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- Preâmbulo
- Título I - Dos Fundamentos da Organização Municipal
- Título II - Dos Direitos e Garantias Fundamentais
- Título III - Da Organização Municipal
- Título IV - Da Organização dos Poderes
- Título IV - Da Organização dos Poderes
- Título V - Do Poder executivo
- Título VI - Do Sistema Tributário, Finanças e do Orçamento
- Título VII - Da Ordem Econômica, Financeira e do Meio Ambiente
- Título VIII - Da Ordem Social
- Título IX - Disposições Gerais
- Atos das Disposições Orgânicas Transitórias
Preâmbulo
TÍTULO II
Da Organização Municipal
TÍTULO IV
TÍTULO V
Do Poder Executivo
TÍTULO VI
TÍTULO VII
TÍTULO VIII
Da Ordem Social
TÍTULO IX
Disposições Gerais
PREÂMBULO
Art. 3o - Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos
ou diretamente, nos termos das Constituições Federal e Estadual e desta Lei Orgânica.
Art. 4o - Todos têm direito a participar, pelos meios legais, das decisões do Município e
do aperfeiçoamento democrático de suas instituições, exercendo-se a soberania popular pelo
sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, além do plebiscito, do referendo e da iniciativa
popular no processo legislativo.
Parágrafo Único - O Município, assegura e garante, nos termos da lei, a participação da
coletividade na formulação e execução das políticas públicas em seu território, como, também, no
permanente controle popular da legislação e da moralidade dos atos dos Poderes Municipais.
TÍTULO II
DOS DIREITOS
E GARANTIAS FUNDAMENTAIS
CAPÍTULO I
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS
Art. 9o - As omissões do Poder Público que tornem inviável o exercício dos direitos
constitucionais serão sanadas na esfera administrativa, sob pena de responsabilidade da autoridade
competente, no prazo fixado em lei, após requerimento do interessado, sem prejuízo das demais medidas
judiciais cabíveis.
CAPÍTULO II
DOS DIREITOS SOCIAIS
CAPÍTULO III
DA FAMÍLIA, DA CRIANÇA,
DO ADOLESCENTE, DO IDOSO
Art. 16 - As empresas públicas e as fundações mantidas pelo Poder Público Municipal que
receberem menores de 14 a 18 anos incompletos, para exercerem estágio supervisionado, educativo e
profissionalizante, se obrigam a ministrar-lhes curso específico de profissionalização, remuneração
condizente e alimentação adequada, nos termos da lei.
§ 1o - Considera-se estágio supervisionado educativo e profissionalizante as atividades
realizadas sob forma de iniciação, treinamento e encaminhamento profissional do menor estagiário.
§ 2o - À criança e ao adolescente trabalhadores, inclusive aqueles na condição de
aprendiz, ficam assegurados todos os direitos sociais previstos na Constituição Federal e Estadual.
§ 3o - Caberá ao Município em conjunto com a União e o Estado o atendimento aos
jovens entre 12 e 18 anos, oferecendo-lhes condições de aprendizados técnicos, carentes na sociedade,
que habilitem sua absorção no mercado de trabalho.
§ 4o - O Município se utilizará preferencialmente da orientação de profissionais
aposentados e idosos, para o exercício de ensino e treinamento dos jovens em diferentes ofícios.
§ 5o - Serão oferecidos como incentivo aos serviços de orientação dos aposentados e
idosos, área de lazer, recreação, atividades sócio-culturais e atividades de grupos que os mantenham
integrados socialmente.
§ 6o - Os materiais necessários ao funcionamento da instituição e ao desenvolvimento de
ensino e treinamento, deverão ser obtidos através da Administração Municipal, do Convênio e doações
por órgãos particulares.
§ 7o - A distribuição de verbas obtidas no desenvolvimento do trabalho realizado na
instituição reverterá, de acordo com o rendimento em:
a) Aquisição de material interno;
b) Distribuição entre os jovens aprendizes;
c) Distribuição entre os instrutores.
Art. 17 - Poderá ser constituído núcleo municipal de defesa dos direitos humanos e núcleo
municipal de defesa da criança e do adolescente, de acordo com o disposto no Título VIII - Capítulo VIII
- Seção II desta Lei Orgânica, sem ônus para o Município.
CAPÍTULO IV
DA DEFESA DO CONSUMIDOR
TÍTULO III
DA ORGANIZAÇÃO MUNICIPAL
CAPÍTULO I
DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO - ADMINISTRATIVA
Art. 19 - O município de Nova Friburgo, com sede na cidade que lhe dá o nome, dotado
de autonomia política, administrativa e financeira, rege-se por esta Lei Orgânica, e pelas leis que adotar,
observados os princípios constitucionais da República Federativa do Brasil e do Estado do Rio de Janeiro
Art. 21 - São símbolos do Município sua bandeira, seu hino e seu brasão.
Parágrafo Único - A lei poderá estabelecer outros símbolos, dispondo sobre o seu uso no
território do Município, de acordo com o art. 128 desta Lei Orgânica.
CAPÍTULO II
DA DIVISÃO ADMINISTRATIVA DO MUNICÍPIO
SEÇÃO I
Disposições Gerais
SEÇÃO II
DOS DISTRITOS E VILAS
CAPÍTULO III
DOS BENS MUNICIPAIS
Art. 33 - É proibida a doação e venda de qualquer fração dos parques, praças, ruas, jardins
ou largos públicos, permitindo-se tão somente a concessão de uso de pequenos espaços destinados à
venda de jornais e revistas.
Art. 34 - O uso de bens municipais, por terceiros, só poderá ser feito mediante concessão,
ou permissão a título precário e por tempo determinado, conforme o interesse público o exigir.
§ 1o - A concessão de uso dos bens públicos, especial e dominicais dependerá de lei e
concorrência e será feita mediante contrato, sob pena de nulidade do ato, ressalvada a hipótese do § 1º do
art. 31, desta Lei Orgânica.
§ 2o - A concessão administrativa de bens públicos de uso comum também poderá ser
outorgada para finalidades escolares, de assistência social ou turística, mediante autorização
legislativa.
§ 3o - A permissão de uso, que poderá incidir sobre qualquer bem público, será feita,
a título precário, por ato unilateral do Prefeito, através de decreto.
Art. 35 - A utilização e administração dos bens públicos de uso especial, como mercados,
matadouros, estações, recintos de espetáculos e campos de esportes, serão feitas na forma da lei e
regulamentos respectivos.
CAPÍTULO IV
DA ESTRUTURA ADMINISTRATIVA
CAPÍTULO V
DA COMPETÊNCIA DO MUNICÍPIO
SEÇÃO I
Da Competência Privativa
SEÇÃO II
Da Competência Comum
CAPÍTULO VI
DAS VEDAÇÕES
Art. 40 - Além de outros casos previstos nesta Lei Orgânica, ao Município é vedado:
I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o
funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança,
ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público;
II - recusar fé aos documentos públicos ou exigir reconhecimento de firma;
III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si;
IV - subvencionar ou auxiliar, de qualquer forma, com recursos públicos, quer pela
imprensa, rádio, televisão, serviço de alto-falante, cartazes, anúncios ou outro meio de comunicação,
propaganda político-partidária ou a que se destinar a campanhas ou objetivos estranhos
à administração e ao interesse público.
CAPÍTULO VII
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
SEÇÃO I
Disposições Gerais
SEÇÃO II
Dos Servidores Públicos
Art. 44 - São estáveis, após dois anos de efetivo exercício, os servidores nomeados em
virtude de concurso público.
“Art. 44 - São estáveis, após três anos de efetivo exercício, os servidores nomeados para
cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público.
§ 1o - O servidor público estável só perderá o cargo em virtude de sentença
judicial transitada em julgado ou mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla
defesa.
“§ 1º - O servidor público estável só perderá o cargo:
I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;
III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma da lei
complementar, assegurada ampla defesa.” (EMENDA 18)
§ 2o - Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele
reintegrado, e o eventual ocupante da vaga reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização,
aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade.
“§ 2º - Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele
reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a
indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao
tempo de serviço.” (EMENDA 18)
§ 3o - Extinto o cargo ou declarada sua desnecessidade, o servidor estável ficará em
disponibilidade remunerada, até seu adequado aproveitamento em outro cargo.
“§ 3º - Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em
disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço até seu adequado aproveitamento
em outro cargo.” (EMENDA 18)
“§ 4º - Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a avaliação especial
de desempenho por comissão instituída para essa finalidade.” (EMENDA 18)
CAPÍTULO VIII
DOS ATOS MUNICIPAIS
SEÇÃO I
Da Publicidade dos Atos Municipais
Art. 46 - A publicação das leis e atos municipais far-se-á em órgão oficial do Município
ou, na ausência do referido, em jornal local de comprovada penetração nos meios sociais, e dois anos de
circulação ininterrupta.
§ 1o - A contratação do órgão de imprensa para divulgação das leis e atos
municipais será precedida de licitação, em que se levarão em conta não só as condições de preço, como
as circunstâncias de frequência, horário, tiragem e distribuição
§ 2o - Nenhum ato produzirá efeito antes de sua publicação.
§ 3o - A publicação dos atos não normativos, pela imprensa, poderá ser resumida.
§ 4o - Todo reajuste de tarifas deve ser explícita e antecipadamente divulgado.
Art. 47 - Os Poderes Públicos Municipais poderão promover por meio de edição popular,
a divulgação desta Lei Orgânica, do Plano Diretor e do Código de Postura e de Obras.
SEÇÃO II
Dos Livros e Registros
Art. 49 - O Município manterá os livros que forem necessários ao registro de suas
atividades e de seus serviços.
§ 1o - Os livros serão abertos, rubricados e encerrados pelo Prefeito ou pelo
Presidente da Câmara, conforme o caso, ou por funcionário designado para tal fim.
§ 2o - Os livros referidos neste artigo poderão ser substituídos por fichas ou outro
sistema, inclusive processamento de dados, convenientementes autenticados.
§ 3o - Dentre outros, o Município adotará os seguintes livros ou fichas:
I - do termo de compromisso e de posse;
II - de registros de leis, resoluções, decretos, regulamentos, instruções, portarias e
ordem de serviço;
III - de atas das sessões da Câmara Municipal;
IV - de cópias de correspondências oficiais;
V - de contratos em geral;
VI - de concessões, permissões e autorizações de serviços públicos;
VII - de cessões, concessões e permissões de uso de bens públicos;
VIII - de protocolo de indicações de arquivamento de livros e documentos;
IX - de registro da dívida ativa;
X - de declaração de bens dos ocupantes de cargos eletivos e de cargos e funções em
confiança;
XI - de tombamento de bens imóveis;
XII - de inventário patrimonial de bens móveis e semoventes;
XIII - de loteamentos aprovados.
SEÇÃO III
Da Forma dos Atos Administrativos
SEÇÃO IV
Das Proibições
Art. 54 - A pessoa jurídica em débito com o sistema seguridade social, como estabelecido
em lei federal, não poderá contratar com o Poder Público municipal nem dele receber benefícios ou
incentivos fiscais.
SEÇÃO V
Informações e Certidões
TÍTULO IV
DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES
CAPÍTULO I
DO PODER LEGISLATIVO
SEÇÃO I
Da Câmara Municipal
SEÇÃO II
Das Sessões Legislativas, Quorum e Convocação
Art. 61 - A sessão legislativa ordinária não será interrompida sem a deliberação sobre o
projeto de lei orçamentária.
Art. 63 - As reuniões serão públicas, salvo deliberação em contrário, de dois terços (2/3)
dos vereadores, adotada em razão de motivo relevante.
Art. 64 - As reuniões terão início com a presença de, no mínimo, um terço (1/3) dos
membros da Câmara.
Parágrafo Único - Considerar-se-á presente à reunião o vereador que assinar o livro de
presença até o início da Ordem do Dia, participar dos trabalhos de Plenário e das votações.
CAPÍTULO II
DAS ATRIBUIÇÕES DA CÂMARA MUNICIPAL
Art. 67 - Cabe à Câmara Municipal, com sanção do Prefeito, dispor sobre todas as
matérias de competência do Município, especialmente sobre:
I - tributos municipais, arrecadação e dispêndio de suas rendas;
II - isenção e anistia em matéria tributária, bem como remissão de dívidas;
III - orçamento anual, plano plurianual e autorização para abertura de créditos
suplementares e especiais;
IV - operações de crédito, auxílios e subvenções;
V - concessão, permissão e autorização de serviços públicos;
VI - concessão administrativa de uso dos bens municipais;
VII - alienação de bens imóveis;
VIII - aquisição de bens imóveis, salvo quando se tratar de doação sem encargos;
IX - organização administrativa municipal; criação, transformação e extinção de
cargos, empregos e funções públicas, bem como a fixação dos respectivos vencimentos;
X - criação e estruturação de Secretarias Municipais e demais órgãos da administração
pública, bem assim a definição das respectivas atribuições;
XI - aprovação do Plano Diretor e demais Planos e Programas de Governo;
XII - delimitação do perímetro urbano;
XIII - transferência temporária da sede do governo municipal;
XIV - autorização para mudança de denominação de próprios, vias e logradouros
públicos; (Lei Complementar Nº 7)
"Lei Complementar Nº 7 - Disciplina o disposto no Artigo 67, Inciso XIV da Lei
Municipal Nº 2.343, publicada em 03/05/90 - Art. 1º - A autorização para mudança de denominação de
próprios, vias e logradouros públicos, prevista no artigo 67, inciso XIV da Lei Municipal Nº 2.343,
somente se dará mediante apresentação de declaração subscrita pela maioria absoluta dos proprietários de
imóveis localizados nas vias e logradouros públicos objetos de mudança de denominação, contendo
número do imóvel, nome e número do título eleitoral de cada proprietário, expressando tácita
concordância com o disposto neste artigo. / Art. 2º - Esta Lei..."
XV - normas urbanísticas, particularmente as relativas a zoneamento e loteamento;
XVI - autorizar convênios com entidades públicas ou particulares e consórcios
com outros Municípios.
CAPÍTULO III
Dos Vereadores
SEÇÃO I
Das inviolabilidades e imunidades
SEÇÃO II
Dos impedimentos do uso do voto
Art. 71 - O vereador que se ausentar na hora da votação ou que se abstenha, sem que seja
impedido, será considerado como não tendo comparecido à reunião.
SEÇÃO III
Das vedações
SEÇÃO IV
Perda do Mandato
SEÇÃO V
Concessão de licenças
SEÇÃO VI
DOS SUBSÍDIOS E DA VERBA DE REPRESENTAÇÃO
Art. 77 - A Prefeitura fica obrigada a fornecer até o décimo dia do mês seguinte, a certidão
da receita efetivamente arrecadada no mês anterior.
EMENDA No. 6 DE 21 DE JUNHO DE 1996
Parágrafo Único - A Mesa Diretora da Câmara de Nova Friburgo, de posse das
informações, determinará, por ato próprio, a atualização dos valores das alíneas do art. 76 desta Lei
Orgânica.”
Parágrafo Único - O Presidente da Câmara de Nova Friburgo, de posse da informação,
determinará, por ato próprio, a atualização dos valores das alíneas "a" e "b" do art. 76, desta Lei
Orgânica.
CAPÍTULO IV
ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DA CÂMARA
SEÇÃO I
Da Posse dos Vereadores
Art. 80 - O mandato da Mesa será de dois anos, vedada a recondução para o mesmo cargo
na eleição imediatamente subseqüente.
SEÇÃO III
Das Comissões Permanentes e Especiais
Art. 84 - Às comissões nas matérias de suas respectivas competências cabe além de outras
atribuições definidas no Regimento Interno:
I - discutir e oferecer parecer sobre projeto de lei;
II - apreciar programas de obras, planos municipais, distritais e setoriais de
desenvolvimento e sobre eles emitir parecer, segundo o Orçamento Plurianual de Investimentos.
III - solicitar cópias de documentos ou de atos que envolvam a matéria sobre
apreciação;
IV - propor ao Presidente da Câmara a criação de Comissão Parlamentar de Inquérito.
Parágrafo Único - A Comissão encerrará seus trabalhos com a apresentação de relatórios
circunstanciados, o qual será encaminhado em dez dias ao Presidente da Câmara Municipal para que
este:
a) dê ciência imediata ao Plenário;
b) remeta ao Prefeito, em cinco dias, cópia de inteiro teor, quando se tratar de fato
relativo ao Poder Executivo
SEÇÃO IV
Das Lideranças
SEÇÃO V
Do Regimento Interno
Art. 87 - À Câmara Municipal, observado o disposto nesta Lei Orgânica, compete elaborar
seu Regimento Interno, dispondo sobre sua organização, polícia e provimento de cargos de seus serviços
e, especialmente, sobre:
I - sua instalação e funcionamento;
II - posse de seus membros;
III - eleição da Mesa, sua composição e suas atribuições;
IV - periodicidade das reuniões;
V - comissões;
VI - reuniões;
VII - deliberações;
VIII - todo e qualquer assunto de sua administração interna.
Parágrafo Único - O Regimento Interno da Câmara Municipal conterá ainda normas
referentes ao decoro parlamentar, observados os seguintes princípios:
a) fidelidade aos fins democráticos e às funções político-administrativas da
Câmara Municipal;
b) dignificação dos poderes constituídos, dispensando tratamento respeitoso e
independente às autoridades, não prescindindo de igual tratamento;
c) dever de comparecimento às reuniões e demais atividades institucionaisda Câmara
Municipal sujeitando-se o faltoso, salvo motivo de força maior devidamente comprovado, à
sanção pecuniária sem prejuízo de perda do mandato, quando couber;
d) defesa dos direitos e prerrogativas do cargo;
e) zelo pela própria reputação mesmo fora do exercício do mandato.
SEÇÃO VI
Do Presidente
CAPÍTULO V
Do Processo Legislativo
Art. 95 - O Prefeito poderá solicitar urgência para apreciação de projetos de sua iniciativa.
§ 1o - Solicitada a urgência a Câmara deverá se manifestar em até trinta dias sobre a
proposição, contados da data em que for feita a solicitação.
§ 2o - Esgotado o prazo previsto no parágrafo anterior sem deliberação pela
Câmara, será a proposição incluída na Ordem do Dia, sobrestando-se as demais proposições, para
que se ultime a votação.
§ 3o - O prazo do § 1º não corre no período de recesso da Câmara nem se aplica aos
projetos de lei complementar.
Art. 96 - Aprovado o projeto de lei será este enviado ao Prefeito, que, aquiescendo, o
sancionará.
§ 1o - O Prefeito, considerando o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional ou
contrário ao interesse público, vetá-lo-á total ou parcialmente, no prazo de quinze dias úteis, contados
da data do recebimento, e comunicará, dentro de quarenta e oito horas, ao Presidente da Câmara os
motivos do veto
§ 2o - Decorrido o prazo do parágrafo anterior, o silêncio do Prefeito importará
sanção.
§ 3o - O veto parcial somente abrangerá texto integral de artigo, de parágrafo, de inciso
ou de alínea.
§ 4o - A apreciação do veto, pelo plenário da Câmara, será feita dentro de trinta dias a
contar do seu recebimento, em uma só discussão e votação, com parecer ou sem ele, só podendo ser
rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos Vereadores, em escrutínio secreto voto nominal (EMENDA
Nº 25, DE 08/08/01).
§ 5o - Rejeitado o veto, será o projeto enviado ao Prefeito para a promulgação.
§ 6o - Esgotado sem deliberação o prazo estabelecido no § 4º, o veto será colocado na
Ordem do Dia da reunião imediata, sobrestadas as demais proposições, até a sua votação final,
ressalvadas as matérias de que trata o art. 97 desta Lei Orgânica.
§ 7o - A não promulgação da lei no prazo de até quinze dias pelo Prefeito, nos casos
dos §§ 2º e 5º, autoriza o Presidente da Câmara a fazê-lo em igual prazo.
Art. 98 - A matéria constante do projeto de lei rejeitado somente poderá ser objeto de
novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta de dois terços dos membros da Câmara.
TÍTULO V
DO PODER EXECUTIVO
CAPÍTULO I
Do Prefeito e do Vice-Prefeito
SEÇÃO I
Disposições Gerais
Art. 100 - O Poder Executivo Municipal é exercido pelo Prefeito, auxiliado pelos
Secretários Municipais e Diretores com atribuições equivalentes ou assemelhadas.
Parágrafo Único - Aplica-se à elegibilidade para Prefeito e Vice-Prefeito o disposto no §
1º do art. 63, desta Lei Orgânica, no que couber, e a idade mínima de vinte e um anos.
Art. 101 - O mandato do Prefeito é de quatro anos, vedada a reeleição para o período
subseqüente, e terá início em 1º de janeiro do ano seguinte ao da sua eleição
Art. 102 - A eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito realizar-se-á simultaneamente com a
de Vereadores, nos termos estabelecidos no art. 29, incisos I e II da Constituição Federal.
Parágrafo Único - A eleição do Prefeito importará a do Vice-Prefeito com ele registrado.
SEÇÃO II
Da Posse
Art. 103 - O Prefeito e o Vice-Prefeito tomarão posse na reunião solene de instalação da
Câmara Municipal após a posse dos Vereadores e prestarão o compromisso de manter, defender e
cumprir a Constituição, observar as leis e administrar o Município visando o seu bem geral.
Parágrafo Único - Decorridos dez dias da data fixada para a posse, se o Prefeito ou o
Vice-Prefeito, salvo motivo de força maior, não tiver assumido o cargo, este será declarado vago.
SEÇÃO III
Da Substituição do Prefeito
SEÇÃO IV
Do Afastamento e da Licença
Art. 107 - O Prefeito e o Vice-Prefeito, quando no exercício do cargo não poderão, sem
licença da Câmara Municipal, ausentar-se do Município por período superior a quinze dias, sob pena de
perda do cargo ou de mandato.
Parágrafo Único - O Prefeito e o Vice-Prefeito regularmente licenciados terão direito a
perceber a remuneração, quando:
I - impossibilitados de exercer o cargo, por motivo de doença devidamente
comprovada;
II - em gozo de férias;
III - a serviço ou em missão de representação do Município;
IV - quando gestante, por 120 dias.
Art. 108 - O Prefeito gozará férias anuais de 30 trinta dias, sem prejuízo da remuneração,
ficando a seu critério a época para usufruir do descanso.
SEÇÃO V
Da Remuneração
CAPÍTULO II
Das Atribuições do Prefeito
Art. 111 - O Prefeito poderá delegar, por decreto, a seus auxiliares, as funções
administrativas, prevista nos incisos IX, XII, XV, XVIII, XXIV e XXXVIII do art. 110, desta Lei
Orgânica.
CAPÍTULO III
DAS VEDAÇÕES E PERDA DO MANDATO
SEÇÃO I
Dos impedimentos e incompatibilidades
Art. 112 - É vedado ao Prefeito assumir outro cargo ou função na Administração Pública
direta ou indireta, ressalvada a posse em virtude de concurso público e observado o disposto no art. 38,
II, IV e V, da Constituição Federal, e no art. 41, desta Lei Orgânica.
§ 1o - Ao Prefeito e ao Vice-Prefeito é vedado desempenhar função, a qualquer título,
em empresa privada, que mantenha contrato com o Município e qualquer de suas autarquias,
empresas públicas ou fundações, ressalvado o disposto no Parágrafo Único, do art. 53, desta Lei
Orgânica.
§ 2o - A infringência ao disposto neste artigo e em seu § 1o implicará perda do
mandato.
Art. 113 - As incompatibilidades declaradas no art. 74, seus incisos e alíneas desta Lei
Orgânica, estendem-se, no que forem aplicáveis, ao Prefeito e aos Secretários Municipais ou autoridades
equivalentes.
SEÇÃO II
Dos crimes de responsabilidades comuns
Art. 114 - São crimes de responsabilidade os atos do Prefeito que atentem contra a
Constituição Federal, a Constituição Estadual e, a Lei Orgânica do Município, e, especificamente contra:
I - o livre exercício dos poderes constituídos;
II - o exercício dos direitos individuais, políticos e sociais;
III - a probidade na administração;
IV - a lei orçamentária;
V - o cumprimento das leis e das decisões judiciais.
Parágrafo Único - Admitida a acusação por dois terços da Câmara Municipal, o Prefeito
será submetido a julgamento perante o Tribunal de Justiça do Estado
SEÇÃO III
Dos crimes de responsabilidades político-administrativas
SEÇÃO IV
Da vacância do cargo
Art. 117 - Será declarado vago, pela Câmara Municipal, o cargo de Prefeito quando:
I - ocorrer falecimento, renúncia, interdição que o incapacite para o exercício do
cargo ou condenação por crime funcional ou eleitoral;
II - deixar de tomar posse, sem motivo justo aceito pela Câmara, dentro do prazo de dez
dias;
III - infringir as normas dos artigos 53 e 107, desta Lei Orgânica;
IV - perder ou tiver suspensos os direitos políticos.
CAPÍTULO IV
Dos Auxiliares Diretos do Prefeito
Art. 119 - A lei municipal estabelecerá as atribuições dos auxiliares diretos do Prefeito,
definindo-lhes a competência, deveres e responsabilidades.
Art. 120 - São condições essenciais para a investidura no cargo de Secretário ou Diretor:
I - ser brasileiro;
II - estar no exercício dos direitos políticos;
III - ser maior de vinte e um anos.
Art. 121 - Além das atribuições fixadas em lei, compete aos Secretários ou Diretores:
I - subscrever atos e regulamentos referentes aos seus órgãos;
II - expedir instruções para a boa execução das leis, decretos e regulamentos;
III - apresentar ao Prefeito relatório anual dos serviços realizados por sua Secretarias ou
órgãos;
IV - comparecer à Câmara Municipal, sempre que convocados pela mesma,
para prestação de esclarecimentos oficiais sobre matéria em tramitação.
Parágrafo Único - Os decretos, atos e regulamentos referentes aos serviços autônomos ou
autárquicos serão referendados pelo Secretário ou Diretor da Administração.
Art. 122 - Os Secretários ou Diretores são solidariamente responsáveis com o Prefeito
pelos atos que assinarem, ordenarem ou praticarem.
Art. 123.- Aos Administradores de Bairros ou dos Distritos, como delegados do poder
Executivo, compete:
I - cumprir e fazer cumprir as leis, resoluções, regulamentos e, mediante instruções
expedidas pelo Prefeito, os atos pela Câmara e por ele aprovados;
II - atender as reclamações das partes e encaminhá-las ao Prefeito, quando se tratar
de matéria estranha às suas atribuições ou quando for o caso;
III - indicar ao Prefeito as providências necessárias ao Bairro ou Distrito;
IV - fiscalizar os serviços que lhes são afetos;
V - prestar contas ao Prefeito mensalmente ou quando lhes forem solicitadas.
Art. 124 - O Administrador, em caso de licença ou impedido, será substituído por pessoa
de livre escolha do Prefeito
CAPÍTULO V
DA SEGURANÇA PÚBLICA
CAPÍTULO VI
DA CONSULTA POPULAR
Art. 127 - O Prefeito Municipal, realizará consultas populares para decidir sobre assuntos
de interesse específico do Município, de bairro ou de distrito, cujas medidas deverão ser tomadas
diretamente pela Administração Municipal.
Art. 128 - A consulta popular será realizada sempre que dois terços dos membros da
Câmara ou pelo menos 5% (cinco por cento) do eleitorado inscrito no Município, no bairro ou no
distrito, com a identificação do título eleitoral, apresentarem proposição nesse sentido
Art. 129 - A votação será organizada pelo Poder Executivo no prazo de dois meses após a
apresentação da proposição, adotando-se cédula oficial que conterá a palavra SIM e NÃO, indicando
respectivamente, aprovação ou rejeição da proposição
§ 1o - A proposição será considerada aprovada se o resultado lhe tiver sido
favorável pelo voto da maioria dos eleitores que comparecerem às urnas, em manifestação a que se
tenham apresentado pelo menos 50% (cinqüenta por cento) da totalidade dos eleitores envolvidos.
§ 2o - É vedada a realização de consulta popular nos quatro meses que
antecederem as eleições para qualquer nível de Governo.
Art. 130 - O Prefeito Municipal proclamará o resultado da consulta popular, que será
considerado como decisão sobre a questão proposta, devendo o Governo Municipal, quando couber,
adotar as providências legais para sua consecução.
CAPÍTULO VII
DA TRANSIÇÃO ADMINISTRATIVA
Art. 131 - Quinze (15) dias após as eleições municipais, o Prefeito convidará o Prefeito
eleito a tomar ciência do real estado da Administração Municipal, oportunidade em que colocará à
disposição todos os elementos e informes necessários à transição do governo
Art. 133 - É vedado ao Prefeito Municipal assumir por qualquer forma, compromissos
financeiros para execução de programas ou projetos após o término do seu mandato, não previstos na
legislação orçamentária.
§ 1o - O disposto neste artigo não se aplica nos casos comprovados de calamidade
pública.
§ 2o - Serão nulos e não produzirão nenhum efeito os empenhos e atos praticados em
desacordo com este artigo, sem prejuízo da responsabilidade do Prefeito Municipal.
TÍTULO VI
DO SISTEMA TRIBUTÁRIO, FINANÇAS E DO ORÇAMENTO
CAPÍTULO I
DOS PRINCÍPIOS GERAIS
Art. 134 - O sistema tributário municipal será regulado pelo disposto nas Constituições da
República e Estadual, nesta Lei Orgânica e leis complementares e ordinárias.
Art. 135 - O Município balizará a sua ação no campo da tributação pelo princípio da
justiça fiscal e pela utilização dos mecanismos tributários, prioritariamente, como instrumento de
realização social.
Parágrafo Único - A instituição de tributos, a fixação de alíquotas, a concessão de
isenções tributárias, a concessão de incentivos, anistia, remissão de dívidas ou benefícios fiscais serão
feitas por leis específicas, aprovadas por maioria absoluta do Poder Legislativo, que atenderá dentre
outras, a destinação social da propriedade.
CAPÍTULO II
DO SISTEMA TRIBUTÁRIO MUNICIPAL
CAPÍTULO III
DOS TRIBUTOS MUNICIPAIS
SEÇÃO I
Dos Impostos
SEÇÃO II
Das taxas
Art. 138 - As taxas serão instituídas em razão do exercício do Poder de Polícia ou pela
utilização efetiva ou potencial de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou
postos à disposição pelo Município
§ 1o - As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos.
§ 2o - Os contribuintes ficarão desobrigados de pagar as taxas a que estão
obrigados se houver, comprovadamente, interrupção dos respectivos serviços, mediante processo regular.
SEÇÃO III
Da Contribuição de Melhoria
SEÇÃO IV
Da Contribuição Previdenciária e Assistencial
Art. 140 - O Município poderá instituir contribuição, cobrada de seus servidores, para o
custeio, em benefício destes, do sistema de previdência e assistência social que criar e administrar, na
forma da lei.
CAPÍTULO IV
DAS LIMITAÇÕES DO PODER DE TRIBUTAR
Art. 142 - A lei determinará medidas para que os contribuintes sejam esclarecidos acerca
dos impostos municipais.
Art. 143 - As empresas públicas e as sociedades de economia mista, não poderão gozar de
privilégios fiscais não extensivos ao setor privado, salvo os casos de concessão exclusiva de prestação de
serviços públicos.
CAPÍTULO V
DA UNIDADE FISCAL DO MUNICÍPIO
Art. 144 - A Unidade Fiscal do Município de Nova Friburgo, a ser utilizada para cobrança
dos tributos municipais terá seu valor fixado em lei.
CAPÍTULO VI
DA RECEITA DE PARTICIPAÇÃO
CAPÍTULO VII
DOS PREÇOS PÚBLICOS E TARIFAS
Art. 147 - A fixação dos preços públicos, devidos pela utilização de bens, serviços e
atividades municipais, será feita pelo Prefeito mediante edição de decreto.
Parágrafo Único - As tarifas dos serviços públicos deverão cobrir os seus custos e a justa
remuneração do capital, sendo reajustáveis quando se tornarem deficientes ou excedentes.
Art. 148 - Para efeito de imposto sobre propriedade predial e territorial urbana:
I - considera-se o valor venal, para fins de tributação, no caso de imóvel não edificado, o
valor do terreno;
II - o imóvel que fizer frente para vários logradouros, terá como base de estimativa do
seu valor venal a referência no que for mais valorizado;
Art. 149 - O lançamento do valor venal de imóvel, para efeito de cobrança de imposto,
será efetuado segundo critérios de zoneamento urbano e rural.
Parágrafo Único - O contribuinte poderá requerer, a qualquer tempo, a reavaliação do
valor venal de sua propriedade.
CAPÍTULO VIII
DAS NOTIFICAÇÕES DE LANÇAMENTOS E RECURSOS
Art. 150 - Nenhum contribuinte será obrigado ao pagamento de qualquer tributo lançado
pela Prefeitura, sem prévia notificação.
§ 1o - Considera-se notificação a entrega do aviso de lançamento no domicílio fiscal
do contribuinte ou sua publicação no jornal local que divulga os atos oficiais da Municipalidade, ou sua
afixação no átrio de entrada da Prefeitura.
§ 2o - Do lançamento do tributo cabe recurso ao Prefeito, assegurado para sua
interposição o prazo de l5 (quinze) dias, contados da data da notificação.
CAPÍTULO IX
DAS FINANÇAS PÚBLICAS
CAPÍTULO X
DA DESPESA
Art. 153 - A despesa pública atenderá aos princípios estabelecidos na Constituição Federal
e às normas de direito financeiro.
Art. 155 - Nenhuma despesa será ordenada ou satisfeita sem que exista recurso disponível
e crédito votado pela Câmara Municipal, salvo a que correr por conta de crédito extraordinário.
Art. 156 - Nenhuma lei que crie ou aumente despesa será executada sem que dela conste a
indicação do recurso para atendimento do correspondente encargo.
Art. 157 - O Município não poderá despender mais de sessenta e cinco por cento do valor
das respectivas receitas correntes, com o pagamento de pessoal ativo e inativo de sua administração.
“Art. 157 - A despesa com o pessoal ativo e inativo do Município não poderá exceder os
limites estabelecidos em lei complementar federal.” (EMENDA 18)
§ 1o - A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação
de cargos ou alteração de estrutura de carreiras, bem como a admissão de pessoal, a
qualquer título, e aos órgãos e entidades da administração direta ou indireta, inclusive
fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, só poderão ser feitas:
I - se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de
despesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes;
II - se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias, ressalvadas as
empresas públicas e as sociedades de economia mista.
§ 2o - Ficam ressalvadas da proibição prevista no artigo anterior as contratações de
pessoal, por períodos determinados, para atender às necessidades urgentes e inadiáveis do Município.
§ 3o - A despesa com pessoal ativo e inativo do Município, não poderá exceder aos
limites estabelecidos em Lei complementar.
“§ 3º - Decorrido o prazo estabelecido na lei complementar referida no “caput” deste
artigo para adaptação aos parâmetros ali previstos, e não atendidos os limites com as despesas de pessoal,
aplicar-se-á o contido no seguinte § 4º.
§ 4o - A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação de
cargos ou alteração da estrutura de carreiras, bem como a admissão de pessoal, a qualquer título,
pelos órgãos e entidades de administração direta ou indireta, inclusive fundações instituídas e
mantidas pelo Poder Público, só poderão ser feitas;
I - se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender as projeções de
despesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes.
§ 4º - Para o cumprimento dos limites estabelecidos com base neste artigo, durante o
prazo fixado na lei complementar, referida no “caput”, o Município adotará as seguintes providências:
I - redução em pelo menos vinte por cento das despesas com cargos em comissão e
funções de confiança;
II - exoneração dos servidores não estáveis.
§ 5o - Não poderá haver admissão de pessoas sob qualquer forma, sem que o
Município atenda plenamente às despesas de pessoal, inclusive reposição de perdas salariais porventura
ocorridas, conforme índices oficiais e sem atrasos.
§ 5º - Se as medidas adotadas com base no parágrafo anterior não forem suficientes para
assegurar o cumprimento da determinação da lei complementar referida neste artigo, o servidor estável
poderá perder o cargo desde que ato normativo motivado de cada um dos Poderes especifique a atividade
funcional, o órgão ou unidade administrativa objeto da redução de pessoal.
§ 6º - O servidor que perder o cargo na forma do parágrafo anterior fará jus à indenização
correspondente a um mês de remuneração por ano de serviço.
§ 7º - O cargo objeto da redução prevista nos parágrafos anteriores será considerado
extinto, vedada a criação de cargo, emprego ou função com atribuições iguais ou assemelhadas, pelo
prazo de quatro anos.
§ 8º - O Município aplicará, ao seu pessoal, o disposto na Lei Federal sobre as normas
gerais a serem obedecidas na efetivação do contido no § 5º.” (EMENDA 18)
CAPÍTULO XI
DO ORÇAMENTO
SEÇÃO I
Normas Gerais
Art. 159 - Os projetos de lei relativos ao plano plurianual e ao orçamento anual, bem
como os créditos adicionais serão apreciados pela Comissão Permanente de Orçamento e Finanças, à
qual caberá:
I - examinar e emitir parecer sobre os projetos e as contas apresentadas anualmente pelo
Prefeito Municipal;
II - examinar e emitir parecer sobre os planos e programas de investimentos e
exercer o acompanhamento e fiscalização orçamentária, sem prejuízo de atuação das demais
Comissões da Câmara.
§ 1o - As emendas serão apresentadas na Comissão, que sobre elas emitirá parecer, e
apreciadas na forma regimental.
§ 2o - As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o
modifiquem somente podem ser aprovados caso:
I -sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;
II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de
despesa, excluídas as que incidam sobre:
a) dotações para pessoal e seus encargos;
b) serviço da dívida; ou
III - sejam relacionados:
a) com a correção de erros ou omissões; ou
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei.
§ 3o - As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não poderão ser
aprovadas quando incompatíveis com o plano plurianual.
§ 4o - Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei
orçamentária anual, ficarem sem despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme
o caso, mediante créditos especiais ou suplementares, com prévia e específica autorização legislativa.
SEÇÃO II
Das Leis Orçamentárias
Art. 161 - O Prefeito enviará à Câmara, no prazo consignado na lei complementar federal,
a proposta de orçamento anual do Município para o exercício seguinte.
§ 1o - O não cumprimento do disposto no caput deste artigo implicará a
elaboração pela Câmara, independentemente do envio da proposta, da competente Lei de Meios,
tomando por base a lei orçamentária em vigor.
§ 2o - O Prefeito poderá enviar mensagem à Câmara, para propor a modificação do
projeto de lei orçamentária, enquanto não iniciada a votação da parte que deseja alterar.
Art. 162 - A Câmara não enviando, no prazo consignado na lei complementar federal, o
projeto de lei orçamentária à sanção, será promulgada como lei, pelo Prefeito, o projeto originário do
Executivo.
Art. 163 - Rejeitado pela Câmara o projeto de lei orçamentária anual, prevalecerá, para o
ano seguinte, o orçamento do exercício em curso, aplicando-se-lhe a atualização dos valores.
Art. 164 - Aplicam-se ao projeto de lei orçamentária, no que não contrariarem o disposto
neste Capítulo, as regras do processo legislativo
Art. 166 - O orçamento não conterá dispositivo estranho à previsão da receita, nem à
fixação da despesa anteriormente autorizada.
Parágrafo Único - Não se incluem nesta proibição a:
I - autorização para abertura de créditos suplementares;
II - contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos
termos da lei.
SEÇÃO III
Das Vedações
SEÇÃO IV
Dos Recursos Suplementares e Especiais destinados à Câmara Municipal
CAPÍTULO XII
DA FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL, FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
TÍTULO VII
DA ORDEM ECONÔMICA, FINANCEIRA E DO MEIO AMBIENTE
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 173 - O trabalho é obrigação social, garantido a todos o direito ao emprego e à justa
remuneração, que proporcione existência digna na família e na sociedade.
Art. 174 - O Município considerará o capital não apenas como instrumento produtor de
lucro, mas também como meio de expansão econômica e de bem estar coletivo
Art. 175 - O Município, em ação conjunta com o Estado, assistirá aos trabalhadores rurais
e suas organizações legais, objetivando proporcionar a eles, entre outros benefícios, meios de produção e
de trabalho, crédito fácil e preço justo, saúde e bem-estar social.
Parágrafo Único - O Poder Público apoiará e estimulará o associativismo, o
cooperativismo e as microempresas.
Art. 176 - Aplica-se ao Município o disposto nos arts. 171, parágrafo 2o, e 175, e
Parágrafo Único da Constituição Federal.
Parágrafo Único - Observada a legislação federal, a lei disporá sobre o regime das
empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos, o caráter especial de seu contrato e de
sua prorrogação, bem como as condições de caducidade, fiscalização e rescisão da concessão ou
permissão, estabelecendo ainda:
I - os direitos dos usuários;
II - política tarifária;
III - a obrigação de manter serviço adequado
Art. 177 - O Município, em ação conjunta com o Estado, adotará política integrada de
fomento à indústria, ao comércio e aos serviços, em especial ao turismo, à produção agrícola e à
agropecuária, à produção avícola, à produção de pequenos animais, à produção mineral, bem como
estimulará o abastecimento, mediante a instalação de mercados e feiras, construção e conservação das
vias de transporte para o escoamento e circulação dos produtos, suprimentos de energia elétrica,
delimitando as zonas industriais e rurais que receberão incentivo prioritário do Poder Público
Parágrafo Único - O Poder Público estimulará a empresa pública ou privada que gerar
produto novo e sem similar, destinado ao consumo da população de baixa renda, ou realizar novos
investimentos em seu território, úteis aos seus interesses econômicos e sociais, e especialmente às
atividades relacionadas com a construção de moradias destinadas aos trabalhadores, bem como ao
desenvolvimento de pesquisas e produção de material ou equipamento especializado para pessoas
portadoras de deficiências.
CAPÍTULO II
DA POLÍTICA INDUSTRIAL, COMERCIAL E DE SERVIÇOS
CAPÍTULO III
DA POLÍTICA URBANA
Art. 191 - O Município poderá, mediante lei específica para área incluída no plano diretor,
exigir nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não
utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de:
I - parcelamento ou edificação compulsória;
II - imposto sobre propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo;
III - desapropriação, com pagamento mediante título da dívida pública de emissão
previamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em parcelas
anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais.
Art. 192 - As funções sociais da cidade são compreendidas como o direito de todo cidadão
de acesso a moradia, transporte público, saneamento básico, energia elétrica, abastecimento, iluminação
pública, saúde, educação, cultura, creche, lazer, água potável, coleta de lixo, drenagem das vias de
circulação, contenção de encostas, segurança e preservação do patrimônio ambiental e cultural.
§ 1o - O exercício do direito de propriedade atenderá à função social quando
condicionado às funções sociais da cidade e às exigências do plano diretor.
§ 2o - O direito de construir submete-se aos princípios previstos no "caput" e ao
disposto no parágrafo seguinte.
§ 3o- Constitui área de servidão administrativa a divisa de lotes e terrenos para
passagem de redes de esgotos, de águas pluviais e de água potável.
§ 4o - Para os fins previstos neste artigo, o Poder Público Municipal direcionará a
propriedade para o uso produtivo de forma a assegurar:
a) acesso à propriedade e à moradia para todos;
b) justa distribuição dos benefícios e ônus decorrentes do processo de
urbanização;
c) prevenção e correção das distorções da valorização da propriedade;
d) regularização fundiária e regularização específica para áreas ocupadas por população
de baixa renda.
Art. 193 - Para assegurar as funções sociais da cidade e da propriedade, o Município, nos
limites de sua competência, poderá utilizar os seguintes instrumentos:
I - tributários e financeiros:
a) imposto predial e territorial urbano progressivo e diferenciado por zonas e outros
critérios de ocupação e uso do solo;
b) taxas e tarifas diferenciadas por zonas, segundo os serviços públicos oferecidos;
c) contribuição de melhoria;
d) incentivos e benefícios fiscais, nos limites das legislações próprias;
e) fundos destinados ao desenvolvimento urbano
II - institutos jurídicos:
a) discriminação de terras públicas;
b) desapropriação, conforme estabelecido no § 3o, do artigo 190 e no Inciso III, do
artigo 191, desta Lei Orgânica.
c) parcelamento ou edificação compulsórios;
d) servidão administrativa;
e) limitação administrativa;
f) tombamento de imóveis;
g) declaração de área de preservação ou proteção ambiental;
h) cessão ou permissão;
i) concessão real de uso ou domínio;
j) poder de polícia;
l) outras medidas previstas em lei.
Art. 195 - O direito de propriedade não pressupõe o direito de construir, cujo exercício
deverá ser autorizado pelo Poder executivo Municipal, segundo os critérios estabelecidos em lei.
Parágrafo Único - O abuso de direito pelo proprietário urbano acarretará,
independentemente da responsabilidade civil e criminal, sanções administrativas na forma da lei.
Art. 200 - Os direitos decorrentes da concessão de licença manterão sua validade nos
prazos e limites estabelecidos na legislação municipal.
Parágrafo Único - Os projetos, aprovados pelo Município, só poderão ser modificados
com a concordância de todos os interessados ou por decisão judicial, observados os preceitos legais
regedores de cada espécie.
Art. 201 - A prestação dos serviços públicos a comunidade de baixa renda independerá do
reconhecimento de logradouros e da regularização urbanística ou registrária das áreas em que se situem e
de suas edificações ou construções.
CAPÍTULO IV
DAS OBRAS E SERVIÇOS PÚBLICOS
Seção I
Normas gerais
Art. 205 - Nenhum empreendimento de obras e serviços do Município poderá ter início
sem prévia elaboração do plano respectivo, no qual, obrigatoriamente, conste:
I - a viabilidade do empreendimento, sua conveniência e oportunidade para o interesse
comum;
II - o projeto e o orçamento para sua execução;
III - os recursos para o atendimento das respectivas despesas;
IV - os prazos para o seu início e conclusão, acompanhados da respectiva
justificação;
§ 1o - Nenhuma obra, serviço ou melhoramento, salvo casos de extrema urgência, será
executada sem prévio orçamento de seu custo.
§ 2o - As obras públicas poderão ser executadas pela Prefeitura, por suas
autarquias e demais entidades da administração indireta, e, por terceiros, mediante licitação.
Art. 206 - A permissão de serviço público, a título precário, será outorgada por decreto do
Prefeito, sendo que a concessão só será feita com autorização legislativa, mediante contrato, precedido de
concorrência pública.
§ 1o - Serão nulas de pleno direito as permissões, as concessões, bem como
quaisquer outros ajustes feitos em desacordo com o estabelecido neste artigo.
§ 2o - Os serviços permitidos ou concedidos ficarão sempre sujeitos à
regulamentação e fiscalização do Município, incumbindo, aos que os executem, sua permanente
atualização e adequação às necessidades dos usuários.
§ 3o - O Município poderá promover intervenção administrativa ou retomar, sem
indenização, os serviços permitidos ou concedidos, desde que executados em desconformidade com o ato
ou contrato, bem como aqueles que se revelarem insuficientes para o atendimento dos usuários.
§ 4o - As concorrências para a concessão de serviço público deverão ser precedidas de
ampla publicidade, em jornais e rádios locais, mediante edital ou comunicado resumido.
Art. 207 - As tarifas dos serviços públicos deverão ser fixadas pelo Executivo, atendendo,
no efeito, o disposto no Parágrafo Único, do art. 135, desta Lei Orgânica.
EMENDA Nº 15 DE 29 DE AGOSTO DE 1997:
“Parágrafo Único - Em se tratando de permissão ou concessão de serviço público, as
tarifas serão reajustadas ou revisadas, de acordo com o estabelecido no contrato de concessão ou
permissão, e homologadas pelo Executivo.”
Art. 208 - Nos serviços, obras e concessões do Município, bem como nas compras e
alienações, será adotada a licitação, nos termos da lei.
Art. 209 - O Município poderá realizar obras e serviços de interesse comum, mediante
convênio com o Estado, a União ou entidades particulares, assim como, através de consórcio, com outros
municípios.
Seção II
Do Transporte Coletivo de Passageiros
Art. 211 - São isentos do pagamento de tarifas nos transportes coletivos municipais:
a) cidadãos com mais de 65 anos;
b) colegiais de escolas públicas devidamente uniformizados ou portando documento
oficial desta, em dias úteis e horários escolares.
Art. 212 - Somente será permitida a entrada em circulação de novos veículos de
transportes coletivos, quando forem fabricados para uso específico e respeitarem, ainda, o livre acesso e
circulação de gestantes, idosos e de pessoas portadoras de deficiência física.
Art. 213 - Na fixação das tarifas ou sua revisão, além dos elementos previstos no
Parágrafo Único, do art. 135, desta Lei Orgânica, proceder-se-á à análise dos controles estatísticos
operacionais, envolvendo quantidades de veículos utilizados, números de horários e linhas, bem como, o
real aproveitamento de lugares oferecidos e ocupados pelos usuários.
Art. 214 - As concessões serão feitas por período definido pelo Poder Público Municipal.
Art. 216 - Serão afixados nos terminais de ônibus e no seu interior os horários, e o
itinerário dos referidos veículos.
CAPÍTULO V
DA POLÍTICA AGRÍCOLA
Art. 217 - A política agrária do Município, formulada em comum acordo com o Estado,
será orientada no sentido de promover o desenvolvimento econômico e a preservação da natureza,
mediante prática científicas e tecnológicas, propiciando a justiça social e a manutenção do homem no
campo, pela garantia às comunidades do acesso à formação profissional, educação, cultura, lazer e infra-
estrutura.
Art. 218 - As terras públicas municipais, situadas fora da área urbana, serão destinadas
preferencialmente ao assentamento de famílias de origem rural, projetos de proteção ambiental ou
pesquisa e experimentação agropecuária.
Art. 219 - O Município poderá estabelecer convênios com entidades públicas federais para
implementação dos planos e projetos especiais de reforma agrária.
CAPÍTULO VI
DA POLÍTICA AGRÍCOLA
Art. 220 - O Município, nos limites de sua competência, dará prioridade e atenção
específica ao pequeno e médio produtor e trabalhadores rurais, cuidando especialmente das vias de
comunicação para escoamento do produto e sua comercialização direta com os consumidores e demais
fontes de mercado
Parágrafo Único - Na elaboração e execução dos planos de governo , o Município
assegura e garante a efetiva participação dos diversos setores produtivos através de suas representações
sindicais e organizações similares.
I - O Município, poderá firmar convênio com o Estado, com objetivo de subvencionar a
EMATER-RJ, no que se refere aos seus limites territoriais.
Art. 222 - Nas escolas públicas municipais situadas na zona rural, o Município poderá
instituir programa de ensino agrícola associado ao ensino não formal e à educação para preservação do
meio ambiente.
CAPÍTULO VII
DO MEIO AMBIENTE
Art. 223 - Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso
comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público Municipal e á
coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
§ 1o - O Município, em articulação com a União e o Estado, observadas as
disposições pertinentes do art. 23 da Constituição Federal, desenvolverá as ações necessárias para o
atendimento do previsto neste Capítulo.
a) unidade de administração da quantidade de qualidade das águas;
b) compatibilização entre os múltiplos, efetivos e potenciais;
c) participação dos usuários no gerenciamento obrigatório de contribuição para
recuperação e manutenção da qualidade em função do tipo e da intensidade do uso;
d) ênfase no desenvolvimento e no emprego de métodos e critérios biológicos de
avaliação da qualidade das águas.
§ 2o - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público:
I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo
ecológico das espécies e ecossistemas;
II - preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País e fiscalizar as
entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético;
III - definir espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente
protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas somente através de lei, vedada qualquer
utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção;
IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente
causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto
ambiental, a que se dará publicidade;
V - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e
substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente;
VI - promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a
conscientização pública para a preservação do meio ambiente;
VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em
risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade.
VIII - coibir aterros sanitários à margem de rios e nas proximidades das nascentes e
outros mananciais.
IX - fiscalizar padrões de qualidade ambiental, considerando os efeitos sinérgicos e
cumulativos da exposição às fontes de poluição, incluída a absorção de substâncias químicas através
da dieta alimentar, com especial atenção para aquelas efetivas ou potencialmente cancerígenas,
mutagênicas e teratogênicas, na forma da Lei;
X - buscar a integração das universidades, centros de pesquisas, associações
civis, organizações sindicais nos esforços para garantir e aprimorar o controle da poluição, inclusive no
ambiente de trabalho;
XI - o Município poderá estabelecer política tributária visando a efetivação do
princípio poluidor-pagador e o estímulo ao desenvolvimento e a implantação de
tecnologia de controle e recuperação ambiental mais aperfeiçoadas, vedadas concessão de
incentivos fiscais e a
cessão de uso de áreas de domínio público às atividades ou pessoas que desrespeitem as
normas e padrões de proteção do meio ambiente;
§ 3o - Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado e recuperar o meio
ambiente degradado, de acordo com a solução técnica exigida pelo órgão público competente, na
forma da Lei.
Art. 230 - A extinção ou alteração das finalidades das áreas de unidades de conservação
dependerá de lei específica.
Art. 236 - O Poder Público poderá estabelecer restrições administrativas de uso de áreas
privadas para fins de proteção a ecossistemas.
Art. 237 - As restrições administrativas de uso a que se refere o artigo anterior deverão ser
averbadas no registro imobiliário no prazo máximo de um ano a contar de seu estabelecimento
Art. 243 - Os lançamentos finais dos sistemas públicos e particulares de coleta de esgotos
sanitários deverão ser precedidos, no mínimo, de tratamento primário completo, na forma da lei.
§ 1o - Fica vedada a implantação de sistemas de coleta conjunta de águas pluviais e
esgotos domésticos ou industriais.
§ 2o -As atividades poluidoras deverão dispor de bacias de contenção para as águas de
drenagem, nas forma da lei.
Art. 244 - Nenhum padrão ambiental do Município, poderá ser menos restritivo do que os
padrões fixados pela Organização Mundial de Saúde.
TÍTULO VIII
DA ORDEM SOCIAL
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
SEÇÃO I
Disposições Gerais
Art. 249 - A seguridade social será financiada por toda sociedade, de forma direta e
indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios, além das contribuições de que tratam os incisos I, II e III, do art. 195,
da Constituição Federal.
Art. 251 - Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado,
ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total.
Art. 252 - Será garantida pensão por morte do servidor, homem ou mulher, ao cônjuge ou
companheiro e dependentes, na forma da Lei.
CAPÍTULO III
DA SAÚDE E ASSISTÊNCIA SOCIAL
SEÇÃO I
DA SAÚDE
Art. 253 - A saúde é direito de todos e dever do Poder Público, assegurada mediante
políticas sociais e econômicas que visem à eliminação do risco de doenças e de outros agravos, ao acesso
universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.
Parágrafo Único - A saúde tem como fatores determinantes e condicionantes entre outros,
alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, o
transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços especiais. Seus níveis expressam a organização social e
econômica.
Art. 255 - As ações e serviços de saúde são de relevância pública, cabendo ao Poder
Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua
execução ser feita, com prioridade, diretamente ou através de terceiros, preferencialmente por entidades
filantrópicas e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado.
Art. 256 - As ações e serviços executados diretamente pelo Poder Público ou através da
participação complementar da iniciativa privada, no âmbito do Município, com comando único exercido
pelo Prefeito, por intermédio da Secretaria Municipal de saúde, constituem o Sistema Único de Saúde -
SUS -, de acordo com as seguintes diretrizes:
I - integração das ações e serviços de saúde do Município ao Sistema Único de
Saúde, evitando as dicotomias preventivo / curativo, ambulatorial/hospitalar e individual/coletiva;
II - descentralização político-administrativa, com direção única exercida pela Secretaria
de Saúde do Município;
III - integralidade e continuidade na prestação de serviços e ações preventivas,
curativas e reabilitadoras, adequadas às diversas realidades epidemiológicas, respeitada a
autonomia dos cidadãos;
IV - universalização e eqüidade em todos os níveis de atenção à saúde, à população
urbana e rural, sem qualquer discriminação;
V - prioridade para as atividades preventivas e de atendimento de emergência e
urgência, sem prejuízo dos demais serviços assistências;
VI - resolutividade dos serviços e sua organização em todos os níveis de assistência à
saúde de modo a evitar capacidade instalada ociosa;
VII - gratuidade dos serviços e das ações de assistência à saúde dos usuários, em
todos os níveis;
VIII - indicação, por voto direto, em cada unidade do Sistema Único de Saúde- SUS -
, dos cargos de Direção e Chefias, com apresentação de lista tríplice para escolha pela autoridade
competente;
IX - direito do indivíduo de obter informações quanto ao potencial dos serviços de
saúde, sua utilização pelo usuário e esclarecimentos sobre assuntos pertinentes à promoção, proteção e
recuperação de sua saúde e da coletividade;
X - integração em nível executivo das ações de saúde, meio ambiente e saneamento
básico;
XI - conjugação dos recursos financeiros, tecnológicos, materiais e humanos da
União, do Estado e do Município na prestação de serviços de assistência à saúde da população, na forma
da lei;
XII - participação da comunidade na formulação, gestão, fiscalização e
acompanhamento das ações e serviços de saúde;
XIII - outras, que venham a ser adotadas em lei complementar.
Art. 257 - À direção municipal do Sistema Único de Saúde - SUS - compete:
I - planejar, organizar, controlar e avaliar as ações e os serviços de saúde e gerir e executar
os serviços públicos de saúde;
II - participar do planejamento, programação e organização da rede regionalizada e
hierarquizada do Sistema Único de Saúde - SUS - em articulação com sua direção estadual;
III - participar da execução, controle e avaliação das ações referentes às condições e aos
ambientes de trabalho;
IV - executar serviços:
a) de vigilância epidemiológica
b) de vigilância sanitária e controle das Zoonoses;
c) de alimentação e nutrição;
d) de saneamento básico e
e) de saúde do trabalhador.
V - dar execução no âmbito municipal à política de insumos e equipamentos
para a saúde;
VI - colaborar na fiscalização das agressões ao meio ambiente que tenham repercussão
sobre a saúde humana e atuar, junto aos órgãos municipais, estaduais e federais
competentes, para controlá-las;
VII - formar consórcios administrativos intermunicipais para desenvolver, em conjunto,
as ações e os serviços de saúde que lhes correspondam;
VIII - gerir laboratórios públicos de saúde e hemocentros;
IX - observado o disposto no § 2º do art. 262, celebrar contratos e convênios
com entidades prestadoras de serviços privados de saúde, bem como controlar e avaliar sua execução;
X - controlar e fiscalizar os procedimentos dos serviços privados de saúde;
XI - normatizar complementarmente as ações e serviços públicos de saúde no seu âmbito
de atuação;
XII - autorizar a instalação de serviços privados de saúde e fiscalizar-lhes o
funcionamento.
Art. 258 - À direção municipal do Sistema Único de Saúde compete, além das atribuições
estabelecidas nesta Lei Orgânica:
I - dispor sobre a fiscalização e da remoção de órgãos, tecidos, e substâncias,
para fins de transplante, pesquisa, especialmente sobre a reprodução humana e tratamento, vedada a sua
comercialização;
II - prestar informações aos trabalhadores a respeito de atividades que comportem
riscos à saúde e dos métodos para seu controle;
III - expedir notificação compulsória, pelos ambulatórios médicos dos órgãos ou
empresas públicas ou privadas, das doenças profissionais e acidentes de trabalho;
IV - intervir, interrompendo as atividades em locais de trabalho em que haja risco
iminente ou naqueles em que tenham ocorrido graves danos à saúde do trabalhador;
V - coordenar e estabelecer diretrizes e estratégias das ações de vigilância sanitária e
epidemiológica e colaborar no controle do meio ambiente e saneamento;
VI - participar na fiscalização das operações de produção transporte, guarda e
utilização, executadas com substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e
radioativos;
VII - colaborar com as atividades de ensino e pesquisa na área de saúde, mediante
normas específicas elaboradas conjuntamente pelo Sistema Único de Saúde e o sistema educacional;
VIII - determinar que todo estabelecimento, público ou privado, sob fiscalização
de órgãos do Sistema Único de Saúde, seja obrigado a utilizar coletor seletivo de lixo hospitalar;
IX - formular e implantar política de atendimento à saúde de portadores de
deficiência, bem como coordenar e fiscalizar os serviços e ações específicas, de modo a
garantir a prevenção de doenças ou condições que favoreçam o seu surgimento, assegurando o direito à
habilitação, reabilitação e integração social, com todos os recursos necessários, inclusive o acesso aos
materiais e equipamentos de reabilitação;
Art. 259 - O Sistema Único de Saúde - SUS - contará, sem prejuízo das funções do
Poder Legislativo, com duas instâncias colegiadas, a Conferência Municipal de Saúde; e o Conselho
Municipal de Saúde, cuja organização e normas de funcionamento serão definidas em lei específica, sem
ônus para o Município
§ 1o - A Conferência Municipal de Saúde se reúne anualmente com a
representação dos vários segmentos sociais, para avaliar a situação de saúde e propor as
diretrizes para a formulação da política de saúde do Município, convocada pelo Poder Executivo
ou, extraordinariamente, por este ou pelo Conselho Municipal de Saúde.
§ 2o - O Conselho Municipal de Saúde, em caráter permanente e deliberativo, é
composto por representantes do Poder Executivo, do Poder Legislativo, prestadores de serviço,
profissionais de saúde e usuários cuja representação paritária em relação ao conjunto dos demais
segmentos, atua na formulação de estratégias e no controle de execução de política de saúde, inclusive
nos aspectos econômicos e financeiros.
§ 3o - O Conselho Municipal de Saúde será presidido pelo Secretário de Saúde do
Município e sob sua convocação ou de 1/3 de seus integrantes, reunir-se-á anualmente para a
elaboração do Plano Municipal de Saúde e periodicamente para fiscalizar a eficiência da aplicação de
recursos de saúde.
§ 4o - O Plano Municipal de Saúde, será elaborado e atualizado periodicamente pelo
Conselho Municipal de Saúde em consonância com os Planos Nacional e Estadual de Saúde, com
utilização do método epidemiológico e organização dos serviços do Município, como parâmetros
no estabelecimento de prioridades e estratégias na orientação programática e na alocação de
recursos.
§ 5o - Cabe a entidade representativa, indicar ou destituir seu representante no
Conselho Municipal de Saúde.
§ 6o - O Conselho Municipal de Saúde apresentará relatório anual de prestação de contas
à sociedade sobre o orçamento e a política de saúde desenvolvida no Município, visando a transparência
da administração
§ 7o - O Conselho Municipal de Saúde criará Comissão de Avaliação Funcional em cada
Unidade de Atendimento
Parágrafo Único - A Comissão de Avaliação Funcional, contará com a participação de
representantes técnicos e administrativos da Unidade de Atendimento e dos usuários e terá representação
no Conselho Municipal de Saúde.
Art. 263 - O Sistema Único de Saúde, no âmbito do Município, será financiado com
recursos do orçamento do Município, do Estado, da União e da seguridade social, além de outras fontes.
§ 1o - O montante das despesas com saúde não será inferior a 10% (dez por cento) das
despesas globais do orçamento anual do Município, excluídas as decorrentes de receitas
específicas, computadas as das aplicações de transferências constitucionais, no que se refere à
participação do Município no Sistema Único de Saúde - SUS.
§ 2o - São considerados de outras fontes os recursos provenientes de:
I - serviços que possam ser prestados sem prejuízo da assistência à saúde;
II - ajuda, contribuições, doações e donativos;
III - alienações patrimoniais e rendimentos de capital;
IV - taxas, multas, emolumentos e preços públicos arrecadados no âmbito do Sistema
Único de Saúde - SUS;
V - rendas eventuais, inclusive comerciais e industriais.
§ 3o - As ações de saneamento que venham a ser executadas supletivamente pelo
Sistema Único de Saúde -SUS-, serão financiadas por recursos tarifários específicos e outros da
União, Estados, Municípios e em particular, do Sistema Financeiro da Habitação - SFH.
§ 4o - As ações de promoção nutricional, executadas no âmbito do Sistema Único de
Saúde - SUS -, serão financiadas com recursos do orçamento diversos daqueles da Saúde.
Art. 264 - Fica criado o Fundo Municipal de Saúde, que será administrado pela
Secretaria Municipal de Saúde, subordinado ao planejamento e ao controle do Conselho Municipal de
Saúde.
Parágrafo Único - O Fundo Municipal de Saúde, será constituído por recursos
provenientes das transferências Federal e Estadual do orçamento da Prefeitura, além de outras fontes.
Art. 265 - O processo de planejamento e orçamento do Sistema Único de Saúde, será
compatível com as necessidades da política de saúde e a disponibilidade de recursos do Fundo Municipal
de Saúde.
Parágrafo Único - O Plano Municipal de Saúde, será a base das atividades e programações
da instância gestora do Município e sua execução submeter-se-á ao orçamento aprovado.
Art. 266 - A política de recursos humanos na área de saúde será formalizada e executada,
articuladamente, com as diferentes esferas de governo em cumprimento dos seguintes objetivos:
I - organização de um sistema de formação de recursos humanos na área de saúde com
capacitação técnica e reciclagem permanente em todos os níveis de ensino, inclusive de pós-
graduação com programas de aperfeiçoamento de profissionais que complementem a prestação de
serviços e ações preventivas, curativas e reabilitadoras;
II - instituição, no Município, de planos de cargos e salários e de carreira para o pessoal
do Sistema Único de Saúde - SUS - da administração direta e indireta, baseados em critérios definidos
nacionalmente;
III - valorização da dedicação exclusiva aos serviços do Sistema Único de Saúde - SUS.
§ 1o - Os serviços públicos que integram o Sistema Único de Saúde - SUS -,
constituem campo de prática para ensino e pesquisa, mediante normas específicas, elaboradas
conjuntamente com o sistema educacional.
§ 2o - O Município, como agente do programa do Sistema Único de Saúde - SUS -, fica,
em relação a norma de fixação de salário para cada categoria, adstrito aos recursos que lhe forem
repassados pela União com referência ao Plano de Cargos e Salários.
Art. 268 - O Sistema Único de Saúde garantirá assistência integral à saúde da mulher, da
criança e do adolescente em todas as fases de sua vida, através da implantação da política municipal
adequada, em consonância com a do Estado e da União, assegurando:
I - assistência à gestação, ao parto e ao aleitamento;
II - direito à auto-regulação da fertilidade como livre decisão da mulher, do homem ou
do casal, tanto para a procriação quanto para evitá-la;
III - fornecimento de recursos educacionais, científicos e assistências, bem como acesso
gratuito aos métodos anticoncepcionais, esclarecendo os resultados, indicações e contra-indicações,
vedada qualquer forma coercitiva ou de indução por parte de instituições públicas ou privadas;
IV - assistência à mulher, em caso de aborto, provocado ou não, como também no
caso de violência sexual, asseguradas dependências especiais nos serviços garantidos direta ou
indiretamente pelo Poder Público;
V - adoção de novas práticas de atendimento relativas ao direito de reprodução
mediante consideração da experiência dos grupos ou instituições de defesa da saúde da mulher;
VI - assistência às crianças portadoras de Síndrome de imaturidade Cerebral e às
que apresentem distúrbio do aprendizado através da Secretaria Municipal de Saúde ou de
convênios com áreas especializadas;
VII - atendimento às crianças em geral, com ênfase aos cuidados primários de saúde e
aos adolescentes através de conhecimentos sobre doenças sexualmente transmissíveis e uso de drogas,
entorpecentes e afins.
Art. 269 - O Sistema Único de Saúde, abrangerá outras práticas terapêuticas, tais
como Homeopatia, Acupuntura e Fitoterapia, que integrarão a rede oficial de assistência à população,
garantindo inclusive suprimento dos insumos específicos para este atendimento
Art. 270 - Cabe ao Município, mediante convênio com o Estado, criar e implantar o
Sistema Municipal de Serviços de Urgências, assegurando na sua composição, órgãos operacionais de
comunicação, transporte, atenção médica pré e intra-hospitalar.
Art. 271 - O Município, através dos órgãos competentes, determinará a fluoretização
da água de abastecimento, na proporção fixada pela autoridade responsável.
Art. 272 - A assistência farmacêutica será integrada ao Sistema Único de Saúde - SUS -
mediante convênio com a União e o Estado de modo a garantir:
I - o acesso da população carente aos medicamentos básicos, através da elaboração e
aplicação da lista padronizada dos medicamentos essenciais;
II - estabelecer mecanismos de controle sobre postos de manipulação, dispensação
e/ou venda de medicamentos, drogas e insumos farmacêuticos destinados ao uso e consumo
humano;
Art. 274 - O Poder Público, mediante ação conjunta de suas áreas de educação e saúde,
garantirá aos alunos da rede pública de ensino, acompanhamento médico-odontológico, e às crianças que
ingressem no pré-escolar, exames e tratamentos oftalmológico e fonoaudiólogo.
Art. 278 - O Município, na forma da lei, concederá estímulos especiais às pessoas que
doarem órgãos, tecidos ou substâncias possíveis de serem utilizadas, quando de sua morte, com o
propósito de restabelecer funções vitais à saúde.
SEÇÃO II
Da Assistência Social
Art. 282 - Poderá ser criado o Núcleo Municipal de Assistência Social, sem ônus para o
Município
I - O Núcleo Municipal de Assistência Social poderá participar na formulação
controle e execução da política e ações de assistência social no Município
Art. 284 - O Município, em ação conjunta com o Estado e a União, prestará assistência
social a quem dela necessitar, direcionando especialmente sua atuação no sentido dos seguintes
objetivos;
I - a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice;
II - o amparo às crianças e adolescentes carentes;
III - a promoção da integração ao mercado de trabalho;
IV - criação de um centro para habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de
deficiências e a promoção e integração à vida comunitária;
V - criação de um centro para recebimento e encaminhamento do menor, em caso de
abandono, delinqüência e outras causas.
VI - cadastramento municipal único das pessoas realmente carentes.
Art. 285 - A lei estabelecerá estímulos e incentivos para adoção de menor abandonado ou
seu recolhimento por famílias ou instituições sociais.
Art. 286 - Toda distribuição de alimentos ou outros bens pelos órgãos ou entidades
públicas do Município serão feitas mediante prévia consulta ao cadastro único de pessoas carentes e
visitas dos agentes municipais aos lares a serem beneficiados.
CAPÍTULO IV
DA CULTURA, DA EDUCAÇÃO E DO DESPORTO
SEÇÃO I
Da Educação
SUBSEÇÃO I
Disposições Gerais
Art. 287 - A educação, direito de todos e dever do Poder Público e da família, será
promovida e incentivada com a colaboração da sociedade visando ao pleno desenvolvimento da pessoa,
seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho
§ 1o - Constitui dever da família, representada pelos pais ou responsáveis,
matricular e acompanhas as crianças em idade de escolarização obrigatória nos estabelecimentos de
ensino que promovam a educação formal e especial, sob pena de responsabilidade previstas em lei.
§ 2o - É dever da sociedade comunicar à autoridade escolar a existência de crianças que
não estejam recebendo a escolarização obrigatória.
SUBSEÇÃO II
Do Ensino Fundamental
Art. 288 - O dever do Município com a educação será efetivado mediante a garantia de:
I - ensino fundamental obrigatório e gratuito com o estabelecimento progressivo do
turno único, nas escolas municipais, inclusive aos que não tiverem acesso a ele na idade própria;
II - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência,
preferencialmente na rede regular de ensino;
III - atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a seis anos de idade, dirigidas
preferentemente às camadas populares de baixa renda;
IV - ensino noturno regular, adequado às necessidades de aprendizado do educando;
V - atendimento ao educando, no ensino fundamental, através de programas
suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde;
VI - liberdade de organização dos alunos, professores, funcionários e pais de alunos,
sendo facultada a utilização das instalações do estabelecimento de ensino, sem prejuízo das
atividades normais;
VII - submissão, quando necessário, dos alunos matriculados na rede
municipal de ensino a testes de acuidade visual e auditiva, a fim de detectar possíveis desvios
de desenvolvimento;
VIII - assistência à saúde no que respeita ao tratamento médico-odontológico e
atendimento aos portadores de problemas psicológicos ou destes decorrentes.
IX - o ensino religioso, de matrícula facultativa, constitui disciplina dos horários das
escolas oficiais do Município e será ministrada de acordo com a confissão religiosa do aluno,
manifestada por ele, se for capaz, ou por seu representante legal ou responsável;
X - o órgão municipal de educação, publicará, anualmente, relatório globalizando o
trabalho realizado, bem como os resultados obtidos.
§ 1o - O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo.
§ 2o - O não oferecimento do ensino obrigatório pelo Município, ou sua oferta
irregular, importa responsabilidade da autoridade competente.
§ 3o - A assistência à saúde a que se refere o inciso VIII, objetiva a assegurar as
condições físicas, mentais, psíquicas e sociais necessárias à eficiência escolar e à promoção humana,
devendo ser realizada por equipe multidisciplinar, encarregada do planejamento e da execução ou
mediante programas e convênios com instituições públicas.
§ 4o - O Município orientará e estimulará, por todos os meios, a educação física, que
será obrigatória nos estabelecimentos municipais de ensino.
Art. 292 - O Município aplicará, anualmente, nunca menos de 25% (vinte e cinco por
cento), no mínimo, da receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências, na
manutenção e desenvolvimento do ensino
Art. 297 - O ensino fundamental público terá como fonte adicional de financiamento a
contribuição social do salário-educação, recolhida, na forma da lei, pelas empresas, que dela poderão
deduzir a aplicação realizada no ensino fundamental de seus empregados e dependentes.
SUBSEÇÃO III
Do Ensino Superior
Art. 301 - A lei poderá conceder estímulos e incentivos às instituições públicas e privadas
que venham instalar unidades de ensino no Município.
SEÇÃO II
Da Cultura
Art. 302 - O Município, em ação conjunta com o Estado e a União, garantirá a todos o
pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura municipal, estadual e nacional,
implementando, no âmbito de sua competência, apoios e incentivos a valorização e a difusão das
manifestações culturais, inclusive, por meio de:
I - articulação das ações governamentais no sentido de proteção às manifestações
das culturas populares, indígenas, afro-brasileiras e das de outros grupos participantes do processo
civilizatório nacional, especialmente dos que contribuíram na formação do povo friburguense.
II - criação e manutenção de espaços públicos devidamente equipados e acessíveis à
população para as diversas manifestações culturais, inclusive através do uso de próprios municipais,
vedada a extinção de qualquer espaço cultural público ou privado, sem criação, na mesma área, de
espaço equivalente;
III - estímulo à instalação de biblioteca nas diversas áreas do Município, especialmente
nas sedes dos Distritos e nos bairros de elevada densidade populacional, assim como atenção
especial a aquisição de obras de arte e outros bens particulares de reconhecido valor cultural;
IV - incentivo ao intercâmbio cultural com países estrangeiros e com outros Estados da
Federação, bem como, o intercâmbio cultural com os demais municípios fluminenses;
V - promoção do aperfeiçoamento e valorização dos profissionais da cultura, da
criação artística, grupos folclóricos, grupos de teatros, cine-clubes, artes plásticas, ciências e
letras, música e dança, artesanatos e outras manifestações culturais;
VI - proteção dos documentos, das obras e outros bens de valor histórico, artístico,
cultural e científico, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos,
espeleológicos, paleontológicos e ecológicos;
VII - manutenção de suas instituições culturais devidamente dotadas de recursos
humanos, materiais e financeiros, promovendo pesquisa, preservação, veiculação e ampliação de seus
acervos;
VIII - preservação, conservação e recuperação de bens na cidade e sítios considerados
instrumentos históricos e arquitetônicos.
Parágrafo Único - Ao Município compete suplementar a legislação federal e estadual
que dispuser sobre a cultura.
Art. 303 - A lei disporá sobre a fixação de datas comemorativas de alta significação
para o Município
Art. 306 - A lei estabelecerá incentivos para a produção e o descobrimento dos bens e
valores culturais.
Art. 307 - A guarda, conservação e a preservação dos bens que compõem o patrimônio
histórico, artístico e cultural do Município, compete à Secretaria Municipal de Educação e Cultura,
através de órgão próprio do Departamento de Cultura - PROMEMÓRIA.
Art. 308 - Lei criará o Conselho Municipal de Cultura, dispondo sobre sua composição,
funcionamento e respectivas atribuições.
Art. 309 - Os danos e ameaças ao patrimônio cultural serão punidos, na forma da lei.
SEÇÃO III
Do Desporto
Art. 310 - É dever do Município fomentar práticas esportivas formais e não formais,
inclusive para pessoas portadoras de deficiências, como direito de cada um, observados:
I - autonomia das entidades desportivas dirigentes e associações, quanto à sua
organização e ao seu funcionamento;
II - a destinação de recursos públicos à promoção prioritária do desporto educacional, e,
em casos específicos, para o desporto de alto rendimento;
III - o tratamento diferenciado para o desporto amador e profissional;
IV - a proteção e o incentivo a manifestações esportivas de criação nacional e
olímpicas;
Parágrafo Único - Para a efetividade do disposto supra, as atividades deverão ser
direcionadas de modo a abranger preferencialmente o seguinte universo:
a) caráter educativo;
b) promoção humana e social;
c) recreação e lazer;
d) criação de áreas públicas;
e) programas específicos visando atender as diversas faixas etárias.
CAPÍTULO V
DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA
Art. 321 - O Município garantirá, na forma da lei, o acesso às informações que permitam
ao indivíduo, às entidades e à sociedade o acompanhamento das atividades de impacto social,
tecnológico, econômico e ambiental.
Art. 322 - No interesse das investigações realizadas nas faculdades, institutos de pesquisas
ou por pesquisadores isolados, fica assegurado o amplo acesso às informações coletadas por órgãos
oficiais, sobretudo no campo dos dados estatísticos de uso técnico e científico
CAPÍTULO VI
DA COMUNICAÇÃO SOCIAL
CAPÍTULO VII
DAS PESSOAS PORTADORAS DE DEFICIÊNCIAS
Art. 328 - É dever do Município, em ação conjunta com o Estado, assegurar às pessoas
portadoras de qualquer deficiência plena inserção na vida econômica e social e o total desenvolvimento
de suas potencialidades, obedecendo os seguintes princípios:
I - proibir a adoção de critérios diferentes para a admissão, a promoção, a remuneração e a
dispensa no serviço público municipal garantindo-se a adaptação de provas, na forma da lei;
II - assegurar às pessoas portadoras de deficiências o direito à assistência desde o
nascimento, incluindo a estimulação precoce, a educação de primeiro grau, obrigatória e gratuita, sem
limite de idade;
III - garantir às pessoas portadoras de deficiências o direito à habilitação e reabilitação
com todos os equipamentos necessários;
IV - com a participação estimulada de entidades não governamentais, prover a
criação de programas de prevenção de doenças ou condições que levem à deficiência física, sensorial
ou mental; e de integração social do adolescente portador de deficiência, mediante treinamento para o
trabalho e a convivência;
V - A lei disporá sobre normas de construção dos logradouros, edifícios oficiais e
particulares de freqüência aberta ao público, e sobre a adaptação de veículos de transporte coletivo,
a fim de garantir acesso adequado às pessoas portadoras de deficiências;
VI - participação das entidades representativas das diferentes áreas de deficiência na
formulação, gestão, fiscalização e acompanhamento da política de apoio à pessoa portadora de
deficiência;
VII - assegurar a formação de recursos humanos, em todos os níveis,
especializados no tratamento, na assistência e na educação dos portadores de deficiência;
VIII - garantir o direito à informação e à comunicação, considerando-se as
adaptações necessárias para as pessoas portadoras de deficiência;
IX - conceder gratuidade nos transportes coletivos do Município para as pessoas
portadoras de deficiência, com reconhecida dificuldade de locomoção, e seu acompanhante;
X- participar da regulamentação e organização do trabalho das oficinas abrigadas
para pessoas portadoras de deficiência, enquanto estas não possam integrar-se no mercado de trabalho
competitivo;
XI - estabelecer obrigatoriedade de utilização de tecnologia e normas de segurança
destinadas à prevenção de doenças ou condições que levem a deficiências.
Art. 332 - O Município reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as
pessoas portadoras de deficiência e definirá os critérios de sua admissão, nos termos da Lei.
Parágrafo Único - Poderá ser criado núcleo defesa dos direitos do portador de deficiência,
conforme Título VIII, Capítulo VIII, Seção II, desta Lei Orgânica, sem ônus para o Município
CAPÍTULO VIII
DA COLABORAÇÃO POPULAR
SEÇÃO I
Disposições Gerais
Art. 333 - Além da participação dos cidadãos, nos casos previstos nesta Lei Orgânica, será
admitida e estimulada a colaboração popular em todos os campos de atuação do Poder Público
§ 1o - O disposto neste Título tem fundamento nos artigos 5º, XVII e XVIII, 29, X e XI,
174, parágrafo 2º, e 194, VII, entre outros, da Constituição Federal.
§ 2o - As entidades da sociedade civil do Município, poderão agrupar-se formando um
conselho municipal de caráter consultivo, na forma da Lei.
Art. 334 - Qualquer cidadão será parte legítima para pleitear a declaração de nulidade ou
anulação dos atos lesivos ao patrimônio municipal.
SEÇÃO II
Das Associações
SEÇÃO III
Das Cooperativas
Art. 338 - O Poder Público estabelecerá programas especiais de apoio à iniciativa popular
que implementar a organização da comunidade local de acordo com as normas deste Capítulo.
TÍTULO IX
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 340 - O Município não poderá dar nome de pessoas vivas a bens e serviços públicos
de qualquer natureza.
Art. 342 - O Município poderá criar e organizar quadro de voluntários para o combate a
incêndio, socorro em caso de calamidade pública ou de defesa permanente do meio ambiente, nos termos
da lei, observado o que dispõe o art. 347, da Constituição do Estado
Art. 343 - O Município pode celebrar convênios para a execução de suas leis, de seus
serviços ou de suas decisões por outros órgãos ou servidores públicos federais, estaduais ou de outros
municípios.
Parágrafo Único - O Município, mediante autorização prévia e específica da Câmara
Municipal, poderá celebrar convênios com um ou mais municípios circunvizinhos, para criar entidades
intermunicipais de administração indireta para a realização de obras, atividades e serviços específicos de
interesse comum, dotadas de personalidade jurídica própria, com autonomia administrativa e financeira e
sediada em um dos municípios convenentes.
Art. 344 - Fica assegurado aos servidores públicos estatutários do Município que não
disponham de órgão de previdência e assistência médico hospitalar, o direito de filiarem-se aos
correspondentes órgãos do Estado, na forma estabelecida na lei estadual.
Art. 345 - A lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa
julgada.
Art. 346 - São mantidos os atuais símbolos, brasão, hino e bandeira do Município.
Art. 348 - Ressalvadas as modificações introduzidas por esta Lei Orgânica, permanece em
pleno vigor a legislação municipal.
Parágrafo Único - Na aplicação, integração e interpretação das leis, decretos e outros atos
normativos municipais, observar-se-ão, no caso de omissão de norma específica, os princípios vigentes
da Constituição da República e das leis federais.
Art. 349 - Esta Lei Orgânica, aprovada e assinada pelos membros da Câmara Municipal, é
promulgada pela Mesa e entra em vigor na data de sua publicação.
ATO DAS DISPOSIÇÕES ORGÂNICAS TRANSITÓRIAS
Art. 6o - O Município, organizará, mediante lei, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, o
quadro de seus servidores com estatuto e plano de cargos e salários, cujo regime jurídico assegurará
salário compatível com a função exercida, observados os dispostos no art. 37, inciso XI, e 39, da
Constituição Federal.
MESA DIRETORA
Angela Maria Gomes Ribeiro Fernandes
Presidente
Reinaldo Rodrigues
1º Secretário
Gilberto Salarini
Vice-Relator
COMISSÕES TEMÁTICAS
- Da Organização dos Poderes
Mário César Folly (Presidente)
Rogério Pires Barroso
Eugênio Ubirajara Curty Monteiro
- Do Sistema Tributário, Finanças e Orçamento
Fernando José Pinto (Presidente)
Carlos Aberto Daniel Queiroz
Francisco Pinto de Barros
- Da Ordem Social
José Augusto da Silva (Presidente)
Ledir Ferreira Porto
Irany Alves da Silva Medeiros
Mário Haiut
Obs.: Os Presidentes das Comissões Temáticas são membros da Comissão Especial.