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o juiz deveria se abster o seu julgamento caso no houvesse uma prescrio legislativa
para o caso em concreto, ou em situaes que poderiam ser aplicadas mais de uma lei
para o caso em concreto.
A interpretao seria utilizada apenas para atingir a vontade do legislador, e para
que essa fosse alcanada corretamente foi elaborado um mtodo de interpretao da
exegese, que priori seria um mtodo literal ou gramatical. Esse meio garante que seja
reproduzida com exatido a vontade do legislador, visto que essa aquilo que foi
expresso na lei.
Caso o mtodo literal no fosse suficiente para a resoluo das dvidas referentes
ao alcance da norma e se ainda existisse desconfiana de que no teria atingido a
vontade do legislador, deveria ser utilizado o mtodo lgico. A partir deste mtodo o
intrprete segue todas as normas de lgica para solucionar todas as implicaes que
poderiam ser desenvolvidas a partir do texto legal. Nesse mtodo, seguindo o
posicionamento da Escola no poderia ser utilizado qualquer elemento externo ao direito,
pois seria prejudicial ao sistema legislativo autnomo. Ao utilizar o mtodo lgico
garantido preciso e segurana para a interpretao das leis.
A Escola de Exegese teve grande contribuies de Cham Perelman, nascido na
Polnia, mas que viveu a maior parte de sua vida em Bruxelas, onde estudou Filosofia e
Direito. Se posicionava igualmente a Escola, ao concordar que o juiz deveria se submeter
as leis positivadas. Porm, Perelman acrescentou em sua teoria a ideia de que o juiz
poderia ter um poder complementar para adaptar as leis ao caso concreto e suas
peculiaridades, e tambm para evitar os vazios normativos.
Perelman criticava o engessamento da Escola que se prendia a literalidade,
portanto, no solucionava todos os casos prticos, em um primeiro momento era possvel
resolver os conflitos judiciais a partir da interpretao gramatical dos Cdigos, porm a
sociedade evolui e com ela aumenta a complexidade social de uma forma que
impossvel abranger todos as situaes em um texto normativo. Muitos estudiosos
tambm apontaram essa caracterstica como o motivo pelo qual houve o declnio do
pensamento da Escola.
Para Cham Perelman ao realizar a interpretao no poderia se acorrentar ao
pensamento do legislador, visto que a vontade no permaneceria inalterada no decorrer