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Maurício de Almeida Abreu (Rio de Janeiro, 18 de dezembro de 1948 - Rio de Janeiro, 9 de junho de 2011[1]) foi um geógrafo brasileiro que contribuiu para o desenvolvimento da geografia histórica e geografia urbana no Brasil. É considerado também historiador, professor e escritor. Foi professor titular do programa de graduação e pós-graduação em Geografia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, com mestrado e doutorado na Universidade do Estado de Ohio (EUA) (1971-1976), dedicando-se principalmente às temáticas de Geografia Urbana e Geografia Histórica do Rio de Janeiro. Tendo o Rio de Janeiro como objeto de investigação, Mauricio Abreu teve como principais linhas de investigação o processo de fracionamento das terras urbanas cariocas desde o período da fundação em 1565 até o século XX, o aparecimento das favelas e sua disseminação e a avaliação das políticas de urbanização da cidade.
Originaltitel
Maurício de Abreu - evolução urbana do RJ - Resenha
Maurício de Almeida Abreu (Rio de Janeiro, 18 de dezembro de 1948 - Rio de Janeiro, 9 de junho de 2011[1]) foi um geógrafo brasileiro que contribuiu para o desenvolvimento da geografia histórica e geografia urbana no Brasil. É considerado também historiador, professor e escritor. Foi professor titular do programa de graduação e pós-graduação em Geografia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, com mestrado e doutorado na Universidade do Estado de Ohio (EUA) (1971-1976), dedicando-se principalmente às temáticas de Geografia Urbana e Geografia Histórica do Rio de Janeiro. Tendo o Rio de Janeiro como objeto de investigação, Mauricio Abreu teve como principais linhas de investigação o processo de fracionamento das terras urbanas cariocas desde o período da fundação em 1565 até o século XX, o aparecimento das favelas e sua disseminação e a avaliação das políticas de urbanização da cidade.
Maurício de Almeida Abreu (Rio de Janeiro, 18 de dezembro de 1948 - Rio de Janeiro, 9 de junho de 2011[1]) foi um geógrafo brasileiro que contribuiu para o desenvolvimento da geografia histórica e geografia urbana no Brasil. É considerado também historiador, professor e escritor. Foi professor titular do programa de graduação e pós-graduação em Geografia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, com mestrado e doutorado na Universidade do Estado de Ohio (EUA) (1971-1976), dedicando-se principalmente às temáticas de Geografia Urbana e Geografia Histórica do Rio de Janeiro. Tendo o Rio de Janeiro como objeto de investigação, Mauricio Abreu teve como principais linhas de investigação o processo de fracionamento das terras urbanas cariocas desde o período da fundação em 1565 até o século XX, o aparecimento das favelas e sua disseminação e a avaliação das políticas de urbanização da cidade.
ABREU, Maur;cio de. A Evoluo Urbana do Rio de Janeiro.
Rio de Janeiro, IPLANRIO/Zahar,
1987. 147 pgs. Resenha.
Os gegrafos brasileiros estavam perdendo terreno na anlise
interna das cidades para os estudiosos das demais disciplinas, no dando continuidade aos trabalhos pioneiros, como os de Milton Santos (O Ce~ da C~dade de Salvado~, 1959), voltando-se, com prioridade, para a anlise urbano-regional, sobretudo no exame das redes e sistemas urbanos. O estudo de Mauricio Abreu, apesar da demora da publicao (levantamento conclu;do em 1978) e de ser baseado em fontes secundrias, e uma contribuio importante, sobretudo pelo e~ tendimento e explicitao dos elementos e agentes mais importantes que atuam no processo de estruturao do espao urbano de uma metrpole brasileira.
o estudo objetiva "ex.pc.M o p!tMert-te a.tJr.av6 do pM-6ado ~
:tE~c.o que lhe deu 60Juna e c.ort-tedo" e "demoY!J.J:ttuvto g~ de M:tJr.a.tiMc.ao -6oual do. Mpa..O me:tJwpoLUayl.O do Rio ... " (p .11). A n;vel terico, o trabalho procura utilizar a categoria Formao Social atraves da articulao dos conceitos Processo, Funo, Forma-Aparncia (representao da acumulao de tempo) e Forma-Conteudo (realizao de funo determinada pelo per;odo atual) (pgs. 16 e 30). O estudo parte da compreenso de que a estrutura espacial da cidade capitalista no pode ser dissociada das prticas sociais e dos conflitos existentes entre as classes urbanas e examina o processo de sp.gregao (p.ll) e de periferizao u! bana, .este ultimo entendi do no s pela local izao distante,
mas tambm pela no acessibilidade
os (p .14) .
ao consumo de bens e servi
Comparando com os modelos tericos desenvolvidos a partir da
realidade das metrpoles dos paises capitalistas avanados, constata que a rea metropolitana do Rio est tomando uma con figurao espacial oposta s metrpoles cent~ais, estando as classes ma isaltas concentradas no ncl eo metropolitano, em elevadas densidades (p.17). Sendo raros os recursos aplicados em bens urbanisticos, a soluo encontrada no Rio.foi a de aglomerar os ricos em torno desses bens e impedir a entrada dos pobres nesses ncleos ou expuls-los para fora (atravs da empresa privada, via espec~ lao imobiliria, e do Estado, atravs da legislao elitista, da erradicao de favelas, da renovao urbana, das taxaes crescentes e da politica habitacional segregacionista (ogs. 17 e 145). Segundo o autor, antes do sculo XIX, tendo em vista as necessidades de defesa, a falta de transportes coletivos e a maioria da populao escrava, a cidade do Rio era bastante densa e heterognea, a elite diferenciando-semais pela aparncia das residncias que por sua localizao (p.35). A separao dos usos e classes sociais deu-se a partir da introduo do transporte coletivo: o bonde por animais (1859) e o trem a vapor (1870). A "cidade capitalista" comeou ento a ser dividida em trs partes: o ncleo, onde predominavam as atividades no residenciais e os cortios, os bairros da zona sul, servidos por bondes, sendo ocupados pelos usos" nobres" e classes ricas, e os subrbios da zona norte, servidos por trens, ocupados pelos usos "sujos" (indstrias, etc.) e pelos pobres. A associao entre a implantao das linhas de bondes e os n~ vos loteamentos fica clara, assim como a aplicao dos lucros
da aristocracia 140).
cafeeira em propriedades urbanas (pgs. 44
A primeira grande interveno estatal realizada no
incio do sculo XX pelo Prefeito Passos (o "Haussmann carioca"), vi sando dar uma nova imagem capital do Brasil (1902-1906),da~ do continuidade guerra aos corti.os, iniciada pelo Prefeito Barata Ribeiro em 1893, o que vem resultar, alem da moderniz~ o das reas centrais e "nobres", no aparecimento das primei ras favelas (1897). Com o aumento tlos fluxos migratrios, de~ de o incio do seculo, amplia-se o numero de favelas e deseus habitantes. Nos perodos mais recentes, a atuao do Estado continua a r~ forar a estrutura "nucleo-periferia" do Rio, atravs de investimentos publicos que sempre privilegiam os locais que asseguram o retorno financeiro, como o nucleo hipertrofiado e rico (p.ll) e de aes que resultam na periferizao dos pobres (erradicao de favelas no nucleo e construo de conju~ tos habitacionais na periferia).
trabalho conclui que a estruturao espacial do Rio de
neiro reflete os sistem~s de diviso do poder poltico e consequentes formas de distribuio de renda no pas, e preocupao do Estado de garantir, sobretudo, a reproduo capital (p.144).
Jadas da do
* Gegrafo~ Professor do Mestrado em Arquitetura e Urbanismo
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