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Exercícios físicos aeróbicos reduzem

inflamações agudas, conclui pesquisa


Estudo interdisciplinar mostra que atividades
físicas podem diminuir em até 30% as manifestações

Por Raquel do Carmo Santos,

O exercício físico aeróbico pode diminuir em até 30% as


manifestações inflamatórias agudas. Testes feitos em ratos
constataram que a atividade física constitui uma importante aliada
no controle da reação inflamatória. “O exercício físico mostrou-se
um antiinflamatório natural, que atua nas doenças crônicas e,
sabemos agora, também nas situações agudas”, afirma um dos
autores da pesquisa, o cirurgião torácico Ricardo Kalaf.

Revista
Internacional
publica resultados

Nesse contexto, a descoberta abre o leque para os efeitos positivos


em situações de inflamações manifestadas por agressão física,
química, alérgica ou microbiana, assim como reafirma a importância
da prática regular de exercícios.

As conclusões constam de estudo interdisciplinar coordenado pelos


professores Ricardo Kalaf, da disciplina de Cirurgia Torácica; Edson
Antunes, do Departamento de Farmacologia, ambos da Faculdade
de Ciências Médicas (FCM) e, pela professora Angelina Zanesco,
da área de Educação Física da Universidade Estadual Paulista Júlio
de Mesquita Filho (Unesp), de Rio Claro, São Paulo. Os resultados
foram publicados na revista científica internacional European
Respiratory Journal, de grande impacto científico.
O professor Ricardo Kalaf, um dos coordenadores da investigação: primeiros
resultados apareceram depois de dois anos de pesquisa.

Kalaf explica que outros trabalhos publicados anteriormente já


indicavam os efeitos benéficos do exercício físico no retardo ou
prevenção de várias doenças crônicas como mal de Parkinson,
Alzheimer, aterosclerose, hipertensão arterial, diabetes e do próprio
envelhecimento através da modulação da resposta inflamatória
crônica de baixo grau.

Em paralelo, linhas de pesquisa realizadas na Unicamp se


preocuparam em verificar os mecanismos envolvidos em problemas
originados nos pulmões e suas implicações. Mesmo o trabalho de
doutoramento de Kalaf, orientado pelo professor Ivan Toro, foi nesta
direção. As duas vertentes de estudo fizeram com que suscitassem
nos pesquisadores das duas universidades paulistas o
questionamento em relação à possível resposta da atividade física
em uma inflamação de caráter agudo.
“A pergunta era se o exercício físico permitiria regular ou modular o
processo durante a inflamação aguda, já que é fato que consiga
controlar as inflamações crônicas de baixo grau”, esclarece. Foram
dois anos de pesquisas até conseguirem os primeiros resultados
satisfatórios.

O processo inflamatório no organismo humano, segundo o


cirurgião, é extremamente complexo e multifacetado, sendo difícil
estabelecer graus de intensidade. O quadro é desencadeado por
substâncias químicas ativadas pelas células danificadas. Até
determinado estágio, a reação inflamatória constitui um fator de
proteção, pois alertam para alguma anormalidade nos órgãos.

O problema, no entanto, é quando esta resposta fisiológica ganha


intensidade e torna-se deletéria ao organismo, podendo, inclusive,
causar a morte. Kalaf explica que, muitas vezes, a reação
inflamatória do organismo a uma agressão é tão prejudicial quanto
o próprio fator causal.

“Toda medicação é considerada uma droga se for mal empregada.


Em dosagens baixas pode não surtir efeito, mas, em altas, as
conseqüências podem ser prejudiciais. Da mesma forma, funciona a
inflamação. É difícil identificar o limite entre o fator protetor e o
nocivo. Por isso, a importância de se testar alternativas que regulem
o processo inflamatório para que em eventos agudos seja um fator
de proteção e não tenham efeito prejudicial”.

Substâncias químicas – A idéia de realizar os estudos em ratos


surgiu, justamente, pelas dificuldades em se detalhar os
mecanismos da reação inflamatória aguda em situações críticas,
impossíveis de serem testados em humanos.

Num primeiro momento, os ratos foram submetidos a quatro


semanas de exercícios regulares. Como o metabolismo nos animais
é muito mais rápido, o período de atividade física corresponderia a
uma média de seis meses de exercícios regulares praticados por
humanos.

Dois dias após o treinamento anaeróbio, os pesquisadores


submeteram os animais a um quadro de isquemia e reperfusão
pulmonar – interrupção e restabelecimento da circulação pulmonar
– provocando uma resposta inflamatória aguda naquele órgão.
Com esses procedimentos foi possível verificar uma redução
significativa das interleucinas, uma das substâncias eliminadas no
sangue responsável por desencadear o processo inflamatório. Os
neutrófilos, classe de células sanguíneas mais importantes para a
proteção do indivíduo, também tiveram a infiltração reduzida, uma
vez que o aumento excessivo dessas células pode intensificar a
inflamação aguda.

Outra manifestação do processo inflamatório, o edema, que


consiste em um acúmulo anormal de líquido nos tecidos dos
pulmões, também teve uma forte diminuição. “Os resultados foram
positivos nos três aspectos envolvidos na inflamação – celular,
vascular e humoral”, define o cirurgião.

Ricardo Kalaf explica que pesquisas anteriores embasaram o


desenvolvimento da pesquisa e contribuíram para os resultados. A
Unesp já possuía protocolo reconhecido pela literatura para o
ensaio com os animais, assim como a metodologia para o
treinamento aeróbico dos ratos. Os parâmetros farmacológicos já
eram referendados pelos pesquisadores da disciplina de
Farmacologia, o que facilitou ainda mais os testes de modulação.
Segundo Kalaf, ainda existem mecanismos na modulação da
inflamação relacionados ao condicionamento físico que não estão
devidamente esclarecidos e, por isso, os estudos carecem de
outras etapas de desenvolvimento.

Inflamação e cirurgia pulmonar – A linha de pesquisa denominada


Inflamação e Cirurgia Pulmonar, vinculada à FCM, é relativamente
nova. Há três anos, os professores envolvidos buscam respaldo
científico em muitas das afirmações que são intuitivas na prática
diária. Neste sentido, as abordagens dos trabalhos, muitas vezes,
exigem a interdisciplinaridade, aspecto perseguido pela equipe de
pesquisadores. “São temas promissores, mas há uma exigência de
parcerias com profissionais de outras áreas como ciências
fundamentais, cirurgia e clínica”, acredita.

Como resultado, a linha de pesquisa já acumula outros estudos


publicados em revistas científicas, basicamente sobre temas
relacionados à isquemia e à repercussão pulmonar, e a outros
órgãos.
Kalaf explica que o pulmão pode sofrer repercussões inflamatórias
originadas em outros órgãos, como por exemplo, a pancreatite e a
isquemia intestinal. Ocorrem também inflamações no próprio órgão,
caso da pneumonia, trauma, tromboembolismo pulmonar, entre
outras. “O pulmão é um órgão extremamente sensível e funciona
como um grande filtro no corpo humano”, destaca.

Fonte:
Jornal da Unicamp – Edição 396 - 26 de maio a 1 de junho de 2008
http://www.unicamp.br/unicamp/unicamp_hoje/ju/maio2008/ju396pa
g4.html

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EXERCÍCIO: ESTÉTICA OU SAÚDE?


“A atitude obsessiva de perder peso com muita rapidez é
tremendamente prejudicial à saúde...”

Prof. Dr. Turíbio Leite de Barros Neto,


Coordenador do CEMAFE – Centro de Estudos em Medicina da
Atividade Física e do Esporte da Unifesp/EPM
Professor Adjunto do Departamento de Fisiologia da Unifesp/EPM
Fisiologista do São Paulo Futebol Clube

O excesso de peso é um dos maiores problemas da sociedade


contemporânea. A medicina tem relatado freqüentemente
estatísticas a respeito do número de mortes que ocorrem em função
de doenças associadas à obesidade. O cuidado com relação à
prática de exercícios e aos bons hábitos alimentares é aceito de
forma unânime como atitude absolutamente indispensável ao
investimento em saúde e qualidade de vida.

A busca obsessiva de um ideal estético, tão cultivada nos dias de


hoje, talvez seja um dos grandes problemas em questão.
Resultados estéticos rápidos, nos casos de obesidade, geralmente
só são obtidos à custa de grandes agressões ao organismo.
Pessoas com problemas de excesso de peso ou obesidade
dificilmente aceitam “investimentos com resultados a longo prazo”.
Contudo, modificações graduais, que trazem resultados lentos
porém definitivos, constituem a melhor proposta a ser adotada. Os
primeiros benefícios – tais como redução de colesterol, controle da
pressão arterial em níveis normais, a redução de placas de gordura
das artérias – não chegam a ser visíveis, pois a prioridade de tais
tratamentos é a saúde, e não a estética. O resultado estético tende
também a aparecer, porém é mais lento.

“A atitude obsessiva de perder peso com muita rapidez é


tremendamente prejudicial à saúde. Em simpósio realizado nos
Estados Unidos, vários especialistas chegaram a uma conclusão
que pode ser considerada estarrecedora: perder peso rapidamente
é pior que ser obeso. As agressões que o organismo sofre em
função do chamado “efeito sanfona” (emagrecer e engordar
sucessivamente) são piores que a própria obesidade.

“O gordinho pode ser sadio! Peso em excesso não significa


necessariamente saúde ruim. O que prejudica a saúde são os maus
hábitos alimentares e a vida sedentária. Cada vez mais estamos
perto de afirmar de maneira enfática: “É preferível um gordinho ativo
a um magro sedentário!”

O gordinho precisa acreditar que a atividade física regular, mais


cedo ou mais tarde, sempre acaba trazendo resultados estéticos.

Quando um resultado assim é obtido, deve-se refletir sobre as


estratégias que foram adotadas para isso. Talvez se esteja
combatendo o problema de forma inadequada, ou mesmo
direcionando a preocupação para o objetivo errado. Quando um
indivíduo tenta perder peso, na grande maioria das vezes, está
preocupado com a estética e não com a saúde.

“Portanto, todo indivíduo deveria investir em duas palavras mágicas:


hábitoso saudáveis. Alimentar-se de forma adequada, equilibrar-se
emocionalmente no ambiente familiar, social e profissional, e
sobretudo ser ativo! De todos os fatores de risco, comprovadamente
a vida sedentária é o pior. Apesar de ser o mais pernicioso, é
justamente o fator que todos podemos controlar. Por mais que as
pressões diárias e a falta de tempo nos grandes centros urbanos
dificultem , não é aceitável que um ser humano não consiga dedicar
pelo menos uma hora por dia para praticar atividade física! Não se
trata de transformar todo indivíduo em um esportista, mas de
conscientizá-lo de que o período de atividade é destinado à sua
saúde e de que esses hábitos devem ser incorporados, para se ter
uma vida mais saudável.”

No entanto, apesar de grande parte da população ter consciência


do benefício, ainda é pequena, em nosso país, a parcela dos
praticantes regulares de exercício.

Qual a principal razão pela qual algumas pessoas incorporam a


atividade física como hábito regular, enquanto outras, por mais que
estejam convencidas de sua importância, não conseguem realizá-
regularmente?

Quando se inicia um programa de exercícios, deve-se sempre ter


um objetivo a ser atingido. Essa meta pode ser tanto a perda de
peso e o aumento da massa muscular na busca de um modelo
estético quanto a melhora da resistência física para a conquista de
melhor qualidade de vida.

Na realidade, só se consegue um resultado satisfatório com um


programa de exercícios aliado à dieta, os quais devem ser sempre
orientados por profissionais competentes. Um programa só será
eficaz se for capaz de alterar hábitos de vida e de incorporar-se, de
maneira definitiva, a uma proposta de vida mais saudável.

Portanto, antes do início de qualquer programa, estabeleça o


objetivo a ser atingido.

A proposta fundamental deste programa é esclarecer a importância


da atividade física e, mais do que isso, a importância de um estilo
de vida ativo. As mais recentes pesquisas realizadas em todos os
grandes centros de investigação nessa área apontam para uma
mesma direção: é absolutamente necessário que o homem
moderno reaja ao comodismio proporcionado pelos recursos
tecnológicos.

Fonte:
Livro: “O Programa das 10 Semanas” – Uma proposta para Trocar
Gordura por Músculos e Saúde; Turíbio Leite de Barros Neto;
Editora Manole, 1.ª edição brasileira – 2002.

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Sugestão de Leitura:
Livro: “O Programa das 10 Semanas” – Uma proposta para Trocar
Gordura por Músculos e Saúde; Turíbio Leite de Barros Neto;
Editora Manole, 1.ª edição brasileira – 2002.

Editora Manole Ltda.


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