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Ivoneide Maria Vieira de Aquino

Case Micros Indústria e Comércio S/A:

Planejamento Estratégico

André Luis Fernandes Limeira

Luis Antonio Martins Mendes

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso MBA em Gestão


Financeira, Controladoria e Auditoria de Pós-Graduação lato sensu,
Nível de Especialização, do Programa FGV Management como pré-requisito
para a obtenção do título de Especialista .

TURMA GFCA 4

São Luís – MA
2010
O Trabalho de Conclusão de Curso

Case Micros Indústria e Comércio S/A:


Planejamento Estratégico

elaborado por Ivoneide Maria Vieira de Aquino e aprovado pela Coordenação


Acadêmica foi aceito como pré-requisito para a obtenção do MBA em Gestão
Financeira, Controladoria e Auditoria, Curso de Pós-Graduação lato sensu, Nível de
Especialização, do Programa FGV Management.

Data da aprovação: _____ de ______________ de 2010

__________________________________
André Luis Fernandes Limeira
(coordenador)

__________________________________
Luis Antonio Martins Mendes
(Orientador)
TERMO DE COMPROMISSO

A aluna Ivoneide Maria Vieira de Aquino, abaixo-assinado, do Curso de Gestão


Financeira, Controladoria e Auditoria, do Programa FGV Management, realizado
nas dependências da instituição conveniada ISAN em São Luis - MA no período
de abril de 2008 a janeiro de 2010, declara que o conteúdo de seu Trabalho de
Conclusão de Curso intitulado: Case Micros Indústria e Comércio S/A -
Planejamento Estratégico é autêntico e original.

São Luis, 26 de abril de 2010

__________________________________________
a Deus por todas as bençãos e
dificuldades desta vida.
a Empresa Vale, a qual faço parte,
reponsável por subsidiar o meu
desenvolvimento neste curso de Pós-
graduação.

.
AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus, por ter me dado a oportunidade de uma experiência tão


valiosa.

Agradeço à minha mãe Elizabeth, pelo amor, pela luta e dedição aos filhos.

Agradeço ao meu esposo Ezequias pela compreenção dos momentos


ausentes.

Agradeço à minha gerência na empresa Vale, por subsidiar o meu


aprendizado, permitindo-me ingressar e participar ativamente desta Pós-Graduação,
tão importante no desenvolvimento das minhas atividades na empresa.

Agradeço aos professores que colaboraram de forma profissional com o


nosso desenvolvimento cognitivo e que de forma comprometida com o nosso efetivo
aprendizado, respeitaram a sua missão de compartilhar conhecimentos.

Agradeço ao meu Orientador Luis Antônio Martins Mendes, pela atenção


dada no desenvolvimento deste Trabalho de Conclusão do Curso.
RESUMO
.

Este Case mostra uma análise da empresa Micros Indústria e Comércio S/A, que
tem atuação no segmento de microcomputadores do tipo desktop, notebook e
workstation. Apresenta a caracterização da empresa, o perfil da administração do
empreendimento, a tecnologia empregada no processo e estrutura funcional, o
mercado de atuação da empresa e perfil dos clientes. Destaca a situação
econômica-financeira da empresa e as estratégias adotadas no período com foco
em Lucro Total. Apresenta ainda, a utilização do Planejamento Estratégico como
ferramenta orientadora na definição dos principais conceitos que norteiam as metas
futuras a serem alcançadas. Mostra a análise SWOT e a utilização do Modelo das 5
Forças de Porter, para a definição de objetivos estratégicos a serem implementados
com a expectativa de melhorias nos resultados dos negócios e a perpetuação da
empresa.

Palavras-chave: Microcomputadores. Tecnologia. Mercado. Estratégias. Venda.


Lucro. Mercado. Cliente. Planejamento Estratégico.
LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Organograma
Figura 2 – Etapas do Planejamento Estratégico
Figura 3 – Modelo das 5 Forças de Porter
LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Faixas de Preços


Quadro 2 – Demandas da Empresa
Quadro 3 – Tabela de Pesos
Quadro 4 – Estratégias de atuação da empresa
Quadro 5 – Análise SWOT da empresa
Quadro 6 – Análise SWOT - Oportunidades x Fortalezas
Quadro 7 – Análise SWOT - Ameaças x Fortalezas
Quadro 8 – Análise SWOT - Fraquezas x Oportunidades
Quadro 9 – Análise SWOT - Fraquezas x Ameaças
Quadro 10 – Análise SWOT - Fraquezas x Fortalezas
Quadro 11 – Estratégias a serem implementadas 1/2
Quadro 12 – Estratégias a serem implementadas 2/2
LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 – Lucro Total


Gráfico 2 – Lucro líquido
Gráfico 3 – Retorno sobre Patrimônio Líquido
Gráfico 4 – Faturamento
Gráfico 5 – Lucro Total
Gráfico 6 – Lucro Líquido
Gráfico 7 - Retorno sobre Patrimônio Líquido
Gráfico 8 – Faturamento
SUMÁRIO

1 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA...................................................................... 11
1.1 Administrações do empreendimento................................................................... 11
1.2 Tecnologia empregada no processo e estrutura funcional............................... 14
1.3 Mercado da empresa e perfil dos clientes........................................................... 14
1.4 Situação Econômica-Financeira da Empresa em Jan/20x0............................... 16
2 ESTRATÉGIA NO 1º E 2º QUADRIMESTRE DO JOGO........................................ 18
2.1 Objetivos da empresa para o 1º quadrimestre.................................................... 18
2.2 Objetivos da empresa para o 2º quadrimestre.................................................... 22
3 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO ........................................................................ 26
3.1 Conceitos ............................................................................................................... 26
3.2 Definição de conceitos da empresa Micros Indústria e Comércio S/A............. 26
3.3 Análise SWOT ........................................................................................................ 27
3.4 Definição de objetivos estratégicos, principais indicadores e iniciativas ...... 28
3.5 Modelo das 5 forças de Porter ............................................................................. 33
CONCLUSÃO .......................................................................................................... 36
REFERÊNCIAS........................................................................................................ 37
11

1. CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA

A Micros Indústria e Comércio S/A é uma empresa de capital fechado, tendo


como objetivo social o segmento industrial de equipamentos IBM - compatível,
especificamente na fabricação de Desktops, Notebooks e Workstations. A empresa
atua no mercado há cerca de 4 (quatro) anos. Em janeiro de 20X0, ao tomar posse a
nova Diretoria, o Capital Social era de R$ 5 milhões.

1.1 Administração do empreendimento

A administração do empreendimento é realizada de forma centralizada, tendo


a seguinte estrutura organizacional conforme organograma abaixo:

DIRETOR
PRESIDENTE

Diretoria Diretoria
Financeira Administrativa

Gerentes de Ger. de Marketing


Produção e Vendas

Setor Encarregado de Serviços Gerais RH Contábil


Produção

Figura 1 – Organograma
12

 Diretor Presidente
Gilberto Soares Alves, com formação em Matemática e concluindo MBA em
Gestão Financeira, Controladoria e Auditoria pela Fundação Getúlio Vargas – FGV.
Experiência de cinco anos no setor financeiro e quinze anos na área de automação
e controle, tendo exercido a função de Gerente de Negócios, Gerente Executivo
Administrativo e Operacional, Analista de Projetos, Supervisor de Engenharia e
Técnico em Automação e Controle. Principais empresas: Banco do Nordeste do
Brasil S/A, Hospital Sarah Koubitschek, Telemar, Centro de Lançamento de
Alcântara e INPE.

 Diretoria Financeira
Aline Pinheiro de Carvalho, com graduação em Ciências Contábeis e
concluindo o MBA em Gestão Financeira, Auditoria e Controladoria pela Fundação
Getulio Vargas-FGV. Exerceu a função de Analista de Aquisição e Logística,
recebimento integrado de materiais e serviço, Analista de contratos financeiros,
tributário, e fechamento de Balanço do Projeto de Expansão da Refinaria-Alumar.
Atualmente exerce a função de analista de Controladoria da Alcoa, com foco em
análise tributária, financeira, obrigações Acessórias de um Consórcio, auditoria de
diagnóstico tributário de fornecedores e PROCEN. Principais empresas: Nacional
Service e Alumar (Consórcio de Alumínio do Maranhão).
Ana Karine Borgneth Batista, com formação em Administração de
Empresas, Ciências Contábeis e concluindo MBA em Gestão Financeira,
Controladoria e Auditoria pela Fundação Getúlio Vargas - FGV. Exerceu a função de
analista de Recursos Humanos, com ênfase na área de recrutamento, consultorias e
treinamentos. Analista das áreas de recebimento integrado de materiais, financeiro,
contábil e ativo permanente. Atualmente atuando na área de projetos, tendo
efetuado análises de viabilidade econômica dos investimentos de capital, valor
agregado entre outros indicadores. Principais empresas: Serhum – Consultoria em
recursos humanos, Alumar (Consórcio de Alumínio do Maranhão) e Vale.

 Diretor de Recursos Humanos


Ivoneide Maria Vieira de Aquino graduou-se em Administração pela Faculdade
Atenas Maranhense, concluindo MBA em Gestão Financeira, Controladoria e
Auditoria pela Fundação Getúlio Vargas - FGV. Exerceu a função de Técnica de
Processos na Gerência de Desenvolvimento de Estudos e Projetos da Vale,
13

Corredor Norte, por 3 anos. Também atuou por 3 anos como Analista Financeira na
Gerência de Gestão de Desempenho Econômico/Financeiro da Vale, no
Departamento de Operações Logística. Há 2 anos exerce a função de Supervisora
de Custeio e Investimentos, nesta mesma gerência.

 Gerente de Marketing e Vendas

José Mariano Muniz Neto graduou-se em Administração pela Universidade


Estadual do Maranhão – UEMA, Técnico em Transações Imobiliárias pelo CETREP-
PA e concluindo MBA em Gestão Financeira, Controladoria e Auditoria pela
Fundação Getúlio Vargas – FGV. Possui experiência de 10 (dez) anos no mercado
de Telecom e atualmente é Executivo de Canal Empresarial da Oi no MA. Também
já atuou como Coordenador de Vendas Corporativas da Claro no MA (responsável
pelo start up da operadora no estado), Gestor de Vendas Corporativas para os
estados do Amapá, Maranhão e Pará e Gerente de Contas dos segmentos Governo
e Grandes Contas da Amazônia Celular. Multiplicador de Técnicas de Vendas e
Comunicação Empresarial.

 Gerentes de Produção

Vladimir Barreto Vieira, com formação em Administração e Especilização


em Administração com Ênfase em Finanças, tendo atuado como sócio-administrador
de empresa do ramo de Construção Civil, trabalhado como Gerente de Vendas e
Marketing da Ambev, Gerente Regional da Amazônia Celular (operadora de telefonia
móvel) e atualmente atuando como Gerente Financeiro de Imobiliária local.
Vladmir Ferreira Almeida é formado em Ciências Contábeis e concluindo
MBA em Gestão Financeira, Controladoria e Auditoria pela Fundação Getúlio Vargas
– FGV. Possui experiência de 14 (quatorze) anos no Sebrae-MA, atuando nas áreas
de central de compras como assistente, Analista Contábil (assumindo diversas vezes
a Coordenador do setor de contábil); e analista financeiro (atuando diversas como
gerente financeiro). Já trabalho também como consultor financeiro em diversas
empresas.
14

1.2 Tecnologia empregada no processo e estrutura funcional

A empresa possui um parque industrial com capacidade instalada de 900


unidades/mês, representando um investimento de R$ 4,5 milhões para sua
implantação.
A utilização da capacidade instalada possui uma variação por tipo de produto
fabricado, sendo que para produção de um Desktop exige cerca de 1 unidade fabril
e 50 horas de trabalho produtivo; para um Notebook utiliza-se 2,5 unidades e 100
horas de trabalho; para produção de uma Workstation utiliza-se cerca de 1,2
unidades e 200 horas de trabalho.
Para produção dos seus produtos a empresa utiliza insumos como chips,
placas, fontes de energia, gabinetes, discos rígidos, drivers, teclados, monitores de
vídeo, dentre outros. A aquisição desses insumos, nos últimos 4 (quatro) anos, não
apresentou dificuldades e, quando necessário, há alternativas e preços condizentes
para o fornecimento dos diferentes materiais e equipamentos utilizados no processo
produtivo do empreendimento. O custo médio para aquisição é da ordem de R$
850,00 para Desktop, RS 1.100,00 para Notebook e R$ 1.900,00 para Workstation.
Além disso, a estrutura funcional da Micros Industria e Comércio S/A, encontrava-se
organizada em quatro áreas funcionais: marketing e vendas; finanças; recursos
humanos e produção/operação.
A mão-de-obra inicial da empresa para operacionalização da fábrica era de
300 funcionários, com carga horária equivalente a 160 horas/mês e salário médio de
R$ 480,00.

1.3 Mercado da empresa e perfil dos clientes

O mercado da Micros Indústria e Comércio S/A inclui o segmento empresarial,


educacional, doméstico e governamental.
O segmento empresarial possui como característica a alta lucratividade
potencial, tornando o segmento bastante competitivo e atraente para grandes
indústrias de computadores.
Quanto ao segmento educacional, as margens de lucro são menores e os
resultados são de longo prazo, fator contribuinte para torná-lo menos atrativo às
empresas de grande porte que estavam atuando no segmento, principalmente como
estratégia de marketing, pois doavam equipamentos e software com o objetivo de
15

incorporar a sua marca às ações de responsabilidade social e, como conseqüência,


alavancar volume de vendas para o uso doméstico.
O segmento doméstico encontrava-se voltado aos jogos e fins educacionais,
sendo que a maioria dos clientes adquiria produtos em lojas ou departamentos
especializados em computação.
No segmento governamental, a concorrência era elevada, principalmente pelo
potencial de grande volume de vendas, mas com pressão de preços mais baixos.
A clientela potencial da empresa é constituída de dois tipos:

- Cliente habitual: Tem como características a fidelidade à marca e a


satisfação com o produto. Entretanto, elevação de preços poderá modificar o
perfil desse cliente;
- Cliente volúvel: Não possui fidelidade a marca, pesquisa alternativas viáveis
para sua compra, principalmente em relação ao preço, qualidade,
disponibilidade, promoção e desenvolvimento do produto.

O mercado possui política de preço, com controle pelo Governo, tendo as


seguintes faixas para possível aplicação:

Preços em R$ Mínimo Máximo

Desktop 800,00 2.500,00

Notebook 2.000,00 5.000,00

Workstation 3.000,00 7.000,00

Quadro 1 – Faixas de Preços

Os principais concorrentes da Micros Industria e Comércio S/A, são:


Info+Tecnologia, Sertec, Brains, Bossais e Informax.

Demanda da empresa:

Vendas em
Unidades Desktops Notebooks Workstations
Jan 474 173 30
Fev 469 174 30
Mar 461 175 34
Abr 459 178 34
Mai 455 179 34
Jun 442 181 34
Jul 443 183 35
Ago 437 186 36
16

Set 432 188 38


Out 425 190 38
Nov 422 192 40
Dez 420 193 40
Quadro 2 – Demandas da Empresa

Fatores de riscos:
- Controle do governo com adoção de política de preço para o setor;
- Sensível a situação geral da economia e sazonalidade.

1.4 Situação econômico-financeira da empresa em Janeiro de 20X0

Em dezembro de 20x0 a Micros Indústria e Comércio S/A, mantinha a


seguinte estrutura patrimonial.

DEMONSTRATIVO DE RESULTADO

(+) Receita de venda: 1.370.400,00


(-) Custo de produtos vendidos: 935.100,00

LUCRO BRUTO: 435.300,00

(-) Promoção: 170.000,00


17

(-) Pesquisa e desenvolvimento: 10.000,00


(-) Custo de administração: 42.500,00
(-) Despesas adicionais: 0,00
(-) Mão de obra indireta: 0,00
(-) Custo com hora extra: 4.500,00
(-) Produção intensiva: 26.500,00
(-) Custo de estocagem: 14.200,00
(-) Depreciação: 36.000,00
(-) Informações e Pesquisas: 0,00
(-) Benefícios aos Trabalhadores: 0,00

LUCRO OPERACIONAL: 131.600,00

(+) Receita Financeira: 15.000,00


(-) Despesas Financeiras: 0,00

LUCRO ANTES DO IMPOSTO: 146.600,00

(-) Imposto de Renda: 43.980,00

LUCRO LIQ DE EXERCÍCIO: 102.620,00

Indicadores Econômico-Financeiros
Grau de imobilização (%)..................84,85
Cobertura do Giro................................8,93
Retorno Sobre o capital próprio (%)....1,93
Retorno Operacional (%).....................2,48
Margem Líquida (%)............................7,49
Margem Operacional (%).....................9,60

De acordo com os dados acima, observa-se que a estrutura de recursos da


empresa é formada basicamente por recursos próprios, com grau de imobilização
elevada e boa margem líquida e operacional, levando-se em conta a atividade do
empreendimento.
18

2 ESTRATÉGIA NO 1º QUADRIMESTRE E 2º QUADRIMESTRE DO JOGO

2.1 Objetivos da empresa para o primeiro quadrimestre

A diretoria que assumiu a empresa em Jan 20x1 definiu como estratégia de


atuação focar principalmente no lucro total e retorno sobre o patrimônio líquido. No
segundo nível de importância, objetivou-se também, nesta ordem, o valor de
mercado das ações e receita de vendas, atribuindo os seguintes pesos
proporcionalmente ao valor dos objetivos:

FATOR PESOS ATRIBUÍDOS

Lucro Total 4

Retorno s/ Patrimônio Líquido 3

Preço por Ação 2

Receita de Vendas 1

Quadro 3 – Tabela de Pesos

No 1º quadrimestre, a estratégia da diretoria, foi buscar a melhor rentabilidade


para a empresa. Foram adotadas políticas de controle de custos, principalmente em
relação aos custos diretos de fabricação, evitando ao máximo a ociosidade da
capacidade produtiva de máquinas e mão-de-obra, além manter um estoque ideal,
reduzindo custos de estocagem.
Os controles para suportar o processo de decisão da empresa foram:

• Análise da sazonalidade das vendas por produto, com base no histórico do


volume de vendas do ano de 20X0;
• Análise de Fluxo de Caixa dos períodos;
• Custo de Produção;
• Controle da capacidade de produção própria x utilização de capacidade de
terceiros;
• Análise dos produtos estocados;
• Análise da DRE.
19

- Principais Decisões:

Os controles adotados e as decisões tomadas no 1º quadrimestre causaram


alguns impactos na estrutura da empresa, principalmente em relação a sua
lucratividade que ao longo do período apresentou oscilações, finalizando com
incremento de 29,4% em relação a dezembro.
O quadro resumo abaixo, traduz de forma quantitativa a estratégia de atuação
da Micros Indústria e Comércio S/A no 1º quadrimestre.

DEZ/X0 JAN/X1 FEV/X1 MAR/X1 ABR/X1

Capac.
900 900 900 882 886
Máquinas

Funcionários 300 289 300 258 283

Dividendos 500.000 70.000 25.000 15.000 30.000

Part. Lucros 0 0 0 1% 2%

Volume de
653 513 690 530 558
Vendas

Receita 1.370.400 1.187.929 1.573.830 1.408.072 1.406.142

Despesas 1.115.100 699.479 1.523.550 1.196.000 1.122.250

Lucro 102.620 44.648 (53.340) 81.505 132.878

Quadro 4 – Estratégias de atuação da empresa

Diante do quadro resumo acima, observa-se que o mês de janeiro, a empresa


decidiu reduzir a quantidade de funcionários, a distribuição de dividendos, aumentar
o investimento em P&D, propaganda e promoção para o produto notebook e
workstation e manter a capacidade de produção própria e a política de salários.
Em fevereiro, decidiu-se por manter a capacidade de produção e políticas de
salários e a retomada da quantidade de funcionários originalmente encontrada em
dezembro de 20x0. Os investimentos em P&D e Propaganda, tiveram aumento de
188% e 38% respectivamente.
20

Para o mês de março, houve a manutenção dos preços e política salarial,


bem como redução em P&D e Propaganda em 46% e 35% respectivamente. Além
da redução da capacidade instalada e quantidade de funcionários em função do
atentado terrorista ocorrido em NY, que poderia ocasionar possível falta de matéria-
prima em alguns setores. Foi definida ainda a inclusão da participação dos
funcionários no lucro da empresa, como forma de fortalecer o compromisso e
estimular dos colaboradores que permaneceram na empresa no momento de crise.
Em abril, a decisão foi por aumentar a capacidade instalada e número de
funcionários até o limite permitido (10% em relação ao mês anterior) e nas
aplicações financeiras, além da participação no lucro pelos funcionários. Os
investimentos em P&D e Propaganda foram reduzidos.
Essas decisões causaram os seguintes impactos evidenciados conforme
gráficos abaixo:

1.400.000

1.200.000

1.000.000

800.000

600.000
JAN FEV MAR ABR

1 - Info+ Tecnologia 2 - Ser Tec 3 - Brain's


4 - Bossais 5 - Micros Ind e Com Ltda 6 - Informax

Gráfico 1 – Lucro Total


21

300.000

100.000

JAN FEV MAR ABR

(100.000)

1 - Info+ Tecnologia 2 - Ser Tec 3 - Brain's


4 - Bossais 5 - Micros Ind e Com Ltda 6 - Informax

Gráfico 2 – Lucro líquido

3,0

1,0

JAN FEV MAR ABR

(1,0)

1 - Info+ Tecnologia 2 - Ser Tec 3 - Brain's


4 - Bossais 5 - Micros Ind e Com Ltda 6 - Informax

Gráfico 3 – Retorno sobre Patrimônio Líquido


22

2.000.000,0

1.700.000,0

1.400.000,0

1.100.000,0
JAN FEV MAR ABR

1 - Info+ Tecnologia 2 - Ser Tec 3 - Brain's


4 - Bossais 5 - Micros Ind e Com Ltda 6 - Informax

Gráfico 4 – Faturamento

Ao final do 1º quadrimestre, observou-se que as decisões tomadas pela


empresa influenciaram a lucratividade, com impacto negativo em fevereiro e
crescimento nos últimos meses deste período. A perda de lucratividade, evidenciada
em fevereiro, foi influenciada pela decisão de manter os preços dos produtos nos
mesmos patamares de janeiro. Conseqüentemente, a receita foi insuficiente para
cobrir o incremento nos investimentos, resultando assim, em prejuízo de R$
53.340,00, embora o volume de vendas tenha apresentado crescimento de 34,5%
em relação a janeiro.
A política de preços foi mantida ao longo do período com pequenos
incrementos, o que não foi suficiente para gerar uma melhor posição de mercado.

2.2 Objetivos da empresa para o segundo quadrimestre

No 2º quadrimestre, a estratégia da diretoria foi mantida para buscar a melhor


rentabilidade para a empresa. Foram adotadas políticas de controle de custos,
principalmente em relação aos custos diretos de fabricação, aumentando a
capacidade produtiva de máquinas e o número de funcionários, além do acréscimo
das unidades produtivas.
Os controles para suportar o processo de decisão da empresa foram:
23

• Análise da sazonalidade das vendas por produto, com base no histórico do


volume de vendas do ano de 20X0;
• Análise de Fluxo de Caixa dos períodos;
• Custo de Produção;
• Controle da capacidade de produção própria x utilização de capacidade de
terceiros;
• Análise dos produtos estocados;
• Análise da DRE.

 Principais Decisões

No mês de maio, a empresa decidiu manter a política salarial, bem como


aumentar o número de funcionários de 285 para 311 em decorrência do
acréscimo da capacidade produtiva (de 886 para 920). Os gastos com
investimento em P&D, propaganda e promoção também foram mantidos. Os
preços para os produtos notebooks, desktop e workstation aumentaram em
21,46% em relação ao mês de abril. Houve ainda, aquisição de empréstimo para
financiar os investimentos realizados.
Em junho, decidiu-se por manter a capacidade de produção e o número de
trabalhadores. Houve melhoria na política salarial com acréscimo salarial de 5%,
benefícios em 66,67% e participação nos lucros em 300%. O preço de venda
sofreu uma redução de 6,9%. Foi definido também reduzir as aplicações
financeiras como forma de compensação dos gastos operacionais. Aumento em
P&D em 62% e propaganda em 45,7% em função da redução de vendas do mês
anterior.
Para o mês de julho, foram mantidos os investimentos e a política de
preços. Houve aumento nos benefícios para os trabalhadores e dividendos. A
capacidade produtiva foi reduzida para diminuir os custos de produção, bem
como o número de funcionários e aplicações.
Essas decisões causaram os seguintes impactos evidenciados conforme
gráficos a seguir:
24

1.800.000

1.500.000

1.200.000

900.000

600.000

300.000
MAI JUN JUL

1 - Info+ Tecnologia 2 - Ser Tec 3 - Brain's


4 - Bossais 5 - Micros Ind e Com Ltda 6 - Informax

Gráfico 5 – Lucro Total

200.000

-
MAI JUN JUL

(200.000)

(400.000)

1 - Info+ Tecnologia 2 - Ser Tec 3 - Brain's


4 - Bossais 5 - Micros Ind e Com Ltda 6 - Informax

Gráfico 6 – Lucro Líquido


25

4,0

2,0

-
MAI JUN JUL

(2,0)

1 - Info+ Tecnologia 2 - Ser Tec 3 - Brain's


4 - Bossais 5 - Micros Ind e Com Ltda 6 - Informax

Gráfico 7 - Retorno sobre Patrimônio Líquido

2.000.000,0

1.700.000,0

1.400.000,0

1.100.000,0

800.000,0
MAI JUN JUL

1 - Info+ Tecnologia 2 - Ser Tec 3 - Brain's


4 - Bossais 5 - Micros Ind e Com Ltda 6 - Informax

Gráfico 8 – Faturamento

Ao final do 2º quadrimestre, observou-se que as decisões tomadas pela


empresa influenciaram a manutenção da lucratividade em quase todo o período,
sendo que em junho obteve o menor lucro líquido em decorrência dos aumentos dos
custos e investimentos.
A estratégia de preços poderia ter sido mais agressiva para sustentar os
investimentos e alcançar melhor posição de mercado. Esse resultado é comprovado
pela média de preços praticados pelos concorrentes, principalmente pelos produtos
Workstation e notebook.
26

3. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

3.1 Conceitos
Planejamento Estrtégico é um processo sistemático que auxilia a tomada de
decisão, visa garantir o sucesso da empresa no cenário atual e futuro. O foco da
tomada de decisão não é o que a empresa deve fazer no futuro, mas o que deve
fazer hoje para estar preparada para as incertezas do futuro.
Para desenvolver seu planejamento estratégico, a empresa deve definir com
clareza as suas forças, suas habilidades e suas fraquezas dentro do contexto de seu
setor de atuação, para que possa criar vantagens competitivas e transformar em
sucesso as oportunidades existentes.

• Etapas do Planejamento Estratégico

Definição:

Negócio Diagnóstico do
• Planejamento Implementação
Missão Posicionamento
• Estratégico e Controle
Estratégico
• Visão

• Diagnóstico: • Implementação e
• Definição da visão, • Análise de matriz SWOT monitoramento
missão, cultura Cenários • Determinação e • Acompanhamento por
• Identificar a visão objetivos e metas meio de indicadores de
ampla dos negócios • Formulação de desempenho
estratégias
• Desdobramento
dos objetivos e
metas: plano de
ação

Figura 2 – Etapas do Planejamento Estratégico

3.2 Definição de conceitos da empresa Micros Indústria e Comércio S/A


• Negócio
Soluções tecnológica para nossos clientes.

• Missão
Prover soluções tecnológicas avançadas aos nossos clientes contribuindo
para o seu sucesso, maximizando a geração de valor do nosso negócio em um
processo de melhoria contínua.
27

• Visão
Ser reconhecida como a segunda maior empresa no mercado onde atua até o
ano de 2015, provendo soluções em hadware baseada em tecnologia de ponta.

• Valores
Ética
Inovação
Transparência
Empreendedorismo
Satisfação do Cliente

3.3 Análise SWOT


Ambiente Externo: Análise das Oportunidade e Ameaças da empresa.
Oportunidades – são as tendências sociais, econômicas, comerciais e
políticas com conseqüências positivas para a empresa.
Ameaças – são as tendências sociais, econômicas, comerciais e políticas
com conseqüências potencialmente negativas; coisas que se deve negociar com o
mundo exterior para melhorar.

Ambiente Interno: análise das Forças e Fraquezas da empresa.


Forças – são os recursos e habilidades superiores de que se dispõe para
explorar oportunidades e minimizar ameaças.
Fraquezas – são as deficiências que inibem a capacidade de desempenho e
devem ser superadas para evitar falhas.
28

• Análise SWOT - Micros Indústria e Comércio S/A

Oportunidades (externas) Forças (Internas)


Segmento empresarial tem maior margem de lucro Estoque controlado

Segmento educacional é pouco atrativo para Investimentos em P&D


empresas de grande porte
Ação de responsabilidade social no segmento Política interna de controle de custos (principalmente em
educacional relação aos custos diretos de fabricação
Concorrentes com dificuldades Domínio da tecnologia

Novas tecnologias Logística e distribuição eficientes

Ameaças (externas) Fraquezas (internas)


Globalização dos mercados com novos concorrentes Inexistência de planejamento a médio e longo prazo para
investimentos em P&D e Marketing & Propaganda
Pressão por preços baixo no segmento Inexistência de planejamento a médio e longo prazo para
governamental a produção (metas)
Política de preços controlada pelo governo Reduções/Aumentos constante do Quadro de Pessoal

Mercado sensível a situação geral da economia e Preço abaixo do praticado no mercado


sazonalidade
Instabilidades de política/atentados internacionais Risco de perda de especialização com as
podem reduzir fornecimento de matéria-prima reduções/aumentos contantes do Quadro de Pessoal

Quadro 5 – Análise SWOT da empresa

3.4 Definição de objetivos estratégicos, principais indicadores e iniciativas

• Cruzamento do SWOT
LEGENDA:
1 - Baixo Impacto
3 - Médio Impacto
5 - Alto Impacto
29

Quadro 6 – Análise SWOT - Oportunidades x Fortalezas

Quadro 7 – Análise SWOT - Ameaças x Fortalezas


30

Quadro 8 – Análise SWOT - Fraquezas x Oportunidades

Quadro 9 – Análise SWOT - Fraquezas x Ameaças


31

Quadro 10 – Análise SWOT - Fraquezas x Fortalezas

• Cruzamento do SWOT - Definição de estratégias a serem


implementadas

Quadro 11 – Estratégias a serem implementadas 1/2


32

Quadro 12 – Estratégias a serem implementadas 2/2

• Principais Indicadores para avaliação dos Resultados


- Carteira de clientes (Quantidade por segmento);
- Volume de Vendas (Quantidade por produto e Receita em R$);
- Marketshare (% de participação);
- Carteira de fornecedores por material (Quantidade);
- Evolução de Investimento em P&D (Orçado x Realizado);
- Evolução de vendas (Orçado x Realizado);
- Preço praticado (Planejado x Executado);
- Número de falha de equipamento (Tolerância x Realizado);
- Velocidade de processamento dos computadores (Planejado x Realizado);
- Custo de Produção - R$ (Orçado x Planejado);
- Quadro de Pessoal (Orçado x Realizado);
- Treinamentos (Planejado x Realizado);
- Implementação Carteira de Benefícios para empregados (Planejado x
Realizado);
33

- Implementação Programa de Carreira e Sucessão para os empregados


(Planejado x Realizado);
- Preço praticado pela Empresa x Preço praticado pelo Mercado.
- EBITDA (R$)
- Estoque (R$)
- Quadro Líquido de Pessoal (Planejado x Realizado)
- Balanço Social

3.5. Modelo das 5 forças de Porter


O Modelo das 5 Forças de Porter é utilizado para mapear e analisar o
posicionamento competitivo da Organização. Ë aplicável principalmente a nível
Corporativo e de Unidade de Negócio, permite definir estratégias competitivas e
planos de ação.

Novos
Entrantes
Órgãos
Reguladores

Rivalidade entre
Fornecedores os Compradores
Competidores

Produtos
Substitutos

Figura 3 – Modelo das 5 Forças de Porter

• Análise empresa Micros Indústria e Comércio S/A: Modelo 5 Forças de


Porter

Barreiras de Entrada:
• Patentes
• Identidade da marca
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• Custo de mudança
• Necessidades de capital
• Vantagens de custos
• Curva de aprendizado
• Política governamental

Novos Competidores:
• Trazem uma nova capacidade e o ímpeto de ganhar fatias de mercado
• Podem causar grandes mudanças à Indústria
• Intensidade da sua ameaça depende das Barreiras de Entrada

Poder de Barganha dos Fornecedores:


• Custos de mudança de fornecedor
• Ausência de produtos/serviços substitutos
• Concentração do fornecedor
• Importância do volume para o fornecedor
• Impacto dos produtos em custo e diferenciação

Poder de Barganha dos Compradores:


• Concentração dos compradores x concentração da empresa
• Volumes de compra
• Informações dos compradores
• Preço do Produto/ Total de Compras
• Diferenciação dos Produtos/ Serviços
• Impacto em qualidade para o comprador
• Produto Substituto

Intensidade da Rivalidade:
• Existência de muitos competidores iguais em tamanho
• Existência de líder em custo
• Pouca diferenciação de produtos/serviços
• Custos fixos são altos
• Muitas Barreiras de Saída
• Competidores tem estratégias similares
35

Agentes Reguladores:
• Regulam a Indústria
• Exigência de Informação
• Taxas de Juros e Câmbio

• Análise empresa Micros Indústria e Comércio S/A: Resoluções

Estratégias Potenciais:
• Aumentar Satisfação dos Clientes
• Criar produtos diferenciados
• Reengenharia de Processos
• Inovação contínua
• Segmentar o Mercado
• Reduzir custos internos
• Programas de Relacionamento Contínuo
• Otimizar Uso dos Canais
36

CONCLUSÃO

Este trabalho demonstrou uma análise do case da empresa fictícia Micros


Indústria e Comércio S/A, desenvolvido durante a disciplina de Jogos de Negócios,
no curso de Pós-Graduação de GFCA. Foi fundamental esta experiência, a qual nos
permitiu praticar de forma direcionada, as teorias aprendidas em todas as disciplinas
do curso.
As decisões tomadas pela empresa tiveram foco em Lucro Total e a mesma
manteve esta lucratividade em quase todos os períodos. Em decorrência dos
aumentos dos custos, aumento de investimentos e da prática de preços menores
que os praticados pela concorrência, também obteve prejuízo, mas que não
impactaram de forma agravante nos negócios da empresa, constatação feita ao
avaliarmos todos os períodos estudados. Os preços praticados poderiam ter sido
mais agressivos para sustentar os investimentos e alcançar melhor posição de
mercado.
Considerando as variáveis internas e externas que influenciam nos resultados
das empresas, foi realizada também uma abordagem do Planejamento Estratégico,
onde foi utilizado a análise de SWOT e análise das Cinco Forças de Porter para
identificar os gaps, as ameaças, as potencialidades e as estratégias a serem
adotadas para alcançar melhores resultados no futuro. Este exercício foi de extrema
importância, permitindo um olhar mais crítico sobre as diversas forças que
direcionam os mercados e as empresas.
Para a verificação dos resultados a serem alcançados, foram definidos alguns
Indicadores, os quais serão acompanhados mensalmente, permitindo assim o ajuste
das estratégias ao longo do período de implementação.
Podemos concluir que uma tomada de decisão na empresa dever ser
embasada nas verificações de diversos aspectos: aspectos financeiros,
operacionais, produtivos, de mercado, clientes, fornecedores e governo. O
cruzamento destas observações resultará em uma estratégia mais consistente e
assertiva. O olhar para dentro da empresa e para o ambiente o qual a influencia,
também é vital para que a mesma tenha um direcionamento mais focado, permitindo
que a empresa se fortaleça, se prepare e sobreviva diante os diversos cenários que
virão.
37

REFERÊNCIAS

CARNEIRO, Jorge Manoel Texeira. Estratégia de Empresas, In: Disciplina


Estratégia de Empresas, 2009, São Luis.

PESSOA, Gerisval Alves. Planejamento Estratégico, In: Disciplina de


Planejamento Estratégico na Faculdade Atenas Maranhense - FAMA, 2008, São
Luis.

VERGARA, Sylvia Constant. Projetos e Relatórios de Pesquisa em


Administração. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2000.

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