Governo do Estado do Pará

Secretaria de Estado de Governo

Secretaria de Estado de Segurança Pública

Plano Estadual de Segurança Pública

Sumário Caminhos da Segurança Cidadã
O que é Segurança Cidadã?
Os 7 pilares da Segurança Cidadã:
A eficácia
A proximidade
A eficiência
A responsabilidade
A prevenção
A garantia dos direitos humanos
A qualidade de vida
Segurança Cidadã: uma doutrina
expressa nas ações
4 Apresentação Este é o plano de segurança pública do
10 Governo Popular.
Aqui estão reunidos compromissos que
16
assumi antes mesmo de ser eleita governadora
20 do Pará: combater a criminalidade com a aber-
21 tura imediata de concurso público para policiais;
ampliar os recursos para segurança; fortalecer
22
a Defensoria Pública; combater a violência no
23 campo, a exploração sexual e infantil e o traba-
24 lho escravo.
25 Tenho orgulho de apresentar um plano
pioneiro no nosso Estado, uma vez que a se-
26
gurança nunca havia sido tratada à luz de uma
política pública, elaborada de acordo com os
28 princípios da cidadania e integrada a um grande
leque de programas sociais. A segurança deixou
de ser considerada um simples caso de polícia
para se tornar um sistema articulado com outras
secretarias e com a comunidade. Passou a atuar
em diversas frentes, prevenindo a criminalidade
com ações nas áreas da educação, do esporte,
da cultura, da capacitação profissional.
Às polícias cabe servir aos cidadãos, pro-
tegendo direitos e liberdades e, ao mesmo tem-
po, inibindo e reprimindo suas violações. Sei
que nosso desafio é imenso diante do passivo
que recebemos na área da segurança pública,
mas temos um plano consistente para garantir a
tranqüilidade de todas e todos, no campo e na
cidade, com profundo respeito aos direitos hu-
manos. Temos, a partir de agora, uma Seguran-
ça Cidadã.
Ana Júlia de Vasconcellos Carepa
Governadora do Estado do Pará.
3
 O novo modelo de Segurança Pública,
Caminhos da “Segurança Cidadã”, busca firmar a garantia da
Segurança Cidadã segurança e da cidadania de cada uma e de cada
um dos paraenses como prioridade essencial
das políticas públicas estaduais. Por décadas, a
segurança não foi tratada como uma política pú-
blica, mas como assunto privativo que contribuía
principalmente para a reprodução social e políti-
ca das “elites” locais e das próprias instituições
ou corporações de segurança “pública”. A dou-
trina de segurança nacional também contribuiu
a impedir o surgimento de uma segurança que
atenda todos os cidadãos, sem discriminação,
como também desqualificou os direitos huma-
nos, considerados como obstáculos à implemen-
tação da segurança interna. Esse “autoritarismo
socialmente implantado”1 representou um forte
impedimento para a edificação de uma política
de segurança pública embasada na cidadania e
dignidade humana, seja dos agentes de segu-
rança pública, seja da população atendida.
Atualmente, muitas pessoas, principal-
mente as que compõem as camadas mais po-
bres da população, além de sofrer uma grande
insegurança social por falta de emprego, de sa-
lário decente, de condições dignas de vida e de
acesso a serviços públicos de qualidade, não
têm outra opção do que enfrentar cada dia uma
situação de descaso do poder público tornando-
as menos resistentes ao risco social e à crimina-
lidade. A juventude do Pará, especialmente nas
1
Cf. Méndez, Juan; O’Donnell, Guillermo; Pinheiro, Paulo
Sérgio (Org.). Democracia, Violência e Injustiça. O Não- Es-
tado de Direito na América Latina. São Paulo: Paz e Terra,
2000, 385 p.
4 5
maiores cidades do Estado, está particularmen-
te exposta, enfrentando situações que acabam
tornando os nossos jovens as principais vítimas
deste círculo vicioso, que reforça os segmentos
criminosos e enfraquece o poder público e a
harmonia da nossa comunidade. Se os cidadãos
mais pobres povoam as penitenciárias do nos-
so Estado, isto não significa que os setores mais
favorecidos da nossa sociedade não tenham en-
volvimento nenhum em atividades criminosas.
Apenas significa que as classes populares têm
mais vulnerabilidade do que as classes médias
e altas perante o sistema de repressão criminal,
por motivos que já foram apontados pelos cien-
tistas sociais estudiosos do tema2.
Essa idéia também é analisada pelo soci-
ólogo francês Loïc Wacquant, para quem o pro-
cesso contemporâneo de desenvolvimento do
sistema capitalista gera o desemprego, a intensi-
ficação das iniqüidades sociais e a conseqüente
exclusão e marginalização de grande camada da
sociedade. Esse status quo excludente ocasiona
um elevado grau de vulnerabilidade e de crimi-
nalização da pobreza, dificultando ainda mais a
realização da igualdade e da justiça social. Com
investimentos públicos, através de ações estra-
tégicas do Estado, pode-se reduzir os fatores
causadores da miséria e as fontes de privação
de capacidades, a fim de que a estigmatização
do pobre como criminoso e marginal seja des-
constituída3.
2
Entre eles, podemos citar Paulo Sérgio Pinheiro, Antônio
Luiz Paixão, Edmundo Campos Coelho, Sérgio Adorno, etc.
Cf. COELHO (Edmundo Campos), “A criminalização da mar-
ginalidade e a marginalização da criminalidade”, In Revista
de Administração Pública, 12/02 (abril-junho 1978), p.139-
161. Cf. PAIXÃO (Antônio Luiz), “Crime, controle social e
consolidação da democracia: as metáforas da cidadania”,
In O’DONNELL (Guillermo), REIS (Fábio Wanderley) (org.),
A Democracia no Brasil: dilemas e perspectivas, São Paulo,
Vértice, Editora Revista dos Tribunais, 1988, p. 168-199.
3
Cf. WACQUANT (Loïc). Punir os pobres: a nova gestão da
miséria nos Estados Unidos – Rio de Janeiro: Instituto Cario-
ca de Criminologia: F. Bastos, 2001 (Coleção Pensamento
criminológico).
 Pôr um fim ao descaso, ao abandono, à
privatização e à insegurança
Em decorrência da falta de uma doutrina
pública na matéria, a segurança do cidadão e
da cidadã, democrática e não discriminatória,
foi relegada a um segundo plano. As elites só-
cio-econômicas, com apoio em esferas estraté-
gicas do poder público, tinham pouco interesse
em organizar o devido controle de uma crimina-
lidade que servia, direta ou indiretamente, aos
seus próprios interesses, em detrimento de uma
grande maioria de cidadãos e cidadãs que, em
conseqüência, sofria diariamente o peso da in-
segurança.
Essa situação provocou o paulatino suca-
teamento do sistema em virtude de que os inves-
timentos destinados a ele foram aplicados em
outros fins. Prova é que nos últimos dez anos,
o Estado do Pará investiu pouco em segurança
pública, aumentando, ano após ano, o sentimen-
to de abandono e de desespero da maioria da
população paraense frente a uma situação da
qual se sente indefesa. Durante este período, os
efetivos policiais do Estado foram reduzidos, en-
quanto a população do Pará conheceu um cres-
cimento de 30%! Repetidas falhas na gestão dos
serviços públicos de segurança obrigam agora
os novos dirigentes a investirem de maneira ace-
lerada nesta área, tentando corrigir os erros e
atrasos acumulados4.
No que tange aos equipamentos, os atra-
sos também foram se acumulando, deixando os
policiais com poucas condições de responder,
de maneira satisfatória, às necessidades dos
paraenses no campo da segurança pública. As
péssimas condições de trabalho, aliadas a uma
capacitação insuficiente, implicam no prejuízo
da qualidade da prestação do serviço, o qual lida
4
A situação do Sistema Estadual de Segurança Pública é tão
grave que, por exemplo, para voltar a certo equilíbrio entre os
efetivos da Polícia Militar e a demanda legítima de segurança
por parte da população paraense, avalia-se que os próximos
governos teriam de abrir um concurso público para 1000 po-
liciais militares cada ano durante os 10 próximos anos, a fim
de corrigir um déficit de cerca de 7 mil agentes!
6 7
com bens extremamente fundamentais, como a
vida e a liberdade.
Pará: fronteira agrícola e mineradora do
Brasil do novo século
A criminalidade se nutre das dificuldades
do poder público em garantir o Estado Demo-
crático de Direito, sobretudo em regiões de di-
fícil acesso e controle territorial, como o espaço
amazônico. Nestas condições, o governo de um
Estado tão importante quanto o Pará, principal
fronteira de expansão territorial, fronteira agrícola
e mineradora do Brasil do novo século, tem que
assumir a responsabilidade de encontrar solu-
ções a problemas complexos de âmbito regio-
nal, nacional, e até internacional.
A combinação desses fatos determina a
necessidade de inversão da lógica no tratamen-
to da segurança pública, no sentido de tornar
todos os cidadãos e cidadãs, em todas as regi-
ões do Estado, o público-alvo de uma política de
segurança democrática que se expressa, neste
governo, no modelo de “Segurança Cidadã”.
Da mesma forma que, externamente, o
foco do sistema de segurança pública precisa
ser o cidadão e a cidadã e não o Estado, inter-
namente, o seu foco deve ser os homens e mu-
lheres que compõem as instituições, de maneira
a realmente valorizá-los como molas propulso-
ras de um sistema que age em diversas frentes,
mas coordenados entre si, em uma verdadeira
integração de esforços, para atingir a um obje-
tivo comum. Essa integração, tão propalada, na
prática se encontrava parada há anos, com as
ações dos órgãos policiais sendo pensadas in-
dividualmente.
População insegura - Polícia distante
Essa desarticulação também culminou no
distanciamento das corporações da população,
de maneira que cada vez mais pessoas deixa-
ram de procurar os órgãos do sistema para a
satisfação de suas demandas, mormente no que
se refere aos registros de fatos delituosos, o que
dificulta um real diagnóstico dos índices de cri-
minalidade.
 A ineficácia do Sistema de Segurança Pú- lação paraense sofrer, pelo menos, um delito por As duas situações são inconcebíveis e,
blica em enfrentar o crime reflete na confiança ano dentro do Estado7. portanto, a todo custo, é imperioso transformar
que a população tem nas instituições policiais. Mais grave ainda é o fato de que parte sig- essa desconfiança em crédito junto à popula-
Na verdade, os índices de desconfiança de- nificativa dos policiais demonstra também pouca ção, só se alcançando esse fim quando se pro-
monstram a relação conflituosa entre polícia e confiança a respeito dos membros da comuni- vocar no povo a certeza de que os órgãos da
sociedade através dos tempos, conforme se dade, abrindo espaço para a disseminação de segurança pública e, mais especificamente, as
depreende de pesquisa de vitimização, onde se
preconceitos e a possibilidade de existência de polícias, são instituições onde seus agentes se
percebe que, em 2005, quase 70% dos entrevis-
uso arbitrário dos poderes administrativos. É o pautam nas normas do Estado Democrático de
tados na Região Metropolitana de Belém foram
que aponta a pesquisa já mencionada:8 Direito, perseguem o caminho ético e dominam
por um caminho de distanciamento entre a polí-
cia e a comunidade5.
“Essa pesquisa traz uma notícia bastante cientificamente a sua profissão. Este é o quadro
preocupante [...]: a desconfiança dos poli-
Do momento em que a população deixou que este governo tem a obrigação de reverter, no
ciais a respeito da população ainda fica mui-
de mobilizar objetivamente o sistema, por não objetivo de alcançar, por fim, a tão sonhada con-
ta alta. [...] Na proporção de um policial para
mais acreditar em seus resultados, até a mani- quatro, a opinião é que os cidadãos comuns vivência pacífica da sociedade paraense e fazer
festação de um sentimento de insegurança, per- aparecem em primeiro lugar como suspeitos do nosso Estado uma terra fraterna.
cebe-se um espaço muito pequeno. Prova é que potenciais, e não como pessoas que a polí-
nove entre dez paraenses afirmam viver sobres- cia tem vocação de proteger e servir. Nessas
saltados com a questão da violência, conforme condições, fica difícil para os cidadãos con-
diagnóstico de pesquisa recente realizada na fiarem numa polícia que, de antemão, consi-
UFPA em 2005, sob a coordenação do Prof. Dr. dera eles com desconfiança, assimilando-os 7
Idem. p. 127.
Jean-François Deluchey: como suspeitos”. 8
Ibid. pp. 62 e 63.
“A pesquisa “Diagnóstico da Segurança Pú-
blica no Estado do Pará” pediu aos paraen-
ses entrevistados para se expressarem sobre
o quanto eles se sentem inseguros e sobre
o que faz com que eles se sintam insegu-
ros. [...] Na Região Metropolitana de Belém,
o grau de preocupação chega até 94,4%,
mostrando assim que morar na Grande Be-
lém traz mais insegurança do que morar no
Interior. Não obstante, o grau de 90,4% de
preocupação no Interior é bastante alto, nos
impedindo de considerar o Interior como
uma região tranqüila, onde o crime não é
uma grande preocupação no dia-a-dia.”6
Importante ressaltar outro resultado da
mesma pesquisa, que vem a corroborar com es-
sas preocupações: o fato de um sexto da popu-

5
DELUCHEY (Jean-François Y.), Vitimização, Insegurança e
Segurança Pública no Estado do Pará: um Diagnóstico, Re-
latório final da pesquisa « Avaliação e planejamento na área
de Segurança Pública. Diagnóstico da Segurança Pública
no Estado do Pará », Belém (Pará), Ministério da Justiça /
Secretaria Nacional de Segurança Pública (MJ/SENASP)
– Secretaria Especial de Defesa Social e Secretaria Executiva
de Segurança Pública do Estado do Pará (SEDS/SEGUP-Pa)
– Programa de Pós-Graduação em Direito / Centro de Ciên-
cias Jurídicas da Universidade Federal do Pará (PPGD/CCJ/
UFPA), dezembro de 2005, p. 62.
6
DELUCHEY (Jean-François Y.), p. 78.

8 9
 O que é O modelo de segurança pública do Estado
do Pará, como em outras Unidades Federativas,
Segurança Cidadã? segue uma lógica perniciosa que descaracteriza
a segurança enquanto um bem público, mas sim
a coloca enquanto uma estrutura de manuten-
ção de um poder cujo fundamento está eivado
do atendimento a interesses particulares.
Em um novo modelo, a vida em coletivi-
dade se impõe, direcionando a realização dos
serviços de segurança para um caminho de
atendimento aos interesses públicos. É neste
paradigma que se constrói o necessário projeto
de Segurança Cidadã, enquanto primado básico
para o cumprimento do espírito constitucional.
Para tanto, o planejamento estatal deve contem-
plar, inicialmente, as dificuldades de um modelo
tradicional, fracassado e obsoleto, e visualizar
mecanismos de superação e inauguração de um
modelo que: a) tenha como público-alvo o cida-
dão comum; b) tente garantir a cidadania dos
paraenses e a expressão dos seus direitos; c)
seja realmente público, para todos e todas; d) se
enquadre dentro de um projeto de desenvolvi-
mento social das comunidades atendidas; e) fa-
cilite a aproximação entre polícia e comunidade
e não encare o infrator como inimigo; f) preser-
ve e proteja, não apenas reprima; g) cuide tanto
da situação real da criminalidade como também
priorize as ações que possam devolver a tranqüi-
lidade das pessoas e a convivência pacífica na
nossa comunidade; e h) seja dotado de profis-
sionais qualificados e equipados.
Neste diapasão, o Governo do Estado do
Pará, em sua nova administração, arvora-se em
pensar um policiamento de cunho comunitário, a
partir de alguns pontos básicos: a) Planejamento
10
a partir da realidade local (e não generalizando
os problemas) de cada região, município, bair-
ro e localidade; b) levantamento de problemas,
principalmente de outras áreas de governo (saú-
de, educação, infra-estrutura, etc.) com dificulda-
des constantes em seu diagnóstico; c) soluções
pautadas nesta perspectiva transversal e em
parceria com as demais Secretarias e Órgãos
do Estado; d) focalização nas demandas sociais
específicas dos chamados grupos vulneráveis;
e) respeito à diversidade étnica e cultural, à re-
alidade sócio-demográfica e sócio-cultural (con-
siderando que as populações tradicionais como
as indígenas, as ribeirinhas e os remanescentes
de quilombos, contribuem de maneira forte à
conformação da existência do ethos paraense);
f) capacitação dos seus agentes e aumento da
capacidade operacional.
Pensar uma Segurança Cidadã requer o
exercício da integração como compromisso de
todas as áreas do Governo para o seu sucesso,
o que já é vivenciado pelos Órgãos que com-
põem o Sistema Estadual de Segurança Pública
do Estado.
Não se pode atingir o objetivo da paz so-
cial tão somente com o aparelho da segurança.
11
É imprescindível pensar na sua execução
de forma integrada com políticas:
- de infra-estrutura (pavimentando e iluminando
os bairros e ruas, levando saneamento básico e
moradia digna à população);
- de assistência social (atendendo às popula-
ções vulneráveis a fim de possibilitar-lhes inclu-
são social);
- de esporte, cultura e lazer (reconhecendo-as
como as ferramentas que promovem maior in-
clusão e tem o maior potencial preventivo à vio-
lência);
- de geração de trabalho, emprego e renda (ca-
pazes de dar dignidade às pessoas; promoven-
do o primeiro emprego; a qualificação para o
mercado de trabalho; a transferência de recur-
sos aos mais pobres);
- de educação de qualidade (a fim de trabalhar
de forma preventiva com a juventude).
Todas essas ações precisam estar casa-
das com as políticas de repressão à violência,
integrando todas no Programa “Segurança Cida-
dã” do Governo do Estado, como, por exemplo,
a partir dos seguintes projetos governamentais,
desenvolvidos por várias Secretarias de Estado
e vários órgãos da administração direta e indire-
ta do Estado:
1. Bolsa Trabalho – SETER;
2. Força pela Paz – SEGUP, PMPA, PCPA, CBM,
DETRAN;
3. Escola de Portas Abertas – SEDUC, com
SESPA, SEGUP, SEJUDH / Centro Maria do
Pará, PMPA, COSANPA, etc.;
4. Caravana da Leitura, e Grãos de Leitura
– SECULT / Fundação Cultural Tancredo Neves;
5. PAC Estadual – SEDURB / COHAB /
COSANPA;
6. Esporte participativo – SEEL;
7. Música na Praça – Fundação Carlos Gomes;
8. Territórios urbanos – Fundação Curro Velho;
9. Pará Cidadão, Formação de agentes
voluntários de Cidadania e Direitos Humanos
– SEJUDH;
10. Casa da Juventude – SEDES;
11. Projeto Mulheres da paz – SEDES;
12. Bombeiros da Vida – CBM;
13. Bairros de Belém – ASIPAG;
14. Aprender a empreender – COHAB;
15. Navega Pará – SEDECT;
16. Atividades culturais de rua: dança de rua,
RAP, DL, Grafite – SECULT.
Estas perspectivas e essa integração da
área de segurança pública no Programa Integra-
do de Governo Segurança Cidadã propugnam
por uma segurança que efetivamente trabalhe
com os problemas multicausais e locais, para
soluções específicas e minuciosas, como prima-
do maior de eficiência e eficácia, efetivamente
respondendo às dificuldades apresentadas pela
realidade.
Em resumo, a Segurança Cidadã é:
- uma segurança que tem como público-alvo o
cidadão comum;
- uma segurança que esteja garantida por ações
de todos os setores do Governo;
- uma segurança realmente pública, para todos
e todas;
- uma segurança que visa garantir a cidadania
dos paraenses e a expressão dos seus direitos;
- uma segurança que se enquadra dentro de um
projeto de desenvolvimento social das comuni-
dades atendidas;
- uma segurança que aproxima polícia e comuni-
dade e não encara o infrator como inimigo;
- uma segurança que cuida, na qual o uso da
força representa o último recurso, uma vez esgo-
tados todos os outros;
- uma segurança que é atenta à situação real da
criminalidade e que também prioriza as ações
que possam devolver a tranqüilidade das pesso-
as e a convivência pacífica na nossa comunida-
de;
- uma segurança qualificada, tecnicamente.
A nova política de Segurança Cidadã
busca a adequação dos organismos de segu-
rança para melhor responder às demandas da
sociedade. Este modelo apresenta a cidadania
e a dignidade como base dessa política para
a sociedade paraense, tendo como objetivo a
humanização das ações de segurança pública,
através principalmente da formação dos seus
agentes. Esse conteúdo, voltado para a garantia
nia. A construção desse direito e a preservação Partindo desse arcabouço principiológico,
dos Direitos Humanos e exercício da cidadania,
da segurança pública não constituem dever ex- a nova política de segurança do Estado adotou
visa a mudança de atitude norteada por princí-
clusivo do Estado, cabendo ao cidadão, às ins- como matriz fundamental a concepção de Segu-
pios éticos, propiciando a integração entre os
tituições sociais, às comunidades participarem rança Cidadã.
diferentes órgãos do sistema, interligando infor-
desse processo político de sedimentação de va- Essa matriz está em plena consonância
mações e ações entre os órgãos, e destes com
lores tão essenciais à vida coletiva, aprendendo com o Plano Nacional de Segurança Pública e
a sociedade.
uns com os outros a atuar como defensores da com as orientações do Governo Federal e o Pro-
Embora o Estado do Pará tenha adotado
mesma democracia: uma democracia popular, grama Nacional de Segurança com Cidadania
pioneiramente a concepção de sistema na ges- responsável e generosa. (PRONASCI), ou seja, também parte de uma filo-
tão da segurança, percebe-se que, na prática, Isso implica na consolidação do sistema sofia marcada pelos seguintes postulados:
ele não está ajustado e funcionando como de- de segurança pública, que será orientado pela • Direitos Humanos e eficiência policial são com-
veria. Alguns passos importantes foram dados, integração e gerido por uma instância unificante, patíveis entre si e mutuamente necessários;
mas não é difícil detectar que: que possibilite seu funcionamento efetivo. Por- • Ação social preventiva e ação policial são com-
• A integração entre os diversos componentes tanto, a construção de um novo modelo para o plementares e devem combinar-se na política de
do sistema Estadual ainda é incipiente; sistema de segurança pública do Estado do Pará segurança;
• Não há objetivos comuns claramente pactua- será pautada pelas seguintes diretrizes: • Polícias são instituições destinadas a servir aos
dos e divulgados nos órgãos do sistema; • Profissionalização da gestão; cidadãos, protegendo direitos e liberdades, ini-
• Existe dispersão de esforços e sobreposição • Ampliação do controle pelo Estado das ativida- bindo e reprimindo, portanto, suas violações;
de atividades. des sensíveis da segurança pública; • Às Polícias compete fazer cumprir as leis, cum-
• Assim, para que o sistema seja, de fato, viabi- • Fortalecimento da integração intra e interins- prindo-as;
lizado e sua funcionalidade potencializada é ne- titucional (dentro e fora do Sistema Estadual de • Policiais são seres humanos, trabalhadores e
cessário repensar sua estrutura e sua gestão. Segurança Pública); cidadãos, titulares, portanto, dos Direitos Huma-
A Segurança enquanto direito de todos e • Ampliação da eficiência e da eficácia do servi- nos e das prerrogativas constitucionais corres-
todas tem como requisito o exercício da cidada- ço prestado à população. pondentes às suas funções;
12 13
• O Sistema de Justiça Criminal deve ser demo-
crático e justo, isto é, orientado pela eqüidade,
acessível a todos e refratário ao exercício violen-
to e discriminatório do controle social.

Rumo a um novo modelo

Para proporcionar aos paraenses uma se-
gurança que seja realmente pública, o Estado
tem de passar por uma quebra de paradigma.
Segundo a pesquisa recente da Universidade
Federal do Pará, alhures citada, a falta de con-
trole da área da segurança pública, na ausên-
cia de ferramentas confiáveis, demonstra que as
instituições policiais, até hoje, não foram usadas
para beneficiar ao público, isto é, ao cidadão co-
mum:
“Sem dispor de ferramentas e indicadores
fidedignos de avaliação da situação da crimi-
nalidade, as forças policiais não conseguem
determinar qual a correspondência entre o
trabalho desenvolvido e os resultados espe-
rados em termos de controle criminal e de
segurança pública. O trabalho das polícias,
nessas condições, somente pode ser voltado
para a justificação de suas próprias ativida-
des e de suas próprias existências enquanto
instituições ou corporações. [O] momento
atual é de transição para passar de um mo-
delo que poderíamos chamar de “institucio-
nal”, para outro modelo, “racional” ou “téc-
nico” segundo a tipografia elaborada pelo
Stephen D. Mastrofski9. Isto significa que o
Sistema Estadual de Segurança Pública do
Estado do Pará, como tantos outros, deve
buscar ultrapassar o modelo institucional
ainda vigente (modelo segundo o qual as or-
ganizações policiais não sabem exatamente 9
Cf. MASTROFSKI (Stephen D.), “Policiamento comunitário e
como ser eficientes na produção de resulta- estrutura da organização policial”, In BRODEUR (Jean-Paul)
(org.), Como reconhecer um bom policiamento: problemas e
dos e, por conseqüência, tentam responder
temas, São Paulo, Edusp, pp. 203 et sq.
às crenças correntes sobre o que elas devem 10
Cf. DELUCHEY (Jean-François Y.), Vitimização, Inseguran-
ser e o que elas devem realizar) para alcan- ça e Segurança Pública no Estado do Pará: um Diagnóstico,
çar o modelo racional / técnico (segundo o Relatório final da pesquisa « Avaliação e planejamento na
área de Segurança Pública. Diagnóstico da Segurança Pú-
qual as organizações são orientadas para
blica no Estado do Pará », Belém (Pará), Ministério da Justiça
atingir uma série de objetivos bem definidos / Secretaria Nacional de Segurança Pública (MJ/SENASP)
e tentam produzir um impacto específico e – Secretaria Especial de Defesa Social e Secretaria Executiva
mensurável sobre uma situação através da de Segurança Pública do Estado do Pará (SEDS/SEGUP-Pa)
implementação de estratégias racionais)”. – Programa de Pós-Graduação em Direito / Centro de Ciên-
cias Jurídicas da Universidade Federal do Pará (PPGD/CCJ/
(Grifo nosso.)10. UFPA), dezembro de 2005, 182 páginas.

14 15
 Modelos de O Governo de Ana Júlia Carepa está cien-
te do grande desafio que terá que superar. Para Modelo anterior Segurança Cidadã
Segurança Pública explicar melhor o modelo de Segurança Cidadã,
nada mais claro que apresentar a quebra de pa-
radigma que ele representa em comparação com
o modelo anterior, hoje em dia ultrapassado.

16 17
 Os 7 pilares da A transição de um modelo tradicional ul-
A EFICÁCIA
trapassado para um modelo moderno, racional e
Segurança Cidadã
técnico, é uma obrigação deste Estado perante Uma segurança que dá resultado
esta sociedade. É, também, um compromisso da
Governadora Ana Júlia Carepa perante todas e
todos os paraenses. O desafio está à altura da
esperança que o povo paraense depositou na A PROXIMIDADE
Governadora para realizar um governo de mu- Uma polícia mais próxima da gente
danças.
Estamos cientes de que não basta somen-
te a definição de uma doutrina de Segurança Ci-
dadã para atingir o novo objetivo de paz. Para
A EFICIÊNCIA
este fim, para concretizar o modelo inovador que
o Governo do Pará vai adotar daqui para frente, Uma segurança mais qualificada
a Segurança Cidadã, no que se refere Sistema
Estadual de Segurança Pública, tem que se con-
solidar em 7 PILARES.
A RESPONSABILIDADE
Construindo juntos uma sociedade pacífica

A PREVENÇÃO
Antecipar para melhor proteger

A GARANTIA DOS DIREITOS HUMANOS

A dignidade humana como princípio maior

A QUALIDADE DE VIDA
Valorizar o profissional é cuidar da sociedade

18 19
 A eficácia A proximidade

Uma segurança que dá resultado Uma polícia mais próxima da gente

O Sistema Estadual de Segurança Pública
(SESP) tem como foco principal o povo e não as
instituições, a partir de uma política pública séria,
com planejamento e ações integradas e com re-
sultados bem definidos.
O objetivo é a diminuição dos índices de
violência criminal, o nível de insegurança da po-
pulação, abandonada nos últimos anos, a reali-
zação do serviço policial baseado na mediação,
com a força utilizada como última alternativa, e o
respeito incondicional aos direitos humanos.
A eficácia, na ótica do Segurança Cidadã,
significa atendimento célere, não se conceben-
do a hipótese de demandas emergenciais não
serem atendidas. Significa efetivos policiais na
rua (seja com viaturas ou em outros processos
de policiamento, como motocicletas, cavalos e
bicicletas). Significa também fiscalizações para
um trânsito mais seguro, rápido atendimento a
desastres de modo a minorar conseqüências,
perícias confiáveis e céleres, além da efetiva res-
socialização de infratores, que nós recusamos
tratar com se fossem inimigos.
Polícias integradas, se comunicando e se
organizando de maneira a atingir o objetivo co-
mum: a segurança individual e coletiva da nossa
comunidade. Um sistema bem equipado e capa-
citado na promoção da dignidade humana e na
luta ininterrupta contra o crime. Essa é a segu-
rança que dá resultado.
É a conjugação de esforços entre Poder caminho da paz e da tranqüilidade, assim como
Público e Sociedade Civil que nos fará atingir do empoderamento e da garantia dos direitos da
as metas de tranqüilidade almejadas por todos comunidade. Este novo policiamento favorece a
e todas. Para isso, é preciso aproximar contínua participação comunitária e é pautado na media-
e permanentemente os órgãos do sistema e co- ção e na resolução pacífica dos conflitos; prima
munidade. sempre pela não violência, pelo respeito aos di-
Rondas mais freqüentes, com policiais que reitos humanos e pelo uso progressivo da força;
passam a conhecer de perto a comunidade em estimula a participação social; envolve toda a
que trabalham e que, por sua vez, também pas- comunidade para que a garantia de direitos seja
sam a ser identificados pelos cidadãos e cidadãs realizada de forma ininterrupta; e assegura que o
que recebem o serviço, diminuirão a distância e trabalho policial realmente funcione 24 horas por
a desconfiança mútua hoje existente. dia, 7 dias por semana.
Os contatos rotineiros em situações pací-
ficas incentivam as relações de confiança, fazen-
do com que os policiais se comprometam com a
população a que servem e esta confie cada vez
mais em sua polícia. Esta é base filosófica da
Polícia Comunitária, a qual privilegia as atuações
preventivas. As ações repressivas obviamente
não deixarão de existir, mas passarão a ser mais
qualificadas.
A polícia não serve apenas para prender
os cidadãos que se encontram em conflito com a
lei; ela tem uma função de orientadora, mostra o

20 21
 A eficiência A responsabilidade

Uma segurança mais qualificada Construindo juntos uma sociedade pacífica

Um sistema de segurança pública confi-
ável, detentor de credibilidade social, só pode
existir a partir da qualificação profissional de seus
membros. Segurança mais qualificada significa
dizer que a criminalidade será combatida sem
tréguas por uma polícia forte, profissional e cien-
tífica, baseada em princípios éticos essenciais
aos detentores de responsabilidades públicas.
Ao mesmo tempo, para combater as ir-
regularidades, se contará com uma Ouvidoria
fortalecida e autônoma, multiplicando os canais
de comunicação com a população paraense. Da
mesma forma, as Corregedorias dos diversos ór-
gãos deverão ter seus trabalhos facilitados, de
modo que possam imediatamente repor a disci-
plina administrativa, garantir a não permanência
da violação de direitos.
Uma segurança mais qualificada, portan-
to, é aquela que segue as determinações legais,
a ética e a técnica, consciente de sua respon-
sabilidade e com procedimentos definidos, para
alcançar os seus objetivos.
A Constituição Federal designa a segu-
rança pública como “dever do Estado, direitos e
responsabilidade de todos” (art. 144, caput). Se,
por sua vez, o Estado tem efetivamente a obriga-
ção de garantir a segurança para todas e todos,
a “responsabilidade de todos” não significa que
a participação e o compromisso dos cidadãos
com a segurança deva transformá-los em agen-
tes de segurança ou em delatores. A responsabi-
lidade de todos e todas reside mais na sua con-
tribuição em construir, dentro das possibilidades
ao seu alcance, um ambiente pacífico e sereno
de vida.
O compromisso de cada um é de solidarie-
dade, buscando resolver os conflitos de maneira
fraterna, não violenta, isto é, responsável. Nesse
sentido, instituições como igrejas, escolas, as-
sociações de bairros, agremiações esportivas
e outras, podem contribuir sobremaneira para a
construção de um sentimento de solidariedade
social, que ajude na prevenção e na dissolução
de conflitos. O compromisso das pessoas é,
sim, de responsabilidade, buscando assumir a
sua parte na construção do processo civilizatório
que todos nós buscamos, dentro das suas co-
munidades e das suas famílias.
O comprometimento social também se
materializa na participação popular nos desíg-
nios das políticas públicas, sendo que quanto
mais efetiva aquela se mostrar, mais benefícios
estarão concretizados na vida em comunidade.
A responsabilidade é a peça-chave da cidadania
e de sua garantia, objeto último da Segurança
Cidadã. É o compromisso de todos e de todas
com a vida de nossa cidade, da nossa comuni-
dade: deve ser o nosso compromisso político
como cidadão e cidadã.

22 23
 A prevenção
Antecipar para melhor proteger
No Segurança Cidadã, o Sistema Estadu-
al de Segurança Pública não pode ser somente
reativo, mas deve efetivamente prevenir conse-
qüências nefastas à população, não esquecen-
do nunca o dever de cuidado com o povo. Os
paraenses precisam que os servidores do sis-
tema de segurança pública, sejam eles bombei-
ros, policiais, fiscais de trânsito, peritos, agentes
penitenciários e até gestores, adotem uma atitu-
de proativa frente aos problemas.
A missão de segurança pública deve es-
tar norteada pela realização de resultados con-
cretos. A atitude proativa, diretamente ligada à
responsabilidade, deve se manifestar de forma
que haja a iniciativa de realizar as tarefas antes
de sua cobrança. É necessário analisar sempre
o seu ambiente e identificar o que pode ser feito
para melhorar, aperfeiçoando permanentemen-
te essa capacidade de análise, pela capitaliza-
ção de experiências, pela inteligência e pela
convivência com a comunidade. Para alcançar
tal proatividade, além de investimentos no plane-
jamento e no gerenciamento das informações, é
necessário habilitar os órgãos a quantificar ple-
namente o seu trabalho, realizando o registro
adequado dos seus atendimentos, no objetivo
de viabilizar a geração de indicadores, permi-
tindo avaliar a eficácia das ações e operações
desenvolvidas.
Importante é também o perene monitora-
mento dos desastres e riscos coletivos pela De-
fesa Civil Estadual, que deve ser encarada como
prioridade deste governo, de modo a antecipar
possíveis calamidades e minimizar ao máximo
suas conseqüências. Com esse objetivo, será
construído o Plano Estadual de Prevenção aos
Desastres, que buscará organizar os esforços de
todos os órgãos governamentais.
Finalmente, com posição de destaque,
para se prevenir em matéria de segurança públi-
ca é preciso ter capacidade de articulação entre
as várias políticas sociais do governo. Por este
motivo, o modelo de Segurança Cidadã, de ma-
neira integrada com todas as ações do gover-
no, buscará fazer do Pará uma Terra de Direitos.
Dando a importância devida à prevenção, será
possível agir nas causas dos problemas que, his-
toricamente, afligem a população deste Estado
e, portanto, alcançar condições de vida mais sa-
tisfatórias para todos e todas.
24
A garantia dos direitos humanos
A dignidade humana como princípio maior
A atividade de segurança pública é indis-
sociável da proteção e promoção de direitos
humanos, de forma que qualquer desvio de fun-
cionários encarregados pela aplicação da lei, no
sentido de desrespeito a esses direitos, implica-
rá na total e absoluta degeneração da atividade
pública de preservação da tranqüilidade.
Já é tempo de consolidar a transformação
do sistema de segurança na proteção ampla dos
direitos dos cidadãos e cidadãs, não havendo
mais espaço para uma polícia bélica, distante
da população. Ao contrário, as corporações poli-
ciais devem ter em voga a preocupação com as
justiças, social e distributiva.
Nesse viés, haverá a total reformulação
dos desenhos curriculares de todos os cursos
profissionais dos órgãos do sistema, a ponto de
conseguir a transversalidade necessária em to-
dos os campos do conhecimento, no que tange
às normas de direitos humanos. Essas atividades
de capacitação devem primar pela transforma-
ção dos agentes de segurança em “pedagogos
da cidadania”, aos quais se impõe a responsabi-
lidade maior de mediar antes de pensar em apli-
car qualquer tipo de força.
Os agentes do sistema devem agir como
multiplicadores dos direitos humanos, em que
pese atuar sempre na sua garantia, atentando
25
para o fato de que todos e todas, em quaisquer
circunstâncias, infringindo ou não as leis, são ti-
tulares desses direitos.
Preocupação especial é que isso se reflita
no meio rural do Estado do Pará, o qual histori-
camente foi abandonado por outros governan-
tes. É firme propósito deste governo devolver a
paz ao campo paraense, dotando-o de infra-es-
trutura que torne a vida mais digna e de apare-
lhos públicos que permitam um desenvolvimento
sustentável, com reconhecimento das questões
de cunho sócioambiental. Para isso, ações con-
cretas de reordenamento territorial devem norte-
ar a gestão estadual, resolvendo as distorções,
lutando contra o latifúndio e pacificando as re-
lações, protegendo quem se deve proteger, ou
seja, àqueles que realmente trabalham a terra
e não grileiros que somente trazem desgraça a
este Estado.
 A qualidade de vida
Valorizar o profissional é cuidar da sociedade
É objetivo ininterrupto do governo a polí-
tica de valorização profissional dos agentes que
desempenham suas funções na área da segu-
rança pública, sendo esta condição imprescindí-
vel para que se alcance os resultados esperados
em uma seara tão difícil. Para esse objetivo, deve
ser implantada firme política de capacitação con-
tinuada de todos os agentes do sistema.
Segundo o modelo de Segurança Cida-
dã, o agente de segurança pública, para ser efi-
ciente e eficaz no seu serviço, precisa desfrutar
de certa tranqüilidade no seu ambiente social e
familiar. Nesse sentido, considera-se imprescin-
dível uma reflexão conjunta entre o Governo do
Estado e as diversas categorias de funcionários
para melhorar as condições de vida dos agen-
tes do sistema a curto, médio e longo prazo. Por
exemplo, além da ampliação dos serviços de as-
sistência psicológica e religiosa, o Governo in-
centivará programas de financiamento habitacio-
nal, principalmente para os servidores de menor
renda, além de ações que apóiem aqueles cujas
funções implicam no deslocamento para regiões
mais afastadas dos grandes centros urbanos do
nosso Estado.
Será também firme propósito deste gover-
no a revisão do sistema de ascensão profissional
principalmente no que tange às bases das diver-
sas instituições, no intuito de proporcionar pla-
nos de carreira mais justos e motivadores para
os integrantes dos órgãos do sistema.
Usando o exemplo dos policiais, estes de-
verão ser cuidados para que possam cuidar ade-
quadamente da população e, ao mesmo tempo,
deverão cuidar com todo zelo do povo paraense,
a fim de que recebam maior cuidado pela gestão,
havendo então um verdadeiro círculo virtuoso no
Estado, onde uma parte não espera a outra para
que possa agir e efetivamente cumprir com suas
obrigações constitucionais.
26 27
 Segurança Cidadã: uma O Plano Estadual de Segurança Cidadã
se traduz em um conjunto articulado de ações
doutrina expressa em ações
concretas, várias já em andamento e todas
elencadas em 7 programas do Plano Plurianu-
al 2008-2011: Segurança para Todas e Todos,
Segurança e Direitos Humanos, Paz no Campo,
Reconquistando a Cidadania, Segurança Comu-
nitária e Controle Social, Gestão Inteligente e In-
tegrada, Valorização dos Servidores.
Os 7 pilares serão norteadores na conse-
cução do novo modelo. Esses princípios não são
meramente teoria, mas foram materializados nos
planejamentos de todos os órgãos do Sistema
Estadual de Segurança Pública. Veja as ações
previstas no Plano Plurianual:
1) Intensificação da presença
policial na comunidade
• Aumento de 30% dos efetivos policiais.
• Implantação de rondas policiais mais fre-
qüentes.
• Implantação de 98 núcleos de Polícia Co-
munitária em todo o Estado (RMB, Santarém,
Marabá, Castanhal, Tucuruí, Capanema, Pa-
ragominas, Redenção, Itaituba, Abaetetuba,
Altamira e outros).
• Capacitação de 6.000 promotores e 300
multiplicadores em Polícia Comunitária para
atuar nos núcleos da RMB e interior do Esta-
do, entre agentes do sistema e integrantes da
comunidade.
• Visitas comunitárias para levantamento de
problemas e visitas solidárias.
• Implantação de redes comunitárias de se-
gurança, com a participação de associações
de moradores, igrejas, comércio etc.
28
• Ativação de novos plantões 24h nas seccio-
nais e delegacias da capital.
• Serviço telefônico para que os agentes de
segurança comuniquem à Diretoria de Rela-
ções com a Sociedade Civil, da SEGUP, pro-
blemas da comunidade que ultrapassam a
competência dos órgãos de segurança, por
exemplo a falta de iluminação pública, equi-
pamentos de lazer e esporte, etc.
2) Educação e projetos sociais
• Prevenção de acidentes domésticos, atra-
vés de visitas dos bombeiros a domicílios e
palestras na comunidade, escolas etc.
• Integração do projeto “Segurança Cidadã”
com o “Escola de Portas Abertas” da SEDUC.
• Realização de um programa de arte-educa-
ção envolvendo agentes de segurança públi-
ca e membros da comunidade, em parceria
com as Fundações culturais do Estado (FCV,
FCG, FCPTN-Centur).
• Inserção da pauta “segurança” nas mídias
e reuniões comunitárias, e abertura de espa-
ços para reuniões comunitárias nos núcleos
de policiamento comunitário.
• Ações de promoção de cidadania: Escola
29
da Vida, Projeto Reviver, Bombeiros da Vida,
palestras sobre educação no trânsito, ofici-
nas para formar agentes multiplicadores, Pro-
jeto Garoto Bom de Bola; Projeto Nota Dez na
Escola, Projeto de Equoterapia, Projeto Des-
perta Comunidade, Programa de Erradicação
das Drogas na Escola (PROERD), etc.
3) Respeito e proteção
aos direitos humanos
• Erradicar a prática da tortura, com rigor na
investigação e punição de eventuais casos.
• Investigar com prioridade as ameaças e
oferecer proteção pessoal aos contemplados
pelo “Programa de Proteção aos Defensores
de Direitos Humanos”, quando aprovados
pela Coordenação Estadual do programa.
• Garantir a prevenção e o combate à violên-
cia contra os grupos vulneráveis (mulheres,
crianças e adolescentes, LGBTTT, idosos,
portadores de necessidades especiais e dis-
criminação étnico-racial), fortalecendo a Dele-
gacia Especializada Contra Crimes Discrimi-
natórios e capacitando os agentes do SESP
no atendimento às vítimas de discriminação e
outras formas de intolerância.
4) Qualificação dos agentes de segurança
• Harmonização das diretrizes curriculares de
formação e capacitação dos agentes através
do Instituto de Ensino da Segurança Pública
(IESP).
• Cursos de Tiro Policial na Preservação da
Vida, armamentos não letais e uso progres-
sivo da força.
• Cursos de Polícia Comunitária.
• Cursos anti-bomba, abordagem, técnicas
policiais, registro de atendimentos, radiopa-
trulhamento etc.
• Cursos de Direitos Humanos.
• Cursos adequados ao atendimento do
público do Fórum Social Mundial 2009 e da
Copa do Mundo 2014.
• Cursos diversos reforçando a formação ci-
dadã do agente, priorizando o respeito e a
compreensão da diversidade sócio-cultural
da sociedade paraense (sociologia, antropo-
logia, comunicação, liderança social, inclu-
são digital).
• Realização de treinamentos específicos
para evitar a chamada “sobrevitimização”,
enfocando a preservação da dignidade das
vítimas.
5) Valorização contínua do
servidor de segurança pública
• Instalação de uma Mesa Permanente de Ne-
gociação com os servidores a fim de discutir
e dar soluções às demandas referentes a me-
lhores condições de trabalho e renda, etc.
• Revisão do sistema de ascensão profissional
e elaboração de Planos de Cargos, Carreiras
e Remuneração (PCCR) mais justos e motiva-
dores para os agentes de segurança pública.
• Programa de Assistência Integrada para os
militares.
• Programa de apoio ao financiamento de
casa própria para os agentes de segurança
de menor renda.
• Projeto de Saúde e Segurança do Trabalho
dos bombeiros.
• Criação de um Centro Especializado de Aten-
dimento ao Servidor de Segurança Pública.
30
6) Implementação de uma
gestão mais eficiente e eficaz
• Implantação de sistema integrado de pro-
dução estatística e gerenciamento dos efe-
tivos e equipamentos de segurança pública
(INFOSESP), que poderá servir de modelo
para todo o Brasil, em parceria com o Minis-
tério da Justiça.
• Implementar um sistema de monitoramen-
to das guarnições policiais militares (em ve-
ículos, em animais ou a pé) que realizam o
policiamento ostensivo, de forma a garantir
um controle eficaz de suas localizações ge-
ográficas.
• Implantação do BOPM (Boletim de Ocor-
rências Policiais Militares) na RMB, Marabá,
Santarém e outros.
• Harmonização dos territórios policiais na
RMB e no interior, e reorganização do sistema
Zpol/Seccional.
• Implantação do laudo on-line em todas as
unidades regionais do Centro de Perícias
Científicas Renato Chaves.
7) Intensificação da FORÇA PELA PAZ
• Operações integradas entre Polícia Militar,
Polícia Civil, Corpo de Bombeiros e DETRAN,
fundamentadas no diagnóstico de situação
criminal, a fim de reduzir as ocorrências na
capital do Estado.
• OPERAÇÃO ZUMBIDO, integrando as
ações da Polícia Militar, Polícia Civil e Corpo
de Bombeiros.
• Implantação dos serviços de ROTAM (Ron-
da Tática Metropolitana), ROCAM (Ronda Os-
tensiva com Apoio de Motocicletas), ROCAR
(Ronda Ostensiva Rodoviária).
• Reduzir a violência no trânsito por meio de
ações educativas e de controle de veículos
legalizados e condutores habilitados, reali-
zando de forma contínua a inspeção de se-
gurança veicular.
• Adequação dos efetivos policiais aos horá-
rios, dias e locais de maior incidência criminal.
• Aumento dos postos de atendimento do
CIOp “190”.
31
 • Implantar o Gabinete de Gerenciamento de
Crises, no âmbito na Secretaria de Estado de
Segurança Pública, para atuar de forma per-
manente no monitoramento e resolução de
questões e fatos relevantes, que causem ris-
co à estabilidade da segurança no Estado.
8) Cobertura policial de 100%
no interior do Estado
• Garantir a presença das duas polícias nos
143 municípios do Estado.
• Inauguração de delegacias nos municípios
onde ainda não existe: Cumaru do Norte,
Nova Ipixuna, Vitória do Xingu, Brejo Grande
do Araguaia, Curuá, Jacareacanga, Piçarra,
Quatipuru, São João da Ponta, Sapucaia,
Água Azul do Norte e Palestina do Pará.
• Reformas de delegacias do interior e da
capital.
9) Modernização de
todos os equipamentos
• Novo sistema de comunicações, aquisição
maciça de rádios, resolução dos problemas
tecnológicos de radiocomunicação na região
metropolitana, e Integração dos destacamen-
tos policiais e pequenas delegacias ao siste-
ma de comunicação telefônica e radiofônica.
• Instalação de câmeras para monitoramento
dos espaços públicos.
• Aquisição de novas viaturas, motocicletas
e bicicletas.
• Aquisição de novas armas e munições.
• Aquisição de novos equipamentos de prote-
ção individual para os policiais e bombeiros.
• Reaparelhamento das Delegacias e Seccio-
nais da RMB e interior.
• Informatização das repartições policiais,
com capacitação continuada dos agentes.
• Criação e ampliação de quatro unidades re-
gionais do Centro de Perícias Científicas Re-
nato Chaves: Altamira, Bragança, Marabá e
Santarém; e criação de quatro núcleos: Aba-
etetuba, Itaituba, Paragominas e Redenção.
• Aquisição de novos equipamentos de
perícia criminalística e médico-legal.
10) Operação Desarmamento
• Investigação sistemática da origem dos ar-
mamentos apreendidos (cessão, aluguel e
propriedade);
• Investigação da inteligência policial a respei-
to das quadrilhas de aluguel de armas;
• Intensificação das averiguações de perda e/
ou roubo de armas de policiais pelas correge-
dorias de polícia.
• Ações de controle do tráfico de armas (po-
liciamento das divisas do estado e fronteiras
internacionais).
11) Paz no campo
• Reintegração de posse em áreas urbanas
e rurais, respeitando a diversidade social e
privilegiando o diálogo e a resolução pacífica
dos conflitos.
• Interiorização das Delegacias de Crimes
Agrários da Polícia Civil (Paragominas, Cas-
tanhal).
• Integração das ações do estado com o IBA-
MA, o INCRA e a Ouvidoria Agrária Nacional.
• Operações preventivas e repressivas do
GRAER.
• Intensificação das investigações dos crimes
ligados aos conflitos agro-ambientais, priori-
zando os crimes de pistolagem, no intuito de
garantir a prisão e a devida punição dos exe-
cutores e dos mandantes.
12) Proteção ao meio ambiente
• Fortalecimento do Batalhão de Polícia Am-
biental e parcerias com a SEMA, IBAMA e ou-
tros órgãos.
• Fiscalização do cumprimento do período
de defeso da fauna em ameaça de extinção.
• Programas comunitários de prevenção e
preservação do meio ambiente e ações de
educação ambiental.
• Interiorização das Delegacias do Meio Am-
biente da Polícia Civil (Marabá, Tucuruí e Pa-
ragominas).
• Integração da fiscalização pela SEMA e pela
Delegacia do Meio Ambiente (DEMA).
32 33
 • Formação dos policiais do interior para inte-
riorizar as atividades de repressão e preven-
ção dos crimes ambientais.
• Instituir o TCO ambiental preenchido pela
PMPA.
13) Proteção dos jovens
em situação de risco
• Operação CADÊ SEU FILHO?, que resgata
adolescentes em situação de risco em bares,
boates e outros locais públicos após as 22h.
• Operações de combate ao abuso e explora-
ção sexual contra crianças e adolescentes.
• Ações de prevenção à violência e ao uso de
34
drogas nas escolas, através de policiamento
especializado, palestras e distribuição de im-
pressos educativos.
14) Combate aos crimes contra a vida
• Criação da Divisão de Homicídios da Polícia
Civil;
• Padronização dos procedimentos (preser-
vação de locais de crime, etc.).
• Controle administrativo de eventos, bares e
arenas.
• Controle da letalidade no trânsito, através
de operações integradas das polícias com
DETRAN.
16) Combate sem trégua
ao crime organizado
35
15) Resgate da credibilidade
• Operação NAVALHA NA CARNE, com pri-
sões de servidores envolvidos em grupos de
extermínio, concussão, formação de bando
ou quadrilha, etc.
• Fortalecimento e interiorização das corre-
gedorias de polícia. Criação da Corregedoria-
Geral do Corpo de Bombeiros.
• Autonomia e fortalecimento da Ouvidoria
do Sistema de Segurança Pública.
• Implantação do Disque-Denúncia 181 em
todo o Estado, com atendimento anônimo e
número de protocolo que permite o acompa-
nhamento do caso denunciado pelo usuário.
• Preservação da ordem pública sem atentar
às liberdades individuais, através da capaci-
tação continuada e de investimentos em ar-
mamento não letal para os policiais militares
da COE e do CHOQUE; padronização de
procedimentos de contenção de distúrbios e
depredações de prédios públicos.
• Melhoria do índice de satisfação do atendi-
mento policial, através da realização de pes-
quisa de vitimização / satisfação do serviço
policial, para subsidiar atuações integradas
com dados e informações fidedignos, funda-
mentados em critérios científicos, em parceria
com o Ministério da Justiça.
• Investimentos históricos na inteligência po-
licial.
• Integração de ações de inteligência e com-
bate ao crime organizado das polícias esta-
duais e federais.
• Operações conjuntas com a Polícia Civil e o
Ministério Público.
• Desbaratamento de quadrilhas de roubo a
bancos, inclusive das chamadas “saidinhas de
banco”. Buscar superar os resultados obtidos
entre julho de 2007 e julho de 2008, onde foram
50 quadrilhas, mais de 200 criminosos presos
e mais de 2.700 armas de fogo apreendidas.
• Combate aos crimes fiscais em parceria com
a SEFA, Receita Federal e Polícia Federal.
 • Interiorização das atividades da Divisão de
Repressão e Combate a Crime Organizado
(DRCO).
• Intensificação das barreiras das polícias es-
taduais nas divisas e fronteiras do Estado.
• Integrar as ações das nossas polícias com
as dos outros estados do Conselho do Meio
Norte (COMEN: Maranhão, Amapá, Piauí e
Tocantins).
17) Proteção dos nossos rios
• Efetivação das Delegacias Fluviais sediadas
em Belém, Santarém e região do Marajó, e
intensificação das ações de controle dos rios
nas Regiões do Tocantins e do lago de Tucu-
ruí com objetivo de coibir crimes conhecidos
como “pirataria fluvial”, bem como, para o
combate a crimes contra o meio ambiente, ex-
ploração sexual infanto-juvenil, tráfico de se-
res humanos, contrabando, drogas e armas.
• Intensificação das ações da Companhia Flu-
vial da PMPA na Região das Ilhas próximas à
Região Metropolitana de Belém.
• Planejar a implantação de uma base de fis-
calização integrada no estreito de Breves.
18) Combate com mais
eficácia a incêndios
• Aquisição de novas viaturas operacionais e
preventivas.
• Reforma e ampliação do Centro de Manu-
tenção de Viaturas e Equipamentos Opera-
cionais do Corpo de Bombeiros.
• Interiorização dos serviços dos Bombeiros
em Bragança, Tucuruí, Altamira, Redenção e
outros, somando 45 unidades operacionais.
19) Antecipação a desastres e
interiorização da defesa civil
• Implementar o plano integrado de preven-
ção aos desastres.
• Ampliar a cobertura da defesa civil no inte-
rior do Estado
• Incentivar a criação de Coordenadorias Mu-
nicipais de Defesa Civil, contribuindo na for-
mação dos quadros municipais.
36
• Implantação e manutenção dos serviços de
Atendimento Pré-Hospitalar em todo o Esta-
do, através da criação de Sub-Grupamentos
de Busca e Salvamento.
• Realização do serviço aeromédico (resgate
com uso de helicóptero) e moto-resgate (res-
gate com uso de motocicletas).
20) Combate eficaz ao narcotráfico
• Alcance de recordes históricos de apreen-
são de cocaína e maconha. Superar a média
do primeiro semestre de 2008, quando foram
apreendidas em todo o Estado mais de uma
tonelada e meia de drogas (60% de cocaína)
e destruídos 05 laboratórios de refino só na
RMB.
• Notificação compulsória para a Divisão de
Repressão aos Entorpecentes de drogas e de
bens apreendidos.
• Ações de inteligência policial integradas
com a receita estadual e federal para
desmantelar os esquemas de investimentos
no narcotráfico.
37
21) Modernização e ampliação
do sistema penitenciário
• Aumentar a capacidade prisional em mais
de 2.000 vagas, para homens, mulheres e
jovens, na RMB, Abaetetuba, Santarém, Bre-
ves, Marabá, Tucuruí, Altamira, Bragança, Sa-
linópolis, Redenção, Itaituba, Parauapebas e
outros.
• Novo sistema de banco de dados, interliga-
do ao INFOPEN nacional.
• Profissionalização dos agentes prisionais.
• Humanização dos espaços penitenciários.
• Programas de ressocialização para deten-
tos.
• Qualificação profissional dos presos.
• Formação escolar integral, até o nível su-
perior.
Curso de informática
para detentos do sistema
penitenciário
 Governo do Estado do Pará

Ana Júlia de Vasconcelos Carepa

Governadora do Estado do Pará

Odair Santos Corrêa

Vice-Governador do Estado do Pará

Ana Cláudia Cardoso

Secretária de Estado de Governo

Geraldo José de Araújo

Secretário de Estado de Segurança Pública

Justiniano Alves Júnior

Delegado Geral da Polícia Civil do Pará

Cel. Luiz Cláudio Ruffeil Rodrigues

Comandante Geral da Polícia Militar do Pará

Cel. Paulo Gerson Novaes de Almeida

Comandante Geral do Corpo de Bombeiros Militar do Pará

Ten-Cel Sandoval Bittencourt de Oliveira Neto

Superintendente do Sistema Penitenciário do Estado do Pará

Lívio Rodrigues de Assis

Diretor-Superintendente do Departamento de Trânsito do Estado do Pará

Miguel Wanzeller Rodrigues

Diretor Geral do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves

Elaboração do Plano Estadual de Segurança Pública Jean-François Yves Deluchey

Jean-François Yves Deluchey (Coordenador)
Câmara Setorial de Defesa Social - SEGOV
Alisson Gomes Monteiro
Andreza do Socorro de Oliveira Pantoja Smith
Cristina Figueiredo Terezo
Eduardo Suzuki Sizo
Ismael Lima Leite

38 39