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MERCADO:

Noção de mercado:

Ao falarmos de mercado muitas ideias nos vêm à cabeça. Já ouvimos certamente falar
no mercado do Bulhão, no Porto, ou no mercado da Ribeira, em Lisboa. Já ouvimos
também certamente alguém dizer: “Fui ao mercado” – querendo com isso dizer que
foram ao “Supermercado” ao “Hipermercado” à “Praça” ou à “Feira”. Todas estas
expressões têm em comum o facto de serem locais onde se podem encontrar os bens que
necessitamos, os bens para satisfazerem as nossas necessidades...
Também é frequente ouvirmos falar em “preço do mercado internacional” de um
determinado produto..., “mercado de Capitais”, “mercado de Trabalho”, etc. Ao
ouvirmos estes conceitos verificamos que eles não correspondem a lugares concretos
onde possamos adquirir coisas.

O conceito de mercado tem dois sentidos:

- Concreto: Lugar onde se encontram vendedores e compradores.


- Abstracto: Conjunto de possíveis vendedores e compradores.

É através do mercado que se adequam a oferta e a procura de cada bem, de modo que é
garantida aos consumidores a produção dos bens que necessitam e aos produtores a
certeza de que venderão os bens que irão produzir, isto é, no mercado chega-se à
compatibilização entre a oferta e a procura de um bem para certo preço.

Mercado “É o elemento fundamental da actividade económica dos países capitalistas


modernos. O processo de troca é o centro da vida produtiva nos países de economia de
mercado. O mercado é o lugar de encontro entre o que deseja comprar (Procura) e
o que deseja vender (Oferta), onde se realizam as trocas dos bens”.
O mercado é a realidade de uma troca que se concretiza por um preço ou equivalente
monetário do valor do bem.

No mercado interagem diversos elementos:

- Oferta,
- Procura,
- Moeda,
- Preços.

Num sistema de mercado, cada mercadoria e cada serviço têm um preço.

CLASSIFICAÇÃO DOS MERCADOS:

Critérios de definição dos mercados:

1 – Quantidade –número de participantes e sua importância.


2 – Interdependência –relações que se estabelecem entre os vendedores.
3 – Natureza do bem transaccionado.

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Apontamentos de Alfredo Garcia
O critério da quantidade, do número de participantes, não é suficiente; não é possível
determinar o número a partir do qual se passa da Concorrência ao Oligopólio. Um
grande número de vendedores, só por si, não é suficiente para dizermos que há
concorrência pura. Em concorrência é necessário que haja atomicidade do mercado,
ou seja, é necessário que existam muitos vendedores (quantidade) mas que não
estejam em condições de influenciar ou dominar o mercado, isto é, não
estabeleçam acordos entre si (interdependência) para controlar a oferta...
Em concorrência existem muitas empresas, mas cada uma apenas representa uma
parte muito pequena da oferta global – atomicidade do mercado.

É também necessário, para que estejamos perante um mercado de concorrência


perfeita, que o bem transaccionado seja de determinada natureza, é necessário que
seja homogéneo, isto é, tenha características uniformes, idênticas, semelhantes, de
tal modo que os compradores não têm razão, ou motivo, para preferirem um
vendedor a outro.

Por ex: são produtos homogéneos:

- matérias-primas,
- Produtos agrícolas,
- Artigos manufacturados sem indicação de marca ou de proveniência, etc.

É a homogeneidade do bem que faz com que seja indiferente para os compradores
adquirirem o bem que necessitam ao vendedor A ou ao vendedor B. É indiferente
beber uma “bica” no café da esquina ou num café de um centro comercial. É indiferente
comprar maçãs, batatas, laranjas, etc. na “mercearia do Delfim” ou nos hipermercados
Continente ou Jumbo. Porquê? Porque se trata de bens homogéneos, bens que têm
características idênticas, uniformes...

Em conclusão:

Na classificação dos mercados temos que ter em conta estes três critérios:

- Quantidade dos participantes,


- Relações que estabelecem entre si,
- Natureza dos bens transaccionados (Homogénea ou não...).

Em sítese, pela utilização dos critérios enunciados os mercados distinguem-se em:

- Mercado de Concorrência perfeita,


- Mercado de Oligopólio,
- Mercado de Monopólio.

Mercado de concorrência perfeita:

No mercado de concorrência perfeita existe um grande número de vendedores


(pequenos) que não estabelecem acordos entre si para controlar a oferta ou dominar o
mercado (atomicidade do mercado).

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Apontamentos de Alfredo Garcia
Assim, são características do mercado de concorrência perfeita:

- Existência de um grande número de vendedores e de compradores,


- Nenhum vendedor estar em condições de dominar o mercado,
- É livre a entrada de novos vendedores bem como a saída de qualquer vendedor...
- O produto é homogéneo.

No mercado de concorrência pode não se verificar alguma ou algumas das


características referidas anteriormente. Mas para estarmos perante um mercado de
concorrência perfeita (Pura)é necessário que se verifiquem todas aquelas características.

Mercado de Oligopólio:

O mercado de Oligopólio caracteriza-se pela existência de:

- Vários compradores e vendedores,


- Produtos não homogéneos.

São exemplos de Oligopólios, os Bancos, as Gasolineiras... As empresas estabelecem


acordos entre si que podem ser meramente tácitos e que se podem traduzir por
exemplo na fixação de preços ou na divisão do mercado. Por exemplo, verificamos
que o preço da gasolina não varia muito de gasolineira para gasolineira; seja qual for a
gasolineira o preço da gasolina ou do gasóleo é praticamente o mesmo. Verificamos
também que há determinadas empresas gasolineiras que predominam em determinadas
zonas do país; há zonas em que há mais gasolineiras B.P. ou Mobil, ou outra qualquer.
Isto é o resultado do tal acordo, que pode ser meramente tácito, entre os vendedores
estabelecendo, fixando, os preços e dividindo entre si o mercado.

Mercado de Monopólio:

A situação de monopólio caracteriza-se pela existência de uma única grande unidade de


produção a oferecer, no mercado, um determinado bem. Em Monopólio essa grande
unidade produtiva, esse grande produtor, esse grande vendedor domina, controla
completamente o mercado. O preço do bem não resulta da concorrência entre
produtores, nem do livre jogo da oferta e da procura – que não existe – mas sim dos
objectivos do produtor que pretende obter o lucro máximo. Em todo o caso, mais
adiante vamos ver que mesmo assim o estabelecimento do preço em monopólio situa-se
num valor próximo do valor que resulta do valor do bem no mercado de concorrência,
isto é o preço de monopólio aproxima-se geralmente do preço de concorrência..
O mercado de Monopólio caracteriza-se pelo domínio do mercado por um grande
produtor que domina o mercado, que controla a oferta.

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Apontamentos de Alfredo Garcia
PROCURA:

A procura de um bem é a quantidade desse bem que as pessoas estão dispostas a


adquirir a um determinado preço.

Lei da Procura:

A quantidade procurada de um bem varia na razão inversa do seu preço.

A procura de um bem depende do preço desse bem.O preço de um bem influencia a


quantidade procurada desse bem.
Mas há outros factores, além do preço, que podem influenciar a procura.

Outros factores, além do preço, que podem influenciar a procura:

- O rendimento médio dos consumidores,


- A dimensão do mercado,
- O preço e a disponibilidade de outros bens, sobretudo daqueles que são bons
substitutos do bem em questão,

- Factores subjectivos:

- Gostos e preferências dos consumidores:


* Podem corresponder a necessidades genuínas (água para matar a sede), ou
* Corresponder a necessidades criadas artificialmente pela publicidade (por
exemplo o consumo de determinadas bebidas).

- Tradição,

- Moda,

- Religião ( proibição de consumo de carne de porco em algumas religiões).

Vamos verificar como se comporta a procura quando se tem em conta apenas o preço de
um determinado bem e quando se têm em conta também os outros factores, além do
preço, que podem influenciar a procura.

Vejamos primeiro o que acontece à procura de um bem, por exemplo as laranjas,


quando se tem em conta apenas o seu preço.

Situação Preço Kg. Laranja Quantidade Procurada/Caixas


de 25 Kg
A 130 10
B 110 25
C 90 40
D 70 55
E 50 65

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Apontamentos de Alfredo Garcia
Curva da procura:

Quadro 1.

Função Procura de Mercado Situação A


Situação B
Situação C

140
130
120
110
100
90
80
Preços

70
60
50
40
30
20
10
0
0 10 20 30 40 50 60 70 80

Quantidades

A curva da procura inclina-se da esquerda para a direita e de cima para baixo.

O que acontece à curva da procura se para além dos preços tivermos em conta os outros
factores que podem influenciar a procura.

Por exemplo o que acontece à curva da procura de laranjas se:

- Ouver mudança de gostos (motivada pela publicidade, por ex.),


- Aumentar bruscamente o preço de outras frutas,
- Aumentar o rendimento dos consumidores,
- Expectativa de que os preços das laranjas aumente muito na semana seguinte.

Em todos estes casos a procura de laranjas aumentará.

A curva da procura deslocar-se-à, neste caso, mais para a direita.

Chama-se variação da procura a esse deslocamento da curva da procura causada


pela variação de um ou mais factores que podem influenciar a procura.

A curva pode deslocar-se para fora, para a direita se ouver um aumento das quantidades
procuradas (recta encarnada no gráfico 1) e deslocar-se-à para dentro, para a esquerda se
as quantidades procuradas diminuirem (recta azul no gráfico 1).

Podemos verificar isso através de dois exemplos.

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Apontamentos de Alfredo Garcia
No primeiro exemplo, suponhamos que os preços se mantêm: 130, 110, 90, 70 e 50,
e as quantidades procuradas aumentam respectivamente para: 15, 30, 45, 60 e 70
caixas de laranjas de 25 Kg cada, por influencia de um ou mais factores que podem
influenciar o consumo, nomeadamente:

- mudança nos gostos dos consumidores (motivada pela publicidade, por ex.),
- Aumentar bruscamente o preço de outras frutas,
- Aumentar o rendimento dos consumidores,
- Expectativa de que os preços das laranjas aumente muito na semana seguinte.

Verificamos, neste caso, no quadro 1, que a curva da procura de facto se desloca para
fora, para a direita (recta encarnada).

No segundo exemplo suponhamos que mantendo-se os mesmos preços de cada Kg de


laranjas: 130, 110, 90, 70 e 50, as quantidades procuradas diminuem por influência dos
outros factores que influenciam o consumo respectivamente para: 5, 20, 35, 50 e 60
caixas de laranjas de 25 Kg cada.

Verificamos, neste segundo caso, no quadro 1, que a curva da procura de facto se


desloca para dentro, para a esquerda (recta azul).

Elasticidade da Procura:

A elasticidade da procura pode definir-se como sendo a medida da procura


relativamente à variação do preço de um bem ou serviço. A elasticidade da procura
mede a relação que existe entre a variação relativa da quantidade procurada de um bem
Δq. em relação à quantidade inicialmente procurada q. e a variação relativa do preço de
um bem Δp. em relação ao preço inicial do bem p.
A elasticidade da procura (elasticidade da quantidade procueada - e.q.p.) é-nos dada
pela fórmula:

Δq.
q. p. Δp.
_____ ____ . _____
e.q.p. = =
Δp. q. Δq.
p.

Dito de outro modo:

Variação % da quantidade procurada de um bem X


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A elasticidade da procura =
Variação % do preço do bem X

A elasticidade da procura varia entre duas situações extremas, isto é, a elasticidade da


procura varia entre :

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A Procura pode ser:

- Rígida ou perfeitamente inelástica – Diz-se que a elasticidade da procura de


um bem é rígida ou perfeitamente inelástica se apesar de um grande aumento do
preço desse bem, as quantidades procuradas do mesmo bem não diminuem, isto
é: perante uma situação em que um grande aumento do preço não implica
variações nas quantidades procuradas desse bem a procura dir-se-à Rígida ou
perfeitamente inelástica,
- Perfeitamente elástica ou elasticidade forte – Diz-se que a procura de um bem
é perfeitamente elástica ou de elasticidade forte se perante uma variação
pequena do preço a variação das quantidades procuradas é muito grande,
- Elástica – É a que se verifica entre aquelas duas situações extremas.

Factores ou características de que depende a elasticidade da procura de um bem:

A elasticidade da procura de um bem depende:

- Da natureza do bem e lugar que esse bem tem na estrutura de consumo do


agente económico (por ex: ser um bem alimentar ou um bem de luxo),
- Da possibilidade de substituição desse bem por outros bens. Se o bem em
causa possui poucos substitutos a sua procura será relativamente rígida (é o que
se passa por ex: com o Sal). Se o bem possui substitutos a elasticidade é forte (é
o que se passa por ex: com a manteiga que pode facilmente ser substituída pela
margarina,
- Das alterações na procura de um bem complementar de outro – café e
açúcar, por exemplo, quando acontecem variações do preço de um deles.

As características definidas para os bens são relativas e não dependem só das qualidades
técnicas dos bens. O costume e a publicidade têm aqui um papel importante. Por
exemplo, as campanhas contra o uso do açúcar - porque o seu consumo pode ser
prejudicial para a saúde - podem fazer diminuir o seu consumo, sem que diminuam os
consumos dos bens complementares.

OFERTA:

A pocura é a quantidade de um bem que os produtores estão dispostos a vender a um


determinado preço:

Lei da Oferta:

A quantidade oferecida de um bem varia na razão directa dos preços.

A Oferta, tal como a procura, também é influenciada ou condicionada pelo preço dos
bens.

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Apontamentos de Alfredo Garcia
É óbvio que o preço de um bem influencia a sua oferta. Naturalmente um
produtor estará disposto a aumentar a oferta, a vender mais, se o preço do
bem que produz, por ex. As laranjas, aumentar. Quanto maior for o preço
do bem maior será a quantidade oferecida, pois maiores serão também os
lucros… Se o preço de um bem baixar abaixo do custo de produção, os
produtores deixarão de produzir esse bem e passarão eventualmente a
produzir outro bem.

Vejamos como reaje a Oferta de laranjas relativamente à alteração do preço:

Situação Preço Kg. Laranja Quantidade Oferecida/Caixas


de 25 Kg
A 130 65
B 110 50
C 90 40
D 70 25
E 50 10

Curva da Oferta:

Quadro 2.

FUNÇÃO OFERTA
140
130
120
110
100
90
80
Preços

70
60
50
40
30
20
10
0
0 10 20 30 40 50 60 70 80
Quantidades

Verificamos que a representação gráfica da curva da oferta se desloca da esquerda para


a direita e de baixo para cima, o que quer dizer que à medida que o preço do bem
aumenta, aumenta também a quantidade oferecida desse bem e a curva da oferta
deslocar-se-à para for a, para a direita. Se o preço do bem diminuir, sem que se
verifiquem alterações nos outros factores que podem influenciar ou determinar a
oferta, as quantidades oferecidas diminuem, a curva da oferta deslocar-se-à para

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Apontamentos de Alfredo Garcia
dentro, para a esquerda. O que demonstra a Lei da Oferta: “ A oferta de um bem varia
na razão directa dos preços”.

Mas pode acontecer que apesar do preço do bem baixar a oferta desse bem pode manter-
se ou até aumentar, por influência de alterações ocorridas nos outros factores que podem
influenciar a oferta, como veremos de seguida.

Tal como a procura, também a oferta pode ser influenciada, além do preço, por outros
factores.

Factores que influenciam ou determinam a Oferta:

- Variações da procura,
- Alterações dos preços das matérias-primas,
- Variações salariais,
- Mudanças tecnológicas,
- Alterações nos preços dos bens complementares e dos bens sucedâneos,
- Sazonalidade,
- Condições climatéricas,
- Grau de conservação dos produtos,
- Previsões do produtor relçativamente à relação preço-custo.
- Intervenção do Estado subsidiando ou penalizando determinadas produções.

Vejamos o que acontece à Oferta quando temos em conta também um ou vários


dos factores acima indicados que podem influenciar a oferta:

Dissemos que apesar do preço do bem poder baixar, a oferta pode manter-se ou até
aumentar. Exemplifiquemos:

Suponhamos que o preço das laranjas baixa, mas verificam-se mudanças nos outros
factores que podem influenciar a oferta, nomeadamente:

- Diminuem os custos de produção, por ex: baixam os salários e as matérias-


primas,
- Há progressos tecnológicos que permitem produzir mais, que são mais
eficientes,
- Baixam os preços dos bens substitutos, por exemplo, baixa o preço das outras
frutas.

Em todos estes casos apesar do preço da laranja baixar a oferta de laranja pode manter-
se ou até aumentar sem que isso implique uma perda de lucros dos produtores. A oferta
poderá aumentar porque também se produz com menos custos o que permitirá continuar
a obter ou até aumentar os lucros dos produtores, da oferta.

Os deslocamentos para fora, para a direita, da curva da oferta devem-se a alterações em


um ou mais dos factores determinantes da oferta que antes eram considerados
constantes. Esses deslocamentos da curva da oferta designam-se por variação da
oferta.

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Elasticidade da Oferta:

A elasticidade da oferta mede a rendibilidade da oferta de um bem ou serviço


relativamente à variação do preço de venda; mede a relação que existe entre a variação
relativa da quantidade oferecida e a variação relativa do preço em relação ao preço
inicial.

A elasticidade da oferta pode variar entre a oferta rígida ou inelástica, isto é, a oferta
não reaje às variações do preço. É o que acontece, por exemplo, com as obras de arte – a
quantidade de obras de arte não pode ser aumentada por decisões económicas, por
auxílio dos factores de produção.

Quando a quantidade dos bens disponíveis pode ser alterada com o auxílio dos factores
de produção, a oferta pode ser elástica ou perfeitamente elástica.

O grau de elasticidade da oferta de um bem depende:

- da existência de stocks ( Quando o produtor possui um determinado stock de


um bem, tomará decisões de oferta em função do preço corrente no mercado e
dos preços previsíveis no futuro. Preferirá armazenar o bem se prevê que o preço
do bem aumente no futuro e procurará vender o máximo se previr que o preço
do bem vai baixar no futuro) e, no caso de estes não existirem,

- da possibilidade de aumento da produção desses bens. Esta possibilidade de


aumento de produção de bens depende:
- Da existência de factores de produção disponíveis. Por exemplo, a
carência de factores de produção disponíveis, em pleno emprego, pode
provocar a rigidez da oferta.
- Da fluidez, da mobilidade dos factores de produção. Mesmo que
tenhamos factores de produção disponíveis, se for difícil a sua fluidez,
a sua mobilidade, se for difícil a sua deslocação de um emprego para
outro ou de uma zona para outra, também aqui poderá haver rigidez da
oferta.

O mercado e a formação dos preços:

No mercado os preços resultam do livre jogo da oferta e da procura.


Segundo a teoria tradicional da economia de mercado os preços resultam da livre
concorrência, do livre jogo da oferta e da procura. A teoria tredicional da economia de
mercado não admite a intervenção do Estado na economia, nem a possibilidade de cada
empresa fixar os seus próprios preços.

Para vermos como se formam os preços segundo a teoria tradicional da economia de


mercado devemos combinar as análise da oferta e da procura.
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Vejamos num diagrama as duas curvas da oferta e da procura, tendo por base o
exemplo das laranjas:

Situação Preços Quant. procurada Quant. Oferecida


A 130 10 65
B 110 25 50
C 90 40 40
D 70 55 25
E 50 65 10

Quadro 3.
FUNÇÃO OFERTA
EQUILÍBRIO DE MERCADO
FUNÇÃO PROCURA
140
130
120
110
100
90
80
Preços

70
60
50
40
30
20

10
0
0 10 20 30 40 50 60 70 80
Quantidades

Verificamos que as curvas da procura e da oferta encontram-se num ponto, onde a


quantidade oferecida é igual à quantidade procurada, é o ponto de equilíbrio ou
preço de equilíbrio. No nosso exemplo das laranjas o ponto de equilíbrio ou preço de
equilíbrio, é aquele que corresponde ao preço 90 a que corresponde a oferta de 40 e a
procura de 40. O ponto de equilíbrio é aquele ponto em que as vontades dos
consumidores (procura) e dos produtores (oferta) se tornam compatíveis – se o
preço das laranjas for mais elevado haverá excesso de oferta e se o preço for mais
baixo do que o preço ou ponto de equilíbrio haverá excesso de procura. O preço de
equilíbrio verifica-se no nível em que a quantidade voluntariamente oferecida é iogual à
quantidade livremente procurada.
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Apontamentos de Alfredo Garcia
Vejamos duas situações:

1ª Situação:

Se o preço fosse de 110 (e não de 90 – preço de equilíbrio no nosso exemplo) a


quantidade procurada seria de 25 e a oferecida seria de 50. Significa isto que haveria
excesso de oferta sobre a procura. Uma parte da produção ficaria por vender.

2ª Situação:

Se o preço fosse de 70 (e não de 90) a procura seria de 55 e a oferta seria de 25. Neste
caso existiria falta de laranja, estaríamos perante um situação de excesso de procura
sobre a oferta. Neste caso haveria falta de laranja e muitas pessoas estariam dispostas a
pagar mais oelas laranjas para as poderem adquirir.

Estes dois casos correspondem a duas situações de desequilíbrio.

Vejamos como se passa de uma situação de desequilíbrio para uma situação de


equilíbrio, através de dois exemplos:

1º exemplo:

Se o preço for de 130 há excesso de laranjas – excesso de oferta – os produtores não


venderão toda a sua produção. Se a quiserme vender toda vão ter que a curto prazo
baixar os preços – diz-se que há uma pressão da procura sobre a oferta para que os
preços baixem. A tendência será para os produtores continuarem a baixar os preços.
Esta pressão só deixará de existir quando à quantidade voluntariamente oferecida
corresponder a quantidade livremente procurada, isto é, quando a oferta e a procura
estiverem equilibradas.

2º exemplo:

Se o preço das laranjas fôr de 50 a procura é 65 e a oferta é 10. A procura é superior à


oferta, há um excesso da procura sobre a oferta. Os consumidores (procura) estarão
dispostos a pagar mais pelas laranjas. Diz-se neste caso que há uma pressão sobre os
preços para subirem. Esta pressão só desaparecerá também quando se atingir de novo o
ponto de equilíbrio.
Pode concluir-se que o preço de equilíbrio se verifica no nível em que a quantidade
voluntariamente oferecida é igual à quantidade livremente procurada.
Num mercado concorrencial, o preço de equilíbrio deve encontrar-se, quando
confrontamos a curva da procura com a curva da oferta, no ponto em que as duas
curvas se cruzam. Este é o ponto que corresponde à compatibilização entre a
procura e a oferta.

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Formação dos preços num mercado de monopólio:

Havendo um só produtor no mercado este fixará o preço atendendo aos custos de


produção e ao lucro desejado, não terá que ter em conta a concorrência na
determinaçãodo preço, não tem que se preocupar com a concorrência porque esta não
existe.
A situação de um só vendedor é rara; acontece em alguns serviços públicos, como a CP,
que possui o monopólio dos transportes de caminhos de ferro. Exitem no entanto muitas
situações de quase-monopólio. Basta pensar por exemplo num merceeiro duma pequena
aldeia isolada que não tem de se preocupar com a concorrência local que não existe.
O objectivo do monopólio consite em dominar a produção e o mercado para poder obter
os maiores lucros possíveis.
Para o monopolista o dado fundamental a ter em conta é a curva da respectiva procura,
cuja elasticidade como sabes depende da natureza do produto e da existência de
sucedâneos.
No mercado de monopólio os preços formam-se de acordo com o princípio da
maximização dos lucros.
Segundo a lei do lucro máximo o preço do monopólio será aquele que garante ao
produtor o lucro máximo total.

Vejamos um exemplo de como uma empresa apesar da sua situação de monopólio não
pode elevar o preço para além de um determinado limite, aquele que lhe permite obter
o lucro máximo.

Vamos considerar um empresa que, num determinado país, tenha o monopólio da


produção de fogões:

Preços Quantidade Receita Total


P Q RT = P x Q
200 0 0
180 1 180
160 2 320
140 3 420
120 4 480
100 5 500
80 6 480
60 7 420
40 8 320

No exemplo dado verificamos que o preço de 100 é aquele que permite à empresa a
obtenção do lucro máximo. Se a empresa pretendesse vender os fogões a um preço
superior a 100, apesar de ganhar mais em cada fogão, em cada unidade, no conjunto das
vendas o lucro total seria menor.
Pode concluir-se que qualquer empresa mesmo na situação de monopólio não pode
elevar o preço para além de um determinado limite, aquele que lhe permite obter o
máximo lucro total.

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