Beruflich Dokumente
Kultur Dokumente
Diferentemente do que fez na prova de Atualidades do concurso do ICMSSP, realizado em abril de
2006, na prova do ISSSP, a Fundação Carlos Chagas (FCC) procurou trabalhar assuntos mais bem
definidos, os quais podemos enquadrar na política, economia e meio ambiente. Todos os assuntos estavam
ligados a fatos amplamente divulgados recentemente na imprensa escrita.
Considerados por muitos como totalmente imprevisível, principalmente pela imprecisão dos editais, a
matéria Atualidades pode ser facilmente estudada subdividindose em três pilares principais: política
(contextos internos e externos), economia e meio ambiente. É primordial perceber que estudar atualidades
consiste em observar os fatos cotidianos em conjunto com as vinculações históricas – que estarão ligadas
diretamente aos fatos abordados. Foi exatamente isso que a FCC trabalhou na prova do ISSSP.
ATUALIDADES
Avalia o “Financial Times” que o “livre comércio é a maior vítima da eleição “ nos EUA, apontando
uma tendência em particular, o nacionalismo econômico, Os que venceram, senadores republicanos em
Ohio , Virgínia e Missouri fizeram campanha contra o livre comércio e a exportação de empregos, inclusive
os acordos comerciais com o México e a América Central.
O “Miami Herald” informa, porém que a ameaça democrática é sobretudo aos acordos bilaterais com a
Colômbia e Peru, que ainda precisam de aprovação no Congresso . nada contra as preferências ao Brasil.
É a avaliação também do Jornal Valor, ontem em destaque, “vitória democrática também facilita a
renovação do sistema geral de preferências”.
(Folha de S. Paulo , 10 de Novembro de 2006, PA7)
51. Com base no contexto do sistema capitalista contemporâneo, é correto afirmar que a tendência e a
campanha a que o texto se refere estão em desacordo com:
a) A política do protecionismo e do Estado de bem estar social.
b) A doutrina neoliberal e os princípios da globalização econômica.
c) O princípio de soberania e o ideal de autodeterminação dos povos.
d) Os ideais democráticos e os princípios de estatização da economia.
e) A ideologia mercantilista e a doutrina desenvolvimentista.
Gabar ito: B
Comentár io: Na questão acima, é necessár io que o candidato tenha pleno conhecimento da doutr ina
neoliberalista e dos pr incípios da globalização no pr ocesso de funcionamento do mer cado
inter nacional e na defesa da ampliação do livr e comércio com a mínima inter fer ência do gover no.
O neoliber alismo se consolidou no final da década de 80, após o fim da Guer r a Fr ia, e repr esentou
uma nova fase do sistema capitalista de pr odução. Essa doutr ina defende a aber tur a dos mer cados ao
comércio exter no e o recuo do estado no papel r egulador do sistema comercial e financeiro. J á a
globalização, que é consider ada um instr umento do neoliberalismo, atua na integr ação dos países no
1
comércio exter no e na conseqüente inter dependência dos mercados, facilitada pr incipalmente pelos
meios de comunicação.
O texto tr abalhado pela banca mostr a que uma boa par te dos políticos do Par tido Republicano dos
EUA são, de fato, extr emante conservador es em relação à aber tur a do mercado nor teamer icano,
adquir indo assim uma postur a r adical contr a o desenvolvimento de acor dos bilaterais de livr e
comércio defendidos pelos pr incípios neoliberalistas.
53. O diretor da OMC (Organização Mundial do Comércio), Pascal Lamy, disse que foi procurado por
representantes de vários países para reiniciar as negociações de Doha. “Eles reiterarem seu
comprometimento político com o sistema multilateral”. Uma versão do documento final do encontro da
APEC pede que as negociações reiniciem “o mais rápido possível”. “Nós estamos prontos para romper o
impasse” Porém, os 21 países do bloco solicitaram que os “parceiros de outras regiões” também atuem para
das fim à paralisação.
(Folha de S. Paulo , 16 de Novembro de 2006, PB6)
O impasse a que o texto se refere está ligado à suspensão das negociações de Doha, em julho de 2006,
que travou a rodada em razão de a União Européia (EU) e os Estados Unidos não terem chegado a um
acordo sobre:
a) A redução de subsídios na área agrícola e o acesso de produtos a seus mercados.
b) A instalação de indústrias poluentes na Europa e em países em desenvolvimento.
c) O preço de importação e de exportação de tecnologia e de produtos industrializados.
d) O aumento de investimentos sociais e a redução dos juros para os países pobres.
e) O impacto de subsídios norteamericanos na agricultura e a silvicultura européia.
Gabar ito: A
Comentár io: A Or ganização Mundial do Comér cio (OMC), cr iada em 1º de J aneiro de 1995, tem a
missão de fixar r egr as no comér cio inter nacional segundo os preceitos neoliberalistas, ou seja, a OMC
defende o fim dos instr umentos pr otecionistas e a ampliação do mer cado inter nacional eliminando
todo tipo de ação gover namental que possa r etroceder o desenvolvimento do comér cio exter no.
A pr incipal questão que envolve as negociações da rodada de Doha, iniciada em 2001, é a
eliminação dos subsídios agr ícolas pr aticados por alguns países r icos.
Potências médias como Brasil e Índia tor naramse mais competitivas no mercado exter no,
pr incipalmente em setor es pr odutivos agr ícolas. Com isso, alguns países r icos acabaram usando de
instr umentos pr otecionistas par a r esguar dar seus mercados inter nos da concor r ência, instr umentos
estes no qual se destacam os subsídios aos agr icultor es em for ma de financiamento em longo pr azo e
incentivos fiscais, de modo que esses produtos possam concor rer no mer cado com preços muito
abaixo dos pr odutos dos países chamados “em desenvolvimento”.
Atualmente a rodada de negociações de Doha está paralisada devido ao impasse causado pelos EUA
e pela União Eur opéia, que não abrem mão de usar os subsídios agr ícolas como forma de pr oteger
seus produtor es inter nos.
2
54. Especialistas em relações internacionais afirmam que, com a vitória dos democratas nas eleições dos
EUA:
I – é de se prever o apoio de Washington a retomada de negociações de paz entre Israel e os palestinos,
solução já buscada pelo estado Hebreu ainda que de forma unilateral.
III o conceito de “Eixo do Mal” – Irã, Iraque e Coréia do Norte – deve ser progressivamente atenuado
bem como o de “organização terrorista”, com efeitos positivos no caso coreano.
IV – haverá um amplo plano de pacificação do Oriente Médio para atrair o apoio de países mulçumanos
próocidente e pressionar o Irã e a Síria a abandonarem seus programas nucleares.
V – parte do esforço de uma nova diplomacia será o de reparar danos graves infligidos ao próprio sistema
de alianças americano e, paulatinamente, buscar uma saída para o conflito iraquiano que permita a retirada
militar sem colapso do governo local.
Está correto o que se afirma apenas em :
a) I, II e IV.
b) I, III e IV.
c) I, III e V.
d) II, III e V.
e) II, IV e V.
Gabar ito: C
Comentár io: Nos Estados Unidos, a classe política se subdivide em dois gr andes par tidos: o
r epublicano e o democrata. O par tido r epublicano é histor icamente mais conservador , nacionalista e
intoler ante, enquanto os democr atas têm uma postur a mais flexível e liber al.
O pr esidente W Geor ge Bush chegou ao poder pelo par tido r epublicano e vem gover nando no seu
2º mandato com a maior ia de republicanos no Congr esso e no Senado, justificase assim a postur a
impar cial adotada nos últimos anos pelos EUA no contexto inter nacional em diver sos aspectos, como
as invasões no Afeganistão e no Ir aque com a justificativa de combate ao ter r or ismo, a questão da
palestina, as acusações ao denominado “eixo do mal” e a não adesão ao tr atado de Kyoto.
No final de 2006, o par tido democrata obteve a maior ia no Congr esso nor teamer icano, deixando
assim o presidente Bush pr aticamente de “mãos atadas”. Agora, o que se espera é um novo
dir ecionamento por par te do congr esso fr ente às questões inter nacionais, obr igando o pr esidente
Bush a negociar com os democratas.
A questão acima pr ocur a avaliar o conhecimento do candidato não somente sobre o contexto
político inter no nor teamer icano, mas também sobr e a pr ovável nova postur a do gover no dos EUA,
visto que, devido à conquista da maior ia das cadeiras do Congresso por par te do par tido democrata, o
gover no ir á adquir ir uma postur a mais flexível, aber ta ao diálogo e menos provável a inter venções
militar es.
3
58. O serviço alemão de cooperação técnica e social (DED) e a cooperação técnica alemã (GTZ) apóiam,
desde o final do ano de 2005, o plantio de mamona para a produção de biodiesel no nordeste brasileiro. O
projeto, que faz parte do Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel (PNPB), tem por objetivo:
a) Oferecer uma nova fonte de renda a pequenos agricultores da região mais pobre do país.
b) Favorecer o desenvolvimento agrícola nas grandes propriedades improdutivas na região.
c) Produzir um combustível limpo da importação de matériasprimas e insumos derivados de petróleo.
d) Possibilitar a redução da importação de matérias–primas e insumos derivados de petróleo.
e) Reduzir o custo com a mãodeobra e tomar o produto competitivo no mercado internacional.
Gabar ito: A
Comentár io: O biodisel é um combustível biodegradável der ivado de fontes ener géticas r enováveis
que pode ser extr aído de vár ias for mas. O Biodiesel pode substituir total ou par cialmente o uso de
combustíveis der ivados do petróleo em motores de combustão inter na adaptados.
Em 2005, o gover no feder al, atr avés do Ministér io das Minas e Energia, lançou o Progr ama
Nacional de Produção e Uso de Biodiesel (PNPB), que tem como objetivo a implementação, de for ma
sustentável, de um pr ojeto de produção e uso do biodiesel, pr ocur ando o desenvolvimento econômico
e a inclusão social atr avés da ger ação de empr egos.
A idéia do gover no feder al é aproveitar as condições natur ais do país e pr oduzir o biodiesel a par tir
de difer entes fontes nas diver sas r egiões do país, per mitindo tanto a par ticipação do agronegócio
como da agr icultur a familiar .
MÁRCIO VASCONCELOS
prof_marciovasconcelos@yahoo.com.br
www.editor afer r eira.com.br
4