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Still (APUD: Barkley, 2008) também constatou que havia prevalência dos
casos no sexo masculino para a hiperatividade, cuja manifestação ocorre antes
dos 08 anos. Inicialmente o transtorno foi definido como distúrbio neurológico,
vinculado a lesão cerebral na área central, recebendo várias nomenclaturas como
Lesão Cerebral, Disfunção Cerebral Mínima, Reação Hipercinética da Infância.
Somente em 1980, o diagnóstico de Transtorno de Déficit de Atenção foi
formalmente reconhecido no Diagnostic and Statstical Manual, 3rd Edition (DSMIII)
- o Manual de Diagnóstico da Associação Americana de Psiquiatria. A versão
revisada de 1984 agregou o termo Hiperatividade, de modo que hoje, oficialmente
recebe o nome de Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade.
Quanto às causas deste transtorno Barkley (2008), afirma que os estudos
científicos já passaram por vários momentos. Inicialmente indicavam que fatores
neurológicos e genéticos desempenhavam um papel substancial nas origens e na
expressão deste transtorno.
Outra corrente de pesquisa é a neuropsicológica onde se encontra
evidências substanciais de déficits na inibição comportamental, na atenção
prolongada (persistência de tarefas), na resistência a distrações e no
funcionamento executivo (a internalização da fala, na memória de trabalho verbal,
na memória de trabalho temporal-sequencial, na coordenação motora e no tempo
dos movimentos motores finos, na auto-regulação emocional e motivacional, na
fluência verbal e no planejamento). Estas são funções executivas e são mediadas
pelo córtex pré-frontal e suas redes com os gânglios basais e o cerebelo,
sugerindo que essas regiões podem desempenhar papel fundamental no TDAH
(Barkley ,2008).
. Recentemente, Sagolden, Johansen, Aase (APUD: Barkley, 2008)
propuseram uma teoria neuroevolutiva do TDAH (tipos combinado e
predominantemente hiperativo-impulsivo), baseada em uma alteração do
funcionamento da dopamina, que pode ocorrer com o hipofuncionamento de um
dos três circuitos dopaminérgicos identificados no cérebro. O funcionamento
reduzido em uma via mesolímbico no cérebro altera a sensibilidade ao reforço e à
extinção deficiente de comportamentos antes reforçados, podendo levar a
aversões a esperas, hiperatividade, impulsividade e pobre capacidade atencional.
O funcionamento reduzido na via dopamínica mesocortical também pode levar a
deficiência da atenção para um alvo, bem como no planejamento e funcionamento
executivo. Finalmente, o funcionamento reduzido da via dopaminérgica nigro-
estrital resulta no comprometimento da modulação do comportamento motor e
deficiências na aprendizagem e memória, podendo levar a comportamentos
desajeitados e pouco inibição motora, observados no TDAH.
Segundo estes pesquisadores acima citados são necessárias mais
pesquisas antes que essa tentativa inovadora de explicar o TDAH por meios
dessas vias de neurotransmissores possa ser avaliada adequadamente.
Bromberg (coordenadora do Grupo de Orientação sobre o Transtorno de
Déficit de Atenção/hiperatividade GOTAH) afirma que o TDAH é uma deficiência
neurobiológica, de origem genética, de prevalência segundo (American Psychiatric
Association, 2000) que afeta de 3 a 5% de todas as crianças em idade escolar.
Muitos destes sintomas acompanham o crescimento e 30 a 70% dos portadores
podem vir a ter dificuldades emocionais, profissionais em seus relacionamentos
sociais e afetivos até a vida adulta.
Russel & Cols. (2008), afirmam que conforme atestado pelos numerosos
cientistas que assinam o manual para tratamento e diagnóstico do TDAH, não
existe dúvida entre os principais pesquisadores clínicos do mundo de que o TDAH
envolve uma deficiência séria em um conjunto de habilidades psicológicas, e que
os déficits de inibição comportamental e atenção prolongada são centrais no
transtorno.
Segundo Barkley (2008), o TDAH não é benigno. Para aqueles que o
acomete, pode causar problemas devastadores. Estudos de segmento de
amostras clínicas sugerem que os indivíduos que apresentam o transtorno, em
comparação com os que não apresentam são mais propensos a abandonar a
escola (32 a 40%), raramente concluem a faculdade (5 a 10%), têm pouco ou
nenhum amigo (50 a 70%), apresenta fraco desempenho no trabalho (70 a 80%),
participam de atividades anti-sociais (40 a 50%) e usam tabaco ou drogas ilícitas
mais que o normal. Além disso, as crianças que crescem com TDAH são mais
suscetíveis a ter gravidez na adolescência (40%) e doenças sexualmente
transmissíveis (16%), sofrer muitos acidentes de carro, ter depressão de (20 a
30%), transtornos de personalidade (18 a 25%) quando adultas e, de centenas de
outras maneiras, lidam mal com suas vidas e frequentemente colocam-na em
perigo.
Ainda assim com todo este histórico, COOK (APUD: Barkley, 2008) afirma
que estudos indicam que menos da metade das pessoas com o transtorno têm o
diagnóstico e recebem tratamento.
Os indivíduos com TDAH possuem sintomas crônicos como a desatenção e
ou impulsividade-hiperatividade. Acredita-se que apresentem estas características
desde cedo em suas vidas, em grau excessivo ou inadequado para a idade ou
nível de desenvolvimento, e entre uma variedade de situações que excedem a sua
capacidade de prestar atenção, restringirem movimentos, inibirem impulsos,
regular o próprio comportamento no que diz respeito às regras ao tempo e ao
futuro.
As principais características do TDAH e os critérios diagnósticos
desenvolvidos oficialmente para uso clínico estão estabelecidos no DSM-IV da
American Psychiatric Association (1994), estipulam que os indivíduos devem ter
apresentado sintomas de TDAH por pelo menos seis meses, que esses sintomas
devem ocorrer em um grau que represente inadequação ao nível desenvolvido, e
que tais sintomas que produzem comprometimentos surgem até a idade de 07
anos. A partir desta lista de desatenção, seis dos nove itens devem ser
identificados como inadequados ao nível de desenvolvimento. Também se deve
considerar a partir das listas de Hiperatividade e impulsividade combinadas, seis
dos nove itens identificados como inadequados. O tipo de TDAH a ser
diagnosticado depende de satisfazerem-se critérios para a Desatenção,
Hiperatividade-Impulsividade, ou ambos: tipo predominante desatento (TDAH D),
tipo predominantemente hiperativo-impulsivo (TDAH-HI) ou tipo combinado
(TDAH-C).
As questões usadas para fazer o diagnóstico foram selecionadas
principalmente de análises fatoriais de itens de escalas de avaliação de pais e
professores, que já apresentam intercorrelações elevadas entre si e com outras
dimensões assim como para distinguir crianças com TDAH de outros grupos de
crianças.
Segundo Conners (2009), seguindo o DSM-IV (1994) os critérios são seis
ou mais itens dos seguintes sintomas:
1- Desatenção
a) Frequentemente não presta atenção a detalhes ou comete erros por omissão
em atividades escolares, de trabalho ou outras.
b) Com frequência tem dificuldade em manter a atenção em tarefas ou atividades
lúdicas.
c) Com frequência parece não ouvir quando lhe dirigem a palavra.
d) Com frequência não segue instruções e não termina seus deveres escolares,
tarefas domésticas ou deveres profissionais (não devido a comportamento de
oposição ou incapacidade de compreender instruções).
e) Com frequência tem dificuldade para organizar tarefas e atividades.
f) Com frequência evita, demonstra ojeriza ou reluta em envolver-se em tarefas
que exijam esforço mental constante (como tarefas escolares e deveres de casa).
g).Com freqüência perde coisas necessárias para tarefas ou atividades
(.ex,brinquedos, tarefas escolares, lápis, livros ou outros materiais)
h) É facilmente distraído por estímulos alheios à tarefa.
i) Com frequência apresenta esquecimento em atividades diárias.
2- Hiperatividade
Seis ou mais itens dos sintomas de hiperatividade persistirem pelo período de
06 meses em grau adaptativo e inconsistente com o nível de desenvolvimento.
a) Frequentemente agita as mãos ou os pés ou se remexe na cadeira
b) Frequentemente abandona sua cadeira na sala de aula ou outras situações
nas quais se espera que permaneça sentado
c) Frequentemente corre ou escala demais, em situações impróprias (em
adolescentes e adultos, pode estar limitado a sensações subjetivas de
inquietações).
d) Com frequência tem dificuldade para brincar ou se envolver silenciosamente em
atividades de lazer
f) Está frequentemente “a mil” ou muitas vezes age como se estivesse “a todo
vapor”.
g) Frequentemente fala em demasia
3- Impulsividade
a) Frequentemente dá respostas precipitadas antes de as perguntas terem sido
completamente formuladas
b) Com frequência tem dificuldade para aguardar sua vez
c) Frequentemente interrompe ou se intromete em assuntos alheios (p.ex, em
conversas ou brincadeiras)
Benczink (2000) no manual da escala de Transtorno de Déficit de Atenção/
Hiperatividade afirma que a utilização de escalas e inventários já é consagrada na
literatura internacional, constituindo-se em uma importante tradição durante a
avaliação psicológica e diagnóstica nos casos de Transtorno do Déficit de
Atenção/ Hiperatividade (Barkley, 2008). O seu uso tem mostrado sensibilidade
em estudos controlados e demonstra confiabilidade. Dentro deste processo de
avaliação psicológica tais escalas tornam-se úteis como ferramentas auxiliares no
processo diagnóstico, mas não servem como instrumento isolado. A avaliação
deve ser realizada por uma equipe multiprofissional, cabendo ao médico
neurologista ou na área da psiquiatria, fechar o diagnóstico.
Além dos principais problemas de desatenção, impulsividade e
hiperatividade, as crianças com TDAH, podem apresentar problemas cognitivos,
evolutivos, acadêmicas e mesmo médicos.
Dentre eles, um é o “funcionamento adaptativo”, referindo-se à realidade
das atividades cotidianas exigidas para a suficiência pessoal e social (Barkley
2008). Este comportamento adaptativo via de regra, diz respeito ao
desenvolvimento pela criança de habilidades e capacidades que a ajudem a se
tornarem um indivíduo independente, responsável e cuidadoso consigo mesmo.
Este domínio da auto suficiência envolve: 1-habilidades relacionadas com
cuidados pessoais, 2- habilidades interpessoais, como compartilhamento,
cooperação 3 - habilidades motoras 4-habilidades de comunicação 5-
responsabilidade social.
O desempenho acadêmico é outro fator que esta criança ou adolescente
encontrará dificuldade. Em função disso, percebe-se que a maioria das crianças
com este diagnóstico apresentam mau desempenho escolar (a produtividade do
trabalho em sala de aula) e no desempenho acadêmico (o nível de dificuldade
daquilo que as crianças já aprenderam e dominaram).
Acredita-se que esta característica resulte do comportamento de
desatenção, impulsividade, e inquietação em sala de aula. Segundo Conners
(2009) quando estas crianças chegam a adolescência pode ser difícil diferenciar o
TDAH de outros transtornos porque estão em um estágio de desenvolvimento em
que o risco de depressão e de outras doenças psiquiátricas é maior, havendo
maior probabilidade de acúmulo de transtornos co-mórbidos tais como: o
Transtorno da Ansiedade, Transtorno do humor, Transtorno Desafiador de
Oposição, Transtorno Obsessivo-Compulsivo.
Estes sujeitos que possuem o transtorno do TDAH, tem seus direitos assegurados
em lei e como produtores de sua história, que vem sendo produzida pela forma
como os sujeitos pensam e agem, conservam ou transformam o sentido dado
pelas relações sociais estabelecidas nas interações com o meio e com outros
sujeitos, produzindo idéias e representações, a pessoa com este transtorno ficará
a margem do processo, pois as suas condições de participação não são as
mesmas que outros alunos. Vygostky (1994), em sua teoria enfatiza o papel
da aprendizagem no desenvolvimento do ser humano, considera complexo o
processo, pois nelas estão incluídas inúmeras variáveis, sendo eles: aluno,
professor, contexto escolar, família, concepção teórica, organização curricular
entre outras.
Na concepção de Vygotsky,(1994) entende-se que o desenvolvimento
humano é um processo sócio-histórico, construído nas inter-relações
estabelecidas entre o sujeito e seu contexto e que, a construção do conhecimento
se dá pela mediação do outro. Assim sendo, a rede de relações devem se
estabelecer a partir do diagnóstico do Transtorno, para que haja compreensão
deste indivíduo em todas as dimensões, estabelecendo as contradições, pois
nenhum ser humano é igual ao outro, portanto necessita ser visto na sua
totalidade e desta forma engendrar novas alternativas e estratégias de superação.
Segundo Goldstein (2000), uma das alternativas é o tratamento coordenado
entre os profissionais das áreas médicas, saúde mental e pedagógica em conjunto
com os pais. Esta combinação de tratamento que devem ser oferecidos por
diversas fontes é denominada de intervenção multiprofissional. Um tratamento
com este tipo de abordagem inclui:
• Treinamento dos pais quanto à verdadeira natureza do TDAH e o
desenvolvimento de estratégias de controle efetivo do comportamento
• Um programa pedagógico adequado.
• Aconselhamento individual e familiar, quando necessário, para evitar o
aumento de conflitos na família.
• Uso de medicação, quando necessário.
Mattos (2008) afirma que os medicamentos mais utilizados para controle do
TDAH são os estimulantes; 70% a 80% das crianças e dos adultos com TDAH
apresentam resposta positiva. Este tipo de medicamento é considerado
“performance enhancer” (reforçador de desempenho). Portanto, eles podem, até
certo ponto, estimular a performance de todas as pessoas. Mas em razão do
problema específico que apresentam, crianças com TDAH demonstram melhora
significativa, com redução do comportamento impulsivo e hiperativo e aumento da
capacidade de atenção. Desta forma, para identificar a realidade em que se
encontra este aluno, se faz necessário à utilização de procedimentos adequados
existentes a cada caso, assim como analisar os fatores que determinam o
aprender e o não aprender, no contexto escolar. É necessário que haja
conhecimento e compreensão do assunto e, portanto, recursos avaliativos para a
identificação das necessidades individuais desta pessoa para assegurar-lhes a
aprendizagem.
Segundo Vygotsky (1994), na prática educacional da escola a avaliação
não deve ser utilizada apenas como instrumento de classificação e seleção, mas
com o objetivo de superação e emancipação humana.
Arroyo (1994) diz que a escola nos permite ver os educandos como centro
da ação educativa. Sendo eles o centro as variáveis desde aprender deve-se levar
em consideração não só as lógicas dos complexos mentais, e sociais mas
também respeito aos tempos escolares, revendo toda a organização pedagógica
, tendo os alunos como sujeitos deste referencial.
Enfim, que a estrutura da escola e do sistema traduza os avanços havidos
na concepção do direito à educação básica como direito humano de pessoas
concretas com suas trajetórias humanas, Se respeitarmos os tempos de vida
escolares dos educandos, não é tudo, mas ao menos poderá significar um avanço
na direção de reconhecer a urgência em construir referenciais mais humanos,
mais democráticos e que respeitem a diversidade.
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