZ TEFILLI / TEFILLI,
NL / PUC PR; MARIANA TAÍS FERREIRA MOREIRA / MOREIRA, MTF
/ PUC PR; SORAYA LÚCIA NERES DE SOUZA / SOUZA, SLN / PUC
PR; ROSANA HAPSI ISA / ISA, RH / PUC PR; LAÍS PRIGOL / PRIGOL,
L / PUC PR.
Resumo
O tumor sólido cístico-papilar do pâncreas é raro e acomete
mais o sexo feminino. Chamado também de tumor de
Frantz, tem etiopatogenia desconhecida, baixo potencial de
malignidade e bom prognóstico. O tratamento de escolha é
cirúrgico. Relato de caso de uma paciente feminina, 16 anos,
admitida do Hospital Universitário Cajuru com dor progressiva
em hipocôndrio direito associado ao esforço físico, sinal de
Murphy positivo e sem sinais de peritonite, há uma semana.
Pregressamente apresentava dor em epigástrio, autolimitada,
após esforço físico. A ultrassonografia e TAC compatíveis
com nódulo em cabeça de pâncreas medindo 5 a 6 cm, sem
invasão vascular. Na RNM presença de nódulo em cabeça de
pâncreas, medindo 6 cm,de aspecto pseudocistico, compatível
com tumor de Frantz. Realizada cirurgia de Wipple com
preservação esplênica, jejunostomia em hipocôndrio esquerdo
e colocação de dreno de Blake à direita do abdome. Evoluindo
bem no pós-operatório, permaneceu em UTI por cinco dias,
sem intercorrências. O anatomopatológico revelou massa
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
sólida e cística bem delimitada e histopatológico de neoplasia
sólida pseudopapilífera com invasão vascular. Evoluiu bem, alta
hospitalar no 20º dia de PO, retirado a jejunostomia após 3 dias
da alta, segue em acompanhamento ambulatorial. Em pacientes
jovens com massas volumosas pancreáticas bem delimitadas
deve ser considerado esse diagnóstico.Os achados clínicos e
radiológicos são importantes para o diagnóstico correto.
Remissão do Diabetes Tipo II em
Pacientes Obesos Mórbidos Submetidos
à Exclusão Duodenal
Temário: Cirurgia / Obesidade
Autores / Nome para Referência / Instituição: NICOLAU
FERNANDES KRUEL / KRUEL, N.F. / UNISUL; NICHOLAS TAVARES
KRUEL / KRUEL, N.T. / UNISUL; GILSON DE SOUZA SILVÉRIO /
SILVÉRIO. GS / UNISUL; MARCELO BORGES MOREIRA / MOREIRA.
MB / UNISUL; RAFAEL NUNES GOULART / GOULART, R.N. /
UNISUL; LÍGIA PIFFER DA SILVA / SILVA, L.P. / UNISUL; JULIANA
DOMINGOS DA ROCHA / ROCHA, JD / UNISUL; RAFAEL PUHL / 261
PUHL, R / UNISUL.
Resumo
Introdução: Diabetes Mellitus Tipo II (DM2) é uma doença
epidêmica, afetando mais de 150 milhões de pessoas. O método
mais eficaz para resolução da DM2 nos pacientes obesos
mórbidos é a cirurgia bariátrica. Objetivo: Analisar a prevalência
de DM2 em obesos mórbidos submetidos à cirurgia bariátrica
no HRSJ e sua resolução. Método: No período de janeiro de
2003 a dezembro de 2009, 245 pacientes foram submetidos
à cirurgia bariátrica por uma das seguintes técnicas: Bypass
gástrico em Y de Roux (grupo 1) e Derivação Biliopancreática
(grupo 2). Resultados: O grupo 1 mostrou maior redução
do IMC comparativamente ao grupo 2. Há redução de HAS
e DM2 em ambos os grupos. A prevalência de DM2 nesses
pacientes foi de 17%, dentre estes 75,6% do sexo feminino.
Na totalidade 30 não eram insulinodependentes e a remissão
foi sobre 100% dos pacientes, os outros 12 pacientes eram
insulinodependentes os quais a evolução foi da seguinte forma:
4 pacientes apresentaram uma remissão completa da DM2; 5
pacientes ajustes frequentes nas doses de insulina até a retirada
completa e introdução de terapêutica de hipoglicemiante oral,
3 diminuíram a dose de insulina em 50% ou mais. Conclusão:
A expectativa de perda do excesso de peso corporal após a
cirurgia bariátrica foi satisfatória na maioria dos pacientes.
O controle glicêmico demonstrou remissão na maioria dos
pacientes, nos restantes houve mudanças terapêuticas como
redução de doses de insulina ou a introdução de medicação via
oral nesses pacientes.

Remoção de Múltiplos Corpos Estranhos
do Esôfago Via Endoscopia Digestiva Alta:
Relato de Caso
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para Referência / Instituição: CARLENO DA
SILVA COSTA / COSTA, CS / UFPA; LUIZ CARLOS ALMEIDA COSTA /
COSTA, LCA / GASTROCLÍNICA-MARABÁ; LUIGI CARLO DA SILVA COSTA
/ COSTA, LCS / UFPA; BERNARD COSTA FAVACHO / FAVACHO, BC /
UFPA; LUIZ FERNANDO RIBEIRO DE MIRANDA MOURÃO / MOURÃO,
LFRM / UFPA.
Resumo
Introdução: A impactação de moedas no esôfago é um acidente
bastante frequente em crianças, sendo o corpo estranho no esôfago
o mais encontrado (35%). A faixa etária de maior incidência é entre
2 e 5 anos de idade (40% dos casos), com ligeira predominância
do sexo masculino (60%). O local de impactação mais frequente
é o esôfago cervical (64%), com 36 % em esôfago torácico. Nem
262 sempre a criança relata a ingestão, esta também sendo raramente
testemunhada por alguém. O objetivo do estudo é enfatizar o caso
de uma criança de 3 anos de idade com 3 moedas impactadas no
esôfago diagnosticadas por endoscopia digestiva alta (EDA). Relato
de caso: ABS, 3 anos, sexo masculino, procedente de Marabá-PA,
deu entrada no serviço de endoscopia digestiva e gastroenterologia
da região apresentando sialorreia, disfagia e desconforto torácico.
Exame físico sem anormalidades. Segundo a mãe da criança, achava
que ele havia ingerido uma moeda, mas não tinha certeza. Foi realizado
EDA com achado de 3 corpos estranhos discoides semelhantes à
moeda em terço superior do esôfago ao nível do cricofaríngeo.
Foram retiradas com pinça de corpo estranho. Conclui-se que a
história clínica é de fundamental importância para fazer o diagnóstico
desse tipo de acidente. Achados radiológicos podem ser solicitados
para confirmar corpo estranho do tipo moeda. O diagnóstico desse
paciente foi realizado mediante história clínica e através da EDA que
evidenciou as moedas e as removeu sem nenhuma complicação.
Remoção de Prótese Esofágica Migrada:
Como Evitar Traumatismos ao Esôfago
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para Referência / Instituição: CEZAR FABIANO
MANABU SATO / SATO, CFM / ICESP; BRUNO DA COSTA MARTINS
/ MARTINS, BC / ICESP; FELIPE ALVES RETES / RETES, FA / ICESP;
FÁBIO SHIGUEHISSA KAWAGUTI / KAWAGUTI, FS / ICESP; FÁBIO YUJI
HONDO / HONDO, FY / ICESP; MAURÍCIO SORBELLO / SORBELLO,
M / HCFMUSP; MARCOS ROBERTO TACCONI / TACCONI, MR /
ICESP; FAUZE MALUF-FILHO / MALUF-FILHO, F / ICESP.
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
Resumo
Paciente de 79 anos, sexo masculino, com neoplasia metastática
de esôfago, recebendo tratamento paliativo quimioterápico, foi
submetido à implantação de prótese de esôfago (Hanarostent) para
alívio da disfagia. No 4o ciclo de QT, o paciente procurou o hospital
com queixa de piora da disfagia, e foi submetido à endoscopia de
urgência, a qual evidenciou redução significativa da lesão e migração
da prótese esofágica para a câmara gástrica. O stent possuía um laço
na sua extremidade proximal para sua constrição, no entanto, devido
à falta de um ponto de ancoragem, esta constrição não era possível.
Neste vídeo demonstramos uma técnica simples que permite a
remoção da prótese migrada com facilidade. Utilizamos uma pinça
de corpo estranho, a qual foi inserida em um empurrador de prótese
biliar de 10Fr, e todo o conjunto foi passado pelo canal terapêutico
de um endoscópio de duplo canal. O laço da prótese foi apreendido
com a pinça dente de rato, a qual foi recolhida para o interior do
empurrador de prótese, o que permitiu a constrição da extremidade
do stent, possibilitando sua remoção sem traumatismos à mucosa
esofágica.
Remoção Endoscópica de Corpo Estranho
com Transfixação Esofágica
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para Referência / Instituição: CAMILA PILATI
DRAGO / DRAGO, CP / HSVP; DANIEL NAVARINI / NAVARINI, D /
HSVP; LEONARDO VOGLINO WINKELMANN / WINKELMANN, LV /
HSVP; PETERSON LODI / LODI, P / HSVP; ALEX LAZZARI DORNELLES
/ DORNELLES, AL / HSVP; CAMILA BUENO FONSECA / FONSECA, CB
/ HSVP; KEVIN VERDIN PHILLIPS / PHILLIPS, KV / HSVP; IRAN DOS
SANTOS MORAES JR. / MORAES JR., IS / HSVP.
Resumo
Introdução e Objetivos: Lesões por perfuração esofágica
podem acometer estruturas importantes como aorta torácica,
ducto torácico e via aérea superior, colocando em risco a vida
do paciente. A endoscopia digestiva alta (EDA) é utilizada
para diagnóstico e tratamento. Este trabalho relata um caso de
corpo estranho (CE) com transfixação da parede esofágica.
Metodologia: Paciente encaminhada por impactação de
fragmento ósseo no terço médio do esôfago com tentativa prévia
de retirada por EDA. A tomografia demonstrou CE transfixando o
esôfago, com extremidade anterocranial a 5 mm da carina traqueal
e extremidade posterocaudal em contato com a aorta torácica.
Durante EDA em ambiente cirúrgico foi tracionado o fragmento
no sentido anterocaudal, liberando a extremidade posterior com
retirada do CE, sem complicações. Discussão: A ingestão de
corpos estranhos é mais prevalente na primeira década de vida.
Os objetos inorgânicos mais ingeridos são moedas metálicas, e
os orgânicos osso e carne. O local mais frequente de impactação
é a porção cervical do esôfago (esfíncter esofágico superior em
71% dos casos). A transfixação de corpo estranho no esôfago é
uma emergência médica. Os casos de complicações são baixos
e vão desde lacerações na mucosa até quadros complexos de
perfuração. Conclusão: A transfixação do esôfago por CE é
uma urgência médica que deve passar por avaliação minuciosa e
manipulação planejada, sendo a EDA bastante útil.
Remoção Endoscópica de Dispositivo
Temporário Metálico (Endobarrier) após
Ruptura de Fio de Segurança
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para Referência / Instituição: EDUARDO
GUIMARÃES HOURNEAUX DE MOURA / MOURA, EGH / HC-FMUSP;
GUILHERME SAUNITI LOPES / LOPES, GS / HC-FMUSP; BRUNO DA
COSTA MARTINS / MARTINS, BC / HC-FMUSP; IVAN ROBERTO
BONOTTO ORSO / ORSO, IRB / HC-FMUSP; SUZANA LOPES DE
OLIVEIRA / OLIVEIRA, SL / HC-FMUSP; MANOEL DOS PASSOS
GALVÃO-NETO / GALVÃO-NETO, MP / GASTRO OBESO CENTER;
MARCIO CORREA MANCINI / MANCINI, MC / HC-FMUSP; MARCO
AURÉLIO SANTO / SANTO, MA / HC-FMUSP; PAULO SAKAI / SAKAI,
P / HC-FMUSP; ALMINO CARDOSO RAMOS / RAMOS, AC / GASTRO
OBESO CENTER; ARTHUR BELARMINO GARRIDO-JÚNIOR / GARRIDO-
JÚNIOR, AB / HC-FMUSP; ALFREDO HALPERN / HALPERN, A /
HC-FMUSP; IVAN CECCONELLO / CECCONELLO, I / HC-FMUSP.
Resumo
Introdução: O dispositivo de exclusão duodeno-jejunal endos-
cópico temporário (Endobarrier®) é empregado no tratamento
pré-operatório dos pacientes obesos mórbidos, particularmente no
paciente diabético tipo 2 com boa reserva funcional pancreática.
CASUÍSTICA Os autores apresentam vídeo de complicação pós-
implante do dispositivo Endobarrier®. A aposição do Endobarrier® foi
realizada no Serviço de Endoscopia Gastrointestinal do HC-FMUSP,
sob protocolo institucional. Método: A remoção do dispositivo
Endobarrier® após um ano de implatação envolve dificuldade de
ordem técnica em decorrência da reação granulomatosa ao nível
da porção metálica do stent e das hastes da fixação podendo
levar à ruptura do fio de segurança. Resultados: Houve sucesso
na remoção do dispositivo embora de elevada dificuldade técnica
sendo realizada mobilização do mesmo com auxílio de técnicas de
ressecção e manobras para mobilização do dispositivo, incluindo
emprego de gás de argônio associado a pinça de corpo estranho.
Após o deslocamento do dispositivo do duodeno à câmara gástrica, é
imprescindível proteger o corpo com intuito de preservar a transição
esofagogástrica e integridade do órgão. Conclusão: A experiência
em terapêutica endoscópica permite ao endoscopista lançar mão de
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
diferentes técnicas para remoção de difíceis corpos estranhos, tais
como o referido dispositivo com sucesso.
Ressecção Submucosa de
Adenocarcinoma Gástrico Precoce
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para Referência / Instituição: GUILHERME
GOMES / GOMES GF / HOSPITAL NOSSA SENHORA DAS GRACAS;
RAFAEL NODA / NODA R / HNSG; JOSE LUIS CARVALHO / CARVALHO
JL / HNSG; EDUARDO BONIN / BONIN E / HNSG; RENATO SOARES
/ SOARES R / HT; THIENES LIMA / LIMA T / HNSG.
Resumo
Os autores apresentam um caso de ressecção submucosa de um
adenocarcinoma gástrico precoce.
Ressecção de GIST Duodenal 263
Laparoscópico
Temário: Cirurgia / Estômago
Autores / Nome para Referência / Instituição: BRUNO
ZILBERSTEIN / ZILBERSTEIN, B / HCFMUSP; THIAGO SHIGUEYOSHI
OTSUZI / OTSUZI, TS / HCFMUSP; HENRIQUE DAMETTO GIROUD
JOAQUIM / JOAQUIM, HDG / HCFMUSP; EDNO TALES BIANCHI
/ BIANCHI, ET / HCFMUSP; IVAN CECONELLO / CECONELLO, I /
HCFMUSP; OSMAR KENGI YAGI / YAGI, OK / HCFMUSP;
DONATO ROBERTO MUCERINO / MUCERINO, DR / HCFMUSP;
MARCUS FERNANDO KODAMA PERTILLE RAMOS / RAMOS, MFKP /
HCFMUSP; CARLOS EDUARDO JACOB / JACOB, CE / HCFMUSP;
CLAUDIO JOSÉ CALDAS BRESCIANI / BRESCIANI, CJC / HCFMUSP;
ULYSSES RIBEIRO JR / RIBEIRO, U / HCFMUSP.
Resumo
A laparoscopia é uma boa opção para ressecção de tumores
gastrointestinais. Paciente de 70 anos, com hipertensão arterial
sistêmica e dois acientes vasculares cerebrais isquêmicos prévios,
com história de empachamento pós prandial e vômitos. Nega
emagrecimento no período ou antecedentes familiares de neoplasia.
Realizada Endoscopia Digestiva Alta que revelou em duodeno
retração bulbar leve, sem lesões. Realizada tomografia (TC) que
revelou massa hipervascularizada, com grande cavitação, com
11cm originária da terceira e quarta porções duodenais e jejuno
proximal. Foi então indicada enteroscopia que revelou lesão elevada
infiltrativa em quarta porção duodenal. O exame anatomopatológico
revelou tumor do estroma gastrointestinal (GIST) subtipo fusiforme,
CD117 (ckit) positivo. Instituido tratamento com infliximab por 6

meses. Nova TC revelou redução de lesão expansiva de 6cm, sendo
indicada ressecção da lesão por laparoscopia. Realizada enterectomia
segmentar com reconstrução primária, sem intercorrências. O vídeo
apresentado demonstra a ressecabilidade videolaparoscópica de
tumores estromais gastrointestinais. A histologia da peça mostrou
tumor de estroma gastrointestinal de 5,5cm, padrão fusiforme, de
quarta porção duodenal, com margens livres, com estadiamento pT3.
O paciente recebeu alta no 10o pós-operatório com boa aceitação
de dieta. Conclusão: A videolaparoscopia se demonstra como boa
alternativa de via de acesso para ressecções de tumores de duodeno
e intestino delgado.
Ressecção Endoscópia do Adenoma de
Papila
Temário: Endoscopia / Colangiopancreatografia
endoscópica retrógrada
Autores / Nome para Referência / Instituição: CARLOS
KIYOSHI FURUYA JUNIOR / FURUYA JUNIOR, CK / ENDOSCOPIA
FMUSP; ANDRÉ AUGUSTO WANDERLEY TOBARU / TOBARU, AAW
264 / ENDOSCOPIA FMUSP; LUCIANA CLEAVER AUN / AUN, LC /
ENDOSCOPIA FMUSP; FLÁVIO COELHO FERREIRA / FERREIRA, FC
/ ENDOSCOPIA FMUSP; SILVIA MANSUR REIMÃO / REIMÃO, SM
/ ENDOSCOPIA FMUSP; GUSTAVO MELO BENEVIDES / BENEVIDES,
GM / ENDOSCOPIA FMUSP; EDUARDO GUIMARÃES HOURNEAUX DE
MOURA / MOURA, EGH / ENDOSCOPIA FMUSP; PAULO SAKAI /
SAKAI, P / ENDOSCOPIA FMUSP.
Resumo
Introdução: Tumores de papila de Vater são raros, com prevalência
de 0,04 a 0,12%. Podem ocorrer como lesões esporádicas ou em
pacientes portadores de polipose adenomatosa familiar (PAF). O
adenoma de papila maior apresenta alto risco de malignização, sendo
importante causa de morte em pacientes com PAF após colectomia. A
remoção da lesão é mandatória. Entretanto, a escolha do tratamento,
cirúrugico ou endoscópico, ainda é controversa. Objetivo: Relato
de paciente portadora de PAF submetida à ressecção endoscópica
de adenoma de papila. Relato: N.A.L., 48 anos, sexo feminino.
Realizou endoscopia digestiva alta pela queixa de epigastralgia e
dor abdominal inespecífica. Foram observados múltiplos pólipos
gástricos e duodenais, além de lesão elevada, lobulada, de aspecto
adenomatoso, acometendo a papila duodenal maior. A ecoendoscopia
mostrou que a lesão poupava a camada muscular própria e ausência
de linfonodomegalia. Foi ressecada endoscopicamente em pieacemeal
(2 fragmentos), seguida de passagem de pancreática. Realizado
passagem de prótese biliar plástica devido à coledocolitíase. O
procedimento foi realizado sem intercorrências e a paciente evoluiu
bem, recebendo alta hospitalar após 48 horas. A paciente realizou
radiografia simples de abdome em uma semana, que mostrou
migração da prótese pancreática. Após 4 semanas retornou para
tratamento retirada de prótese biliar e remoção dos cálculos.
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
Ressecção Endoscópica de Lesão
Subepitelial Esofagiana
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para Referência / Instituição: DALTON
MARQUES CHAVES / CHAVES, DM / UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO;
BRUNO FREDERICO MEDRADO / MEDRADO, BF / UNIVERSIDADE
DE SÃO PAULO; MAURICIO PAULIN SORBELLO / SORBELLO, MP /
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO; EDUARDO GUIMARÃES HOURNEAUX
DE MOURA / MOURA, EGH / UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO; PAULO
SAKAI / SAKAI, P / UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO.
Resumo
Introdução: As lesões subepiteliais do trato digestivo são
de detecção geralmente incidental. Entre as principais lesões
subepiteliais do esôfago encontram-se os leiomiomas, os tumores
de células granulares e leiomiossarcomas. Objetivo: Demonstrar
um vídeo de ressecção endoscópica por técnica de ”it-knife”. Caso:
Paciente do sexo feminino, 17 anos, com quadro de epigastralgia
realizou endoscopia digestiva alta com identificação de lesão de
aspecto subepitelial em terço distal esofagiano medindo cerca de
2 cm, posteriormente confirmada por ecoendoscopia. Realizada
dissecção endoscópica com histopatológico evidenciando ressecção
completa de leiomioma. Discussão: A ecoendoscopia se constitui
no método mais sensível para o diagnóstico de lesões subepiteliais
ainda permitindo a realização de biópsias. A dissecção endoscópica
é uma terapêutica possível nesse tipo de lesão, porém é possível a
realização de seguimento clínico com endoscopia anual em lesões
menores que 2 cm, assim como, outros métodos de ressecção e
cirurgia em lesões maiores que 2 cm.
Ressecção Endoscópica de Tumor
Carcinoide de Duodeno : Relato de um
Caso
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para Referência / Instituição: JEANY BORGES
E SILVA RIBEIRO / RIBEIRO,JBS / HGCC; ARTHUR ALENCAR ARRAIS DE
SOUZA / DE SOUSA, AAA / HGCC; FABRÍCIO DE SOUZA MARTINS /
MARTINS,FS / HGCC; FRANCISCO SERGIO RANGEL DE PAULA PESSOA
/ PESSOA,FSRP / PROGASTRO,HGCC; FRANCISCO PAULO PONTE PRADO
JUNIOR / PRADO JÚNIOR,FPP / HGCC; RICARDO RANGEL DE PAULA
PESSOA / PESSOA, RRP / PROGASTRO, HGCC.
Resumo
Introdução: Os tumores carcinoides são de crescimento lento
e geralmente tornam-se sintomáticos no tardiamente no decurso
da doença. O duodeno apresenta uma incidência de 3,8%
dos tumores carcinoides gastrintestinais. Relato de Caso:
Paciente feminino, 73 anos, com plenitude pós-prandial, realizou
Endoscopia Digestiva Alta que detectou lesão tumoral com
diâmetro aproximado de 6 mm, sugestiva de tumor carcinoide.
Foi realizada a ressecção endoscópica da lesão, apresentando
hemorragia em jato, que cedeu com injeção de adrenalina e
aposição de clipe metálico. O anatomopatológico reveleu tratar-
se de tumor carcinoide de duodeno, porém com margem inferior
comprometida. Paciente evoluiu bem, sem queixas clínicas pós-
procedimento, com melhora do quadro inicial e encaminhado à
cirurgia. Considerações Finais: A ressecção endoscópica de
tumores carcinoides duodenais, não peri-ampulares, menores de
1cm e limitados à submucosa, é um tratamento extremamente
seguro e confortável para o paciente, no entando tem as suas
limitações.
Ressecção Transanal Endoscópica
Microcirúrgica para o Tratamento do
Câncer do Reto Distal após Radio e
Quimioterapia Neoadjuvante
Temário: Cirurgia / Cólon
Autores / Nome para Referência / Instituição: RODRIGO
OLIVA PEREZ / PEREZ, RO / USP; IAJG; PATRÍCIO LYNN / LYNN, P
/ IAJG; GUILHERME PAGIN SÃO JULIÃO / SÃO JULIÃO, GP / USP;
IGOR PROSCURSHIM / PROSCURSHIM, I / USP; ANGELITA HABR-GAMA
/ HABR-GAMA, A / IAJG; JOAQUIM GAMA-RODRIGUES / GAMA-
RODRIGUES, J / IAJG.
Resumo
Introdução: A QRT neoadjuvante é o tratamento inicial de
escolha no câncer de reto distal localmente avançado. Em
casos selecionados de tumores com maior regressão do tumor,
a ressecção transanal pode oferecer alternativa cirúrgica.
Métodos: Pacientes com câncer de reto distal submetidos à QRT
neodjuvante e com tumores residuais superficiais e sem evidência
radiológica de metástases linfonodais submetidos à ressecção
transanal endoscópica microcirúrgica (TEM/TEO) foram incluidos.
O fechamento primário da ferida operatória sempre foi realizado.
Resultados: 28 pacientes foram incluidos. 50% do sexo
masculino, mediana de idade 59.5 anos. A distância da borda anal
média de 3.6cm e tamanho final médio de 2.0cm, 15 pacientes
tiveram deiscência da linha de sutura e 10 exigiram reinternação.
Todos os tiveram ressecção com margens livres (R0). 3 casos
ypT0, 5 ypT1, 15 ypT2 e yp3 T3. 5 pacientes apresentaram graus
mais significativos de regressão tumoral (TRG 3 e 4). Recidiva
local em 6 pacientes (21%). 6 pacientes com recidiva sistêmica
exclusiva e 4 com recidiva combinada após seguimento médio de
12.4 meses. A sobrevida livre de recidiva local em 24 meses foi de
78.5%. Conclusões: A ressecção por TEM é alternativa cirúrgica
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
eficiente permitindo ressecção do tumor primário com margens
livres. Pode oferecer bons resultados de controle local da doença
em pacientes selecionados como alternativa à amputação do reto
ou anastomose coloanal com anastomose interesfincteriana.
Ressecções Colorretais e Hepáticas
Sincrônicas por Laparoscopia no
Tratamento com Intenção Curativa do
Câncer de Reto: Experiência Inicial
Temário: Cirurgia / Cólon
Autores / Nome para Referência / Instituição: CARLOS
FREDERICO SPARAPAN MARQUES / MARQUES, CFS / ICESP/FMUSP;
FABIO FERRARI MAKDISSI / MAKDISSI, FF / ICESP/FMUSP; GUILHERME
CUTAIT COTTI / COTTI, GC / ICESP/FMUSP; CAIO SERGIO R NAHAS
/ NAHAS, CSR / ICESP/FMUSP; ULYSSES RIBEIRO JR / RIBEIRO JR,
U / ICESP/FMUSP; SERGIO C NAHAS / NAHAS, SC / ICESP/FMUSP;
PAULO HERMAN / HERMAN, P / ICESP/FMUSP; EDNO TALES BIANCHI
/ BIANCHI, ET / ICESP/FMUSP; MARCEL AUTRAN MACHADO /
265
MACHADO, MA / ICESP/FMUSP; IVAN CECCONELLO / CECCONELLO,
I / ICESP/FMUSP.
Resumo
A ressecção oncológica continua sendo o pilar do tratamento com
intenção curativa do adenocarcinoma colorretal com metástases
hepáticas. Novas drogas quimioterápicas e esquemas combinados
com radioterapia permitiram a melhora de sobrevida e aumento
do número de candidatos ao tratamento cirúrgico. Os tratamentos
neoadjuvante e adjuvante podem retardar a abordagem das
metástases hepáticas. Em casos selecionados, a ressecção conjunta
do tumor primário e das lesões hepáticas pode ser adequadamente
realizada por via convencional, sem aumento de morbi-mortalidade.
Avaliar a experiência inicial das ressecções colorretais e hepáticas em
tempo único por laparoscopia no tratamento do câncer colorretal no
Hospital das Clínicas/Instituto do Câncer de São Paulo da Faculdade
de Medicina da Universidade de São Paulo.
Ressecções Endoscópicas dos Tumores
de Células Granulares (TCG) no Esôfago
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para Referência / Instituição: CLAUDIO
ROGERIO SOLAK / SOLAK, CR / HSL SP; RODRIGO R ZAGO / ZAGO,
RR / HSL SP; DANIEL MORIBE / MORIBE, D / HSL -SP; MARCO
AURELIO D‘ASSUNCAO / D‘ASSUNCAO, MA / HSL -SP; CAROLINA
VIANA TEIXEIRA / TEIXEIRA,CV / HSL SP; ALVARO MOURA SERAPHIM
/ SERAPHIM, AM / HSL SP; CLAUDIO R SOLAK / SOLAK, CR / HSL
SP; KIYOSHI HASHIBA / HASHIBA, K / HSL SP.

Resumo
Introdução: Os tumores de células granulares (Abrikossoff) são
originados das células de Schwann e mais frequentes no esôfago.
Apresentam risco de malignização (1-3%). Preconiza-se o seguimento
anual para os TCG menores que 1 cm. A ressecção endoscópica
esta indicada para TCGs menores que 2 cm, limitados a submucosa.
Objetivo: Relatar tratamento endoscópico de dois pacientes com
TCG esofágicos. Casuística: Caso 1 - sexo masculino, 66 anos,
queixa de epigastralgia. Lesão elevada no esôfago distal que foi
biopsiada, com diagnóstico de TCG. Caso 2 - sexo feminino, 19
anos, queixas dispépticas. Lesão elevada em esôfago distal, com
aspecto endoscópico sugestivo de TCG e ecoendoscopia com
lesão restrita a submucosa. Métodos: A lesão do paciente 1 foi
submetida à ressecção endoscópica pela técnica de dissecção
submucosa (ESD). Utilizou-se estilete (needle knife) para marcação,
“IT-knife” para dissecção. Utilizada solução de manitol com azul de
metileno para confecção da bolha. No paciente 2, optou-se pela
ressecção endoscópica utilizando-se a técnica de mucosectomia
(EMR). Foi realizada a injeção submucosa de solução salina 0,9%
266 com elevação da lesão, ressecção com alça de polipectomia. Ambos
procedimentos foram realizados com bisturi de corrente pulsada
“ERBE”. Resultados: Lesões foram ressecadas, tendo a primeira
0,6 cm e a segunda 1cm e margens histológicas livres. Não houve
complicações. Conclusões: As ressecções endoscópicas dos TCG
do esôfago são métodos seguros de tratamento.
Resultados a Longo Prazo da Ablação
Endoscópica do Esôfago de Barrett
(EB) por Eletrocoagulação com Argônio
(APC): A recidiva de EB é associada à
falta de controle da DRGE
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para Referência / Instituição: JÚLIO PEREIRA
LIMA / LIMA, JP / FUGAST; HAMZE BAHJAT BOU HAMIE / HAMIE,
HBB / FUGAST; JOÃO FRANCISCO NAVARRO REOLON / REOLON,
JFN / FUGAST; CLÁUDIO R. TEIXEIRA / TEIXEIRA, CR / FUGAST;
CARLOS SAUL / SAUL, C / FUGAST; CIBELE CANALI / CANALI, C
/ FUGAST; LUCIANA FIGUEIREDO / FIGUEIREDO, L / FUGAST;
RONALDO TORRESINI / TORRESINI, R / FUGAST.
Resumo
Introdução e Objetivos: Ablação do EB pode ser obtida com
diferentes técnicas, entretanto mucosa do Barrett sob o neoepitélio
escamoso é descrita em até 40% das séries. Este estudo visa
averiguar os resultados a longo prazo de uma técnica agressiva de
ablação com APC. Materiais/Métodos: Entre 1997 e 2004, 117
pacientes com EB foram tratados com APC em alta potência e longo
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
tempo de contato. Destes 117 casos, 89 foram revisados entre 2009
e 2011-x=52a–16-84(49M, 40F); extensão média 3,3(1-8)cm; 38
casos apresentavam displasia de baixo grau e 6, displasia de alto
grau ou ca intramucoso (4 realizaram também mucosectomia). Os
89 casos seguidos após a ablação eram submetidos à endoscopia
com 6 biópsias por cm de neomucosa escamosa anualmente e
ao controle da acidez. Resultados: O seguimento médio obtido
foi de 8 anos (5-12). Houve 9 recidivas de EB; pacientes que no
controle inicial não apresentavam EB e em seguimentos a posteriori
apresentavam esofagite erosiva e a seguir EB de novo. Todos esses
casos apresentaram falha da cirurgia antirrefluxo (n=8) ou má
aderência à medicação (n=1). Não houve recidiva de displasia ou ca
intramucoso, nem mucosa de Barrett sob neomucosa escamosa em
mais de 3000 amostras coletadas. Conclusão: A ablação do EB com
APC (aliado ou não à mucosectomia), quando realizada com técnica
adequada (cauterização atingindo a submucosa) é bastante eficaz
a longo prazo. Caso a DRGE não seja controlada, esses pacientes
apresentam recidiva da mucosa de Barrett.
Resultados da Mucosectomia no
Tratamento da Neoplasia Gástrica
Precoce no Gastrocentro - Unicamp
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para Referência / Instituição: TATIANA
COSTALLAT RICCI / RICCI TC / UNICAMP; LEONARDO NOGUEIRA
TAVEIRA / TAVEIRA LN / UNICAMP; CRISTIANE KIBUNE NAGASAKO
/ NAGASAKO CK / UNICAMP; PATRICIA FRIZZARINI EXPOSITO /
EXPOSITO PF / UNICAMP; CIRO GARCIA MONTES / MONTES CG
/ UNICAMP; FABIO GUERRAZZI / GUERRAZZI F / UNICAMP;
JOSE OLYMPIO MEIRELLES DOS SANTOS / MEIRELLES-SANTOS O /
UNICAMP.
Resumo
Introdução: Os adenomas e os adenocarcinomas gástricos
precoces não ulcerados e bem diferenciados (ABD) menores que
2cm podem ser tratados curativamente através da mucosectomia
(EMR). Objetivo: Avaliar resultados e complicações relacionadas
ao procedimento e recidiva nos pacientes submetidos à EMR.
Casuística e Metodologia: No período de 02/2005 a 07/2011
dez pacientes foram submetidos à EMR para tratamento de lesões
neoplásicas do estômago. Foram acompanhados prospectivamente
quanto aos resultados iniciais e complicações. Nove eram do sexo
masculino, com idade média de 59,2 (50 a 73 anos). Resultados: 6
eram portadores de ABD e 4 adenomas. Cinco no antro, 3 no corpo,
1 no fundo e 1 na cárdia. Tamanho médio de 16mm (7 a 35mm) com
duração média do procedimento de 25 min (20 a 30 min). O estudo
histopatológico demonstrou 3 casos de ABD em adenoma com
displasia de alto grau. Em 1 paciente, a biópsia mostrou adenoma
com displasia de alto grau e a peça cirúrgica demonstrou ABD em
adenoma. Dois pacientes apresentaram comprometimento das
margens (1 profunda e 1 lateral) pós ressecção. Durante seguimento
médio de 17 meses (1-36) 1 paciente apresentou recidiva neoplasica
na cicatriz da ressecção. Não ocorreram perfuração ou sangramento.
Conclusão: A mucosectomia é uma técnica factível no nosso
serviço com baixas complicações, porém com possibilidade do
comprometimento das margens de ressecção e recidiva local.
Resultados de 1 Ano do Dispositivo
Endobarrier no Controle de Peso e
Diabetes Tipo 2
Temário: Endoscopia / Intestino delgado
Autores / Nome para Referência / Instituição: EDUARDO G
H DE MOURA / MOURA, EGH / FMUSP; BRUNO DA C MARTINS
/ MARTINS,BC / FHMUSP; IVAN R B ORSO / ORSO, IRB /
FMUSP; GUILHERME S LOPES / LOPES,GS / FMUSP; SUZANA L
OLIVEIRA / OLIVEIRA,SL / FMUSP; MANOEL DOS P GALVÃO NETO
/ GALVÃO-NETO,MP / GASTROOBESOCENTER; MARCIO C MANCINI /
MANCINI,MC / FMUSP; MARCO A SANTO / SANTO,MA / FMUSP;
PAULO SAKAI / SAKAI,P / FMUSP; ALMINO C RAMOS / RAMOS,AC
/ GASTROOBESOCENTER; ARTHUR B GARRIDO JÚNIOR / GARRIDO-
JÚNIOR,AB / FMUSP; ALFREDO HALPERN / HALPERN,A / FMUSP;
IVAN CECCONELLO / CECCONELLO,I / FMUSP.
Resumo
Introdução: O EndoBarrier é um dispositivo endoscópico temporário
que promove a exclusão funcional do duodeno e tem se mostrado
efetivo na perda de peso e no controle da diabetes mellitus tipo 2
(DMT2). Objetivo: O objetivo deste estudo foi avaliar a eficácia e
segurança do dispositivo EndoBarrier implantado durante 1 ano em
pacientes diabéticos tipo 2 com obesidade mórbida. Métodos: 22
pacientes com DMT2 e com obesidade mórbida (média IMC= 44,8
kg/m2) foram submetidos ao implante do dispositivo EndoBarrier sob
anestesia geral e foram seguidos mensalmente durante 52 semanas.
Resultados: 13 pacientes completaram as 52 semanas de estudo
e a duração média de permanência com o dispositivo foi de 41,9
semanas. As remoções precoces foram devido a: deslocamento do
dispositivo (3), sangramento (1), dor abdominal (2), PI request (2)
e achado incidental de tumor maligno de ovário (1). Em análise de
intenção de tratamento (ITT), observamos redução estatisticamente
significante dos valores da glicemia de jejum (–30.3±10.2 mg/dL),
insulina (-7.3±2.6 µU/mL), e da hemoglobina glicada (–2.1%±0.3%).
Houve redução média de 18kg de peso absoluto (16% do peso total).
No final do estudo, 16 dos 22 pacientes apresentavam HbA1c<7%,
comparado com apenas 1/22 no início do estudo. Conclusões: o
dispositivo EndoBarrier implantado por 1 ano acarreta redução do
peso e controle glicêmico, representando alternativa não-cirúrgica
reversível à cirurgia bariátrica.
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
Resultados de Esofagogastrectomia
Total Seguido de Esofagocoloplastia no
Adenocarcinoma da Transição Esôfago-
Gástrica
Temário: Cirurgia / Estômago
Autores / Nome para Referência / Instituição: MAXWEL
CAPSY BOGA RIBEIRO / RIBEIRO, MCB / UNICAMP; GUILHERME
DELFINO CALOMENI / CALOMENI, GD / UNICAMP; JOÃO COELHO
DE SOUZA NETO / COELHO NETO, JS / UNICAMP; LUIZ ROBERTO
LOPES / LOPES, LR / UNICAMP; NELSON ADAMI ANDREOLLO /
ANDREOLLO, NA / UNICAMP.
Resumo
Introdução: Tumores da transição esôfago-gástrica representam
grande desafio para o cirurgião do aparelho digestivo. A estratégia
cirúrgica varia de acordo com o estadiamento e a extensão tumoral.
Em tumores de grandes dimensões, a esofagogastrectomia total
revela-se a melhor opção que respeita os princípios oncológicos.
267
Objetivo: Análise dos resultados das esofagogastrectomias totais
com reconstrução por esofagocoloplastias realizadas no período de
1987 a 2011. Resultados: Foram realizadas 16 esofagogastrectomias
totais, com idade média de 56± 7 anos, sendo 11 em homens e todos
os casos adenocarcinomas. A esofagocoloduodenoanastomose
foi realizada em 7 casos (44%) e esofagocolojejunoanastomose
em Y de Roux em 9 (56%). O tempo médio de hospitalização foi
de 25 dias, variando de 16 a 38. Em um seguimento máximo de 4
anos, observamos 5 óbitos (31%), sendo 3 por sepse, 1 por IAM
e 1 por TEP. Houve 5 (31%) casos de broncopneumonia, 2 (12%)
de ITU e 1 (6%) de AVC. Foram constatadas 7 (43%) fístulas da
anastomose esôfago-cólica cervical, sendo todas de tratamento
conservador. Por fim, estenose tardia da anastomose cervical ocorreu
em 5 (31%) pacientes, tratadas adequadamente com dilatações
locais. Conclusão: Esofagogastrectomias totais são procedimentos
com tempo operatório prolongado e com morbi-mortalidade não
desprezíveis, contudo, o benefício observado em parcela significativa
dos pacientes na forma de sobrevida em longo prazo indubitavelmente
justifica sua realização.
Resultados do Tratamento da Icterícia
Obstrutiva Maligna Através da Colocação
de Prótese Metálica Autoexpansível
Temário: Endoscopia / Colangiopancreatografia
endoscópica retrógrada
Autores / Nome para Referência / Instituição: MAURICIO
PAULIN SORBELLO / SORBELLO, MP / ICESP-FMUSP; BRUNO
FREDERICO MEDRADO / MEDRADO BF / ICESP-FMUSP; FABIO Y.
HONDO / HONDO, FY / ICESP-FMUSP; MARCELO SIMAS DE LIMA

/ LIMA, MS / ICESP-FMUSP; FABIO S. KAWAGUTI / KAWAGUTI, FS
/ ICESP-FMUSP; BRUNO DA COSTA MARTINS / MARTINS, BC /
ICESP-FMUSP; FELIPE ALVES RETES / RETES, FA / ICESP-FMUSP;
FAUZE MALUF FILHO / MALUF FILHO, F / ICESP-FMUSP.
Resumo
Introdução: a drenagem biliar endoscópica tornou-se o
procedimento padrão para paliação da obstrução biliar maligna
extra-hepática. O uso de próteses metálicas autoexpansíveis
(PMAE) apresenta bons resultados quando comparado a
outras técnicas. Objetivo: avaliar os resultados do tratamento
endoscópico paliativo da obstrução biliar maligna extra-hepática,
com colocação de PMAE, realizadas no Serviço de Endoscopia
Digestiva do ICESP-FMUSP. Pacientes e Métodos: de
04/2009 a 01/2010, foram avaliados, através da análise de
banco de dados, os pacientes submetidos à drenagem através
de PMAE e analisados: diagnóstico da obstrução, complicações
do procedimento e da prótese, além da evolução laboratorial
e sobrevida. Resultados: 35 casos (média 64,6 anos) foram
268 submetidos à colocação de PMAE; diagnósticos: 14 (40%) casos
de neoplasia de pâncreas, 12 (34,2%) por linfadenomegalia hilar,
três (8,6%) com colangiocarcinoma distal, três (8,6%) por neoplasia
de vesícula biliar e três (8,6%) de papila duodenal. Seguimento
médio: 4,8 meses; sobrevida média: 86 dias. Bilirrubinemia direta
pré drenagem: 4,4 mg/dL, e uma semana após: 4,2 mg/dL.
Tempo médio de patência da prótese: 208,4 dias. Complicações:
uma (2,9%) migração, seis (17,1%) obstruções e um (2,9%) caso
de pancreatite. Conclusão: A utilização de PMAE na paliação
da icterícia obstrutiva maligna parece ser uma boa alternativa
terapêutica, proporcionando alívio dos sintomas e minimizando
os riscos de complicações decorrentes da colestase.
Resultados do Tratamento Endoscópico
da Estenose da Anastomose
Gastrojejunal Pós By-Pass em Cirurgia
Bariátrica - Análise dos Fatores de Risco
de Mal Prognóstico
Temário: Endoscopia / Intestino delgado
Autores / Nome para Referência / Instituição: EDUARDO
GUIMARÃES HOURNEAUX DE MOURA / MOURA,EGH / SERVIÇO DE
ENDOSCOPIA GASTROINTESTINAL DO HCFMUSP; MANOEL DOS
PASSOS GALVÃO-NETO / GALVÃO-NETO,MP / GASTROOBESOCENTER-
SP; DIAMARI CARAMELO RICCI CEREDA / CEREDA,DCR / SERVIÇO DE
ENDOSCOPIA DIGESTIVA E RESPIRATÓRIA DO HSL-MORUMBI; ALMINO
CARDOSO RAMOS / RAMOS,AC / GASTROOBESOCENTER-SP; DIOGO
TURIANI HOURNEAUX DE MOURA / MOURA,DTH / UNIVERSIDADE
DE MOGI DAS CRUZES; SUZANA LOPES DE OLIVEIRA / OLIVEIRA,SL /
SERVIÇO DE ENDOSCOPIA GASTROINTESTINAL DO HCFMUSP; KENDI
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
YAMAZAKI / YAMAZAKI,K / SERVIÇO DE ENDOSCOPIA GASTROINTESTINAL
DO HCFMUSP; EDUARDO TURIANI HOURNEAUX DE MOURA /
MOURA,ETH / UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES; EVERSON LUIZ
DE ALMEIDA ARTIFON / ARTIFON,ELA / SERVIÇO DE ENDOSCOPIA
GASTROINTESTINAL DO HCFMUSP; PAULO SAKAI / SAKAI,P / SERVIÇO
DE ENDOSCOPIA GASTROINTESTINAL DO HCFMUSP.
Resumo
Introdução: A opção técnica de bypass gástrico com
reconstrução gastrojejunal em Y-Roux, empregada em cirurgia
bariátrica, objetiva criar area de estreitamento, levando à restrição
e à saciedade precoce. Objetivo: Avaliar os fatores relacionados
a resposta ao tratamento endoscópico dilatador (modulador).
Material e Métodos: Pacientes submetidos à gastroplastia
redutora com reconstrução em Y-Roux, complicada por estenose.
Avaliados idade, sexo, presença de anél de constrição, extensão do
coto gástrico, diâmetro da anastomose, no. de sessões, diâmetro
do balão, associação com outras complicacões pós-cirúrgicas, bem
como complicacões endoscópica e necessidade de re-operações.
Resultados: A presença do anél de contenção associou-se à
necessidade do uso de balões de maior diâmetro (Rigiflex 30mm)
(p=0,02) e maior percentual de complicacões pós-cirúrgicas
(p=0,01). Entre as variáveis de interesse relacionadas ao sucesso
técnico, observou-se que a presença de segmento isquêmico
correlacionou-se a maior frequência de complicacões e insucesso
técnico. Não há correlação significativa entre as variáveis diâmetro
da anastomose e número de sessões, bem como a faixa etária,
sexo e índice de complicações pós-cirúrgicas. Conclusão: A
estenose da anastomose pós-by pass gástrico apresenta alta taxa
de resolução com o tratamento endoscópica dilatador, devendo
haver especial atenção aos pacientes com segmento isquêmico
e os portadores de anel de contenção pela possibilidade de
complicações.
Resultados Iniciais da Passagem de
Próteses Metálicas Autoexpansíveis
em Pacientes com Neoplasia Avançada
Colo-Retal: Experiência do Icesp
Temário: Endoscopia / Colonoscopia
Autores / Nome para Referência / Instituição: CEZAR FABIANO
MANABU SATO / SATO, CFM / ICESP; CARLOS FREDERICO SPARAPAN
MARQUES / MARQUES, CFS / ICESP; CAIO SÉRGIO RIZKALLAH
NAHAS / NAHAS, CSR / ICESP; BRUNO DA COSTA MARTINS /
MARTINS, BC / ICESP; FÁBIO SHIGUEHISSA KAWAGUTI / KAWAGUTI,
FS / ICESP; SÉRGIO NAHAS / NAHAS, S / HCFMUSP; ULYSSES
RIBEIRO JÚNIOR / RIBEIRO JR, U / ICESP; FAUZE MALUF-FILHO /
MALUF-FILHO, F / ICESP.
Resumo
Introdução: O tumor estenosante colorretal é um desafio
terapêutico, devido à gravidade do quadro clínico. A morbi-
mortalidade da cirurgia de urgência torna a descompressão
endoscópica uma opção atraente. Objetivo: Descrever os
resultados iniciais relacionados à passagem da prótese metálica
autoexpansível (PMAE) no tratamento do câncer colorretal no
ICESP. Material e Métodos: Análise retrospectiva dos pacientes
com câncer colorretal obstrutivo submetidos à passagem de
PMAE no período de março 2010/maio 2011. Resultados:
Nove pacientes receberam a PMAE para paliação e 9 para alívio
dos sintomas como ponte para a cirurgia. As próteses eram não
recobertas (Wallflex) variando entre 18 e 25 mm de diâmetro.
Três pacientes tinham câncer de sigmoide, 6 de transição
retossigmoide e 9 de reto. Sucesso técnico foi obtido em 94%
dos e sucesso clínico em 90%, com um caso de perfuração, com
óbito. Dos 9 pacientes que receberam a prótese como ponte para
cirurgia, 7 foram submetidos à ressecção da lesão, e em 4 deles
foi realizada anastomose primária. Em 3 pacientes, colostomia foi
necessária. Quatro pacientes foram submetidos à colonoscopia
virtual pré-operatória, permitindo uma avaliação mais adequada.
Conclusões: A PMAE endoscópica é procedimento seguro e
com boa eficácia clínica. Permite o alívio dos sintomas obstrutivos
e propicia estadiamento mais adequado e melhor planejamento
terapêutico. Quando disponível essa opção deve ser considerada
como uma opção à cirurgia de urgência.
Resultados Tardios do Tratamento
do Adenocarcinoma da Junção
Esofagogástrica: Comparação entre dois
Períodos Consecutivos
Temário: Cirurgia / Esôfago
Autores / Nome para Referência / Instituição: RUBENS
A A SALLUM / SALLUM,RAA / HC FMUSP; IVAN CECCONELLO /
CECCONELLO,I / HC FMUSP; SERGIO SZACHNOWICZ / SZACHNOWICZ,
S / HC FMUSP; JULIO RM ROCHA / ROCHA JRM / HC FMUSP; FLAVIO
TAKEDA / TAKEDA FR / HC FMUSP; FRANCISCO SEGURO / SEGURO
FCBC / HC FMUSP; ULISSES RIBEIRO JR / RIBEIRO JR U / HC FMUSP.
Resumo
Onjetivos: Comparar padrões de ressecção em 2 períodos
consecutivos e sobrevivência de ACJEG, entre 1992 e 2011.
Métodos: 277 pacientes com ACJEG foram submetidos à
ressecção cirúrgica: 75 entre 1976 a 1991 (P1) e 202 entre 1992
a 2011 (P2), de acordo com a localização topográfica da lesão.
Esofagectomia total e gastrectomia proximal (Grupo A) foram
indicadas em 25,3% (P1) e 57,0% (P2). Gastrectomia total e
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
esofagectomia distal (Grupo B) foram realizadas em 52,0% (P1)
e 43,0% (P2). Comparando este atual a um período histórico
anterior na mesma instituição, a ressecabilidade subiu de 55,5%
para 63,2%. As curvas de sobrevivência e morbimortalidade
foram analisadas. Resultados: 63,5% dos tumores eram difusos;
53,0% dos pacientes estavam em estágios avançados (III ou IV).
Fístula cervical: gr A = 12,6% e grB= 3,8% Complic. Respir. grA=
14,0% e gr B = 4,5%. Mortalidade gr A = 2,9% e 3,8% no gr
B, principalmente em pacientes > 70 anos. Sem diferenças nas
taxas de sobrevivência em relação à idade, tipo histol. e tipo de
ressecção (grupos A ou B). A sobrevivência global 5 anos foi de
34,9% (superior ao período anterior -26,3%) : estágio I = 77,9%;
II = 44,2%; III = 34,9% e IV = 11,6%. Conclusão: Comparado
ao primeiro período, esofagectomia duplicou. Mortalidade (>
idosos) e taxa de sobrevivência em 5 anos não apresentaram
diferenças entre os dois procedimento, sugerindo a utilidade da
ressecção de acordo com a class. topográfica. O prognóstico foi
relacionado ao estadiamento.
Retardo do Esvaziamento Gástrico
269
Devido a Compressão Duodenal em
Paciente Adulto: Relato de Caso
Temário: Gastroenterologia / Estômago/Duodeno
Autores / Nome para Referência / Instituição: FRANCISCO
GUILHERME CANCELA E PENNA; / PENNA, FGC / HC_UFMG; LUIZ
GONZAGA VAZ COELHO / COELHO, LGV / HC-UFMG; FREDERICO
PASSOS MARINHO / MARINHO, FP / HC-UFMG; LARISSA
MARTINI / MARTINI, L / HC UFMG; GUILHERME AUGUSTO CRUZ
MACHADO / MACHADO, GAC / HC-UFMG; PAULO ROBERTO
SAVASSI-ROCHA / SAVASSI-ROCHA, PR / HC-UFMG.
Resumo
Introdução: O retardo do esvaziamento gástrico é causado por
fatores obstrutivos ou disfunção motora do estômago. Manifesta-se
por saciedade precoce, vômitos e perda de peso. Relato do caso:
Paciente masculino, 42 anos, há 5 anos com vômitos recorrentes,
plenitude pós-prandial e perda de peso (10kg). Alimentava-se
apenas pela manhã. Sem comorbidades ou alterações de exames
laboratoriais. Realizou endoscopia digestiva alta sem compressão
extrínseca. A radiografia contrastada do trato gastrointestinal
apresentava estômago aumentado de tamanho com acúmulo de
contraste na cavidade gástrica por até 23 horas após a sua ingestão e
ausência de fatores obstrutivos. A tomografia de abdome evidenciava
dilatação de cavidade gástrica e de bulbo duodenal, sem fator
compressivo. Iniciado tratamento com procinéticos, sem sucesso.
Decidido por realização de cirurgia. Na laparotomia foi diagnosticada
a Banda de Ladd que comprimia o duodeno, e má-rotação do ceco
estava no hipocôndrio direito. Realizada liberação da Banda de Ladd
e do ceco, com fixação deste último na fossa ilíaca direita. Paciente

evoluiu bem no pós-operatório, com melhora completa dos sintomas.
Discussão: O retardo do esvaziamento gástrico é condição
dramática na gastroenterologia, com limitações no tratamento clínico.
A limitação na terapêutica clínica deste paciente nos levou a indicar a
cirurgia. A Banda de Ladd, fina banda de peritônio que comprime o
duodeno, é causa rara de obstrução duodenal, de diagnóstico difícil.
Retocolite Ulcerativa em Paciente com
Imunodeficiência Variável Comum
(IDVC): Relato de Caso
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para Referência / Instituição: EDENILCE
EVANGELISTA CORREIA / CORREIA, EE / HGF; DANIEL DE HOLANDA
ARAÚJO / ARAÚJO, DH / HGF; GILDO BARREIRA FURTADO / FURTADO,
GB / HGF; DANIEL SILVA ANDRADE / ANDRADE, DS / HGF;
FATIMA MARIA EVANGELISTA CORREIA / CORREIA, FME / UNIFOR;
DALGIMAR BESERRA DE MENEZES / MENEZES, DB / HGF.
270 Resumo
Introdução: A IDVC é uma desordem na diferenciação
dos linfócitos B, apresentando-se com baixos níveis de IgG,
associado a baixos níveis de IgA ou IgM, na ausência de causas
para imunodeficiência adquirida. Manifesta-se com infecções
respiratórias e intestinais repetidas, déficit pôndero-estatural,
doenças autoimunes e susceptibilidade a linfomas. Objetivo:
Relatar o caso de um paciente com IDVC acompanhado no
serviço de gastroenterologia de uma instituição terciária de
Fortaleza deste o ano de 1998, com diagnóstico recente de
Retocolite Ulcerativa associada. Metodologia: Relato de caso
de natureza clínica e retrospectiva, desenvolvido a partir de dados
coletados e revisados de prontuário e acompanhamento clínico
de paciente com IDVC e Retocolite Ulcerativa. Resultados:
J.O.D, masculino, 51anos, com diagnóstico de IDVC deste 1998.
Evoluiu com linfoma gástrico de grandes células, submetendo-se
à gastrectomia com reconstrução a Billrot II e quimioterapia em
2001. Apresentou-se, em junho-2011, com quadro de diarreia
aquosa, com múltiplos episódios diários, intermitentes, associado
à dor abdominal em cólica, tenesmo e perda ponderal (8kg).
Após extensa investigação diagnóstica; conclui-se, através
de estudo histopatológico de biopsias colônicas, tratar-se de
Retocolite Ulcerativa. Conclusão: A associação de IDVC e
Doença de Crohn é bastante descrita na literatura; no entanto, a
apresentação conjunta com Retocolite Ulcerativa é considerada
incomum.
Retocolite Ulcerativa Idiopática em uma
Região do Nordeste Brasileiro: Quanto
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
Tempo para o Diagnóstico?
Temário: Gastroenterologia / Intestino
Autores / Nome para Referência / Instituição: JOSÉ MIGUEL
LUZ PARENTE / PARENTE, JML / UFPI; PAULO VINÍCIUS GOMES DE
OLIVEIRA / OLIVEIRA, PVG / UFPI; CONCEIÇÃO DE MARIA DE SOUSA
COELHO / COELHO, CMS / UFPI; DANIEL DE ALENCAR MACEDO
DUTRA / DUTRA, DAM / UFPI; ANA VALÉRIA SANTOS PEREIRA DE
ALMEIDA / ALMEIDA, AVSP / UFPI; MIRIAN PERPÉTUA PALHA DIAS
PARENTE / PARENTE, MPPD / UFPI.
Resumo
Introdução: O diagnóstico precoce da recocolite ulcerativa
idiopática (RCUI) é importante para melhorar a qualidade de vida
dos pacientes, mantê-los pelo maior tempo possível fora das crises e
evitar complicações potencialmente fatais, como o câncer colorretal.
Objetivos: Caracterizar o tempo médio entre a apresentação clínica
inicial e o diagnóstico da RCUI. Casuística e Método: Estudo
prospectivo e sistemático de uma coorte de pacientes com RCUI
atendidos no HU-UFPI entre 10/2004 e 08/2011. Resultados: Dos
199 pacientes, 107 (53,8%) eram do sexo feminino. A idade média
no início dos sintomas foi de 33,7 anos (variação: 6-74 anos; DP:
17,7), com 2 picos de incidência: 28-38 e 60-69 anos, percentis 25%
e 75%, respectivamente. A idade média na época do diagnóstico foi
de 40,1 anos (variação: 15-74 anos; DP: 14,4). O tempo médio até o
diagnóstico foi de 41,6 meses, mas o tempo de atraso do diagnóstico
foi maior quando as manifestações clínicas se iniciaram antes de
1980 e menor quando começaram na última década: até 1980 (8
pacientes), 82,9 meses (DP: 29,3 meses); entre 1981 e 1990 (17
pacientes), 66,5 meses (DP: 25,8 meses); entre 1991 e 2000 (30
pacientes), 40,4 meses (DP: 23,2 meses); entre 2001 e 2011 (144
pacientes), 27,8 meses (DP: 13,1 meses). Conclusão: Observou-se
em nosso meio um aumento progressivo do número de pacientes
com RCUI, sobretudo na última década, associado a uma redução do
tempo entre as primeiras manifestações da doença e o diagnóstico.
Revisão Sistemática da Literatura Sobre
as Terapias Endoscópicas Ablativas do
Esôfago de Barrett
Temário: Endoscopia / Colangiopancreatografia
endoscópica retrógrada
Autores / Nome para Referência / Instituição: THIAGO
FERREIRA DE SOUZA / SOUZA, TF / HCFMUSP; EDUARDO
GUIMARÃES HORNEAUX DE MOURA / MOURA, EGH / HCFMUSP;
WANDERLEI MARQUES BERNARDO / BERNARDO, WM / HCFMUSP;
FELIPE TOYAMA AIRES / AIRES, FT / HCFMUSP; SÍLVIA MANSUR
REIMÃO / REIMÃO, SM / HCFMUSP.
Resumo
O esôfago de Barrett (EB) é o principal fator de risco para o
adenocarcinoma. Realizou-se revisão sistemática nas bases de
informação científica, com seleção de artigos randomizados e
controlados para a metanálise. Considerou-se como terapias
ablativas a crioterapia, laser, terapia fotodinâmica, eletrocoagulação
multipolar, ablação por plasma de argônio e radiofrequência. A
revisão sistemática da literatura através do Pubmed recuperou os
estudos com maior força de evidência e grau de recomendação
referentes ao tratamento ablativo do EB e classificados como A ou
B pela tabela de Oxford. A terapia fotodinâmica apresenta no estudo
metanalítico aumento do risco de falha terapêutica em relação à
ablação por plasma de argônio, NNH = -7. A ablação do EB por
eletrocoagulação multipolar ou plasma de argônio apresenta risco de
falhas terapêuticas semelhantes. A terapia fotodinâmica associada ao
inibidor da bomba de prótons apresenta benefício, em metanálise,
para a ablação do EB em relação ao uso isolado do inibidor, NNT =
2. Não houve aumento do risco de falha terapêutica entre a ablação
do EB por plasma de argônio e inibidor da bomba de prótons versus
uso isolado do inibidor da bomba de prótons, em estudo isolado.
A radiofrequência associada ao inibidor da bomba de prótons
apresenta-se como método eficaz na redução do risco de falha
terapêutica, NNT = 1. A radiofrequência é a abordagem mais recente
e requer estudos comparativos para sua indicação.
Revisão Sistemática e Metanálise no
Trauma Pancreático
Temário: Cirurgia / Pâncreas
Autores / Nome para Referência / Instituição: NICOLAU
FERNANDES KRUEL / KRUEL, N.F. / UNISUL; GILSON DE SOUZA
SILVERIO / SILVERIO, GS / UNISUL; ORLI FRANZON / FRANZON, O
/ UNISUL; NICHOLAS TAVARES KRUEL / KRUEL, N.T. / UNISUL;
LAILA ARIOLI CHEADE / CHEADE, L.A. / UNISUL; LUDMILA BERGER
DE FIGUEIREDO / FIGUEIREDO, L.B. / UNISUL; SABRINA FAVARIN /
FAVARIN, S. / UNISUL; MARIA EDUARDA PIRES DE SOUZA / SOUZA,
M.E.P. / UNISUL.
Resumo
Introdução: O pâncreas é raramente traumatizado nas lesões
abdominais, o que leva a um diagnóstico difícil. O tratamento
operatório baseia-se na localização da lesão e na presença de lesão
associada ao ducto pancreático. Objetivo: Revisar bibliografias atuais
referentes ao trauma de pâncreas e analisar as variáveis associadas
ao traumatismo do pâncreas e a sua repercussão na mortalidade.
Métodos: Revisão bibliográfica e seleção de 16 publicações
relevantes sobre lesões traumáticas pancreáticas. Utilizados estudos
retrospectivos transversais de dados publicados no período de 2000
a 2009. Resultados: O sexo masculino foi o mais prevalente assim
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
como o trauma contuso. A distribuição entre os graus I, II, foram
semelhantes, e a cauda pancreática foi a região mais traumatizada.
A exploração e drenagem foi a mais utilizada nas lesões de grau I, II
e pancreatectomia caudal em grau III. O intestino delgado, fígado e
duodeno foram as lesões associadas mais frequentes. Os pacientes
admitidos em choque hipovolêmico apresentaram maior índice
de mortalidade. As causas de óbito foram por lesão associada ao
pâncreas e choque hemorrágico. A complicação mais frequente foi
abscesso intra-abdominal. Conclusão: O trauma pancreático tem
uma morbi-mortalidade elevada relacionado à presença de choque
na admissão. O sexo masculino é o mais propenso a esta lesão. O
trauma contuso por acidente automobilístico foi o mais prevalente
quanto ao mecanismo de lesão.
Rotura do Reto Abdominal: Relato de
Caso
Temário: Cirurgia / Miscelânia
Autores / Nome para Referência / Instituição: PETRONILIO DE
SOUZA FERRO NETO / NETO, PSF / UNP; STEFÂNIA CARDOSO DA 271
SILVA / SILVA, SCS / UNP; BRENNDA MORGANA OLIVEIRA VALENÇA
/ VALENÇA, BMO / UNP; HUGO GONÇALO GUEDES / GUEDES, HG
/ UNP; ANA BEATRIZ DE OLIVEIRA GERMANO / GERMANO, ABO
/ UNP; LUIZA QUEIROZ SENA / SENA, LQ / UNP; SILVIO JOSE DE
LUCENA DANTAS / DANTAS, SJL / UNP; MATHEUS OLIVEIRA DA SILVA
/ SILVA, MO / UFRN.
Resumo
Objetivo: O objetivo deste estudo foi apresentar um relato de
caso submetido à tratamento clínico conservador bem sucedido.
Metodologia: Análise dos dados clínicos da paciente com rotura
do músculo reto abdominal colhido nos registros do hospital Casa de
Saúde São Lucas, Natal-RN, em abril de 2011. Método: A.L.T.B.A.,
sexo feminino, 33 anos, casada e um filho, com queixa de dor de
média intensidade, de início súbito e de forma constante em fossa
ilíaca direita, com irradiação para membro inferior correspondente, há
três dias. Ao exame físico a paciente apresentou distensão abdominal,
dor em fossa ilíaca direita à palpação superficial, com sinal da
descompressão brusca dolorosa positivo. Exame de ultrassonografia
(USG) do abdome evidenciou lesão do músculo reto abdominal em
sua inserção na região inguinal direita; a ressonância magnética
confirmou o achado da USG. A paciente foi submetida à tratamento
clínico conservador com uso de anti-inflamatórios, analgésicos,
vitamina K1, crioterapia local e repouso da musculatura afetada. A
alta hospitalar foi concebida no quinto dia de internação. Resultado
e Conclusão: A rotura do músculo reto abdominal é uma afecção
rara e de difícil diagnóstico pelo caráter de emergência em que pode
se apresentar. Entretanto, o prognóstico é bom quando o tratamento
clínico conservador é instituído.

Ruptura Espontânea de Adenoma
Hepático em Gestante
Temário: Cirurgia / Fígado
Autores / Nome para Referência / Instituição: ISIS ROSA TELES
SANTOS / SANTOS, IRT / UNIVERSIDADE JOSÉ DO ROSÁRIO VELLANO
UNIFENAS; ANTONIO ANGELO ROCHA / ROCHA, AA / UNIVERSIDADE
JOSÉ DO ROSÁRIO VELLANO UNIFENAS; JULIANO RODRIGUES OLIVEIRA
/ OLIVEIRA, JR / UNIVERSIDADE JOSÉ DO ROSÁRIO VELLANO UNIFENAS;
ANELIZE MORAES ZAPAROLI / ZAPAROLI, AM / UNIVERSIDADE JOSÉ DO
ROSÁRIO VELLANO UNIFENAS; DÉBORA NALLIN SALVADOR / SALVADOR,
DN / UNIVERSIDADE JOSÉ DO ROSÁRIO VELLANO UNIFENAS; ROBERTA
KOHATSU BRAZ DA SILVA / SILVA, RKB / UNIVERSIDADE JOSÉ DO
ROSÁRIO VELLANO UNIFENAS.
Resumo
Adenoma hepatocelular (HA) é uma neoplasia benigna de hepatócitos
que se forma em fígado não-cirrótico. Incide quase exclusivamente em
mulheres de idade fértil. Parece que o estrógeno é o fator etiológico
272
mais implicado na gênese. O uso de anticoncepcionais hormonais
aumenta o risco de sua incidência, correlacionando-se também
com seu crescimento e com maior probabilidade de complicações,
como ruptura e sangramento, causando dor abdominal no quadrante
superior direito. Apesar das lesões serem benignas, esse adenoma
pode se transformar em carcinoma hepatocelular, por isso a ressecção
cirúrgica é recomendada. Os autores relatam o caso de uma paciente
de 26 anos de idade, gestante a termo, que no 2º dia de pós-parto
cesárea, evoluiu com abdome agudo hemorrágico seguido de choque
hipovolêmico. A TC de abdome mostrou volumosa lesão hepática rota
em lobo esquerdo. A paciente foi operada e submetida à ressecção
da lesão que acometia os seguimentos hepáticos 2 e 3. A paciente
evoluiu para o óbito em 24 horas por distúrbio de coagulação. Os
autores fazem um levantamento da literatura, discutindo os fatores
predisponentes e para tratamento dos HA. A ruptura espontânea de
adenoma hepatocelular pode ser tratada por cirurgia para controlar
hemorragias e estabilizar o paciente. A decisão de operar depende da
condição do paciente e da experiência da equipe cirúrgica.
Rutura Esplênica Espontânea
Temário: Cirurgia / Miscelânia
Autores / Nome para Referência / Instituição: FERNANDO
ANTÔNIO GALVÂO PEREIRA JUNIOR / PEREIRAJUNIOR, FAG / FMV;
MARCIA MACHADO GALVÃO PEREIRA / PEREIRA MMG / FMV;
JOAQUIM FERREIRA DE PAULA / PAULA, JF / FMV; GERSON FRANÇA
LEITE / LEITE, GF / FMV; MAURO GOMES BASTOS FILHO / BASTS
FILHO, MG / FMV; LUIZA HELENA MIRANDA / MIRANDA, LH / FMV;
FERNANDA DINIZ DE OLIVEIRA / OLIVEIRA, FD / FMV; FERNANDA DE
SOUZA SANTANA / SANTANA, FS / FMV;
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
Resumo
Introdução: A ruptura espontânea do baço é evento pouco comum.
Pode ser observada em doenças hematológicas ou associada
a outras causas como algumas viroses. Objetivo: Relato de 1
caso de hemoperitônio associado a rutura esplênica de etiologia
desconhecida. Método: Paciente de 56 anos, masculino,internado
com dor abdominal difusa há 7 dias associado a episódios de lipotímia
e sinais de hipovolêmia. Sem relato de traumas abdominais prévios.
TC de abdome áreas de laceração no baço, associado a moderado
hemoperitôneo. Submetido à laparotomia com realização de
esplenectomia. Resultado: Evoluiu sem intercorrência no PO, sendo
transfundido com 3 concentrados de hemácias. Conclusão: A
ruptura esplênica na grande maioria das vezes, associa-se a trauma
abdominal e menos frequentemente a doenças virais e hematológicas.
Existem poucos relatos na literatura, de ruptura esplênica de origem
desconhecida.
Sangramento Retal e dor Abdominal
Consequentes à Pneumatosis Coli -
Relato de Caso
Temário: Endoscopia / Colonoscopia
Autores / Nome para Referência / Instituição: ADRIANA COSTA
/ COSTA, A. / CENTRO AVANÇADO DE ENDOSCOPIA TERAPÊUTICA
HOSPITAL UNIMED SANTA HELENA-SP; DANIELLE MAIA / MAIA, D. /
CENTRO AVANÇADO DE ENDOSCOPIA TERAPÊUTICA HOSPITAL UNIMED
SANTA HELENA-SP; CAROLINA EVO / EVO, C. / CENTRO AVANÇADO
DE ENDOSCOPIA TERAPÊUTICA HOSPITAL UNIMED SANTA HELENA-
SP; EDUARDO YAMASHITA / YAMASHITA, E. / CENTRO AVANÇADO
DE ENDOSCOPIA TERAPÊUTICA HOSPITAL UNIMED SANTA HELENA-
SP; JULIANA HIRATSUKA / HIRATSUKA, J. / CENTRO AVANÇADO
DE ENDOSCOPIA TERAPÊUTICA HOSPITAL UNIMED SANTA HELENA-
SP; RODRIGO SANTANA / SANTANA, R. / CENTRO AVANÇADO DE
ENDOSCOPIA TERAPÊUTICA HOSPITAL UNIMED SANTA HELENA-SP;
WAGNER TAKAHASHI / TAKAHASHI, W. / CENTRO AVANÇADO DE
ENDOSCOPIA TERAPÊUTICA HOSPITAL UNIMED SANTA HELENA-SP;
LEONARDO OGAWA DE OLIVEIRA / OLIVEIRA,L.O. / CENTRO AVANÇADO
DE ENDOSCOPIA.
Resumo
Introdução: Pneumatosis Coli (PC) é afecção rara, caracterizada
pela presença de gás na parede do cólon, formando múltiplas bolhas
ou cistos de ar. A causa é indefinida e pode estar relacionada à úlcera
e imunodeficiência. Relato: RTA, feminino, 34, com sintomas de
dor abdominal e sangramento retal (SR) intermitentes há 2 meses,
submetida à colonoscopia que mostrou múltiplas lesões císticas
preenchidas por ar na parede colônica de todo cólon esquerdo.
Mucosa adjacente preservada e sem sinais de sangramento ao
exame. Realizada biópsia de um fragmento coletado do topo de
uma das bolhas, observando-se esvaziamento imediato para dentro
da luz intestinal; 2 dias após o procedimento, a paciente evoluiu
com pneumoperitôneo laminar, tratado clínicamente, em regime
domiciliar, com boa evolução. Discussão: PC é comumente achado
incidental. Os sintomas mais comuns são muco e diarreia (70%)
e SR (60%). O cólon é afetado em 6% dos casos e complicações
podem ocorrer em 3%, entre elas: pneumoperitôneo espontâneo
(PP), volvo, obstrução e hemorragia. PP está comumente associado
a perfurações, entretanto estes pacientes podem apresentar ar livre
na cavidade por ruptura do(s) cisto(s), sendo tratados clínicamente
e com boa evolução, similar ao pacientes sem estes achados. Exame
endoscópico não deve ser afastado ou interrompido pelos riscos de
carcinoma ou outras patologias associadas. Entretando, devem ser
feitos de forma cuidadosa e biópsias e/ou polipectomias evitadas,
se possível.
Sangramento Secundário à Migração de
Endobarrier®
Temário: Endoscopia
Autores / Nome para Referência / Instituição: EDUARDO
GUIMARÃES HOURNEAUX DE MOURA / MOURA, EGH / HC-
FMUSP; GUILHERME SAUNITI LOPES / LOPES, GS / HC-FMUSP;
BRUNO DA COSTA MARTINS / MARTINS, BCM / HC-FMUSP; IVAN
ROBERTO BONOTTO ORSO / ORSO, IRB / HC-FMUSP; SUZANA
LOPES DE OLIVEIRA / OLIVEIRA, SL / HC-FMUSP; MANOEL DOS
PASSOS GALVÃO-NETO / GALVÃO-NETO, MPG / GASTROBESO
CENTER; MARCIO CORREA MANCINI / MANCINI, MC / HC-FMUSP;
MARCO AURÉLIO SANTO / SANTO, MA / HC-FMUSP; PAULO SAKAI
/ SAKAI, P / HC-FMUSP; ALMINO CARDOSO RAMOS / RAMOS,
AC / GASTROBESO CENTER; ARTHUR BELARMINO GARRIDO-JÚNIOR
/ GARRIDO-JÚNIOR, AB / HC-FMUSP; ALFREDO HALPERN /
HALPERN, A / HC-FMUSP; IVAN CECCONELLO / CECCONELLO, I
/ HC-FMUSP; FLÁVIO COELHO FERREIRA / FERREIRA, FC / HC-
FMUSP.
Resumo
Introdução: O dispositivo de exclusão duodeno-jejunal endoscópico
temporário (Endobarrier®) é empregado no tratamento pré-operatório
dos pacientes obesos mórbidos, particularmente no paciente
diabético tipo 2 com boa reserva funcional pancreática. Casuística:
Os autores apresentam vídeo de complicação hemorrágica pós-
implante do dispositivo Endobarrier®, ocorrida em dois de 37
pacientes com o referido dispositivo, na segunda e décima sexta
semana pós-implante. A aposição do Endobarrier® foi realizada no
Serviço de Endoscopia Gastrointestinal do HC-FMUSP, sob protocolo
institucional. Método: A remoção do dispositivo ocorreu com o
emprego de retrator tipo anzol, protegido com anteparo plástico.
Após a remoção do mesmo foi efetuada hemostasia com injeção de
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
solução de adrenalina 1:10.000 como terapia única. Resultados:
Houve sucesso na interrupção da referida hemorragia, empregando-
se aparelho de duodenoscópio para melhor identificação do coto
arterial, localizado em ângulo duodenal superior. A lesão foi decorrente
do trauma causado pelas espículas de fixação da porção metálica do
dispositivo. Os pacientes apresentaram perda significativa de peso
e controle glicêmico adequado no período em que estiveram com
o dispositivo. Conclusão: A hemorragia digestiva alta decorrente
do dispositivo é fato pouco frequente (2/37), de baixa morbidade,
tratado com a remoção do mesmo e terapêutica endoscópica de
injeção de solução de adrenalina.
São as Aranhas Vasculares Marcadores
Cutâneos da Síndrome Hepatopulmonar?
Temário: Gastroenterologia / Fígado
Autores / Nome para Referência / Instituição: AMÉRICO
DE OLIVEIRA SILVÉRIO / SILVÉRIO, AO / PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE
CATÓLICA DE GOIÁS; DAYANNE CINTRA GUIMARÃES / GUIMARÃES, DC
/ PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS; LARISSA FERNANDA 273
QUEIROZ ELIAS / ELIAS, LFQ / PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA
DE GOIÁS; ÉRIKA OLIVEIRA MILANEZ / MILANEZ, EO / UNIVERSIDADE
DE UBERABA; SILVANO NAVES / NAVES, S / HOSPITAL GERAL DE
GOIÂNIA.
Resumo
Introdução: As hepatopatias podem influenciar de forma
considerável tanto as veias quanto as artérias. Dessas alterações
podem surgir alguns estigmas cutâneos, como as aranhas
vasculares (AV) e algumas alterações vasculares sistêmicas, como as
observadas na Síndrome Hepatopulmonar (SHP). Baseados nessa
possível raiz fisiopatogênica comum podemos supor que as AV
sejam marcadores cutâneos da SHP. Objetivo: Avaliar se há relação
entre a presença das AV e a SHP. Casuística: 40 pacientes com
cirrose hepática sem doença cardíaca ou pulmonar. Métodos. Foram
submetidos à ecocardiografia com contraste (ECC), pesquisamos a
presença de AV. Para diagnóstico da SHP utilizamos: presença de
hepatopatia (no caso cirrose), de anormalidades nas trocas gasosas
pela gasometria arterial, e evidências de vasodilatações pulmonares
pelo ECC. Resultados: As AV foram encontradas em 21/40 (52,5%)
pacientes e a síndrome hepatopulmonar em 9/40 (22,5%). A SHP foi
observada em 8/21 (38,1%) dos pacientes com AV e em 1/19 (5,3%)
dos pacientes sem esse sinal (p<0,01). Não encontramos diferença
estatisticamente significativa entre a presença das AV e da SHP com
sexo ou faixa etária. Pacientes com AV apresentaram maior hipoxemia
(PaO2 84,8 ± 11,5 mmHg e GAA 19,8 ± 14,7 mmHg) que os sem
AV (PaO2 90,8 ± 10,7 mmHg e GAA 10,9 ± 11,7 mmHg) (p<0,05).
Conclusão: Nossos achados mostram correlação entre a presença
das AV e a SHP, sugerindo que as AV possam ser marcadores
cutâneos da SHP.

Sedação em Endoscopia Digestiva Alta:
Estudo Comparativo com Uso Combinado
de Propofol e Fentanil Versus Midazolam
e Fentanil
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para Referência / Instituição: MARCOS
EDUARDO LERA DOS SANTOS / LERA DOS SANTOS ME / SERVIÇO DE
ENDOSCOPIA GASTROINTESTINAL HCFMUSP; EDUARDO GUIMARÃES
HOURNEAUX DE MOURA / MOURA EGH / SERVIÇO DE ENDOSCOPIA
GASTROINTESTINAL HCFMUSP; DALTON MARQUES CHAVES / CHAVES
DM / SERVIÇO DE ENDOSCOPIA GASTROINTESTINAL HCFMUSP;
SÉRGIO EIJI MATUGUMA / MATUGUMA SE / SERVIÇO DE ENDOSCOPIA
GASTROINTESTINAL HCFMUSP; EDSON IDE / IDE E / SERVIÇO DE
ENDOSCOPIA GASTROINTESTINAL HCFMUSP; FERNANDA CRISTINA
SIMÕES PESSORRUSSO / PESSORRUSSO FCS / SERVIÇO DE ENDOSCOPIA
GASTROINTESTINAL HCFMUSP; PAULO SAKAI / SAKAI P / SERVIÇO
DE ENDOSCOPIA GASTROINTESTINAL HCFMUSP; FAUZE MALUF-
FILHO / MALUF-FILHO F / SERVIÇO DE ENDOSCOPIA GASTROINTESTINAL
274 HCFMUSP.
Resumo
A sedação para endoscopia tem sido empregada de maneira universal.
O uso de propofol proporciona exame confortável, com aumento da
satisfação do executante e do paciente; entretanto sabe-se que o
mesmo está associado ao maior risco de sedação profunda e de
suas complicações. Objetivo: Comparar dois esquemas de sedação
para EDA diagnóstica quanto ao nível de sedação profunda, além de
avaliar grau de satisfação, tempo de recuperação e frequência de
complicações entre os Grupos 1 (midazolam e fentanil) e 2 (propofol
e fentanil). Método: Estudo experimental, prospectivo, randomizado
e cego com 200 pacientes. Resultado: Utilizando a escala OAA/S
e o índice bispectral (BIS), respectivamente 11 e 7% dos pacientes
do Grupo1, e 25 e 19% do Grupo2 apresentaram níveis de sedação
profunda, sendo p<0,05 no Grupo2. Observou-se boa correlação do
nível de sedação da escala OAA/S com o BIS (k=0,63 para Grupo1 e
k=0,71 para Grupo2). Foi necessária oferta suplementar de oxigênio
em 26% dos pacientes do Grupo1 e 42% do Grupo2 (p=0,025).
O tempo médio de recuperação dos pacientes do Grupo1 foi de
44,13min; e do Grupo2, 28,82min (p<0.001). O grau de satisfação
dos pacientes foi similar entre os grupos e os médicos deram
preferência a usar a associação do Grupo2. Não se observaram
complicações graves decorrentes da sedação. Conclusão: Ambos
os esquemas levam à sedação profunda, com maior ocorrência no
Grupo2. Os pacientes do Grupo2 apresentaram tempo de indução,
de recuperação e de alta menores.
Seguimento a Longo Prazo de Pacientes
com Sangramento Gastrointestinal
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
Obscuro Avaliados através de
Enteroscopia Assistida por Balão
Temário: Endoscopia / Intestino delgado
Autores / Nome para Referência / Instituição: ADRIANA VAZ
SAFATLE-RIBEIRO / SAFATLE-RIBEIRO, AV / FMUSP; LÍVIA RONISE
GARCIA ARRAES / ARRAES, LRG / FMUSP; BRUNO FREDERICO
MEDRADO / MEDRADO, BF / FMUSP; SÍLVIA MANSUR REIMÃO /
REIMÃO, SM / FMUSP; THIAGO NUNES SANTOS / SANTOS, TN /
FMUSP; FÁBIO SHIGUEHISSA KAWAGUTI / KAWAGUTI, FS / FMUSP;
EDUARDO GUIMARÃES HOURNEAUX DE MOURA / MOURA, EGH /
FMUSP; PAULO SAKAI / SAKAI / FMUSP.
Resumo
Sangramento gastrointestinal obscuro (SGIO) representa a principal
indicação de enteroscopia assistida por balão (EAB). Pacientes
submetidos à EAB dentro de um mês após o último episódio de
sangramento tem maior possibilidade de achados diagnósticos.
Objetivos: 1. Avaliar o resultado da EAB a longo prazo; 2. Identificar
quais lesões apresentaram maior recidiva hemorrágica. Pacientes e
Métodos: Cento e trinta pacientes consecutivos com SGIO evidente
ou oculto foram submetidos à EAB, de novembro de 2004 a março
de 2010, dos quais se identificou a causa do sangramento em 109
(83,8%). Alteração de conduta foi possível em 80% dos pacientes,
seja através de tratamento endoscópico (25,4%); clínico (41,5%)
ou cirúrgico (13,1%). Seguimento clínico foi feito através de contato
telefônico, após 17 a 65 meses do primeiro episódio de sangramento,
no sentido de avaliar a recidiva hemorrágica, sendo possível em
80 pacientes. Resultados: Cinquenta pacientes (62,5%) eram do
sexo feminino. A média de idade foi de 51,5 anos (8 a 86 anos).
Ressangramento ocorreu em 24 pacientes (30%), dos quais 10
tinham lesões vasculares, 3 tumores e 9 outras causas como doença
de Crohn, polipose, etc. Quatro pacientes faleceram, sendo um pela
doença de base (tumor) e os demais por outras causas. Conclusões:
1. Pacientes com SGIO apresentam alta taxa de ressangramento,
especialmente naqueles com lesões vasculares; 2. Seguimento clínico
e enteroscopia precoce permitem diagnóstico e terapia apropriada.
Sensibilidade e Especificidade
da Dosagem de Anticorpos
Antitransglutaminase (EMA IgA) para
Avaliar a Aderência de Pacientes
Portadores de Doença Celíaca a Dieta
Isenta de Glúten (DIG)
Temário: Gastroenterologia / Gastropediatria
Autores / Nome para Referência / Instituição: FABIANE
BARBERO KLEM / KLEM, FB / UFPR; ZENI CRISTINA BARBERO KLEM
/ KLEM, ZCB / UFPR; ADRIANE CELLI / CELLI, A / UFPR.
Resumo
Introdução: A doença celíaca é uma afecção inflamatória imuno –
mediada contra as células vilositárias do intestino delgado estimulada
por proteínas do trigo e cevada, diagnosticada através do quadro
clínico, exames laboratoriais e biópsia do intestino delgado. O
tratamento consiste em uma aderência à Dieta Isenta de Glúten
(DIG). Porém, o acompanhamento dos pacientes é difícil devido
a não existência de exames laboratoriais específicos para avaliar
a transgressão. Objetivos: Avaliar a taxa de adesão a DIG em
pacientes com DC e determinar a sensibilidade e especificidade do
EMA-IgA para detectar pequenas, médias ou grandes transgressões.
Métodos: Foram selecionados 40 pacientes com diagnóstico de
DC em acompanhamento no ambulatório de Gastroenterologia
pediátrica no Hospital de Clínicas da UFPR e avaliada a sua adesão
a DIG através de questionário e análise do cardápio alimentar. A
seguir, realizado a dosagem do EMA-IgA para determinar a sua
sensibilidade e especificidade. Resultados: Considerando apenas
o relato do paciente em relação à sua adesão, 22/40 afirmaram
transgredir a dieta, e 18/40 eram aderentes. Dos aderentes, 2/18
tiveram EMA–IGA positivo, e em 4/18 foram notadas pequenas
transgressões alimentares. A sensibilidade foi 54,5% e especificidade,
77,8%. A taxa de adesão a DIG, 20% a 45%. Conclusão: Nota-se
uma baixa taxa de adesão ao tratamento, e a negatividade do EMA
não indica o seguimento da DIG, principalmente em pequenos e
médios transgressores.
Sepultamento do Retentor Interno (SRI)
como Complicação da Gastrostomia
Endoscópica Percutânea (GEP) em
Pacientes com Câncer
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para Referência / Instituição: BRUNA
RICHARD MERCANTE SPELTA / SPELTA BRM / INCA; ANA CAROLINA
MARON AYRES / AYRES ACM / INCA; JULIANA RIBEIRO DA COSTA
LINO / LINO JRC / INCA; GUSTAVO FRANCISCO DE SOUZA E MELLO /
MELLO GFS / INCA; MARIA APARECIDA FERREIRA / FERREIRA MA /
INCA; THERESA CHRISTINA DAMIAN RIBEIRO / DAMIAN TC / INCA;
ALEXANDRE DIAS PELOSI / PELOSI AD / INCA; GILBERTO REYNALDO
MANSUR / MANSUR GR / INCA.
Resumo
Introdução: A GEP é um método relativamente simples e seguro de
acesso enteral para pacientes com disfagia. A migração do retentor
interno da sonda para dentro da parede gástrica ou abdominal
é uma complicação maior pouco comum do procedimento.
Objetivos: Descrever a frequência e as características clínicas do
SRI em pacientes com câncer submetidos à GEP no HC I INCA.
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
Materiais e Métodos: De janeiro de 2000 a dezembro de 2010
foram realizados 749 procedimentos de GEP em pacientes com
câncer em nossa instituição. Resultados: Foram diagnosticados 25
pacientes com SRI, incidência de 3,3%. O intervalo entre a GEP e
o SRI variou de 7 a 630 dias (média de 140,1 dias). Em 7 (28%)
caso o diagnóstico de SRI foi feito menos de 4 semanas após a GEP.
Todos os pacientes foram tratados em ambiente ambulatorial. O SRI
foi classificado como parcial em 8 (32%) casos, subtotal em 11 (44%)
e total em 6 (24%). Dos 8 casos SRI parcial, 4 foram tratados por
troca da sonda e 4 por reposicionamento simples da sonda original.
Os 11 casos de SRI subtotal foram tratados pela troca da sonda.
Nos SRI totais, após a retirada da sonda original, em 4 foi realizada
nova GEP imediatamente e em 2 a GEP foi realizada tardiamente. Não
houve mortalidade associada. Conclusão: SRI é uma complicação
incomum e geralmente tardia da GEP. A maioria dos nossos casos
(64%) foi detectada numa fase precoce, permitindo evitar a evolução
da complicação para quadros infecciosos mais graves.
Série de Casos de Colecistectomias
Videolaparoscópicas realizadas com 3 275
Incisões e com 4 Incisões
Temário: Cirurgia / Miscelânia
Autores / Nome para Referência / Instituição: LUCIANO
ZOGBI / ZOGBI L / FURG; LINJIE ZHANG / ZHANG, L / FURG;
LUIS FERNANDO DE CÉSARO CASTRO / CASTRO, LFC / FURG;
JULIANE ROCHA CASTRO / CASTRO, JR / FURG; FELIPE FRANCO
PINTO / PINTO, FF / FURG; PABLO MONDIM PY / PY, PM / FURG;
RODOLFO GEHLEN DE BRITO / BRITO, RG / ACSCRG; JOB GOMES
/ GOMES, J / ACSCRG; RODOLFO GEHLEN DE BRITO / BRITO. RG
/ ACSCRG.
Resumo
Introdução: O tratamento padrão ouro da colelitíase é a videocirurgia
pela menor injúria. Inovações são feitas para minimizá-la ainda mais,
porém elevando custos. Objetivo: Apresentar resultados de uma
técnica menos invasiva e de menor custo. Casuística. Todos os pacientes
submetidos à colecistectomia videolaparoscópica entre 2008 e 2011.
Método: A técnica proposta de 3 incisões consiste em utilizar o portal
10mm umbilical, 10mm epigástrico e 5mm em hipocôndrio direito;
evitando-se o 4º portal lateral de afastamento do fundo vesicular.
Com a pinça de apreensão da mão esquerda,simultaneamente
traciona-se e posiciona-se a vesícula biliar, expondo adequadamente
as estruturas e permitindo a dissecção. Resultados: Participaram
58 pacientes, não havendo exclusão. A idade média foi 44,7 anos;
25,9% homens e 74,1% mulheres. Vinte e nove pacientes (50%)
foram submetidos à técnica de 3 incisões e os demais 50% à técnica
tradicional com 4 incisões. Eram todos sintomáticos, tendo 16% ainda
colecistite aguda, 4%vesícula escleroatrófica, 2%pancreatite aguda
e 22,4%aderências que precisaram ser liberadas. Utilizou-se dreno

em 13,8%dos casos. As taxas de lesão de via biliar; lesão vascular;
lesão intestinal; óbito perioperatório; e conversão para laparotomia
foram nulas em ambos os grupos. O tempo médio de internação
hospitalar foi de 1,2 dias no grupo de 3 incisões e 1,8 dias no grupo
de 4 incisões. Conclusão: A abordagem de 3 incisões mostrou-se
segura e efetiva,além de oferecer melhor estética.
Síndrome de Peutz-Jeghers e Polipose
Hamartomatosa: uma Revisão
Sistemática
Temário: Gastroenterologia / Intestino
Autores / Nome para Referência / Instituição: EDUARDO
TEODORO GURGEL DE OLIVEIRA / OLIVEIRA, ETG / UFRN; FERNANDA
GURGEL DE OLIVEIRA / OLIVEIRA, FG / UFRN; MÔNICA CRISTINA
CARVALHO LIMA DE LUCENA / LUCENA, MCCL / UFRN; EDNOR ELIAS
BARBOSA NETO / NETO, EEB / UFRN.
Resumo
276
Introdução: A Síndrome de Peutz-jeghers é uma doença genética
rara, autossômica dominante, caracterizada pela presença de
pólipos hamartomatosos gastrointestinais e manchas mucocutâneas
pigmentadas e uma maior predisposição a neoplasias. Objetivos: O
presente estudo tem como objetivo realizar uma revisão sistemática
do tema. Metodologia: Foram pesquisados artigos dos últimos 5
anos na base de dados PubMed, em inglês, português e espanhol,
com o descritor “Peutz Jeghers”, sendo selecionados os artigos
que disponibilizaram o texto completo. Resultado: A Síndrome de
Peutz-jeghers é uma doença genética autossômica dominante, com
mutação de uma enzima que modula a proliferação e controle da
polaridade celular, gerando uma multiplicação celular que resulta no
surgimento de pólipos hamartomatosos, além de máculas melanóticas.
O diagnóstico é clínico, baseado nas máculas melanóticas, a história
familiar e o histopatológico dos pólipos intestinais, sendo o teste
genético geralmente desnecessário. O tratamento pode ser realizado
com enteroscopia intra-operatória (OIE), enteroscopia de duplo balão
(DBE) e novas pesquisas tem mostrado a quimioterapia como uma
futura forma de tratamento. Conclusão: Indivíduos acometidos
por essa doença pode apresentar várias complicações, e possuem
uma predisposição maior a neoplasias, por isso a importância de
diagnosticar cedo e fazer uma acompanhamento periódico, ratreando
possiveis neoplasias.
Sistematização nas Reoperações na
Doença do Refluxo Gastroesofágico
Técnicas e Táticas
Temário: Cirurgia / Esôfago
Autores / Nome para Referência / Instituição: SERGIO
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
SZACHNOWICZ / SZACHNOWICZ, S / HOSPITAL DAS CLÍNICAS FMUSP;
RUBENS ANTONIO AISSAR SALLUM / SALLUM, RAA / HOSPITAL DAS
CLÍNICAS FMUSP; JULIO RAFAEL MARIANO DA ROCHA / ROCHA, JRM /
HOSPITAL DAS CLÍNICAS FMUSP; FRANCISCO CBC SEGURO / SEGURO,
FCBC / HOSPITAL DAS CLÍNICAS FMUSP; FLAVIO ROBERTO TAKEDA /
TAKEDA, FR / HOSPITAL DAS CLÍNICAS FMUSP; IVAN CECCONELLO /
CECCONELLO, I / HOSPITAL DAS CLÍNICAS FMUSP.
Resumo
O vídeo mostra vários procedimentos cirúrgicos editados, abordando
as principais indicações de reoperações na Doença do Refluxo
Gastoesofágico, adquirido no tratamento de 91 pacientes submetidos
à reintervenção pelo nosso serviço. Primeiramente, será discutido
a reoperação para tratamento da disfagia precoce e tardia após
cirurgia para o refluxo, tanto com retratamento do hiato esofágico
como a abordagem da disfagia causada por torção ou migração da
fundoplicatura. No segundo momento será abordada a reoperação
por recidiva do refluxo, dando-se ênfase as principais táticas para o
sucesso nas reoperações.
Sífilis Gástrica: Relato de Caso
Temário: Cirurgia / Estômago
Autores / Nome para Referência / Instituição: MARCUS
FERNANDO KODAMA PERTILLE RAMOS / RAMOS, MFKP /
HCFMUSP; BRUNO ZILBERSTEIN / ZILBERSTEIN, B / MARCUS
FERNANDO KODAMA PERTILLE RAMOS; OSMAR KENJI YAGI / YAGI, OK
/ MARCUS FERNANDO KODAMA PERTILLE RAMOS; FÁBIO P LOPASSO /
LOPASSO, FP / HCFMUSP; DONATO R MUCERINO / MUCERINO, DR
/ HCFMUSP; ANDRÉ KONDO / KONDO, A / HCFMUSP; CARLOS
EDUARDO JACOB / JACOB, CE / HCFMUSP; CLÁUDIO J C BRESCIANI
/ BRESCIANI, CJC / HCFMUSP; ANDRÉ RONCON DIAS / DIAS, AR
/ HCFMUSP; THIAGO OTSUZI / OTSUZI, T / HCFMUSP; CLÁUDIO
R DEUTSCH / DEUTSCH, CR / HCFMUSP; HENRIQUE DAMETTO
GIROUD JOAQUIM / JOAQUIM, HDG / HCFMUSP; IVAN CECONELLO
/ CECONELLO, I / HCFMUSP.
Resumo
Introdução: Sífilis é uma doença venérea que causa lesões gástricas
que podem mimetizar desde gastrite até neoplasia de estômago.
Relato: Paciente masculino, 39 anos, foi encaminhado ao serviço
com queixa de dor epigástrica há um ano. Havia realizado endoscopia
digestiva alta (EDA) que revelara úlcera gástrica. Foi tratado com
omeprazol por 3 meses com melhora parcial dos sintomas. Foi
então realizado nova EDA que demonstrou lesão mucosa infiltrativa
localizada no corpo distal e antro, circunferencial, com áreas
ulceradas, nodular e elevações. A histologia demonstrou infiltrado
inflamatório e a imunohistoquímica foi positiva para espiroquetas.
O paciente apresentava 2 úlceras genitais com secreção purulenta
e lesões máculo-papulares em mãos e pés. O título de VDRL era
de 1/64. O tratamento foi com penicilina e após 4 meses uma nova
EDA mostrou mucosa gástrica normal. Discussão: O envolvimento
gástrico em sífilis é comumente visto após a sífilis secundária, quando
as espiroquetas se espalham por via hematogênica. Pode ocorrer uma
grande variedade de apresentações endoscópicas e o diagnóstico
histopatológico é muito difícil e requer análise imunohistoquímica.
O diagnóstico final é frequentemente feito retrospectivamente após
exame histológico para excluir neoplasia, com sorologia positiva para
sífilis e remissão das lesões após uso de penicilina. Conclusão:
Lesões gástricas secundárias à sífilis são similares a outras lesões e
deve-se atentar para seu diagnóstico diferencial.
Sífilis Gástrica: um Desafio Diagnóstico –
Relato de Caso
Temário: Gastroenterologia / Estômago/Duodeno
Autores / Nome para Referência / Instituição: DANIELA
MENDONÇA SUETH / SUETH, DM / SCMRJ; THEREZA CHRISTINA D
RIBEIRO / RIBEIRO, TCD / SCMRJ; JOSÉ GALVÃO ALVES / GALVÃO-
ALVES J / SCMRJ; NILCIMAR LOURENÇO MIRANDA / MIRANDA, NL
/ SCMRJ; ROSANA BIHARI SCHECHTER / SCHECHTER, RB / SCMRJ;
DEBORA RABELO DE MELO / DE MELO DR / SCMRJ; TARSILA AF
GOMES / GOMES, TAF / SCMRJ.
Resumo
Introdução: Sífilis é um diagnóstico inesperado no estômago com
incidência decrescente. O principal sintoma é epigastralgia refratária.
Seu diagnóstico, no entanto, permanece um desafio já que o principal
diagnóstico diferencial é linfoma gástrico, entidades com abordagem
terapêutica totalmente distintas e que terão impacto no prognóstico
do paciente. O tratamento é realizado antibioticoterapia . Objetivos:
Relatar um caso de sífilis gástrica diagnóstico esse cada vez mais
raro nos dias atuais. Casuística e Método: ALO, sexo feminino,
40 anos, previamente hígida relata que há três meses iniciou
quadro de epigastralgia e emagrecimento. Foi solicitada Endoscopia
Digestiva Alta que demonstrou lesões elevadas, esbranquiçadas
com pontos hemorrágicos no corpo e fundo, sendo a principal
hipótese diagnóstica linfoma gástrico. Foram realizadas biópsias
que pelo aspecto microscópico sugeria provável sífilis gástrica. Foi
então solicitado VDRL: positivo ( 1:128) e FTA-ABS ( IgM positivo).
Resultado: A paciente foi então tratada com penicilina G benzatina
por 3 semanas com resolução do quadro. Conclusão: A importância
do caso descrito está em demonstrar como a falta de diagnóstico
interfere na qualidade de vida dos pacientes e tem-se que ter em
mente que doenças raras acontecem, e só é feito seu diagnóstico
quando se pensam em hipótese e diagnósticos diferenciais, quesitos
esses indispensáveis para o exercício da medicina.
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
Síndrome da Artéria Mesentérica
Superior: Relato de Caso
Temário: Gastroenterologia / Intestino
Autores / Nome para Referência / Instituição: SUSAN LOUISE
KAKITANI TAKATA / TAKATA, SLK / HC-UFPR; FERNANDA ARAKI /
ARAKI, F / HC-UFPR; CAROLINA BORRALHO GOBATTO / GOBATTO,
CB / HC-UFPR; KELLY CRISTINA VIEIRA / VIEIRA, KC / HC-UFPR;
RICARDO MONTE JÚNIOR / MONTE JR, R / HC-UFPR; FÁBIO TOSHIO
KAKITANI / KAKITANI, FT / HC-UFPR; BRUNO MARINO SCHIOCCHET
MONARIN / MONARIN, BMS / HC-UFPR; VIVIANE FUMIGNAN
ZÉTOLA / ZÉTOLA, VF / HC-UFPR.
Resumo
Introdução: A síndrome da artéria mesentérica superior (SAMS)
é uma desordem rara na qual a terceira porção do duodeno é
comprimida pelo ângulo formado entre a aorta e a artéria mesentérica
superior, levando à obstrução. Objetivo: Relatar o caso de paciente
síndrome da artéria mesentérica superior. Caso: Paciente masculino,
277
29 anos, atendido com quadro de náuseas, vômitos e dor abdominal,
que pioravam com a alimentação há 5 semanas. Perda de 15kg no
período. Na admissão, realizou-se o diagnóstico de pancreatite aguda
com lipase 1475 U/L, amilase 401 U/L. Apesar da normalização dos
níveis de amilase e lipase, o paciente persistiu com náuseas, vômitos
pós-alimentares importantes e perda de peso. A seriografia mostrou
compressão extrínseca da terceira porção do duodeno compatível
com SAMS: redução importante da passagem do contraste e
dilatação a montante, inclusive de bulbo duodenal e estômago.
TAC de abdômen com sinais sugestivos de SAMS. Discussão: O
ângulo normal entre a AMS e a aorta é de 45º 60º, devido à almofada
de gordura mesentérica. Na SAMS, o ângulo pode diminuir até
6º, sendo a causa mais comum a perda significativa de peso. Os
sintomas variam conforme o grau de obstrução, desde saciedade
precoce até náuseas e vômitos biliosos. O diagnóstico pode ser
feito por USG endoscópica, TAC e RNM abdômen e arteriografia.
O tratamento pode ser clínico e nos casos refratários, indica-se
duodenojejunostomia.
Síndrome de Allgrove: Relato de Caso
Temário: Motilidade / Motilidade digestiva
Autores / Nome para Referência / Instituição: RIMON SOBHI
AZZAM / AZZAM, RS / HCFMUSP; JULIANA THAÍS COLARES
MONTEIRO LIMA / LIMA, JTCM / HCFMUSP; LUIZ HENRIQUE
SOUZA FONTES / FONTES, LHS / HCFMUSP; RAFAEL OLIVEIRA
XIMENES / XIMENES, RO / HCFMUSP; VANISE DALLA VECCHIA
/ VECCHIA, VD / HCFMUSP; TOMÁS NAVARRO-RODRIGUEZ /
NAVARRO-RODRIGUEZ, T / HCFMUSP.

Resumo
Introdução: Síndrome de Allgrove ou Síndrome do Triplo A
caracteriza-se por acalásia esofágica, alacrimia e insuficiência adrenal
(resistência ao hormônio adrenocorticotrófico devido à atrofia
adrenal). É doença autossômica recessiva, rara, causada por mutação
no gene ALADIN localizado no cromossomo 12q13. Pode associar-se
às anormalidades do sistema nervoso central e periférico. Objetivo:
Relatar caso de Síndrome de Allgrove. Relato de caso: Paciente
de 9 anos, masculino, 18 kg, 109 cm, com insuficiência adrenal
desde 2005 [cortisol: 0,32 (baixo) e ACTH: 1.490 (elevado), além
de vômitos frequentes, hipotireoidismo, atraso do desenvolvimento
neuropsicomotor e do crescimento. Internado por disfagia, em julho
de 2011 no HCFMUSP, foi evidenciada acalásia esofágica, alacrimia
(confirmada pelo teste de Schirmer) e diagnosticada Síndrome
de Allgrove. Endoscopia: calibre aumentado e tortuosidade do
esôfago. Estudo radiológico contrastado: aumento do diâmetro
do esôfago, associado à redundância e retardo de esvaziamento
esofágico. Manometria: aperistalse do corpo esofágico e relaxamento
incompleto do esfíncter inferior. Apesar da terapia de reposição com
278 cortisona e dilatações endoscópicas da cárdia, manteve quadro de
vômitos. Foi encaminhado para cardiomiotomia com fundoplicatura,
evoluindo bem no pós-operatório imediato. Conclusão: Trata-se de
caso de acalásia, componente da Síndrome de Allgrove, com disfagia
importante e necessidade de tratamento cirúrgico.
Síndrome de Bouveret – Relato de Caso
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para Referência / Instituição: BRUNA
RICHARD MERCANTE SPELTA / SPELTA BRM / HSE-RJ; CIBELE FRANZ
/ FRANZ C / HSE-RJ; JULIANA MENESES / MENESES J / HSE-RJ;
MARIA TERESA PEREIRA ALVAREZ GONÇALVES / ALVAREZ MT / HSE-
RJ; PAULA NARDIM BARROS / BARROS PN / HSE-RJ; FERNANDO
PERES / PERES F / HSE-RJ; LETÍCIA CANCELLA NABUCO / NABUCO
LC / HSE-RJ.
Resumo
MDFC, 80 anos, feminina, branca, admitida com dor epigástrica
associada a vômitos alimentares iniciados há 15 dias. Encontrava-
se hipocorada, desidratada e eupneica. Sem febre. Exame físico
(admissão) com abdome flácido, depressível, pouco doloroso à
palpação em hipocôndrio D e epigástrio. Exames laboratoriais com
leucocitose (12.500 leucócitos e 3% bastões). USG de abdome
revelando cálculos na vesícula biliar. Realizou EDA, concluindo o
diagnóstico. EDA: obstrução pilórica por grande cálculo biliar em
bulbo duodenal e possível fístula bilio-entérica (colecisto-duodenal).
Foi submetida à laparotomia onde foi evidenciada migração do cálculo
para íleo. Realizada enterotomia e retirada do cálculo íleo-biliar, além
de colecistectomia. Evolução: melhora completa do quadro clínico
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
no pós-operatório. Alta hospitalar em 5 dias. Definição: É uma
síndrome rara que se caracteriza pela obstrução piloro-duodenal
produzida por um cálculo que penetrou no trato digestivo através de
uma fístula colecisto-duodenal alta. A maioria ocorre em pacientes
idosos, com mortalidade entre 7% e 25% devido à coexistência de
outras condições mórbidas nesta faixa etária. Por isto nem sempre
o tratamento cirúrgico, que seria tratamento de escolha, é possível.
Outras terapias alternativas seriam a litotripsia extracorpórea ou
litotripsia mecânica endoscópica.
Síndrome de Budd-Chiari devido uso de
Anticoncepcional Oral e Evolução para
Insuficiência Hepática Fulminante: Relato
de Caso
Temário: Gastroenterologia / Fígado
Autores / Nome para Referência / Instituição: MIRELA
REBOUÇAS FERNANDES DE LIMA / LIMA, M.R.F. / UFG; LARISSA
FERNANDES MAIA BARBOSA / BARBOSA, L.F.M. / UFG; DIOGO
HENRIQUE SALIBA DE SOUZA / SOUZA, D.H.S. / UFG; RODRIGO
OLIVEIRA XIMENES / XIMENES, R.O. / UFG; ANA CAROLINA DE
PAULA MACHADO / MACHADO, A.C.P. / UFG; VANESSA TAVARES DE
FREITAS / FREITAS, V.T. / UFG; LARISSA MAIA COSTA / COSTA, L.M. /
UFG; RODRIGO SEBBA AIRES / AIRES, R.S. / UFG.
Resumo
Introdução: A síndrome de Budd-Chiari (SBC) é uma condição
rara, caracterizada por obstrução do fluxo venoso hepático.
Dentre as causas principais, o uso de anticoncepcional oral
(ACO) tem prevalência média de 18%. Objetivo: Relatar um
caso raro de SBC devido uso de ACO, evoluindo para insuficiência
hepática fulminante (IHF). Relato: Feminino, 22 anos, hígida,
uso de ACO, iniciou dor abdominal súbita, forte intensidade,
oligúria, confusão mental, edema de membros inferiores (MMII)
e aumento do volume abdominal. Ao exame: ictérica, ascite
volumosa e edema MMII. Bioquímica: hiperbilirrubinemia,
elevação de transaminases e enzimas canaliculares, TAP alargado
e hipoalbuminemia. Tomografia de abdome: trombo em veia
cava inferior com hipertrofia de lobo caudado, compatível com
SBC. Iniciado anticoagulação plena (AP). Descartado hepatites
virais e estado de hipercoagulabilidade. Evoluiu com ascite
refratária e após 4 meses, IHF e óbito. Discussão: A SBC é
rara, mais comum em mulheres, associada ao uso ACO. O caso
descrito foi compatível com SBC aguda: no geral, TGP > 5 vezes
do normal e elevação de fosfatase alcalina > 200. O tratamento
consiste na suspensão do ACO, iniciar AP e afastar estados de
hipercoagulabilidade (presente em 80% dos casos). Apesar de
rara, a IHF pode ocorrer em até 20% dos casos agudos, com
mortalidade alta. Conclusão: A SBC deve ser considerada no
diagnóstico diferencial de mulheres jovens, em uso de ACO,
com dor abdominal e ascite. IHF piora prognóstico.
Síndrome de Caroli – Relato de Caso
Temário: Gastroenterologia / Fígado
Autores / Nome para Referência / Instituição: DANIELA
LAILA GARCIA / GARCIA, DL / HSPE; MICHELLE CARVALHO HARRIZ
/ HARRIZ, MC / HSPE; RENATA BRANDALISE / BRANDALISE, R /
HSPE; THIAGO DE AZEVEDO REIS / REIS, TA / HSPE; CINTIA MORAES
LIMA DOS SANTOS / SANTOS, CML / HSPE; CLEDSON SILVEIRA DA
SILVA / SILVA, CS / HSPE; DANIEL PACHECO DA COSTA / COSTA, DP
/ HSPE; PAULA BECHARA POLETTI / POLETTI, PB / HSPE.
Resumo
Introdução: A Síndrome de Caroli é caracterizada pela dilatação
segmentar das vias biliares intra-hepática associada à Fibrose
Hepática Congênita. É uma doença rara com padrão de transmissão
autossômica recessiva que também pode estar associada à
doença policística renal. A parada da maturação e a ausência de
remodelamento nos precursores dos ductos biliares dão origem
à formação de ductos imaturos e disfuncionais que, quando
presentes num período inicial da embriogênese, leva à Doença de
Caroli ou mais tardiamente acometendo também as ramificações
intralobulares, à Fibrose Hepática Congênita caracterizando assim
a Síndrome de Caroli. Os sintomas podem estar associados tanto
às anormalidades biliares quanto à hipertensão portal. O tratamento
visa controlar e prevenir as complicações enquanto se aguarda
o transplante hepático. Relato de caso: Paciente 43 anos
procurou atndimento por hemorragia digestiva alta secundária a
varizes esofágicas. Na avaliação apresentava fígado aumentado,
esplenomegalia, ascite de pequeno volume, alteração na função
hepática com elevação das enzimas colestáticas, porém as
sorologias virais e auto-anticorpos hepáticos negativos. Realizou
TC de abdome que evidenciou múltiplas dilatações e cistos das
vias biliares intra-hepáticas. Procedeu-se a biópsia hepática cujo
resultado de Fibrose Hepática Congênita confirmou a Síndrome
de Caroli. A dificuldade do diagnóstico deveu-se à raridade da
síndrome bem como a apresentação tardia dos primeiros sintomas.
Síndrome de Cowden: Relato de Caso
Temário: Gastroenterologia / Miscelânia
Autores / Nome para Referência / Instituição: ANE MICHELI
COSTABEBER / COSTABEBER AM / UFCSPA; LIVIA CAPRARA LIONÇO
/ LIONÇO LC / UFCSPA; JONATHAN SOLDERA / SOLDERA J /
UFCSPA; SUELEN APARECIDA DA SILVA MIOZZO / MIOZZO SAS /
UFCSPA; FABRICIO PIMENTEL FONSECA / FONSECA FP / UFCSPA;
MICHELE DE LEMOS BONOTTO / BONOTTO ML / UFCSPA.
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
Resumo
Introdução: A Síndrome de Cowden (SC) é uma doença
hereditária autossômica dominante rara caracterizada pela presença
de hamartomas em vários órgãos e pela predisposição ao câncer.
Objetivo: Descrever um caso de SC. Relato de caso: Paciente
feminina, 35 anos, branca, procedente de Porto Alegre. Apresenta
lesões papulares cutâneas disseminadas, nódulos de mama e
tireoide sem evidência de neoplasia e macrocefalia. Apresenta
pólipos hamartomatosos em antro gástrico, cólon, reto e sigmoide.
Colonoscopia também evidenciou ganglioneuromas em transverso
e reto. Exames de imagem mostraram lesões compatíveis com
hemangioma e hiperplasia nodular focal no fígado. Os achados
nessa paciente preenchem os critérios atuais para diagnóstico
de SC. Atualmente ela mantém acompanhamento no serviço de
gastroenterologia. Discussão: Os pólipos na SC são tipicamente
assintomáticos e aparecem em qualquer área do trato gastrointestinal.
São pólipos hamartomatosos, detectados no cólon de 60-90%
dos pacientes, embora outros tipos histológicos possam coexistir.
Lesões altas são comuns, como acantose glicogênica no esôfago
e hamartomas gástricos. Os pacientes apresentam risco elevado 279
de câncer de mama, tireoide e endométrio; entretanto não existe
evidência definitiva de risco aumentado de câncer colorretal ou
gástrico. Conclusâo: A SC é provavelmente subnotificada, entretanto
diagnóstico precoce é essencial para adequado manejo desses
pacientes.
Síndrome de Mirizzi em Associação com
Níveis Séricos de CA 19-9 Superiores a
20.000u/Ml: É Possível?
Temário: Cirurgia / Pâncreas
Autores / Nome para Referência / Instituição: PAULO
ROBERTO OTT FONTES / FONTES, PR / UFCSPA; UIRÁ FERNANDES
TEIXEIRA / TEIXEIRA, UF / UFCSPA; THIAGO LUCIANO PASSARIN /
PASSARIN, TL / UFCSPA; FÁBIO LUIZ WAECHTER / WAECHTER, FL /
UFCSPA; MAURO NECTOUX / NECTOUX, M / UFCSPA; LEANDRO
DIAS CÉSAR / CÉSAR, LD / UFCSPA; FÁBIO TOMAZZOLI SANTAROSA
/ SANTAROSA, FT / UFCSPA; LUIZ MARANINCHI PEREIRA LIMA /
PEREIRA-LIMA, LM / UFCSPA.
Resumo
Relatamos o caso de uma paciente com síndrome de Mirizzi
apresentando níveis séricos de CA 19-9 superiores a 20.000 U / mL.
Até o momento, existem apenas quatro casos relatando a associação
entre esta doença e níveis séricos elevados deste marcador. Uma
paciente do sexo feminino, de 83 anos de idade, admitida para
investigação de síndrome de icterícia obstrutiva, foi submetida à
tratamento cirúrgico, com diagnóstico intra-operatório de síndrome

de Mirizzi. O resultado da anatomia patológica da amostra foi negativa
para malignidade. Houve resolução do padrão colestático no pós-
operatório, e posterior normalização do nível sérico do CA 19-9. O
presente relato de caso tem por objetivo fazer uma análise sobre
o diagnóstico de neoplasia em paciente ictérico e com marcador
tumoral elevado.
Síndrome de Mirizzi Tipo IV em Paciente
Assintomático
Temário: Gastroenterologia / Pâncreas e Vias Biliares
Autores / Nome para Referência / Instituição: DANIELLE
SOUZA BARÃO DE AGUIAR / AGUIAR, D.S.B. / UNIVERSIDADE
FEDERAL FLUMINENSE; CYNARA FEUCHARD PINTO / PINTO, C.F. /
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE; CRISTINE SOARES ENNE / ENNE,
C.S. / UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE; HILTON GUEIROS LEITÃO
NETO / NETO, H.G.L. / UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE; JORGE
MUGAYAR FILHO / FILHO, J.M. / UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE;
RENATA SENOS CALIXTO FERREIRA / FERREIRA, R.S.C. / UNIVERSIDADE
280 FEDERAL FLUMINENSE; FERNANDA SOARES GOMES CANEDO / CANEDO,
F.S.G. / UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE; MAÍRA ANANDA
HARRIS DO NASCIMENTO / NASCIMENTO, M.A.H. / UNIVERSIDADE
FEDERAL FLUMINENSE.
Resumo
Introdução: A síndrome de Mirizzi é uma complicação rara da
colelitíase de longa duração. Caracteriza-se por obstrução parcial
do ducto hepático comum secundária a cálculo biliar impactado no
ducto cístico ou no infundíbulo da vesícula, associado a processo
inflamatório. Objetivo: Relato de caso de paciente com Síndrome de
Mirizzi sem dor abdominal e icterícia. Material e Métodos: Revisão
de prontuário e revisão da literatura. Resultados: AMS,masculino,30
anos, internado para investigação de elevação de transaminases em
exames de rotina. Negava icterícia ou dor abdominal. Laboratório de
admissão: alteração de hepatograma com padrão de colestase. USG
abdome com colelitíase e dilatação de vias biliares intrahepáticas; TC
abdome evidenciou dilatação das vias biliares intra e extrahepáticas
até o nível de confluência dos hepáticos, não se visualizando o
ducto hepático comum. O método não foi capaz de definir a causa
da obstrução. Investigação complementada com CPRE: marcada
dilatação das vias biliares intra-hepáticas até o hilo, onde havia área
extensa falha de enchimento correspondente a cálculo. Diagnóstico
de Síndrome de Mirizzi tipo IV (presença de fístula colecistobiliar)
Conclusão: A síndrome de Mirizzi é uma complicação incomum, na
qual 80 % dos pacientes apresenta quadro de dor abdominal, icterícia
e alteração das provas de função hepática. É um diagnóstico raro,
mas que deve ser considerado em portadores de colelítiase mesmo
na ausência de quadro álgico.
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
Síndrome de Peutz-Jeghers Associada
à Adenocarcinoma de Cólon: Relato de
Caso
Temário: Gastroenterologia / Intestino
Autores / Nome para Referência / Instituição: GUSTAVO
GONZALES REAL / REAL, G.G. / HCPA; CARLOS FERNANDO DE
MAGALHÃES FRANCESCONI / FRANCESCONI, CFM / HCPA; NADJA
MACHADO VOLPATO / VOLPATO, NM / HCPA; ALEXANDRE LUIS KLAMT
/ KLAMT, AL / HCPA; CÉSAR AL-ALAM ELIAS / ELIAS, CA / HCPA;
LUCIANA DOS SANTOS HARLACHER / HARLACHER, LS / HCPA.
Resumo
A Síndrome de Peutz-Jeghers é uma polipose hereditária autossômica
dominante não-neoplásica na qual múltiplos pólipos hamartomatosos
acometem o trato gastrointestinal, associados à pigmentação
mucocutânea. Tal condição carrega consigo um risco aumentado
para neoplasias malignas do trato gastrointestinal e outros sítios.
Nós relatamos o caso de uma mulher, 27 anos, negra, encaminhada
por queixa de dor em fossa ilíaca direita irradiada e hematoquezia
intermitente. Há duas semanas, teve piora da dor abdominal, associada
a náuseas e vômitos. Ao exame físico, presença de pequenas
manchas hipercrômicas nos lábios e em falanges de extremidades
superiores, o abdômen apresentava-se distendido e havia massa
palpável em fossa ilíaca direita. Trazia consigo ecografia abdominal que
evidenciava imagem de alça dentro de alça ao longo da linha mediana
direita. Devido a quadro de suboclusão intestinal, foi submetida à
laparotomia exploradora que revelou intussuscepção ileo-ileal a 10
cm da válvula ileocecal. Realizada enterectomia identificando diversos
pólipos pediculados, o exame anatomopatológico revelou pólipos
hamartomatosos. Após 15 dias, teve novo quadro de obstrução
intestinal, necessitando reintervenção cirúrgica. No transoperatório,
foi observado grande pólipo de 5 cm causando obstrução completa
da luz em ângulo esplênico, tendo sido realizada colectomia
parcial esquerda. O exame anatomopatológico do pólipo revelou
adenocarcinoma de cólon moderadamente diferenciado.
Síndrome de Plummer-Vinson - Relato de
Caso
Temário: Gastroenterologia / Esôfago
Autores / Nome para Referência / Instituição: SUSAN LOUISE
KAKITANI TAKATA / TAKATA, SLK / UFPR; THIAGO SANTOS ROSA /
ROSA, TS / UFPR; KELLY CRISTINA VIEIRA / VIEIRA, KC / UFPR;
RICARDO MONTE JÚNIOR / MONTE JR, R / UFPR; BRUNO MARINO
SCHIOCCHET MONARIM / MONARIM, BMS / UFPR; MAURÍCIO
ZAPPAROLI / ZAPPAROLI, M / UFPR; KÁSSIA MAHFOUZ / MAHFOUZ,
K / UFPR; RICARDO DE BEM / DE BEM, R / UFPR.
Resumo
Introdução: A Síndrome de Plummer-Vinson (SPV) é definida
pela tríade clássica de disfagia, anemia por deficiência de
ferro e anéis esofágicos. Apesar de rara, sua identificação é
importante pelo risco de 3-15% dos pacientes desenvolverem
neoplasia escamosa de esôfago e faringe. Objetivo: Relatar
o caso de paciente com Síndrome de Plummer-Vinson.
Caso: Paciente feminina, 12 anos, história de anemia crônica
e disfagia. Hemograma recente com Hb de 10,4 g/dL, VCM
de 67,3 fL e ferritina de 6,47 ng/dL. Endoscopia Digestiva
Alta (EDA) com estenose fibrótica anelar a 17 cm da arcada
dentária, que não permitiu a passagem do endoscópio. Análise
anatomopatológica negativa para malignidade. Radiografia
em AP: Falhas de enchimento sugestivas de duas membranas
esofágicas. Radiografia em Perfil: falha de enchimento linear
em transição cérvico-torácica do esôfago e estenose em anel.
Discussão: A SPV é associada à disfagia intermitente e limitada
aos alimentos sólidos, engasgos ou até episódios aspirativos.
A patogênese da doença ainda é desconhecida, mas o mais
provável é que a deficiência de ferro seja um fator etiológico.
Deve-se excluir neoplasia, hemorragia ativa, doença celíaca,
entre outras. A suplementação de ferro sozinha pode causar a
regressão da membrana esofágica. Ruptura e dilatação via EDA
também pode ser realizada. O diagnóstico é feito pela evidência
de anemia ferropriva, associada à disfagia e um ou mais anéis
esofágicos, que podem ser diagnosticados por SEED ou EDA.
Síndrome de Plummer-Vinson – Relato
de Caso
Temário: Gastroenterologia / Esôfago
Autores / Nome para Referência / Instituição: ANDREZA
GAUTERIO CAVALCANTI / CAVALCANTI,AG / UCS; RIVADÁVIO ANTUNES
/ ANTUNES,R / UCS; GUILHERME FEDRIZZI / FEDRIZZI,G / UCS;
EDSON PICCOLI / PICCOLI,E / UCS; RAFAEL SARTORI BALBINOT /
BALBINOT,RS / ULBRA; SILVANA SARTORI BALBINOT / BALBINOT,SS
/ UCS; STELA S. MARINI / MARINI,SS / UCS; RAUL ANGELO
BALBINOT / BALBINOT,RA / UCS.
Resumo
Introdução: A síndrome de Plummer-Vinson, também
conhecida como síndrome de Patterson-Kelly, é caracterizada
por disfagia cervical, deficiência de ferro e presença de
membrana esofágica. É uma patologia rara, mais prevalente
em mulheres brancas, entre 40 e 70 anos. Relato do caso:
Paciente de 61 anos, masculino, procura atendimento no
ambulatório de gastroenterologia por disfagia para sólidos há
18 meses associado a emagrecimento de 4 kg em 5 meses.
História prévia de anemia, fragilidade ungueal e tuberculose
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
pulmonar. Paciente etilista e tabagista há 40 anos. Foi realizada
EDA com impossibilidade de progressão do aparelho devido à
resistência no esôfago. Ao REED foi diagnosticada síndrome
de Plummer-Vinson. Paciente com boa evolução clínica após
reposição de ferro e dilatação esofágica. Discussão: A
tríade clássica da síndrome é a presença de anemia ferropriva,
disfagia cervical e uma ou mais membranas esofágicas. A
disfagia é tipicamente intermitente e limitada aos alimentos
sólidos. A etiopatogenia ainda é desconhecida. As membranas
esofágicas são mais comuns no esôfago superior, abaixo do
músculo cricofaríngeo. Recomenda-se EDA periódica devido
ao risco elevado de câncer de boca, esôfago e faringe (3 a
15% dos casos). O tratamento é realizado com reposição de
ferro associada à dilatação esofágica por via endoscópica para
acelerar a remissão da membrana.
Síndrome de Russell-Silver Associada à
Atresia de Esôfago: Relato de Caso
Temário: Gastroenterologia / Gastropediatria
281
Autores / Nome para Referência / Instituição: MIRELLA
CRISTIANE DE SOUZA / SOUZA, M.C. / FURB; HUGO LEONARDO
MADEIRA MORENO / MORENO, H.L.M. / FURB; ROBÉRIO RODRIGO
HORA MELO / MELO, R.R.H / FURB.
Resumo
A Síndrome de Russell-Silver (SRS) é uma desordem do crescimento
com amplo espectro de dismorfias. R.A.C.L., 1ano e 6m, B, F. Prematura,
PIG, ao nascimento apresentava hipertelorismo, microftalmia,
polidactilia. Nas primeiras horas de vida apresentou sialorréia e
vômitos. Na radiografia de tórax evidenciou-se sonda nasogástrica
enrolada em esôfago proximal. Realizada correção cirúrgica de
atresia de esôfago. Há 5 meses iniciou com vômitos intermitentes
aos alimentos sólidos. Encontra-se desnutrida e com peso atual de
5.650g. Realizou seriografia do esôfago que demonstrou área de
estenose em esôfago proximal. Indicada dilatação com balão via
fluoroscópica, iniciado aumento de aporte calórico com hidrolisado
protéico e maltodextrina e associado ranitidina 5mg/kg/dose VO,
de 12/12 horas. Diagnostica-se SRS se o paciente apresentar 4
das 5 características seguintes: RCIU, pobre crescimento pós-natal,
preservação da circunferência craniana occipitofrontal; fenótipo
clássico (face triangular, proeminência frontal, micrognatia, e cantos
da boca direcionados para baixo) e assimetria de extremidades. É
incomum malformações gastrointestinais. Atresia de esôfago se
associa a malformações e síndromes. Embora rara na SRS, deve ser
investigada. O uso de inibidores de bomba e a dilatação esofágica
fazem-se necessários no tratamento de estenose secundária. Na
SRS melhoram sintomas e possibilitam maior oferta de alimentos e
aporte calórico, reduzindo o baixo peso associado.

Síndrome de Superposição: Cirrose Biliar
Primária (CBP) com Hepatite Autoimune
(HAI)
Temário: Gastroenterologia / Fígado
Autores / Nome para Referência / Instituição: REBECA
MESQUITA GAROFALO / GAROFALO, RM / UNIGRANRIO; SALEM DALLA
BERNARDINA FRAGA / FRAGA, SDB / UNIGRANRIO; NAYARA GOMES
TEIXEIRA / TEIXEIRA, NG / UNIGRANRIO; ANDRÉ NAZAR / NAZAR, A /
UNIGRANRIO E HOSPITAL FEDERAL DOS SERVIDORES DO ESTADO DO
RIO DE JANEIRO; VIVIANE LOZANO ESPASANDIN AVOLIO / AVOLIO, VLE
/ UNIGRANRIO.
Resumo
Introdução: Estudos demonstram que a Síndrome de
Superposição de CBP com HAI predomina em pacientes do
sexo feminino, após 45 anos. Na população caucasiana, a
sua incidência é de 0,1-0,9 por 100.000 habitantes ao ano.
Objetivo: Relatar um caso raro de Síndrome de Superposição
282
de CBP com HAI. Casuística: Paciente sexo feminino, 58 anos,
assintomática, com telangectasia e hepatoesplenomegalia.
Exames laboratoriais com plaquetopenia (85mil/mm³), atividade
protrombina 58%, elevação de aminotransferases (AST
323U/L e ALT 338U/L), GGT (479U/L) e hiperbilirrubinemia.
Os marcadores virais de hepatite B e C negativos, ferritina e
ceruloplasmina normais. Apresentava hipergamaglobulinemia
(30.8%) e marcadores de atividade de doença auto-imune:
FAN 1/80 padrão nuclear pontilhado fino e 1/320 padrão
citoplasmático pontilhado reticulado, anticorpos anti-músculo
liso 1/80 e anticorpo anti-mitocôndria 1/160. Resultados:
Foi iniciado tratamento empírico com Ácido Ursodesoxicólico
(UDCA) 600mg/dia e Predinisona 40mg/dia com melhora dos
níveis séricos de plaquetas, aminotransferases, GGT e atividade
da protrombina. A paciente mantém acompanhamento
ambulatorial com proposta de modificação do esquema de
imunossupressão. Conclusão: Trata-se de um caso raro de
Superposição de CBP com HAI, com diagnóstico baseado
em parâmetros clínicos, epidemiológicos e laboratoriais, com
tratamento empírico favorável.
Síndrome Hepatopulmonar
Temário: Gastroenterologia / Fígado
Autores / Nome para Referência / Instituição: AMÉRICO DE
OLIVEIRA SILVÉRIO / SILVÉRIO, AO / PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA
DE GOIÁS; CRYSTHYAN MAGNO DE JESUS SIQUEIRA / SIQUEIRA, CMJ
/ PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS; RAONÍ MACHADO
COUTINHO / COUTINHO, RM / PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE
GOIÁS; ÉRIKA OLIVEIRA MILANEZ / MILANEZ, EO / UNIVERSIDADE DE
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
UBERABA; SILVANO NAVES / NAVES, S / HOSPITAL GERAL DE GOIÂNIA;
LORENA BARBOSA MORAIS FONSECA / FONSECA, LBM / HOSPITAL
GERAL DE GOIÂNIA.
Resumo
Introdução: A síndrome hepatopulmonar (SHP) – caracterizada pela
tríade de doença hepática, hipoxemia e comunicações arteriovenosas
intrapulmonares (CAVI) - é considerada uma indicação para o
transplante hepático. Objetivo: Avaliar a prevalência da SHP no
nosso meio. Casuística: Avaliamos 40 pacientes com cirrose, sem
doença cardiopulmonar. Métodos: Realizamos gasometria arterial
com o paciente em repouso e respirando em ar ambiente e a pesquisa
de CAVI pela ecocardiografia com contraste (ECC). Resultados: A
SHP foi encontrada em 9/40 (22,5%) e em 10/40 (25,0%) e embora
houvesse a presença de CAVI os mesmos não apresentavam
hipoxemia. Assim como, em 4/40 (10,0%) observamos hipoxemia sem
a presença de CAVI. Os pacientes foram divididos em: grupo A, com
9 (22,5%) pacientes portadores da SHP, sendo 5 (55,6%) masculinos
com a média de 48,2 ± 8,5 anos; e grupo B, 31 (77,5%) pacientes sem
SHP, 18 (58,1%) masculinos com média 48,7 ± 12,6 anos (p>0,05).
Os pacientes do grupo A apresentavam maior hipoxemia (PaO2 =
73,3 ± 7,3 mmHg and e gradiente alvéolo-arterial de oxigênio de 34,5
± 11,9 mmHg) quando comparados com os do grupo B (91,8 ±
8,6 mmHg e 10,1 ± 8,8 mmHg) (p < 0,0001). Conclusão: Nossos
achados sugerem que a SHP é comum nos cirróticos (22,5%). E que
nessa população a hipoxemia é multifatorial.
Síndrome Hepatopulmonar em
Pacientes com Doença Hepática Crônica
Descompensada atendidos no Hospital
Universitário Alcides Carneiro – Campina
Grande – Paraíba – Relato de 10 Casos
Temário: Gastroenterologia / Fígado
Autores / Nome para Referência / Instituição: IRIGRÁCIN LIMA
DINIZ BASÍLIO / BASILIO, ILD / UFCG; DANIEL THALLES MONTEIRO
DE ARAÚJO / ARAÚJO, DTM / UFCG; TASSO ALACON PEREIRA DE
ARAÚJO DANTAS / DANTAS, TAPA / UFCG.
Resumo
A síndrome hepatopulmonar (SHP) é uma complicação com impacto
prognóstico nos pacientes hepatopatas. Sua prevalência varia de 4 a
29%, dependendo dos métodos diagnósticos empregados. O estudo
objetiva avaliar a presença da SHP em pacientes internados no
Hospital Universitário por doença hepática crônica descompensada
no ano de 2010. Onze pacientes foram recrutados e após realização
de gasometrial arterial e ecocardiografia com microbolhas, foram
identificados dez portadores de SHP. A forma leve a moderada
esteve presente em nove pacientes. O gênero masculino e o
etilismo, responsável pelas formas descompensadas, predominaram
em 80% dos casos (8/10 pacientes). Icterícia e ascite foram os
achados clínicos presentes em 90% (9/10 pacientes) e 80% (8/10
pacientes), respectivamente. Sintomas respiratórios estiveram
presentes em dois pacientes 20% (2/10 pacientes). Cinco pacientes
50% (5/10 pacientes) apresentaram MELD maior ou igual a quinze.
Varizes esofágicas foram confirmadas em seis pacientes 60% (6/10
pacientes). O estudo mostra uma tendência à alta prevalência de
SHP, divergindo de outros estudos. É bom ressaltar que a população
estudada era composta por pacientes descompensados e, portanto,
a tendência de apresentar doença hepática de maior severidade
foi comum, confirmando os altos índices do MELD encontrados.
Os achados clínicos mais frequentes não guardaram relação com a
fisiopatologia da SHP, e sim com a causa da descompensação.
Síndrome Hipereosinofílica com
Manifestações Gastrointestinais e
Hepática
Temário: Gastroenterologia / Miscelânia
Autores / Nome para Referência / Instituição: JULIANA POLIDO
DE ARAÚJO / ARAÚJO, J.P / HRHDS; FANGIO FERRARI / FERRARI,
F. / HRHDS; PATRÍCIA SCHMIDT FERTIG KIRSTEN / KIRSTEN, PSF /
HRHDS; ROBERTA HELOÍSA MARTINELLI FISCHER / FISCHER, RHM /
HRHDS; HAROLDO LUIZ JORDELINO DA LUZ / LUZ, HLJ / HRHDS;
MARCELO OCHOA / OCHOA, M. / HRHDS; CARLOS RENATO
FRANCALACCI / FRANCALACCI, CR / HRHDS; PAULO MARCELO
NASCIMENTO DA SILVA MAFRA / MAFRA, PMNS / HRHDS.
Resumo
Introdução: Síndrome hipereosinofílica é caracterizada por
eosinofilia periférica sem causa identificável ou determinando
disfunção orgânica. Critérios diagnósticos: eosinofilia (>1.500
eosinófilos/ mm3) por mais de seis meses sem causa secundária.
Caracterizada por heterogeneidade clínica, predominando em
homens. Método: Descrição de caso de paciente internado
em janeiro de 2011 no Hospital Regional Hans Dieter Schmidt.
Resultados: D.L.C., masculino, 22 anos, iniciou há 2 semanas
com dor em região epigástrica, sem fatores associados. História
prévia de rinite e dermatite. Exame físico: dor à palpação de
fossa ilíaca direita. Exames: LEUC 13.700 E34% (4.658) TGO
46 TGP 81. Internou para investigação. US abdome: adenite
mesentérica; TAC abdome: pâncreas aumentado de volume
com borramento intersticial. Bx hepática: hepatite, sugere
acometimento secundário a processo sistêmico, com aumento
de eosinófilos, podendo corresponder à hipereosinofilia
idiopática ou secundário à reação de hipersensibilidade. EDA
pangastrite e bulboduodenite. Bx: esofagite e gastrite superficial.
Colonoscopia: colite eosinofílica. Bx: colon: colite crônica em
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
atividade, rica em eosinófilos. Ecocardiograma: aumento leve
do AE. TAC Tórax e Espirometria: Normais. Teve alta hospitalar,
retornou mantendo eosinofilia, porém parou acompanhamento.
Conclusão: O diagnóstico de síndrome hipereosinofílica é
desafiador, porém de extrema importância para que se possa
iniciar a terapêutica e prevenir as complicações.
Sleeve Gástrico em Paciente com Válvula
de Antirrefluxo Intratorácica
Temário: Cirurgia / Obesidade
Autores / Nome para Referência / Instituição: ALCIDES JOSÉ
BRANCO FILHO / BRANCO, AJ / SANTA CASA DE CURITIBA; LUIS SÉRGIO
NASSIF / NASSIF, LS / SANTA CASA DE CURITIBA; JOÃO ANTONIO
SCHEMBERK JR. / SCHEMBERK, JA / SANTA CASA DE CURITIBA; LUIS
FELIPE PERRIN OLIVEIRA / OLIVEIRA, LFP / SANTA CASA DE CURITIBA;
DANIEL EMILIO DALLEDONE SIQUEIRA / SIQUEIRA, DED / SANTA
CASA DE CURITIBA; ROBSON MATSUDA FERNANDES / FERNANDES,
RM / SANTA CASA DE CURITIBA; KALIL HUSSEIN KHALIL / KHALIL,
KH / SANTA CASA DE CURITIBA; ANDRÉ GUBERT WEISS / WEISS, AG 283
/ SANTA CASA DE CURITIBA.
Resumo
Introdução: A obesidade mórbida é um grave problema
de saúde associado a diversas comorbidades. Dentre elas a
doença do refluxo gastroesofágico e suas consequências.
Atualmente sabe-se que a realização de gastroplastia redutora
é um fator determinante na melhora do refluxo em pacientes
com as devidas indicações. Objetivo: Demonstrar um vídeo
da realização de uma gastroplastia gastrectomia vertical por
quadro de obesidade mórbida em paciente com história de
fundoplicatura prévia, com válvula antirrefluxo deslizada para
dentro do tórax. Materiais e Métodos: Paciente feminino,
38 anos, com história de obesidade mórbida, com IMC=47,
com DRGE, foi submetida há 3 anos a fundoplicatura a Nissen.
Durante evolução do quadro clínico devido a insucesso ao
tratamento para obesidade mórbida, optado pela realização
de Sleeve gástrico. Durante pré-operatório identificado válvula
antirrefluxo incompetente e com deslizamento para dentro
do tórax. Procedeu-se com realização da desconfecção da
válvula antirrefluxo, associado à hiatoplastia, seguido pelo
grampeamento gástrico para realização de gastrectomia
vertical (Sleeve). Conclusão: A dificuldade técnica inerente
à desconfecção de válvula antirrefluxo para realização de
gastroplastia redutora é fato descrito na literatura. Diversas são
as abordagens cirúrgicas possíveis bem como os métodos a
serem utilizados.

Sobrevida Global de uma Coorte de
Pacientes com Câncer de Esôfago
Tratados com Esofagectomia no Hospital
de Clínicas de Porto Alegre
Temário: Cirurgia / Esôfago
Autores / Nome para Referência / Instituição: ANDRÉ
RICARDO PEREIRA DA ROSA / ROSA, AR / UFRGS; CLEBER DARIO
PINTO KRUEL / KRUEL, CD / UFRGS; RICHARD R. GURSKI / GURSKI,
RR / UFRGS; CARLOS CAUDURO SCHIRMER / SCHIRMER, CC /
UFRGS; RICARDO F. ROMANI / ROMANI, RF / UFRGS; MATHEUS
D. FICK / FICK, MD / UFRGS; SAMANTA D. DE ROSSI / ROSSI, SD
/ UFRGS; KÁTIA G. GONÇALVES / GONÇALVES, KG / UFRGS; ALINE
J. C. MENDONÇA / MENDONÇA, AJ / UFRGS.
Resumo
Introdução: De acordo com a literatura mundial, o câncer de
esôfago é uma neoplasia altamente letal, porém com taxas de
284 sobrevida aumentando de forma discreta nos últimos anos.
Objetivo: Avaliar a sobrevida dos pacientes com câncer de esôfago
tratados com esofagectomia no Serviço de Cirurgia Digestiva
do HCPA. Métodos: Estudo retrospectivo com 125 pacientes
submetidos à esofagectomia entre janeiro de 2000 e outubro de
2010. Os dados relativos à sobrevida foram analisados através
de curva de Kaplan-Meier e comparados com outros trabalhos
publicados. Resultados: A média de idade dos pacientes
submetidos ao procedimento foi de 59,43(± 10,06) anos. O tipo
histológico mais frequente foi o carcinoma epidermoide (76,1%).
A maioria dos tumores foi classificada em estádios II (38,7%) e
III (39,4%). A sobrevida geral média dos pacientes foi de 75,1
± 6,38 meses. As probabilidades estimadas de sobrevida em 1,
5 e 10 anos foram, respectivamente, de 82%, 55,9% e 50,3%.
Discussão: As taxas de sobrevida média geral nesse estudo
foram semelhantes a outros grandes centros. Comparadas com
um estudo anterior desenvolvido no próprio Serviço de Cirurgia
Digestiva do HCPA, houve aumento das taxas de sobrevida em 5
e 10 anos, além da sobrevida média. Conclusão: O prognóstico
dos pacientes com câncer de esôfago ainda permanece ruim. A
sobrevida desses pacientes pode variar de acordo com o tipo
histológico, estadiamento e tipo de cirurgia, além da adjuvância
empregada.
Somatostinoma Duodenal: Relato de
Caso
Temário: Endoscopia / Ecoendoscopia
Autores / Nome para Referência / Instituição: TIAGO
NEPOMUCENO DE SABOIA MONT‘ALVERNE / MONT‘ALVERNE, T.N.S. /
HCFMUSP; GUSTAVO MELO BENEVIDES / BENEVIDES, G.M. / HCFMUSP;
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
FAUZE MALUF / MALUF, F. / HCFMUSP; MARCOS EDUARDO LERA /
LERA, M.E. / HCFMUSP; SERGIO EIJI MATUGUMA / MATUGUMA, S.E. /
HCFMUSP; EDUARDO GUIMARAES HOURNEAUX DE MOURA / MOURA,
E.G.H. / HCFMUSP; PAULO SAKAI / SAKAI, P. / HCFMUSP.
Resumo
Introdução: Lesões submucosas são frequentes no esôfago e
estômago, sendo mais raras as duodenais, em especial as peri-
papilares (PP). Objetivo: Relatar caso de lesão submucosa duodenal
PP que à ressecção demonstrou ser tumor neuroendócrino. Relato
de caso: Paciente de 37 anos, feminino, em investigação por neoplasia
familiar, foi submetida à endoscopia (EDA) que revelou lesão elevada
PP. Com TC de abdômen normal, foi solicitada ecoendoscopia, que
evidenciou lesão sólida em terceira camada duodenal (submucosa),
de 21 mm, hipoecóica, sem acometimento de muscular própria,
sugestiva de paraganglioma. O caso foi discutido com equipe de
cirúrgica e decidido por ressecção endoscópica diagnóstica e
eventualmente terapêutica. Foi realizada a ressecção da lesão com
alça após aplicação de endoloop, sem intercorrências. A análise
histopatológica revelou tratar-se de somatostinoma, grau II, de 25
mm, com margens de ressecção coincidentes. No seguimento de 30
dias pós ressecção, a mucosa demonstrava-se cicatrizada, sem sinais
de recidiva local. Discussão e Conclusão: Os somatostinomas
localizam-se preferencialmente no pâncreas e duodeno, sendo as
lesões duodenais pouco associadas à “síndrome inibitória” e em 50%
dos casos fazem parte da Sd. De Von Recklinhauser, que não existia
no presente caso. Esses raros tumores têm potencial metastático,
principalmente quando maiores que 2 cm. No seguimento, a paciente
foi enviada a equipe de cirurgia oncológica, que decidiu por Cirurgia
de Whipple.
Suboclusão Colônica por Cálculo Pós-
Ureterossigmoidostomia (Mainz Pouch II)
Temário: Endoscopia / Colonoscopia
Autores / Nome para Referência / Instituição: THIAGO ALONSO
DOMINGOS / DOMINGOS, TA / UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP;
ANDRÉ LUIS ALONSO DOMINGOS / DOMINGOS, ALA / UNIVERSIDADE
ANHANGUERA-UNIDERP; SILVIO TUCCI JUNIOR / TUCCI JUNIOR, S /
FMRP-USP.
Resumo
Relato de caso: Paciente GMW, 17 anos, com história de ter
sido submetido há 2 anos, à cistoprostatectomia radical com
reconstrução à Mainz pouch II (ureterossigmoidostomia em
reservatório retossigmoideo), em decorrência de rabdomiossarcoma
embrionário de próstata. Apresentou dor abdominal tipo cólica
associada à redução da eliminação de gases e fezes. A tomografia
computadorizada de abdome revelou imagem cálcica, arredondada,
com cerca de 5cm, localizada no reservatório colônico, provocando
suboclusão. Foi realizada colonoscopia com identificação de
grande cálculo em reservatório retossigmoideo impedindo
a passagem do aparelho. Optado pela fratura do cálculo em
diversos fragmentos utilizando-se alça de polipectomia, seguida
da retirada dos maiores fragmentos. Realizada a colonoscopia até
o íleo terminal, sem outras alterações. O paciente evoluiu bem,
permanecendo assintomático desde então. Discussão: Sabe-
se que a cistoprostatectomia com reconstrução à Mainz Pouch II
pode apresentar algumas complicações, entre elas destacam-se
estenose da anastomose uretero-sigmoidea, acidose metabólica,
pielonefrite e risco aumentado de neoplasia colônica. Entretanto,
não é do conhecimento destes autores, relato de cálculo em
reservatório retossigmoideo pós Mainz Pouch II, tão pouco
causando suboclusão colônica.
Sucesso do Tratamento Endoscópico da
Coledocolitíase X Tamanho do Cálculo –
Análise de Propostas Terapêuticas
Temário: Endoscopia / Colangiopancreatografia
endoscópica retrógrada
Autores / Nome para Referência / Instituição: EDUARDO
GUIMARÃES HOURNEAUX DE MOURA / MOURA EGH / SERVIÇO DE
ENDOSCOPIA GASTROINTESTINAL DO HCFMUSP; GEORGE PORTO
OLIVEIRA / OLIVEIRA GP / SERVIÇO DE ENDOSCOPIA GASTROINTESTINAL
HCFMUSP; FERNANDA CRISTINA SIMÕES PESSORRUSSO /
PESSORRUSSO FCS / SERVIÇO DE ENDOSCOPIA GASTROINTESTINAL
HCFMUSP; MARIANA SOUZA VARELLA FRAZÃO / FRAZÃO MSV
/ SERVIÇO DE ENDOSCOPIA GASTROINTESTINAL HCFMUSP; CARLA
CRISTINA GUSMON / GUSMON CC / SERVIÇO DE ENDOSCOPIA
GASTROINTESTINAL HCFMUSP; THIAGO NUNES SANTOS / SANTOS
TN / SERVIÇO DE ENDOSCOPIA GASTROINTESTINAL HCFMUSP;
FLÁVIO COELHO FERREIRA / FERREIRA FC / SERVIÇO DE ENDOSCOPIA
GASTROINTESTINAL HCFMUSP; PAULO SAKAI / SAKAI P / SERVIÇO
DE ENDOSCOPIA GASTROINTESTINAL HCFMUSP.
Resumo
Introdução: A CPRE é considerada uma das principais opções
terapêuticas da coledocolitíase, com taxa de sucesso superior a
90%. Objetivo: Avaliar a terapêutica endoscópica da coledocolitíase
em relação ao tamanho dos cálculos. Método: Trata-se de estudo
observacional e retrospectivo, fundamentado na avaliação dos exames
de CPRE realizados entre julho 2009 e junho de 2011, nos quais
coledocolitíase foi observada em 509 pacientes, sendo selecionados
para análise deste estudo 252 pacientes. O sucesso terapêutico
foi definido como remoção completa dos cálculos. Resultados:
Cálculos menores que 10mm foram observados em 36% dos
pacientes, assim como em 29% entre 10 e 14mm e 35% maiores que
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
15mm. Foi alcançado sucesso terapêutico em 80% dos pacientes.
A técnica de acesso por papilotomia convencional foi efetuada em
69% por infundibulotomia em 10%, e outras formas de acesso em
21% dos pacientes. Remoção através de balão extrator ou cesta de
Dormia ocorreu, respectivamente, em 46% e 41% e em conjunto nos
demais. Em cálculos superiores a 15mm houve a necessidade do
emprego de prótese biliar ou litotripsia. As principais complicações
observadas foram hemorragia (6/252) e perfuração (3/252).
Conclusão: A terapêutica endoscópica é efetiva na abordagem da
litíase coledociana, particularmente nos cálculos menores que 10mm
e as complicações não estão relacionadas ao tamanho do cálculo.
Sucesso e Limitações da Técnica
Convencional na Abordagem da
Coledocolitíase
Temário: Endoscopia / Colangiopancreatografia
endoscópica retrógrada
Autores / Nome para Referência / Instituição: EDUARDO
GUIMARÃES HOURNEAUX DE MOURA / MOURA EGH / SERVIÇO DE 285
ENDOSCOPIA GASTROINTESTINAL DO HCFMUSP; CARLA CRISTINA
GUSMON / GUSMON CC / SERVIÇO DE ENDOSCOPIA GASTROINTESTINAL
HCFMUSP; MARIANA SOUZA VARELLA FRAZÃO / FRAZÃO MVS /
SERVIÇO DE ENDOSCOPIA GASTROINTESTINAL HCFMUSP; FERNANDA
CRISTINA SIMÕES PESSORRUSSO / PESSORRUSSO FCS / SERVIÇO
DE ENDOSCOPIA GASTROINTESTINAL HCFMUSP; GEORGE PORTO
OLIVEIRA / OLIVEIRA GP / SERVIÇO DE ENDOSCOPIA GASTROINTESTINAL
HCFMUSP; THIAGO NUNES SANTOS / SANTOS TN / SERVIÇO DE
ENDOSCOPIA GASTROINTESTINAL HCFMUSP; FLÁVIO COELHO
FERREIRA / FERREIRA FC / SERVIÇO DE ENDOSCOPIA GASTROINTESTINAL
HCFMUSP; PAULO SAKAI / SAKAI P / SERVIÇO DE ENDOSCOPIA
GASTROINTESTINAL HCFMUSP.
Resumo
Introdução: A papilotomia é passo importante no tratamento
endoscópico da coledocolitíase, seguida pela extração dos cálculos.
Objetivo: Avaliar o sucesso na remoção de cálculos do colédoco
após a realização exclusiva de papilotomia como via de acesso
e o uso de basket, balão ou ambos como acessórios. Método:
Estudo retrospectivo no período de julho de 2009 a junho de 2011
envolvendo os casos de coledocolítiase submetidos à papilotomia. Os
casos com registros insuficientes foram excluídos, totalizando 165.
Resultado: A papilotomia foi realizada em 327 pacientes dos 509
com coledocolitíase. Houve predomínio do sexo feminino (68,4%),
com idade média de 51 anos. Dos 162 pacientes incluídos, 69
(42,5%) apresentavam cálculo menor que 10 mm, 52 (32%), cálculo
entre de 10 a 14 mm, e 41 (25,3%) cálculo com 15 mm ou mais. Os
cálculos menores que 10 mm foram removidos em 62,3% com balão
extrator, 23,1% com cesta de Dormia e 5,7% com ambos acessórios.

A taxa de insucesso foi de 8,6%. Os cálculos entre 10 e 15 mm a
remoção foi conseguida com balão em 28,8%, com basket em 44,2%
e com ambos em 1,9%., sendo o insucesso de 23%. Nos cálculos
maiores que 15 mm, a falha na remoção ocorreu em 73,1%, sendo
que em 4,8% a remoção foi efetuada com balão e em 14,6% com
cesta de Dormia. Conclusão: Apesar da papilotomia e do uso de
acessórios, cálculos de colédoco maiores que 15 mm necessitam de
outras estratégias, como litotripsia ou passagem de prótese biliar para
drenagem e reabordagem posterior.
Tecido Pancreático Ectópico Gástrico
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para Referência / Instituição: DENIS CONCI
BRAGA / BRAGA, DC / UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA
(UNOESC).
Resumo
286 Trata-se de um paciente de 40 anos, sexo masculino, cujo sintoma que
o levou à realização de endoscopia digestiva alta foi epigastralgia, de
média intensidade, do tipo em queimação. Ao exame, se observa no
antro gástrico, na topografia da grande curvatura, lesão submucosa,
de bordos discretamente elevados, com umbilicação central, medindo
cerca de 10 mm, compatível com tecido pancreático ectópico (1-3), a
qual foi biopsiada (4). A análise histopatológica confirmou o achado
endoscópico. Esta patologia é caracterizada pela presença de tecido
pancreático que não tem comunicação anatômica ou vascular com o
corpo do pâncreas. Apresenta uma incidência verificada em autopsias
que varia de 0,5% a 13,7%. É mais comum no sexo masculino, na faixa
etária dos 30 a 50 anos. A localização mais comum é no estômago
(25% a 38%), sendo o antro gástrico, ao longo da grande curvatura,
acometido em 85% a 90% dos casos. O quadro clínico depende da
localização anatômica da lesão, podendo causar sintomas dispépticos
ou até mesmo obstrução de vias biliares em casos de grandes lesões
que causam efeito compressivo.
TEM (Transanal Endoscopic
Microsurgery) Para Câncer Retal Após
Quimioradioterapia Neoadjuvante
– Existem Fatores de Risco para
Recorrência Local?
Temário: Cirurgia / Cólon
Autores / Nome para Referência / Instituição: PATRÍCIO LYNN
/ LYNN,P / INSTITUTO ANGELITA E JOAQUIM GAMA; RODRIGO OLIVA
PEREZ / PEREZ, RO / USP; IAJG; GUILHERME PAGIN SÃO JULIÃO
/ SÃO JULIÃO, GP / USP; JOAQUIM GAMA-RODRIGUES / GAMA-
RODRIGUES, J / IAJG; IGOR PROSCURSHIM / PROSCURSHIM, I / USP;
ANGELITA HABR-GAMA / HABR-GAMA, A / IAJG.
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
Resumo
Introdução: A quimioradioterapia neoadjuvante pode levar à
regressão do tamanho do tumor primário. A ressecção transanal sem
excisão total mesorreto pode oferecer alternativa cirúrgica para estes
pacientes. A identificação de fatores de risco para recorrência local
pode fornecer informações relevantes no estabelecimento de critérios
de seleção para TEM como um procedimento radical após a CRT
neoadjuvante em pacientes com câncer retal. Métodos: Pacientes com
adenocarcinoma retal cT2-4Nx M0 submetidos à quimioradioterapia
neoadjuvante foram incluidos. Aqueles com regressao ycT0-2N0 e
lesão ≤ 2cm foram escolhidos para tratamento com resseção local
por TEM. Dados foram comparados a fim de determinar fatores
de risco para recorrência local. Resultados: 28 pacientes foram
incluídos. Observou-se três pacientes com tumores ypT0, 5 ypT1,
15 c ypT2 e 5 com ypT3. Nenhum paciente apresentou margem de
ressecção circunferencial positiva (R1). A recidiva local ocorreu em
6 pacientes (21%). Foram fatores preditivos de recorrência local a
diferenciação tumoral pouco diferenciado, invasão linfática, invasão
vascular, hemorragia intratumoral. Conclusão: Outras características
patológicas tumorais além de TNM e grau de regressão tumoral,
podem ser de relevância para a predição de recorrência local em
pacientes tratados com TEM após quimioradioterapia neoadjuvante.
Os pacientes com caraterísticas desfavoráveis podem considerados
para tratamentos complementares.
Terapêutica Endoscópica de Fístula
Gastrocutânea após Bypass Gástrico
em Y de Roux com Emprego de Prótese
Metálica Modificada
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para Referência / Instituição: EDUARDO
GUIMARÃES HOURNEAUX DE MOURA / MOURA, EGH / HC-
FMUSP; FLÁVIO COELHO FERREIRA / FERREIRA, FC / HC-FMUSP;
MANOEL DOS PASSOS GALVÃO-NETO / GALVÃO-NETO, MP / HC-
FMUSP; ALMINO CARDOSO RAMOS / RAMOS, AC / GASTRO OBESO
CENTER; EDUARDO TURIANI HOURNEAUX DE MOURA / MOURA, ETH /
FMUSP; DIAMARI CARAMELO RICCI CEREDA / CEREDA, DCR / HC-
FMUSP; DIOGO TURIANI HOURNEAUX DE MOURA / MOURA, DTH /
HC-FMUSP; PAULO SAKAI / SAKAI, P / HC-FMUSP.
Resumo
Introdução: A cirurgia bariátrica é um procedimento invasivo, de
elevada complexidade, estando relacionada a pequeno índice de
complicações em mãos experientes porém fístula e deiscência de
anastomose podem ocorrer. Casuística: Os autores apresentam
vídeo de tratamento endoscópico de complicação de by-pass
gástrico em Y-de-Roux evidenciada como fístula gastrocutânea de
alto débito. Utilizada prótese metálica autoexpansível modificada
para melhor adaptação à anatomia pós-cirúrgica. Método: Foi
realizada endoscopia digestiva com identificação de ampla área
de deiscência da linha de sutura, havendo passagem do aparelho
para o interior da cavidade abdominal. Efetuada passagem de fio-
guia em alça alimentar, seguida da passagem de prótese metálica
autoexpansível recoberta. Resultado: O paciente evoluiu sem
intercorrências clínicas, com redução progressiva do débito da fístula
gastrocutânea, recebendo alta da UTI. Queixa de dor abdominal
após 31 dias sendo removida prótese migrada,sem intercorrências.
Ausência de orifício fistuloso ou área de deiscência após remoção da
prótese. Conclusão: O tratamento endoscópico de determinadas
complicações após cirurgia bariátrica é factível quando realizado por
médicos com experiência em endoscopia terapêutica. Ilustra-se um
tratamento menos agressivo no entanto com bom resultado de uma
difícil complicação cirúrgica.
Terapêutica Endoscópica nas
Complicações Biliares Pós-Transplantes
Hepáticos
Temário: Endoscopia / Colangiopancreatografia
endoscópica retrógrada
Autores / Nome para Referência / Instituição: JEANY BORGES
E SILVA RIBEIRO / RIBEIRO,JBS / HGCC; FABRÍCIO DE SOUSA MARTINS /
MARTINS,FS / HGCC; JOSÉ HUYGENS PARENTE GARCIA / GASRCIA,JHPG
/ HGCC; ADRIANO CÉSAR COSTA CUNHA / CUNHA,ACC / HGCC;
RICARDO AUGUSTO ROCHA PINTO / PINTO,RAR / HGCC; MARCUS
VALLERIUS S RATACASO / RATTACASO,MVS / HGCC; FRANCISCO PAULO
PONTE PRADO JÚNIOR / PRADO JR,FPP / HGCC; RICARDO RANGEL DE
PAULA PESSOA / PESSOA,RRP / HGCC.
Resumo
Objetivo: Avaliar retrospectivamente os resultados do tratamento
endoscópico das complicações biliares em pacientes submetidos
à transplante hepático. Métodos: Foram avaliados pacientes
transplantados hepáticos encaminhados ao Serviço de Endoscopia
do Hospital Geral César Calls, no período de Dezembro de 2004 a
Julho de 2011, para realização de colangiopancreatografia retrógrada
endoscópica por suspeita de complicação biliar. Resultados: Quinze
pacientes (11 homens, média de idade 49,57 anos) foram estudados
retrospectivamente entre Dezembro de 2004 a Julho de 2011. Nesse
período foram realizadas 36 colangiopancreatografias retrógradas
endoscópicas (2,4/paciente). Neste grupo, 100% receberam órgão
de doador cadáver. Estenose biliar foi diagnosticada em 13 pacientes
(anastomótica) e o sucesso da terapêutica endoscópica nestes casos
foi de 53,84% para estenose biliar (38,46% ainda em tratamento).
Fístula biliar foi diagnosticada em 1 paciente,sendo resolvida pelo
tratamento endoscópico e disfunção da ampola da Vater com
coledocolitíase em 1 paciente, também resolvida pela terapêutica
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
endoscópica. Conclusões: Complicações biliares pós-transplante
hepático são relativamente comuns e o tratamento endoscópico
mostra bons resultados.
Terapia Adjuvante e Neoadjuvante com
Mesilato de Imatinib no Tratamento de
Tumor Estromal Gastrintestinal
Temário: Cirurgia / Miscelânia
Autores / Nome para Referência / Instituição: PAULO
EDUARDO ALVES PINHEIRO / PINHEIRO, PEA / UNP; PETRONILIO
SOUSA FERRO NETO / FERRO-NETO, PS / UNP; LICIA MARAH
FIGUEREDO MESQUITA / MESQUITA, LMF / UNP; STEFANIA CARDOSO
SILVA / SILVA, SC / UNP; MARCELY LAÍSE DE MENESES DANTAS
/ DANTAS, M.L.M / UNP; AMÁLIA CINTHIA MENESES DO RÊGO /
RÊGO, ACM / UNP; HERCULES RICARDSON DANIEL ALBUQUERQUE
FILHO / ALBUQUERQUE-FILHO, HRD / UFRN; IRAMI ARAÚJO FILHO
/ ARAÚJO-FILHO, I / UFRN, UNP.
287
Resumo
O tumor estromal gastrointestinal (GIST) é a neoplasia mesenquimal
que mais acomete o trato digestivo. O Mesilato de Imatinib, inibidor
da tirosina quinase, veio suprir a deficiência no tratamento dos
pacientes inoperáveis. Objetivo: Revisar avanços na terapia
combinada da cirurgia com o Mesilato de Imatinib no tratamento
do GIST. Método: Pesquisa nas bases de dados PubMed e Web
of Science: “Gastrintestinal Stromal Tumors”, “Adjuvant therapy”,
“Neoadjuvant therapy” e “Imatinib Mesylate”. Discussão: o
tratamento dos GISTs baseava-se em dois pilares: cirúrgico, possível
em metade dos pacientes, pois a outra metade apresentava doença
avançada e o paliativo. Quando a ressecção cirúrgica era factível,
cerca de 50% dos pacientes apresentavam, num período de 2 anos,
recorrência da doença ou metástase à distância. Entretanto, surgiram
estudos utilizando o Mesilato de Imatinib para tratamento dos casos
avançados de GIST. Isto mudou o controle da doença e a sobrevida dos
pacientes. Desde 2002, novos avanços na terapia do GIST surgiram,
e em 2008 autorizado o uso adjuvante e neoadjuvante do inibidor da
tirosina quinase, fazendo com que os tumores ressecados tivessem
uma menor recorrência e os que antes não podiam ser ressecados
tivessem o potencial de cura através da cirurgia. Conclusão: O
Imatinib, como pioneiro, traçou estratégia para o combate molecular
ao GIST. Novas substâncias estão em estudo, visando melhorar a
terapia alvo molecular e reduzir a resistência ao tratamento.
Terapia Endoscópica com Plasma de
Argônio para Tratamento de Ectasia
Vascular do Antro Gástrico Associado a
Linfoma: Relato de Caso

Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para Referência / Instituição: FRANCISCO
GUILHERME CANCELA E PENNA / PENNA, FGC / HC- UFMG;
FREDERICO PASSOS MARINHO / MARINHO, FP / HC- UFMG;
RICARDO PEREIRA MENDES / MENDES, RP / HC- UFMG; SILAS
DE CASTRO CARVALHO / CARVALHO, SC / HC- UFMG; BRUNA
ARAÚJO MARTINS RESENDE / RESENDE, BAM / HC UFMG; MARIA
DE LOURDES ABREU FERRARI / FERRARI, MLA / HC-UFMG; DIEGO
NASCIMENTO MORAES / MORAES, DN / HC-UFMG.
Resumo
Introdução: A ectasia vascular do antro gástrico é caracterizada
pela presença de lesões lineares vasculares em antro gástrico,
que podem coexistir em região de cárdia. Na maioria dos casos
tais achados endoscópicos são suficientes para o diagnóstico.
Manifesta-se com anemia ferropriva. As opções terapêuticas incluem
hormonioterapia combinada (estrógeno e progesterona), cirurgia e
tratamento endoscópico. Relato de caso: Paciente masculino, 53
anos, evoluindo com adinamia, perda de peso e melena nos últimos 10
288
meses. Apresentou queda importante de hemoglobina (5,3mg/dL) e
recebeu transfusão de concentrado de hemácias (900 mL). Realizado
endoscopia digestiva alta com múltiplas ectasias vasculares de padrão
macular e distribuição radial a partir do piloro e sangramento ativo em
lençol. Iniciado suplementação de ferro e tratamento endoscópico
das lesões com coagulação com plasma de argônio. Evoluiu com
melhora dos níveis de hemoglobina (10,3 mg/dL), ausência de
melena, melhora do estado geral, retorno às atividades diárias, após
realização de 5 sessões de coagulação com plasma de argônio.
Apresentou linfadenomegalia e foi diagnosticado Linfoma difuso de
grandes células B, em tratamento. Conclusão: A ectasia vascular do
antro gástrico é entidade rara causadora de sangramento digestivo e
anemia ferropriva. A terapia endoscópica com plasma de argônio é
opção eficaz, segura e com poucos efeitos colaterais. A associação
com linfoma já foi descrita em dois casos na literatura.
Teste em Sangue da Polpa Digital na
Doença Celíaca: Relato de Experiência
em Maceió e Curitiba
Temário: Gastroenterologia / Intestino
Autores / Nome para Referência / Instituição: LORETE MARIA
DASILVA KOTZE / KOTZE, LMS / PUC-PR; ANDREA MAGALHÂES
AGRA DE OMENA / AGRA DE OMENA, AM / UFAL.
Resumo
Introdução: Doença celíaca (DC), afecção autoimune induzida pela
ingestão de glúten em indivíduos predispostos que afeta cerca de
1% da população. Objetivos: Avaliar a eficácia de teste rápido na
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
DC (diagnóstico, monitoramento da dieta e triagem de familiares) em
indivíduos residentes em Maceió e Curitiba. Indivíduos: Submetidos
ao teste 146 indivíduos, 5 a 76 anos, 102 mulheres e 44 homens. Em
Maceió (46): 14 controles, 16 em dieta, 16 familiares; em Curitiba
(100), 26 controles, 4 ao diagnóstico, 19 em dieta, 41 familiares e
10 casos de outras doenças digestivas. Método: Biocard Celiac
Test™: sangue total obtido da polpa digital, pesquisando anticorpos
anti-transglutaminase. Resultados: Controles (40) das 2 regiões
negativos (100%); 4 pacientes ao diagnóstico, 3 (75%) positivas
e 1 negativa (anemia grave); 16 em dieta negativos em Maceió e
2/18 mulheres (11,1%) positivas em Curitiba, declarando ingestão
de glúten; 16 familiares de Maceió negativos (100%) e 2 (5,9%)
positivos em Curitiba (1 irmã e 1 mãe); negativos 100% dos pacientes
com outras doenças digestivas. Conclusões: O teste é rápido,
econômico, fácil de ser feito em consultório, correlacionando-se com
ingestão de glúten. Apontou para DC em familiares assintomáticos
do sexo feminino. As diferenças entre os dados obtidos nas 2 regiões
poderiam ser atribuídas ao maior número de testes e/ou à ascendência
predominantemente europeia da Região Sul.
Teste Respiratório com 13c-Uracil
na Predição de Toxicidade pelo
Quimioterápico 5-Fluorouracil em
Pacientes com Câncer Gastrointestinal
Temário: Gastroenterologia / Miscelânia
Autores / Nome para Referência / Instituição: LUIZ GONZAGA
VAZ COELHO / COELHO, LG / UFMG.
Resumo
Introdução: Não há métodos clínicamente disponíveis para prever
toxicidade ao quimioterápico 5-Fluorouracil. O teste respiratório com
13C-Uracil (UraBT) consiste em mensurar o 13CO2 no ar expirado após
ingestão de 13C-Uracil para avaliar a sua via catabólica. Objetivos:
Avaliar o UraBT em: 1) discriminar indivíduos que tiveram toxicidade
grau 3-4 versus toxicidade grau 0-1; 2) discriminar indivíduos com
deficiência da atividade de diidropirimidina-desidrogenase (DPD)
comprovada por outros métodos (dentre os que tiveram toxicidade
grau 3-4) daqueles sem deficiência de DPD (dentre os com toxicidade
grau 0-1). Casuística: 33 pacientes com câncer gastrointestinal
previamente expostos ao 5FU dos quais 13 tiveram toxicidade grau
3-4 e 20, toxicidade grau 0-1. Métodos: Testes realizados: (1)
sequenciamento de porções do gene DPD em busca de mutações
deletérias; (2) relação plasmática de diidrouracil/uracil (UH2/U),
biomarcador da atividade de DPD; (3) UraBT no espectrômetro
infravermelho IRIS-2. Resultados: 4/13 pacientes com toxicidade
grau 3-4 provaram-se DPD-deficientes: três por mutações deletérias
e um por relação baixa UH2/U. UraBT foi significativamente diferente
entre os grupos com toxicidade grau 3-4 e grau 0-1 (sen. 61,5%,
esp. 85%) e entre os pacientes com DPD-deficientes e não DPD-
deficientes (sen. 75%, esp. 85%). Conclusão: UraBT apresenta
acurácia moderada em discriminar indivíduos com grave toxicidade
daqueles que tiveram nenhuma ou leve toxicidade ao 5FU.
Testes Provocativos (TP) na dor Torácica
Não Cardíaca (DTNC) e Doença do
Refluxo não Erosiva (DRNE): Experiência
do Laboratório de Motilidade Digestiva
da Universidade Federal do Rio de
Janeiro (LMD-UFRJ)
Temário: Motilidade / Motilidade digestiva
Autores / Nome para Referência / Instituição: BEATRIZ
NUNES BICCAS / BICCAS, BN / UFRJ; EPONINA M. O. LEMME /
LEMME, EMO / UFRJ; LUIZ J. ABRAHÃO JR / ABRAHÃO JR, LJ /
UFRJ; LAURA HELMAN / HELMAN, L / UFRJ; PAULA A. NOVAIS
/ NOVAIS,PA / UFRJ; ROSANA B. SCHECHTER / SCHECHTER,RB /
UFRJ; ANGELA C. ALVARIZ / ALVARIZ,AC / UFRJ.
Resumo
Introdução: Os TP avaliam a sensibilidade esofágica. Objetivo:
Descrever a experiência do LMD-UFRJ com TP na DTNC e DRNE.
Métodos: De 2000 a 2011 pacientes com endoscopia digestiva
alta, esofagomanometria e pHmetria esofagiana realizaram teste de
distensão do balão (TB)e teste de perfusão ácida (TPA). O TB usou
balão montado sobre cateter 10 cm acima do EEI e insuflado com ar
de 1 em 1 cm3 até surgir dor (DTNC) ou desconforto (DRNE). Era
positivo (P) quando havia sintoma com um dado volume < 8 cm3
(média – 1 DP de controles) em 2 X e não com simulação. Após,
procedia-se ao TPA com cateter a 6 cm do EEI, infundindo-se soro
fisiológico (SF) seguido de solução de HCl 0,1 N, sendo o teste
negativo se não surgissem sintomas. Caso estes ocorressem, o SF
era reinstituído e depois a solução de HCl. O teste era P quando
só havia queixa nos 2 momentos de infusão ácida e para DTNC
poderia ser P relacionado (PR) ou P não relacionado (PNR) quando
surgia dor ou pirose respectivamente. Resultados: 99 pacientes se
submeteram à TP. Dos 28 (28%) com DTNC (M idade 54a, 61% F),
todos realizaram o TB e 20 o TPA. O TB foi P em 16 (57%) e o TPA
foi PR em 8 (40%) e PNR em 2 (10%). Pelo menos 1 dos TP foi P em
20 (71%)e em 5/25(20%), estes foram os únicos alterados. Todos
os 71 (72%) com DRNE (M idade 51a, 73% F) fizeram o TB, P em
39 (55%) e o TPA, P em 37(52%). Pelo menos 1 dos TP foi P em 52
(73%), sendo os únicos exames P em 19 (27%). Conclusão: Os TP
são ferramentas úteis utilizadas no LMD-UFRJ.
Técnica Alternativa para Retirada
Endoscópica de Balão Intragástrico
(BIG) para o Tratamento da Obesidade
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para Referência / Instituição: ADRIANA COSTA
/ COSTA,A. / CENTRO AVANÇADO DE ENDOSCOPIA TERAPÊUTICA-
HOSPITAL UNIMED SANTA HELENA-SP; DANIELLE MAIA / MAIA, D. /
CENTRO AVANÇADO DE ENDOSCOPIA TERAPÊUTICA- HOSPITAL UNIMED
SANTA HELENA-SP; RODRIGO SANTANA / SANTANA, R. / CENTRO
AVANÇADO DE ENDOSCOPIA TERAPÊUTICA- HOSPITAL UNIMED SANTA
HELENA-SP; ANDRÉ CAPALBO / CAPALBO, A. / CENTRO AVANÇADO
DE ENDOSCOPIA TERAPÊUTICA- HOSPITAL UNIMED SANTA HELENA-
SP; EDUARDO YAMASHITA / YAMASHITA, E / CENTRO AVANÇADO
DE ENDOSCOPIA TERAPÊUTICA- HOSPITAL UNIMED SANTA HELENA-
SP; CAROLINA EVO / EVO, C. / CENTRO AVANÇADO DE ENDOSCOPIA
TERAPÊUTICA- HOSPITAL UNIMED SANTA HELENA-SP; WAGNER
TAKAHASHI / TAKAHASHI, W. / CENTRO AVANÇADO DE ENDOSCOPIA
TERAPÊUTICA- HOSPITAL UNIMED SANTA HELENA-SP; LEONARDO
OGAWA DE OLIVEIRA / OLIVEIRA, L.O. / CENTRO AVANÇADO DE
ENDOSCOPIA.
Resumo
289
Introdução: Apresentamos nova técnica alternativa para retirada de
BIG, usados no tratamento de pacientes com obesidade mórbida.
Trata-se de técnica simples, que utiliza acessórios endoscópicos
autoclaváveis normalmente encontrados em Unidades de
Endoscopia. Descrição: com o endoscópio em retrovisão, faz-se
a apreensão do BIG com pinça de retirada de corpo estranho (CE)
com concha jacaré e dente de rato (modelo FG-47L-1, Olympus,
Tokio), que tem ponto para conexão de eletrocautério. Com o bisturi
elétrico em posição de corte e potência 50W, conecta-se o bisturi
monopolar na pinça de CE até o rompimento do BIG, o que acontece
após alguns segundos. A pinça é retirada e em seguida é introduzida
alça de polipectomia desmontável, sem sua parte metálica interna,
utilizado-se a parte externa de Teflon como cateter, sendo a mesma
inserida no interior do BIG e conectada externamente à extensão
do aspirador, promovendo rápida aspiração do conteúdo líquido e
desinsuflação total do BIG. Reposicionada a parte interna da alça de
polipectomia, utilizamos a mesma para apreensão e retirada do BIB
sob visão direta. Conclusão: Trata-se de alternativa de baixo custo
e que permite apreensão do balão de forma estável e segura. Por ser
uma pinça mista jacaré e dente de rato, parece facilitar a apreensão e
rompimento do balão em comparação com punção por agulha.
Técnica de rendezvous para
Recanalização de Obstrução Completa
de Esôfago em Criança com Aids
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva pediátrica
Autores / Nome para Referência / Instituição: PAULA PERUZZI
ELIA / ELIA, PP / INSTITUTO FERNANDES FIGUEIRA FIOCRUZ;
ALVARAO AUGUSTO GUIMARÃES FREIRE / FREIRE, AAG / GASTROENDO;

ELVIRA ALONSO LAGO / LAGO, EA / INSTITUTO FERNANDES FIGUEIRA
FIOCRUZ; MARIA LUCIA AUGUSTO / AUGUSTO, ML / INSTITUTO
FERNANDES FIGUEIRA FIOCRUZ; ALVARO AUGUSTO GUIMARÃES
FREIRE / FREIRE, AAG / GASTROENDO; MARIA LUCIA AGUSUTO /
AUGUSTO, ML / INSTITUTO FERNANDES FIGUEIRA - FIOCRUZ.
Resumo
Introdução: A obstrução completa do esôfago é uma rara
complicação da esofagite pelo citomegalovírus. São raros os relatos
na literatura de tratamento endoscópico desta patologia, sendo mais
comumente indicada a cirurgia. Objetivo: Descrever uma técnica
de rendezvous para tratamento endoscópico de obstrução total do
esôfago. Relato de caso: Criança do sexo feminino, com SIDA, aos
6 meses apresentou esofagite infecciosa, evoluindo com vômitos,
recusa alimentar e pneumonia de repetição. Exame contrastado e
endoscopia digestiva alta revelaram obstrução completa do esôfago
distal. Foi submetida à esofagostomia e à gastrostomia cirúrgica.
Aos 4 anos foi transferida para o Instituto Fernandes Figueira para
realizar recanalização do esôfago pela técnica de rendezvous. Foram
290 inseridos dois endoscópios, um pela gastrostomia e outro pela boca.
Realizou-se a transiluminação da estenose. Identificou-se o melhor
ponto de punção, onde se introduziu uma agulha de esclerose pela
cavidade abdominal. Esta foi capturada no esôfago por uma alça de
polipectomia, foi retirada pela boca e desencapada. Introduzido um
fio-guia zebrado pela capa da agulha e efetuada dilatação com velas
de Savary-Gilliard 5 a 12.8 mm. Iniciada dieta oral após avaliação pelo
Serviço de Fonoaudiologia. Conclusão: A estenose completa do
esôfago é uma rara complicação da esofagite por citomegalovirus.
O tratamento endoscópico pode ser uma alternativa eficaz e pouco
invasiva em casos selecionados.
Técnica Simplificada de Reconstrução
de Trato Digestivo Após Gastrectomia
Total ou Subtotal Videolaparoscópica por
Câncer Gástrico
Temário: Cirurgia / Estômago
Autores / Nome para Referência / Instituição: BRUNO
ZILBERSTEIN / ZILBERSTEIN, B / HCFMUSP; HENRIQUE D G JOAQUIM
/ JOAQUIM, HDG / HCFMUSP; OSMAR KENGI YAGI / YAGI, OK
/ HCFMUSP; MARCUS FERNANDO KODAMA PERTILLE RAMOS /
RAMOS, MFKP / HCFMUSP; CARLOS EDUARDO JACOB / JACOB,
CE / HCFMUSP; IVAN CECONELLO / CECONELLO, I / HCFMUSP;
CLAUDIO JOSÉ CALDAS BRESCIANI / BRESCIANI, CJC / HCFMUSP;
ULYSSES RIBEIRO JR / RIBEIRO, U / HCFMUSP.
Resumo
Introdução: A cirurgia laparoscópica tem sido usada como
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
tratamento de câncer gástrico com baixas raxas de morbi-
mortalidade. A discussão na literatura diz respeito à reconstrução
do trato digestivo após a gastrectomia. Objetivo: Descrever uma
nova técnica simplificada para aprimorar a reconstrução do trato
digestivo após gastrectomia subtotal ou total por câncer gástrico.
Métodos: Paciente é posicionado em decúbito dorsal horizontal,
com pernas abertas, com próclive. O acesso à cavidade é realizado
com cinco trocartes distribuídos de forma semicircular em região
infra-umbilical e um trocarte abaixo do apêndice xifoide. O ligamento
gastrocólico é seccionado ao longo da borda do cólon transverso e
a linfadenectomia à D2 é realizada. Realiza-se a gastrectomia total
ou subtotal com secção com grampeador. A reconstrução do trato
digestivo é reallizada apenas no andar supramesocólico. A alça
alimentar é preparada, determinando um Y-de-Roux. Utiliza-se
grampeador linear para anastomose com esôfago latero-lateralmente.
Após, realiza-se anastomose latero-lateral, determinando assim a
alça biliar. Resultados: Dezessete pacientes com câncer gástrico
foram operados. A média de linfonodos ressecados foram 35. O
tempo cirúrgico médio foi de 6 horas. Não houve sangramento ou
mortalidade. Uma fístula de coto duodenal e uma esofagojejunal
ocorreram, sem maiores complicações. Conclusão: O procedimento
descrito é factível por acesso videolaparoscópico, com princípios
oncológicos e bons resultados.
The Rendezvous Technique for the
Treatment of Biliary Obstruction
Temário: Endoscopia / Colangiopancreatografia
endoscópica retrógrada
Autores / Nome para Referência / Instituição: NELSON COELHO
/ COELHO, N / HOSPITAL MOINHOS DE VENTO; LEANDRO SCAFFARO /
SCAFFARO, L / HMV; PAULO C. SANVITTO / SANVITTO, PC / HMV.
Resumo
Introdução: Rendezvous technique (RVT) combines endoscopic
technique with percutaneous transhepatic cholangiography (PTC)
to facilitate cannulation of the bile duct in cases where previous
endoscopic attempt have failed. To evaluate the efficacy and
complications of the RVT for the treatment of biliary obstruction. From
jan/05 and jul/10, 9 patients underwent RVT with cholangiocarcinoma
5, liver transplantation 1, large duodenum diverticulum with bile duct
stones 1, multiple large duct stones above stricture 2. The patients
were considered poor candidates for surgery. The RVT was carried
out initially with PTC: a 5 French/10 cm catheter and a 0.035 inch ,150
cm hydrophilic wire (Cook Bloomington) was conducted trough the
right liver lobe to the duodenum. Once visualized, the guidewire was
grasped with a polipectomy snare and pulled out retrograde to the
acessory channel of the duodenoscope. A doble lumen papillotome
was than advanced over the guidewire and the sphincterotomy
was completed. Plastic (3) or metalic stents(5) was positioned. The
combined technique was sucessfull in 8/9 patients. In one patient
with severe and angulated anastomotic stricture the procedure was
unsuccessful. The RVP is recommended when ERCP is unsuccessful,
for patients who are not eligible for surgery, with high procedural
success rate and low complications rate.
Tosse Crônica Secundária à Doença do
Refluxo Gastroesofágico
Temário: Gastroenterologia / Esôfago
Autores / Nome para Referência / Instituição: ANDRÉA ELOY
BAGNARIOLLI ACCURTI / ACCURTI,AEB / UNIFESP; LETÍCIA GABRICH
FONTES / FONTES,LG / UNIFESP.
Resumo
Introdução: Define-se tosse crônica (TC) como aquela com
duração superior a oito semanas. Em indivíduos não fumantes,
com RX de tórax normal e que não estejam em uso de Inibidores
da Enzima de Conversão da Angiotensina, a TC é ocasionada mais
comumente por 3 condições: Asma, Rinossinusite e Doença do
Refluxo Gastroesofágico (DRGE), estando esta última em segundo
lugar como causa mais comum. Objetivo: Delimitar o perfil clínico-
epidemiológico dos pacientes portadores de TC, encaminhados ao
ambulatório de Esôfago do serviço de gastroenterologia clínica do
Hospital Servidor Público Estadual (HSPE) e comparar os resultados
obtidos com os descritos na literatura. Casuística: 27 pacientes
analisados em relação ao sexo, idade, comorbidades, tabagismo,
método diagnóstico e terapêutica. Métodos: Estudo retrospectivo
em pacientes com diagnóstico de TC, no período de maio de 2006 a
fevereiro de 2009. Resultados: Maioria do gênero feminino, na faixa
etária de 60 a 75 anos, com Hipertensão Arterial Sistêmica como
comorbidade mais prevalente e sem história de tabagismo. Nestes
24(88,8%) apresentaram remissão completa dos sintomas, após o
uso de Inibidor de Bomba de Prótons em dose plena por um período
mínimo de 12 semanas. Conclusão: Os resultados obtidos estão
alinhados aos descritos na literatura, divergindo apenas em relação
ao sexo (observamos predomínio do sexo feminino) e ao tabagismo
(observamos predomínio de não tabagistas).
Transecção do Parenquima Hepático com
a Utilização de Grampeador Mecânico -
Relato de Série
Temário: Cirurgia / Fígado
Autores / Nome para Referência / Instituição: PAULO AMARAL
/ AMARAL, P / HOSPITAL SAO RAFAEL; ERIC ETTINGER / ETTINGER, E
/ HOSPITAL SAO RAFAEL; PAULO VITOR SOARES LIMA / LIMA, PVS /
HOSPITAL SAO RAFAEL; ALBERT BARCELAR DE SOUSA / SOUSA, AB
/ HOSPITAL SAO RAFAEL; ELIAS SOUZA / SOUZA, E / HOSPITAL SAO
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
RAFAEL; LUCAS ALBUQUERQUE / ALBUQUERQUE, L / HOSPITAL SAO
RAFAEL; EDVALDO FAHEL / FAHEL, E / HOSPITAL SAO RAFAEL.
Resumo
Introdução: As hepatectomias parciais demandam longo tempo
cirúrgico e técnica apurada. Várias alternativas foram desenvolvidas
para facilitar este procedimento. O advento da sutura mecânica
trouxe outra opção ao cirurgião. Objetivo: Analisar resultados
de hepatectomia parcial com utilização de grampeador linear.
Casuística: 18 pacientes. Método: Foram analisados dados
pacientes submetidos à transecção do parenquima hepático
com grampeador linear, entre 2005 e 2010. Resultados: 18
pacientes foram submetidos à hepatectomia parcial, sendo 2
por videolaparoscopia. A etiologia da doença envolveu lesões
benignas e malignas. Foram realizadas 10 hepatectomias direitas;
1 hepatectomia esquerda; 4 segmentectomias laterais esquerdas
e 4 segmentectomias. Nas hepatectomias direita e esquerda,
o controle vascular total foi realizado antes da transecção do
parênquima. Em todas as cirurgias foram utilizadas cargas azuis
de grampeador linear. O tempo médio de cirurgia foi de 175 291
min. Utilizou-se dreno intra-abdominal em 13 casos. Apenas 3
pacientes utilizaram transfusão sanguínea durante o ato cirúrgico,
1 paciente necessitou de transfusão no pós-operatório. Houve 1
caso de fístula biliar e 2 casos de abscesso abdominal. O tempo
médio de internamento: 8 dias. Não houve óbitos nesta série.
Conclusão: O uso de grampeador mecânico para transecção do
parênquima hepático mostrou-se seguro e eficaz, comparado com
outras técnicas descritas na literatura, com provável diminuição do
tempo operatório.
Transplante Pancreático com Drenagem
Vesical Necessitando de Conversão
Entérica: Série de Casos e Resultados
Temário: Cirurgia / Pâncreas
Autores / Nome para Referência / Instituição: JOÃO EDUARDO
LEAL NICOLUZZI / NICOLUZZI, JEL / HOSPITAL ANGELINA CARON;
FÁBIO PORTO SILVEIRA / SILVEIRA, FP / HOSPITAL ANGELINA CARON;
FÁBIO SILVEIRA / SILVEIRA, F / HOSPITAL ANGELINA CARON; MATHEUS
MARTIN MACRI / MACRI, MM / HOSPITAL ANGELINA CARON; JOSÉ
SAMPAIO NETO / SAMPAIO-NETO, J / HOSPITAL ANGELINA CARON;
LEONARDO YOSHIO SATO / SATO, LY / HOSPITAL SANTA CASA DE
CURITIBA, PUC/PR; LIE MARA HIRATA / HIRATA, LM / HOSPITAL
SANTA CASA DE CURITIBA, PUC/PR; KALIL HUSSEIN KHALIL / KHALIL,
KH / HOSPITAL SANTA CASA DE CURITIBA, PUC/PR.
Resumo
Objetivo: Embora seja método aceitável de desvio exócrino do

enxerto pancreático, com vantagens específicas, a drenagem
vesical está associada com complicações principalmente urológicas,
inflamatórias, infecciosas e metabólicas. Relatamos nossa experiência
com pacientes de transplante pancreático com drenagem vesical
que necessitaram de conversão para drenagem entérica. Métodos:
Realizamos 111 transplantes de pâncreas de janeiro/2001 a
junho/2011; 80.2% foram pâncreas-rim simultâneos (PRS), 18%
foram pâncreas isolado (PI) e 1.8% foram pâncreas após rim (PAR).
A idade média ao transplante foi 33.8 anos, sendo 54% homens.
Em 82.8% dos pacientes, a DV foi feita no primeiro procedimento,
enquanto no restante foi realizada DE no momento do transplante.
Resultados: Cinco (5.4%) dos receptores com DV necessitaram
de conversão entérica, média de 43 (16-81) meses após o implante.
Quatro (80%) foram PRS e 1 (20%) foi PI. A indicação para conversão
foi estenose uretral (2), lesão uretral (1), infecção do trato urinário
recorrente (5), cistite hemorrágica (1), ITU causando hematúria (2)
e pancreatite de refluxo (1). Todos os pacientes tiveram resolução
das afecções relacionadas com a conversão, com boa função do
enxerto pancreático após um seguimento médio de 24 (intervalo,
10 a 36) meses. Houve 1 fístula anastomótica tratada clínicamente.
Conclusão: Conversão entérica foi um procedimento seguro e eficaz
292
para resolução de complicações relacionadas à drenagem vesical do
enxerto de pâncreas.
Tratamento Cirúrgico da Lesão da
Via Biliar, Facilitado por Radiologia
Intervencionista
Temário: Cirurgia / Miscelânia
Autores / Nome para Referência / Instituição: PAULO AMARAL
/ AMARAL, P / HOSPITAL SAO RAFAEL; ERIC ETTINGER / ETTINGER
E / HOSPITAL SAO RAFAEL; WAGNER GUIMARARES FOGAGNOLI /
FOGAGNOLI, WG / UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANRTANA;
HUMBERTO ALVARO / ALVARO, H / HOSPITAL SAO RAFAEL; FLAVIO
SILANO NUNES DE MIRANDA / DE MIRANDA, FSN / HOSPITAL SAO
RAFAEL; SILVIA VANESSA DE SOUSA LEITE / LEITE, SVS / HOSPITAL SAO
RAFAEL; PAULO VITOR LIMA SOARES / SOARES, PVL / HOSPITAL SAO
RAFAEL; EDVALDO FAHEL / FAHEL, E / HOSPITAL SAO RAFAEL.
Resumo
Introdução: A lesão iatrogênica da via biliar principal causa
elevada morbidade para o paciente, além de sua correção ser
um desafio para o cirurgião. Objetivo: Analisar os resultados da
colocação de dreno trans-parieto hepático por radiologia, no pré-
operatório da reconstrução da via biliar lesada. Casuística: 3 casos
Método: Avaliação dos prontuários dos pacientes submetidos ao
procedimento analisando: tipo de lesão da via biliar, lesão de artéria
hepática direita associada, tempo de duração do procedimento,
posicionamento do dreno e tempo decorrido da colocação do
dreno até a realização da cirurgia, a facilidade em localizar o
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
dreno, tipo de reconstrução e tempo cirúrgico, complicações pós-
operatórias, e o situação atual do dreno. Resultado: Observou-
se secção completa da via biliar principal em todos os casos. Não
houve lesão associada da artéria hepática. O tempo médio do
procedimento foi de 2:30h e não houve complicações. O dreno foi
orientado para a cavidade abdominal e a cirurgia ocorreu 7 dias
após. Em todos os casos, o dreno foi localizado com facilidade.
A reconstrução da via biliar foi através de anastomose hepático-
jejunal. Tempo operatório médio de 2:45h. Pacientes evoluíram
sem complicações pós-operatórias. Um paciente perdeu o dreno
3 meses após o procedimento, evoluindo bem. Dois outros
permanecem com o dreno. Conclusão: Nestes casos relatados,
o uso do dreno trans-parieto hepático se mostrou útil como guia
no intraoperatório e como molde da anastomose.
Tratamento Cirúrgico da Pancreatite
Necro Hemorrágica
Temário: Cirurgia / Pâncreas
Autores / Nome para Referência / Instituição: FELIPE ANDRÉ
MARASCA / MARASCA; F.A / HUSM; RICARDO NERY DA SILVEIRA /
SILVEIRA; R.N / HUSM.
Resumo
Pancreatite Aguda é uma inflamação do parênquima pancreático.
A forma necro-hemorrágica têm altos índices de morbimortalidade.
Paciente masculino, 69 anos, etilista, queixa de dor abdominal há 8
dias, epigástrica e irradiada para o dorso, progressiva e associada à
anorexia e vômitos. Desidratado, afebril, sem taquicardia, anictérico.
Abdome sem sinais de irritação peritoneal. Laboratório evidenciou
leucocitose com desvio à esquerda. Lipase discretamente elevada.
A TC abdome com volumoso pneumoretroperitônio que circundava
o pâncreas. Submetido à laparotomia exploradora com extensa
necrose do corpo e cauda do pâncreas e moderada secreção
purulenta. Realizado debridamento, colecistectomia e lavagem da
cavidade abdominal. Colocado dreno de Sump na loja pancreática
com irrigação e aspiração contínuas. Deixado peritoniostomia com
bolsa de Bogotá. Histopatológico pâncreas com esteatonecrose
e vesícula biliar com colecistite crônica. Reintervido dias após para
fechamento da peritoniostomia. TC abdome de controle mostrou
derrame pleural bilateral com coleção organizada junto à cauda do
pâncreas. Submetido à reintervenção cirúrgica com lise de bridas e
drenagem de coleções abdominais. Recebeu antibióticoterapia de
amplo espectro desde o primeiro dia de internação. Recebeu nutrição
parenteral total. Alta hospitalar com altas doses de Insulina e de lipase
devido à insuficiência pancreática endócrina e exócrina.
Tratamento Cirúrgico de Mucocele
de Apêndice Vermiforme por
Videolaparoscopia
Temário: Cirurgia / Cólon
Autores / Nome para Referência / Instituição: MAURICE
YOUSSEF FRANCISS / FRANCISS, MY / GASTROMED; BRUNO
ZILBERSTEIN / ZILBERSTEIN, B / GASTROMED; MARNAY HELBO
DE CARVALHO / CARVALHO, MH / GASTROMED; JULIANA ABBUD
FERREIRA / FERREIRA, JA / GASTROMED; CELY MELO DA COSTA
BUSSONS / BUSSONS, CMC / GASTROMED; RENATO RIBEIRO DE
ARAUJO PEREIRA / PEREIRA, RRA / GASTROMED; HENRIQUE, D. G.
JOAQUIM / JOAQUIM, HDG / GASTROMED.
Resumo
Objetivo: Este vídeo mostra opção de tratamento cirúrgico para
patologia pouco frequente, a mucocele de Apêndice, (0,2% a
0,4% das apendicectomias realizadas), que pode ser abordada por
laparoscopia, objetivando assim compartilhar a experiência do ato
cirúrgico executado. Método: Paciente homem, 28 anos, apresenta
como achado de exame (Ultrassonografia) uma tumoração em fossa
ilíaca direita. Sem queixas dolorosas, negava síndrome consuptiva.
Ao exame físico apresentava tumoração fixa em FID, indolor à
palpação. Ressonância magnética sugeria mucocele apendicular.
realizado ainda marcadores tumorais todos negativos. Paciente foi
submetido à videolaparoscopia respeitando os preceitos oncológicos
da integridade do orgão para evitar extravazamento do líquido para
cavidade. Resultados: Encontrado tumoração em posição retrocecal
ascendente, de grande volume, aspecto sugestivo de mucocele
de Apêndice. A ressecção foi realizada por videolaparoscopia,
permitindo uma dissecção criteriosa evitando rompimento do
orgão e extravazamento do líquido. Para ressecção, Foi utilizado
tesoura ultrassônica e uma carga de grampeador linear azul, sua
exteriorização foi feita por incisão de Pfannenstiel. Conclusões:
A videolaparoscopia é uma modalidade cirúrgica que permite uma
dissecção com maior segurança para preservação da integridade do
órgão, uma vez que o extravazamento pode levar ao pseudomixoma
peritoneal, a pior complicação da mucocele de Apêndice.
Tratamento Cirúrgico do Carcinoma
Espinocelular de Esôfago: Acesso
Transtorácico ou Transhiatal
Temário: Cirurgia / Esôfago
Autores / Nome para Referência / Instituição: IVAN
CECCONELLO / CECCONELLO,I / HC FMUSP; RUBENS SALLUM /
SALLUM RAA / HC FMUSP; FLAVIO TAKEDA / TAKEDA FR / HC FMUSP;
SERGIO SZACHNOWICZ / SZACHNOWICZ S / HC FMUSP; FRANCISCO
SEGURO / SEGURO FCBC / HC FMUSP; ULYSSES RIBEIRO / RIBEIRO JR
U / HC FMUSP; JULIO RM ROCHA / ROCHA JRM / HC FMUSP.
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
Resumo
Análise do tratamento cirúrgico do CEC de esôfago com
esofagectomia trans hiatal (grupo A) ou com linfadenect em2
campos-transtorácica (grupo B ). 179 pacientes submetidos à
ressecção cirúrgica R0. Idade média de 59 a. 115 pacs no Gr A
e 64 no B (37 submetidos à toracoscopia e 27 à toracotomia);
25,4 linfonodos torácicos foram ressecados, em média, no B: 19,0
por toracotomia e 25,3 por toracoscopia contra 13,0 no gr A.
Resultos: Comparando as indicações da abordagem do período
anterior (P1) e nos últimos dois anos (P2): Trans-hiatal (A) foi
69,0% x 33,3% e transtorácica B 31,0% x 66,6%, especialmente
aumentadas com toracoscopia (16,7% x 45,8 %) Complicações
do Grupo AxB: fístula cervical foi de 16,4% x 26,6%,paralisia de
cordas vocais: 4,3% x 7,8%, complic respirat: 22,6% x 31,2% e
mortal: 5,1% x 15,6% Sem diferença estatística entre Aou B na
taxa de sobrevida global (p = 0,292) e nos diferentes estágios
da UICC. Pacientes com N+ tiveram pior prognóstico no grupo
A (p N1<0,005 e p N2<0,001, respectivamente). Conclusões:
As indicações para a abordagem transtorácica (toracoscopia)
aumentaram e apresentaram melhor resultado na ressecção de 293
linfonodos acometidos. A morbimortalidade da abordagem trans-
hiatal é menor que a observada na esofagectomia transtorácica.
Sem difer estatíst na sobrevida 5 anos entre AxB. Pacientes
submetidos à extensa linfadenectomia tiveram melhor prognóstico
quando a invasão linfonodal esteve presente.
Tratamento Clínico Versus Cirúrgico na
Drge: Atualização Estatística
Temário: Cirurgia / Esôfago
Autores / Nome para Referência / Instituição: SPENCER
VAICIUNAS / VAICIUNAS, SPENCER / FACULDADE SÃO LUCAS;
PRISCYLA O ALVES / ALVES, P O / FACULDADE DE MEDICINA SÃO
LUCAS; IRAMIRTON LIANDRO BEZERRA / BEZERRA, I L / FACULDADE DE
MEDICINA SÃO LUCAS; MAGNUM APARECIDO OLIVEIRA / OLIVEIRA, M
A / FACULDADE DE MEDICINA SÃO LUCAS; JOSÉ KLEBER FIGUEIREDO
/ FIGUEIREDO, J K / FACULDADE DE MEDICINA SÃO LUCAS; DANIELE
IOP / IOP, DANIELE / FACULDADE DE MEDICINA SÃO LUCAS; EDILSON
GOMES OLIVEIRA / OLIVEIRA, E G / FACULDADE DE MEDICINA SÃO
LUCAS; AURIANE L A PINHEIRO / PINHEIRO, A L A / FACULDADE DE
MEDICINA SÃO LUCAS.
Resumo
Introdução: Atualmente, dois métodos são mais utilizados
no tratamento da doença do refluxo gastroesofágico (DRGE):
fundoplicatura e medicamentoso, com muitos dados estatísticos
comparativos das respectivas eficácias até 2008. O aumento do
número de casos diagnosticados, bem como das complicações

e novas drogas no mercado, torna necessário pesquisas
mais recentes para avaliar o melhor controle atual da DRGE.
Objetivos: Análise estatística comparativa entre esoM.E.P.razol
versus cirurgia laparoscópica antirrefluxo (CLAR) no tratamento
da DRGE após 2008. Pacientes e Métodos: Revisão literária de
estudos publicados no período de 2008 a 2011, obtidos a partir de
Cochrane Library, Pubmed, Scielo e Embase. As pesquisas foram
realizadas com dois grupos: aqueles em uso de esoM.E.P.razol
e os que realizaram CLAR. Foram encontrados 32 artigos sendo
12 selecionados. Resultados: Galmiche 2009 mostrou que
em 1574 pacientes randomizados para receber esoM.E.P.razol
20mg/dia ou CLAR, foram observadas altas taxas de remissão
em ambos os grupos (92% para esoM.E.P.razol contra 85% para
CLAR; p=0,048). A morbidade com CLAR foi de 3% e efeitos
adversos em 28% no grupo de CLAR e 24% no esoM.E.P.razol.
Outros estudos mostram que o uso do esoM.E.P.razol manteve
taxa de remissão em cerca de 80 % dos pacientes e a CLAR
atingiu melhora significativa na qualidade de vida de mais de 90%
desses pacientes. Conclusão: A CLAR e o esoM.E.P.razol foram
igualmente eficazes no controle da DRGE.
294
Tratamento Conservador de Mediastinite
Após Esofagogastrectomia – Relato de
Caso
Temário: Cirurgia / Esôfago
Autores / Nome para Referência / Instituição: VINÍCIUS
FIGUEIREDO CARNEIRO / CARNEIRO, VF / INSTITUTO MÁRIO PENNA;
RENI CECILIA LOPES MOREIRA / MOREIRA, RCL / INSTITUTO MÁRIO
PENNA; CASSIO ANDRADE CINTRA / CINTRA, CA / INSTITUTO MÁRIO
PENNA; SEIJI MIYATA / MIYATA, S / INSTITUTO MÁRIO PENNA; RODRIGO
MELO CESAR / CESAR, RM / INSTITUTO MÁRIO PENNA; MARCELO
PORTES ROCHA MARTINS / MARTINS, MPR / INSTITUTO MÁRIO PENNA;
ANDRE PORTELA / PORTELA, A / INSTITUTO MÁRIO PENNA.
Resumo
A esofagectomia trans-hiatal foi desenvolvida para reduzir a
morbidade da insuficiência respiratória e deiscência intratorácica
associada à esofagectomia trans-torácica (ETT). Apresenta taxa de
deiscência anastomótica para 3% pela técnica de grampeamento
e uma taxa de mortalidade de 4%, em comparação a 10% na
ETT. Relato de caso: Paciente de 54 anos, masculino com
diagnóstico de carcinoma de células escamosas (CCE) do esôfago,
com estadiamento sem evidências de metástases. Submetido à
esofagogastrectomia, drenagem torácica bilateral associado à
colecistectomia e jejunostomia. Evidenciado CCE Siewert I, GII,
invasor de camada muscular, com margens cirúrgicas livres e
colecistite litiásica crônica. Evoluiu no 5DPO com insuficiência
respiratória e estase gástrica em dreno torácico à direita.
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
Transferido ao CTI e, devido boas condições clínicas, optado por
tratamento conservador (antibioticoterapia, nutrição enteral e
parenteral). Realizado pleuroscopia no 17ºDPO e reposicionado
drenagem pleural fechada dupla. Paciente com boa evolução
clínica recebeu alta no 25ºDPO, com seguimento após 22 meses
sem evidências de recidiva tumoral. Conclusão: Apesar da
alta mortalidade, o tratamento conservador de mediastinite após
esofagogastrectomia é de potencial sucesso terapêutico. Deve
ser utilizado em pacientes selecionados e acompanhados por
cirurgião experiente e equipe multidisciplinar.
Tratamento da Hemorragia Digestiva Alta
por GIST de Cárdia com uso de Endoloop:
Relato de Caso
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para Referência / Instituição: CEZAR FABIANO
MANABU SATO / SATO, CFM / ICESP; FELIPE ALVES RETES / RETES,
FA / ICESP; BRUNO DA COSTA MARTINS / MARTINS, BC / ICESP;
FÁBIO YUJI HONDO / HONDO, FY / ICESP; ULYSSES RIBEIRO JÚNIOR
/ RIBEIRO JR, U / ICESP; IVAN CECCONELLO / CECCONELLO, I /
HCFMUSP; PAULO SAKAI / SAKAI, P / HCFMUSP; FAUZE MALUF-
FILHO / MALUF-FILHO, F / ICESP.
Resumo
Introdução: M.B.S, 79 anos, masculino, procedente de São
Paulo. H.M.A: Paciente com GIST metastático para o fígado
com diagnóstico desde 2009, em uso de imatinibe, e associada
ciclofosfamida via oral, por progressão da doença no fígado, e
surgimento de metástases pulmonares e ósseas. Evoluiu com
hematêmese e queda hematimétrica. A EDA evidenciou lesão
de aspecto subepitelial em cárdia, alongada, medindo 4 cm de
extensão, com base estreita, evidenciando-se área ulcerada
com sinais de sangramento recente, porém sem sangramento
ativo no momento. Optado pela colocação de endoloop na
base da lesão. Evolução clínica: O paciente evoluiu sem novas
manifestações de hemorragia digestiva alta e sem novas quedas
hematimétricas. Nova EDA 8 dias após mostrou a lesão com
aspecto isquêmico, sem sinais de novo sangramento e com o
laço em sua base. Três semanas após, o paciente retornou ao
Ambulatório de Cuidados Paliativos, estável hemodinamicamente
e negando episódios de hematêmese ou melena. Discussão:
O sangramento é a complicação mais frequente dos tumores
estromais gastrointestinais (GISTs), e está diretamente relacionado
com o crescimento da lesão. A literatura mostra poucas opções
e resultados pouco satisfatórios na terapêutica endoscópica
do sangramento de origem tumoral, mas nesse paciente em
particular, em que a lesão se apresentava com base estreita, o uso
do endoloop constituiu-se numa opção razoável e adequada na
tentativa de interrupção do sangramento.
Tratamento das Lesões Vasculares
Sangrantes do trato Gastrointestinal
por Coagulação com Argônio (APC):
a eficácia do APC é de acordo com a
Etiologia e a Magnitude das lesões
Temário: Gastroenterologia / Esôfago
Autores / Nome para Referência / Instituição: JÚLIO PEREIRA
LIMA / LIMA, JP / FUGAST; JOÃO FRANCISCO NAVARRO REOLON
/ REOLON, JFN / FUGAST; HAMZE BAHJAT BOU HAMIE / HAMIE,
HBB / FUGAST; CARLOS SAUL / SAUL, C / FUGAST; CLÁUDIO
R. TEIXEIRA / TEIXEIRA, CR / FUGAST; LUCIANA FIGUEIREDO /
FIGUEIREDO, L / FUGAST; CIBELE CANALI / CANALI, C / FUGAST;
RONALDO TORRESINI / TORRESINI, R / FUGAST.
Resumo
Introdução/Objetivos: Os métodos térmicos são os de eleição
para a ablação de angiodisplasias do trato digestivo. Neste
estudo apresentamos nossa experiência com o APC. Métodos:
Entre 1998 e 2011 tratamos 56 pacientes com sangramento
gastrointestinal clínicamente manifesto por lesões angiodisplásicas.
Todos pacientes apresentavam insucesso com outros tratamentos
prévios, além de transfusão de sangue. Destes, 31 apresentavam
retite actínica, 18 watermelon stomach, angiodisplasias gástricas
em 4, gastrite actínica em 1 e Osler-Weber-Rendu em 2. Foram
feitas 128 sessões com mediana de 2 (1-4) por paciente. O
seguimento mediano foi de 12 meses (1-48). Resultados:
Aplicava-se APC a uma potência de 40 a 90W, de acordo com
o órgão em sessões com 1 mês de intervalo. Obteve-se sucesso
em 47/56 casos (84%) com ablação total do sangramento/lesões
em 30 casos. Em 17 pacientes houve redução significativa das
lesões (sem necessidade de transfusão sanguínea a posteriori).
Na retite actínica houve sucesso em 87% (27/31); no Watermelon
em 14 de 18 (78%) – os casos de falha apresentavam cirrose.
Não houve melhora nos 2 pacientes com Osler-W-R, nem no
caso com gastrite actínica. Todos os casos com angiodisplasia
se resolveram em uma só sessão. Conclusão: Angiodisplasias
isoladas são as lesões vasculares de melhor resposta clínica ao
APC. Angiodisplasias difusas e recidivantes, como na síndrome
de Osler-W-R ou na gastropatia da hipertensão porta são as de
pior resposta à cauterização com APC.
Tratamento de Lesão de Crescimento
Lateral Extensa em Reto através de
Dissecção Submucosa Endoscópica
(ESD)
Temário: Endoscopia / Colonoscopia
Autores / Nome para Referência / Instituição: FÁBIO
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
SHIGUEHISSA KAWAGUTI / KAWAGUTI, FS / ICESP; CAIO SERGIO
RIZKALLAH NAHAS / NAHAS, CSR / ICESP; CARLOS FREDERICO
SPARAPAN MARQUES / MARQUES, CFS / ICESP.
Resumo
Introdução: Alguns adenomas apresentam padrão de
crescimento lateral e circunferencial através da parede
colorretal e são chamados de LST. Através da colonoscopia
com magnificação é possível identificar áreas suspeitas para
carcinoma in situ ou invasivo em adenomas. O achado de
neoplasia precoce é indicação de ESD para ressecção de LST
em peça única, proporcionado análise anatomopatológica
precisa. Objetivo: Demonstrar a eficácia do tratamento de LST
extensa em reto através de ESD. Material e Método: Paciente
de 57 anos, feminino, com LST de 11 cm em reto proximal. À
colonoscopia com magnificação, a lesão apresentava padrão de
cripta sugestiva de lesão restrita à mucosa, sendo então indicada
ressecção através de ESD. Resultados: A lesão foi ressecada
em peça única através de ESD e transcorreu sem intercorrências.
Paciente permaneceu internada por 6 dias, com ótima evolução. A 295
análise anatomopatológica mostrou tratar-se de adenocarcinoma
intramucoso de arquitetura túbulo-vilosa, com margens laterais e
profundas livres. Conclusão: O tratamento endoscópico através
de ESD mostrou-se eficaz na ressecção de câncer retal precoce
neste caso.
Tratamento de Lesão de Crescimento
Lateral Extensa em Reto Distal,
Acometendo Borda Anal, através de
Dissecção Submucosa Endoscópica
(ESD)
Temário: Endoscopia / Colonoscopia
Autores / Nome para Referência / Instituição: FÁBIO S.
KAWAGUTI / KAWAGUTI, FS / ICESP; CAIO SÉRGIO RIZKALLAH
NAHAS / NAHAS, CSR / ICESP; RAPHAEL SALLES S. MEDEIROS /
MEDEIROS, RSS / ICESP; BRUNO DA COSTA MARTINS / MARTINS,
BC / ICESP; CARLOS FREDERICO SPARAPAN MARQUES / MARQUES,
CFS / ICESP; SÉRGIO CARLOS NAHAS / NAHAS, SC / HCFMUSP;
PAULO SAKAI / SAKAI, P / FMUSP; FAUZE MALUF-FILHO / MALUF-
FILHO, F / ICESP.
Alguns adenomas apresentam padrão de crescimento lateral e
circunferencial através da parede colorretal e são chamados de LST.
Através da colonoscopia com magnificação é possível identificar
áreas suspeitas para carcinoma in situ ou invasivo em adenomas. O
achado de neoplasia precoce é indicação de ESD para ressecção
de LST em peça única, proporcionado análise anatomopatológica
precisa. Objetivo: Demonstrar a eficácia do tratamento de LST

extensa em reto através de ESD. Material e método: Paciente de
60 anos, masculino, com LST de 10 cm em reto distal, acomentendo
60% da borda anal. À colonoscopia com magnificação, a lesão
apresentava padrão de cripta sugestiva de lesão restrita à mucosa,
sendo então indicada ressecção através de ESD. Resultados: A
lesão foi ressecada em peça única através de ESD e transcorreu
sem intercorrências. Paciente permaneceu internado por 7 dias,
com ótima evolução. A análise anatomopatológica mostrou tratar-se
de adenocarcinoma intestinal invasivo intra-mucoso em contexto de
neoplasia/displasia adenomatosa intra-epitelial de alto grau extenso
em mucosa retal, arquitetura túbulo-vilosa e medindo 10 cm no maior
eixo. Nível de invasão até muscular da mucosa (M3) e margens
laterais e profundas livres. Colonoscopia de seguimento 6 meses
após mostrou retração cicatricial em que a biópsia mostrou processo
inflamatório crônico. Conclusão: O tratamento endoscópico através
de ESD mostrou-se eficaz na ressecção de câncer retal precoce..
Tratamento de Pacientes de Hepatite
Crônica C em Serviço de Tratamento
296 Assistido
Temário: Gastroenterologia / Fígado
Autores / Nome para Referência / Instituição: CLARICE
GDALEVICI / GDALEVICI, C. / SES-RJ; LIVIA GONÇAKVES SANTOS LIRA
/ LIRA, LGS / SES-RJ; TATIANA SANJUAN GANEN PRADO / GANEN,
T / SES-RJ; NEUZA CORREA / CORREA, N / SES-RJ.
Resumo
Resumo: A adesão ao tratamento da hepatite crônica C com
interferon peguilado e ribavirina é um dos principais obstáculos
para alcançar a resposta virológica sustentada. O grande número
de reações adversas e efeitos colaterais, além da duração de
48-72 semanas, influenciam negativamente a adesão. Neste
contexto o Serviço de Tratamento Assistido (STA), composto por
uma equipe multiprofissional, é uma ferramenta essencial para
promover a adesão e segurança no tratamento. Resultados: Dos
114 pacientes 53 eram homens e 61 mulheres, acompanhados por
18 meses. 24 completaram 48 semanas e 33 foram interrompidos
por falha deresposta ou por reações adversas graves. Apenas 2
pacientes desistiram do tratamento. 90% apresentaram sintomas
semelhantes aos da gripe nas 4 primeiras aplicações.15 pacientes
apresentaram erupções cutâneas, 70% dos pacientes queixaram-
se diminuição de paladar e náusea.18 pacientes apresentaram
alterações hematológicas; mesmo após a redução da dose de PEG-
INT ou RBV todos necessitaram do uso de outros medicamentos.
Em todos os pacientes foi observado perda ponderal. 70%
apresentaram alopecia. 20% dos medicamentos utilizados pelos
pacientes atendidos no STA não permitiram compartilhamento
de doses. Conclusão: o aconselhamento prestado pela equipe
do STA causou impactos positivos na adesão ao tratamento e o
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
compartilhamento de doses no STA permitiu redução de gastos.
Além disso, observou-se maior tolerância aos efeitos colaterais.
Tratamento de Trauma Contuso de
Cabeça de Pâncreas: Relato de Caso
Temário: Cirurgia / Miscelânia
Autores / Nome para Referência / Instituição: HENRIQUE
VALÉRIO DE MESQUITA / MESQUITA, HV / SANTA CASA DE LIMEIRA; FLAVIO
ADORNO ROSA / ROSA, FA / SANTA CASA DE LIMEIRA; JULIANA TRAZZI RIOS
/ RIOS, JT / SANTA CASA DE LIMEIRA; RAPHAEL LAZARO NASCIMENTO SILVA
/ SILVA, RLN / SANTA CASA DE LIMEIRA; MURILO RODRIGUES DO CARMO
/ CARMO, MR / SANTA CASA DE LIMEIRA; RICARDO ESTEVAM MARTINS /
MARTINS, RE / SANTA CASA DE LIMEIRA; IGNACIO LEITE DA COSTA / COSTA,
IL / SANTA CASA DE LIMEIRA; RAUL NILSEN FILHO / NILSEN FILHO, R / SANTA
CASA DE LIMEIRA.
Resumo
Objetivo: Apresentar caso de lesão pancreática grau IV, tratado
com sucesso através de pancreatectomia parcial. Método: O
tratamento definitivo das lesões severas da cabeça do pâncreas é
ainda controverso. Relato de caso: Paciente admitido na sala de
emergência, após queda de bicicleta, apresentando trauma contuso
em região de epigástrio. Apresentava PA=110x60 mmHg e RTS=7,84.
Realizada laparotomia exploradora, após tomografia abdominal. No
inventário da cavidade observou-se lesão pancreática grau IV, com
transecção completa da cabeça do pâncreas, próximo à transição
com corpo pancreático com mínima evidência de desvitalização,
compatível com imagem tomográfica pré-operatória. A lesão foi
tratada com pancreatectomia distal e pancreatoenteroanastomose
em “Y de Roux”. O paciente desenvolveu fístula pancreática de baixo
débito. TC abdominal realizada no 7º PO mostrou boa evolução, com
presença de fístula dirigida. Nova TC, no 9º PO, mostrou regressão
do quadro. Utilizou-se nutrição parenteral inicialmente para aporte
nutricional. Octreotide foi utilizado desde o POi. Sacado dreno no
13º PO. O paciente recebeu alta hospitalar vinte dias após o trauma
e permaneceu assintomático. Conclusão: No trauma complexo de
pâncreas, o tipo de procedimento é determinado pela localização
da lesão, a presença ou ausência de lesão ductal, o estado
hemodinâmico do paciente e a gravidade de lesões associadas.
Neste caso, a lesão foi tratada com pancreatectomia distal com
sucesso.
Tratamento de Trauma Hepático
Transfixante com uso de Balão Intra-
Hepático: Relato de Caso
Temário: Cirurgia / Miscelânia
Autores / Nome para Referência / Instituição: HENRIQUE
VALÉRIO DE MESQUITA / MESQUITA, HV / SANTA CASA DE LIMEIRA;
FLAVIO ADORNO ROSA / ROSA, FA / SANTA CASA DE LIMEIRA;
JULIANA TRAZZI RIOS / RIOS, JT / SANTA CASA DE LIMEIRA; MURILO
RODRIGUES DO CARMO / CARMO, MR / SANTA CASA DE LIMEIRA;
RICARDO BOLZAN DO NASCIMENTO / NASCIMENTO, RB / SANTA CASA
DE LIMEIRA; RICARDO ESTEVAM MARTINS / MARTINS, RE / SANTA
CASA DE LIMEIRA; RAPHAEL LAZARO NASCIMENTO SILVA / SILVA, RLN
/ SANTA CASA DE LIMEIRA; RAUL NILSEN FILHO / NILSEN FILHO, R /
SANTA CASA DE LIMEIRA.
Resumo
Objetivo: Apresentar caso de lesão hepática transfixante
por prójetil de arma de fogo, tratado com utilização de balão
intra-hepático. Método: Em lesões complexas hepáticas
centrais o uso do balão intra-hepático mostra-se uma boa
opção terapêutica, diminuindo o tempo e o trauma cirúrgico,
e proporcionando, pela compressão do balão insuflado, a
hemostasia intra-hepática. Relato de caso: Paciente admitido
na sala de emergência com FPAF em epigástrio. Apresentava
PA=130x80 mmHg e RTS=7,84. Realizada laparotomia
exploradora com lesão diafragmática GII e lesão hepática
grau V, transfixante com entrada em segmento II e saída no
segmento VIII. Realizada drenagem torácica direita em selo
d’água e sutura diafragmática. A lesão hepática complexa foi
tratada com colocação de Balão Intra-hepático (Sengstaken
Blakemore) no trajeto da lesão, insuflado com soro fisiológico
(140ml) gelado. Calculados Índices de Trauma apresentava
ISS=30, ATI=22 e TRISS=98. Necessitou de transfusão de
4 CH e 12 PFC. TC abdominal realizada no terceiro dia pós-
operatório, foi satisfatória, sem evidências de sangramento.
Desinsuflado o balão e retirado 24 horas após. Recebeu alta
da UTI no quinto pós-operatório. No nono pós-operatório o
dreno de tórax foi sacado. Recebeu alta hospitalar, quinze dias
após o trauma. Apresentou evolução satisfatória no período de
seguimento. Conclusão: Nas lesões transfixantes na região
central do fígado o uso do balão intra-hepático constitui-se uma
alternativa terapêutica.
Tratamento do Condiloma Anal e Perianal
com Plasma de Argônio
Temário: Cirurgia / Cólon
Autores / Nome para Referência / Instituição: EDUARDO
ANGELO BRAGA ESPECIALISTA EM COLOPROCTOLOGIA PELA SBCP,
TITULAR DA SOBED, FBG E CBCD, MEMBRO INTERNACIONAL DA ASGE,
MESTRE EM CIRURGIA DIGESTIVA PELA UFMG E DOUTORANDO DE
CIRURGIA DIGESTIVA UFMG. / BRAGA, EA / UFMG; TARCIZO AFONSO
NUNES, PROFESSOR ADJUNTO DO DEPARTAMENTO DE CIRURGIA DA
UFMG. / NUNES, TA / UFMG.
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
Resumo
Introdução: O tratamento do condiloma acuminado, doença
sexualmente transmissível mais comum em coloproctologia é um
desafio. Objetivo: Comunicar a utilização de uma nova técnica
para o tratamento do Hpv anal e perianal. Método: Operou-se
um paciente, portador de condiloma acuminado anal e perianal,
utilizando-se o plasma de argônio aplicado de forma direta na
pele perianal e com a ajuda de um afastador na doença anal.
Resultado: Paciente acompanhada há mais de dez meses sem
recidiva. Conclusão: O tratamento do HPV anal e perianal pode
ser feito, utilizando-se o plasma de argônio de forma segura, em
regime ambulatorial e com pouca dor pós-operatória.
Tratamento Endoscópico de Fístula
Gastrocutânea após Sleeve Gastrectomy
com Emprego de Prótese Metálica
Modificada
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta 297
Autores / Nome para Referência / Instituição: EDUARDO
GUIMARÃES HOURNEAUX DE MOURA / MOURA, EGH / HC-FMUSP;
FLÁVIO COELHO FERREIRA / FERREIRA, FC / HC-FMUSP; MANOEL
DOS PASSOS GALVÃO-NETO / GALVÃO-NETO, MP / GASTRO OBESO
CENTER; ALMINO CARDOSO RAMOS / RAMOS, AC / GASTRO OBESO
CENTER; EDUARDO TURIANI HOURNEAUX DE MOURA / MOURA, ETH
/ FMUSP; DIAMARI CARAMELO RICCI CEREDA / CEREDA, DCR /
HC-FMUSP; DIOGO TURIANI HOURNEAUX DE MOURA / MOURA,
DTH / FMUSP; PAULO SAKAI / SAKAI, P / HC-FMUSP.
Resumo
Introdução: A cirurgia bariátrica é um procedimento invasivo,
de elevada complexidade, relacionada a pequeno índice de
complicações em mãos experientes porém fístula e deiscência de
anastomose podem ocorrer. Estas complicações frequentemente
necessitam re-operações e estão associadas a significativa
morbi-mortalidade. Casuística: Os autores apresentam vídeo
de tratamento endoscópico de complicação de gastrectomia
vertical evidenciada como fístula gastrocutânea de alto débito.
Utilizada prótese metálica autoexpansível modificada para
melhor adaptação à anatomia pós-cirúrgica. Método: Realizada
endoscopia digestiva com identificação de orifício fistuloso
próximo da transição esofagogástrica. Passagem de fio-guia em
região pós-pilórica, seguida da passagem de prótese metálica
recoberta. Resultado: O paciente evoluiu sem intercorrências
clínicas, com redução do débito da fístula gastrocutânea nos
primeiros 4 dias. A prótese foi removida após 6 semanas, não
sendo identificado orifício fistuloso em endoscopia de controle.
Conclusão: O tratamento endoscópico de determinadas

complicações após cirurgia bariátrica é factível quando realizado
por médicos com experiência em endoscopia terapêutica. No
caso em questão, ilustra-se um tratamento menos agressivo no
entanto com bom resultado de uma difícil complicação cirúrgica.
Tratamento Endoscópico de Fístula
Esofageana com Prótese Esofageana
Recoberta
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para Referência / Instituição: GUILHERME
F GOMES / GOMES, GF / HOSPITAL NOSSA SENHORA DAS GRACAS
(HNSG) CURITIBA - PR; EDUARDO A BONIN / BONI, EA / HOSPITAL
NOSSA SENHORA DAS GRACAS (HNSG) CURITIBA - PR; JOSE LUIS DA
SILVA CARVALHO / CARVALHO, JLS / HOSPITAL NOSSA SENHORA DAS
GRACAS (HNSG) CURITIBA - PR; THIENES LIMA / L, T. / HOSPITAL
NOSSA SENHORA DAS GRACAS (HNSG) CURITIBA - PR; RENATO V
SOARES / SOARES, RV. / HOSPITAL NOSSA SENHORA DAS GRACAS
(HNSG) CURITIBA - PR; RAFAEL W NODA / NODA, RW / HOSPITAL
298 NOSSA SENHORA DAS GRACAS (HNSG) CURITIBA - PR.
Resumo
Este video demonstrou caso de paciente que evoluiu com fístula
esofageana pós-cirurgia de ressecção cirúrgica de divertículos
de esôfago. A paciente foi reoperada para fechamento das
fístulas, sem sucesso. Evoluiu com infeccao grave e mediastine.
Para o tratamento definitivo das fístulas, foi introduzido protese
esofageana autoexpansivel recoberta.
Tratamento Endoscópico da Colangite
Causada por Obstrução Biliar Maligna
Temário: Endoscopia / Colangiopancreatografia
endoscópica retrógrada
Autores / Nome para Referência / Instituição: FAUZE MALUF-
FILHO / MALUF-FILHO F / ICESP; FERNANDA CRISTINA SIMÕES
PESSORRUSSO / PESSORRUSSO FCS / HCFMUSP; STEPHANIE
WODAK MENESES / MENESES SW / HCFMUSP; MARCOS EDUARDO
LERA DOS SANTOS / SANTOS MEL / HCFMUSP; BRUNO MARTINS
/ MARTINS B / ICESP; FABIO YUJI HONDO / HONDO FY / ICESP;
MARCELO SIMAS DE LIMA / LIMA MS / ICESP; FELIPE ALVES RETES
/ RETES FA / ICESP.
Resumo
A passagem endoscópica de próteses biliares é aceita na
paliação da obstrução biliar maligna, porém poucos estudos
determinam sua efetividade no quadro complicado com
colangite aguda. Objetivo: Avaliar a remissão da colangite e
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
colestase em pacientes com obstrução biliar maligna e colangite
que foram submetidos à drenagem endoscópica através de
prótese. Casuística: Nos últimos 30 meses tratados, 11
pacientes com diagnóstico de obstrução biliar maligna, que
se apresentaram com colangite aguda e foram submetidos
ao primeiro tratamento endoscópico através de prótese biliar.
A remissão da colangite e colestase foi avaliada clínica e
laboratorialmente. Foram consideradas complicações precoce
e tardia, e óbito. Resultados: Nos 11 pacientes selecionados
foram passadas 8 próteses plásticas e 3 metálicas. Com 30 dias
de seguimento, 63,7% dos pacientes tiveram a remissão do
quadro de colangite e colestase, a taxa de complicação precoce
foi de 45%, e o óbito ocorreu em 3 pacientes, em dois deles sendo
observada a remissão da colestase a despeito da continuidade
do quadro infeccioso. A complicação tardia ocorreu em 50%.
Ao final do levantamento de dados houve total de óbito de 6
pacientes, com sobrevida mediana de 47±13d. Conclusão:
Embora a colocação de prótese resolva o quadro de colestase
em pacientes com câncer e colangite, a resolução do quadro
infeccioso é observada menos frequentemente, provavelmente
refletindo a gravidade da população estudada.
Tratamento Endoscópico da Estenose
Biliar Pós-Cicatricial
Temário: Endoscopia / Colangiopancreatografia
endoscópica retrógrada
Autores / Nome para Referência / Instituição: FLÁVIO
COELHO FERREIRA / FERREIRA, FC / HC-FMUSP.
Resumo
Introdução: A incidência de estenose biliar pós
colecistectomia laparoscópica varia de 0,2 a 0,5%. A re-
estenose após cirurgia ocorre em 12 a 45% dos pacientes.
O tratamento endoscópico desta afecção foi inicialmente
realizado através do posicionamento de um número cada vez
maior de próteses biliares plásticas, até o desaparecimento
morfológico completo da estenose. Contudo, a principal
limitação da prótese plástica no tratamento pós operatório
é a necessidade de múltiplas sessões, com consequente
alto custo, menor adesão ao tratamento e maior morbidade.
A prótese metálica totalmente coberta demonstrou ter
melhor resultados em relação ao custo e à capacidade de
recanalização sustentada. Objetivo: Demonstrar a eficácia
da recanalização biliar por prótese metálica autoexpansível
mantida temporariamente e retirada em 3 meses. Relato
de caso: Paciente de 27 anos, no 4º pós operatório de
colecistectomia com débito de 500mL/dia de secreção
biliosa pelo dreno de Penrose. TC de abdome: pequena
coleção subhepática. Exames laboratoriais mostraram
leve aumento de bilirrubinemia total (4,0 mg/dL) e de
enzimas canaliculares (FA:480 U/L e GGT:550 U/L).
CPRE: estreitamento complexo em via biliar (Bismuth –
Blumgart I) fístula cutânea. Passagem de prótese metálica
auto expansível totalmente coberta 6 cm x 8 Fr. Após
3 meses, o exame de controle mostrou recanalização
completa da via biliar. A paciente vem sendo acompanhada
ambulatorialmente mantendo-se assintomática até o
momento.
Tratamento Endoscópico da
Estenose Cáustica do Esôfago em
Criança de 2 Anos
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva
pediátrica
Autores / Nome para Referência / Instituição: GLAUCO
BARBIERI / BARBIERI, G / GASTROSCOPY; FELIPE CARINO / CARINO,F
/ GASTROSCOPY; ALKAMIR ISSA / ISSA, A / GASTROSCOPY; JOSÉ
CARLOS CORTES BARROSO / BARROSO, JCC / GASTROSCOPY; LUIS
ARMANDO RODRIGUES VELLOSO / VELLOSO, LAR / GASTROSCOPY.
Resumo
O objetivo do trabalho é apresentar um caso de tratamento
endoscópico da estenose cáustica do esôfago em criança.
MCCA, fem., 2 anos, atendida em nosso serviço em
08/2008 com disfagia importante para sólidos e líquidos.
Havia ingerido 6 meses antes substância cáustica não
identificada, contida em frasco lacrado de xarope para tosse,
obtido como amostra grátis. Na fase aguda, foi atendida em
outro hospital, onde EDA demonstrou extensa queimadura
cáustica afetando grande parte do esôfago, a qual foi
tratada clínicamente. Nos meses seguintes desenvolveu
importante disfagia, sendo encaminhada para tratamento
endoscópico. EDA inicial mostrava importante redução do
calibre do esôfago, a 16 cm dos incisivos, puntiforme, que
impedia a passagem do aparelho. A paciente foi submetida
à múltiplas sessões de dilatação endoscópica com velas de
Savary-Gilliard, entre 5 e 14 mm, seguidas por injeção de
triancinolona, com resultado inicial razoável. Por tratar-se
de estenose extensa e com pontes fibrosas, posteriormente
associamos às dilatações com velas o uso de needle-knife,
o que acreditamos ter proporcionado grande avanço no
tratamento da paciente, sem complicações. Última sessão
de dilatação realizada em 12/2010, quando a paciente já
vinha se alimentando normalmente e apresentava peso
e desenvolvimento normais. Em 08/2011 foi submetida
à EDA de revisão, sendo observada discreta redução do
calibre do esôfago, sem dificultar a passagem do aparelho.
Permanecerá em acompanhamento no serviço.
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
Tratamento Endoscópico da Estenose
da Anastomose Pós-Transplante
Hepático em Hospital Terciário
Temário: Endoscopia / Colangiopancreatografia
endoscópica retrógrada
Autores / Nome para Referência / Instituição: THIAGO
NEPOMUCENO DE SABOIA MONT’ ALVERNE / MONT‘ALVERNE,TNS
/ SERVIÇO DE ENDOSCOPIA GASTROINTESTINAL DO HCFMUSP;
MARCELO MAGNO DE FREITAS SOUSA / SOUSA,MMF / SERVIÇO DE
ENDOSCOPIA GASTROINTESTINAL DO HCFMUSP; TÁSSIA SOARES
GOUVEIA / GOUVEIA,TS / SERVIÇO DE ENDOSCOPIA GASTROINTESTINAL
DO HCFMUSP; EVERSON LUIZ DE ALMEIDA ARTIFON / ARTIFON,ELA
/ SERVIÇO DE ENDOSCOPIA GASTROINTESTINAL DO HCFMUSP; MARIA
SYLVIA IERARDI RIBEIRO / RIBEIRO,MSI / SERVIÇO DE ENDOSCOPIA
GASTROINTESTINAL DO HCFMUSP; EDUARDO GUIMARÃES
HOURNEAUX DE MOURA / MOURA,EGH / SERVIÇO DE ENDOSCOPIA
GASTROINTESTINAL DO HCFMUSP; PAULO SAKAI / SAKAI,P / SERVIÇO
DE ENDOSCOPIA GASTROINTESTINAL DO HCFMUSP; LUIZ AUGUSTO
299
CARNEIRO DE ALBUQUERQUE / ALBUQUERQUE,LAC / SERVIÇO DE
CIRURGIA DE TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS FMUSP.
Resumo
Introdução: As estenoses biliares pós-cirúrgicas correspondem
às principais causas de estenoses benignas. As estenoses são
observadas em 12 a 15 % dos transplantes hepáticos, estando
localizadas em topografia de anastomose colédoco-coledociana
em 50% dos casos. Objetivos: Avaliar retrospectivamente
a normatização e resultados do tratamento endoscópico da
estenose de via biliar pós Tx-hepático. Material e Método:
No período de jul/09 a jul/11 foram realizadas 2350 CPREs,
sendo 219(9,3%) por estenoses benignas de via biliar. Desses,
102 exames foram realizados em 44 pacientes com estenose de
anastomose colédoco-coledociana pós-transplante hepático.
Houve predomínio do sexo masculino (59%), com idade M
de 46,3 anos. Dos 6 pacientes que completaram 1 ano de
tratamento, três (50%) tiveram resolução da estenose; outros
três tiveram resolução num período inferior a 1 ano. Vinte
pacientes encontram-se em tratamento em período inferior a 1
ano e mantêm-se com próteses plásticas. Quatorze pacientes
perderam o seguimento no serviço. O uso de prótese metálica
autoexpansível(PMAE) ocorreu em 2 casos, com resolução em
um. Conclusão: a metodologia empregada da troca seriada
das próteses plásticas, demonstrou ser efetiva no grupo de
pacientes que cumpriram as trocas programadas. A perda de
seguimento e os dados avaliados retrospectivamente impedem
a análise adequada dos demais pacientes. No entanto,
vislumbram a possibilidade de mudança de conduta, visando
melhor taxa de resolutividade.

Tratamento Endoscópico da Obstrução
Causada pelo Deslocamento do Anel Pós
Fobi-Capella
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para Referência / Instituição: TÁSSIA SOARES
GOUVEIA / GOUVEIA TS; EDUARDO GUIMARÃES HOURNEAUX DE
MOURA / MOURA, EGH; SPENCER CHENG / CHENG, S; GUSTAVO
DE OLIVEIRA LUZ / LUZ, GO; THIAGO NEPOMUCENO DE SABOIA
MONT‘ALVERNE / MONT‘ALVERNE, TNS; LUIZ HENRIQUE MAZZONETTO
MESTIERI / MESTIERI, LHM; MARCELO MAGNO DE FREITAS SOUSA /
SOUSA, MMF; PAULO SAKAI / SAKAI, P / SERVIÇO DE ENDOSCOPIA DO
HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO.
Resumo
A cirurgia de Fobi-Capella tem bons resultados no tratamento da
obesidade órbida, seu mecanismo restritivo consiste na redução
do reservatório gástrico e colocação de anel de Silastic. Uma
complicação é a migração distal do anel, que pode ser parcial ou
300
total. Ocorre em 0,75% dos casos e causa obstrução. O tratamento
preconizado é remoção cirúrgica do anel. Entretanto, alternativa
via endoscópica tem ganhado espaço por ser tecnicamente
fácil, menos invasiva e mostrar bons resultados. Este vídeo
mostra paciente em pós-operatório tardio de Fobi-Capella, que
apresentou dor epigástrica, vômitos pós-prandiais e perda de
peso. A endoscopia evidenciou estenose ao nível da anastomose,
resistência na passagem do aparelho, caracterizando deslizamento
parcial do anel. Exame radiológico mostrou retenção total do
contraste no coto gástrico, sem passagem pela estenose mesmo
após transposição do endoscópio. Realizou-se dilatação com balão
pneumático tipo Rigiflex de 30mm sob controle radioscópico, até
desaparecimento da cintura do balão e concomitante rompimento
do anel. Revisão de controle mostrou anastomose ampla e fácil
passagem do aparelho. O exame contrastado observou contraste
fluindo facilmente pela da anastomose. Conclui-se que tratamento
endoscópico do deslizamento do anel pós Fobi-Capella é cada
vez mais aceito, por ser efetivo, fácil e seguro.
Tratamento Endoscópico das
Fístulas Biliares: Experiência do
Serviço de Endoscopia Terciário
Temário: Endoscopia / Colangiopancreatografia
endoscópica retrógrada
Autores / Nome para Referência / Instituição:
MARCELO MAGNO DE FREITAS SOUSA / SOUSA,MMF / SERVIÇO
DE ENDOSCOPIA GASTROINTESTINAL DO HCFMUSP; THIAGO
NEPOMUCENO DE SABÓIA MONT’ALVERNE / MONT‘ALVERNE,TNS
/ SERVIÇO DE ENDOSCOPIA GASTROINTESTINAL DO HCFMUSP;
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
TASSIA SOARES GOUVEIA / GOUVEIA,TS / SERVIÇO DE ENDOSCOPIA
GASTROINTESTINAL DO HCFMUSP; MARIA SYLVIA IERARDI RIBEIRO
/ RIBEIRO,MSI / SERVIÇO DE ENDOSCOPIA GASTROINTESTINAL DO
HCFMUSP; EVERSON LUIZ DE ALMEIDA ARTIFON / ARTIFON,ELA /
SERVIÇO DE ENDOSCOPIA GASTROINTESTINAL DO HCFMUSP; SPENCER
CHENG / CHENG,S / SERVIÇO DE ENDOSCOPIA GASTROINTESTINAL
DO HCFMUSP; EDUARDO GUIMARÃES HOURNEAUX DE MOURA
/ MOURA,EGH / SERVIÇO DE ENDOSCOPIA GASTROINTESTINAL DO
HCFMUSP; PAULO SAKAI / SAKAI,P / SERVIÇO DE ENDOSCOPIA
GASTROINTESTINAL DO HCFMUSP.
Resumo
Introdução: A introdução da colecistectomia laparoscópica
levou a um dramático aumento na incidência das lesões
biliares. O manejo bem sucedido das lesões do ducto
biliar exige uma abordagem multidisciplinar. Dentre estas
complicações, uma das mais importantes é a fístula biliar, que
também é observada em casos pós-transplante hepático,
traumas hepáticos, pós-hepatectomia etc. Objetivo: Avaliar
a experiência do Serviço de Endoscopia Gastrointestinal do
HCFMUSP no tratamento das fístulas biliares. Casuística:
Trinta e dois pacientes no período de Julho/2009 a
Julho/2011 Método: Análise retrospectiva dos casos de
colangiopancreatografia retrógrada endoscópica realizados
no período de dois anos. Resultados: Foram estudados
32 pacientes, sendo 53% do sexo feminino e 47% do sexo
masculino. A média de idade foi de 52 anos. Dezenove (59%)
casos se tratavam de complicação pós-colecistectomia,
12,5% pós-transplante, 12,5 % sem etiologia, 3% por trauma
hepático e 3% pós-hepatectomia. O tratamento incluiu a
realização de papilotomia em 100% dos casos e colocação
de prótese biliar plástica em 53%. O tratamento endoscópico
não foi possível em 12,5% dos pacientes. Conclusão: As
fístulas biliares tiveram um discreto predomínio no sexo
feminino, sendo a principal causa as lesões iatrogênicas da
via biliar pós-colecistectomia. A papilotomia endoscópica foi
a principal forma de tratamento endoscópico, sendo optado
pela drenagem com próteses biliares em aproximadamente
metade dos casos.
Tratamento Endoscópico de
Estenose Benigna Colorretal: Estudo
Retrospectivo
Temário: Endoscopia / Colonoscopia
Autores / Nome para Referência / Instituição: EDSON
JURADO DA SILVA / JURADO DA SILVA, E / HFSE-RJ; SIDNEY
GONÇALVES / GONÇALVES, S / HFSE-RJ; RODRIGO REGO LINS /
LINS, RR / HFSE-RJ.
Resumo
Objetivo: Dilatação endoscópica com balão hidrostático e ou
estenotomia diatérmica são alternativas à cirurgia para o tratamento
de estenoses colorretais sintomáticas benignas. Este estudo
analisa a eficácia e a segurança destes métodos. Métodos:
Estudo retrospectivo de tratamento endoscópico de estenoses
benignas com balão hidrostático TTS e ou estenotomia diatérmica
em estenoses benignas colorretais sintomáticas, em anastomoses
ou não.Utilizamos balão hidrostático through the scope TTS ou
incisão elétrica com needle knife. Teste t de Student foi usado para
análise de média e desvio padrão e qui-quadrado para números
absolutos. P< 0,05 foi considerado significativo. As colonoscopias
foram realizadas sob sedação leve. Resultados: Entre 2001 a
2010 tratamos 44 pacientes. Desesseis do sexo masculino e 28
feminino, o mais jovem com 32 e o mais velho com 84 anos. Média
de idade foi de 60±13 para todo o grupo, não havendo diferença
entre os sexos, sendo 64±10 masculino e 58±14 feminino p>0,05.
Trinta e nove pacientes tiveram estenose em anastomose e em 5 a
estenose não era secundária a ressecção cirúrgica. Vinte e oito (
71 % ) de estenose em anastomose tiveram sucesso terapêutico,
contra 4 ( 80 % ) sem anastomose p> 0,05. A falha no tratamento
endoscópico esteve relacionada ao comprimento da estenose,
sendo 2 ( 16 % ) para curto e 10 ( 83 % ) para longo p< 0,01.
Doze pacientes ( 27 % ) haviam sido submetidos à radioterapia
antes do tratamento endoscópico e o sucesso neste grupo foi
de 7 ( 58 % ) p> 0,05. Houve 2 ( 4 % ) perfurações, tratadas
cirurgicamente. Não houve óbito. Cinco pacientes ( 11 % ) dos
portadores de estenose em anastomose, foram submetidos
também a estenotomia. Conclusões: Estenose benigna de cólon
tem no tratamento endoscópico alternativa a correção cirúrgica.
Apesar de não haver diferença estatística, radioterapia prévia
parece contribuir para maior dificuldade no procedimento. Em
nosso estudo, longo segmento estenótico inviabiliza o tratamento
endoscópico.
Tratamento Endoscópico de Fístula do
Seio Piriforme
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva pediátrica
Autores / Nome para Referência / Instituição: HEITOR CORRÊA
BARBIN / BARBIN, HC / ISCMSP; FÁBIO MARIONI / MARIONI, F / ISCMSP;
DURVAL PESSOTTI JR / PESSOTTI JR, D / ISCMSP; YEDA MAYUMI KUBOKI /
KUBOKI, YM / ISCMSP; LEONARDO MONTEIRO VALLINOTO / VALLINOTO, LM
/ ISCMSP; BRUNO LOUREIRO AGRASSAR / AGRASSAR, BL / ISCMSP.
Resumo
Introdução: Remanescentes do terceiro e quarto arcos branquiais
durante o desenvolvimento embrionário podem dar origem a cistos,
seios ou fístulas em intima relação com a tireoide. A transformação
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
embriológica do quarto arco aórtico e da artéria inominada
manifesta-se como fístulas recorrentes e abscessos cervicais
de repetição. Anomalia pouco frequente, com número
reduzido de relatos e propostas terapêuticas mal definidas.
O tratamento cirúrgico convencional através cervicotomia e
ressecção completa do trajeto fistuloso apresenta uma elevada
morbidade incorrendo no risco de lesões dos nervos laríngeos
superior e recorrente. Na literatura encontramos propostas de
tratamento endoscópico com baixos índices de complicação
e animadores relatos de cura (75-80%). Objetivo/Método:
Relatar caso de tratamento através da eletro-cauterização de
fístula do seio piriforme. Resultado: Paciente KSB, 8 anos,
com abscesso cervical desde 02/2011. Diagnóstico realizado
por TC e endoscopia com visualização de ósseo fistuloso
em seio piriforme esquerdo. Tratamento com sucesso sem
complicações.Controles sem evidência da fístula. Conclusão:
O tratamento mostrou-se seguro, eficaz e de baixo custo.
Tratamento Endoscópico de Fístula
Enterocutânea Pós Gastrectomia 301
Total através da Aplicação de
Matriz Acelular Fibrogênica
Associada à Cola de Fibrina e Clips
Endoscópicos
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para Referência / Instituição: JEANY
BORGES E SILVA RIBEIRO / RIBEIRO, JBS / HGCC; MARCUS VALLERIUS
S RATTACASO / RATTACASO, MVS / HGCC; STELLA MARIA TORRES
FURLANI / FURLANI, SMT / HGCC; JULIO LELIS DA COSTA NETO /
COSTA NETO, JLC / HGCC; RICARDO RANGEL DE PAULA PESSOA /
PESSOA, RRPP / HGCC; FRANCISCO PAULO PONTE PRADO JUNIOR
/ PRADO JR, FP / HGCC; ADRIANO CESAR COSTA CUNHA / CUNHA,
ACC / HGCC.
Resumo
Resum o
Introdução: A formação de fístulas enterocutâneas (FEC)
pode ser espontânea ou como consequência de uma cirurgia
intra-abdominal. Relato de caso: Paciente 39 anos, sexo
feminino com fístula enterocutânea pós gastrectomia total por
adenocarcinoma de estômago, tratada endoscopicamente
com matriz acelular de fibrogênio, cola de fibrina e clips
endoscópicos. Considerações Finais: O tratamento
endoscópico de fístula enterocutânea pós-operatória com
cola de fibrina associado a matriz acelular e clips enocópicos
foi seguro e efetivo nesse caso relatado. Novos estudos se
fazem necessário para a conclusão da eficácia da associação
desses métodos para o tratamento endoscópico das fístulas
enterocutãneas pós-operatórias.

Tratamento Endoscópico de
Lesão de Crescimento Lateral por
Mucosectomia, Apesar de “Nonlifting
Sign”
Temário: Endoscopia / Colonoscopia
Autores / Nome para Referência / Instituição: FÁBIO
SHIGUEHISSA KAWAGUTI / KAWAGUTI, FS / ICESP; CAIO SÉRGIO
RIZKALLAH NAHAS / NAHAS, CSR / ICESP; RAPHAEL SALLES S.
MEDEIROS / MEDEIROS, RSS / ICESP.
Resumo
Introdução: Durante ressecção endoscópica de LSTs por
mucosectomia, o “nonlifting sign” na injeção submucosa é
contra-indicação em continuar o procedimento Objetivo:
Demonstrar que o “nonlifting sign” não é contraindicação
absoluta na ressecção endoscópica de neoplasias colorretais
precoces Material e Método: Paciente de 79 anos, masculino,
com insuficiência renal crônica, dialítico apresentando LST de
302 35 mm em cólon transverso proximal. À colonoscopia com
magnificação, a lesão apresentava padrão de cripta suspeita de
invasão submucosa superficial. Devido às graves comorbidades
do paciente, foi solicitada tentativa de ressecção endoscópica
Resultados: Após injeção submucosa, não houve elevação
(“nonlifting sign”) do local em que apresentava padrão de
cripta invasivo à magnificação. A lesão foi ressecada em 4
peças através de EPMR. A úlcera pós-EPMR apresentava
áreas esbranquiçadas sobre a submucosa, com suspeita de
lesão residual, sendo realizadas biópsias e cauterização com
plasma de argônio (APC). A análise histológica mostrou tratar-
se de adenocarcinoma intestinal intra-mucoso, tipo tubular,
com invasão da muscular da mucosa, sem comprometer a
submucosa, com margem profunda livre e margens laterais
não avaliáveis. As biópsias da úlcera pós-EPMR mostraram
processo inflamatório crônico reparativo e fibrose Conclusão:
“Nonlifting sign” não é contraindicação absoluta de ressecção
endoscópica.
Tratamento Endoscópico de Perfuração
de Cólon Iatrogênica Extensa Pós-ESD
Temário: Endoscopia / Colonoscopia
Autores / Nome para Referência / Instituição: FÁBIO
SHIGUEHISSA KAWAGUTI / KAWAGUTI, FS / ICESP; CAIO SÉRGIO
RIZKALLAH NAHAS / NAHAS, CSR / ICESP; RAPHAEL SALLES S.
MEDEIROS / MEDEIROS, RSS / ICESP; FELIPE ALVES RETES / RETES, FA
/ ICESP; CEZAR FABIANO MANABU SATO / SATO, CFM / ICESP; SÉRGIO
CARLOS NAHAS / NAHAS, SC / HCFMUSP; PAULO SAKAI / SAKAI, P /
FMUSP; FAUZE MALUF-FILHO / MALUF-FILHO, F / ICESP.
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
Resumo
Introdução: Através da colonoscopia com magnificação é possível
identificar áreas suspeitas para carcinoma in situ ou invasivo em
adenomas. O achado de neoplasia precoce é indicação de dissecção
submucosa endoscópica (ESD) para ressecção em peça única,
proporcionando análise anatomopatológica precisa. Porém trata-se
de procedimento endoscópico complexo e sujeito à maior taxa de
perfurações. Objetivo: Demonstrar um caso de perfuração de cólon
pós-ESD extensa tratada endoscopicamente. Material e Método:
Paciente de 53 anos, masculino, com pólipo gigante de 6 cm em
transição reto-sigmoide. À colonoscopia com magnificação, a lesão
apresentava padrão de cripta sugestiva de lesão restrita à mucosa,
sendo então indicada ressecção através de ESD. Resultados: A
lesão foi ressecada em peça única através de ESD, porém houve
perfuração extensa em sítio de úlcera pós-ressecção. A úlcera foi
suturada endoscopicamente com a utilização de clips, com bom
aspecto final. O paciente apresentou enfisema subcutâneo difuso,
sem outras repercussões clínicas. Permaneceu internado por 7 dias,
sendo 48 horas em UTI, apenas em observação. Foi mantido em
jejum por 2 dias e sob antibioticoterapia, apresentando boa evolução
e sem necessidade de outras intervenções terapêuticas. A análise
anatomopatológica mostrou tratar-se adenocarcinoma intra-mucoso,
com margens livres. Conclusão: O tratamento endoscópico de
perfuração iatrogênica pós-ESD, apesar de extensa, mostrou-se
eficaz.
Tratamento Endoscópico de
Secção Completa da Via Biliar pós
Colecistectomia: Relato de 2 Casos
Temário: Endoscopia / Colangiopancreatografia
endoscópica retrógrada
Autores / Nome para Referência / Instituição: JEANY BORGES
E SILVA RIBEIRO / RIBEIRO, JBS / HGCC; FABRÍCIO DE SOUSA
MARTINS / MARTINS, FS / HGCC; FRANCISCO PAULO PONTE PRADO
JÚNIOR / PRADO JÚNIOR, FPP / HGCC; MARCUS VALERIUS SABOIA
RATTACASO / RATTACASO, MVS / HGCC; ADRIANO CESAR COSTA
CUNHA / CUNHA, ACC / HGCC; RICARDO RANGEL DE PAULA
PESSOA / PESSOA, RRP / HGCC.
Resumo
Introdução: descrever um método inovador endoscópico para
lesões benignas de vias biliares (secção completa). Caso 1:
Paciente de 21 anos, sexo feminino, 25 semanas de gravidez, com
estenose complexa de via biliar pós colecistectomia convencional por
colecistite aguda, sendo reabordada cirurgicamente com aposição de
dreno penrose na loja biliar. A CPRE evidenciou “stop” em colédoco
médio e colangiografia pela fístula biliar, evidenciou lesão complexa
(secção completa) do colédoco, mas contrastando as vias biliares
proximais. Técnica: utilização de dois fios guias, um comunicando
o coledoco distal com a fístula biliar e outro comunicando a via biliar
intra-hepática e a fístula biliar, com o intuito de deixar um único
fio-guia, comunicando a via biliar proximal e distal, após dilatação
do colédoco distal e proximal e com a finalidade de colocação da
prótese biliar plástica. Caso2: Paciente de 64 anos, sexo masculino,
também com lesão biliar complexa pós colecistectomia convencional
e fístula biliar de alto débito. A CPRE evidenciou secção completa do
colédoco e pequena loja biliar, com estenose proximal. O paciente
foi Submetido à mesma técnica descrita anteriormente, com mínima
diferença técnica,com CPRE’s programadas trimestrais e dilatações
progressivas para troca de próteses plásticas por 1 ano. Encontra-
se sem próteses e bem clínicamente. Conclusões: Este método é
satisfatório no período inicial de tratamento. Faz-se necessário uma
maior casuistica e seguimento.
Tratamento Endoscópico de Varizes
Sangrantes em Jejuno Médio por
Enteroscopia de Balão Único (EBU) -
Relato de Caso
Temário: Endoscopia / Intestino delgado
Autores / Nome para Referência / Instituição: ADRIANA COSTA
/ COSTA, A. / CENTRO AVANÇADO DE ENDOSCOPIA TERAPÊUTICA-
HOSPITAL UNIMED SANTA HELENA-SP; CARLOS CARVENGHER /
CARVRENGHER, C. / CENTRO AVANÇADO DE ENDOSCOPIA TERAPÊUTICA-
HOSPITAL UNIMED SANTA HELENA-SP; RODRIGO SANTANA / SANTANA,
R. / CENTRO AVANÇADO DE ENDOSCOPIA TERAPÊUTICA- HOSPITAL
UNIMED SANTA HELENA-SP; DANIELLE MAIA / MAIA, D. / CENTRO
AVANÇADO DE ENDOSCOPIA TERAPÊUTICA- HOSPITAL UNIMED SANTA
HELENA-SP; ANDRÉ CAPALBO / CAPABO, A. / CENTRO AVANÇADO
DE ENDOSCOPIA TERAPÊUTICA- HOSPITAL UNIMED SANTA HELENA-
SP; EDUARDO YAMASHITA / YAMASHITA, E. / CENTRO AVANÇADO
DE ENDOSCOPIA TERAPÊUTICA- HOSPITAL UNIMED SANTA HELENA-
SP; WAGNER TAKAHASHI / TAKAHASHI, W. / CENTRO AVANÇADO
DE ENDOSCOPIA TERAPÊUTICA- HOSPITAL UNIMED SANTA HELENA-
SP; LEONARDO OGAWA DE OLIVEIRA / OLIVEIRA, L.O. / CENTRO
AVANÇADO DE ENDOSCOPIA.
Resumo
Introdução: Hemorragia por varizes do intestino delgado (VID) é
patologia rara, de difícil tratamento, com alta mortalidade. Sua principal
causa é hipertensão portal, podendo estar associada à trombose
mesentérica e outras doenças vasculares. A enteroscopia de balão
(EB) permite o diagnóstico e tratamento destas lesões. Relato de
caso: LKMI, masculino, 22 anos, com antecedente de cirurgia em
íleo terminal por intussuscepção quando recém-nascido, apresentou
enterorragia severa, sendo internado em UTI por 7 dias. Realizou
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
EDA e colono sem evidência de lesões hemorrágicas e arteriografia
que diagnosticou má formação vascular em topografia de jejuno.
Encaminhado ao nosso serviço, onde realizou cápsula endoscópica
que mostrou sangue vivo a partir de jejuno proximal. Submetido à
EBU, sob sedação profunda, com anestesiologista, utilizando sistema
Olympus SIF Q180, observando-se 80cm após o ângulo de Treitz, variz
jejunal única, médio calibre, com ponto de ruptura e sangramento em
babação. Hemostasia com 3 endoclips, com parada do sangramento.
Tatuado o local com nanquim. Recebeu alta hospitalar após 3 dias,
mantendo-se assintomático em seguimento de 9 meses. Discussão:
Varizes intestinais são patologia rara, com incidência indeterminada,
cujo tratamento restringia-se à radiologia intervencionista ou cirurgia.
A EB mostra-se como importante aliada no diagnóstico e tratamento
de VID, permitindo tratá-las através de modalidades terapêuticas já
bem estabelecidas na literatura.
Tratamento Endoscópico do Divertículo
de Zenker por Bisturi Harmônico:
Resultados Experimentais e Humanos
303
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para Referência / Instituição: FABIO YUJI
HONDO / HONDO, FY / HCFMUSP-SP; ISABELA CECÍLIO SAHIUM
/ SAHIUM, IC / HAOC-SP; RICARDO SATO UEMURA / UEMURA,
RS / HCFMUSP-SP; RICARDO JORDÃO DUARTE / DUARTE, RJ
/ HCFMUSP-SP; PAULO SAKAI / SAKAI, P / HCFMUSP-SP;
MIGUEL SROUGI / SROUGI, M / HCFMUSP-SP; IVAN CECCONELLO
/ CECCONELLO, I / HCFMUSP-SP; FAUZE MALUF-FILHO / MALUF-
FILHO, F / HCFMUSP-SP.
Resumo
Introdução: Divertículo de Zenker é formação sacular em área de
fraqueza dos músculos crico-faríngeo e constrictor faríngeo inferior.
Vários dispositivos endoscópicos foram empregados para incisão do
septo muscular com resultados satisfatórios, porém as limitações
são as suas complicações. O bisturi harmônico utilizado em cirurgias
laparoscópicas fornece hemostasia adequada. Objetivo: Apresentar
técnica para diverticulotomia endoscópica com bisturi harmônico em
suíno e pacientes com divertículo de Zenker e resultados clínicos.
Materiais e pacientes: Diverticulotomia endoscópica foi realizada
em porcos, comparando a técnica padrão (Grupo M) com o bisturi
harmônico (Grupo U). Depois, vinte pacientes foram submetidos à
diverticulotomia endoscópica com bisturi harmônico. Resultados:
No modelo experimental, tempo de incisão e total foram menores
no grupo U. O tamanho excisado da borda foi maior no grupo U.
Já a propagação lateral tecidual causada pelos dispositivos foi maior
no grupo M, que apresentou casos de hemorragia. Na análise
humana, a idade média foi 73,4 ± 9,75 anos. Uma sessão foram
possíveis em 19 pacientes. O tempo médio de procedimento foi 14,8
± 3,58 minutos. Houve uma perfuração, tratada clínicamente. Houve

melhora da disfagia em todos os casos após um mês, porém, quarto
pacientes persistem com disfagia à sólidos. Conclusão: O tratamento
endoscópico do divertículo de Zenker pelo bisturi harmônico mostrou
ser técnica segura, confiável e bom controle da hemorragia.
Tratamento Endoscópico do Refluxo
Gastroesofágico (RGE): uma Nova
Proposta
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para Referência / Instituição: KIYOSHI HASHIBA
/ HASHIBA, K / HOSPITAL SIRIO-LIBANÊS; JORGE CARIM CASSAB /
CASSAB, JC / HOSPITAL SIRIO-LIBANÊS; PABLO RODRIGO DE SIQUEIRA
/ SIQUEIRA, PR / HOSPITAL SIRIO-LIBANÊS; HORUS ANTONY BRASIL /
BRASIL, HA / HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS; ALEXANDRE BENEDITO NEVES
RODRIGUES / RODRIGUES, ABN / HOSPITAL SIRIO-LIBANÊS.
Resumo
304 O desenvolvimento de suturas endoscópicas permitiu criar nova
técnica para controle do REG, que, se propõe a atuar positivamente
na pressão do esfinter inferior do esôfago (EIE) e no relaxamento
transitório (RT). Método: Um primeiro dispositivo (MISSIL)
permite fazer um pregueamento na zona da cárdia, de tal modo
a restringir a expansão das áreas gástricas nas proximidades
da transição esofagogástrica no intuito de controlar o RT. Um
segundo dispositivo (GERDown) permite atravessar o esôfago
terminal com duas agulhas no momento em que a zona da cárdia
é tracionado distalmente. Um fio é passado pelas duas agulhas
e permite aproximar esses pontos de punção com o intuito de
atuar no EIE. Seis porcos da raça Landrace foram submetidos à
essa intervenção mostrando a factibilidade do procedimento. O
exame histológico das peças retiradas dos animais evidenciaram
processo inflamatório e nítida alteração da camada muscular
própria que se avoluma e essas zonas espessadas tornam-se
muito próximas, fazendo supor que a contração teria apoio nas
cicatrizes formadas pela sutura. Conclusão: O método ainda
está em desenvolvimento, supondo-se que os objetivos podem
ser alcançados com o desenvolvimento tecnológico e maior
experiência na realização do procedimento.
Tratamento Endoscópico Paliativo
de Lesão Estenosante de 2a Porção
Duodenal e Complicação Tardia do
Procedimento
Temário: Endoscopia / Ecoendoscopia
Autores / Nome para Referência / Instituição: CEZAR FABIANO
MANABU SATO / SATO, CFM / ICESP; MARCELO SIMAS DE LIMA
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
/ LIMA, MS / ICESP; FELIPE ALVES RETES / RETES, FA / ICESP;
FÁBIO SHIGUEHISSA KAWAGUTI / KAWAGUTI, FS / ICESP; BRUNO DA
COSTA MARTINS / MARTINS, BC / ICESP; SÉRGIO EIJI MATUGUMA
/ MATUGUMA, SE / ICESP; RICARDO JUREIDINI / JUREIDINI, R /
ICESP; FAUZE MALUF-FILHO / MALUF-FILHO, F / ICESP.
Resumo
Paciente de 46 anos, feminina, com antecedente de
adenocarcinoma de cólon direito operada há 7 meses, evoluindo
com sintomas de icterícia obstrutiva, náuseas e vômitos pós-
prandiais. TC de abdome evidenciando recidiva locorregional da
doença (extensa massa retroperitoneal, com invasão de 2ª porção
duodenal e colédoco distal). Tentativa de drenagem das vias
biliares através de CPRE sem sucesso, devido à lesão infiltrativa e
estenosante em 2ª porção duodenal. Neste vídeo, demonstra-se
a opção terapêutica endoscópica encontrada, ou seja, dilatação
balonada da lesão até 15 mm, seguida pela drenagem biliar guiada
por ecoendoscopia (do bulbo para o colédoco proximal, que se
encontrava dilatado), com colocação de prótese biliar metálica
autoexpansível (PMAE) parcialmente recoberta. Logo a seguir,
realizada colocação de PMAE duodenal, não recoberta. Paciente
evoluiu com melhora significativa da icterícia, porém 15 dias após,
iniciou quadro de náuseas, vômitos e diarreia. Suspeitando-
se de obstrução da prótese duodenal, foi solicitada radiografia
contrastada, evidenciando-se prótese pérvia, porém com trajeto
fistuloso da transição para a 3ª porção duodenal, para alças de
delgado. A opção encontrada foi a colocação de outra prótese
duodenal, sendo esta totalmente recoberta, por dentro da prótese
anterior, procedimento também mostrado neste vídeo. Paciente
evoluiu com remissão do quadro clínico anterior, recebendo alta
hospitalar 2 dias após.
Tratamento Endoscópico Percutâneo da
Necrose Infectada do Pâncreas
Temário: Endoscopia / Miscelânea
Autores / Nome para Referência / Instituição: ANTÔNIO
CARLOS COÊLHO CONRADO / CONRADO, ACC / HOSPITAL ALBERT
SABIN; ADMAR BORGES DA COSTA JUNIOR / COSTA JR, AB / HOSPITAL
ALBERT SABIN; MANOEL RAIMUNDO DE MORAES COSTA NETO / COSTA
NETO, MRM / HOSPITAL ALBERT SABIN; LÍGIA ALMEIDA CARLOS DINIS
/ DINIZ, LAC / HOSPITAL ALBERT SABIN; JULIA CORREIA DE ARAÚJO /
ARAÚJO JC / HOSPITAL ALBERT SABIN; JOÃO GUILHERME GUERRA DE
ANDRADE LIMA / LIMA, JGGA / HOSPITAL ALBERT SABIN.
Resumo
Introdução: A necrose pancreática é uma complicação grave
da pancreatite aguda. A infecção do tecido necrótico acarreta
piora no prognóstico do paciente. Classicamente envolve
desbridamento através de laparotomia. Uma conduta menos
invasiva é sempre desejada, já que tais pacientes se encontram
gravemente enfermos para suportarem um procedimento
cirúrgico de maior porte. Objetivo: Mostrar o resultado de
uma necroscopia percutânea através da dilatação do trajeto
da drenagem guiada por tomografia computadorizada (TC),
com irrigação e extração do pâncreas mumificado. Método:
Homem de 34a, IMC=37,2, hipercolesterolêmico, não etilista,
em pancreatite aguda grave, na UTI. Submetido à drenagem
percutânea de coleção retroperitoneal guiada por TC 26d após
início dos sintomas. O tratamento endoscópico ocorreu 8d
após drenagem por TC e incluiu dilatação com balão do trajeto
existente sob anestesia local, possibilitando necroscopia, limpeza
da cavidade e extração do pâncreas mumificado. Resultado:
Evolução para cura. Conclusão: A drenagem endoscópica
transparietal está bem estabelecida como alternativa segura ao
tratamento cirúrgico na necrose pancreática. Quando realizada
via percutânea usando trajeto da punção guiada por TC, surge
como uma segunda alternativa para os casos em que não há
abaulamento gástrico e não se dispõe de ecoendoscopia. Por
sua efetividade e segurança, pode se constituir no procedimento
inicial, já que implica menor uso de sedativo com profilaxia da
broncoaspiração.
Tratamento Laparoscópico da Obstrução
Intestinal após Cirurgia Bariátrica
Temário: Cirurgia / Intestino Delgado
Autores / Nome para Referência / Instituição: BRUNO
ZILBERSTEIN / ZILBERSTEIN, B / GASTROMED; MARNAY HELBO
DE CARVALHO / CARVALHO, MH / GASTROMED; JULIANA ABBUD
FERREIRA / FERREIRA, JA / GASTROMED; CELY MELO DA COSTA
BUSSONS / BUSSONS, CMC / GASTROMED; RENATO RIBEIRO DE
ARAUJO PEREIRA / PEREIRA, RRA / GASTROMED; MAURICE YOUSSEF
FRANCISS / FRANCISS, MY / GASTROMED.
Resumo
Objetivo: Uma das maiores dificuldades da videocirurgia é
sua aplicação no tratamento da obstrução intestinal. Este vídeo
apresenta os passos técnicos no tratamento videolaparoscópico
da obstrução intestinal após cirurgia bariátrica videolaparoscópica.
Método: são apresentados dois casos de obstrução intestinal,
em pós-operatório recente de gastrectomia vertical com desvio
jejunoileal, em paciente do sexo masculino de 29 anos, e em pós
operatório tardio de septação gástrica com bypass em paciente
do sexo feminino, 32 anos. No vídeo pode-se observar a via de
acesso e a sistematização técnica, com descompressão intestinal
e inventário do intestino delgado. Resultados: Os dois pacientes
evoluíram com resolução da obstrução sem necessidade de
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
laparotomia exploradora. Conclusão: A boa evolução destes
pacientes demonstra ser possível abordar pacientes com
quadros de obstrução intestinal, através da via laparoscópica,
sem necessidade de laparotomia e portanto, indicando a
videolaparoscopia como primeira opção de abordagem cirúrgica.
Tratamento Laparoscópico de
Fístula Gastro-Gástrica Pós-
Gastroplastia Aberta
Temário: Cirurgia / Obesidade
Autores / Nome para Referência / Instituição:
ALCIDES JOSÉ BRANCO / BRANCO, AJ / SANTA CASA DE CURITIBA;
LUIS SÉRGIO NASSIF / NASSIF, LS / SANTA CASA DE CURITIBA;
JOÃO ANTONIO SCHEMBERK JR. / SCHEMBERCK, JA / SANTA CASA
DE C URITIBA ; L UIS F ELIPE P ERRIN O LIVEIRA / O LIVEIRA , LFP /
SANTA CASA DE CURITIBA; DANIEL EMILIO DALLEDONE SIQUEIRA
/ SIQUEIRA, DED / SANTA CASA DE CURITIBA; ALINE MORAES
MENACHO / MENACHO, AM / SANTA CASA; ROBSON MATSUDA 305
FERNANDES / FERNANDES, RM / SANTA CASA DE CURITIBA; ANDRÉ
GUBERT WEISS / WEISS, AG / SANTA CASA DE CURITIBA.
Resumo
Resu mo
Introdução: A obesidade mórbida é um problema de
saúde mundial. São crescentes os números de pacientes
com insucesso ao tratamento clínico e necessidade de
cirurgia. Nas últimas décadas surgiram diversas opções
de técnicas cirúrgicas. São diversas as possibilidades,
cada qual com suas indicações, contra-indicações e
complicações. Dentre as possibilidades a realização de
bypass gástrico em Y de Roux é uma das opções mais
discutidas e utilizadas. Objetivo: Apresentar um vídeo
da realização da correção de uma fístula gastro-gástrica
em paciente com gastroplastia redutora aberta prévia.
Materiais e Métodos: Paciente feminino, 48 anos,
com história de obesidade mórbida, com IMC=48,3,
com comorbidades associadas como diabetes mellitus e
hipertensão arterial sistêmica, foi submetida à gastroplastia
redutora em Y de Roux há 2 anos. Apresentou perda
ponderal de aproximadamente 42% do peso prévio,
evoluindo com 1 ano e meio de cirurgia com novo ganho
de peso. Foi suspeitado de fístula gastro-gástrica durante
investigação com endoscopia digestiva alta e seriografia
esôfago-estômago. Optado pela realização de exploração
cirúrgica e correção da fístula gastro-gástrica. Conclusão:
Diversas são as possíveis complicações e riscos intrínsecos
a cada técnica cirúrgica de gastroplastia. O surgimento de
fístula gastro-gástrica deve ser suspeitado em pacientes
no pós-operatório que evoluem com aumento de peso.

Tratamento Neoadjuvante com QT
no Intervalo de Descanso após a RT
para o Tratamento do Câncer do Reto
Distal – Quase Metade dos Pacientes
não Necessitam de Cirurgia Imediata
Temário: Cirurgia / Cólon
Autores / Nome para Referência / Instituição: ANGELITA
HABR-GAMA / HABR-GAMA, A / IAJG; RODRIGO OLIVA PEREZ /
PEREZ, RO / USP, IAJG; IGOR PROSCURSHIM / PROSCURSHIM, I /
USP; PATRÍCIO LYNN / LYNN, P / IAJG; GUILHERME PAGIN SÃO
JULIÃO / SÃO JULIÃO, GP / USP; JOAQUIM GAMA-RODRIGUES /
GAMA-RODRIGUES, J / IAJG.
Resumo
Introdução: A QRT neoadjuvante é a terapia de eleição
para o câncer do reto localmente avançado. O fenômeno de
regressão tumoral conhecido como downstaging pode levar a
306 resposta patológica completa em alguns casos. A modificação
do regime de QRT tem sido sugerida com alternativa para
obtenção de maiores taxas de resposta completa. Métodos:
Pacientes com câncer do reto distal não metastático tratados
com QRT neoadjuvante foram prospectivamente incluídos.
Receberam 6 ciclos de Qt sendo 3 no período de descanso.
Pacientes com resposta clínica completa foram seguidos.
Pacientes com resposta incompleta foram submetidos à
cirurgia radical. Resultados: 73 pacientes foram incluídos no
estudo. 69 (94%) completaram o tratamento; 33 apresentaram
toxicidade Grau III/IV relacionados ao tratamento. O tempo
médio de seguimento foi de 31 meses. 48 pacientes tiveram
Resposta Clínica Completa na primeira avaliação. Destes 7
apresentaram recidiva precoce <12 meses e 6 recidiva tardia.
25 (25/73) pacientes apresentaram resposta clínica completa
sem cirurgia imediata sustentada por intervalo mediano de 45
meses. Conclusões: A adição de QT ao período de descanso
do regime convencional de QRT tem excelentes taxas de
resposta clínica completa com uma toxicidade aceitável. Cerca
de metade dos pacientes submetidos à este tratamento podem
evitar cirurgia imediata depois deste regime de QRT.
Tratamento para Coto Apendicular
Difícil
Temário: Cirurgia / Cólon
Autores / Nome para Referência / Instituição:
ADRIANA EDELVES TRINDADE MARTINS CARVALHO / CARVALHO,
A.E.T.M. / UFT; POLYANA NASCIMENTO CARDOSO / CARDOSO,
P.N. / UFT; LEONARDO CORDENONZI PEDROSO DE ALBUQUERQUE
/ ALBUQUERQUE, L.C.P. / UFT.
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
Resumo
A apendicite aguda é a doença cirúrgica abdominal de urgência mais
comum. Estimativas apontam que entre 6,7% e 8,6% das pessoas
do mundo ocidental apresentarão apendicite em algum momento
de suas vidas. Entretanto, o tratamento do coto apendicular ainda
não foi uniformizado. Devido isso e aos bons resultados com a
introdução do uso de grampeadores manuais, nos dispomos a relatar
o seguinte caso clínico. M. M. B. S., masculino, 46 anos, procedente
de Novo Acordo-TO. Admitido no pronto socorro do Hospital Geral
de Palmas,com dor epigástrica intensa, associada a náuseas, vômitos,
febre baixa e astenia. Posteriormente relatou migração da dor para
fossa ilíaca direita e perna direita, com claudicação. Ao exame
apresentava dor abdominal à palpação profunda em fossa ilíaca direita
com descompressão brusca positiva. Exames laboratoriais: Hb=15,3
mg/dl, Ht= 44,4 mg/dl, leucócitos= 17400. Raio-X: borramento da
linha psoas bilateralmente. O paciente foi submetido à laparotomia
exploradora que evidenciou apêndice com base rota, retrocecal e
abscesso sobre o músculo psoas direito. Devido à necrose da base
do apêndice optou-se por utilizar o grampeador linear TLC 50. A
dieta foi iniciada no 3º pós operatório (PO) e no 4º PO observou-se
saída secreção serosa da ferida operatório e posteriormente secreção
purulenta com sinais flogísticos locais. Foram retirados pontos para a
drenagem da secreção e realizado curativos frequentes. No 8º PO o
paciente recebeu alta hospitalar.
Tratamento por Videotoracoscopia
Endoscopia Assistida de Lesão Esofágica
Submucosa: Relato de Caso
Temário: Cirurgia / Esôfago
Autores / Nome para Referência / Instituição: ARTHUR
RADAELLI NICOLEIT / NICOLEIT, AR / HNSC TUBARÃO SC; CASSIANO
CORAL ACCORDI / ACCORDI, CC / HNSC TUBARÃO SC; JAIME CESAR
GELOSA SOUZA / GELOSA, JC / HNSC TUBARÃO SC; RICARDO REIS
DO NASCIMENTO / NASCIMENTO, RR / HNSC TUBARÃO SC; LUIZ
CARLOS FORNASA JUNIOR / FORNASA, LC / HNSC TUBARÃO SC;
JOANA SACHETI FREITAS / FREITAS, JS / UNISUL TUBARÃO SC.
Resumo
Introdução: Leiomioma é o mais comum tumor benigno do
esôfago. Apesar da toracotomia ser considerada padrão-ouro
para o tratamento, a exérese desta lesão através de cirurgia
minimamente invasiva está aumentando. Objetivo: Relatar caso
de lesão submucosa de esôfago tratada com videotoracoscopia
endoscopia assistida. Resultados: SVB, 50 anos, feminino,
queixa disfagia há 3 anos para sólidos, acompanhado de vômitos
intermitentes. EDA revelou abaulamento da mucosa esofágica.
US-EDA evidenciando aos 22 cm da ADS lesão de consistência
firme bem delimitada hipoecóica finamente heterogênea
originando-se da quarta camada da parede esofágica e medindo
1.4cmX1.3cm, ausência de adenomegalias satélites, compatível
com leiomioma. Há 6 meses os vômitos tornaram-se diários e a
disfagia progrediu para pastosos. EDA demonstrou crescimento
da lesão em relação aos exames anteriores. TC de tórax:
espessamento da parede esofágica imediatamente acima da
carina. RM de tórax: lesão discretamente hiperintensa em T1 e T2,
23mmX14mm, intenso realce pelo contraste. Submetida à exérese
da lesão. Evoluiu bem, sem intercorrências, permaneceu 2 dias
na UTI; alimentação via sonda nasoenteral por 10 dias. Biópsia:
tumor mesenquimal fusocelular com aspecto de leiomioma,
contendo áreas edemaciadas, ausência de mitoses e necrose.
Conclusão: Enucleação de leiomioma esofágico videoassistida
pode ser realizada efetivamente e com baixos índices de morbi-
mortalidade.
Tratamento Profilático com
Escleroterapia de Varizes Esofágicas:
ainda é um Método Benéfico e Seguro na
Atualidade?
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para Referência / Instituição: MARCELA
CAVALCANTE VIEIRA / VIEIRA, MC / SÃO CAMILO; THIAGO NUNES DE
OLIVEIRA NALIM / NALIM, TNO / SAO CAMILO; GILSON KAMIYAMA
/ KAMIYAMA, G / SAO CAMILO; FABIANO MARCELO FABRIS / FABRIS,
FM / SAO CAMILO.
Resumo
Atualmente, o método de escolha para tratamento de varizes
esofágicas é a ligadura elástica. Apesar da escleroterapia estar
sendo gradualmente substituída pela última, ela ainda é o
método de eleição em hospitais públicos no Brasil devido seu
menor custo. Entre ago/2009 e jun/2011, 24 pacientes foram
tratados no serviço de endoscopia do Quarteirão a Saúde
(Diadema-SP), sendo realizadas 143 sessões de escleroterapia
(1 a 9 Sessões/paciente). Metodos: Entre os pacientes tratados
13 tinham esquistosomose, 7 cirrose alcoólica, 1hepatite C,
4 criptogenética. Destes, 21 pacientes foram submetidos à
profilaxia secundária e apenas 3 a profilaxia primária. Nenhum
apresentava coagulopatia grave. Materiais: videogastroscopio
Fujinon e o cateter de esclerose Olympus. Técnica: solução de
ethamolin a 3%; injeção intravasal, menos de 20 ml de solução
injetada por sessão, para reduzir complicações. Retorno a cada
02 semanas até erradicação das varizes e após, acompanhamento
semestral. Resultados: Houve erradicação das varizes em 20
pacientes, em média, por volta da quinta sessão. 2 abandonaram
o tratamento e 2 permaneciam com varizes até a última EDA.
Complicações: Houve um caso de HDA pós-esclerose, que foi
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
controlada endoscopicamente. Conclusão: A escleroterapia
ainda é um método efetivo e capaz de erradicar varizes esofágicas
com baixo risco de complicações em serviço público.
Tratamento Paliativo de Adenocarcinoma
Gástrico
Temário: Cirurgia / Estômago
Autores / Nome para Referência / Instituição: BRUNO
ZILBERSTEIN / ZILBERSTEIN, B / HCFMUSP; OSMAR KENGI YAGI
/ YAGI, OK / HCFMUSP; MARCUS FERNANDO KODAMA PERTILLE
RAMOS / RAMOS, MFKP / HCFMUSP; FABIO P LOPASSO /
LOPASSO, FP / HCFMUSP; DONATO R MUCERINO / MUCERINO,
DR / HCFMUSP; HENRIQUE D G JOAQUIM / JOAQUIM, HDG /
HCFMUSP; IVAN CECONELLO / CECONELLO, I / HCFMUSP;
CARLOS EDUARDO JACOB / JACOB, CE / HCFMUSP; CLAUDIO
JOSÉ CALDAS BRESCIANI / BRESCIANI, CJC / HCFMUSP; ULYSSES
RIBEIRO JR / RIBEIRO, U / HCFMUSP.
307
Resumo
Novas propostas em tratamento paliativo no cancer gástrico.
Métodos: Revisão de 699 casos com Câncer Gástrico tratados
em nosso serviço de 2001 à 2008. Resultados: No período,
360 (51,5%) foram submetidos à procedimento paliativo, sendo a
maior parte por neoplasia avançada com metástase ou obstrução.
Cirurgia foi realizada em 251 pacientes. Gastrectomia subtotal R1/
R2 em 125, com 12% de mortalidade em 1 mês. Em 20 casos com
obstrução por tumor irressecável em região distal foi realizada gastro-
entero anastomose, em 4 casos realizou-se septação gástrica com
reconstrução em Y-de-Roux, sem mortalidade em 30 dias. Houve
28 casos de obstrução gástrica proximal tratados com jejunostomia/
gastrostomia, com mortalidade de 7,1% em 30 dias. Laparoscopia
única foi realizada em 22 pacientes e laparotomia em 50 casos
irressecáveis com 1 (2%) morte. Prótese antro-duodenal endoscópica
foram colocadas em 7 pacientes. Radiologia intervencionista foi
empregada em 3 pacientes para interromper sangramento volumoso
arresponsivo a radioterapia hemostática. Em 73 pacientes sem
sangramento significativo ou sinais obstrutivos, não foi proposto
tratamento cirúrgico. Observou-se sobrevida média de 11% em
cinco anos em pacientes com lesões ressecáveis e zero em lesões
irressecáveis. Conclusões: A ressecção tumoral mostrou-se como
boa opção em casos selecionados de cancer gástrico avançado com
taxas de mortalidade aceitáveis.
Trauma Abdominal Contuso com Necrose
de Cólon Transverso e Grande Hematoma
de Mesocólon em Estado da Amazônia
Ocidental

Temário: Cirurgia / Cólon
Autores / Nome para Referência / Instituição: MYRNA
MENDONÇA DE ARAUJO / ARAUJO, MM / HOSPITAL ESTADUAL E
PRONTO SOCORRO JOÃO PAULO II; FERNANDO RODRIGUES MÁXIMO /
MAXIMO, FR / HOSPITAL ESTADUAL E PRONTO SOCORRO JOÃO PAULO
II; ANDRÉ LUIZ FERMINO / FERMINO, A.L. / HOSPITAL ESTADUAL E
PRONTO SOCORRO JOÃO PAULO II; THIAGO DE OLIVEIRA MARANHÃO
/ MARANHÃO, T.O. / HOSPITAL ESTADUAL E PRONTO SOCORRO JOÃO
PAULO II; ALEXEI DE ALMEIDA ANDRADE / ANDRADE, A.A. / HOSPITAL
ESTADUAL E PRONTO SOCORRO JOÃO PAULO II; ELDER CARDOSO DE
OLIVEIRA / OLIVEIRA, E.C. / HOSPITAL ESTADUAL E PRONTO SOCORRO
JOÃO PAULO II; RENATO RORIZ / RORIZ, R. / HOSPITAL DE BASE ARY
PINHEIRO.
Resumo
No trauma contuso de abdome, as vísceras podem ser submetidas
a movimentos de aceleração/desaceleração, compressão e
cisalhamento nas diversas direções. O baço é lesado em 40 a
308 55% dos casos e o fígado em 35 a 45%. Menos frequentemente,
as vísceras ocas podem ser acometidas (delgado 5-10%) e
dentre elas, ainda mais raras, são as lesões de cólon. Neste caso,
homem, 18 anos com história de chute em abdome dois dias antes
do atendimento. Evoluiu com forte dor em mesogástrio que se
difundiu. Fez uso de analgésicos com melhora parcial e temporária.
Teve vômitos, parada da eliminação de flatos e fezes e febre. Ao
exame, estava em REG, hipocorado, taquicárdico, hipohidratado,
com abdome doloroso à palpação, principalmente em mesogástrio,
onde havia abaulamento. A descompressão brusca era dolorosa
e RHA diminuídos. Radiografias mostram dilatação gasosa de
cólon e que não havia pneumoperitônio. A USG evidenciou massa
em mesogástrio e líquido livre na cavidade. Laboratório mostra
discreta leucocitose. Realizado laparotomia evidenciando pequena
quantidade de sangue livre na cavidade e grande hematoma de
mesocólon transverso (500 mL), associado a extensa necrose
de parede da alça (15 cm). Realizada enterectomia parcial de
transverso e anastomose término-terminal. Evolui bem no pós
operatório. Os hematomas de mesocólon em trauma contuso do
abdome são muito raros e muitas das vezes exames de imagem
não conseguem diagnosticá-los, sendo as evidências cirúrgicas o
desfecho diagnóstico.
Trauma Abdominal: Perfuração Gástrica
Temário: Cirurgia / Estômago
Autores / Nome para Referência / Instituição: NICOLAU
FERNANDES KRUEL / KRUEL, N.F.; RAFAEL NUNES GOULART /
GOULART, R.N.; MARCELO BORGES MOREIRA / MOREIRA, MB;
CRISTIANE MIGNOT MEYER / MEYER, C.M.; FAUSTO HAFEMANN
/ HAFEMANN, F.; NICHOLAS TAVARES KRUEL / KRUEL, N.T.; LIGIA
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
PIFFER DA SILVA / SILVA, L.P.; THIAGO ALESSANDRO FERRI / FERRI,
T.A. / UNISUL.
Resumo
Introdução: O trauma se destaca entre as causas de morte no Brasil
responsável por alto índice de mortalidade. Ferimentos abdominais
penetrantes ou contusos podem atingir o estômago. Objetivo:
Analisar o perfil dos pacientes que tiveram trauma abdominal com
lesão de estômago submetidos à laparotomia exploradora. Métodos:
Um estudo transversal, descritivo e retrospectivo de pacientes que
sofreram ruptura do estômago por trauma contuso ou penetrante
submetidos à laparotomia exploradora no Hospital Regional de
São José de janeiro de 2000 a julho de 2009. Resultados: De 45
pacientes, o sexo mais acometido foi o masculino na faixa etária
entre 20 29 anos. A principal causa foi o trauma penetrante sendo o
ferimento por arma de fogo em 80%, a lesão associada mais frequente
foi a hepática em 40,%, a localização mais afetada foi o corpo gástrico,
o grau de lesão de maior prevalência foi o grau II.Os procedimentos
realizados foram a sutura da lesão gástrica e tratamento das lesões
associadas. A taxa de mortalidade foi 6.67%. A principal causa de
traumatismo associado foi o trauma torácico 22,2%. Conclusão:
As lesões gástricas são de difícil diagnóstico e se destacam por
sua alta morbi-mortalidade. O exame físico e o mecanismo de
trauma são os mais importantes métodos de diagnóstico do trauma
abdominal. As complicações foram principalmente decorrentes das
lesões associadas, mostrando que o traumatismo gástrico por si não
influenciou diretamente no prognóstico.
Trauma Hepático: Fatores Preditivos de
Morbi-Mortalidade
Temário: Cirurgia / Fígado
Autores / Nome para Referência / Instituição: NICOLAU
FERNANDES KRUEL / KRUEL, N.F. / UNISUL; ISABEL GOULART
COUTO / COUTO, IG / UNISUL; FERNANDA EYMAEL KOCHE / KOCHE,
FE / UNISUL; GILSON DE SOUZA SILVÉRIO / SILVÉRIO, GS / UNISUL;
NICHOLAS TAVARES KRUEL / KRUEL, N.T. / UNISUL; MARCELO BORGES
MOREIRA / MOREIRA, MB / UNISUL; ANDREW MASSUTTI / MASSUTI,
A / UNISUL; NATHAN AQUINO DE LIZ / LIZ, NA / UNISUL.
Resumo
Introdução: O trauma hepático (TH) corresponde a aproximadamente
5% das admissões nas urgências. Objetivo: Avaliar os fatores
preditivos para complicações e mortalidade. Métodos: Estudo
retrospectivo de 93 pacientes com TH, que realizaram laparotomia
exploradora no período de janeiro 2008 a julho 2010. Resultados:
Foram 77 pacientes do sexo masculino e 16 do feminino. A média de
idade foi 29,1 anos. O trauma penetrante (TP) foi o mecanismo de
trauma mais comum, sendo 52,7% dos casos devido à ferida por projétil
de arma de fogo e 17,2% por ferida de arma branca. O traumatismo
fechado foi o causador em 31,1% das vitimas. A maioria das lesões
hepáticas foi de graus I, II e III (lesões menores), sendo a de grau
III encontrada em maior número. O score de trauma revisado (RTS)
médio foi de 7,23, o índice de severidade da lesão de 19,4 e o índice
de trauma abdominal (ATI) de 21,4. Em relação às lesões associadas
ao trauma hepático, o estômago, o diafragma e o colón foram os mais
encontrados na região intra-abdominal. A morbidade geral foi de 22,6
%. A complicação mais comum, relacionada ao fígado foi o abscesso
intraperitoneal. A morbidade geral foi de 22,6 % e a mortalidade de
10,7%. Conclusão: Os fatores estatisticamente comprovados para
complicações hepáticas foram o TF, a instabilidade hemodinâmica ao
ingresso e lesões abdominais associadas. Os fatores preditivos de
mortalidade foram à instabilidade hemodinâmica, RTS na admissão
e ATI alterados.
Trombose de Veia Porta em Criança
Celíaca: Relato de Caso e Revisão de
Literatura
Temário: Gastroenterologia / Gastropediatria
Autores / Nome para Referência / Instituição: PEDRO FERREIRA
DE SOUSA FILHO / SOUSA FILHO, PF / FCM-PB; LAÍS BARROS VILELA
/ VILELA, LB / FCM-PB; MARIA CECÍLIA DE PONTES JORDÃO GAYOSO
/ GAYOSO, MCPJ / FCM-PB; MARIANA DE ARAÚJO FERREIRA /
FERREIRA, MA / FCM-PB; SIMONE FERNANDES FURTADO TRAJANO /
TRAJANO, SFF / FCM-PB.
Resumo
Fundamento: A trombose da veia porta (TVP) é uma das
causas mais comuns de hipertensão portal (HP) na infância,
relevante pela expressiva morbimortalidade secundária à
hemorragia digestiva alta (HDA). Geralmente, não se define
uma causa e, quando determinada, resume-se, na grande
maioria, à lesão direta no sistema vascular umbilical. Objetivo:
Revisar e relatar um caso de TVP em criança celíaca, enfatizando
os cuidados com procedimentos invasivos favorecedores da
trombose. Paciente ou material: paciente masculino, 7 anos,
com história de cateterização umbilical no período neonatal.
Com um ano de idade, apresentou episódio de diarreia e, ao
exame físico, esplenomegalia. Resultados: USG abdominal
evidenciou TVP. EDA observou varizes de esôfago e duodenite
(anatomopatológico confirmou doença celíaca). Aos dois anos,
teve o primeiro episódio de HDA, realizando-se escleroterapia
endoscópica, uso de propranolol e dieta isenta de glúten. Em
agosto deste ano, foi readmitido com episódio semelhante
ao anterior e diagnóstico endoscópico de varizes de fundo
gástrico, gastropatia congestiva portal e varizes retais. Realizou
esplenectomia e shunt porto-sistêmico. Encontra-se no pós-
operatório recente. Conclusão: A HP secundária à TVP é uma
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
causa importante de hemorragia digestiva na infância, com graves
complicações. Assim, é necessária uma abordagem terapêutica
precoce, buscando melhorar sua qualidade de vida.
Trombose de Veia Porta em Paciente
Esplenectomizado: Relato de Caso
Temário: Cirurgia / Miscelânia
Autores / Nome para Referência / Instituição: ADRIANA
EDELVES TRINDADE MARTINS CARVALHO / CARVALHO, A.E.T.M. /
HGP; CAMILA MIRI / MIRI, C. / HGP/ ITPAC; PEDRO MANUEL
GONZALES CUELLAR / CUELLAR, P.M.G. / HGP; RONE ANTONIO
ALVES DE ABREU / ABREU, R.A.A. / HRA/ITPAC.
Resumo
O diagnóstico de trombose de veia porta pós esplenectomia
mostra-se raro, assim houve interesse pecuiar no seguinte
caso: Mulher KML , 23a, solteira, residente em Palmas –
Tocantins. Portadora de Anemia Hemolítica Auto Imune (AHAI) 309
diagnosticada em 22/06/2010 em corticoideterapia desde
então. Posteriormente foi indicado esplenectomia e a mesma foi
realizada em 04/07/2011; com boa recuperação recebeu alta,mas
foi reinternada oito dias após, pois estava apresentando quadro
de vômito, diarreia, astenia, lombalgia, dor em baixo ventre
tipo cólica de forte intensidade. Houve suspeita diagnostica
de nefrolitiase (histórico pessoal positivo)e pancretite aguda
(proximidade da cauda do pâncreas com o hilo esplenico), sem
melhora com analgesia. Submetida à tomografia de abdome dia
17/7, sendo constatado trombose da veia porta, sendo iniciado
heparinização com 30.000ui dia. Posteriormente, submetida à
ultrassonografia com Doppler dia 25/07/2011 que evidenciou:
veia Porta com calibre aumentado ao nível do tronco e do ramo
direito (1,6 cm), demonstrando trombo que preenche toda
luz do vaso e estes níveis, associado a ausência de fluxo A
paciente manteve-se internada por mais três dias e recebeu alta
continuando acompanhamento ambulatorial com hematologista,
mas apresentando melhora expressiva da dor.
Trombose Venosa Portal Aguda em
Paciente Não-Hepatopata: Relato de
Caso
Temário: Gastroenterologia / Fígado
Autores / Nome para Referência / Instituição: JONATHAN
SOLDERA / SOLDERA J / UFCSPA; SUELEN APARECIDA DA SILVA
MIOZZO / MIOZZO SAS / UFCSPA; ANE MICHELI COSTABEBER /
COSTABEBER AM / UFCSPA; LÍVIA CAPRARA LIONÇO / LIONÇO LC
/ UFCSPA; JORGE ALBERTO JOHN / JOHN JA / UFCSPA; LUCIANA
DOS SANTOS SCHRAIBER / SCHRAIBER LS / UFCSPA.

Resumo
Introdução: A trombose venosa portal aguda é mais comum em
pacientes hepatopatas crônicos e pode levar a insuficiência hepática
aguda. Objetivo: Descrever um caso de trombose venosa portal
aguda com ascite e encefalopatia sem hepatopatia. Relato de caso:
Paciente do sexo feminino, previamente hígida, 36 anos, inicia com dor
abdominal difusa, aumento do volume abdominal e confusão mental.
Apresentava sinais de ascite e presença de flapping. Laboratoriais
com piúria, líquido de ascite sem PBE, sorologias virais negativas,
aumento discreto de aminotransferases e aumento importante de
enzimas canaliculares. Ecografia e TC com trombose recente da veia
porta e esplênica e achados compatíveis com pielonefrite aguda,
sem hepatopatia crônica. Ressonância com alteração perfusional
secundária a trombose venosa portal sem alteração de vias biliares.
Feito diagnóstico de diabetes mellitus tipo I MODY com anti-GAD
positivo. Endoscopia sem varizes esofágicas. Investigação para
trombofilias e neoplasias ocultas mais comuns negativa. Foi tratada
com insulina, antibioticoterapia e anticoagulação com enoxaparina
e após com varfarina, com resolução da ascite e do quadro clínico
310 no seguimento ambulatorial. Discussão: A trombose venosa portal
aguda no paciente não-hepatopata incomumente leva à insuficiência
hepática porque a manutenção do fluxo arterial previne a isquemia.
Conclusão: A trombose venosa portal aguda é um diagnóstico
diferencial importante de dor abdominal.
Tumor Carcinoide de Duodeno
Temário: Gastroenterologia / Estômago/Duodeno
Autores / Nome para Referência / Instituição: AMÁLIA
MARIA DE AMORIM VIANA / VIANA, AMA / HOSPITAL REGIONAL DE
TAGUATINGA-DF; EVELINE DE FARIAS RODRIGUES / RODRIGUES, EF /
HOSPITAL REGIONAL DE TAGUATINGA -DF; MÁRIO SILVEIRA DA COSTA
/ COSTA, MS / HOSPITAL REGIONAL DE TAGUATINGA; MÁRIO ROBERTO
MACEDO DE FIGUEIREDO / FIGUEIREDO, MRC / HOSPITAL REGIONAL
DE TAGUATINGA DF.
Resumo
Os tumores carcinoides são raros e se originam nas células do
sistema neuroendócrino. Dentre os gastrintestinais, a localização
em íleo é a mais comum. O objetivo do trabalho é relatar o caso de
tumor carcinoide de duodeno da paciente R.G.B., 38 anos; que foi
admitida com relato de dor epigástrica há 05 anos, diarreia aquosa
há 2 anos e perda ponderal de 10 kg em 01 mês. Realizados exames
físico e laboratoriais, todos sem alterações. Na endoscopia digestiva
alta apresentava: esofagite erosiva grau B de Los Angeles. A TC
de abdome evidenciou lesão medindo cerca de 5,5 cm x 5,9 cm
próximo ao processo unciforme do pâncreas; com compressão de
arco duodenal. Foi submetida à duodenopancreatectomia e a biópsia
demonstrou tumor carcinoide em parede duodenal. A paciente
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
evoluiu com melhora dos sintomas e no seguimento ambulatorial,
a dosagem sérica de cromogranina A estava normal. Os tumores
carcinoides têm incidência de 0,7 casos por 100.000 habitantes.
Os tumores de duodeno representam 2% dos casos. Seus sintomas
geralmente são inespecíficos. Recomenda-se medir a excreção
urinária de 5-HIAA e o nível de cromogranina A sérico. Vários exames
de imagem podem ser usados no diagnóstico e estadiamento. As
análises anatomopatológicas da peça cirúrgica podem definir o
diagnóstico. O tratamento baseia-se na ressecção do tumor. Este tipo
de tumor apresenta altas taxas de sobrevida global em cinco anos e
deve sempre ser lembrado em diagnósticos diferenciais de tumores
do trato gastrointestinal.
Tumor Carcinoide de Reto: Relato
de Caso
Temário: Cirurgia / Cólon
Autores / Nome para Referência / Instituição: HENRIQUE
VALÉRIO DE MESQUITA / MESQUITA, HV / HOSPITAL INTERMÉDICA
CAMPINAS; HERMANO AUGUSTO DE MEDEIROS JUNIOR / MEDEIROS
JUNIOR, HA / HOSPITAL INTERMÉDICA CAMPINAS; LEANDRO DE SOUZA
LEHFELD / LEHFELD, LS / HOSPITAL INTERMÉDICA CAMPINAS; TATIANA
PASCHOALATO / PASCHOALATO, T / HOSPITAL INTERMÉDICA CAMPINAS;
RENATO DE MESQUITA TAUIL / TAUIL, RM / HOSPITAL INTERMÉDICA
CAMPINAS; RODRIGO AUGUSTO ROSOLEN / ROSOLEN, RA / HOSPITAL
INTERMÉDICA CAMPINAS.
Resumo
Objetivo: Apresentar caso de paciente com tumor carcinoide de
reto, tratado com sucesso através de ressecção local transanal.
Método: O tumor carcinoide faz parte dos chamados tumores
neuroendócrinos e constituem neoplasias raras. Correspondem
a 1-2% de todos os tumores de reto. Os pacientes são em
50% dos casos assintomáticos. O potencial de malignização
e o prognóstico dos tumores carcinoides de reto têm sido
intimamente relacionados com o seu tamanho. Aceita-se que
lesões menores que 1cm de diâmetro podem ser adequadamente
tratadas por ressecção endoscópica, ou excisão local transanal,
se margens negativas após avaliação histológica forem obtidas.
Relato de caso: Paciente masculino, 41 anos de idade, em
primeiro atendimento em consulta eletiva, referindo sangramento
às evacuações há cerca de 1 ano. Ao toque retal identificada
lesão em parede posterior, de aproximadamente 1cm de diâmetro,
há cerca de 5cm da borda anal. Realizada colonoscopia que
evidenciou lesão elevada em canal anal. A histologia diagnosticou
tumor carcinoide. Estadiamento pré-operatório sugeriu doença
restrita. Submetido à ressecção transanal local. Exame anátomo-
patológico confirmou tumor carcinoide típico, submucoso em reto,
com camada muscular própria livre e margens livres. Conclusão:
Nesse caso, o paciente foi tratado com excisão local transanal
da lesão com sucesso, em concordância com a literatura, tendo
evolução satisfatória e mantendo-se livre da doença no período
de seguimento.
Tumor de Células Granulares de Esôfago:
Relato de Caso
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para Referência / Instituição: VINÍCIUS
FIGUEIREDO CARNEIRO / CARNEIRO, VF / INSTITUTO MÁRIO PENNA;
RENI CECILIA LOPES MOREIRA / MOREIRA, RCL / INSTITUTO MÁRIO
PENNA; CASSIO ANDRADE CINTRA / CINTRA, CA / INSTITUTO MÁRIO
PENNA; SEIJI MIYATA / MIYATA, S / INSTITUTO MÁRIO PENNA; MÁRIO
GISSONI DE CARVALHO / CARVALHO, MG / INSTITUTO MÁRIO PENNA;
PAULO HENRIQUE DE OLIVEIRA SALLES / SALLES, PHO / INSTITUTO
MÁRIO PENNA; JÚLIO ALEXANDRE FERNANDES / FERNANDES, JA /
INSTITUTO MÁRIO PENNA; FÁBIIO MENDES BOTELHO FILHO / FILHO,
FMB / FACULDADE DE MEDICINA DE MINAS GERAIS.
Resumo
Introdução: O Tumor de Células Granulares, descrito
inicialmente por Abrikosoff em 1926, tem origem provavelmente
neural, atribuída às células de Schwann. É geralmente benigno
(apenas 1 a 2% são malignos) e localizam-se preferencialmente
na língua (40%) e pele ou tecido celular subcutâneo (30%),
e somente 5% no trato gastrointestinal. A recorrência é rara
e a excisão local geralmente é curativa. Objetivo: Relatar um
caso de Tumor de Células Granulares do esôfago e discutir
seus aspectos propedêuticos e terapêuticos. Relato de
caso: Paciente de 50 anos, feminino, negra, com queixa de
desconforto respiratório há 6 meses, associado a desconforto
retroesternal e emagrecimento. Realizou EDA que revelou lesão
elevada com erosão central, séssil, a 26 cm da ADS. Material
encaminhado para anátomo-patológico e imuno-histoquímica,
que evidenciaram Tumor de Células Granulares do esôfago.
Devido quadro clínico sintomático, optado pela ressecção
endoscópica da lesão. Conclusão: Não há consenso para a
abordagem desses tumores, mas devido ao quadro sintomático
e ao potencial de malignização, a ressecção é recomendada.
O cirurgião deve estar atento às ferramentas diagnósticas para
proporcionar ao paciente o tratamento mais eficaz.
Tumor de Células Granulares de Esôfago:
Relato de 3 Casos
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para Referência / Instituição: JEANY BORGES
E SILVA RIBEIRO / RIBEIRO,JBS / HGCC; FABRÍCIO DE SOUZA MARTINS
/ MARTINS,FS / HGCC; GIANNI ANTÔNIO LIRA MASTROIANNI /
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
MASTROIAMMI,GA / HGCC; CARLOS ENEAS SOARES RICCA / RICCA,CES
/ HGCC; LAURA CIDRÃO FROTA / FROTA,LC / HGCC; MARÍLIA LAGE
ALENCAR / ALENCAR,ML / HGCC; RICARDO RANGEL DE PAULA
PESSOA / PESSOA,RRP / HGCC; FRANCISCO PAULO PONTE PRADO JR /
PRADO JR, FPP / HGCC.
Resumo
Introdução: Tumores de células granulares(TCG) são incomuns
neoplasias. Pacientes e Métodos: Três casos de pacientes do
sexo feminino com tumor de células granulares, que foram detectados
na parte inferior do esôfago na endoscopia do trato gastrintestinal
superior(EGD) são descritos. A primeira com 15 anos, a segunda
com 44 anos e a terceira com 51 anos, todas com TCG diagnosticadas
à EGD e tratadas com ressecção endocópica sem intercorrências.
Resultados/Conclusões: Ressecção endoscópica para tumores
de células granulares de esôfago é segura , confortável para o
paciente e altamente efetiva em selecionados casos com diâmetro
≤ 10 mm.
311
Tumor de Células Granulares do Cólon:
Ressecção Endoscópica
Temário: Endoscopia / Colonoscopia
Autores / Nome para Referência / Instituição: RODRIGO DE
REZENDE ZAGO / ZAGO, RR / HOSPITAL SÍRIO LIBANES; MARCELO
AVERBACH / AVERBACH, M / HOSPITAL SÍRIO LIBANES; GIULIO FABIO
ROSSINI / ROSSINI, GF / HOSPITAL SÍRIO LIBANES.
Resumo
Paciente masculino, 53 anos, submetido à colonoscopia de
rastreamento de cancer colorretal. Identificada lesão elevada de
aspecto subepitelial no cólon transverso, com coloração amarelada
e consistência endurecida (figura superior esquerda). A utilização de
magnificação e cromoscopia digital com FICE (Fujinon) demonstrou
padrão vascular semelhante à mucosa adjacente (figura superior
direita). Realizada ressecção da lesão com alça de polipectomia e
aspecto final sem lesão residual. O tumor de células granulares deve
constar no diagnóstico difrencial de lesões subepiteliais do cólon.
Tumor de Células Granulares
Esofágico – Descrição de um Tumor
Benigno Incomum
Temário: Gastroenterologia / Esôfago
Autores / Nome para Referência / Instituição: RAFAELA
CRISTINA GOEBEL WINTER / WINTER, RCG / HOSPITAL DO SERVIDOR
PÚBLICO MUNICIPAL DE SÃO PAULO; MICHELLE KESTIES / KESTIES,

M / HOSPITAL DO SERVIDOR PÚBLICO MUNICIPAL DE SÃO PAULO;
EDUARDO VAKAHARA / VAKAHARA, E / HOSPITAL DO SERVIDOR
PÚBLICO MUNICIPAL DE SÃO PAULO; PRISCILA BRIZOLLA DE CAMPOS
/ CAMPOS, PB / HOSPITAL DO SERVIDOR PÚBLICO MUNICIPAL DE SÃO
PAULO; ERIKA BORGES FORTES / FORTES, EB / HOSPITAL DO SERVIDOR
PÚBLICO MUNICIPAL DE SÃO PAULO.
Resumo
Introdução: O tumor de Abrikossoff (ou tumor de células granulares-
TCG) é uma neoplasia rara, benigna, com origem nas células de
Schwann. Acomete principalmente pele e tecidos subcutâneos do
pescoço e membros superiores, língua e mama. Sua ocorrência no
trato gastrointestinal é incomum, sendo o esôfago o principal órgão
acometido. No esôfago, geralmente acomete mulheres na 6ª década
de vida e ocorre no terço distal, como uma lesão subepitelial pequena
(<2 cm), amarelada e firme. Comumente é um achado incidental em
endoscopia digestiva alta realizada por outro motivo. Não há acordo
sobre o seguimento e tratamento desses tumores: há controvérsias
entre ressecção cirúrgica, endoscópica ou conduta expectante.
312
Relato de caso: D.P.S, 46 anos, feminino, branca, com queixas de
pirose e regurgitação ácida apesar do uso de omeprazol; antecedente
de fundoplicatura a Nissen. Solicitada endoscopia digestiva alta, que
evidenciou fundoplicatura continente e lesão em terço distal de esôfago,
9 mm, amarelada, de consistência firme e aspecto subepitelial, cujas
biópsias demonstraram células granulares eosinofílicas PAS +, sem
pleomorfismo ou mitoses, compatível com TCG. Realizada ressecção
endoscópica da lesão. Discussão: O TCG deve ser conhecido por
gastroenterologistas, cirurgiões, endoscopistas e patologistas, que
devem incluir essa possibilidade no diagnóstico diferencial de lesões
subepiteliais esofágicas. A ressecção endoscópica é uma das opções
terapêuticas, com possilidade curativa.
Tumor de Krukenberg
Temário: Gastroenterologia / Estômago/Duodeno
Autores / Nome para Referência / Instituição: DANIEL NAVARINI
/ NAVARINI,D. / HSVP; FERNANDO FLECK / FLECK. F / UPF; IGNACIO
FERNADEZ BLANCO INCLAN / BLANCO, I.F. / HOSPITAL LA PAZ; CARLOS
AUGUSTO MADALOSSO / MADALOSSO, C.A. / HSVP.
Resumo
Introdução: Tumor de Krukenberg se refere a uma malignidade
ovariana secundária cuja localização primária foi o trato gastrointestinal.
Relato do caso: Paciente relata dor abdominal difusa há três meses,
tipo aperto irradiada para a região dorsal. Há 20 dias a paciente
iniciou com ascite volumosa acompanhada de perda ponderal de 15
quilos em dois meses. Ao exame físico constatou-se massa palpável
em flanco direito. Os US abdominais e pélvicos revelaram ascite
importante. Citologia do líquido ascítico revelou adenocarcinoma.
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
Laparatomia: carcinomatose peritoneal e ovário direito de aspecto
tumoral. Biópsia de ovário direito: carcinoma mucocelular de ovário
(Tumor de Krukenberg). EDA: lesão vegetante, ulcerada infiltrativa
de fundo gástrico. Biópsia gástrica: adenocarcinoma difuso. Paciente
faleceu 40 dias após o inicio do tratamento quimioterápico. Revisão
de Literatura: Carcinoma mucocelular do ovário, normalmente
metastásico originado do trato gastrointestinal, caracterizado por
áreas de degeneração mucóide e pela presença de células em anel
de sinete. Calculam entre 30 a 40% dos cânceres metastásicos dos
ovários e possivelmente, 1 a 2% de todos os tumores ovarianos
malígnos. As lesões podem não ser descobertas até que a doença
primária esteja avançada. Conclusão: Em tumores ovarianos é
imprescindível a avaliação do trato gastrointestinal para a possível
presença de neoplasia metastática.
Tumor de Krukenberg: um Diagnóstico
a ser lembrado - Discussão e Relato de
Caso
Temário: Cirurgia / Cólon
Autores / Nome para Referência / Instituição: LUIZ CARLOS
FORNASA JUNIOR / FORNASA. LCF / HOSPITAL NOSSA SENHORA DA
CONCEIÇÃO TUBARAO SC; CASSIANO CORAL ACCORD / ACCORD.
CC / HOSPITAL NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO TUBARAO SC; LUIZ
ARTHUR DE QUADROS / QUADROS. LA / HOSPITAL NOSSA SENHORA
DA CONCEIÇÃO TUBARAO SC; DIEGO MACHADO SILVANO / SILVANO.
DM / UNISUL; FERNANDO MEDEIROS ANCELMO / ANCELMO. FM
/ HOSPITAL NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO TUBARAO SC; ARTHUR
NICOLEITE / NICOLEITE. A / HOSPITAL NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO
TUBARAO SC; RICARDO REIS DO NASCIMENTO / NASCIMENTO. RR /
HOSPITAL NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO TUBARAO SC; FABIO VIZEU
MEDAGLIA FILHO / MEDAGLIA FILHO. FV / HOSPITAL NOSSA SRA DA
CONCEIÇÃO.
Resumo
Introdução: O tumor de Krukenberg é uma neoplasia metastática
de origem gastrointestinal, acometendo um ou ambos os ovários de
forma secundária. Este tumor é uma entidade rara, frequentemente
bilateral, volumoso e assintomático. Relato do caso: J.F.R. 59 anos
fem. inicia com dor abdominal moderada, distensão e parada de
eliminação de gases e fezes há 2 dias, nega febre e outras sintomas.
Paciente em tratamento de anemia há 4 anos e emagrecimento de
12 Kg nos últimos 3 anos ate o momento assintomática. Exames de
acompanhamento: Colonoscopia normal e US abdome com massa
anexial a direita. Após internação e medidas clínicas e melhora da
suboclusao foi solicitado TC abdome revelando massa tumoral em
cólon ângulo hepático, lesão hepática em seguimento VI e massa
pélvica anexial volumosa a direita. Realizado laparotomia exploradora
confirmando lesões descritas na TC abdome, sendo realizado
colectomia D + hepatectomia do seguimento VI + ressecção
de massa tumoral em ovário D e implantes em pelve e eplipon +
ooforectomia E. A confirmação com AP evidenciando adenocarcinoma
moderadamente diferenciado em cólon ovário e fígado ( T4N2M1). A
paciente evoluiu bem e faz tto oncologico no momento. Conclusão:
TU Krukenberg acomete principalmente mulheres na faixa etária do
40 anos e e correponde de 3 a 8% de todos os tumores ovarianos.
Estima-se que apenas 19% dos casos são diagnosticados no primeiro
exame, o diagnóstico desta patologia é baseada em estudos clínicos
e atualmente imagem.
Tumor do Estroma Gastrointestinal
em Paciente Jovem: Relato de Caso
Temário: Gastroenterologia / Estômago/Duodeno
Autores / Nome para Referência / Instituição: LAISSA WANE
CAVALCANTE REBOUÇAS / REBOUÇAS, LWC / UFCG; JOSÉ WILLIAMS
REBOUÇAS / REBOUÇAS, JW / HTM, UERN; JAIME EMANUEL
BRITO ARAUJO / ARAUJO, JEB / UFCG; JOSÉ VICTOR SILVA ROCHA
/ ROCHA, JVS / UFCG; DANIEL AMORIM RICARTE DE OLIVEIRA /
OLIVEIRA, DAR / UFCG; JEFFERSON NILDO DA COSTA MARINHO /
MARINHO, JNC / UERN; LUZINETE SEVERO DOS SANTOS / SANTOS,
LS / FIP.
Resumo
Os tumores do estroma gastrointestinal (GIST) representam
menos de 1% das neoplasias do trato gastrointestinal. São o
mais importante grupo de tumores mesenquimais primários
do aparelho digestivo, sendo conhecidos por sua dificuldade
na determinação do prognóstico dos acometidos. Pretende-
se relatar caso de GIST em paciente homem e jovem. Paciente
branco, 39 anos, com quadro de dor epigástrica, sensação de
peso pós-prandial, sem alterações ao exame físico e pai com
câncer gástrico. À Endoscopia Digestiva Alta, observou-se lesão
em corpo proximal da cárdia, com protrusão para cavidade e
mucosa preservada. À Ecoendoscopia, lesão submucosa em
camada muscular própria. Ao exame anatomopatológico, lesão
de aspecto epitelióide com invasão de estruturas adjacentes.
Nos critérios de estratificação de risco, a neoplasia apresentava
grau moderado de atipias, baixo índice mitótico e presença de
necrose. Na análise imunohistoquímica, positividade das células
neoplásicas CD-117 (c-KIT), compatível com GIST. O tratamento
empregado foi gastrectomia parcial, com boa evolução, havendo,
durante o pós-operatório, recidiva local associada a metástases
pulmonares. Seguiu-se tratamento com Imatinib, com resposta
completa das metástases após 15 meses. Os casos de GIST
evoluem, em cerca de 30%, de forma assintomática, com alta
tendência à malignidade, sendo mais comuns em mulheres e
pessoas acima de 50 anos. Diagnóstico precoce, tratamento
correto e acompanhamento rigoroso são fundamentais.
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
Tumor Gigante de Bolsa Escrotal
Confundido com Hérnia Inguino-Escrotal:
Relato de Caso
Temário: Cirurgia / Miscelânia
Autores / Nome para Referência / Instituição: JOSÉ GUILHERME
MINOSSI / MINOSSI, JG / UNESP; CLAUDIA NISHIDA HASIMOTO /
HASIMOTO, CN / UNESP; JUAN CARLOS LHANOS / LHANOS, JC
/ UNESP; LEONARDO PELAFSKY / PELAFSKY, L / UNESP; CESAR
TADEU SPADELLA / SPADELLA, CT / UNESP.
Resumo
Objetivo: Relatar um caso de tumor gigante de bolsa escrotal que foi
confundido com hérnia inguino-escrotal gigante. Relato de caso:
SDV, 46 anos, brasileiro, branco, divorciado. Relatou que há cinco anos
notou aumento progressivo e rápido da bolsa escrotal direita. Há um
ano passou a apresentar dificuldade para caminhar e limitação para
realizar suas atividades habituais. Foi encaminhado ao nosso serviço
com diagnóstico de hérnia inguino-escrotal gigante, porém ao exame
foi verificado grande tumoração sólida em bolsa escrotal direita, que 313
se estendia até abaixo dos joelhos e dificultava a exposição do pênis.
O exame clínico foi suficiente para perceber que a tumoração era
da bolsa escrotal e não ocasionada por hérnia inguinal e o US foi
compatível com processo expansivo de constituição fibrogordurosa
(desmóide?). O tratamento operatório constituiu na ressecção da
tumoração e não houve qualquer intercorrência. A peça pesou 20,2
kg. Paciente apresentou boa evolução, retornando às suas atividades
habituais e deambulando normalmente. O anatomopatológico revelou
proliferação fibroblática e vascular reativa com fibrose em pele e em
tecido adiposo subcutâneo, esteatonecrose, inflamação crônica e
alterações morfológicas compatíveis com alterações reativas (trauma
ou isquemia). Conclusão: este relato mostra que por vezes pode
ser difícil o diagnóstico diferencial de tumores da bolsa escrotal com
hérnias inguino-escrotais, porém a diferenciação é importante para o
planejamento cirúrgico.
Tumor Glômico do Esôfago – Relato de
Caso e Revisão da Literatura
Temário: Endoscopia / Ecoendoscopia
Autores / Nome para Referência / Instituição: MARIA
HELENA LOUZADA PEREIRA / LOUZADA, MH. / SERVIÇO DE
GASTROENTEROLOGIA UFRJ; LAURA HELMAN / HELMAN, L. / SERVIÇO
DE GASTROENTEROLOGIA UFRJ; EPONINA MARIA DE OLIVEIRA LEMME
/ LEMME, EMO. / SERVIÇO DE GASTROENTEROLOGIA UFRJ; HUANG
LING FANG / FANG, HL. / SERVIÇO DE GASTROENTEROLOGIA UFRJ;
FÁTIMA FIGUEIREDO / FIGUEIREDO, F. / SERVIÇO DE GASTROENTEROLOGIA
UFRJ E UERJ; MARÍLIA SANTANA / SANTANA, M. / SERVIÇO DE
GASTROENTEROLOGIA UFRJ; MÁRCIO CARVALHO DA COSTA / COSTA,

MC. / SERVIÇO DE GASTROENTEROLOGIA UFRJ; MARCO AURÉLIO
D´ASSUNÇÃO / ASSUNÇÃO, MA. / HC-USP.
Resumo
Introdução: O tumor glômico (TG), descrito em 1924, é uma
neoplasia perivascular originada de céls musculares lisas modificadas,
composto por glomócitos e vasos sanguíneos. É dividido em TG
propriamente dito, glomangioma e glomangiomioma. Acomete
adultos jovens, habitualmente como nódulo único doloroso. Tem a
pele como localização predominante porém o trato GI, principalmente
o estômago, pode ser raramente acometido. Em geral a localização
profunda, tamanho > 2cm, figuras mitóticas e núcleos atípicos são
os fatores relacionados à malignidade. Objetivos: Descrever caso
de TG do esôfago tendo disfagia como clínica inicial. Relato do
caso: Fem., 39 anos, há 3 m. com pirose e leve disfagia para sólidos.
Realizou endoscopia que evidenciou lesão arredondada submucosa
de esôfago. TC de tórax com formação nodular hipodensa de
3cm, na parede lateral direita do esôfago prox., sugestivo de cisto
de duplicação. Ecoendoscopia mostra lesão hipoecóica de limites
314 bem definidos medindo 5cm, com camada muscular hipoecóica na
parede post. e reforço acústico posterior. A impressão foi de cisto de
duplicação com componente mais sólido que o habitual. Resultados:
Realizada então punção ecoguiada que evidenciou diagnóstico de
TG(actina, vimentina, S100 e BCL2 +. CD117, cromogranina e CD34 -).
Conclusões: O TG é uma neoplasia com raro acometimento GI.
Observados apenas três relatos de TG esofagiano até o momento.
Em geral são benignos, de bom prognóstico, porém, mais estudos
são necessários.
Tumor Miofibroblástico Inflamatório de
Estômago: Relato de Caso
Temário: Cirurgia / Estômago
Autores / Nome para Referência / Instituição: MAXWEL CAPSY
BOGA RIBEIRO / RIBEIRO, MCB / UNICAMP; JOÃO COELHO DE
SOUZA NETO / COELHO NETO, JC / UNICAMP; LUIZ ROBERTO
LOPES / LOPES, LR / UNICAMP; NELSON ADAMI ANDREOLLO /
ANDREOLLO, NA / UNICAMP.
Resumo
Introdução: Tumor miofibroblástico inflamatório (TMI) do estômago
é extremamente raro, e seu prognóstico é imprevisível. Objetivo:
Relatar um caso deste tumor, seus aspectos clínicos e patológicos e
seu tratamento. Relato de caso: Relatamos o caso de uma mulher
de 37 anos com dor epigástrica há 2 meses, anemia e importante
perda de peso. O exame físico demonstrava palidez cutânea e leve
dor á palpação de epigástrio. Ultrassonografia abdominal mostrou
uma massa cística em calda de pâncreas e a TC abdominal revelou
que a lesão se originava do estômago. Endoscopia digestiva alta
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
evidenciou lesão submucosa de aproximadamente 7,5 cm localizada
na parede posterior do corpo gástrico baixo compatível com
tumor estromal gastrointestinal (GIST). A paciente foi submetida à
gastrectomia subtotal e reconstrução a Billroth I. A análise patológica
e imonohistoquímica da peça cirúrgica revelou TMI originário da
parede gástrica. Discussão: O TMI de estômago é raríssimo e mais
observado em adultos jovens. Sua real natureza não é completamente
entendida. Conforme a literatura origina-se de uma alteração no gene
ALK-1, seu principal marcador imunohistoquímico. Comumente,
apresenta-se como uma lesão gástrica subepitelial, porém, ao contrário
do GIST, apresenta CD34 e CD117 negativos, além de possuir um
marcante infiltrado linfoplasmocitário. Seu tratamento é cirúrgico,
com ressecção com margens livres. Seu prognóstico é indefinido e
variável, de acordo com o grau de diferenciação da lesão.
Tumor Neuroendócrino de Papila
Duodenal
Temário: Endoscopia / Colangiopancreatografia
endoscópica retrógrada
Autores / Nome para Referência / Instituição: TADAYOSHI
AKIBA / AKIBA, T. / ISCMSP; MABEL TATTY MEDEIROS FRACASSI /
FRACASSI M.T.M. / ISCMSP; MARCELO DE CASTRO JORGE RACY /
RACY M.C.J. / ISCMSP; RODRIGO ALTENFELDER SILVA / SILVA, R.A.
/ ISCMSP; HUMBERTO BONA / BONA H. / ISCMSP; ADRIANO VAZ
DE CUBAS / CUBAS, A.V. / ISCMSP; BRUNO DE CAMPOS ALMEIDA /
ALMEIDA, B.C. / ISCMSP; IGOR ANTUNES MARCHETTI / MARCHETTI,
I.A. / ISCMSP.
Resumo
LSB, 41 anos, feminino, branca. Em outubro de 2010 iniciou quadro
de icterícia, colúria, acolia fecal e emagrecimento de 10 kg. Exames:
TGP 214, TGO 169, BT 4,26, BD 1,93, FA 796, GGT 1235. USG Abd:
Vesícula biliar distendida, dilatação das vias biliares intra e extra
hepáticas e colédoco com 22mm. CRNM: Paredes do hepato-coledoco
levemente espessadas, com 23,7 mm de calibre máximo. CPRE:
Papila duodenal abaulada, óstio papilar sem drenagem das secreções
bilio-pancreáticas. Colédoco de 30 mm com estenose irregular distal.
Biópsias: Neoplasia Neuroendócrina bem diferenciada. EUS: Papila
duodenal maior com lesão hipoecóica, regular e homogênea (1,2
X 1,5 cm), acometendo desde a papila até a camada submucosa
da parede duodenal. Realizado punção ecoguiada (uT2N0Mx?).
Punção: Negativo para células neoplásicas. Realizada a papilectomia,
sem intercorrências. Anátomo-patológico: Neoplasia neuroendocrina
bem diferenciada (Tumor carcinoide). Imunohistoquímica: O perfil
imunohistoquímico associado ao quadro histológico é compatível com
neoplasia neuroendócrina bem diferenciada com índice de proliferação
celular avaliado pelo KI67 de cerca de 1% (baixo índice). Ausência
de imunoexpressão de insulina, glucagon, gastrina e somatostatina.
Exames de controle: TGO 19, TGP 17, FA 131, GGT 86,BT 0,47, BD 0,2.
CRNM: diminuição do calibre do hepato-colédoco. Duodenoscopias
normais. Biópsia pós papilectomia: inflamação crônica inespecífica
sem indícios de malignidade.
Tumor Neuroendócrino do Trato Digestivo
AltoRelato de 3 Casos
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para Referência / Instituição: AMÉRICO
DE OLIVEIRA SILVÉRIO / SILVÉRIO, AO / PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE
CATÓLICA DE GOIÁS; JOSÉ EDUARDO MEKDESSI / MEKDESSI, JE /
INSTITUTO DO APARELHO DIGESTIVO; SÉRGIO TERUAKI MIAMAE /
MIAMAE, ST / INSTITUTO DO APARELHO DIGESTIVO; LUCAS MASSAO
MIAMAE / MIAMAE, LM / PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE
GOIÁS; GRACIELLY SUEMI MIAMAE / MIAMAE, GS / UNIVERSIDADE
FEDERAL DE GOIÁS; YARA ROCHA XIMENES / XIMENES, YR /
LABORATÓRIO CAPC.
Resumo
Introdução: O tumor neuroendócrino (TNE) é uma neoplasia
neuroendócrina bem diferenciada, relativamente rara. O trato
gastrointestinal é responsável por cerca de dois terços dos casos,
sendo o intestino delgado o sítio mais frequente (35,92%). O TNE
gástrico e o duodenal contribuem com apenas 4,33% e 2,76%.
Objetivos: Relatar o caso de três pacientes com TNE do trato
digestivo alto. Casuística: Duas pacientes com TNE gástrico e
um com tumor no bulbo duodenal. Métodos: Revisão do caso
de três pacientes com TNE do trato digestivo alto tratados por
via endoscópica, revisando a literatura com especial enfoque na
terapia endoscópica. Resultados: Após a ressecção endoscópica
a análise histopatológica e por imunoistoquímica comprovaram
tratar-se de TNE, sem invasão local, os pacientes foram submetidos
à exames para descartar a presença de metástases e todos estão
em acompanhamento clínico e endoscópico, sem recidiva tumoral.
A ressecção endoscópica local é indicada para TNE gástrico <1
cm, devido a remota possibilidade de invasão linfonodal. Todavia,
para tumores >2 cm, especialmente os produtores de gastrina, a
ressecção cirúrgica com linfadenectomia regional é a estratégia mais
adequada. O prognóstico do TNE depende do tamanho, presença ou
ausência de metástase e do desenvolvimento de síndrome carcinoide.
Conclusão: Existe controvérsias sobre qual é o tratamento ideal dos
TNE. A ressecção endoscópica parece ser o tratamento de escolha
para os tumores <1 cm e o número < 3-5.
Tumor Neuroendócrino em Região
Periampular Duodenal em Paciente com
Diarreia e Emagrecimento
Temário: Gastroenterologia / Pâncreas e Vias Biliares
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
Autores / Nome para Referência / Instituição: CYNARA
FEUCHARD PINTO / PINTO, C.F. / UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE;
CRISTINE SOARES ENNE / ENNE, C.S. / UNIVERSIDADE FEDERAL
FLUMINENSE; DANIELLE SOUZA BARÃO DE AGUIAR / AGUIAR,
D.S.B. / UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE; HILTON GUEIROS
LEITÃO NETO / NETO, H.G.L. / UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE;
JORGE MUGAYAR FILHO / FILHO, J.M. / UNIVERSIDADE FEDERAL
FLUMINENSE; FERNANDA SOARES GOMES CANEDO / CANEDO, F.S.G.
/ UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE; ROSELENE ÁLVARES TEIXEIRA
LEAL / LEAL, R.A.T. / UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE; ÂNGELA
CRISTINA GOUVÊA CARVALHO / CARVALHO, A.C.G. / UNIVERSIDADE
FEDERAL FLUMINENSE.
Resumo
Introdução: As células neuroendócrinas estão presentes
pelo corpo todo,e as neoplasias desse tipo podem surgir
em qualquer sítio.Os tumores neuroendócrinos do trato
gastroenteropancreático são raros,apesar do aumento da
incidência nos últimos anos. Objetivo: Relatar o caso de um 315
paciente de 56 anos com tumor neuroendócrino. Material
e Método: Revisão de prontuário e revisão da literatura.
Relato do caso: JFV,56 anos, masculino, hipertenso,
internado com quadro de diarreia e perda ponderal de 10kg
em 3 meses, sem outras queixas. O laboratório mostrou
transaminases tocadas e enzimas de colestase aumentadas
em 10 vezes. Ultrassonografia de abdome evidenciou dilatação
de vias biliares intra e extra-hepáticas. Tomografia de abdome
mostrou pâncreas afilado, com Wirsung dilatado,tecido
hipodenso em terço distal de colédoco, tendo este 2,5cm e
compressão de duodeno. Videoduodenoscopia evidenciou
lesão vegetante e friável em papila duodenal, cuja biópsia
determinou carcinoma neuroendócrino bem diferenciado com
invasão vascular. Após 3 meses, o paciente foi submetido
à gastroduodenopancreatectomia e a biópsia confirmou o
diagnóstico de carcinoma neuroendócrino grau 2 em região
periampular duodenal. Dois meses após a cirurgia, o paciente
encontra-se assintomático. Conclusão: Apesar de neoplasias
raras, o número de casos de tumores neuroendócrinos vem
aumentando com o tempo e as apresentações clínicas podem
ser as mais variadas possíveis.
Tumor Sólido Pseudopapilar do Pâncreas
(Frantz’s): Relato de Caso
Temário: Cirurgia / Pâncreas
Autores / Nome para Referência / Instituição: FATIMA MARIA
EVANGELISTA CORREIA / CORREIA, FME / UNIFOR; FRANCISCO DE
ASSIS COSTA / COSTA, FA / HGF; EDENILCE EVANGELISTA CORREIA /
CORREIA, EE / HGF; DALGIMAR BESERRA DE MENEZES / MENEZES,
DB / HGF.

Resumo
Introdução: O tumor sólido pseudopapilar do pâncreas, descrito
originalmente por Frantz em 1959, é uma neoplasia rara, de
etiopatogenia desconhecida e de bom prognóstico, que acomete
principalmente mulheres jovens. Manifestam-se com dor em região
epigástrica e massas palpáveis, mas podem ser completamente
assintomáticos, apresentando baixo potencial de malignidade.
Objetivo: Relatar o caso de uma paciente com tumor de Frantz,
inicialmente diagnosticada e conduzida como pseudocisto pancreático,
ressaltando as modalidades diagnósticas e terapêuticas. Método:
Estudo descritivo, utilizando dados do arquivo médico do paciente
acompanhado em uma instituição terciária deste 2001. Resultado:
Paciente, sexo feminino, 24 anos, apresentava diagnóstico inicial de
pseudocisto pancreático, pós-pancreatite traumática. Submeteu-
se a duas intervenções cirúrgicas para derivação do pseudocisto, e
outra para ressecção da lesão. Realizado estudo histopatológico e
imunohistoquímica da peça, os quais concluíram trata-se de um tumor
sólido pseudo-papilar do pâncreas. Conclusão: O tumor de Frantz
é um diagnóstico diferencial de tumores císticos pancreáticos, o qual,
316 embora raro, deve ser sempre lembrado. A intervenção cirúrgica é o
melhor tratamento, sendo indicado em todos os casos, independente
do tamanho da lesão.
Úlcera Duodenal Perfurada em Pós-
Operatório Tardio de Bypass Gastro-
Jejunal: Relato de Caso
Temário: Cirurgia / Intestino Delgado
Autores / Nome para Referência / Instituição: RENATO RIBEIRO
DE ARAUJO PEREIRA / PEREIRA, RRA / GASTROMED; FERNANDO
RAMOS / RAMOS, F / GASTROMED; BRUNO ZILBERSTEIN / ZILBERSTEIN,
B / GASTROMED; MARNAY HELBO DE CARVALHO / CARVALHO, MH
/ GASTROMED; MAURICE YOUSSEF FRANCISS / FRANCISS, MY /
GASTROMED; JULIANA ABBUD FERREIRA / FERREIRA, JA / GASTROMED;
CELY MELO DA COSTA BUSSONS / BUSSONS, CMC / GASTROMED.
Resumo
Objetivo: Apresentar caso clínico de úlcera duodenal perfurada
em pós-operatório tardio de Bypass gastro-jejunal, elucidando
técnica utilizada para tratamento da mesma. A avaliação diagnóstica
no segmento acometido após tal cirurgia é extremamente restrita,
pela perda do acesso do endoscópio no duodeno e estômago
excluso. Métodos: Foi realizada laparoscopia diagnóstica na
paciente, evidenciando a úlcera perfurada e a mesma foi abordada
com sutura das bordas e sobreposição do omento. Resultados:
A abordagem por laparoscopia foi fundamental para a elucidação
diagnóstica e tratamento do problema, devendo ser considerada em
casos semelhantes. Conclusão: A úlcera no segmento excluso de
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
estômago e duodeno após bypass gastro-jejunal é uma afecção rara
e difícil diagnóstico. Pôde-se observar através deste caso clínico a
opção da laparoscopia diagnóstica e terapêutica como método a ser
considerado, pela eficácia apresentada.
Uso da Ciclosporina no Tratamento da
Retocolite Ulcerativa Grave – Disciplina
de Gastroenterologia da Universidade
Federal de São Paulo
Temário: Gastroenterologia / Intestino
Autores / Nome para Referência / Instituição: ANDRÉA
ELOY BAGNARIOLLI ACCURTI / ACCURTI,AEB / UNIFESP; SENDER
MISZPUTEN / MISZPUTEN,S / UNIFESP; ISLAINE MARTINS NOGUEIRA
/ NOGUEIRA,IM / UNIFESP.
Resumo
Introdução: Devido à morbidade da retocolite ulcerativa (RCU)
ao longo de sua evolução, é necessário conhecer seu padrão
comportamental e a eficácia do tratamento clínico, no sentido de
minimizar a indicação de colectomias, nas formas graves de sua
apresentação. Objetivo: Descrever os resultados com o uso da
ciclosporina (CsA) nos pacientes com RCU em fase de exacerbação,
acompanhados no ambulatório de intestino da Universidade Federal
de São Paulo (UNIFESP) comparando os resultados obtidos com os
descritos na literatura. Casuística: 10 pacientes, maiores de 16 anos,
de ambos os gêneros, com RCU em exacerbação. Métodos: Estudo
retrospectivo de doentes com RCU, que fizeram uso de CsA durante
exacerbação do quadro, no período de janeiro de 1998 a maio de
2011. Resultados: Dos 299 pacientes, 122(40,8%) necessitaram de
internação hospitalar em algum momento de sua evolução; 10(8,19%)
foram tratados com CsA durante exacerbação da inflamação. Todos
os pacientes (100%) responderam ao tratamento, evoluindo sem
necessidade de colectomia até o momento, com os seguintes
tempos de seguimento: 163 meses, 121 meses, 67 meses, 60 meses,
52 meses, 51 meses, 38 meses, 37 meses, 17 meses e 7meses.
Conclusão: A literatura tem referido que a ciclosporina, ainda que
seja eficaz no controle do quadro agudo grave da RCU, não evita, a
longo prazo, a indicação da colectomia. Em nossa casuística todos os
doentes, alguns com evolução acima de 5 anos, permanecem sem
necessidade da cirurgia.
Uso da Esofagostomia Mínima no
Tratamento Conservador da Perfuração
Esofágica
Temário: Cirurgia / Esôfago
Autores / Nome para Referência / Instituição: BRUNO
ZILBERSTEIN / ZILBERSTEIN, B / GASTROMED; MARNAY HELBO DE
CARVALHO / CARVALHO, MH / GASTROMED; RENATO RIBEIRO DE
ARAUJO PEREIRA / PEREIRA, RRA / GASTROMED; CELY MELO DA
COSTA BUSSONS / BUSSONS, CMC / GASTROMED; JULIANA ABBUD
FERREIRA / FERREIRA, JA / GASTROMED; MAURICE YOUSSEF FRANCISS
/ FRANCISS, MY / GASTROMED.
Resumo
Objetivo: A esofagostomia é método preconizado para desvio da
secreção salivar no tratamento das lesões esofágicas, implicando
porém na necessidade de transecção esofágica, e métodos de
reconstrução complexos. No sentido de evitar esses inconvenientes,
foi proposta a utilização da esofagostomia minima no tratamento da
ruptura da transição esofago-gástrica. Método: Caso 1 - Paciente
do sexo feminino, 73 anos, com perfuração esofágica no 7oPO
após hiatoplastia e fundoplicatura por hérnia hiatal recidivada. Caso
2 Paciente do sexo feminino, 26 anos, que evoluiu com vômitos no
6oPO de septação gástrica, e consequente ruptura esofágica. As duas
paciente foram submetidas a laparoscopia para limpeza e drenagem
da cavidade abdominal, com realização de jejunostomia no Caso
1 e gastrostomia no caso 2, associada a toracoscopia e drenagem
torácica, além da realização de esofagostomia minima, com sonda
de Foley n 20. São descritos os passos técnicos deste procedimento.
Resultados: As pacientes evoluiram bem, com reintrodução da
dieta oral entre o 60 e 90 dias de internação, tendo alta com 90 dias.
O seguimento de 3 meses demonstrou o fechamento completo da
fístula. Conclusão: A esofagostomia minima é método viável e de
facíl realização, que deve ser considerado no tratamento conservador
da perfurção esofágica.
Uso de Octreotide em Lactente com
Telangectasia Hemorrágica Hereditária
(Síndrome de Osler-Weber-Rendu)
Temário: Gastroenterologia / Gastropediatria
Autores / Nome para Referência / Instituição: RAQUEL
BORGES PINTO / PINTO RB / HCC HNSC; LIDIA MARIA ALANO
CARVALHO / CLMA / HCC HNSC; BEATRIZ JOHN DOS SANTOS /
SANTOS BJ / HCC HNSC; ANA REGINA LIMA RAMOS / RAMOS ARL
/ HCC HNSC; RAPHAELLA MIGLIAVACCA / MR / HCC HNSC;
CARLO FEDERICO CONCHIN / CCF / HCC HNSC; REGINA SUMIKO
WATANABE DI GESU / DI GESU RSW / HCC HNSC.
Resumo
Introdução: Telangectasia Hemorrágica Hereditária (HHT) é um
distúrbio vascular autossômico dominante raro e costuma ocorrer
em adultos. As manifestações clínicas mais comuns são epistaxe,
sangramento digestivo e anemia. Pode estar associada a malformações
arteriovenosas no cérebro, pulmões e fígado. Objetivos: Relatar um
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
caso grave de HHT com manifestações clínicas em lactente. Caso
clínico: menino, 1a8m, iniciou com hematoquezia aos 9m, sem
melhora após dieta hipoalergênica. Com 1 ano, iniciou com epistaxe
recorrente. Internou por anemia grave, recebendo várias transfusões.
Historia familiar de epistaxe. Investigação para coagulopatia: normal,
cintilografia (pesquisa de Meckel): sp. Colonoscopia: mucosa friável
e telangectasias difusas. Biópsias: colite crônica com eosinofilia.
EDA: em fundo, corpo e antro: inúmeras lesões circulares, diversos
tamanhos com vasos tortuosos. Biópsias: gastrite crônica moderada,
HP negativo. Endoscopia nasal: hemorragia difusa no septo e parede
lateral bilateral com vasos proeminentes. Realizada cauterização
química, tamponamento e uso EV de ác. tranexâmico com melhora
temporária. Devido à persistência do sangramento digestivo e nasal
e anemia grave, foi utilizado octreotide com melhora após 7 dias. Alta
com octreotite de liberação prolongada. Conclusões: Relatamos
um caso grave de HHT com manifestações clínicas no 1º ano de vida,
com malformações vasculares difusas em estômago e intestino que
apresentou boa evolução após uso de octreotide.
Uso de Prótese Autoexpansível no 317
Tratamento de Rotura Esofágica
provocada por Balão de Sengstaken-
Blakemore
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para Referência / Instituição: JOÃO PAULO
DE SOUZA PONTUAL / PONTUAL, JPS / IMIP PE; GUSTAVO CARNEIRO
LEÃO FILHO / LEÃO, GCF / IMIP PE; MARCOS PAULO MATTOS /
MATTOS, MP / IMIP PE; SUENIA TAVARES FRANÇA / FRANÇA, ST /
IMIP PE; THIAGO LIMA / LIMA, T / IMIP PE.
Resumo
OSS, sexo masc., 54 a, com história de hematêmese há 24h +
instabilidade hemodinâmica ao dar entrada no PS. Portador de DHC
secundária a etilismo crônico. EDA após estabilização hemodinâmica
evidenciou varizes esofágicas de grosso calibre com sangramento
em jato por ponto de rotura. Realizada ligadura elástica sem sucesso
no controle da hemorragia. Prosseguido com intubação orotraqueal +
colocação de balão de Sengstaken-Blakemore sob tração. Após 24h,
na retirada da sonda para controle endoscópico, o limite proximal do
balão esofágico encontrava-se no nariz. Suspeitou-se de migração
do balão gástrico. Uma laceração de espessura total da parede
esofágica foi identificada, estendendo-se de 28 a 36 cm da ADS.
Realizado TAC de tórax que evidenciou pequena quantidade de gás
no mediastino sem extravasamento de contraste oral. Leucograma =
32.100, uso de droga vasoativa em UTI. Optado por antibioticoterapia
+ colocação de prótese plástica autoexpansível totalmente recoberta
(Polyflex) sob radioscopia após marcação dos limites da lesão com
lipiodol. Procedimento sem intercorrências. Alta da UTI 7 dias após
a passagem da prótese. TAC evidenciava prótese bem posicionada

sem extravasamento de contraste. Pcte recebeu alta hospitalar com
boa aceitação alimentar após 3 semanas. Este relato soma-se ao
crescente número de publicações que vêm demonstrando o uso de
prótese totalmente recoberta como alternativa segura e minimamente
invasiva ao reparo cirúrgico de perfurações esofágicas.
Uso de Prótese Metálica Autoexpansível
como Paliação em Paciente com Câncer
do Esôfago, sob Controle Endoscópico
Transgastrostomia: Pode Dispensar a
Fluoroscopia?
Temário: Endoscopia / Miscelânea
Autores / Nome para Referência / Instituição: RODRIGO
ALBUQUERQUE CARREIRO / CARREIRO, RA / HOSPITAL MADRE TERESA-BELO
HORIZONTE/MG; PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA DA FACULDADE DE CIÊNCIAS
MÉDICAS DE MINAS GERAIS; WALTON ALBUQUERQUE / ALBUQUERQUE,
W / HOSPITAL MADRE TERESA-BELO HORIZONTE/MG; INSTITUTO ALFA DE
GASTROENTEROLOGIA-HC-UFMG; ROBERTO MOTTA PEREIRA / PEREIRA,
318
RM / HOSPITAL MADRE TERESA-BELO HORIZONTE/MG; RICARDO CASTEJON
NASCIMENTO / NASCIMENTO, RC / HOSPITAL MADRE TERESA-BELO
HORIZONTE/MG; RENATA FIGUEIREDO ROCHA / ROCHA, RF / HOSPITAL
MADRE TERESA-BELO HORIZONTE/MG; PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA DA
FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DE MINAS GERAIS.
Resumo
Introdução: O câncer de esôfago muitas vezes é diagnosticado
nas fases tardias, quando a cirurgia ou QT/RT não mais podem ser
realizadas ou já foram feitas sem sucesso. Objetivo: Relatar o uso
de prótese metálica em paciente portador de neoplasia maligna do
esôfago com quadro de disfagia acentuada, em uso de gastrostomia
há mais de 6 meses, usando a gastrostomia com via de acesso para
monitorar o posicionamento da prótese. Casuística e Método:
Paciente com diagnóstico de CCE do esôfago, Submetido à QT/RT,
evoluiu com estenose de esôfago e ficou com gastrostomia para
nutrição. Após dilatação mais significativa da estenose e biópsias
na área de laceração, comprovou-se a presença de câncer residual.
Realizou-se a colocação de prótese metálica autoexpansível,
sob controle endoscópico transgastrostomia e com fluoroscopia.
Observou-se que a fluoroscopia não teve contribuição adicional
neste caso. Resultado: Paciente tolerou dieta líquida completa no
pós operatório imediato, e dieta branda no 1º DPO, permanecendo
assintomático durante a internação. Conclusão: Em casos
selecionados de pacientes com câncer avançado de esôfago e com
indicação de colocação de prótese, quando houver a presença de
gastrostomia, pode-se dispensar a fluoroscopia e a dilatação do
esôfago, fazendo-se o controle da liberação da prótese apenas com
controle endoscópico, minimizando complicações da dilatação e o
radioscopia.
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
Uso de Próteses Metálicas Auto-
Expansíveis não Recobertas na Paliação
de Estenoses Malignas Antro-Pilóricas
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para Referência / Instituição: ARTHUR
ALENCAR ARRAIS DE SOUZA / DE SOUZA, AAA / HGCC; FABRÍCIO DE
SOUZA MARTINS / MARTINS,FS / HGCC; FRANCISCO SERGIO RANGEL
DE PAULA PESSOA / PESSSOA, FSRP / PROGASTRO,HGF; ADRIANO
CESAR COSTA CUNHA / CUNHA, ACC / PROGASTRO,HGCC; FRANCISCO
PAULO PONTE PRADO JÚNIOR / PRADO JÚNIOR, FPP / HGCC; JEANY
BORGES E SILVA RIBEIRO / RIBEIRO, JBS / HGCC; RICARDO RANGEL DE
PAULA PESSOA / PESSOA,RRP / PROGASTRO,HGCC.
Resumo
Endopróteses auto-expansíveis são dispositivos utilizados com
objetivo de restituir a patência da luz do Trato Gastrointestinal,
sendo consideradas ferramentas bem estabelecidas e minimamente
invasivas. Relato de Casos: Caso 1 - Paciente do sexo masculino,
44 anos, com adenocarcinoma gástrico em estágio avançado, em
tratamento paliativo com quimioterapia, com jejunostomia, evoluindo
com sintomas obstrutivos progressivos, sendo submetido à colocação
de prótese antroduodenal metálica não recoberta que desobstruiu o
lúmen gástrico, permitindo a ingesta de alimentos pastosos por via oral,
porém 5 meses após, evoluiu com novos sintomas obstrutivos, sendo
necessária aposição de nova prótese metálica autoexpansível não
recoberta antroduodenal sobre a anterior, com também com sucesso
técnico e clínico. Caso 2 - Paciente do sexo masculino, 70 anos, com
tumor de vias biliares e carcinomatose peritoneal, em tratamento
paliativo com quimioterapico, sendo Submetido à tratamento tanto
endoscópico quanto por radiológia intervencionista da obstrução
da via biliar, evoluindo com obstrução duodenal pelo tumor, sendo
colocada prótese enteral metálica não recoberta. Conclusões: A
utilização de endoprótese autoexpansível no tratamento de obstrução
maligna do TGI mostrou-se uma terapia paliativa segura, com
melhor custo-benefício, eficaz e com menores taxas de morbidade
e mortalidade.
Uso de Testes Não-Invasivos Para
Predição de Cirrose em Obesos Mórbidos
Portadores de Dhgna
Temário: Cirurgia / Obesidade
Autores / Nome para Referência / Instituição: MARCO
AURELIO SANTO / SANTO, MA / HOSPITAL DAS CLÍNICAS FMUSP;
ROBERTO DE CLEVA / CLEVA, R / HOSPITAL DAS CLÍNICAS FMUSP;
MILTON F. CRENITTE / CRENITTE, MF / HOSPITAL DAS CLÍNICAS
FMUSP; DANIEL RICCIOPPO / RICCIOPPO, D / HOSPITAL DAS CLÍNICAS
FMUSP; FLAVIO MASATO KAWAMOTO / KAWAMOTO, FM / HOSPITAL
DAS CLÍNICAS FMUSP; CAROLINE NARDI / NARDI, C / HOSPITAL DAS
CLÍNICAS FMUSP; RENATO JIMENEZ / JIMENEZ, R / HOSPITAL DAS
CLÍNICAS FMUSP; IVAN CECCONELLO / CECCONELLO, I / HOSPITAL
DAS CLÍNICAS - FMUSP.
Resumo
Objetivo: O objetivo do estudo é avaliar testes laboratoriais não-
invasivos para predição de cirrose hepática antes da cirurgia bariátrica
em pacientes obesos mórbidos (OM). Material: Foram avaliados
retrospectivamente os prontuários eletrônicos dos pacientes OM
submetidos à cirurgia bariátrica em nosso serviço no período de
dezembro de 2006 a dezembro de 2010. Metodologia: Foram
analisados dados de 268 pacientes, sendo avaliados os seguintes
parâmetros clínicos: idade, sexo, IMC e presença de comorbidades.
Exames laboratoriai avaliados: colesterol total e frações, triglicérides,
glicemia, insulinemia de jejum, enzimas hepáticas e coagulograma
completo. A partir dos dados obtidos, cinco testes não invasivos
foram avaliados: 1) AAR = AST/ALT; 2) Índice AP (soma do escores
de idade e plaquetas); 3) APRI = AST / Valor limite superior da
normalidade de AST x 100/Contagem de plaquetas (103 /mm3); 4)
CDS= soma do escore de contagem de plaquetas, do escore AST/
ALT, e do escore INR e 5) HALT-C = –5.56– (0.0089 x contagem de
plaquetas) + 1.26 x AST/ALT + 5.27 x INR. Resultados: A idade
média foi de 46 + 11 anos (variando de 22-66) com IMC médio de
46,6 + 5,5 kg/m2(36-62). Os média dos índices AAR, AP, APRI, CDS
E HALT-C foram respectivamente: 1,01 + 0,32; 2,62 + 1,51; 0,26 +
0,15; 3,54 + 0,21 e 0,67+ 1,6 Conclusão: O índice APRI foi o teste
não invasivo com valor preditivo positivo, e o mais adequado para
prever a ausência de cirrose no pré-operatório.
Uso do Infliximab no Tratamento
do Pioderma Gangrenoso
Temário: Gastroenterologia / Miscelânia
Autores / Nome para Referência / Instituição: VINÍCIUS
GONÇALVES SEABRA / SEABRA, VG / IPSEMG; GUILHERME SANTIAGO
MENDES / MENDES, GS / IPSEMG; JOSÉ MAURO MESSIAS FRANCO
/ FRANCO, JMM / IPSEMG; ALESSANDRA MENDES / MENDES, A
/ IPSEMG; DÉBORA LANGONI / LANGONI, D / IPSEMG; LUCIANA
OLIVEIRA / OLIVEIRA, L / IPSEMG.
Resumo
O Pioderma Gangrenoso (PG) é uma dermatose neutrofílica
rara, de etiologia e patogênese incertas e tem associação com
doenças sistêmicas em mais de 50% dos casos. Pode ocorrer
após trauma ou injúria tecidual, especialmente por procedimentos
cirúrgicos, levando à formação de uma grande úlcera que
progride rapidamente. Relata-se aqui o caso de M.R.S, 65 anos,
portador de Doença de Crohn(DC), assintomático há 20 anos e
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
com manifestação de PG há 15 anos após retirada de uma lesão
dermatológica no dorso. Submetido, recentemente, à herniorrafia,
evoluiu no pós operatório com a formação de grandes úlceras
nos sítios das incisões cirúrgicas que tiveram aumento rápido
e progressivo. Estas feridas apresentavam inflamação intensa e
bordas necróticas, além de dor de forte intensidade e necessidade
de altas doses de opióide venoso para aliviá-la. Não houve
resposta à terapia inicial com corticóide venoso, antimicrobianos
e cuidados locais com as feridas. O paciente somente apresentou
melhora após pulsoterapia com metilprednisolona, seguida de
tratamento com imunossupressor e biológico. Houve melhora
progressiva da dor e cicatrização das ulceras. O infliximab foi
suspenso após doze meses e o tratamento de manutenção
está sendo realizado com a azatioprina. Em nenhum momento
houve sinais de atividade inflamatória intestinal da DC. O caso é
destacado pela raridade, gravidade e atesta a possibilidade de
uso do tratamento biológico associado ao imunossupressor no
tratamento do PG.
Utilização da Elastase Fecal como 319
Parâmetro para a Avaliação da Função
Pancreática Exócrina
Temário: Gastroenterologia / Pâncreas e Vias Biliares
Autores / Nome para Referência / Instituição: GUSTAVO ANDRÉ
SILVA LIMA / LIMA, GA / USP; MARIANGES ZADROZNY GOUVÊA DA
COSTA / DA COSTA, MZ / USP; REJANE MATTAR / MATTAR, R / USP;
JOYCE MATIE KINOSHITA DA SILVA / DA SILVA, JM / USP; CIBELE
APARECIDA VILLARES / VILLARES, CA / USP; GUILHERME EDUARDO
GONÇALVES FELGA / FELGA, GE / USP; DULCE REIS GUARITA /
GUARITA, DR / USP; FLAIR JOSÉ CARRILHO / CARRILHO, FJ / USP.
Resumo
Introdução: Estudos têm demonstrado que a elastase, sintetizada
pelas células acinares do pâncreas e eliminada intacta pelas fezes,
tem indicado insuficiência pancreática exócrina, quando diminuída
nas fezes. Objetivo: Determinar o valor da elastase fecal na avaliação
da insuficiência pancreática exócrina. Casuística: 80 pacientes,
sendo 43 com pancreatite crônica confirmada por exame de
imagem, 33 controles ex-etilistas sem sintomas clínicos ou alterações
nos exames de imagem e 4 excluídos. Todos assinaram o Termo
de Consentimento Livre e Esclarecido para participar do estudo.
Método: A quantificação foi realizada com kit Pancreatic elastase
1 (Schebo, Alemanha), doado pela Alka Tecnologia em Diagnósticos
(São Paulo). Foram considerados normais níveis superiores a 200µg/g
de fezes; insuficiência leve ou moderada do pâncreas exócrino,
os valores entre 100 e 200µg/g de fezes; insuficiência intensa
do pâncreas exócrino, os valores inferiores a 100 µg/g de fezes.
Resultados: Os níveis de elastase fecal não se associaram com a
etiologia da pancreatite (álcool, idiopática, fibrose cística, autoimune
 A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO

e pâncreas divisum). Os níveis de elastase fecal foram >
200µg em 28 (84,8%) controles e em 22 (51,2%) pacientes, e
< 100 µg em 04 (12,1%) controles e em 20 (46,5%) pacientes,
p<0,005. Conclusão: O nível de elastase fecal está diminuído
nos pacientes com doença pancreática crônica, podendo ser
um indicador de insuficiência exócrina.
Utilização de Probe Transvaginal para
Ultrassonografia Intraoperatória em
Hepatectomias Laparoscópicas
Temário: Cirurgia / Fígado
Autores / Nome para Referência / Instituição: IVAN
ROBERTO BONOTTO ORSO / ORSO. IR / GASTROCLÍNICA CASCAVEL;
UNIVALDO ETSUO SAGAE / SAGAE, UE / GASTROCLÍNICA CASCAVEL;
HELIN MINORU MATSUMOTO / MATSUMOTO, HM / GASTROCLÍNICA
CASCAVEL; NILSON ZORTEA FERREIRA / FERREIRA, NZ / GASTROCLÍNICA
CASCAVEL; MAURO WILLEMANN BONATTO / BONATTO, MW /
GASTROCLÍNICA CASCAVEL; TOMAZ MASSAYUKI TANAKA / TANAKA,
320 TM / GASTROCLÍNICA CASCAVEL; CARLOS ALBERTO DE CARVALHO
/ CARVALHO, CA / GASTROCLÍNICA CASCAVEL; RICARDO SHIGUEO
TSUCHIYA / TSUCHIYA, R / GASTROCLÍNICA CASCAVEL.
Utilização do Estômago Excluso para
Confecção de Válvula Antirrefluxo em
Paciente com Fundoplicatura Prévia
Temário: Cirurgia / Obesidade
Autores / Nome para Referência / Instituição: ALCIDES JOSÉ
BRANCO FILHO / BRANCO, AJ / SANTA CASA DE CURITIBA; LUIS SÉRGIO
NASSIF / NASSIF, LS / SANTA CASA DE CURITIBA; JOÃO ANTONIO
SCHEMBERK JR. / SCHEMBERK, JA / SANTA CASA DE CURITIBA; LUIS
FELIPE PERRIN OLIVEIRA / OLIVEIRA, LFP / SANTA CASA DE CURITIBA;
DANIEL EMILIO DALLEDONE SIQUEIRA / SIQUEIRA, DED / SANTA CASA
DE CURITIBA; ALINE MORAES MENACHO / MENACHO, AM / SANTA
CASA DE CURITIBA; LEONARDO SATO / SATO, L / SANTA CASA DE
CURITIBA; ANDRÉ GUBERT WEISS / WEISS, AG / SANTA CASA DE
CURITIBA; ALCIDES JOSÉ BRANCO FILHO / BRANCO, AJ / SANTA CASA
DE CURITIBA; LUIS SÉRGIO NASSIF / NASSIF, LS / SANTA CASA DE
CURITIBA; JOÃO ANTONIO SCHEMBERK JR. / SCHEMBERK, JA / SANTA
CASA DE CURITIBA; LUIS FELIPE PERRIN OLIVEIRA / OLIVEIRA, LFP
/ SANTA CASA DE CURITIBA; DANIEL EMILIO DALLEDONE SIQUEIRA
/ SIQUEIRA, DED / SANTA CASA DE CURITIBA; ALINE MORAES
MENACHO / MENACHO, AM / SANTA CASA DE CURITIBA; LEONARDO
SATO / SATO, L / SANTA CASA DE CURITIBA; ANDRÉ GUBERT WEISS /
WEISS, AG / SANTA CASA DE CURITIBA.

Resumo Resumo
No tratamento das metástases hepáticas de tumores
Introdução: Sabe-se que a obesidade isoladamente é um
coloretais a realização de ultrassonografia intra-operatória
grande fator de risco para disfunções esôfago-gástricas. Porém
é imprescindível. O ultrasom visa a identificação de lesões
a realização de gastroplastia isoladamente para quadros de
sincrônicas, não diagnosticadas por outros métodos, além de
obesidade mostra-se benéfica na redução dos quadros de refluxo.
avaliar a relação destas lesões com os vasos hepáticos. Nas
Existe controvérsia na literatura do real benefício em pacientes com
hepatectomias minimamente invasivas, a indisponibilidade dos
esofagite severa ou outras complicações, podendo-se optar por
caros dispositivos laparoscópicos de ultrassonografia, deixava
outras técnicas. Objetivo: Demonstrar um vídeo da realização de
como alternativa a realização desta avaliação através de uma
uma GRYR por quadro de obesidade em paciente com esofagite
incisão abdominal subcostal ou mediana supraumbilical,
severa com história de fundoplicatura prévia. Materiais:
utilizando probe ultrasonográfico convencional. Isto aumenta
Paciente feminino, 42 anos, com história de obesidade mórbida,
a morbidade e prejudica a estética. Com a utilização do probe
com IMC=43,4, com comorbidades associadas como DRGE,
de ultrassonografia transvaginal, é possível avaliar todo o
esteatose hepática e hipertensão arterial sistêmica, foi submetida
fígado através de incisões de 15 mm. Objetivo: Demonstrar
há 4 anos a fundoplicatura a Nissen. Durante evolução do
a técnica de ultrassonografia intraoperatória utilizando probe
quadro clínico devido a insucesso ao tratamento para obesidade
de ultrassonografia transvaginal, para avaliação de lesões
mórbida, optado pela realização de gastroplastia redutora em Y
sincrônicas durante hepatectomias laparoscópicas. Método:
de Roux. Procedeu-se com realização da desconfecção da válvula
Vídeo editado demonstrando a técnica. Discussão:
antirrefluxo, seguido pelo grampeamento gástrico na posição
A indisponibilidade dos dispositivos laparoscópicos de
usual e posterior reconfecção da válvula antirrefluxo utilizando-
ultrassonografia, muitas vezes inviabiliza a ressecção
se o estômago excluso. Conclusão: A opção pela realização
minimamente invasiva das metástases coloretais. Com a
de uma nova fundoplicatura utilizando-se o estômago excluso
utilização do probe transvaginal é possível avaliar todo o fígado
é um método factível. Tendo-se em vista que diversos pacientes
através de pequenas incisões, evitando a necessidade de uma
podem persistir no pós-operatório de gastroplastia com quadro
incisão alta e permitindo a retirada do espécime cirúrgico por
de refluxo gastro-esofágico importante ou serem portadores
incisões suprapúbicas ou por orifícios naturais, com menor
de comorbidades tais como: short barrett com necessidade de
morbidade e melhor resultado estético.
método antirrefluxo.

GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334

Úlcera Bizarra e Deformante do
Estômago: Relato de Caso de Doença de
Crohn Gastroduodenal
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para Referência / Instituição: THIAGO N. DE
SABOIA MONT’ ALVERNE / MONT‘ALVERNE,TNS / SERVIÇO DE ENDOSCOPIA
GASTROINTESTINAL DO HCFMUSP; MARCELO MAGNO DE FREITAS SOUSA /
SOUSA,MMF / SERVIÇO DE ENDOSCOPIA GASTROINTESTINAL DO HCFMUSP;
FRED OLAVO ARAGÃO CARNEIRO / CARNEIRO,FOA / SERVIÇO DE ENDOSCOPIA
GASTROINTESTINAL DO HCFMUSP; ELISA RYOKA BABA / BABA,ER / SERVIÇO
DE ENDOSCOPIA GASTROINTESTINAL DO HCFMUSP; HUMBERTO SETSUO KISHI
/ KISHI,HS / DISCIPLINA DE PATOLOGIA FMUSP; EVERSON LUIZ DE ALMEIDA
ARTIFON / ARTIFON,ELA / SERVIÇO DE ENDOSCOPIA GASTROINTESTINAL DO
HCFMUSP; ADRIANA SAFATLE-RIBEIRO / SAFATLE-RIBEIRO,A / SERVIÇO DE
ENDOSCOPIA GASTROINTESTINAL DO HCFMUSP; PAULO SAKAI / SAKAI,P /
SERVIÇO DE ENDOSCOPIA GASTROINTESTINAL DO HCFMUSP.
Resumo
Introdução: A doença de Crohn é uma afecção crônica, de
etiologia indefinida, caracterizada por um processo inflamatório
transmural que pode acometer todo o trato gastrointestinal,
principalmente íleo terminal e cólon. O acometimento gastro-
duodenal é pouco frequente, podendo manifestar-se, do ponto
de vista endoscópico, nas mais variadas formas. Objetivo:
Apresentar aspectos clínicos, endoscópicos e histológicos da
doença em trato digestório alto. Caso clínico: Paciente de sexo
feminino, 63 anos, portadora de doença de Crohn intestinal
diagnosticada há 9 anos, sem acompanhamento adequado, com
queixas dispépticas e antecedente de úlcera gástrica crônica.
A endoscopia digestiva alta revelou úlcera crônica bizarra e
deformante, longitudinal e de grandes proporções, que se estendia
desde a transição corpo-antro gástrico até bulbo duodenal. Dados
de prontuário mostraram persistência da lesão por, pelo menos,
6 anos. Todos os estudos anatomopatológicos evidenciaram
somente alterações inflamatórias inespecíficas. Discussão/
Conclusão: O diagnóstico de Crohn gastroduodenal pode ser
dado pelos achados endoscópicos e/ou radiológicos sugestivos.
A presença do granuloma epitelióide não caseoso à histologia,
classicamente varia entre 7 e 22 % dos casos. O reconhecimento
de manifestações gástricas e duodenais pela doença de Crohn,
diante do vasto diagnóstico diferencial, permite uma abordagem
médica (medicamentosa, cirúrgica ou endoscópica), com
melhoria clínica significativa do paciente.
Úlcera Gástrica com Corpos Apoptóticos:
Efeitos Adversos Associados ao uso
de Imunossupressor (Micofenolato) –
Relato de Caso
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para Referência / Instituição: MARCELO MAGNO
DEFREITAS SOUSA / SOUSA, MMF; CARLA CRISTINA GUSMON / GUSMON,
CC; ELISA RYOKA BABA / BABA, ER; HUMBERTO SETSUO KISHI / KISHI, HS;
ROBSON KIYOSHI ISHIDA / ISHIDA, RK; EDUARDO GUIMARÃES HOURNEAUX DE
MOURA / MOURA, EGH; PAULO SAKAI / SAKAI, P / USP.
Resumo
Introdução: Apoptose, conhecida como morte celular pro-
gramada, ocorre de forma ordenada, diferentemente da necrose.
Está relacionada com manutenção da homeostase e regulação
fisiológica dos tecidos, mas pode também ser causada por estímulo
patológico lesivo ao DNA por ação radiativa, viral ou química
(no caso, imunossupressor). Objetivo: Apresentar aspectos
endoscópicos e histológicos das lesões secundárias ao uso de
micofenolato. Relato de caso: Paciente feminina, 29 anos, no
pós-operatório de transplante hepático, em uso de micofenolato
1440 mg/dia, evoluiu com epigastralgia. Foi submetida à endoscopia
digestiva alta (EDA), que evidenciou lesão ulcerada gástrica, de 15
321
mm, fundo fibrinoso com hematina. As biópsias mostraram gastrite
com corpos apoptóticos, compatíveis com uso de micofenolato.
Pesquisa de agentes oportunistas e H. pylori negativa. Reduziu-se
então a dose para 720 mg/dia. A paciente permaneceu assintomática
e nova EDA 6 meses após evidenciou cicatrização completa das
lesões. Discussão/Conclusão: Micofenolato é imunossupressor
inibidor de proliferação linfocitária. Os efeitos adversos mais
graves são úlceras gastroduodenais secundárias à irritação local,
efeitos pró-inflamatórios, toxicidade gástrica específica e maior
susceptibilidade a infecções. Seu diagnóstico adequado permite
condução terapêutica mais segura, com controle das complicações
após ajuste da medicação. Por outro lado, esta redução traz risco de
reativação ou rejeição de enxerto.
Úlceras Gastroduodenais,
uma Complicação Rara após a
Quimioembolização Transarterial do
Carcinoma Hepatocelular: Relato de
2 Casos
Temário: Gastroenterologia / Fígado
Autores / Nome para Referência / Instituição: ARI BEN-HUR
STEFANI LEÃO / LEÃO, AB / HSL PUCRS; CARINE LEITE / LEITE,
C / HSL PUCRS; CARLOS KUPSKI / KUPSKI, C / HSL PUCRS;
GABRIEL STEFANI LEÃO / LEÃO, GS / UNISUL.
Resumo
Introdução: O carcinoma hepatocelular (CHC) apresenta
crescente incidência devido à adesão a programas de rastreamento

em cirróticos. Dentre as terapêuticas locais, a quimioembolização
transarterial (TACE) é um procedimento com raras complicações,
potencialmente graves, tal como descrevemos a seguir. Relato
dos Casos: Caso 1: Masculino, 62 anos, portador de CHC
de 4,3 cm, foi submetido à TACE seletiva com doxorrubicina, 2
dias após o procedimento iniciou com epigastralgia intensa com
piora progressiva. Realizada endoscopia digestiva alta (EDA),
evidenciando-se duas úlceras antrais e uma duodenal, todas em
fase ativa. Caso 2: Masculino, 58 anos, CHC múltiplo (5,3 e 4,2
cm) submetido ao mesmo procedimento do caso anterior. Após
dez dias procura atendimento por episódios hematêmese, foi
submetido à EDA que evidenciou uma úlcera duodenal Forrest III.
Conclusão: A doença ulcerosa tem sido relatada em 0,5% dos
pacientes submetidos à TACE. Sendo mais comum em pacientes
com baixa reserva hepática. Acredita-se que a embolização para as
artérias gastroduodenal e gástricas durante a inserção do cateter
no tronco celíaco ou o efeito tóxico do quimioterápico sejam as
causas da complicação. Dor abdominal é um sintoma inerente
ao procedimento, mas geralmente autolimitada. A importância de
conhecer o evento adverso relatado é o diagnóstico diferencial
de causas de dor abdominal persistente pós TACE, incluindo em
322
casos selecionados a EDA para investigação.
Variabilidade dos Achados Endoscópicos
em Pacientes com Investigação de
Dispepsia Atendidos pelo Grupo
Integrado de Videoendoscopia – Período
de Fevereiro de 2009 a Julho de 2011
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para Referência / Instituição: DIOGO
HENRIQUE SALIBA DE SOUZA / SOUZA, DHS / HOSPITAL UROLÓGICO
DE GOIÂNIA; MIRELA REBOUÇAS FERNANDES DE LIMA / LIMA, MRF
/ HOSPITAL UROLÓGICO DE GOIÂNIA; LARISSA FERNANDES MAIA
BARBOSA / BARBOSA, LFM / HOSPITAL UROLÓGICO DE GOIÂNIA;
LUCIANA MORELLI CALDEIRA / CALDEIRA, LM / HOSPITAL UROLÓGICO
DE GOIÂNIA; JARBAS JABOUR BITTAR NETO / BITTAR NETO, JJ /
HOSPITAL UROLÓGICO DE GOIÂNIA; LAURENCE AMORIM CANEDO
GONÇALVES / GONÇALVES, LAC / HOSPITAL UROLÓGICO DE GOIÂNIA;
MARCUS TULIUS DE BRITO LEMES SOUSA / SOUSA, MTBL / HOSPITAL
UROLÓGICO DE GOIÂNIA; MARCUS VINICIUS RIBEIRO FERNANDES /
FERNANDES, MVR / HOSPITAL UROLÓGICO DE GOIÂNIA.
Resumo
Introdução: Atualmente a dispepsia apresenta uma prevalência
variável entre 12,0% e 45,0%, e é responsável por 2,0% a 4,0% das
consultas médicas. Objetivo: Avaliar a prevalência de achados
endoscópicos em pacientes, que apresentavam dispepsia segundo
indicação no pedido médico, encaminhados ao Grupo Integrado
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
de Vídeo-Endoscopia (GIVE), no Hospital Urológico, em Goiânia/
GO, durante o período de fevereiro de 2009 a julho de 2011.
Metodologia: Estudo descritivo, retrospectivo, transversal,
composto por 1432 laudos endoscópicos de pacientes submetidos
à endoscopia digestiva alta (EDA) pelo GIVE, no período de 2 anos
e 5 meses, com dispepsia segundo médico assistente. Resultados:
Foram avaliados 1432 laudos endoscópicos, sendo 67% do sexo
feminino e 33%, masculino, e a maioria entre 30 e 50 anos. Alterações
endoscópicas foram encontradas em 89,6% dos casos e o diagnóstico
mais prevalente foi gastrite enantematosa (62%). A gastrite erosiva
(18,2%) e a doença ulcerosa péptica (6,3%) foram mais prevalentes
no sexo masculino (22,7% e 8%, respectivamente). Alterações
esofágicas estiveram presentes em 47% dos casos, sendo esofagite
erosiva (22,3%) e hérnia de hiato (18,3%) as mais prevalentes. A
endoscopia foi normal em 10,4% dos casos e predominou entre 10 e
30 anos. Conclusão: A demonstração da prevalência significativa de
alterações endoscópicas nos laudos revisados, em todas as idades,
com relato de dispepsia, sugere que a EDA é um arsenal diagnóstico
a ser considerado.
Varizes Downhill: Causa Rara de
Hemorragia Digestiva
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para Referência / Instituição: SINNARA
SOUZA LISBOA / LISBOA, SS / UNICAMP; ALEXANDRE KHODR FURTADO
/ FURTADO, AK / UNICAMP; FABIO GUERRAZZI / GUERRAZZI, F /
UNICAMP; JOSÉ OLYMPIO MEIRELLES DOS SANTOS / SANTOS, JOM
/ UNICAMP; CRISTIANE KIBUNE NAGASAKO / NAGASAKO, CK /
UNICAMP; MARIA DE FÁTIMA C. P. SERVIDONI / SERVIDONI, MFCP /
UNICAMP; MARINA DA SILVEIRA BOSSI / BOSSI, MS / UNICAMP; JULIA
CADRDOSO VAZ DIAS / DIAS, JCV / UNICAMP.
Resumo
Introdução: A obstrução ao fluxo venoso na veia cava superior (VCS),
com consequente aumento da pressão nesta veia e de suas tributárias,
resulta na formação de varizes esofágicas (VE) em terços superior e
médio, chamadas de downhill. O sangramento destas varizes é grave
e a taxa de complicações e recidiva com o tratamento endoscópico é
alta. Objetivo: Relatar um caso de hemorragia digestiva por varizes
de downhill. Relato de caso: Paciente do sexo masculino, 53 anos,
com antecedente de insuficiência renal crônica e trombose bilateral
de veias subclávias. Admitido por quadro de hematêmese volumosa.
Foi Submetido à endoscopia digestiva alta, que evidenciou VE
restritas aos terços superior e médio, de grosso calibre, com tampão
plaquetário. Realizada ligadura elástica, com controle adequado do
sangramento agudo. Durante a investigação, os exames laboratoriais
mostraram função hepática preservada e ultrassonografia hepática
com estudo Doppler normal. A angiotomografia de tórax e abdome
evidenciou obstrução ao fluxo na VCS. Paciente foi encaminhado para
colocação de stent vascular na VCS. Conclusão: Apesar de rara,
a hipótese diagnóstica de varizes downhill deve ser levantada nos
casos de VE restritas ao esôfago médio e superior em pacientes com
função hepática normal. O sangramento agudo pode ser controlado
com o tratamento endoscópico, porém o tratamento definitivo deve
ser o reestabelecimento do fluxo na VCS.
Varizes Jejunais como Causa de
Hemorragia Digestiva Alta: Relato de
Caso e Revisão Bibliográfica
Temário: Cirurgia / Intestino Delgado
Autores / Nome para Referência / Instituição: ADRIANA LUCIA
MORAIS SERRA / SERRA, AL / CHM; ALEXANDRE DELL‘ AQUILA / DELL‘
AQUILA, A / CHM; MARIANA ALMEIDA SALEME DO VALLE / VALLE, MS
/ CHM; LUCIANO MACHADO PEREIRA / PEREIRA, LM / CHM; ARNALDO
PEREIRA SANTOS DE MORAES / MORAES, AP / CHM; RAISA MEDEIROS
/ MEDEIROS, R / CHM; MAURICIO ANDRADE AZEVEDO / AZEVEDO,
MA / CHM; LUIZ CLAUDIO LANDOLFI PEREIRA / PEREIRA, LC / CHM;
ALEXANDRE DELL‘ AQUILA / DELL‘ AQUILA,A / CHM; MARIANA ALMEIDA
SALEME DO VALLE / VALLE, MS / CHM; ARLLETE JEAN ABDO PEREIRA /
PEREIRA, AJ / HNJ; MAURICIO ANDRADE AZEVEDO / AZEVEDO, MA /
HNJ; LUIZ CLAUDIO LANDOLFI PEREIRA / PEREIRA, LC / HNJ.
Resumo
Introdução: Varizes esofagogástricas são manifestações comuns
da hipertensão portal, podendo induzir o aparecimento de varizes
ectópicas do sistema digestório. A incidência destas varizes é baixa
e têm mortalidade alta. Objetivo: Relatar caso de hemorragia
digestiva de origem jejunal. Resultados: Paciente masculino,
62anos, apresentando melena há 4 dias, com repercussão
hemodinâmica leve. Exames de imagem: EDA-gastrite erosiva sem
sinais de hemorragia. Colonoscopia-telangectasias em sigmoide sem
sinais de sangramento.Arteriografia-suspeitou que sangramento
fosse de telangectasias do sigmoide,realizado embolização. Evoluiu
instabilidade hemodinâmica optado por enteroscopia: varizes
jejunais à 40 com do Treitz, extendendo-se por 50 cm, com sinais
de sangramento recente.Paciente evoluiu com isquemia de cólon
esquerdo devido à embolização mais perfuração.Submetido à
retossigmoidectomia a Hartman e ressecção de segmento jejunal,
evoluindo a óbito. Conclusão: O conhecimento do sistema
vascular é importante para estabelecer diagnóstico e planejamento
terapêutico.A arteriografia é útil para a localização das lesões em
50% dos casos. Cápsula endoscópica e enteroscopia com duplo
balão vem tido grande valia no diagnóstico e tratamento precoce.
O tratamento cirúrgico se baseia em enterectomia do segmento
contido por varizes. Apesar da baixa prevalência devemos ter em
mente hemorragia por varizes de jejuno como um diagnóstico
diferencial dentre as hemorragias digestivas.
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
Vesícula Escleroatrófica - Relato de Caso
Temário: Gastroenterologia / Miscelânia
Autores / Nome para Referência / Instituição: ANDREZA
GAUTERIO CAVALCANTI / CAVALCANTI, AG; TOBIAS SKREBSKY DE
ALMEIDA / ALMEIDA, TS; NATHALIE BELLÓ / BELLO,N; EDSON PICCOLI
/ PICCOLI, E; FRANCISCO MACHADO / MACHADO, F; SILVANA SARTORI
BALBINOT / BALBINOT, SS; STELA MARINI / MARINI, S.; RAUL
ANGELO BALBINOT / BALBINOT, RA / UCS.
Resumo
Introdução: A vesícula escleroatrófica é consequência de
episódios repetidos de inflamação com fibroplasia cicatricial
exuberante. Redução de volume, paredes espessadas e
calcificações são características desta patologia. Relato
de caso: Paciente de 66 anos, masculino, relata prurido e
icterícia intermitente associado a colúria e acolia. À TC, vesícula
distendida, de paredes espessadas (5 mm) com conteúdo
homogêneo. Apresentava aumento de enzimas hepáticas e
CA19-9. Realizado colangiorressonância que observou vesícula 323
biliar de paredes espessadas e heterogênea, sem sinais de líquido
perivesicular, compatível com vesícula escleroatrófica. Também
havia dois cálculos no interior do colédoco intrapancreático com
5 e 3 mm. Realizada CPER e colecistectomia. Discussão: A
colecistectomia é o único tratamento definitvo para a colelitíase e
é indicada para a maioria dos pacientes sintomáticos. A cirurgia
profilática para pacientes assintomáticos é reservada para casos
de suspeita de malignidade, na colelitíase assintomática com
coledocolitíase, na doença hemolítica crônica e nos candidatos
a transplante de órgãos. A vesícula escleroatrófica, pelo risco de
malignidade, tem esta indicação. Se a colecistite for excluída, a
principal causa de dificuldade operatória por via laparoscópica
é a vesícula escleroatrófica. Em casos de inflamação, atrofia e
fibrose da vesícula biliar ocorre adesões entre o órgão e o fígado,
dificultando a identificação do triângulo de Calot.
Videofluoroscopia da Deglutição –
Experiência do HUCFF – UFRJ
Temário: Motilidade / Motilidade digestiva
Autores / Nome para Referência / Instituição: LUIZ JOÃO
ABRAHÃO JR / ABRAHÃO JR, LA; LORENA MONTEIRO / MONTEIRO,
L; EPONINA MARIA DE OLIVEIRA LEMME / LEMME, EMO; MILTON M
BARBOSA / BARBOSA, MM / UFRJ.
Resumo
Introdução: Disfagia orofaríngea(DOF) é um sintomas que acarreta
elevada morbidade e perda de qualidade de vida. Objetivos:

Descrever os dados demográficos, indicações, doenças associadas
e principais achados dos pacientes submetidos à VFD no HUCFF-
UFRJ. Pacientes e Métodos: DOF encaminhados ao laboratório
de motilidade esofagiana, foram submetidos à avaliação clínica e VFD.
A VFD foi realizada com o paciente sentado com cinco deglutições
de sulfato de bário a 100%(Bariogel, Cristália) em incidencia lateral
e AP. Resultados: 46 pacientes foram estudados, sendo incluídos
apenas 26 pacientes. Média de idade=66+4,8 anos, predomínio de
mulheres(61%). Exame normal em dois(8%) pacientes. Todos os
pacientes queixavam-se de DOF, associada a AVE em 5(19,2%), a
miopatias em 5(19,2%) a acalasia, anemia perniciosa, traqueostomia,
fundoplicatura e pós-perfuração esofágica em 1 cada(4%) e em 11
não haviam doenças associadas(42,3%). As principais alterações
encontradas foram: perda de dentes 21(80,8%) escape intra-oral
15(57,7%) ejeção lingual ruim 6(23,1%) escape palatal 1(3,8%)
Penetração para via aérea 4(15,4%) aspiração para via aérea 3(11,5%)
presença de resíduo pós deglutição 17(65,4%) incoordenação
faringe-EES 6(23,1%) levação/anteriorização ruim 7(26,9%) presença
de barra faríngea.2(7,7%) Conclusão: DOF se associou a alterações
na VFD na maioria dos casos estudados. As alterações orais (perda
de dentes e organização oral ruim) foram as mais prevalentes.
324
Vídeo Correção de Hérnia de Trocater de
12mm Pós-Cirurgia Bariátrica
Temário: Cirurgia / Miscelânia
Autores / Nome para Referência / Instituição: ALCIDES
JOSÉ BRANCO FILHO / BRANCO, A.J.; JOÃO ANTONIO SCHEMBERK JR.
/ SCHEMBERK, JA; LUÍS SÉRGIO NASSIF / NASSIF, LS; LUIS FELIPE
PERRIN OLIVEIRA / OLIVEIRA, LFP; DANIEL EMILIO DALLEDONE SIQUEIRA
/ SIQUEIRA, DED; ALINE MORAES MENACHO / MENACHO, AM; MEL
LIMA SCHMIN / SCHMIN, ML; ANDRÉ GUBERT WEISS / WEISS, AG /
SANTA CASA DE CURITIBA.
Resumo
Introdução: A obesidade mórbida é uma doença associada
a diversas comorbidades, sendo de difícil manejo clínico,
necessitando de amplo acompanhamento especializado. Os
pacientes obesos mórbidos quando submetidos à procedimentos
cirúrgicos apresentam um risco elevado de complicações
relacionadas a doenças da parede abdominal. Objetivo:
Demonstrar um vídeo de correção de hérnia incisional em punção
de trocater de 12 mm pós duodenal switch. Método: Paciente
feminino, 44 anos, obesidade mórbida refratária a tratamento
clínico, IMC= 58, peso estável há mais de 10 anos, com hipertensão
arterial sistêmica, dislipidemia, diabetes mellitus e artropatia de
joelho. Foi submetida à protocolo específico do serviço, sendo
optado pela realização de duodenal switch videolaparoscópico.
Após 6 meses do procedimento iniciou com aumento de volume
no local da punção do trocater de 12 mm. Programada cirurgia
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
de colecistectomia videolaparoscópica, 2 anos após gastroplastia,
realizou-se a correção da hérnia incisional. Conclusão: A
sistematização da realização do fechamento das punções dos
trocateres é uma opção plausível, sendo relatado na literatura
mundial diferentes técnicas. Com isso evita-se a necessidade de
novos procedimentos para correção de hérnias incisionais, bem
como, evitam aumento da morbidade em outros procedimentos
cirúrgicos.
Vídeo Diagnóstico Colonoscópico
de Teníase
Temário: Endoscopia / Colonoscopia
Autores / Nome para Referência / Instituição: DIOGO OLIVEIRA
CHAVES / CHAVES, DO / SUPREMA; GABRIELA CUMANI TOLEDO /
TOLEDO, GC / SUPREMA; MARÍLIA BORBOREMA AGUIAR / AGUIAR,MB
/ SUPREMA; LUIZ CARLOS BERTGES / BERTGES, LC / SUPREMA; KLAUS
RUBACK BERTGES / BERTGES, KR / SUPREMA.
Resumo
Introdução: A colonoscopia é atualmente um dos mais
importantes exames complementares tanto para o diagnóstico,
quanto para o tratamento de diversas afecções colorretais. As
parasitoses intestinais são extremamente, comuns e endêmicas em
algumas regiões do Brasil. Os exames endoscópicos geralmente,
não fazem parte da propedêutica diagnostica das verminoses
intestinais. A literatura tem escassez de trabalhos publicados
no que diz respeito ao diagnóstico endoscópico de helmintos.
Objetivo: Apresentar um vídeo mostrando o diagnóstico
colonoscópico de teníase. Descrição do caso: ERB, masculino,
53 anos foi encaminhado pelo médico assistente com queixa de
dor abdominal a esclarecer. Feita a colonoscopia foi analisado
cólon facilmente permeável e avaliado até o ceco.Presença de
divertículos isolados em todo o cólon com óstios largos e sem
sinais inflamatórios. Presença de mamilos hemorroidários e de
taenia sp.
Volumoso GIST Gástrico com Hemorragia
Digestiva e Complicação Cirúrgica –
Relato de Caso e Revisão da Literatura
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para Referência / Instituição: MARIA HELENA
LOUZADA PEREIRA / LOUZADA, MH.; MÁRCIA FERREIRA PINTO / PINTO, MF;
CAMILA ANDRADE MARINHO FARIAS / FARIAS, CAM; MÔNICA SOLDAN /
SOLDAN, M.; MARCELO NEVES / NEVES, M.; ANTÔNIO JOSÉ DE V. CARNEIRO
/ CARNEIRO, AJV.; HUANG LING FANG / FANG, HL.; HOMERO FOGAÇA /
FOGAÇA, H. / SERVIÇO DE GASTROENTEROLOGIA UFRJ.
Resumo
Introdução: Gastrointestinal Stromal Tumor (GIST) é um tumor
mesenquimal raro derivado das células de Cajal, descrito em 1983.
Todos são potencialmente malignos, sendo diagnosticados pela
presença do c-KIT (CD 117). Cerca de 50% tem localização gástrica,
correspondendo a 1% dos tumores gastrointestinais e 5% dos
tumores gástricos. Objetivos: Descrever um caso de hemorragia
digestiva (HDA) pelo GIST e complicação cirúrgica. Relato do
caso: Paciente de 53 anos há 3 meses com epigastralgia e plenitude
pós-prandial. Apresentou intensa HDA, tendo sido submetida à
endoscopia que evidenciou lesão subepitelial de 9cm com ulceração
central e sinais de sangramento recente. Ecoendoscopia confirmou
lesão da quarta camada, com degeneração cística e linfonodo junto
ao hilo esplênico. Foi submetida à cirurgia de gastrectomia atípica
(c-kit, CD34 e desmina positivos) e tratamento com imatinib,
evoluindo após 2 meses com piora da plenitude pós-prandial.
Endoscopia e exame contrastado mostram estômago com resíduos
e em ampulheta por estenose cicatricial com melhora após dilatação
com balão pneumático. Houve relato de possível lesão do nervo
vago na cirurgia. Conclusões: Os GIST´s volumosos são tumores
raros que podem ter a HDA com complicação inicial. O tratamento
cirúrgico e adjuvante com imatinib são essenciais com melhora da
sobrevida em 2 anos de 26-76%. O controle tomográfico também
exerce papel importante no acompanhamento clínico.
Voto de Autoexclusão (VAE) e
Marcadores Sorológicos das Hepatites
B e C em Doadores de Sangue (DS) do
Serviço de Hemoterapia do HU/UFSC
Temário: Gastroenterologia / Fígado
Autores / Nome para Referência / Instituição: CARLOS
ALBERTO KUNTZ NAZÁRIO / NAZÁRIO, CAK / UFSC; JULIA DE
LUCA MACCARINI / MACCARINI, JDL / UFSC; WILLIAM QUEIROZ
GUIMARÃES WIEGANDT CEGLIO / CEGLIO, WQGW / UFSC; RÔMULO
CAVALGANTE SERPA / SERPA, RC / UFSC; LEONARDO DE LUCCA
SCHIAVON / SCHIAVON, LL / UFSC; VERA LÚCIA PAES CAVALCANTI
FERREIRA / FERREIRA, VLPC / UFSC; JOVINO DOS SANTOS FERREIRA /
FERREIRA, JS / UFSC; JANAÍNA LUZ NARCISO SCHIAVON / NARCISO-
SCHIAVON, JL / UFSC.
Resumo
Introdução: Acredita-se que muitos doadores omitem
informações epidemiológicas ao doar sangue. Informação
confidencial, o VAE objetiva dar oportunidade ao doador de
reafirmar se seu sangue é seguro para ser doado ao paciente
ou apenas examinado. Objetivo: Avaliar o valor do VAE em
identificar doadores de sangue com sorologias positivas para
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
hepatites virais. Métodos: Estudo observacional transversal
que incluiu indivíduos que doaram sangue no HU/UFSC em
2009-2010. Resultados: Entre 4.676 doadores de sangue
com idade média de 27,7±9,9 anos, apenas 28 (0,6%) votaram
sim para a autoexclusão. Não houve diferença com relação
ao gênero (p=0,320), média de idade (p=0,393), estado civil
(p=0,412), profissional da área de saúde (p=0,762), ensino
médio completo (p=1,000), doação vinculada (p=0,164),
doação prévia (p=0,546), transfusão prévia (p=1,000),
homossexual (p=1,000), promiscuidade (p=1,000). Quando
avaliamos sorologias para hepatites virais, observamos que os
doadores com VAE positivo apresentaram maiores proporções
de anti-HBc positivo (10,7% vs. 1,5%, p=0,007), mas não
houve diferença na positividade para HBsAg (p=1,000) e anti-
HCV (p=1,000). Conclusões: O VAE continua sendo um
instrumento de auxílio na triagem clínica, pois está relacionado
a positividade para o anti-HBc. Contudo, o VAE não foi
associado a fatores de risco para transmissão de HBV/HCV
nem com sorologias HBsAg (+) e anti-HCV (+), sendo que a
sorologia permanece como instrumento de maior segurança
transfusional. 325
Xantelasma Duodenal - Relato de Caso
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para Referência / Instituição: SELMA SANTOS
MALUF / MALUF, S / UFMA; JOAQUIMA CLEMENTINO LOBATO FILHO
/ LOBATO, JC / UFMA.
Resumo
Os xantelasmas duodenais são lesões raras, pouco reportadas
na literatura mundial e de etiologia desconhecida. Dados que
motivaram o presente relato. Objetivo: Descrever achado
endoscópico de xantelasmas duodenais, discutindo patologias
associadas e etiopatogenia. Material e Métodos: Paciente
de 43 anos, sexo masculino, com queixa dispéptica, sem
comorbidades. Exame físico normal. Exame endoscópico
mostrou poucas erosões planas enantemáticas no antro e
duas placas de coloração amarelo-esbranquiçadas, de 3mm,
distribuídas na segunda porção do duodeno. Resultado de
Relevância: Xantelasma Duodenal. Conclusões: Consideradas
lesões benignas, assintomáticas, achadas incidentalmente em
exames endoscópicos têm uma aparência típica de placas ou
nódulos de coloração amarelo-esbranquiçadas, de tamanho
variando entre 1 a 10 mm, podendo ser múltiplos ou únicos,
na mucosa. A descrição de casos submucosos e achado
circunstancial com anemia ferropriva é uma situação nova.
Queremos, enfim, sugerir ao endoscopista que investiguem de
forma mais abrangente, casos de xantelasmas em locais raros
do trato gastrointestinal, o que poderá ajudar na elucidação da
etiopatogênia e da importância clínica dos xantelasma.
 A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO

Alternative Port Site Selection ANTUNES MARCHETTI / MARCHETTI, I.A. / ISCMSP; MAURICIO SAAB
(APSS) Versus “Single Site ASSEF / ASSEF, M.S. / ISCMSP; ALINE PAULA DE SOUZA SILVA /
SILVA, A.P.S. / ISCMSP; BRUNO DE CAMPOS ALMEIDA / ALMEIDA,
Surgery” (S3) - Ganho Estetico
B.C. / ISCMSP; LEONARDO MONTEIRO VALLINOTO / VALLINOTO,
e Abordagem Cirúrgica L.M. / ISCMSP; FÁBIO MARIONI / MARIONI, F. / ISCMSP; REGINA
RIE YMADA / YMADA, R.R. / ISCMSP; GABRIEL RODRIGUES /
Temário: Cirurgia / Miscelânia
RODRIGUES, G. / ISCMSP.
Autores / Nome para Referência / Instituição:
MARCUS VINICIUS DE ANDRADE CHALAR DA S ILVA / CHALAR DA
S ILVA , MARCUS VINICIUS DE ANDRADE / HOSPITAL GARAVELO ;
Resumo
M AXLEY M ARTINS A LVES / A LVES , M AXLEY MARTINS / H OSPITAL Introdução: Dentre essas complicações da hipertensão
S ANTA G ENOVEVA ; M ARCO AURELIO GONÇALVES DE A NDRADE portal, o sangramento varicoso tem especial importância
B ARBOSA / B ARBOSA , M ARCO A URELIO GONÇALVES DE A NDRADE pela alta morbi-mortalidade. O risco de sangramento em
/ H OSPITAL SANTA GENOVEVA ; D IONISIO FERREIRA DE ALMEIDA / coagulopatas aumenta consideravelmente. Não se tem, porém,
A LMEIDA , DIONISIO F ERREIRA / HOSPITAL GARAVELO . dados sobre o risco de ressangramento em coagulopatas,
após tratamento endoscópico (TE). Objetivo: Avaliar o risco
de ressangramento pós TE em pacientes com HDA varicosa,
Resumo
Resu mo de acordo com a coagulopatia. Casuística e Métodos: Estudo
retrospectivo. Incluídos pacientes hepatopatas com HDA
Entre maio de 2010 e agosto de 2011 foram realizados 20
varicosa e sucesso inicial da TE. AP, INR e Plaquetas foram
326 procedimentos pela técnica S3(Single Site Surgery) e 37
analisados. Resultados: 62 pacientes (48 escleroterapias,
procedimentos pela técnica Alternative Port Site Selection
13 ligaduras elásticas e 1 injeção de cianoacrilato). Child-
(APSS). O grupo S3 é composto por 85% de pacientes do
Pugh A: 13, B: 23, C:26. Dez sem coagulopatias, 24 com
sexo feminino e 15% por pacientes do sexo masculino. A
alteração de um ou dois dos exames e 29 com alteração em
idade média dos pacientes deste grupo é de 31,25. Neste
todos os exames. Considerando AP: 13 ressangramentos em
grupo de pacientes 75% (n=15), foram atendidos através do
37 pacientes (35,13%) com AP<50% e 2 ressangramentos
Sistema Único de Saúde e 25% são oriundos de medicina
em 25 pacientes (5.4%) com AP>50%. Considerando INR: 2
privada. O grupo APSS também é composto em sua maioria
ressangramentos em 18 pacientes (11,11%) com INR<= 1,5 e
por pacientes do sexo feminino totalizando este grupo 80,78%
14 ressangramentos em 44 pacientes (31,81%) com INR>1,5.
(n=31) do total. A média de idade deste grupo foi de 36,13
Considerando as plaquetas: 1 ressangramento em 20 pacientes
anos. A comparação entre os dois grupos demonstra não
(5%) com plaquetas>=80.000 e 15 ressangramento em 42
haver diferenças significativas com relação ao gênero (p=1,0),
pacientes (35.71%) com plaquetas<80.000. Conclusão:
a idade (p=1,0) ou estado geral sendo admitidos apenas
Quando o paciente possui algum dos fatores de coagulação
pacientes classe I ou II da Sociedade Americana de Anestesia.
preservado, o risco de ressangramento é semelhante à do
Avaliando-se a o grau de satisfação dos pacientes após o 30
paciente sem coagulopatia. O risco de ressangramento foi
dia também foi possivel observar vantagem para o grupo APSS
maior no grupo com alteração dos três exames analisados.
onde apenas 2 pacientes referiram estar insatisfeitos com o
resultado final da cirurgia contra 4 no grupo S3 (p<0,001).
No grupo de pacientes operados pela técnica APSS foi feita
também a analise do tempo conforme o tipo de anestesia
empregada, uma vez que 29,73% (n= 11) dos pacientes
foram operados sob raquianestesia. Não foram encontradas
diferenças significativas de tempo cirúrgico (p=1,00) ou
ocorrência de complicaçoes.

Coagulopatia é um Fator Limitante

para Terapêutica Endoscópica em
Hemorragia Digestiva Alta Varicosa?
Temário: Endoscopia / Endoscopia digestiva alta
Autores / Nome para Referência / Instituição: IGOR

GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334


Prêmio Jovem Gastro 2011
Regulamento
Tema: “Gastroenterologia na Prática Clínica”
O Prêmio Jovem Gastro é uma iniciativa da Federação Brasileira de
Gastroenterologia, cujo objetivo é de aproximar, congregar e estimular
os jovens iniciantes da especialidade.
Capítulo 1 – Sobre o Prêmio:
O Prêmio Jovem Gastro idealizado pela Federação Brasileira de Gastro-
enterologia é um estímulo à inserção na pesquisa clínica de todos aque-
les que se iniciam na especialidade. Na SBAD – Semana Brasileira do
Aparelho Digestivo, Porto Alegre/RS - 2011 optamos por incentivar a clí-
nica gastroenterológica através do preparo e encaminhamento de casos
clínicos de acordo com as normas estipuladas pela Comissão Científica.
Art. 1. O prêmio será outorgado ao caso clínico que trouxer uma apre-
sentação adequada associada a métodos complementares e te-
rapêuticos que possam confirmar e elucidar a principal hipótese
diagnóstica. A comissão julgadora avaliará inúmeros quesitos
dentre estes a ordem tradicional de apresentação do caso e a
qualidade e adequação de sua formatação.
Art. 2. Os prêmios serão:
1º Lugar – 01 exemplar do Livro Sleisenger e Fordtran + Paco-
te completo DDW 2012
2º Lugar - 01 exemplar do Livro Sleisenger e Fordtran + Pacote
Completo XI SBAD 2012
3º Lugar -01 exemplar do Livro Sleisenger e Fordtran + Pacote
Completo XI SBAD 2012
1º Parágrafo – O Prêmio será anunciado na X Semana
Brasileira do Aparelho Digestivo (SBAD) 2011, Porto Ale-
gre/RS.
2º Parágrafo – O Prêmio será patrocinado pela Aché La-
boratórios Farmacêuticos S/A.
Capítulo 2 – Sobre os candidatos:
Art. 3. O prêmio será outorgado ao caso clínico que trouxer uma apre-
sentação adequada associada a métodos complementares e te-
rapêuticos que possam confirmar e elucidar a principal hipótese
diagnóstica. A comissão julgadora avaliará inúmeros quesitos
dentre estes a ordem tradicional de apresentação do caso e a
qualidade e adequação de sua formatação.
Art. 4. Os candidatos deverão concordar com a publicação do resumo
dos seus trabalhos em um catálogo ou jornal científico promo-
vido pela FBG.
Capítulo 3 – Sobre o Trabalho:
Art. 5. Deverão ser apresentados em formato A4, as margens supe-
rior, inferior e direita devem ter 2,5 cm e a esquerda 3,5 cm. Na
capa, deverá constar apenas o título do trabalho com fonte Arial
ou Times New Roman, tamanho 16 em negrito, centralizado. Na
primeira folha, repete-se o título e, a seguir, deverá ser apresen-
tado o resumo do trabalho, em fonte Arial ou Times New Roman
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
PRÊMIO JOVEM GASTRO I-V
tamanho 12, espaço simples, com no máximo 1200 palavras.
O corpo do trabalho deverá ser redigido com fonte Arial ou Ti-
mes New Roman, tamanho 12 e espaço duplo, e não deverá
exceder 80 laudas. Os títulos e subtítulos podem ser grafados
com fontes em negrito e tamanhos maiores, a critério dos auto-
res. As referências bibliográficas deverão seguir os padrões re-
comendados pelo Grupo de Vancouver (Uniform Requirements
for Manuscripts Submitted to Biomedical Journals, International
Committee of Medical Journal Editors - http://www.icmje.org).
Capítulo 4 – Sobre a Inscrição:
Art. 6. Os candidatos deverão:
1) realizar a inscrição on-line no site www.fbg.org.br
2) enviar o trabalho por meio de arquivo eletrônico em formato
pdf (para o e-mail jovemgastro@fbg.org.br) com o título do
assunto “PREMIO JOVEM GASTRO 2011” e através do correio
tradicional – Avenida Brigadeiro Faria Lima, 2391 – 10º andar –
Jardim Paulistano – São Paulo/SP – CEP: 01452-000.
1º Parágrafo – Cada candidato poderá submeter apenas um
trabalho.
Art. 7. A data limite para inscrição é 10 de Outubro de 2011.
2º Parágrafo – Trabalhos enviados após o prazo não serão 327
aceitos. O carimbo do correio será usado para efeito de confir-
mação de data.
Capítulo 5 – Sobre a Comissão Julgadora:
Art. 8. A Comissão Julgadora será composta por três membros
da comunidade científica nacional indicada pela Comissão
Organizadora do Prêmio.
Art. 9. A Comissão Julgadora deverá apresentar a sua decisão até
o dia 24 de Outubro de 2011.
Parágrafo Único – O resultado estará disponível na pági-
na da web www.fbg.org.br e os candidatos serão informa-
dos por e-mail.
Capítulo 6 – Provisões Gerais:
Art. 10. A participação na Premiação implica no total conhecimento
e aceitação deste Regulamento.
Art. 11. O vencedor permitirá que a FBG anuncie o resultado final
da forma que achar melhor. O vencedor deverá estar pre-
sente na cerimônia de Premiação na X SBAD.
Art. 12. Este Prêmio não poderá ser atribuído ao mesmo estudioso
mais de uma vez.
Art. 13. Outras situações serão decididas pela Comissão Julgado-
ra da Premiação.
Dr. José Galvão Alves Dr. Odery Ramos Junior
Presidente da FBG Coordenador Projeto Jovem Gastro

Aneurisma de artéria esplênica
manifestando-se por hematêmese
de repetição e diagnosticado por
ecoendoscopia - Relato de Caso
Autores: FRANCISCO GUILHERME CANCELA E PENNA, ANDREA
FRANCHINI SILVEIRA DE CASTILHO, BRUNO AUGUSTO SOARES SOUZA,
EDUARDO GARCIA VILELA, ALOÍSIO SALES DA CUNHA, MILHEM
JAMELEDIEM MORAIS KANSAON, KELLY CRISTINE DE LACERDA
RODRIGUES BUZZATI, WALTON ALBUQUERQUE, VITOR NUNES ARANTES,
SILAS DE CASTRO CARVALHO, MARIA DE LOURDES ABREU FERRARI.
Resumo
Introdução: Os aneurismas de artéria esplênica (AAE)
representam 60% de todos os aneurismas esplâncnicos.
Constituem fatores de risco a multiparidade, pancreatite
crônica e trauma abdominal. Sintoma mais comum é a dor
em hipocôndrio esquerdo e raramente se manifesta como
hemorragia digestiva alta. Ruptura e choque hipovolêmico
328 são complicações. Objetivo: Relatar caso de hematêmese
causado por aneurisma de artéria esplênica e a importân-
cia da ecoendosopia no diagnóstico. Métodos: Paciente
masculino, 56 anos, relato de repetidos episódios de he-
matêmese, com queda de hemoglobina (4,3g/dl). História
de trauma abdominal fechado há 15 anos. Endoscopia di-
gestiva alta mostrou lesão nodular sugestiva de compres-
são extrínseca na transição do corpo para fundo gástrico.
Tomografia computadorizada de abdome evidenciou cistos
hepáticos, lesão ovalada peri-pancreática e estômago re-
pleto de líquido. À ecoendoscopia diagnosticou-se lesão
aneurismática de artéria esplênica. Devido à ocorrência
de hematêmese volumosa, foi realizado cirurgia, com liga-
dura de artéria e veias esplênicas, pancreatectomia corpo-
caudal, esplenectomia, rafia de parede gástrica posterior.
Evoluiu sem hematêmese. Resultados: A ruptura do AAE
para a cavidade gástrica causando hematêmese é fato
raro e considerado preditor de sangramentos mais gra-
ves, como hemoperitôneo. A ecoendoscopia ainda pouco
utilizada foi útil no diagnóstico e pode diferenciar o AAE
de outras lesões extrínsecas ao estômago. Conclusão:
O diagnóstico de AAE é muitas vezes difícil. As caracterís-
ticas desta lesão na ecoendoscopia ainda não estão bem
estabelecidas, mas é um método diagnóstico capaz de
diferenciá-la de outras lesões submucosas gástricas e, no
caso relatado, constituiu-se exame diagnóstico importan-
te. O tratamento em situações de emergência deve ser de
ligadura do aneurisma.
Ascite Urinária
Autora: MAÍRA DA COSTA CABRAL.
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
Resumo
Paciente com diagnóstico prévio de cirrose hepática alcóolica
internado por descompensação, má aderência ao tratamento clínico
interrogado. Exames admissionais (10/08/11) mostravam função
hepática normal. Líquido ascítico com GASA de 3,5 sugerindo
hipertensão portal, com albumina muito baixa. Exame físico sem
estigmas de hepatopatia, exceto pela ascite. Após paracentese
com técnica habitual, evoluiu com dor intensa, irritação peritoneal,
e análise do líquido mostrou tratar-se de urina. A peritonite deveu-
se ao contato da urina, hiperosmolar, na cavidade abdominal
As escórias nitrogenadas aumentaram por absorção peritoneal.
Tomografia de abdome mostrou grande hidronefrose por estenose
da JUP. Com nefrostomia houve resolução da dor e da ascite.
O trajeto entre o rim direito dilatado ao extremo, hidronefrose,
perdeu pressão com a nefrostomia e parou de entrar em contato
com a cavidade peritoneal, cessando o quadro álgico e o aumento
do volume abdominal. Resta a dúvida de como este paciente fez
outras duas paracenteses, ou melhor, nefrostomia com acesso
abdominal sem peritonite associada. Será que o volume maior das
paracenteses anteriores drenaram todo o conteúdo do rim que até
ser refeito já havia cicatrização do pertuito? Paciente recebeu alta
para acompanhamento com urologia.
Colangiocarcinoma: Relato de Caso
Autores: MARTA DE OLIVEIRA WINK, RAQUEL SCHERER DE FRAGA.
Resumo
Introdução: Colangiocarcinoma é um câncer de células
epiteliais dos ductos biliares intra-hepáticos, perihilares (Klatskin)
e extra-hepáticos (distal). São raros (1 a 2 casos/100.000), mas
altamente letais, pois o diagnóstico geralmente é tardio e o tumor
já está localmente avançado. A idade média no diagnóstico varia
de 50 a 70 anos. Os principais sintomas são icterícia, prurido,
dor abdominal e perda de peso. Os exames complementares
demonstram hiperbilirrubinemia e elevação de enzimas hepáticas
com padrão colestático, além da presença de dilatação, afilamento
e lesão expansiva nas vias biliares. Material para diagnóstico
histológico pode ser obtido por laparoscopia, laparotomia ou
por colangiopancreatografia endoscópica retrógrada (CPRE). A
terapia de escolha depende da localização do tumor e do seu grau
de invasão. Tratamento curativo apenas é obtido nos poucos casos
em que a ressecção cirúrgica é factível, principalmente naqueles
em que não há comprometimento do hilo hepático. O tratamento
paliativo consiste em quimioterapia, radioterapia e desobstrução
da via biliar com stent ou bypass cirúrgico, conforme possibilidade.
Relatamos um caso inusitado de um paciente masculino, 34 anos,
com diagnóstico de colangiocarcinoma perihilar (Klatskin) tipo IV,
cujos sintomas de apresentação foram icterícia, prurido e dor em
hipocôndrio direito, e sem doença concomitante da via biliar.

Colecistite Alitiásica Aguda:
Manifestação Inicial de uma Doença
Autoimune?
Autores: BARRETO CMA, CAVALCANTI DA, ALVARENGA KM, SOUZA
HG, SILVA LB, RZETELNA H, GALVÃO MC, GALVÃO-AVES J.
Resumo
A Colecistite Alitiásica Aguda (CAA) é uma inflamação da vesícula
biliar na ausência de colelitíase. É uma forma pouco frequente de
Colecistite, representando cerca de 10% de todos os casos, sendo
tradicionalmente descrita em pacientes graves, submetidos a grandes
procedimentos cirúrgicos, queimados, sépticos, politraumatizados ou
em nutrição parenteral total por tempo prolongado. Existem relatos
na literatura da sua associação também com o Diabetes Mellitus,
Insuficiência Cardíaca, Síndrome da Imunodeficiência adquirida, dentre
outras patologias. Doenças autoimunes, como Poliarterite Nodosa e
Lupus Eritematoso Sistêmico (LES), também podem se manifestar
através da CAA, causada por uma lesão isquêmica na vesícula biliar.
Nosso objetivo é relatar um caso clínico de Colecistite Alitiásica Aguda
numa paciente sem fator de risco, que durante a evolução apresenta
quadro de rash cutâneo facial, com Fator Antinuclear (FAN) positivo,
porém sem critérios diagnósticos para LES segundo os protocolos
e que, após início da corticoterapia, apresentou remissão total dos
sintomas.
Diagnóstico Diferencial entre Doença de
Crohn e Hidradenite Supurativa – Relato
de Caso
Autores: FÁBIO SILVA YAMASHIRO, CLARITA TERRA RODRIGUES,
DA
FERNANDO GOMES ROMEIRO, GIOVANNI FARIA SILVA, CARLOS
ANTONIO CARAMORI, CÁSSIO VIEIRA DE OLIVEIRA, CLARISSA RIBEIRO
VILLAR, FERNANDA PLAZZI CARRARETTO, TALLES BAZEA LIMA, LETICIA
DE CAMPOS FRANZONI, IDBLAN CARVALHO DE ALBUQUERQUE, LÍGIA
YUKIE SASSAKI.
Resumo
A Doença de Crohn é uma doença inflamatória intestinal crônica
com inflamação transmural segmentar, que pode complicar com
formação de fístulas e abscessos. A Hidradenite Supurativa (HS)
é caracterizada por abscessos recorrentes e dolorosos, com
predileção por áreas ricas em glândulas apócrinas como as regiões
axilares, inguinais e perineal. O diagnóstico diferencial entre estas
doenças é difícil e pode comprometer o tratamento. Relatamos
o caso de C.R.M.A., 40 anos, feminina, branca, com Doença de
Crohn íleocolônica com fístula perianal e retovaginal há 12 anos,
em terapia biológica desde maio 2010. Em setembro de 2010
apresentou abscesso em glúteo direito com saída de secreção
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
PRÊMIO JOVEM GASTRO I-V
purulenta refratária ao uso de ciprofloxacino e metronidazol.
Ultrassonografia apresentando coleção de 30 cm3 em região glútea
direita. A hipótese diagnóstica foi HS e a paciente foi submetida
à ressecção cirúrgica em bloco (10 x 2 cm) com cicatrização
por segunda intenção. Realizou enxerto de pele em dezembro
de 2010 sem sucesso. Retornou em janeiro de 2011 com nova
fístula no local da ressecção, compatível com Doença de Crohn.
Em fevereiro/2011 foi submetida à drenagem dos abscessos e
colocação de setons nas fístulas perianais. Atualmente em terapia
biológica com boa evolução das fístulas. A prevalência da HS varia
de 0,3 a 4% da população em geral. A axila é a região mais afetada
e as lesões perianais estão associadas com maior debilidade. Há
relatos na literatura de associação entre a HS e a Doença de
Crohn de forma esporádica e novos estudos são necessários para
avaliar uma patogênese em comum. O diagnóstico diferencial
deve ser realizado em todos os casos para tratamento imediato
evitando-se, assim, as complicações e a piora da qualidade de
vida do doente.
Doença de Crohn com Manifestações 329
Extraintestinais: Abscesso Esplênico
Asséptico e Colangite Esclerosante
Primária - Apresentação de Caso Clínico
Autores: ANDREA FRANCHINI SILVEIRA DE CASTILHO, CÉLIO GERALDO
DE OLIVEIRA GOMES, FRANCISCO GUILHERME CANCELA E PENNA,
VITOR OLIVEIRA BOTELHO DE CARVALHO, CAROLINA MARTINS VIEIRA,
VANDACK ALENCAR NOBRE JÚNIOR, ALOÍSIO SALES DA CUNHA, MARIA
DE LOURDES DE ABREU FERRARI.
Resumo
Introdução: A Doença de Cronh (DC) pode acometer todo
trato gastrointestinal com comprometimento sistêmico. O objetivo
do trabalho é relatar caso de paciente com DC e manifestações
extraintestinais raras com grave comprometimento sistêmico.
Doença de Crohn, Colangite Esclerosante
Primária e Síndrome do Anticorpo
Antifosfolipídeo: Associação Incomum ou
Mera Casualidade?
Autores: CAVALCANTI DA, BARRETO CMA, MAROTTA-JÚNIOR HM,
FIGUEIRA NN, TINOCO NB, RZETELNA H, GALVÃO MC, GALVÃO-
ALVES J.
Resumo
A Doença Inflamatória Intestinal (DII) associa-se frequentemente
a manifestações extraintestinais e outros distúrbios autoimunes.

A colangite esclerosante primária (CEP) é a principal
manifestação extraintestinal hepatobiliar da doença
inflamatória intestinal. Embora mais frequente na
Retocolite Ulcerativa (RCU), em que ocorre entre 2 a 7%
em algumas séries, sua frequência na Doença de Crohn
(DC) é estimada entre 0,7 a 3,4%. Um risco aumentado de
tromboembolismo arterial e venoso é notado em ambas
as formas de doença inflamatória intestinal, sendo esta a
mais importante complicação vascular da DII; no entanto,
a associação da Síndrome do Anticorpo Antifosfolipídeo
(SAAF) com a Doença de Crohn tem sido relatada na
literatura apenas em casos clínicos isolados. Nosso
objetivo é relatar um caso clínico de associação entre
Doença de Crohn, Síndrome do Anticorpo Antifosfolipídeo
e Colangite Esclerosante Primária, em que a Doença de
Crohn foi diagnosticada em paciente com história de
vários eventos tromboembólicos arteriais e venosos, com
irregularidade nos ductos biliares em exames de imagem.
330 Doença de Whipple: Patologia
Rara e de Diagnóstico Tardio, com
Ótima Resposta Terapêutica
Autora: VIVIANE PLASSE RENON.
Resumo
Introdução: Doença de Whipple é uma rara infecção
sistêmica causada pelo Tropheryma whippleii. Caracteriza-
se por fase prolongada de sintomas inespecíficos, levando
longo período até o seu diagnóstico. Sem tratamento,
pode ser grave e fatal, mas com antibioticoterapia
tem ótima resposta clínica e laboratorial. Objetivo:
Relatar um caso de Doença de Whipple, enfatizando a
dificuldade diagnóstica e a boa resposta terapêutica.
Relato do caso: Paciente masculino, 61 anos, internou
por astenia, anorexia, diarreia intermitente e perda de
10Kg em 1 ano. Apresentava-se com hemoglobina (Hb)
7,5g/dL, albumina de 2,5mg/dl, peso 50,3Kg (IMC 17,4).
Endoscopia digestiva alta com áreas de enantema focal
da mucosa duodenal e biópsia compatível com Doença de
Whipple. O diagnóstico foi confirmado com a PCR sérica
positiva, sendo instituído tratamento com ceftriaxone
seguido de sulfametoxazol-trimetropim. Após um ano
de tratamento, encontrava-se assintomático, com Hb
13,5g/dL, albumina sérica de 5,3mg/dL e peso de 70Kg.
Conclusão: Doença de Whipple deve fazer parte da lista
de diagnósticos diferenciais em pacientes com sintomas
constitucionais e/ou com queixas gastrointestinais com
evolução prolongada. O tratamento antibiótico pode curar
a infecção, recuperando a qualidade de vida do paciente.
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
Embolização de Shunt Esplenorrenal
na Encefalopatia Hepática Refratária
Associada à Trombose de Veia Porta -
Relato de Caso 2
Autores: FERNANDA PLAZZI CARRARETTO, CLARISSA RIBEIRO VILLAR,
LETÍCIA DE CAMPOS FRANZONI, TALLES BAZEIA LIMA, CÁSSIO VIEIRA DE
OLIVEIRA, LÍGIA SASSAKI, FÁBIO DA SILVA YAMASHIRO, FERNANDO GOMES
ROMEIRO.
Resumo
Introdução: Encefalopatia Hepática (EH) é um estado
reversível de alteração cognitiva, caracterizada por alterações
neuropsiquiátricas. Ocorre em portadores de doença hepática
aguda, crônica ou com shunt portossistêmico. A presença de
trombose da veia porta associada a shunt portossistêmico permite
que substâncias nitrogenadas derivadas do intestino cheguem ao
cérebro sem serem depuradas pelo fígado.
Relato de Caso: Esteatose Hepática
Aguda da Gravidez Associada à
Pancreatite Aguda Grave
Autores: CÁSSIO VIEIRA DE OLIVEIRA, GIOVANNI FARIA SILVA, CARLOS
ANTONIO CARAMORI, LÍGIA YUKIE SASSAKI, KUNIE YABUKI RABELO COELHO,
FÁBIO DA SILVA YAMASHIRO, CLARISSA RIBEIRO VILLAR, FERNANDA PLAZZI
CARRARETTO, TALLES BAZEA LIMA, FERNANDO GOMES ROMEIRO.
Resumo
EHAG (Esteatose Hepática Aguda da Gravidez) é uma complicação
rara, mas potencialmente fatal, do terceiro trimestre da gravidez.
Sua patogênese exata é desconhecida, apesar do acúmulo de uma
quantidade significativa de dados sobre a doença. A incidência
é 1/7000 para 1/16000 partos. Embora a mortalidade devido à
EHAG tenha declinado nos últimos anos, o diagnóstico precoce e a
interrupção da gestação são importantes para reduzir ainda mais a
taxa de mortalidade. No presente caso relatado, embora tenha sido
realizada a cesariana de urgência, o diagnóstico da EHAG somente
foi realizado no pós-operatório. Atualmente já existem testes
moleculares que podem ser úteis para tentar identificar mutações
que predispõem à doença, mas sua disponibilidade ainda não é
frequente para aplicação de rotina.
Hemofilia A adquirida em Paciente com
Hepatite C Crônica e Crioglobulinemia
Mista em uso de Interferon - Relato de
Caso

Autores: RICCI TC, TAVEIRA LN, DIAS JCV, OLIVEIRA JA, LORENA
SLS, SEVÁ-PEREIRA T, SOARES ES, ZEITUNE JM.
Resumo
O tratamento com Interferon da hepatite C crônica pode exacerbar
a autoimunidade. Autoanticorpos podem tanto aparecer durante
o tratamento quanto os títulos preexistentes se elevar, tornando
sintomas subclínicos em manifestações clínicas. Os efeitos da
autoimunidade são mais tireoidianos, hematológicos, no tecido
conectivo e renais. A Hemofilia A adquirida é um distúrbio raro que
já foi relacionada com uso de Interferon, com crioglobulenemia, e
até com o vírus VHC em alguns relatos da literatura. Relatamos
um caso de hemofilia A adquirida em um paciente com hepatite
C crônica e crioglobulinemia em tratamento com peg IFN. O
paciente era hipertenso, hipotireoideo e renal crônico dialítico
por glomerulonefrite membrano-proliferativa secundária à
crioglobulinemia. Apesar de não haver doença hepática ativa, foi
iniciado o tratamento pela doença renal. O paciente manteve PCR-
VHC positivo na 12ª semana de tratamento, mas obteve melhora
renal, sendo suspensa a diálise na 16ª semana. Após a 25ª semana
de tratamento, apresentou quadro de hematomas subcutâneos
e intramusculares espontâneos que motivou a solicitação de
coagulograma. No exame laboratorial foi detectado tempo de
tromboplastina parcial ativada alargado. O teste de mistura com
Fator VIII não corrigiu do TTPA e posterior pesquisa de anticorpos
contra fatores de coagulação evidenciou altos títulos de anticorpo
antifator VIII. Diante do risco de sangramento mais grave, foi
optado por suspensão do interferon e tratamento imunossupressor
com prednisona 1mg/kg/dia. Evoluiu a óbito após cerca de 4
meses devido pneumonia nosocomial em internação hospitalar
por sangramento intenso de ferimento corto-contuso em pé
direito. Concluímos que pacientes tratados com Interferon devem
ser monitorados quanto aos sintomas de autoimunidade e que
casos de equimoses, hematomas e sangramentos espontâneos
devemos ter alto grau de suspeição clínica para hemofilia
adquirida, com imediata realização de coagulograma completo a
fim de determinar alargamento de TTPA.
Hiperinfecção por Strongyloides
stercoralis em paciente HTLV-1 positivo -
Relato de Caso
Autores: César Al-Alam Elias, Luciana Santos Harlacher, Nadja
Volpato, Gustavo Gozales Real, Alexandre Luis Klampt, Helenice
Pankowsli Breyer, Ismael Maguilnik.
Resumo
O Strongyloides stercoralis é uma infecção por nematoide
mundialmente distribuída, sendo encontrado com maior intensidade
em países tropicais. Dentre eles encontra-se o Brasil, com prevalência
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
PRÊMIO JOVEM GASTRO I-V
em algumas regiões de até 11,3%. A maioria dos pacientes
infectados apresenta-se assintomáticos no diagnóstico, mas em
subgrupos de imunossuprimidos e usuários de corticoides à doença
manifesta-se sistemicamente com quadros graves e potencialmente
fatais. O presente relato retrata um caso típico de estrongiloidíase
apresentando-se como suboclusão intestinal e síndrome disabsortiva
severa, levando ao diagnóstico de infecção pelo vírus T-linfotrópico
humano (HTLV1).
Histoplasmose Gastrointestinal: Relato
de Caso e Breve Revisão da Literatura
Autores: CÉLIO GERALDO DE OLIVEIRA GOMES, FRANCISCO GUILHERME
CANCELA E PENNA, ANDREA FRANCHINI SILVEIRA DE CASTILHO, VITOR
OLIVEIRA BOTELHO DE CARVALHO, DALMO JOSÉ CABRAL JÚNIOR,
EDUARDO GARCIA VILELA, ALOÍSIO SALES DA CUNHA, MARIA DE
LOURDES DE ABREU FERRARI.
Resumo
331
A histoplasmose, micose endêmica no Brasil, pode se apresentar nas
formas aguda e crônica, com acometimento pulmonar ou disseminado
quando atinge outros órgãos. O objetivo deste trabalho é relatar o
caso de um paciente com histoplasmose disseminada com lesões
afetando de modo predominante o trato gastrointestinal.
Leishmaniose Visceral (LV) como Causa
de Hepatite Aguda Fulminante - Relato
de Caso 2
Autores: CLARISSA RIBEIRO VILLAR, FERNANDA PLAZZI CARRARETTO,
LETICIA DE CAMPOS FRANZONI, TALLES BAZEIA LIMA, FERNANDO
GOMES DE BARROS COSTA, FÁBIO DA SILVA YAMASHIRO, CÁSSIO
VIEIRA DE OLIVEIRA, FERNANDO GOMES ROMEIRO, CARLOS ANTONIO
CARAMORI, LÍGIA YUKIE SASSAKI.
Resumo
A Leishmaniose Visceral (LV) ou Calazar é uma infecção
zoonótica causada por protozoários intracelulares pertencentes
ao gênero Leishmania, que pode evoluir com comprometimento
hepático caracterizado por hepatite aguda. No Brasil estão
sendo observadas epidemias urbanas com aumento crescente
na letalidade principalmente em pacientes jovens ou com
comorbidades. O relato refere-se a uma gestante de 26 anos,
dona de casa, procedente de Bauru-SP, que apresentou parto
normal prematuro após cinco dias de quadro febril e foi tratada
com antibióticos com o diagnóstico de infecção puerperal. Evoluiu
com febre diária, icterícia, colúria, dor abdominal e aumento das
enzimas hepáticas, principalmente as canaliculares. No 24º dia

de puerpério,em função do quadro,foi admitida no HCFMB-
UNESP, onde também foi notada hepatoesplenomegalia.
A ultrassonografia e tomografia abdominal não encontraram outras
alterações. As sorologias virais foram negativas e o anticorpo
anti-SM >1/80. Hemograma com pancitopenia e medula óssea
sem alterações específicas. Biópsia hepática: Hepatite aguda em
intensa atividade, com esboços de microgranulomas e estruturas
compatíveis com Leishmaniose. Apesar do tratamento com
Anfotericina B lipossomal e suporte hemoterápico, a paciente
evoluiu com hemorragia, piora da função hepática e renal e óbito
no 32º dia de puerpério. A presença de febre e esplenomegalia
em pacientes de área endêmica deve sempre suscitar a suspeita
de LV. O diagnóstico somente pode ser confirmado com a
detecção do parasito em tecido infectado, o que muitas vezes
representa um agravante. O envolvimento hepático tem sido
relatado em 2% a 28% dos pacientes, sendo a icterícia marcadora
de mal prognóstico. Pelo grau de envolvimento e a dificuldade
diagnóstica, é possível que esteja sendo subestimada e persiste
como grande problema negligenciado de saúde pública. A falta
de ações públicas de controle sanitário favorece a transmissão e
o aumento da letalidade.
332
Manifestação Neurológica da Doença
Celíaca
Autores: ALEXANDRE LUIS KLAMT, ISMAEL MAGUILNIK, HELENICE
PANKOWSKI BREYER, GUSTAVO GONZALES REAL, NADJA VOLPATO,
CEZAR AL-ALAM ELIAS, LUCIANA DOS SANTOS HARLACHER.
Resumo
Paciente masculino de 26 anos, previamente hígido, iniciou
com quadro de paraparesia de evolução lenta e gradual cerca
de 7 meses antes da internação hospitalar. O mesmo chegou a
ter internação em um serviço de Neurologia de outro hospital,
mas não teve diagnóstico firmado, tendo alta com prescrição
de corticoide via oral referindo melhora apenas discreta dos
sintomas neurológicos. Cerca de 5 meses após o início
dos sintomas neurológicos, iniciou com quadro de diarreia
intermitente, pastosa, de moderada a grande quantidade, sem
produtos patológicos ou dor abdominal associada. Junto ao
quadro de diarreia o mesmo apresentou perda ponderal de 10
a 12 kg em 3 meses. Após 7 meses desde o início dos sintomas,
o paciente conseguiu, através do Posto de Saúde de sua
cidade, uma consulta no Serviço de Neurologia do Hospital de
Clínicas de Porto Alegre, sendo indicada internação imediata
para a investigação clínica. Foi realizada uma investigação
extensa por parte do Serviço de Neurologia incluindo exames
bioquímicos, hematológicos e de imagem sendo solicitada
consultoria para o nosso Serviço de Gastroenterologia para
investigação do quadro de diarreia e a possibilidade de
Doença Celíaca. Foi realizada uma Endoscopia Digestiva Alta
GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334
A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO
com constatação de serrilhamento das pregas da segunda
porção duodenal com achado anatomopatológico compatível
para Doença Celíaca. Após 6 meses de dieta sem glúten, o
paciente não apresentava mais episódios de diarreia, já havia
recuperado pelo menos 8 kg de peso e apresentava melhora
discreta, mas progressiva da força dos membros inferiores e
melhora mais evidente da força em membros superiores.
Metástases Hepáticas de Insulinoma
14 anos após a Ressecção do Tumor
Primário
Autores: ULISSES CORREA COTTA, SAMANTHA MARTINS COMACIO,
LETICIA ASSIS PEREIRA VILELA, ABADIA GILDA BUSO MATOSO,
VALERIA FERREIRA ALMEIDA BORGES, PAULO TANNUS JORGE, NESTOR
BARBOSA DE ANDRADE.
Resumo
O insulinoma é uma neoplasia que pertence ao grupo dos
tumores neuroendócrinos do pâncreas. Tem uma incidência
rara (1 a 4 casos anuais por milhão de pessoas), embora
estudos recentes sugiram que a incidência dos tumores
neuroendócrinos tenha aumentado nos últimos anos. A
ressecção cirúrgica é o tratamento de escolha para o tumor
localizado no pâncreas. Cerca de 90% dos tumores exibem um
comportamento benigno, sendo a cirurgia um procedimento
curativo na grande maioria dos casos. Menos de 10% dos
pacientes podem exibir doença metastática (principalmente
em fígado e linfonodos regionais). Na doença metastática, o
controle da hipoglicemia, frequentemente grave e persistente,
é o principal desafio para a equipe médica que cuida do
paciente. As opções terapêuticas indicadas são baseadas em
relatos e séries de casos.
Pancreatite Crônica Complicada: Relato
de Caso de Intervenção Endoscópica
Como Tratamento de dor Abdominal
Persistente
Autora: VIVIAN MAYUMI USHIKUBO.
Resumo
A Pancreatite Crônica (PC) é uma inflamação progressiva
e irreversível do parênquima pancreático. Apresenta uma
prevalência mundial variável, na dependência do grau de
ingestão de etanol, que no nosso meio é o fator etiológico de
maior importância. Acredita-se atualmente, que mecanismos
diversos (genéticos e ambientais) estejam implicados na
gênese da PC, conferindo a esta doença um caráter complexo
 PRÊMIO JOVEM GASTRO I-V

e intrigante. Pode evoluir com complicações como o surgimento
de dilatações e calcificações intraductais, cistos, entre outros.
Paracoccidioidomicose Pancreática
Simulando Neoplasia Maligna de
Cabeça de Pâncreas - Relato de Caso
Autores: TALLES BAZEIA LIMA, FERNANDO GOMES ROMEIRO, MARIA
APARECIDA CUSTÓDIO DOMINGUES, CARLOS ANTÔNIO CARAMORI,
GIOVANNI FARIA SILVA, CÁSSIO VIEIRA DE OLIVEIRA, FÁBIO DA SILVA
YAMASHIRO, CLARISSA RIBEIRO VILLAR, FERNANDA PLAZZI CARRARETTO,
LETÍCIA FRANZONI DE CAMPOS, GABRIEL LOPES PALMA, LÍGIA YUKIE
SASSAKI.
Resumo
Relato de Caso de Hemangioma
Pancreático Manifestando-se com
Hemorragia Digestiva Alta Varicosa em
Gestante
Autores: LETÍCIA DE CAMPOS FRANZONI, CLARISSA RIBEIRO VILLAR,
FERNANDA PLAZZI CARRARETTO, TALLES BAZEIA LIMA, CÁSSIO VIEIRA
DE OLIVEIRA FÁBIO DA SILVA YAMASHIRO, LÍGIA YUKIE SASSAKI,
FERNANDO GOMES ROMEIRO.
Resumo
Na literatura, há apenas 10 casos relatados de hemangioma
pancreático em adultos, e somente um deles com hemorragia
digestiva. Relatamos um caso de hemorragia digestiva alta varicosa
por hipertensão portal secundária a hemangioma pancreático.

Paracoccidioidomicose é uma doença granulomatosa

sistêmica causada pelo fungo Paracoccidioides brasiliensis, Relato de caso: Linfoma Hepático de
com incidência variável na América Latina, mortalidade anual Burkitt e Hepatite C
de 1.45 por milhão de habitantes, acometendo principalmente 333
Autores: ANA SÍLVIA MEIRA, RAQUEL SCHERER DE FRAGA.
homens entre 3.a e 6.a décadas de vida, em sua principal
forma clínica. Pode ter apresentação multifocal e mimetizar
neoplasias intra-abdominais. Este caso ilustra um raro caso
Resumo
desta infecção fúngica simulando neoplasia maligna de cabeça
Linfoma não-Hodgkin primário hepático é incomum. O vírus da
de pâncreas. Trata-se de um homem de 45 anos, do interior do
hepatite C é hepatotrópico e linfotrópico, propiciando o desen-
Estado de São Paulo, internado por empachamento e cólica
volvimento de células B anormais devido à estimulação crônica do
intermitente, de forte intensidade em região epigástrica há 2
sistema imunológico. Os principais sinais e sintomas são dor abdo-
meses, acompanhada de sudorese noturna, emagrecimento,
minal, febre, perda ponderal e hepatomegalia. Os exames comple-
icterícia, acolia fecal, colúria e prurido há 20 dias. Tabagista,
mentares podem demonstrar lesão única hepática ou múltiplas le-
etilista, pescador, cujo irmão é portador de “tuberculose”. Ao
sões, devendo fazer diagnóstico diferencial com hepatocarcinoma
exame físico apresentava icterícia e dor à palpação profunda
ou lesões metastáticas. Material para diagnóstico histológico pode
epigástrica. Exames laboratoriais identificaram colestase, e
ser obtido por punção da lesão hepática, laparotomia ou videola-
o ultrassom, bem como a tomografia computadorizada de
paroscopia. O tratamento com múltiplos agentes quimioterápicos
abdome, evidenciaram dilatação de vias biliares e massa em
deve ser instituído precocemente para aumentar o potencial de
cabeça de pâncreas maior que 4 cm de diâmetro. Laparotomia
regressão das células malignas. Relatamos o caso de um paciente
exploradora encontrou tumoração de 7 a 8 cm, fixa, aderida
masculino, 45 anos, com diagnóstico de linfoma de Burkitt hepáti-
a vasos mesentéricos. Realizada colecistectomia, drenagem
co e pesquisa de HCV RNA por reação em cadeia de polimerase
externa de via biliar e gatroenteroanastomose. O estudo
positiva, cujos sintomas iniciais foram dor abdominal, náuseas e
anatomopatológico excluiu neoplasia, revelou colecistite e
vômitos. Evoluiu com icterícia e alteração em exames laboratoriais,
pancreatite crônicas, e identificou granuloma em linfonodo
em exames de imagem apresentou múltiplas lesões hepáticas.
de colédoco, com ausência de bacilos e fungos, sugerindo
sarcoidose. Teste de intradermo-reação para tuberculose (PPD)
foi forte reator. Evoluiu com colangite, excluído diagnóstico
de colangite esclerosante primária após biópsia hepática, Tumor Carcinoide de Reto
colangiografia, análise de auto-anticorpos. Realizada punção Autores: VANESSA FERLIN, LYSANDRO ALSINA NADER, CLÁUDIO
aspirativa com agulha fina de massa pancreática, compatível ROLIM TEIXEIRA.
com Paracoccidiodes brasilienses. Iniciado tratamento,
seguido de melhora clínica. Conclui-se que, apesar de rara, Resumo
paracoccidioidomicose pancreática deve ser considerada no
diagnóstico diferencial de tumores intra-abdominais em áreas Relata-se um caso de tumor carcinoide de reto diagnosticado
endêmicas. durante investigação de enterorragia. Paciente previamente hígido,

GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334

 A NAIS DA X S EMANA B RASILEIRA DO A PARELHO D IGESTIVO

masculino, 35 anos, apresentou durante colonoscopia pólipo com 0.5 diferencial é abrangente e os exames complementares, assim
cm de diâmetro. A histopatologia e imunohistoquímica confirmaram como a patologia com técnica de imunohistoquímica são
tumor carcinoide. Realizou ecoendoscopia que demonstrou essenciais para o seu diagnóstico e decisão terapêutica.
tumor confinado à mucosa. Optou-se por remoção da lesão por
mucosectomia endoscópica. Em até metade dos casos não há
sintomas no momento do diagnóstico destas neoplasias. A maioria
dos carcinoides de reto (82%) não apresenta invasão no momento
do diagnóstico. Lesões pequenas confinadas a mucosa e submucosa
são tratadas adequadamente por mucosectomia endoscópica com
baixo risco de recidiva.

Tumor Glômico do Esôfago Mimetizando

Cisto de Duplicação Esofágico – Relato
de Caso
Autora: MARIA HELENA LOUZADA.

Resumo
Tumores da camada submucosa do esôfago são achados
334 incidentais durante endoscopia digestiva alta. Entretanto, a
diferenciação dessas lesões é crucial para a decisão terapêutica,
uma vez que algumas podem apresentar potencial maligno.
A ecoendoscopia associada à punção ecoguiada para coleta
de material possibilita o diagnóstico diferencial de neoplasias
benignas, malignas e de lesões não neoplásicas como os cistos
de duplicação esofágicos. O tumor glômico é uma neoplasia
mesenquimal rara que habitualmente se apresenta como massa
subcutânea nas extremidades, especialmente região subungueal
dos quirodáctilos. Casos raros de apresentação em tecidos moles
profundos e vísceras como pulmão, rim, ovário e estômago já foram
descritos. A localização esofagiana do tumor glômico é também
muito rara, com poucos casos relatados na literatura. Objetivo:
Relatar um caso raro de tumor glômico primário do esôfago,
cuja apresentação mimetizou um cisto de duplicação esofagiano
e revisar o diagnóstico diferencial das lesões submucosas do
esôfago. Relato do caso: Paciente feminina de 45 anos, com
quadro de pirose evoluindo recentemente para odinofagia e
leve disfagia para sólidos. Realizou endoscopia digestiva alta
que evidenciou lesão arredondada submucosa de esôfago. A
tomografia de tórax mostrou formação nodular hipodensa de 3 cm
na parede lateral direita do esôfago proximal. A ecoendoscopia
mostrou lesão hipoecóica de limites bem definidos, medindo 5
cm, com camada muscular hipoecóica na parede posterior e
reforço acústico posterior. A impressão foi de cisto de duplicação
esofagiano com componente mais sólido que o habitual. Na
tentativa de marsupialização endoscópica, observou-se tumor
sólido. A punção ecoguiada evidenciou tumor glômico primário
do esôfago (actina, vimentina, S-100 e BCL-2 positivos. CD117,
cromogranina e CD34 negativos). Conclusões: O tumor glômico
tem origem perivascular proveniente do corpo glômico, sendo a
localização esofagiana de ocorrência muito rara. O diagnóstico

GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334

 PRÊMIO JOVEM GASTRO I-V

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GED gastroenterol. endosc.dig. 2011: 30(Supl.4):28-334